Arquivo para setembro \30\-04:00 2007

*…..::: CHAGÃO! :::…..*

Chagão!

 

Θ PERDERAM, MAS COM HOMBRIDADE. Infelizmente não foi desta vez que as brasileiras venceram a Copa do Mundo de Futebol-Mulher. Na final, embora tenha havido equilíbrio, acabou por vencer o país que possui uma organização profissional para o futebol-mulher. Para o Brasil, restaram os prêmios individuais (Marta, como artilheira e melhor jogadora da competição, Cristiane ficando em terceiro lugar), e a certeza de que, num futebol homofóbico como o brasileiro, com investimento e sem a ingerência da CBF, elas podem chegar onde sequer a macharada chegou. O vice-campeonato para um país onde não há campeonatos oficiais, e a maior parte dos amadores servem como trampolim para políticos profissionais, pelo esforço das jogadoras, que o fazem pela vontade de jogar, é motivo para muita comemoração! Se as jogadoras da seleção atuassem pelos clubes no Brasileirão, certamente o campeonato seria mais bonito e bem jogado.

Θ ANFITRIÕES FATURAM O MUNDIAL DE FUTEBOL-GAY. Com transmissão pela TV, mais de 2000 torcedores nas arquibancadas que xingavam o árbitro – “seu hétero!” – quando não concordavam com as marcações, o time argentino Los Dogos venceu os ex-atuais campeões, os ingleses do Stonewall FC por 1 a 0, gol do brasileiro – um para salvar a pátria! – radicado há anos naquele país, Maicol. O artilheiro do certame foi o argentino Jorge Berdún, que garante não ser homoerótico. Como no campeonato não há a exigência de se provar o improvável – a orientação sexual – ficou a festa, que mais que competitiva, serve para discutir a homofobia e o homoerotismo como movimento afetivo-político comunica aos desinformados que o mundo é gay. O próximo campeonato mundial será realizado em Londres, em 2008. Monte já seu time!

Θ E NA EUROPA, O COURO COME… No Calcio italiano, destaque para o empate dos berlusconianos milaneses com o Catania, em casa, deixando-os em 11º lugar. Outros milaneses, os do Internazionale, venceram o bom time do Roma por 4 a 1, e lideram o campeonato. No clássico de Turim, a Juventus venceu o Torino por 1 a 0, gol de Trezeguet. Na Bundesliga alemã, o Bayern Munique venceu o Leverkusen por 1 a 0 e lidera, e ainda teve o Werder Bremen aplicando 8 a 1 no Bielefeld. O Bremen ocupa a quinta colocação. Na Ligue 1 francesa, sem novidades: o Lyon continua líder, acompanhado de perto pelo Nancy, com o mesmo número de pontos, mas com o segundo com uma partida a menos. Na Premier League inglesa, destaque para o jogo em que o Portsmouth fez 7 a 4 no Reading . O líder Arsenal venceu o West Ham por 1 a 0, e o Manchester United bateu o Birmingham por 1 a 0, golo do puto português Cristiano Ronaldo. Na Bwin Liga portuguesa, o líder Porto FC venceu o Boavista por 1 a 0, e Benfica e Sporting não saíram dos dois bocejos. Na Primera da España, com gol irregular, o Madrid venceu o Getafe e lidera isolado. Segue o Villareal, que desprezou Riquelme e venceu o Bilbao por 1 a 0. O Valência segue entre os líderes, na terceira posição, e venceu o Huelva também pelo placar mínimo. Já o Barça segue passando sem tomar conhecimento dos adversários, sendo a bola da vez o Levante, que tomou de 4 a 1, com 3 gols de Henry e um do insuperável Leo “La Pulga” Messi. Ronaldinho não jogou, mas está confirmando para o confronto com o Stuttgart, na próxima quarta-feira, pela Champions League. E falando nela, na próxima quarta-feira, dia 03, às 14:30h (Manaus), tem transmissão em TV aberta, pela Record, de Celtic X Milan, direto da Escócia.

Θ RELAXA E APROVEITA. FAST Clube dá adeus às possibilidades de se classificar para a segunda divisão do futebol nacional. Em mais uma partida válida pela 3ª fase, o time RMMiano de Ita perdeu para o ABC de Natal, no estádio Frasqueirão (RN) por 1 a 0, gol marcado por Nêgo, aos 23 do primeiro tempo. Agora o time apenas cumpre tabela até o final da etapa. Foi bom enquanto durou?

Θ SÃO PAULO CADA VEZ MAIS PENTA. No Brasileirão, o que vale é a disputa pelas vagas na Libertadores e Sudamericana. Campeão antecipado mesmo que Deus duvide, o São Paulo passeou em Porto Alegre: 2 a 1 no Internacional. Ainda mais que o vice, Cruzeiro, marcou bobeira e perdeu por 2 a 1 para o Figueirense, e agora a diferença entre os dois é de 09 pontos. O time mineiro ainda acredita. O Corinthians, que perdeu para o Sport Club por 2 a 1  em casa, visita a zona do rebaixamento, e os torcedores, que aplaudiram a entrada do dinheiro excuso da MSI no ameaçado título de 2005, agora protestam e ameaçam jogadores e comissão técnica. Até a rodada de hoje, os classificados para a Libertadores são: São Paulo, Cruzeiro, Grêmio e Santos. Os rebaixados, por enquanto, Corinthians, Paraná Clube, Juventude e América de Natal, este tão certo de cair quanto os tricolores paulistas de segurar o penta.

Θ NO APERTURA, A DISPUTA CONTINUA BRABA… Depois da antológica vitória sobre o Botafogo pela Sulamericana que respira e ainda pode ser Sudamericana, o River Plate repete a dose de adrenalina nos torcedores. O time conhecido como millionarios perdia em casa para o Rosário Central por 3 a 2 quando o avante Falcão, que já havia feito de cabeça nos descontos contra os alvinegros cariocas, novamente usando-a, empatou a partida. Aos 53 minutos do segundo tempo! Com o empate, o River vai aos 16 pontos, na nona colocação. Já o Boca des-sudamericanizado, enfrentou o Newell´s Old Boys, a uma vitória da liderança do Apertura. Perdeu por 1 a 0, gol de Salcedo. O ainda líder Independiente perdeu para o Banfield (2 a 0), e o Tigre, terceiro colocado, empatou em 2 a 2  com o Estudiantes de La Plata. A próxima rodada acontece no dia 03, terça-feira, com destaque para os jogos: Argentinos X River Plate, Boca X San Lorenzo, Independiente X Gimnasia de Jujuy e Tigre X Racing. E no próximo dia 07, tem superclássico: River Plate X Boca Jrs.

A CORRUPÇÃO MIDIÁTICA

Denomino corrompido um animal, uma espécie, um indivíduo, quando perde seus instintos, quando escolhe, quando prefere o que lhe é pernicioso”, afirma o filósofo alemão Nietzsche. Uma concessão pública é composta de elementos institucionais saídos dos princípios democráticos constituídos como direitos de todos. ‘Modus educantes transformador’. Desta forma, quando a Globo escamoteia, faz truncagem, altera fatos ela é apanhada pelo conceito nitzscheano de corrupção, cuja preferência pelo pernicioso direcionam suas atividades televisivas. Corrompida, ela pretende a corrupção do telespectador. Como o telespectador tem sua própria práxis de mundo, ele entra em choque com as pretensões perniciosas. Neste choque salta a sua independência sensível e intelectível impondo o fracasso a prepotência desta mídia em querer ser tida como Opinião Pública. Estúpido propósito. Corrompida não pode experimentar percepções novas, necessárias como elementos democráticos. Seu carrossel de áudio/visual é uma contínua justaposição de imagens vítreas, imagens congeladas sem força de deslocamento. O contrário da vida democrática exigente de movimento social transfigurador. Esta situação corrompida/imobilizante é facilmente compreendida quando imaginamos uma telenovela cujo tema, relações familiares, apresentam os personagens no interior da grade de programação da Globo. Eles se encontram nos programas matutinos, vespertinos e noturnos. Ou seja, interpretam nos jornais, no Faustão, Fantástico, Casseta, Casé, Galvão, Miriam Leitão, Jô… em todos os cantos, sem nunca se deslocarem. Daí, a Globo ser sua própria novela: A Corrupção Midiática. A anulação das percepções visual e auditiva e da cognição. Daí, a maior parte da população brasileira ser consciente deste fato e manter sua reflexão social autônoma. E por tal, ter votado em Lula.

DEMONSTRAÇÕES CORRUPTANTES

Ontem foi aniversário da tentativa de golpe midiático orquestrado pela Rede Globo contra um governo eleito e que, segundo as pesquisas mais pessimistas seria reeleito no primeiro turno da eleição daquele ano. Numa clara manipulação da programação de seu jornal, enquanto todas as outras emissoras davam as primeiras informações da queda de um avião da Gol, a Globo colocava em tela cheia, foto manipulada física e digitalmente do dinheiro apreendido com militantes do PT em São Paulo. O delegado Bruno (PF), que teve seus minutos de fama, foi o que entregou a foto aos repórteres, e a célebre frase que marcou a gravação do diálogo foi a de que ele pretendia que a foto fosse publicada no mesmo dia, no Jornal Nacional.

Na foto, o dinheiro foi empilhado de modo a parecer um grande bloco de dinheiro, o que na verdade caberia com sobras em uma maleta, e a foto ampliada em programa de edição de imagens. Questionado posteriormente sobre porque não ter dado cobertura ao acidente com o avião, Ali Kamel, diretor de jornalismo da Globotária, e grande censor do Brasil, saiu-se com a desculpa de que não poderia ultrapassar a barreira ética e divulgar informações apressadas de um acidente de tamanha proporção. Algo no mínimo estranho para uma emissora conhecida por “urubuzear” e explorar à exaustão mortes de famosos e grandes tragédias.

O resultado da trama: a disputa pela presidência, que tinha tudo para terminar no primeiro turno, arrastou-se para o segundo. Aos poucos, a trama foi sendo revelada, sobretudo pela ação dos blogs (Vi o Mundo, do Azenha, deu o furo de reportagem com a gravação do encontro com o delegado Bruno) e da mídia alternativa (Carta Capital, com o dossiê, na semana seguinte, nas bancas, mostrando todas as etapas do golpe, desde a cadeira vazia no debate global – ao que Lula não foi – até a manipulação da imagem do dinheiro).

A mídia golpista, capitaneada pela Vênus Platinada, desde o início da campanha, dava mostras do desespero de perceber que as massas não eram suscetíveis às suas manipulações e opiniões biônicas de seus articulistas. Mas o golpe fatal, após mais de um ano de intenso bombardeio de factóides, em meio aos escombros e perplexidade dos opinionistas de cátedra vendidos ao chamado quarto poder, foi a participação firme de Lula nos debates do segundo turno, e a sua eleição, por massacrantes 61%, a despeito de todos os esforços midiáticos em contrário.

Somente esta tentativa de golpe, fartamente documentada já é justificativa para a não renovação da concessão de uma emissora que atentou contra a verdadeira opinião pública e as leis do país. E se se levar em conta a manifestação das maiorias silenciosas, sobretudo nas eleições – e que continua inclusive nas atuais pesquisas de opinião que mantém os níveis de aprovação e popularidade do presidente mesmo após as seguidas “crises” inventadas (aérea, e agora da saúde) – não é de se esperar que a não renovação da concessão seja não apenas uma possibilidade, mas um compromisso assumido no dia 27 de outubro do ano passado, data da derrota da mídia golpista no país, quando elegeu-se o presidente operário.

A DIGNIDADE DO TELESPECTADOR

Quando em uma conferência ou em uma aula, tendo como enunciação a Filosofia das Ciências Neuro-Cognitivas, se afirma que a programação da televisão é para imbecil, ou imbecilizar, uma grande parte do público presente entorta os beicinhos, esculpe uma carranca e bate os pezinhos se sentindo ofendido. Pois não acredita que a universidade da classe média, a TV, como deusa do saber, possa ser tão perversa a ponto de distribuir diploma de imbecilidade aos seus mantenedores. Mas quando o editor chefe do Jornal Nacional da Rede Globo, William Bonner, afirma que o perfil do telespectador padrão do dito JN é o mesmo do obtuso, burro e preguiçoso personagem do desenho da tv americana Homer Simpson, será que este público se sente ofendido? Ou será que ele duvida que o professor Bonner jamais ofenderia tão cruelmente seu fervoroso discípulo? Pois bem, esta afirmação mais detalhada, inclusive com a estratégia jornalística da composição do JN, encontra-se em uma matéria na revista Carta Capital (edição 371), escrita pelo sociólogo jornalista, e professor da Escola de Comunicação e Artes da USP, Laurindo Lalo Leal Filho, um dos convidados “para conhecer um pouco do funcionamento do JN e algumas instalações da empresa”.

Como se trata da insuspeita Carta Capital, uma das poucas, juntamente com a Caros Amigos, a proporcionar exercício de cidadania jornalístico, seria bom que aqueles que não conseguem ler uma frase inteira, como disse Nietzsche, os “eleitores” das revistas e jornais de salão de beleza e motel, as campeãs de venda de intriga e estupidez, fizessem um esforço hercúleo para ler essa matéria e assim, se possível, mensurar sua dignidade.

i iNDA TEM FRANCÊS QUi DiZ QUi A GENTi NUM SEMO SERO

@ DESEMPENHO DA SÃO PAULO TUCANA NÃO ACOMPANHA O RESTO DO PAÍS, é o que afirma um estudo do economista André Urani, ironicamente apresentando no Instituto Fernando Henrique Cardoso. Segundo o estudo, enquanto no Brasil a renda cresceu 13%, a pobreza caiu 25,8% e a extrema pobreza despencou 62%, na capital que ama o jeito tucano de governar, a renda caiu 6%, a pobreza aumentou 19% e a extrema pobreza cresceu 2,8%. Indícios da administração voltada para o aumento da concentração de renda, a diminuição dos serviços públicos e a subserviência ao capital estrangeiro que caracteriza os burocratas tucanos. Assim como não entendem de ética, também parecem ter pouco conhecimento dos elementos corporais e incorporais que compõem a economia não como abstração numérica e fenômeno exógeno, mas que surge a partir das relações entre as pessoas na administração dos recursos públicos. I inda tem francês…

@ NA ARGENTINA, O ESTADO É LAICO e não tem medo da igreja. Nascida e moradora da cidade de Paraná, Entre Ríos, uma menor de idade e considerada incapaz mentalmente, vítima de estupro, conseguiu o direito de realizar o aborto, que nesses casos é garantido por lei naquele país. Não sem antes ter seu corpo transformado em campo de batalha entre o Episcopado Argentino e o governo. Sob ameaça dos eclesiásticos, os médicos de Mar Del Plata realizaram a operação necessária, para que a moça, com idade mental presumida em 04 anos, pudesse voltar à casa. A igreja convocou uma marcha contra o que chamou de “homicídio pré-natal”. O ministro da saúde e o governador da província de Buenos Aires vieram em defesa da lei, afirmando que “a verdadeira intolerância é pretender impôr a obrigação de ser mãe a uma mulher incapaz e acreditar que suas convicções religiosas devam ser seguidas por todos”. Ainda existisse e pudesse usar do seu humor ácido para examinar tais situações, Michel Foucault poderia apontar o fato como a luta entre dois discursos, ambos se pretendendo proprietários e produtores de verdades inabaláveis sobre o corpo. A diferença é que, cá, ao contrário de lá, a igreja continua dando a última palavra, a despeito dos esforços do ministro da saúde, Temporão. I inda tem francês…

@ AINDA SOBRE A QUERELA DOS LIVROS DIDÁTICOS, noticiada aqui nesta coluna na semana passada (aqui ou aqui), envolvendo o censor-mor do Brasil, Ali Kamel, e o livro de Mário Schmidt Nova História Crítica – Oitava Série. Desta vez, quem pisou na bola e caiu de quatro foi o PSDB, que tentou, em seu site aproveitar a situação para mais uma vez fazer propaganda contra o governo Lula. Na nota publicada, o ex-ministro da educação, Paulo Renato, teria entrado com uma representação na Procuradoria Geral da República contra a distribuição do livro, e disse que em sua gestão, a ideologia não era levada em conta na hora da escolha do livro didático. Só tem um problema: dias depois, descobriu-se que o livro – que na gestão de Lula, a pedido da comissão neutra, está sendo retirado da lista – foi colocado na gestão do próprio Paulo Renato, o qual, parece, só se preocupou com o caráter ideológico do livro anos depois, quando (equivocadamente!) achou que convinha. Com quantos Arthur Netos e Paulos Renatos se faze um Partido partido? I inda tem francês…

@ ELES INSISTEM, ELE DESMONTA. Em visita às futuras instalações da UFABC, em Santo André, pela trocentésima vez questionado pela falta do diploma, Lula explicou que, para governar, não é necessário ter diploma, e sim se saber “de que lado está, e para que lado se está governando”. Um recado direto para os doutores que sempre se decidiram pela subserviência aos desígnios da política internacional e da economia do subdesenvolvimento. Lula sabe que, mais que quilometragem em banco de escola, o conhecimento phatico, que só é possível a quem desenvolveu a capacidade afetiva-afetante de sentir o outro no plano da comunalidade, e não entrou na ordem da subjetividade laminadora dos afetos, onde o outro é uma abstração e a existência, um engodo, é necessário para uma gestão que altere efetivamente a realidade social e econômica das pessoas. Esta, certamente, FHC também não sabia. I inda tem francês…

@ ONTEM (27) COMEMOROU-SE O DIA INTERNACIONAL DO IDOSO. Em Manaus, a data não foi aproveitada pelos gestores das políticas públicas para discutir a produção subjetiva de um modo de existir que se categorizou como terceira idade. Não se discutiu como os enunciados produzidos pela sociedade capitalística produzem o idoso, suas doenças, suas limitações, inscrevendo nos corpos uma temporalidade que não é a deles. Talvez por isso Toni Negri, filósofo velho (não idoso), e que afirma que a aposentadoria é uma incoerência, pois considera a produtividade apenas do ponto de vista da produção da mais-valia, e não leva em conta a produtividade subjetiva que os corpos-potência são capazes, não é sequer conhecido entre os especialistas na “melhor idade”. Melhor para quem? A velhice é uma outra intensidade, um outro gosto, um modo diverso de existir, para que a sabe construir. Infelizmente, a máquina de triturar corpos e de anulação do agir produz corpos dóceis e aptos para as políticas tutelares eleitoreiras que se proliferam Manaus afora. Ainda bem que existem velhos como Dona Maria da Glória, Oscar Niemeyer, Waldir Pires, Eduardo Galeano e outros que escaparam à essa chantagem da temporalidade cronos. I inda tem francês…

Vamos que vamos

Pois ninguém chegou

De onde alguém fugiu…

A VEREANÇA E AS ESCOLAS ESCOLADAS DA SEMED

Depois que o presidente da comissão de educação da CMM, vereador Brás Silva, antecipando-se a qualquer investigação, absolveu o secretário Cyrino de envolvimento no caso das escolas escoladas (cinco posts abaixo) da zona rural, o Bloguinho Intempestivo, que já mostrou outras escoladas da SEMED, conversou ontem com o vereador Waldemir José, que deu alguns esclarecimentos sobre o assunto.

EFEITO DÉJÀ VU

Segundo Waldemir, não haverá movimentação dele e do vereador José Ricardo para a proposição de uma CPI da SEMED, por entenderem que dificilmente, na atual CMM, pelo apoio maciço que os vereadores dão ao prefeito, seria aprovada, como aconteceu com a finada CPI do Transporte Coletivo (aqui e aqui). No entanto, haverá mais uma reunião na próxima segunda-feira, onde participarão o braço direito do prefeito, Dr. Marcus Barrus, Waldemir e Zé Ricardo, pela CMM, Brás pela comissão de educação e o federal Francisco Praça, na condição de cidadão. Dando continuidade a um trabalho que já vem sendo feito pelos vereadores petistas, o objetivo da reunião será propor uma discussão da política de reformas e manutenção das escolas do município. Segundo Wal, algumas situações existentes na administração da SEMED deveriam ser explicadas.

O FINO DA FOSSA

É sabido pela população que, pela ausência de um sistema de saneamento básico, em Manaus, o uso nas casas de fossas sanitárias é comum. O fato também é observado nas escolas. Na zona leste, as escolas Júlia Barjona Labre (São José) e Francisco Guedes (Tancredo Neves) tiveram problemas com suas respectivas fossas, sendo a SEMED informada pelos respectivos gestores. No entanto, na primeira escola citada a reforma foi feita, mas nada foi feito em relação à desobstrução da fossa. Já no Francisco Guedes, por três vezes a fossa foi reformada, e no entanto já houve diversas ocasiões em que as aulas tiveram que ser suspensas devido às constantes quebras, resultado de manutenção ineficiente.

DETALHES TÃO PEQUENOS… SÃO COISAS MUITO GRANDES!

O valor da reforma padrão de uma escola, segundo o vereador, é o mesmo gasto na construção de uma nova. Considerando que a média de alunos por sala de aula nas escolas do município é de 45 a 50 alunos, seria mais eficiente uma política de reformas e manutenções que possibilitasse o uso desta verba para construção de novas escolas, ao invés das constantes reformas nas já existentes. Além disso, não há nas escolas nenhum tipo de recurso ou equipe de manutenção para dar conta dos pequenos reparos que surgem no cotidiano da escola, como torneiras quebradas, fechaduras emperradas, fazendo com que estudantes e professores convivam durante muito tempo com este tipo de situação. Outro problema apontado por Waldemir seria que as reformas executadas pela SEMED nas escolas seguiriam uma padrão pré-definido, e não levaria em conta as reais demandas de cada escola, o que evidencia o distanciamento da administração pública dos interesses da coletividade.

AS ESCOLAS DE AREIA

Em audiência pública realizada na CMM, com representantes do CREA, do curso de engenharia da UFAM, comissão de educação e SEMED, o vereador Waldemir José questionou o porquê de nos últimos 15 anos, as reformas das escolas terem se intensificado e ocorrerem em pleno período letivo. As respostas foram esclarecedoras. A SEMED responsabilizou as comunidades/estudantes, que, segundo a mesma, depredariam as escolas, pichando e obrigando a SEMED a realizar constantes reformas. Já a coordenação do curso de engenharia da UFAM afirmou que o problema estaria na própria estrutura das escolas, que estariam sendo construídas de forma a necessitar de reformas num curto prazo.

Como já mostrado aqui neste bloguinho, a secretaria costuma usar material de construção sem qualidade na construção das escolas, o que interessa às empreiteiras, que teriam vantagem tanto na economia do material usado quanto na certeza de que estas escolas, em pouquíssimo tempo, necessitarão de reparos que em outros tipos de construções levariam anos.

O bloguinho intempestivo continuará acompanhando este caso de irregularidade na gestão dos recursos públicos, e se o leitor intempestivo tem algum relato de escolas que se encontram na mesma situação, pode contactar pelo emeio e participar desse rizoma-comunalidade.

A GLOBO E AS ILUSÕES PERCEPTIVAS

A IMAGEM. Apenas os decalques da manipulação e a teratogenia do flash sucessivo, tentando capturar o olhar a partir do enviscamento meu bem aprisionador. Não veja e libere sua percepção para novas imagens.

O SOM. A ecolalia do enunciado tentando consolidar o imperativo categórico do signo significante autoritário, que pretende a universalização, a partir da palavra de ordem, da verdade despótica. Não ouça e permita a construção de outros ritornelos existenciais pulsantes.

A REPETIÇÃO. A destituição do sujeito de enunciação e sua singularidade, tornando-o sujeito de enunciado, apenas repetidor do texto constituído. Não faça propaganda, transportando o texto constituído; direcione os dizeres e a práxis para a coletividade democrática.

Macacos me mordam se eu ainda ligar na Tv Globo!

A PSICOLOGIA, A MORAL E OS LIMITES

Adolescentes, irmãs, brigaram por dinheiro. Uma delas agride a outra com um pedaço de vidro. Conselheiro tutelar acredita que o caso é de polícia. Jornal sem fatos que gerem notícias vendáveis procura qualquer coisa que, bem espremida, pingue o sangue lucrativo nas bancas de jornal. Senso comum. Noticia a agressão. Para dar um verniz de seriedade, pede a opinião de uma psicóloga. Esta, carregada do senso comum e da confusão entre moralismo e psicologia que impregna as faculdades Manaus e Brasil afora, afirma em quadro que a questão da agressão passa pela falta de limites que os pais deveriam impor aos filhos.

AGENTE DA MORAL

A psicóloga entende a palavra limite como uma limitação moral, imposição de uma ordem social, imperativo que define (e limita) os corpos na sua expressividade coletiva. Apenas trabalha com as palavras na ordem em que foi inserida no senso comum da profissão. O psicólogo é constantemente dentro do seu campo de trabalho chamado a exercer seu ofício como se fora um agente da moral, um propagador da ordem que restabelecerá a tranqüilidade e a calma. Assim é na escola, onde o psicólogo atua com os alunos problemáticos para que possam se adequar às normas da instituição. Assim também o é, na maioria das vezes, na área clínica, onde os fluxos “anormais” que se expressam como sintoma são trabalhados de modo a se tornarem inócuos dizeres da ordem do capital. Inclusive no tocante aos investimentos sentimentais.

EXCESSO DE LIMITES: ESTRATÉGIA DISCIPLINAR

O que a companheira de profissão dos mais de 1500 psicólogos do Amazonas não conseguiu alcançar ainda, é que a palavra limite, no plano das relações sociais, tem íntima relação com outra, a disciplina. Ambas não devem ser tomadas como expressões da moral, mas como palavras que definem uma estratégia de Estado, através dos saberes e da subjetivação, que ao contrário do que pensam psicólogos, pedagogos, psicopedagogos e outras categorias que não saíram da moralidade inscrevem nos corpos uma limitação e um modo de ser extremamente limitado e pobre. Quais enunciados compõem o quadro existencial de uma família? E o chamado indivíduo: limitado no uso do seu corpo pela moral, pela igreja, pelas condições econômicas, pelos enunciados das chamadas ciências, pelo consumo, pela midiotização, pela educação amortizante, pelo entretenimento alheante, pelo trabalho estupidificado, todos limitadores da potência de existir das pessoas, o que se expressa pela violência aparente ou pela violentação institucional à qual se somam alguns indivíduos patologizados pelo excesso de limites ao existir que este modo de socialidade sustenta.

Assim, uma psicologia que não ouse investigar a genealogia desta moral, que continue a confundir-se e a tomar o efeito pela causa está fadada a reverberar essa mesma moral que captura os corpos e insere-os na ordem da limitação. Não se diferencia da linha policialesca do jornal, do conselheiro tutelar, da escola, da inexistência de uma comunalidade/afetividade onde este tipo de comportamento seja desnecessário.

 

ENCONTROS CASUAIS

! Era uma vez uma cidade com duas faces: uma, a sua própria realidade, e, outra, a imaginação dos governantes. Por eles era Cidade Sorriso, Paris dos Trópicos, Meu Ciúme, Princesinha do Norte, e outras conceituações que ela não conhecia em si. Certo dia um casal de turistas foi visitá-la. Depois de conhecer o Mercado Municipal, lê os jornais, foram passear de ônibus. Pois, segundo seus avós, para se conhecer uma cidade que se visita, são precisos estes três atos. Na Praça da Matriz, entraram no ônibus cheio até as bordas. Com algumas centenas de metros, o ônibus pou, pou, pou, pregou. Todos desceram e o motorista avisou para não se preocuparem, logo chegaria outro ônibus. Os dois aproveitaram para filmar as ruas e entrevistar pessoas. Chegou o ônibus e lá foram descer em outro prego. E eles sempre filmando e entrevistando as pessoas. No total, foram quinze pregos até chegarem ao ponto final. Voltaram para sua terra, editaram o material, transformando-o em um documentário e venderam para todas companhias de turismo. Resultado: nunca mais ninguém visitou e nem quis morar na cidade Ciúme. Até os governantes e seus vassalos se mandaram para bem longe. Livre, a cidade, com sua própria realidade, foi feliz em sua eternidade.

!! Era uma vez um rapaz que queria ser cantor de rock. Queria tanto que jurou até se pegar com o diabo para realizar seu sonho.. Só que não sabia onde encontrar o tinhoso. Certo dia, porém, lhe falaram de uma igreja de um pobre diabo. Não contou desgraça. Meia noite de sexta-feira, lá estava ele. Fez a promessa e ouviu uma voz dizendo para na próxima sexta, meia-noite, trazer quinhentos tocos e deixar na porta da igreja. No outro dia, acordou cedo inspirado e fez logo vinte rocks bem pauleiras. Um vizinho, que se tomava como o melhor roqueiro do pedaço, quase se mata de inveja. Não se matou, mas queimou a guitarra e foi estudar medicina. Na sexta-feira, levou a grana e a voz pediu três mil para a próxima. No outro dia recebeu vários telefonemas para fazer Shows e apresentações nos melhores programas de TV. Mas toda sexta deixava uma boa grana na porta da igreja. Quando completou quarenta sextas, terminou o pacto. Certa noite, depois de se apresentar no Teatro Amazonas, com estrondoso sucesso, viu um homem alto, fraque preto, barbado, cartola, fumando charuto próximo ao seu carrão. Sentiu um tremor, pensando no final da carreira. Ele se aproximou do homem, que sorria com uns dentes brilhando mais que os refletores, e não conseguiu falar. Então o homem contou toda a história. Ele não era o diabo, era o vigia da casa do lado da igreja e que resolvera ver até onde o diabo ia. Felicíssimo, o roqueiro tascou-lhe um abraço forte acompanhado de beijos agradecidos. Perguntou o que ele tinha feito com o dinheiro, ele respondeu que entrara no ramo da multimídia, estava tendo progresso e estudando Comunicação na UFAM. Se abraçaram felizes e se separaram. Em dois anos, o roqueiro se transformou no Rei do Rock da América Latina. Uma tarde, no ensaio, conversando com um padre, tio do baterista de sua banda, contou a história. Ao que o padre, sorrindo, afirmou ser um caso que mostrava que o diabo mesmo não sendo diabo tinha grandes poderes.

!!! Antes de entrar na sala onde se daria a reunião, contou e percebeu que seria 13º membro. Decidiu não entrar. Pôs a mão no bolso da calça, tirou e fechou o punho. Saiu do prédio. Atravessando a rua um gato preto, vindo da esquerda, passou na sua frente. Tentando se desviar, passou por debaixo de uma escada. Em seguida uma mulher com um vestido marrom, do outro lado, acenou. Desviou o olhar e viu um metaleiro levantando um crucifixo de cabeça pra baixo. Olhou para o céu, fez o sinal da cruz e tropeçou num buraco de obra da prefeitura. Desfalecendo no meio fio, sua mão abre: no rego cai um pé de coelho que desliza suave.

!!!! O que mais apavora na morte é perceber que estivemos alheios à vida. Estava na principal avenida da cidade, que agora detestava. Olhava os carros passarem e era acometido pelas imagens que lhe chegavam. Aproximou-se o primeiro carro, que seria o seu. Viu-se lambendo o saco do patrão: sempre fora lambaio e nunca tivera ganhado sequer uma promoção pequena. Não se jogou. O segundo carro se aproximava. Viu sua mulher transando com o seu vizinho, que sempre tinha se mostrado um amigo para todas as paradas. Não pulou. O terceiro era um caminhão. Perfeito para o seu propósito. Tomou coragem. Se preparou. Quando ia pular ouviu barulho de risadas de crianças. Pulou para trás, seguiu o caminho das crianças e as acompanhou numa partida de peteca.

CONCESSÃO PÚBLICA E COMUNICAÇÃO

Em uma sociedade, as enunciações sociais necessárias ao domínio e uso coletivo são tidas como do interesse público. E para que essas enunciações alcancem o maior contingente de indivíduos, foram criados os meios de comunicação, que, privados ou públicos, ganham o direito de funcionalidade através de atos constitucionais determinados pelo Estado. Este direito de funcionalidade é chamado de concessão pública. O que significa dizer que os sinais de freqüências, por exemplo, do Rádio e da TV estão submetidos às leis da comunicação controladas pelo Estado como serviço público; ou seja, não são propriedades privadas. E, nisso, têm por obrigação produzir redes de programas que protejam a democracia e auxiliem os indivíduos na construção da cidadania coletiva. Desta forma, a sociedade espera que os responsáveis pelos meios de comunicação carreguem em si os princípios racional e sensorial, para que possam realizar o Bem Público. Entretanto (esse que é o problema: o entretanto), estes princípios não são encontrados na maior parte dos meios de comunicação. Que são, em verdade, impérios tirânicos, reacionários e arbitrários. Propagadores da alienação alcunhada de informação e entretenimento. Onde o serviço público aparece como assalto da mente nos ardis das truncagens dos fatos e escamoteação das notícias com interesses particulares (como faz o chefe do JN da Globo, o Bonner-Simpson), principalmente políticos, como fizeram na eleição passada para presidência a Rede Globo, Folha de São Paulo, Estado de São Paulo, Jornal do Brasil, Veja, a grande mídia (e parte da nanica também) para destruir a candidatura de Lula, em benefício do candidato do capital estrangeiro: Geraldo. E neste momento, sem pejo algum (o que é pejo?), em nome da defesa da democracia e liberdade de imprensa, deflagram campanha aviltante contra Hugo Chávez, presidente da Venezuela, por ter fechado o canal RCTV (Rede Caracas de TeleVisão) e criado a TVES, canal público. Sem citar em nenhum momento que foi exatamente nos estúdios da tal emissora que se arquitetou o golpe de estado em 2002 para destituir o então presidente (para quem interessar, lê o Blog do Mino Carta ou a Agência Carta Maior). E que, juntamente com as emissoras Globovision, Venevision, Televen, negaram durante 48 horas, para a população, notícias sobre o golpe, apoiado pelo governo americano. Mas as forças militares e a população reconduziram-no ao cargo de presidente. Lá como cá. Ou, cá como lá, concessão pública é monopólio privatista. E liberdade de imprensa eu tenho quando sou eu que te imprenso. Nada de imprensa como disciplina cívica, como pensa o jornalista espanhol/francês Ignácio Romanet.

A SEMED E O CONTO DA ESCOLA ESCOLADA

Quando a Prefeitura de Manaus, por secretarias suas, como a SEMED, vem fazer justificação para o pagamento de empreiteiras no primeiro semestre da gestão Serafim, que deveriam construir escolas, mas que nenhuma construção existia, pode-se afirmar que essa nefasta prática existia antes e que continuou existindo na atual gestão. Um ex-diretor da SEMED afirma que deu entrada num processo no Ministério Público Estadual (MPE), processo 3205/2007, justamente contendo um ponto sobre a ineficiência de fiscalização das obras da Esc. Mul Emanuel Rebelo da Cunha pelo órgão responsável, no caso a SEMOSBH.

Numa outra denúncia contra a SEMED, professor afirma que ao comparecer ao Setor de Lotação para ser lotado numa escola municipal conforme a sua função, que era a de professor de 1ª à 4ª séries, acabou sendo lotado numa escola que estava em construção (segundo lhe informaram) da qual ele nunca soube sequer o endereço. Ao comparecer à Gerência Distrital (Zona Leste) da referida escola (Esc. Municipal Ana Cristina), já com o ano letivo adiantado em andamento, foi constrangedoramente encaminhado para realizar serviços burocráticos na secretaria de uma outra escola (Esc. Mul Ednir Telles, justamente a que vereadores da CMM e secretários da Prefeitura se encontram hoje), acarretando a suspeita do que é comumente chamado de “desvio de função”. Mesmo não tendo entrado com processo, o professor afirma que tem os documentos para comprovar essas irregularidades.

Parece que a corrupção envolvendo a falta de fiscalização de obras passa pelo processo administrativo atual, que não percebeu as mudanças necessárias de cargos históricas nos órgãos municipais, e que, pelo último caso principalmente, trata o funcionalismo público com subalternidade. Parece que a observação atrasada em órgãos municipais de questões como essas são a prova de que os governos em nada se modificaram em sua essência. Talvez na próxima…

*…..::: CHAGÃO! :::…..*

Chagão!

Θ COPA DO MUNDO FUTEBOL-MULHER. Na primeira semifinal, as alemãs golearam as norueguesas por 3 a 0, e agora defenderão o título contra Brasil ou EUA. Os gols foram anotados por Roenning, contra, aos 42 do primeiro tempo, Stegemann, aos 17 e Martina Mueller, aos 20 minutos do segundo tempo. O terceiro gol, além de dar números finais ao placar, também foi o centésimo anotado na competição. Amanhã as brasileiras enfrentam as americanas pelo direito de disputar a finalíssima do certame.

Θ FUTEBOL ALEGRE TOMA CONTA DA AMÉRICA, menos do Brasil, que não tem clube homo e nem descobriu que o mundo é gay. A IGFLA (Associação Internacional de Futebol para Gays e Lésbicas), organizadora da Copa do Mundo de Futebol Gay, escolheu Buenos Aires pelos esforços da capital portenha para ser centro turístico de referência para o público GLBT. O campeonato está tendo todo o aporte da AFA (Associação de Futebol Argentina), e o torneio conta com mais de 500 atletas de Argentina, Chile, México, EUA, Canadá, Reino Unido, Alemanha, Islândia e Austrália. O atual campeão é o clube Stonewall FC, de Londres, que estará em campo para defender o título. O clube norte-americano New York Ramblers afirma que em sua cidade o futebol gay tem muito respaldo, disputando inclusive com times considerados héteros. Não há preconceito, e os campeonatos e partidas naquela cidade são eventos onde, além do futebol, há discussões sobre a questão da homofobia e da participação política. Enquanto isso, no Brasil, homoerotismo, só enrustido, encravado, escondido, mal compreendido, mal aceito e amplamente difundido em dirigentes, árbitros, torcedores, jogadores, técnicos, gandulas, massagistas, médicos, preparadores físicos, que ainda não descobriram o que Freud já sabia.

Θ FUTEBOL AMAZONENSE. Até o fechamento desta coluna, ainda não haviam informações disponíveis sobre o resultado do jogo entre Rio Branco (AC) e o RMMiano FAST Clube. Logo mais, assim que confirmado o resultado, estaremos disponibilizando aqui nesta coluna na seção dos comentários.

Θ INDÍCIOS DA INTELIGÊNCIA FUTEBOLÍSTICA. Enquanto a imprensa esportiva espanhola ataca Ronnie – alcunhado Ronaldinho Gaúcho – e faz jogo de cena entre presidente e ex presidente do Barça, entremeado pelo berlusconiano Milan e pelo Abramovitchiano Chelsea, que querem o sorriso de ouro, em Valência, há sinais de vida inteligente. O treinador do time, Quique Sanchez Flores, ao comentar entrevista dada pelo lateral Miguel, de seu time, respondeu à sanha tanática da imprensa com a frase: “Sabemos que está entre os melhores da Europa, que podia ser o melhor, mas para jogar bem futebol é preciso se estar feliz”. O treinador se refere às declarações do excelente lateral, que afirma gostar das noitadas de quinta-feira e fuma há pelo menos 14 anos. Entendimento de quem compreende o esporte para além da limitação tecnocrática do futebusiness, e não carrega para o campo a subjetividade do operário neoliberal, corpo privatizado pelo capital internacional. Ainda, sobre o regulamento interno do clube, o qual é semelhante ao de qualquer clube futebolístico profissional, Quique completa: “Quase ninguém é feliz, porque tratam-se de restrições que nos limitam, mas as coisas são assim”. Num futebol profissional onde Garrincha seria barrado em qualquer clube brasileiro ou europeu na entrada da peneira, o treinador do Valência demonstra que o ressentimento julgador que se traveste de ciência e que toma conta do esporte tem uma falha óbvia: carece de bom senso e inteligência. Em tempo: o Valência disputa ponto a ponto a liderança do Espanhol, com Villareal e Real Madrid.

Θ COPA SUDAMERICANA vira copa sulamericana. Nos confrontos de volta, deu Brasil 2 a 1. Em São Januário, o Vasco fez 3 a 0 no Lanús, totalizando placar de 3 a 2, e agora enfrenta o vencedor do confronto mexicano entre Pachuca e America. O São Paulo venceu o Boca Juniors por 1 a 0 em noite de chutões portenhos, desorganização tática, dois times iguais e um gol. Destaque para o bandeirinha que parecia estar curtindo uma ressaca, mas não se equivocou em nenhum lance. O São Paulo encara o vencedor entre Milionarios (Colômbia) e Colo-Colo (Chile). O Arsenal argentino descontou para os alvicelestes, empatando em 1 a 1 e se classificando, aguarda agora o vencedor entre DC United (EUA) e Chivas (México). Amanhã o Botafogo disputa vaga também nas quartas-de-final do torneio com o River Plate.

O OLHAR ESPECTRAL DA GLOBO

A partir do dia de hoje até o dia 5 de outubro, data do término da concessão pública que permite à TV Globo operar como veículo de comunicação áudio/visual autorizado pelo estado, este bloguinho intempestivo estará trazendo todo dia um logotipo formado de imagens conjugadas com o logotipo da Globo. É uma espécie de tributo didático a esta deusa da imobilidade democrática, que se traveste de sapiente, mas não oculta suas explicações mistificantes que se pretendem, como diz o filósofo Nietzsche, “tidas por profundas; a verdade é que sequer são superficiais”.

Sabemos que uma versão tupiniquim chavista está fora de cogitação, não só pela brandura democrática que o presidente Lula tem dedicado ao vírus globotarizante, mas também pelo papel do parlamento. Pois, para que a concessão seja negada é preciso também o voto desta instância política. Como se sabe que este senhor anda com muitos dos seus condutores, principalmente a moralista direita dita oposição, comprometido com a performance do “Como se”, a necroimagética vai ter que se devorar por si mesma. Processo autofágico em audio/visível andamento. E para refrescarmos algumas memórias e tornarmos memórias aos que não sabem, transcrevemos o texto publicado pela Folha de São Paulo em l996, período de eleição para prefeito, com o título “O Que é Bom Para a Globo Não Convém Ao Brasil” Resposta ao Monopólio. Como coisa que a Folha soubesse o que é bom para o Brasil. Desmesurada pretensão desta que faz parte das mídias reacionárias e conspiradores. As edições que antecederam as eleições do ano passado que o digam. E que o digam mais Lula e os democratas compatriotas. Mas façamos de conta, como no conto da carochinha, que a briga era para valer, já que o que nos interessa é o conteúdo. O depoimento histórico que é real. Alhures e algures muito bem comprovado. Eis o discurso de defesa. Com vocês a Folha!

A Rede Globo publicou anúncio em diversos jornais onde acusa a Folha de “distorcer fatos”, “inventar mentiras”, “violar a ética jornalística” e “caluniar a emissora”. O mesmo anúncio foi divulgado em sua programação. Qual o motivo para tanta histeria?

A Folha noticiou que o PPB e o PT de São Paulo entraram com representação na Justiça Eleitoral, alegando que seus candidatos estão sendo prejudicados na inserção de anúncios eleitorais na programação da Globo. O PSDB do Rio, com suspeita semelhante, já havia solicitado uma medição nos anúncios na programação carioca, fato também notificado na Folha. Nos dois casos, o jornal procurou registrar, como é da sua praxe, a versão da emissora.

É normal que existam controvérsias desse tipo em tempo de eleições. Mais do que normal, é necessário que a imprensa independente as leve ao conhecimento do eleitor. A decisão, como é óbvio, cabe à Justiça Eleitoral, por meio de seus magistrados. Mas a Globo não está acostumada com democracia.

A emissora carioca pode não entender nada de democracia, nem de jornalismo, mas é especialista em manipulação eleitoral. Fez campanha contra o Movimento Diretas-Já, vendo-se obrigada a aderir na última hora, quando seus veículos já não podiam circular sem sofrer hostilidade da população. No desespero de evitar uma vitória de Leonel Brizola na eleição para governador do Rio, a Globo já havia se envolvido no escândalo Proconsult, uma das maiores vergonhas na história política recente. Mais tarde, praticou a edição criminosamente deformada do debate entre os candidatos Collor e Lula, com vistas a eleger o primeiro, a quem apoiou durante toda a campanha.

Não é por acaso que qualquer cidadão bem informado suspeita de novas manipulações por parte da Globo.

É no mínimo risível que a emissora venha falar em ética. A Globo foi feita com capital estrangeiro em flagrante violação da lei. Essa é origem de sua vantagem sobre as demais emissoras que até hoje tentam, corajosamente, fazer-lhe concorrência. A Globo cresceu no apoio subserviente aos governos militares, beneficiando-se de todo tipo de favores, concessões, privilégios e negócios duvidosos. Urdiu uma rede de poder, ameaças veladas e atividades suspeitas por todo o país. Pretende agora estender seu monopólio virtual sobre toda a comunicação, açambarcando também as novas mídias.

O que é bom para a Globo não convém ao Brasil. É positivo que exista um jornal capaz de dizer não ao monopólio, a mistificação e à fraude. A Folha se orgulha de cumprir esse papel”.

E então? Dá tese de mestrado? Doutorado? Pós Doutorado? “As Seqüelas Políticas da Seqüelada Globo?”. Pois tá.

QUE VENHA A PREFEITURA, PROJETO OCEÂNICO POSEIDON…

Depois de abaixo-assinados entregues pessoalmente na SEMOSB, depois de constatar que os telefones de lá, os quais fazem até uma tal “ordem de serviço”, são apenas simulação, depois da troca de Secretário, quando Porfírio Lemos saiu atacando o prefeito Serafim e seu filho, Marcelo Serafim, depois de verem caravanas de técnicos dessa Secretaria, pertencente à Prefeitura de Manaus, fotografarem, medirem, marcarem datas para o início das obras, remarcarem, re-remarcarem, etc, os moradores da rua Rio Jaú, no Novo Aleixo, continuam de bom humor. Passou um caminhão na rua e foi lama pra todo lado, e eles dizendo que agora estão todos milionários, porque jorrou petróleo na rua. Quanto às vegetações que estão tomando de conta da rua, dizem eles que é pelo fato de a Prefeitura está tão preocupada com as questões de meio ambiente, que não vai destruir a flora e a fauna ali presentes, existindo talvez até alguma espécie rara, surgida na/da atual gestão. As crianças, impossibilitadas de brincar de bola na rua, já que não dá condições nem para as pessoas andarem uma ao lado da outra, inventaram um novo jogo: esqui no lodo.

O que atrapalha um pouco o humor de todos é o mal-cheiro e a percepção através da razão de que a rua, nestas condições, é um propício causador de todo tipo de doença. Isso lhes deu a idéia de, em vez de telefonarem para a ineficiente SEMOSBH, tentarem a SEMSA a partir de hoje. Incansáveis, já que os vereadores “acordões” da Câmara Municipal irão amanhã ao Jorge Teixeira, juntos com secretários da Prefeitura, também farão uma faixa com uma pequena frase: ANO QUE VEM TEM ELEIÇÃO!

SÁBIA GENTE BRASILEIRA

? Fernando Henrique, comentando a posição de Hugo Chávez: “Hugo Chávez tem que ver que está se colocando em uma posição de muita intransigência, de muitas questões, e que algumas delas ferem a consciência democrática da região do Mercosul”.

? Posição do amigo de partido, senador Arthur Neto sobre o mesmo tema: “Não adianta ele pressionar com esse discurso atrasado e com esse cacoete de insultar parlamento para forçar a aprovação do ingresso do seu país no Mercosul, em marcha batida rumo a um regime ditatorial, o governo de Chávez não preenche o requisito da cláusula democrática a do tratado do Mercosul”.

? O jornalista Juca Kfouri da SPN e da Folha de São Paulo, explicando a um companheiro de equipe que fora comparado por um telespectador com Lúcia Hipólito: “É uma mulher inteligente, é da CBN, Veja, faz parte do quadro do programa do Jô ‘As meninas do Jô’”.

? “O voto aberto difere do fechado, porque o aberto expõe a pessoa à pressão do poder econômico, do poder político e de setores da mídia. Se faz fechado justamente para que isso não aconteça”, afirmou o senador Renan Calheiros.

? “Como a votação a favor da CPMF já estava a favor do governo, preferi me abster, como voto de protesto”, argumentou o deputado Clodovil.

? “Um monopólio acontece quando uma empresa detém a oferta de um produto ou serviço e controla o preço. Isso não vai acontecer aqui porque quem determina o preço da tarifa é a prefeitura, não a empresa”, afirmou o secretário do transporte coletivo Marcelo Ramos, protestando contra a liminar que suspendeu a licitação do sistema de transporte coletivo que viu no edital possibilidade de formação de monopólio.

? “Jornalismo na veia para editorial independente no sangue”. Slogan da BandNews.

? Propaganda do partido Democratas (sempre PFL) coloca ao final da vinheta o ex-deputado Pauderney Avelino com a frase: “É um novo partido, venha fazer parte!”.

? Presidente da CMM, Leonel Feitoza (PSDB) falou ao senador Efraim Moraes (DEM-PFL), na reunião do Interligs na casa: “Peço a sua ajuda, senador, porque o Amazonas é diferente de todos os outros estados brasileiros. Mas, acredito que a partir do momento que as câmaras municipais estiverem integradas poderemos oferecer os mais diversos cursos e assim melhorar a condição de vida do caboclo amazonense”.

? Governador Eduardo Braga não declara a quem apoiará na eleição do ano que vem e afirma que “até lá tem muita água para rolar”.

? Já na vinda de Lula a Manaus, o governador amazônida foi contundente: “Nós estamos aqui apenas para agradecer o muito que o governo federal tem feito e está fazendo por todos nós do Amazonas”.

? Presidente do IMTU, o comunista Marcelo Ramos, sobre a suspensão da licitação do transporte coletivo de Manaus, pelo MP: “Um monopólio acontece quando uma empresa detém a oferta de um produto ou serviço e controla o preço. Isso não vai acontecer aqui porque quem determina o preço da tarifa é a prefeitura, não a empresa”.

 

MANAUS – UM PASSEIO PELA NÃO-CIDADE

Em Manaus, os governos acreditam muito mais na força do marketing do que na potência de agir das pessoas. Eles não sabem o que é uma cidade. Confundem cidade com aglomeração, chamam de cidade, comunidade, apenas uma aglutinação de pessoas no gerir seus interesses particulares, quase sempre patologizados pela subjetividade capitalística.

Uma cidade só pode existir como um organismo afetivo-afetante. Não se cria uma cidade. Ela é engendrada. Só há cidade quando a política surge como produção humana da coletividade, onde as potências se aglutinam numa potência-comunalidade, e os interesses são criados a partir dos acasos tomados pelas pessoas e tornados expressões de singularidades. Para tal, é necessário produzir condições para que as pessoas tomem a cidade como sua, no plano da razão, e passe a utilizar seus talentos na produção de outros modos de existir. Tal pode se dar nas mais diversas formas de expressão humanas, e quando tal ocorre, temos um período rico nas artes, nas ciências, na filosofia.

Infelizmente, não é o caso de Manaus. Tomada como abstração marketista, Manô não pode ser considerada cidade, no sentido que tomamos aqui. Não há por parte dos governos iniciativas políticas de publicidade (no sentido do acontecimento que se torna visível ao público pelos movimentos que engendra e pelas modificações que produz nos modos de existir das pessoas). Assim, torna-se difícil criar uma subjetividade mais afeita à produção de conexões afetivas que permitam às pessoas se posicionar no mundo e sentir como seu o espaço vivido, sentir que pertencem à cidade e que ela pertence a si, para além do microfascismo do amor do censor, que toma o si como cristalização dos ressentimentos e por isso precisa se apossar dos objetos para ter a ilusão do existir.

Não por acaso tem força em Manaus duas ocorrências, expressões desta subjetividade dura:

1) um re-sentimento esvaziado e produzido pela mídia e governos locais, travestido de “valorização cultural”, que prega o culto cego às produções locais, sem o olhar afetante pela razão. Toma-se o efeito pelas causas: é bom por que é de Manaus, por que é do Amazonas (o boi nestlecocacolizado, os artistas subservientes à força do dinheiro, a universidade-cadáver, são ilustrações). Movimento semelhante à valorização da cultura do Reich que se deu na Alemanha pós-1ª guerra, e que se tornou terreno fértil para a ascensão de Hitler, e de manifestações xenófobas, como as de preconceito contra os negros e judeus, que culminou no Holocausto. Fenômeno semelhante dá sinais em Manaus, em relação aos paraenses. Só teme o diferente aquele que desconhece a si.

2) A partir do momento que Manaus (ou qualquer outra não-cidade) não consegue produzir elementos corporais e incorporais que permitam às pessoas se posicionarem no mundo a partir dos seus talentos, estas pessoas estabelecem uma relação de alheamento com o seu entorno. O filósofo do engajamento estético-político, Sartre, explica como construímos nosso entorno e nosso próprio existir a partir das relações que estabelecemos com os objetos. Assim, quando nosso ambiente é pobre de possibilidades de construções subjetivas-coletivas, é natural que não consigamos estabelecer vínculos afetivos com a cidade. Não há então comunidade, e o direito natural (guerra) se fortalece. Cada um é inimigo potencial. Situações como a banalidade da violência, o descuido das pessoas para com os locais onde vive (o jogar dos resíduos do consumo nas ruas e igarapés, por ilustração), o estado de confronto generalizado entre professores e alunos nas escolas, a inépcia redundante da mídia local, a mercantilização da saúde, a proliferação das igrejas apocalípticas, são sintomas da impossibilidade de estabelecer conexões afetivas-afetantes nesse modo de existência que são engendrados pelos governos, anteriores e atuais.

E como, contra a estupidez que é produto da ignorância, somente o conhecimento como linha afetiva-constitutiva pode constituir modos de resistência, este bloguinho inicia hoje uma outra coluna, “Manaus- Um Passeio Pela Não-Cidade”, onde coloca situações cotidianas da Manô (vale também a RMM – Região Metropolitana) em uma outra perspectiva, diferente da oficial, e convida o leitor intempestivo a produzir outros entendimentos acerca do que se quer estabelecer como realidade social em Manaus.

O leitor intempestivo pode participar produzindo textualizações ou imagens fotográficas sobre alguma situação que existe ou que ocorreu em Manaus, e compartilhar com os afinados, através do emeio.

RODA MORTA DIANTE DE MANO BROWN

O líder… Opa! “Vamos parar por aí, não sou líder de ninguém”, foi a resposta a um dos pífios entrevistadores ao rapper Mano Brown, dos Racionais MC’s no programa Roda Viva, da Tv Cultura. E por aí saiu desmanchando rapidamente as rotulações que lhe tentaram impingir de todos os mesmos lados. Apesar de em certos momentos o programa até parecer ameno, conforme o próprio Brown, uma guerra de linguagens estava instalada, quando lhe questionavam o apoio dado a Lula, e com argumentos lúcidos, o rapper afirmou que gosta de Lula, votou nele e o apóia, sempre dando exemplos práticos de melhorias político-sociais no Brasil, e falou de sua decepção em ver Marta Suplicy perder a prefeitura de São Paulo. Ao se referir aos candidatos tucanos, apenas debochou ironicamente, sem sequer perder tempo citando nomes. Ao criticar as elites brasileiras, deu como exemplo a educação cubana, e o retardamento de José Nêumanne quis interferir para dizer que Mano não poderia citar Cuba, por ter um ditador há 40 anos. Então levou uma aula de todo o processo cubano de libertação e sua luta por permanecer independente por todos estes anos e valorizar o homem e não o capital. Foi aí que o medíocre mediador atucanado Paulo Markun, demonstrando toda a sua capacidade de entendimento, perguntou rasteiramente se Brown era um socialista, daqueles que acreditavam em igualdade para todos. Ele afirmou luta pessoal e falou de várias pessoas que vieram antes e outras que estão próximas a ele tentando fazer um trabalho fora do mundo político corrompido e distantes da mídia trapaceira. Ao ser questionado sobre a pirataria, referiu-se aos pirateadores, carinhosamente como os trata: “Vocês são a minha rádio”. Ainda deu pra Maria Rita Kehl dizer que não entendia quando ele dizia não ter nenhum discurso. Mano Brown então derrubou o rótulo de pessoa fechada, séria; com sensibilidade, deu exemplos simples que ridicularizaram a falsa intelectualidade dos presentes, como cuidar de si e dos que estão próximos e de ter atitude diante de tudo que ocorre a sua volta.

Diante de tanta mediocridade, talvez Mano Brown não queira mais conceder entrevista, já que ele é conhecido por se manter, com toda razão, longe da mídia. Para quem assistiu, serviu para constatar mais uma vez a decadência da midiotização televisiva, mas principalmente para perceber a autenticidade e engajamento com questões sociais, políticas, existenciais de manifestações que surgem nos subúrbios, nas periferias, como o Rap e o Hip-Hop.

COLUNA VERTEBRAL

Se a Vertebral não analisou nada se realizou

# Queridas/queridos, eu não sou uma lingüista, apesar de gostar de língua, principalmente com canela e mel, mas o que se faz com certos conceitos e seus objetos referenciais é de causar dó na semiótica. Lindinhas/lindinhos, eu ouvi, com estes ouvidos que as formigas vão entrar, e com estes olhos que o calor vai secar, em um programa de entrevista da TV UFAM, o apresentador, professor, doutor de educação física, depois de chamar, com faces de superioridade, alguém de incompetente, se virar para sua entrevistada, deputada estadual Terezinha Ruiz, afirmar que podia falar sobre tal assunto porque era educador. Segundo minha amiga filósofa, Rudd me disse, o educador é um devir educação que corta os elementos imobilizantes da realidade reativa causadora da ilusão da necessidade de uma sociedade capturada: medo da alegria… Como esse professor, que se diz educador, é o mesmo que chamou agressivamente o diretor da TV, Guará, de incompetente, não é possível creditá-lo potência/educação. Mesmo que ele apresente seus títulos em sua defesa, já que títulos não realizam o rito de passagem do educar, como afirma o filósofo da educação George Gusdorff. Nesta pedagogia não há TDPM – Transtorno Disfórico Pré Menstrual segundona que se estabeleça. Ainda bem, pois eu quero é liberar as pernas!

# “A memória quase sempre é dolorosa, mas as vezes é hilárica”, afirmou a Penélope, plantando umas mudas de mangueiras. Memória é memória: às vezes causadas por experiências e às vezes pela imaginação/superstição”, considerou Mário, abrindo uma garrafa de Se Não é Por Ti, Não Será Por Ninguém. “Aí é que está. Eu estava lembrando que alguns anos passados, ouvindo uma rádio, o repórter, que se percebia ser limitado intelectualmente, cobrindo uma manifestação em uma praça, narrou que haviam poucas pessoas, mas já estava presente o reacionário deputado Eron Bezerra… Pois bem, hoje, enigmaticamente, me pergunto: será que o tal repórter supria sua limitada inteligência com o dom da magia?”, perguntou, carregando terra preta. Da minha parte, acredito que ela queria dizer que vendo o ex-rebelde contra as causas Amazonino, integrando, denodadamente, um governo que não carrega idéias novas, o conceito de reacionário, e em seu conservadorismo, é continuação dos anteriores, o repórter fez uma premonição. Mas é lógico que a Penélope não acredita em superstição. E sim, nas combinações dos acasos como produtor de realidades.

# A Valdilândia me ligou lá do Jorge Teixeira e falou que a Câmara Imobilizante vai estar lá no seu bairro na próxima quinta. Sobre os problemas, ela me disse: “Os mesmos dos outros bairros: transporte coletivo perverso, escolas sucateadas, buraqueira nas ruas, a eterna falta d’água…”. “Pera aí, esse problema não foi solucionado com a ligação de novas adutoras, quando passou três dias sem dar água por toda a cidade, que até o nosso amigo Quinho ficou três dias desenvolvendo ainda mais sua catinga, sem tomar banho?”, perguntei debochando. Val riu, e filosofou: “É como o prefeito falou lá no Mauazinho na semana passada, que iam, olhavam e viam o que dava pra fazer, ‘na medida do possível’. O problema é que para eles não há interface alguma entre possível e real, só a estratégia do discurso vazio”.

        Cansei do Rock!

                    Você quer que eu me enforque?

                                Mas não há árvore nem bosque.

                                            Assim não há como me troque.

                                                    Beijos e Abraços Vertebrais!

CANDIDATURA DE FRANCISCO ESTÁ NA PRAÇA!

O vereador Waldemir José, conhecido afinadamente como Wal, falou ontem para este Bloguinho sobre o encontro ocorrido no sábado pela manhã na sede regional do PT.
Segundo Waldemir, o encontro informal foi para a entrega de documento para a diretoria do PT (representada na ocasião pelo vereador José Ricardo, conhecido afinadamente como Zérricardo), informando da candidatura interna do companheiro federal Praciano a prefeito de Manaus. Estiveram presentes no evento, além dos vereadores petistas e o candidato Praça, cerca de 60 manifestantes das diversas vertentes do partido, dentre eles o núcleo de Petrópolis, Mauazinho, Democracia Socialista, Articulação Unidade na Luta, Compensa, Cidade Nova e Redenção.
Sobre as eleições internas para a presidência regional do PT, Wal informou que nos dias 02 e 16 de dezembro, respectivamente, ocorrem primeiro e segundo turno das eleições, e o vereador José Ricardo é pré-candidato em uma chapa que contaria ainda com os nomes de Zeca do PT e Rodolfo, do núcleo do deputado Sinésio.
Este, aliás, é provável oponente de Praciano na candidatura própria do partido à prefeitura. Como já declarado aqui neste bloguinho, a AFIN acredita na candidatura de Praciano, por carregar virtuais que podem ser atualizados na construção de linhas-comunalidades de afetos.

A DOENÇA MENTAL E OS GOVERNOS

Esta semana, fontes informaram ao Bloguinho Intempestivo sobre uma pesquisa que foi feita em um bairro da zona sul de Manaus sobre a incidência de doenças mentais e distúrbios entre moradores. O resultado surpreendeu alguns trabalhadores da saúde: altíssimos índices de tentativas de suicídio, problemas sexuais de diversas ordens, depressão, automedicação e orientação farmacológica equivocada. Infelizmente, para quem acompanha a questão da saúde mental no Amazonas, para além da imagem marketista produzida pela opinião oficial, o quadro não é novidade. Em Manaus, diferente de outros centros, a saúde mental, enquanto questionamento pertinente às políticas públicas de saúde e educação, sequer existe.

Como já colocado em outras oportunidades aqui neste bloguinho, em Manaus as tentativas de intervenção no quadro de produção subjetiva da doença mental inexistem, e ficam somente no terreno do marketing governamental, aliás, como a maior parte das questões políticas. Enquanto Santos, Campinas e Rio Grande do Sul avançaram na questão da mudança da perspectiva de atendimento ao doente mental, em Manaus o HPER (Hospital Psiquiátrico Eduardo Ribeiro) e o PAM da Codajás continuam sendo o referencial para atendimento e acompanhamento dos casos que, com muita sorte, conseguem marcar uma consulta com o psiquiatra. Não estamos colocando aqui sequer o aspecto institucional (ou a Desinstitucionalização) enquanto mudança paradigmática que entende a profilaxia e a terapêutica da saúde mental numa perspectiva mais social e política do que clínica científico-médica, mas ainda não haver nem mesmo um sistema de atendimento suficiente para atender a demanda nos moldes da psiquiatria tradicional.

As famílias que precisam lidar com alguém acometido de uma doença mental em Manaus deparam-se com a total falta de informação a respeito de como proceder e que cuidados tomar. A maior parte dos psiquiatras que atua na rede pública enfatiza um tratamento meramente farmacológico, deixando de lado o aspecto psicossocial, que permeia o acontecimento “doença mental”. Não há psicólogos na rede pública em número e estrutura suficientes para a demanda que a cidade produz. O paciente fica então fadado ao tratamento dos sintomas pelos psicofármacos, e convive com seus efeitos colaterais e mesmo com a sua inutilidade, visto que é tão difícil conseguir uma consulta na rede pública que um acompanhamento mais preciso e individualizado torna-se quase impossível. Assim, muitos abandonam o tratamento e tem que se virar com seus próprios problemas e dificuldades.

Por este quadro, Manaus não pode se afirmar como uma cidade que tem políticas para a saúde mental ao contrário do que pregam os seus autoproclamados representantes, que se alternam na subserviência aos desígnios do governo do Estado, se prestando inclusive a se tornarem ferramentas na falsa oposição entre governo e prefeitura.

O QUE ACONTECE AO NOSSO LADO

O especialista argentino Hugo Cohen, que trabalha com saúde mental na América Latina (OPS – Organização Panamericana de Saúde) fala sobre a experiência do Chile, onde o principal hospital psiquiátrico do país fechou por falta de pacientes. Naquele país, a política de saúde mental passa primeiramente pelo oferecimento de serviços alternativos ao confinamento que efetivamente modificam a relação entre os agentes públicos de saúde e os pacientes. A partir desta mudança, cria-se também uma forma diferente de entendimento da saúde mental pela própria população, que passa a enxergar as manifestações patológicas como tratáveis, e enfraquece o desentendimento supersticioso de que o doente mental, ou o “louco” são irrecuperáveis e precisam ser confinados. Outro aspecto desta abordagem da saúde mental é que ela ultrapassa o aspecto meramente clínico e transborda no social. Cohen deixa bem claro que não bastam os fármacos, mas que o aspecto do vínculo e do pertencimento ao grupo são igualmente ou mais importantes no sentido do tratamento (o conceito do vínculo foi desenvolvido pelo psiquiatra argentino Pichón-Riviére). E mais: posiciona a discussão sobre os direitos civis do doente mental, quando coloca o Estado como co-responsável pela produção das condições de adoecimento, e pela ausência de políticas sociais de apoio ao doente mental (como o direito ao afastamento do trabalho, o direito à previdência, etc).

Mais uma vez os argentinos na vanguarda, para desespero dos ressentidos pseudo-nacionalistas. Naquele país a questão da saúde mental é discutida há muito tempo, e há experiências de mais de 30 anos nesse aspecto (ver, por exemplo, o livro do psiquiatra Alfredo Moffatt, “Psicoterapia do Oprimido”). No Brasil há avanços, mas Manaus estagnou. Nem oferece a opção errônea do confinamento e do tratamento clínico-médico, nem oferece alternativas efetivas para o tratamento desta questão de saúde pública que em Manaus é alarmante. Ou seja, enquanto os dirigentes continuarem delirando, a solução para a saúde mental em Manaus é não enlouquecer!

*…..::: CHAGÃO! :::…..*

Chagão!

Θ COPA DO MUNDO FUTEBOL-MULHER. Em grande partida realizada hoje, o Brasil venceu a Austrália por 3 a 2. As brasileiras começaram vencendo em 2 gols, mas as australianas (confundidas constantemente pelo comentarista com as austríacas) empataram, e jogaram melhor boa parte do segundo tempo. A seleção nacional não conseguia articular as jogadas e apelava para o chutão, até que numa bola recuperada, Marta armou a jogada para que Cristiane desse um chagão na zagueira e chutasse no ângulo, sem defesa, fechando o placar da partida. Na próxima quinta-feira, as brasileiras enfrentam as norte-americanas pela semifinal da competição. A outra semifinal será na quarta-feira entre Noruega e Alemanha (chamada nostalgicamente pelo narrador de “ocidental”). Essa geografia ainda derruba nossa imprensa esportiva…

Θ E CONTINUANDO NAS VARIÂNCIAS INCORPÓREAS: FUTEBOL-GAY. Começa no próximo dia 23, o 16º mundial de futebol gay, com 28 equipes do mundo inteiro. O evento será em Buenos Aires, cidade que tem se mostrado pioneira no acolhimento e nas opções para o chamado público GLBT, demonstrando que os argentinos sempre saem na frente. E se levarmos em conta que o mundo é gay, teremos que tirar deste evento dois entendimentos: 1) Essa é a verdadeira Copa do Mundo; 2) O Brasil não faz parte deste mundo, já que não envia equipe para o torneio. Depois dizem que tem o melhor futebol…

Θ FUTEBOL AMAZONENSE (?). Enquanto os clubes deixam de comparecer à insípida audiência pública na ALE-AM (com exceção do Rio Negro, que tem dívidas e interesse direto na relação com os políticos), quando o secretário estadual de esportes, o grande esportista Lupércio, constatou, estupefato, o óbvio: a ausência de futebol profissional no Amazonas, o RMMiano FAST Clube segue à deriva após a derrota para o ABC, que custou o cargo do técnico, Aderbal Lana, que também aguardou sua saída para expor o já exposto: a falta de profissionalismo do futebol amazonense. Como igual que é aos que são alvo de suas acusações, ao invés de mudar, prefere ficar na reativa reclamação de sempre. Ainda bem que eles não sabem o que nós sabemos: que o futebol não se resume a esse profissionalismo. Registro: na quarta-feira, se não mudar o calendário, o FAST enfrenta o Rio Branco (AC) em casa.

Θ PELOS CAMPEONATOS EUROPEUS, destaque para a vitória do Manchester United sobre o Chelsea (sem o técnico português Mourinho – legítimo representante do futebusiness, onde o técnico substituiu o treinador, e aparece mais que o jogador), por 2 a 0, gols de Tevez e Saha. Pelo Italiano, Juventus e Roma empataram em 2 a 2, e o time da capital do país lidera o Calcio, com um dos times mais eficientes e de bom toque de bola da Europa. No espanhol, show de Messi na vitória do Barcelona sobre o Sevilla, por 2 a 1, com dedicatória da exibição de gala do craque argentino a seu amigo Ronnie, vulgo Ronaldinho, que não jogou e segue com problemas no clube azul-grená.. Já o Real Madrid empatou em 1 a 1 com o Valladolid, com gols de Pedro Lopes para o time da casa e Saviola, no final, para os madrilenhos.

Θ APERTURA ARGENTINO. Pela décima rodada, o Boca não saiu do empate com o Gimnasia de Jujuy. Miranda e Berza marcaram para os visitantes, e Boseli e Palleta, para os boquenses. O novo líder isolado do Apertura é o Independiente, que venceu o Olimpo por 3 a 0. O River, que ainda não venceu fora de casa, enfrentou o Tigre, e foi devorado: 4 a 1, com gols de Martínez, Giménez (com a mão) e Ayala duas vezes para os comandados de Diego Cagna, enquanto Ruben descontou para os millionarios. Faltando ainda o resultado de Arsenal e Racing, que até o fechamento desta coluna ainda pelejavam, os cinco primeiros do Apertura são: Independiente (22), Boca (20), Argentinos (17), Tigres (17) e River (15). Na próxima fecha os xeneizes topam com os Newell’s (17º), os líderes pelejam contra o Banfield (7º) e os millionarios encaram os vice lanternas do Rosário Central. A rodada se inicia no próximo dia 30.

Θ BRASILEIRO. Palmeiras vence o Corinthians e dá ao rival passagem de primeira classe para a zona de rebaixamento. Sempre jogando melhor, e com grandes jogadas do craque alcoólico-lindo Valdívia, o verdão-limão venceu e pelo que jogou, foi pouco o placar de 1 a 0. Já no clássico vovô, deu Flu, por 2 a 0. O vice-líder Cruzeiro venceu o Vasco da Gama por 2 a 0 em São Januário, e mantém remotas chances de brigar pelo título. O Náutico venceu o clássico pernambucano com o Sport (2 a 0) e se deu bem, e no clássico paranaense dos desesperados, se deu bem o Atlético-PR (2 a 1), empurrando o Paraná para a 18ª colocação. Os cinco primeiros são: São Paulo (60), Cruzeiro (51), Grêmio (44), Palmeiras (43) e Fluminense (43). Na próxima rodada o São Paulo enfrenta o Internacional em Porto Alegre, o Cruzeiro recebe o Figueirense e o Grêmio faz o clássico com o Juventude.


USAR O CONTROLE REMOTO É UM ATO DEMOCRÁTICO!

EXPERIMENTE CONTRA A TV GLOBO! Você sabe que um canal de televisão não é uma empresa privada. É uma concessão pública concedida pelo governo federal com tempo determinado de uso. Como meio de comunicação, em uma democracia, tem como compromisso estimular a educação, as artes e o entretenimento como seu conteúdo. O que o torna socialmente um serviço público e eticamente uma disciplina cívica. Sendo assim, é um forte instrumento de realização continua da democracia. Mas nem todo canal de televisão tem esse sentido democrático da comunicação. A TV Globo (TVG), por exemplo. Ela, além de manter um monopólio midiático no Brasil, e abocanhar a maior fatia da publicidade oficial, conspira perigosamente contra a democracia, principalmente, tentando atingir maleficamente os governos populares. Notadamente em seu JN. Isso tudo, amparada por uma grade de programação que é um verdadeiro atentado as faculdades sensorial e cognitiva dos telespectadores. Para quem duvida, basta apenas observar a sua maldição dos três Fs dominical: Futebol, Faustão e Fantástico. Um escravagismo-televisivo- depressivo que só é tratado com o controle remoto transfigurador. Se você conhece essa proposição-comunicacional desdobre-a com outros. Porque mudanças só ocorrem como potência coletiva, como disse o filósofo Spinoza.

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CAMPANHA AFINADA CONTRA O

VIRTUALIZAÇÕES DESEJANTES DA AFIN

Este é um espaço virtual (virtus=potência) criado pela Associação Filosofia Itinerante, que atua desde 2001 na cidade de Manaus-Am, e, a partir da Inteligência Coletiva das pessoas e dos dizeres de filósofos como Epicuro, Lucrécio, Spinoza, Marx, Nietzsche, Bergson, Félix Guattari, Gilles Deleuze, Clément Rosset, Michael Hardt, Antônio Negri..., agencia trabalhos filosóficos-políticos- estéticos na tentativa de uma construção prática de cidadania e da realização da potência ativa dos corpos no mundo. Agora, com este blog, lança uma alternativa de encontro para discussões sociais, éticas, educacionais e outros temas que dizem respeito à comunidade de Manaus e outros espaços por onde passa em movimento intensivo o cometa errante da AFIN.

"Um filósofo: é um homem que experimenta, vê, ouve, suspeita, espera e sonha constantemente coisas extraordinárias; que é atingido pelos próprios pensamentos como se eles viessem de fora, de cima e de baixo, como por uma espécie de acontecimentos e de faíscas de que só ele pode ser alvo; que é talvez, ele próprio, uma trovoada prenhe de relâmpagos novos; um homem fatal, em torno do qual sempre ribomba e rola e rebenta e se passam coisas inquietantes” (Friedrich Nietzsche).

Daí que um filósofo não é necessariamente alguém que cursou uma faculdade de filosofia. Pode até ser. Mas um filósofo é alguém que em seus percursos carrega devires alegres que aumentam a potência democrática de agir.

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