Arquivo para abril \30\-04:00 2008

O JUSTO CONSELHEIRO DE BRAGA E A JUSTIÇA DA PF

O radialista e Conselheiro do TCE/AM, Josué Filho, em programa radiofônico esta semana, defendeu o ex-deputado Cordeiro, que foi preso pela PF, após indiciamento na Operação Albatroz. Os albatrozes voltaram a voar pelos céus do Amazonas depois que as promotoras Silvana Nobre e Christianne Corrêa instauraram novo inquérito, como mostrado aqui neste Bloguinho.

Segundo Josué, em seu programa matutino dominical, Cordeirinho é homem de bem, que tem curso superior e que por isso merecia tratamento diferenciado. Além disso, não teria cometido nenhuma violência contra a sociedade, não merecendo, portanto, estar preso.

DE BOCA A OUVIDO E A OLHOS, SEM PASSAR PELA RAZÃO.

Josué é filho das benesses da classe média manoniquim. Filho de Josué Cláudio de Souza, que detinha a concessão de uma emissora de rádio em Manaus, Filho nasceu com o futuro garantido. Na ditadura, andou pelo PDS, onde fez carreira política. Mas preferiu seguir os passos do pai, e usar a rádio em benefício de quem estivesse no governo. Hoje, usa a rádio a serviço do governo Eduardo ‘Guerreiro de Sempre’ Braga, mas já vestiu a camisa de Amazonino, Arthur, Gilberto, dentre outros. É homem de não fazer inimigos, mas de garantir seu futuro. Já foi secretário de educação. Recentemente, foi alçado à condição de Ouvidor-Geral do Governo do Estado, de onde saiu para ser Conselheiro do TCE/AM, indicação do patrão Braga, pelos eficientes serviços prestados. Saiu da posição de boca para orelha, atualmente sendo olho. Nenhum passando, no entanto, pelo sistema nervoso central e pela razão. É uma boca radiofônica que se reduz ao clichês midiotizados e ao significante sem significado. Como ouvidor, os fez moucos ao clamor da multidão, ausente de um governo que carregue elementos comunalizantes. Como conselheiro, não vê e não pode usar a razão, embotada pela boa vida de classe média presa às fantasmagorias morais de classe, incapaz de se desprender dos maus encontros. É incapaz de amar.

SENTENÇAS JUDICATIVAS DA MORAL IMOBILIZANTE

Nada a estranhar, portanto, a posição de Filho com relação ao ex-deputado Cordeiro. Se o radialista está incomodado com a prisão de Cordeiro, é porque coloca em suspeição a justiça. Se coloca em suspeição a justiça, deveria fazer um curso de jurisprudência e se candidatar a um cargo público, a fim de modificar a lei. A partir do seu entendimento de que Cordeirinho não cometeu violência contra a sociedade (ao participar de um esquema de fraudes em licitações públicas), Josué demonstra seu (des)entendimento sobre o que vem a ser violência e o social: idéias formadas a partir das suas experiências existenciais, a maior parte dentro da moralidade de classe burguesa, onde se dar bem é a palavra de ordem. Daí não ver nenhum problema no fato de se desviar dinheiro público, que poderia ser usado na educação, saúde, ou na construção de obras de real produtividade em uma sociedade democrática. Ou mesmo em usar por décadas uma concessão pública de radiodifusão para eleger parentes, abiscoitar cargos públicos e outras atividades privadas e anticomunitárias.

Josué não foi escolhido por acaso pelo governo Braga, que se cerca de pessoas com este tipo de entendimento e prática subserviente. Na direita e entre alguns que se consideram vermelhos

COLUNA DO MEIO

.DOS QUE SÃO CONTRA OS BIOCOMBUSTÍVEIS E A FAVOR DA FOME.

Cientistas e assessores dos governos britânico e francês afirmaram neste mês que o incentivo brasileiro à produção de biocombustíveis pode desequilibrar as negociações dos blocos europeus, devido à queda dos impostos e ao favorecimento de empresas brasileiras, e ameaçar a produção mundial de alimentos. ONG’s reforçam essa declaração, fazendo relatórios e preparando o terreno para de outras formas tentar combater as diversas medidas do governo brasileiro em juntar o combate à fome ao desenvolvimento econômico, desconhecido até então.

A alta dos preços dos alimentos impactou principalmente a América Latina e o Caribe, dizem os jornais de grande circulação. Repare que até o meio do ano passado os causadores desse aumento foram cotados como o aumento da temperatura mundial e o processo de desertificação. Os principais prejudicados seriam os países da África, América Latina e Ásia. Segundo dados de pesquisas britânicas (cujo rigor científico que os próprios europeus impõem é questionável), daqui a 20 anos a comida será escassa devido ao aumento da população mundial. O aumento da demanda já está acontecendo e os milhões de famintos da população brasileira modificam sua condição existencial. O que não se discute é o fato de o mercado se aproveitar de especulações e relatórios publicados prevendo “catástrofes” na Amazônia e no mundo desde o ano passado, que propiciaram alarmes em vários setores mundiais, e o possível aumento de 40% em média dos produtos básicos de consumo. O aumento no preço dos alimentos está relacionado às barreiras alfandegárias e subsídios que os países europeus e os Estados Unidos concedem aos agricultores, tornando os produtos europeus e norte-americanos mais competitivos, causando prejuízo nos países pobres.

Ao londo dos últimos oito anos a situação se modifica. O Brasil não é mais um país miserável e tão insignificante. Agora é uma ameaça, seja à economia francesa, norte-americana e aos grandes países que por muito tempo saquearam o quanto puderam. Agora que o brasileiro acrescentou mais itens na sua cesta básica, o mercado não foi capaz de suprir as necessidades dessas transformações, pois “o mundo não está preparado para ver milhões de africanos, asiáticos e brasileiros comerem três vezes ao dia”, reforçou Lula num discurso em Brasília. O relatório divulgado na Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad) mostra que a diferença entre os países ricos e pobres está diminuindo, passou da proporção de 20 para 1 em 1990 a 16 para 1 em 2006.

A atual “crise” que se acredita acontecer por causa do crescimento de países como o Brasil ameaça a hegemonia dos países ricos, como por exemplo a França, onde a preocupação número um da população é o aumento do poder aquisitivo, prometido por Sarko. A tentativa de categorizar a produção brasileira de biocombustível como principal causa da fome mundial atesta que as mudanças e o desenvolvimento que vêm ocorrendo na América do Sul, diferente de como o bloco europeu atuou durante muito tempo, não são bem vindas pelos países ricos. Possivelmente porque o governo brasileiro e iniciativas dos países sul-americanos demonstram que não é preciso impor uma política esmagadora e imperialista para se desenvolver.

Ao que tudo parece, tem muita gente contra os biocombustíveis, assim como muita gente a favor da fome. Ao que tudo indica são os mesmos.

O MEDIUM TELEVISIVO E A OPINIÃO PÚBLICA

POR UMA MÍDIA QUE VÁ PELO MEIO

Ampliar a Noção Habitual de Mídia

Responsabilidade moral de erradicar o mal e mostrar as enfermidades sociais”. Este era o axioma central que fundamentava a transformação do jornalismo em profissão no século XIX, na Inglaterra e nos Estados Unidos. Este axioma foi evoluindo junto às mídias e se constituiu como o código moral de classe cristalizado nos meios de comunicação. A mídia foi se estabelecendo como veículo de denúncias das mazelas sociais para se conservar como mantenedora da ordem. Então sua função não ficou em apenas fazer com que informações passassem de um ponto a outro no espaço e no tempo, mas também a de um agente “social” que destacasse casos na multidão de acontecimentos que servissem como exemplos para manter a constante manutenção da disciplina e do controle da ordem normativa.

A noção habitual de mídia então passou a ser entendida como uma espécie de vitrine que coloca à mostra a realidade para todos. Leva a realidade a ser vista através de suas técnicas e modelos de veiculação midiática. O profissional da mídia (seja lá qual for a sua função) se torna responsável por conscientizar o público e servir de exemplo.

Daí um problema habitual: sendo o modelo de mídia que se toma como oficial, centrado em grandes dinastias familiares, o que fazer para que a mídia não se limite aos ditames da moral de classe dessas dinastias midiáticas?

Talvez seja deste problema, colocado de maneira muito rápida, que nasça os brados que reivindicam uma mídia livre/alternativa, a partir de uma mudança de modelo. Mas a questão não é bem esta. Nem a do problema. Nem a da sua afoita solução.

Antes mesmo de a mídia funcionar como instrumento de dominação por essas dinastias, ela já se pretende como agente conservador da dominação capitalística. Percebe-se isto quando se vê que a mídia realiza uma antecipação de denúncias e repressões àqueles que infringirem a semiótica capitalística. O discurso da mídia é fundamentado em enunciados persecutórios próprios de um regime de signos despótico. Entretanto, a própria mídia desconhece isso. De tão inserida na subjetividade capitalística, ela faz isso com naturalidade e passa a ser personalizada por esta subjetividade dominante. Tanto que ela na ânsia de cumprir seu dever moral, naturalmente, só mostra o sujeito como indivíduo em momentos específicos.

Os meios de comunicação falam do mundo das pessoas, que transformam em até superpessoas. No jornal, no rádio, na televisão, nas revistas, o indivíduo só aparece no registro policial, quando se personaliza através da violência. Ou então no Carnaval, quando se torna personagem de um fato da história nacional. Ou ainda no misticismo ou no futebol, quando se destaca por seus dons ou poderes superiores. (Laymert G. dos Santos)

Uma noção ampliada da habitual de mídia, portanto, não está somente na abolição da lógica de mercado da sua organização. Uma questão que talvez não seja levada tanto em conta é que a noção predominante de mídia é aquela que é produzida pela subjetividade capitalística dominante. São as redundâncias dominantes capitalísticas que povoam a noção e a prática das mídias. Então, as formas de falar, os gestos, os procedimentos, a forma de usar a informação, a maneira com que os significados vão se apartando de qualquer acesso à realidade, instituem na mídia uma ordem fundamentada nos códigos capitalísticos.

Talvez a mídia seja vista somente como uma série de veículos de informações manipulados pela economia de mercado, que determina seus níveis de organização. Daí surgir idéias favoráveis de uma mídia livre/alternativa à medida que ela seja guiada pelas pessoas certas. Basta criar uma programação cultural, educacional e de entretenimento distante dos ditames do mercado. Logo se terá uma mídia comprometida com a sociedade. Todavia, a mídia não é apenas manipulada. Ela própria se esforça, com o seu aparato técnico-funcional, para teleguiar e codificar comportamentos e estabelecer valores da subjetividade capitalística. Ela traz em suas variadas estruturas técnicas (a impressão, a imagem, o som, a grafia, etc) a força de marcar a expropriação do que acontece no público e transformá-lo em uma banalidade cotidiana sem sentido, a qual é posta nas casas, fábricas, escolas e outros lugares como notícias “naturais” que repugnam, enojam ou reforçam as culpas familiares.

Transformar a mídia em livre ou alternativa não se trata de criar um modelo livre ou alternativo. A mídia pode muito bem mudar de organização e continuar mantendo sua planificação subjetiva. Ela pode ser tachada de alternativa, cultivar uma rede envolvida com os movimentos sociais, mas sempre conservando a reprodução da subjetividade capitalística. A preocupação em produzir um modelo de mídia diferente da que se toma por oficial já caracteriza uma reprodução desta subjetividade.

(…) Não se trata, nunca de propor um modelo alternativo. Mas sim de, ao contrário, tentar articular os processos alternativos quando eles existem. (Félix Guattari)

Talvez, colocar a mídia livre como uma opção não requeira uma transformação dos meios de comunicação. Mas, ao contrário, a produção de outros meios que estejam completamente fora da mídia dominante. Então são necessárias outras relações de fala e escuta, outra linguagem, criação de produções novas que não ocorrem de jeito algum na mídia dominante. Processos que atravessem as experiências das pessoas pelo meio de suas existências e não de pontos marcadores de poder. Uma mídia que se livre de qualquer ponto de referência capitalístico.

Partir do meio da existência. Partir de onde não há um começo ou um fim. Criar o caminho caminhando pelo meio dos acontecimentos. Desprezando as sistematizações arborescentes, hierárquicas de cima para baixo ou de baixo para cima dos acontecimentos. Não há o acontecimento mais importante. Há experiências que são únicas. Há encontro de experiências. Criar. Produzir o novo. Pelo meio. Pelo medium.

TOQUE PRA OGUM BEIRA-MAR NO TERREIRO DO PAI JOEL

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E novamente o terreiro de Pai Joel estava arrumado para mais um toque pra senhor Ogum Beira-Mar, o guerreiro, o abridor de caminhos. Enquanto os rapazes esquentavam os tambores, Pai Joel e Pai Francisco nos falaram sobre várias questões envolvendo as religiões afro, que estão distribuídas adiante. Começando com Pai Joel, a respeito desse toque, ocorrido no sábado passado.

Hoje vai ser um toque em louvor a Ogum Beira-Mar, que é o meu orixá da frente dessa casa, que vem sempre me proporcionando muitas coisas boas nesse ano. E há de se louvar ele no dia dele. Foi arriada obrigação agora no dia 23, que é o dia dele, com a presença de Pai Francisco, que é o meu pai de santo, que eu passei pra linha dele agora. Eu vim do Candomblé, e agora estou passando, já estou no fundamento dele. Vamos fazer um toque simples, humildemente, como a Umbanda, a Umolocô é, para as pessoas daqui de casa e outras próximas daqui.

Pai Francisco, então, falou sobre algumas especificidades de Ogum e das relações das religiões afro-brasileiras.

Esse toque pra Ogum Beira-Mar, que reina nas águas, é também pra todos os oguns, Ogum de Ronda, Ogum Humaitá, Ogum Sete Ondas. O toque é pra Ogum Beira-Mar, mas ele não vai virar; quem vai virar é o escravo que responde a ele. Seu Ogum só vira quando se vai fazer um bori, a saída do filho de santo. A gente aqui vai louvar a ele, e quem vem é a entidade que presta serviço a ele. É diferente do Candomblé, mas é o mesmo Ogum, só o que muda pra Umbanda são as catulações. No Candomblé ele já vai virar diferente, porque é uma nação. Mas onde tem Umbanda tem Ogum, porque ele é caminho, é ele que abre os caminhos. Todas as entidades tratam as pessoas muito bem, elas são do além, elas vêm pra suprir as necessidades do ser humano aqui na terra tá com maldição, tá com problema. Elas vêm trazer um pouco de alegria, tirando o peso de cima das pessoas. E é como Joel disse, ele passou pra minha linha, onde é tudo bonito, tudo formoso. A gente tá lutando pra ver se endireita as linhas, porque as linhas estão muito cruzadas, pra ver se as pessoas acreditam mais na nossa Umbanda. A nossa Umbanda está muito desacreditada por causa das pessoas que passam trote, enganam. Eu não aceito essas coisas, porque o santo é verdadeiro.

O senhor Cardoso, com seu vozeirão, falou, então ao público presente, puxando um Pai Nosso, para começar o toque.

Muito boa noite a todos. Peço primeiramente que todos nós façamos uma reflexão sobre tudo aquilo que nós passamos no dia-a-dia, as nossas atitudes, certo ou errado, que possamos fazer um exame de consciência, procurando corrigir, agindo melhor em todas as circunstâncias, para que nós possamos evoluir, aperfeiçoando-se numa harmonia em qualquer lugar que nós formos.

Caboca Brava Caboca Ita

Dando continuidade à conversa com Pai Joel, ele falou também sobre os trabalhos realizados por senhor Ogum Beira-Mar.

Seu Beira-Mar, ele tem estrada, ele é caminho, abertura de caminho. As pessoas que têm os caminhos presos, que não prosperam, Ogum está aí pra responder, pra abrir os caminhos e não deixar nenhum filho desesperado, não. Ele veio aqui pra terra por tudo isso aí. Ele veio abrir os caminhos de todos os filhos dele, com muita fé, com carinho, com toda a força que a Umbanda tem, e todas as outras linhas também, acima de tudo Deus e a nossa fé em conseguir prosperar com a vida. Eu estou engatinhando ainda, e pretendo melhorar cada vez mais com a energia que a Umbanda tem.

Caboca Jacira

E olha quem é o escravo de Ogum que viraria, conforme Pai Francisco falou, nada menos do que o alegre e festeiro Zé Malandro, que este bloguinho já conhece da festa passada no terreiro de Pai Joel.

Dona Mariana

Depois, Pai Joel passou a analisar e sugerir propostas para organização para que as religiões afro venham, na prática, a participar como religiões autênticas, uma vez que existe a liberdade religiosa e a pluralidade cultural garantidas constitucionalmente.

Mas não só eu, mas todo o pessoal, organizar mais a federação, procurar visitar os barracões. Quanto mais a gente se unir, mais as coisas vão dar certo, o próprio governo vai ter de dar uma orientação boa no respeito à religião. Aqui em Manaus você é discriminado, muito discriminado. A gente respeita todos, católicos, os evangélicos, eles também têm de respeitar a gente. Nós somos seres humanos igual a eles, somos diferentes apenas pela opção da nossa religião. A federação tem de agir nisso: o que tá errado? O que a federação pode fazer pra melhorar? Tem outros estados onde tem curso de fundamentos, como no Maranhão, Piauí, tem escolas de Umbanda no Rio de Janeiro, escolas de Candomblé, cursos sobre a língua yorubá, sobre folhas, pra ti aprender as qualidades de folhas. É uma faculdade, para as pessoas terem uma melhor formação, está faltando em Manaus uma escola tanto para o Candomblé quanto para a Umbanda. Até mesmo para se defender. Vem os evangélicos e, para ofender, chamam a gente de “macumbeiro”. Você sabe o que é macumba. “Venha cá, você sabe o que é ‘macumba’?” Ele não conhece, parece que eles chegam na igreja, dão uma lavagem cerebral neles, aí saem querendo ofender as crenças dos outros. Como é tudo desorganizado, cada um por si, vem gente, como aquela mulher que deu um golpe de quase um milhão, que saiu na televisão, aí a religião fica desacreditada. A gente tem que se reunir, se organizar mais — federação, terreiro; terreiro, federação — pra poder evoluir numa corrente só.

ALGUMAS REAÇÕES À POPULARIDADE DO GOVERNO LULA…

Pesquisa CNT/Sensus, divulgada em 28/04/2008, mostra a melhor avaliação popular do governo Lula, perdendo somente para 2003.

APROVAÇÃO GOVERNO LULA: 57,5%

APROVAÇÃO PRESIDENTE LULA: 69,3%

APROVAÇÃO AO TERCEIRO MANDATO: 50,4%

(Daqui).

Este Bloguinho Intempestivo capturou reações da chamada oposição à pesquisa:

Primeiro, a notícia…

Alguns ficaram sem palavras com a inveja estampada no rosto:

Outros, sentiram a hora de puxar o carro:

Houve quem preferisse fazer de conta que não notou…

Um manifestou sintomas patogênicos:

Outro custou a acreditar:

Embasbacado!!!

Enquanto isso, Arthur ‘5,5%’ Neto…

COLUNA VERTEBRAL

Se a Vertebral não analisou nada se realizou

Coluna Vertebral

Apresenta

A MAIS-VALIA DA MÍDIA NA IMAGEM DE ISABELLA

Começou outro frisson tanático/fúnebre na mídia. Com a reconstituição dos percursos e desfecho simulado pela polícia sobre o fato infanticídio da meiga criança, a mídia atrofiada entrou em despudorado (a essencialidade de seu corpo corrompido) encarniçamento: Quer saber quem era a boneca usada pela polícia usada na reconstituição? Qual o nome dela? Se era batizada, crismada e se fez a primeira comunhão? Qual o time que torcia? Se gostava da Xuxa, Eliana, Angélica e Malhação? Se tomava Coca-Cola? Todas as notas imprescindíveis para a produção venal do humano-mercadoria. A ilusão fundamental de que tudo se troca (Baudrillard). A ilusão produtora da sociedade/voracidade pervertida. Se nada pode ser trocado, porque nada tem equivalente, que a mídia construa o mundo dos conceitos com seus objetos equivalentes. A mais-valia da avareza imagética.

O GRANDE SAQUE DA GLOBO

Enquanto as outras mídias ficaram presas às questões pessoais da boneca reconstituidora, a Globo, como sempre lhe ocorre, saiu na frente, procurou um furo metafísico: Procurou saber se a boneca arriada do sexto andar do edifício já estava morta quando chegou ao solo. Ou se haveria nela algum sinal que pudesse incriminar seus autores.

Admoestada pelas autoridades de que se tratava apenas de um recurso policial-jurídico para auxiliar na conclusão do crime, ela, viciada em transformar o irreal no real em nome do lucro, em sua onipotência, sentenciou que, no mundo da troca, mesmo qualquer encenação é verdadeira. A boneca tinha vida. Se não tivesse não teria sido usada na reconstituição para assemelhar com o real, e não teria atraído tantas pessoas perto do local e diante dos aparelhos televisivos. E asseverou, contundente: “As pessoas me assistem porque sabem que tudo que apresento é verdadeiro. Logo, o telespectador quer saber qual o estado da boneca depois da queda. E se possível quem a socorreu. E se ela tinha plano de saúde.

Indagada se não se sentia envergonhada com sua atitude sórdida, respondeu: “Nem um pingo. A vida é um espetáculo, e eu vivo do Show que sou: Vida e morte, tudo é igual. Tudo faz parte do Show. E em nome do sucesso, o Show não pode parar!”. E para sustentar mais ainda sua voracidade tanática, avisou que as outras emissoras iam ter que ficar consoladas em suas insignificâncias, pois já estava muito à frente de todas no caso da boneca: Comprara uma entrevista exclusiva com os fabricantes da boneca.

Para a mídia, um fato/mercadoria só não serve mais ao lucro quando deixa de emitir qualquer signo mais-valia de consumo.

PT DE MANAUS AINDA NÃO QUER SE APEQUENAR

As bases do PT de Manus pressionaram e entenderam da necessidade de lançar candidatura própria. Houve correligionário a afirmar que ontem o PT de Manaus somente ia homologar a decisão de não sair com candidatura própria para a Prefeitura de Manaus, devido a uma decisão impositiva da executiva nacional do Partido do Trabalhadores. Mais certo ainda por se conhecer o cardealismo predominante no PT manauense; cada qual puxando para o lado onde estão seus cargos.

Se assim houvesse ocorrido, restaria então decidir que candidatura apoiar. Quanto a isso, duas tendências aparecem não querendo candidatura própria. Uma liderada por Jorge Guimarães, que forçava para apoiar a reeleição de Serafim Correa (PSB), e outra liderada por Waldemir Santana, que tencionava apoiar Omar Aziz (PMN).

Entre os que querem candidatura própria eis que, quando todo mundo conjeturava de ele apoiar Omar, conhecida sua ligação com Eduardo Braga, aparece Sinésio Campos. Mas com uma condição, desde que seja ele o candidato. Mas há quem diga que Sinésio continua com a perspectiva de marchar ao lado de Omar. A estratégia de Sinésio seria sair como nome do partido, mas não passaria nas prévias do partido, tornando-se, então, vice de Omar. No entanto, o deputado federal Praciano soube por notícia não oficiosa que Omar Aziz teria afirmado que não quer nada com PT no 1º turno, apenas no segundo. O PT, então, continuaria seu papel subalterno atual.

Até então a possibilidade de candidatura que tem despontado como fora destas jogadas/barganhas está no nome de Praciano. Mas há pessoas filiadas e não-filiadas ao PT que dizem que a exigência de Praciano de se candidatar somente se os movimentos sociais e o povo assim exigir sua candidatura está lhe causando uma imobilidade e uma demora nas articulações para impulsionar seu nome.

Por enquanto, o PT de Manaus não quer se apequenar, graças aos movimentos de base, que, inteligentemente, vêem a possibilidade de lançar uma candidatura numa eleição onde o quadro de candidatos é só de nomes repetidos e já batidos pelo povo manauense. Mas com certeza os movimentos de base ainda terão que enfrentar várias quedas-de-braço com a alta cúpula dos cardeais petistas de Manaus. Afora alguns que citamos aqui, existem por fora pessoas como Marilene Corrêa, unha e carne com Braga, e Marcus Barros, o braço destro do prefeito Serafim. Mas é a luta por não deixar nestas eleições que o PT permaneça tendo um papel simplório, compactuando com a mediocridade e arraigado ao capachismo à prefeito e governador.

TRÊS ILUSTRAÇÕES DO MICROFASCISMO DAS ESCOLAS ESTADUAIS

Uma estudante vai ao banheiro da escola e o encontra sem condições de uso, tal o estado de (falta de) conservação e limpeza. Dirige-se então à uma inspetora de corredor, pedindo vassoura, panos e material de limpeza, pois ela mesmo iria limpar o banheiro. A inspetora, sentindo-se ofendida pela iniciativa da estudante, ameaça-lhe com um tapa na cara pela ousadia, e leva a estudante para falar com a diretora. Lá, a estudante é intimidada, mas reage, dizendo que foi ameaçada verbalmente por uma funcionária pública, ato passível de processo administrativo e judicial. A diretora recua, mas continua culpabilizando a estudante. No dia seguinte, a inspetora não estava mais na escola. Não se sabe se transferida para outro estabelecimento, ou apenas de turno.

Na mesma escola, um estudante tem o celular furtado de sua mochila, dentro da sala de aula. Imediatamente informa ao professor e à secretaria da escola. O professor, orientado pela secretaria, vai revistar os alunos, mas o estudante não permite, afirmando que de nada adiantaria revistar, que não fazia questão de reaver o celular daquela forma. Dias depois, o mesmo estudante é chamado à presença da diretora da escola. Ela quer que o estudante delate os alunos envolvidos com brigas e pichação na escola, o que ele se recusa a fazer. Então a diretora mostra o celular do aluno, que havia sido furtado, com uma foto deste pichando o banheiro da escola. Sem dar explicações de como conseguiu o aparelho, a diretora ameaça usar a foto para expulsar o aluno, caso ele não delate os “maus elementos” da escola. O aluno se nega, e ainda diz à diretora que ela estava cometendo crime de interceptação de furto. Ainda assim, ela assina a transferência (expulsão) do aluno.

Em outra escola, uma estudante da oitava série vai à aula sem meias. Além de não permitir a entrada dela na escola, o diretor ainda a faz assinar uma advertência. No dia seguinte, a estudante, já devidamente vestida com as meias, tenta novamente entrar na escola, e é mais uma vez impedida pelo diretor, desta vez sem justificativa.

Os três episódios, ocorridos em duas das escolas da Unidade Centro I de Manaus, uma de ensino médio e a outra considerada escola de excelência, revelam práticas microfascistas contrárias a qualquer possibilidade de criação de linhas intensivas educativas.

HETERODOXIA X DISCIPLINA

No primeiro caso, podem-se perceber as práticas institucionais disciplinares que constituem a organização escolar. O filosofante Michel Foucault chamou de disciplinar a organização social que tem como função selecionar, identificar, classificar e ordenar os espaços públicos a fim de coibir possíveis manifestações que atentem contra a integridade do modo de ser do Estado capitalista burguês. Assim, as instituições sociais teriam menos uma função produtiva autônoma do que uma de controle social. O modelo padrão é o do presídio. Desde a organização arquitetônica até a distribuição das funções, hospitais, escolas, fábricas, a caserna e mesmo a família seguem o modelo coercitivo.

A figura do inspetor, que atua nos corredores coibindo quaisquer manifestações de heterodoxia, é uma ilustração disso. Atualmente, a figura do inspetor tem desaparecido, já que os que se aposentam do serviço público, segundo fontes intempestivas, não estão sendo substituídos. No entanto, a se observar uma prática comum nas escolas primárias, que é a de escolher, dentre os alunos, os “representantes do professor”, que em sala anotam tudo o que acontece e delatam os colegas quando na ausência do professor, dão conta de que apenas o agente mudou, não a prática.

A estudante se coloca à disposição para realizar uma atividade que é responsabilidade da escola: expõe a imobilidade dos agentes. Pelo humor ativo, que produz, deveria ser premiada. Numa escola que pratica a pedagogia da paralisia, é inimiga. A agente foi afastada, mas a prática da escola não se modificou.

VIOLÊNCIA INSTITUCIONAL E A “MARGEM” DA LEI

Se o leitor intempestivo quiser praticar Psicologia Institucional e conhecer as formas de relações existentes em determinada entidade, não precisa ir muito longe: é só visitar os banheiros. As portas dos banheiros, principalmente, são um manual, uma tábua onde se pode ler a história e a vertente das práticas institucionais. Ali, supostamente a salvo do olhar quase onipresente, os agentes (alunos, pacientes, detentos, soldados, familiares, funcionários) dão vazão aos microfascismos a que são cotidianamente submetidos. Discriminação contra as chamadas minorias, dizeres sexistas, pornografia e pornofonia, enunciados que não podem ser proferidos no salão principal/sala de aula são ali expressos. Daí muitas instituições atualmente defenderem o uso de câmeras nos banheiros e a retirada das portas dos sanitários. Não para resolver o problema, mas para aumentar a coerção. As portas dos banheiros são caixas de ressonância da violência institucional.

A subjetividade paranóide da educação dos governos emerge quando um agente público usa de artifícios ilícitos e de práticas policialescas. Ainda foucautianizando, o Estado não tem corpo: sua corporeidade é a Lei. Sem o cumprimento e obediência à Lei, não há Estado. No entanto, para fazer cumprir a Lei, o Estado precisa de um agente institucional que não esteja, ao menos na prática, submetido aos ditames da Lei: a polícia. Bush e seus aliados, por exemplo, praticam o ilegal na defesa da legalidade, quando torturam, seqüestram, roubam, estupram e matam. É para defender a Liberdade que se cerceiam as liberdades.

Nesta subjetividade policialesca, a diretora da escola se apossa de um objeto que foi furtado, e submete um estudante à chantagem a fim de obter informações. Será a delação premiada o mais novo projeto educacional do governo do Estado?

O CORPO E SUAS CONEXÕES SOCIAIS

O que incomodou ao diretor da escola de excelência? A meia? A ausência da meia? A presença-ausência da meia nas pernas de uma jovem de 13 anos e 1,80m? Há outros tipos de pedofilia, com que nem sonha a CPI do Senado…

O objeto-meia atravessando a ordem educacional dos governos, a ponto de incomodar o seu agente público. O fetichismo de que falou Marx acontece quando sobre o objeto se colocam elementos incorporais, enunciados que não lhe pertencem enquanto se considere sua utilidade. Logo, a meia assume um papel coercitivo: é parte da roupa uniforme que caracteriza o aluno.

Mas o problema não é o objeto-meia. É o corpo que ela caracteriza como inscrição social. Sem a meia, as pernas estão livres para realizar outras conexões. Aí, dança o vazio do poder, e com ele, a dor do diretor. Aí, ele deixa de ser diretor: o desespero do encontro com o vazio. Aí ela deixa de ser aluna, não cabe mais no espaço da escola, transbordou.

Talvez o mesmo diretor não tenha deixado a estudante entrar no dia seguinte porque tenha exigido a presença da mãe ou do responsável, e não por causa da meia, displicentemente esquecida num dia e vestida no outro. Não importa. O ato, ao mesmo tempo ilustrativo da hipérbole da paranóia normatizadora e da limitação epistemológica do diretor, já aconteceu.

MATAM-SE CRIANÇAS

Existem mil maneiras de se matar uma criança. Na maioria delas, não há necessidade de esforço físico. Matam-se crianças impedindo que os fluxos criadores que as atravessam sejam expressados em produções autônomas, e nesse ponto, as escolas deste e dos governos anteriores, do qual este é uma triste continuação, são especialistas.

*……….::::: CHAGÃO:::::……….*

Quien quiera entender como funciona el mundo
deberá entender el fútbol”.
Roberto Perfumo (ex-jogador argentino).

Θ NO EIXO RIO, SAMPA E MINAS… O centenário do Galo mineiro ficará marcado pela surra levada na partida de ida para o arqui-rival, Cruzeiro: 5 a 0, sem choro nem vela. No Rio, houve quem apostasse na experiência do presidente do Botafogo, Bebeto de Freitas, em desestabilizar os adversários nas decisões. Mas com gol do folclórico Obina, o rubro-negro saiu na frente na decisão do Cariocão 2008. Em São Paulo, a macaca tremeu, jogou mal e deixou o verdão sair na frente: 1 a 0, em jogo truncado e de pouco nível técnico. Jogos de volta no próximo final de semana.

Θ CHAGÃO PERGUNTA: O time do Uruguai é conhecido como a Celeste Olímpica, por ter conquistado duas medalhas de ouro nas olimpíadas de 1924 e 1928. Antes da primeira Copa do Mundo, realizada em 1930, o torneio de futebol das olimpíadas era considerado equivalente a um mundial. Daí, os uruguaios (que foram agraciados como anfitriões da primeira Copa do Mundo exatamente por ser considerado o melhor time da época) reivindicam junto à FIFA o status de quatro vezes campeão do mundo, uma a menos que o Brasil e junto com a Itália. Infelizmente, o futebol charrua está longe da era de Ouro, e mais útil seria sanear o corrupto e empobrecido futebol local a alimentar glórias do passado. Agora o ‘Chagão!’ quer saber: Dois times do interior do Amazonas decidirão o Amazonensão 2008: Fast Clube, genérico de Itacoatiara, e Holanda, do Rio Preto da Eva. Quando foi a última vez que um time do interior venceu o estadual? Em que ano, e que time foi esse? Essa ta fácil!

Θ HOLANDA CAMPEÃO DA TAÇA CIDADE DE MANAUS. O time laranja do Rio Preto da Eva jogava pelo empate pela melhor campanha no segundo turno, e saiu perdendo, gol anotado por Cleiton. Mas no segundo tempo, com atuação esforçada do atacante Peru e gol de Antonio, o time laranja empatou a partida e levantou o caneco da Taça Cidade de Manaus. Agora, os oranges disputam em ida e volta, contra o mesmo Fast, a finalíssima do certame. A primeira partida é agora, no feriado do Dia dos Trabalhadores, no Vivaldão, e a decisão marcada para o Estádio Chico ‘Sortudo’ Garcia, no dia 04/05, em Rio Preto da Eva. Se o Fast levar, será o oitavo caneco estadual do tricolor de aço. Se o Holanda levar, acumula dois títulos na temporada: foi campeão da segundinha, promovido e já campeão do Amazonensão 2008. É pra arrupeiar, moçada!

Θ PARAZÃO 2008. Papão assume a ponta do certame em rodada de poucos gols no Parazão. Goleada mesmo só a Tuna Luso, que levou 3 do Castanhal e segue em inferno na terra E na rodada anterior, em pleno enforcamento de Tiradentes, o São Raimundo finalmente venceu uma!!! A vítima foi o Ananindeua. Agora vai! Confira os resultados:

3ª Rodada – 2º Turno

Sábado, 26/04

Águia 0 – 2 Paysandu

Castanhal 3 – 0 Tuna Luso

Vila Rica 1 – 0 Pedreira

Domingo, 27/04

Tiradentes 1 – 1 Ananindeua

São Raimundo 0 – 1 Remo

Classificação do segundo turno:

Paysandú Sport Clube – 07

Clube do Remo – 06

Castanhal Esporte Clube – 05

Águia de Marabá FC – 04

Clube Atlético Vila Rica – 04

São Raimundo Esporte Clube – 03

Pedreira Esporte Clube – 03

Clube Municipal de Ananindeua – 02

Associação Atlética Tiradentes – 02

Tuna Luso Brasileira – 01

ΘCLAUSURA 2008 URUGUAIO. De cabeça, o River Plate recuperou a ponta. Com dois gols de cocuruto, os alvirrubros se aproveitaram do tropeço do Nacional e recuperaram a dianteira, embora com o mesmo número de pontos que o azul e branco de Montevidéu. Os carboneros também seguem na cola, junto com o Defensor Sporting. Na outra ponta da tabela, Rampla Jrs e Fénix disputam a lanterna, cada um com um pontinho solitário. Resultados da 11ª rodada:

CLAUSURA 2008

11ª rodada:

Liverpool 1 – 1 Nacional

Miramar Misiones 2 – 4 Wanderers

Danubio 2 – 2 Rampla Jrs

Juventud 0 – 2 Defensor Sporting

River Plate 2 – 0 Bella Vista

Peñarol 3 – 0 Cerro

Central Español 2 – 1 Fénix

Tacuarembó 1 – 3 Progreso

ΘCLAUSURA 2008 ARGENTINO. River Plate e Estudiantes seguem na ponta com 27 pontos. Em terceiro, o San Lorenzo, que empurrou o Boca para a quarta posição. Na artilharia, Martín Bravo, do San Martín, tem agora 08 gols, seguido de perto por Daniel Montenegro (Independiente), com 07. Resultados de la fecha 12:

CLAUSURA 2008

12ª rodada:

Estudiantes 3 – 1 Rosario Central

Banfield 4 – 3 Huracán

Racing 0 – 0 Tigre

Gimnasya Jujuy 1 – 2 Independiente

Olimpo 2 – 1 Colón

Vélez 3 – 2 Lanús

River Plate 4 – 2 Argentinos

San Lorenzo 1 – 0 Boca Jrs

Newell´s 1 – 0 Gimnasya La Plata

Arsenal 2 1 San Martín

Θ CAMPEONATOS REGIONAIS EUROPEUS. Resultados e um breve resumo das rodadas de alguns campeonatos regionais do Velho Continente.

ALEMANHA: 30ª rodada, e o Bayern pavimenta seu título, ao golear o Stuttgart por 4 a 1. Agora, os bávaros precisam apenas de duas vitórias nas próximas seis rodadas para confirmar o já sabido. Werder Bremen (2º) e Schalke 04 (3º) ainda podem, mas dependem de um milagre.

ESPANHA: 34ª rodada, e o Real Madrid já prepara a festa do título. Não fosse a vitória do Villareal sobre o Real Betis, com um golaço do brasileiro Marcus Senna, os merengues já podiam estar comemorando em Madrid. Mesmo assim, só uma tragédia nas próximas quatro rodadas podem tirar o título do Bernabeu. Já o barça, com a derrota para o La Coruña por 2 a 0, dá adeus ao título.

FRANÇA: 35ª jornada, com empate tanto do Lyon quanto do Bordeaux, e por enquanto, nada decidido ainda. Os olímpicos empataram em dois gols com o modesto Caen, enquanto o Bordeaux não saiu do zero com o Nice. A diferença é de quatro pontos, faltando 3 rodadas. Um dos dois será o campeão.

INGLATERRA: 36ª rodada, e o certame pegou fogo! No duelo dos líderes, deu Chelsea, que agora tem 81 pontos, o mesmo do Manchester United. Dois a um, com dois tentos do alemão Ballack. Faltando duas rodadas, o negócio vai pegar fogo na terra da rainha. O Arsenal, grande promessa, chega no máximo a abiscoitar o vice. O título será vermelho ou azul, e se bobear, o jogo será também final da Champions League.

ITÁLIA: 35ª rodada, e a Internazionale só precisa vencer mais um jogo para garantir o scudetto. Os nerazurri despacharam o Cagliari, 2 a 1. Já garantidos para a Champions 08/09, Roma e Juventus. A briga agora é pela vaga da repescagem, onde entram Milan, Sampdoria e Fiorentina.

PORTUGAL: 28ª rodada, e o campeão FC Porto passeia e goleia, 5 a 0 no Vitória de Guimarães, que perdeu a vice liderança para o Sporting Lisboa. A briga pela vaga na Champions envolve ainda os leões do Benfica. O resto, são favas contadas.

GRÉCIA: Somente o campeão Olympiakos está garantido na Champions League. AEK Atenas, Panathinaikos, Aris e Panionios jogam entre si em ida e volta para ver quem vai à Copa UEFA e quem fica assistindo em casa.

HOLANDA: Encerrada a Eredivisie, começam os playoffs que definirão os representantes holandeses nas copas européias. Somente o campeão PSV já está lá. NAC Breda, FC Twente, SC Heerenveen e Ajax disputam vaga na Champions League. Roda JC, Feyenoord, NEC Nijmegen e FC Gronigen se estapeiam pela Copa UEFA em eliminatórias de ida e volta. Os classificados você fica sabendo aqui neste Chagão.

ΘSUB-RŨIM NO CAMPO DO ROMA, no Novo Aleixo, zona Leste de Manaus.

Clique nas fotos para ampliá-las.

E o campeonato que, faça chuva, faça sol, atravessa os domingos, da manhã à boca da noite, chegou ontem à finalíssima. As duas equipes que fizeram a trajetória até aí tiveram por mérito das singularidades de seus craques, mas, sem individualismo, destacaram-se principalmente pela realização de um jogo eminentemente coletivo, como deve ser o bom e belo futebol.

.Estrela. .Bom Fim.

Impossível apontar alguma superioridade. A partida foi como deve ser um jogo, com que verdadeiramente o caracteriza: o lúdico e o imprevisível. Rose “De Mulher” teve a confiança dos dois times para soprar o rifiri. Mas não teve problemas, pois a partida foi decidida na bola, e a festa esportiva foi de todos.

O Estrela, com jogadores habilidosos, e com seu envolvente toque de bola, cintilou inúmeras vezes, mas quem acabou marcando o seu ainda no primeiro tempo foi o Bom Fim.

Com jogadores jovens e velozes, o Bom Fim, mesmo com o empate do Estrela no início do segundo tempo, continuou jogando bem, e garantiu a vitória numa perfeita cobrança de falta.

>“BOM FIM” CAMPEÃO SUB-RŨIM<

Depois de pagar corretamente as premiações das equipes, Rosivaldo, também chamado de Rose e popularmente conhecido como “de Mulher”, presidente da Liga do Roma, ao lado da bela morena, Maura, que tanto o auxiliou durante todos estes domingos, ainda falou ao Chagão!sobre a avaliação do campeonato, falou sobre a falta de apoio para a realização desses eventos comunitários, alfinetou a prefeitura e suas obras incompletas e projetou alguns projetos do próximo campeonato e outras atividades na Liga do Roma.

Eu digo que o campeonato foi regular pelos olhos dos outros, mas pra mim foi bom. Eu faço um campeonato com a taxa de inscrição baixa, que é pra todo mundo brincar. Eu repito, eu não tenho ajuda de ninguém. Tudo que eu faço aqui é com a verba que entra do aluguel do campo, que é de 15 Reais, duas horas, é com ela que eu faço a reforma do campo, a limpeza externa da rua também em volta do campo. Agora tenho até que mandar tapar buraco na rua. Mas tem dado pra fazer a manutenção do campo. Ele está com quase dez anos e está muito bem. O projeto do campo, que foi feito pela prefeitura, tem arquibancada, chapéu de palha, banheiro, vestiário. No caso, eles fizeram só o campo e telaram, somente isso, e o resto sumiu.

Tinha aqui o projeto Bom de Bola, que é patrocinado pela Pepsi, parece, mas eles interromperam, e agora a Liga está contratando um rapaz pra fazer um trabalho com as crianças a 20 Reais por semana, que é o que a Liga pode dispor, também para que as crianças não fiquem aí ao léu. Eu conseguindo fazer isso aí, com o dinheiro que entra pra Liga, eles vão ter aí umas duas, três horas de esporte saudável.

Agora no mês de maio a gente vai fazer o veterano e o principal. Veterano no sábado, das 4 da tarde até às 10 da noite, e o principal domingo, o dia todinho. Já é o 20º Campeonato do Rose, todos os pagamentos efetuados direitinho, sem nenhum roubo. A inscrição vai ser master e principal 150 Reais. O preço é mais acessível para que os que são menos favorecidos na arte do futebol possam jogar. Por 150, faz um bolão, o ruinzinho também vai no meio, inclusive até eu vou no meio, no master.

DA LÓGICA E DA MORAL DA NÃO-EQUIVALÊNCIA

ou

MAS EU JAMAIS MATARIA MEU FILHO

Tudo que é humano é humano. Nada escapa. O filósofo Lucrécio dizia que as perturbações do homem são produtos de suas criações míticas e místicas. Seus rituais sobrenaturais e seus deuses metafísicos. A realidade imaginária que o homem precisa para negar o homem. A ilusão do fazer aparecer e do fazer desaparecer, segundo o filósofo Baudrillard. A verdade ontológica fundadora do real. Tudo que existe, existe, porque tem equivalente como prova de sua realidade. O bem, o mal; o falso, o verdadeiro; o finito, o infinito… E sou eu quem mostra a equivalência de minhas certezas. Sejam certezas lógicas ou morais. Meu pensamento é verdadeiro, pois é oposto ao do outro. Meu bem é um bem, pois é contrário ao bem do outro. Há sempre algo equivalente para afirmar a minha realidade. Um mercado de trocas: minhas certezas. Sempre poderei trocar minha mercadoria lógica e moral como fundamento da realidade. Há sempre uma demanda para mim. Há sempre minha mais-valia lógica e moral. Meu ganho existencial.

A REALIDADE COMO NÃO-EQUIVALÊNCIA

O jornalista dos casos policiais afirma contagiado que o que mais impressiona a sociedade na morte da meiga Isabella é o fato de todas as provas indicarem que foram o pai e a madrasta seus autores. O pai. O pai é imperial. O pai é sagrado, é teológico, é superior, é protetor. É pai porque faz o filho. O que se faz é o fruto. Como o pai, o fruto é sagrado. A sagração transcende a existência terrena. Mas na terra há dores, traições, interdições, violências, invejas, injúrias, ódios, situações inacabadas… Há Ismênia, Etéocles, Polinice, Édipo, Creontes, Brutus, Herodes, Hamlet, Yago, Rômulo, Remo, Moisés. Não basta ter filhos para as perturbações desaparecerem e o amor brotar. São múltiplas as interdições para travar a vida e impedir que a potência vontade de existir prevaleça. Ninguém diz para si em um belo dia: “Hoje vou matar meu filho!” Um pai que mata o filho já foi morto antes. Um torturador já foi torturado antes. A voz que exige a justiça de qualquer forma, foi injustiçada de qualquer forma. Toda injustiça é injustiça. O filósofo Platão dizia que justiça é o que é justo. Um ato que não sai de um delírio. Mas que combina consigo mesmo. Que seja feita a justiça. No mercado da troca da não-equivalência, meu ato é menos mal que o dele. Nada de quem não tiver pecado que atire a primeira pedra. Realmente nenhuma violência é igual, mas todas auxiliam na interdição da vida e produzem o ódio e, conseqüentemente, a dor da reparação: o juiz. Assim, estes juizes montam seus tribunais e condenam.

A SENTENÇA

____ Eu já estuprei, mas jamais mataria minha filha _____ Eu roubei o dinheiro público, mas jamais mataria um filho ______ A minha igreja usa Deus para explorar a miséria do povo, mas não teria coragem de matar um filho _____ Já torturei crianças, mas um filho meu não mato ______ Sei que, como médico, não exerço bem minha profissão, mas minha família está acima de tudo ______ Sei que vivo de um comércio que se sustenta da exploração, tenho que pensar na minha família _______ Eu voto no PSDB e no PFL, pois sei que é bom para as crianças e os jovens _____ Escamoteio notícias, faço truncagem com reportagens, falo enfaticamente no Jornal Nacional, mas não tenho coragem de negar uma Coca-Cola para minha filha _______ Escrevo tele-novelas, e penso em meus sobrinhos ______ Sei que o BBB é uma violência à inteligência e aos afetos dos telespectadores, mas penso nos meus filhos. Sei que sou voz de comando da mentira, sou preguiçoso, persigo e reprovo meus alunos, mas meus filhos acima de tudo ______ Toda publicidade que faço só tem um objetivo: seduzir o consumidor. Eu preciso alimentar meus filhos _______ Faço gol com a mão amparado pelo juiz, mas quero que meus filhos sejam honestos _______ Sou um jornalista que só escreve o que o patrão manda, apesar disso, quando chego em casa, beijo meus filhos e vou dormir ______ Meus programas de humor são discriminadores de gente feia, preto, homossexual, mulher. Eu preciso de dinheiro para educar meus filhos ______ Eu minto, sou um canalha, vou ser eleito, mas não toquem nos meus filhos _____ Minha filha estuda em uma escola que prima pela disciplina e o respeito _____ Não importa o que eu faça de mal, o que importa é que respeito meus pais, minha esposa e meus filhos ______ Quando saí de meu país, deixei minha família. Aqui no Iraque, Afeganistão, Faixa de Gaza… Sei que mato crianças, mas só penso em voltar e beijar meus filhos ______________________________________ Sei que o mundo está perdido, mas que tempos são estes em que o pai mata a própria filha, meu Deus? Que vergonha de ser homem, minha filha! Perdoa-me, agora tenho que trabalhar!

!!!!! O MUNDO É GAY !!!!!

O HIPER-BEIJO E O REAL

Há amor em um beijo que não é beijo? Quando os lábios se colam, a saliva se mistura, o calor aumenta, o tesão emerge, mas tudo isso não é sentido, mas apenas sugerido pela fria telinha da tevê, houve o beijo?

O autor novelístico está esfuziante! “A bicharada está em polvorosa, a audiência vai sair pelo cu!”, pensa. Não sabe que a inteligência não passa pelo hiper-real. Tolinho!

O hiper-real é o faz-de-conta do faz-de-conta. É o real tão artificializado que desaparece com a significância. Nada mais tem motivo. É tudo significante: o vazio. Não há nada do outro lado da cortina. Nem debaixo da saia.

A Globo já sacou a força consumista do chamado público GLBT. Assim como simula a existência de personagens substanciais de outras categorias (a mocinha que luta e consegue seus objetivos, a malvada que é movida pelo ódio cego, o gay que sofre com o preconceito, a mulher submissa, o machão, e por aí vai), as novelas também são campeãs do hiper-real: o não-amor. Um beijo na telinha, não importa a ferramenta da sexualidade que o corpo carregue e como ela é usada por este corpo, é sempre um significante, o vazio, a ausência de um beijo. Não há sequer o rastro…

Na ausência, pela dor, o videota-consumidor é capturado e se deixa levar. “Finalmente aparecemos na telinha! Mil vivas à Vênus Platinada, estamos na telinha global, ou na telinha do bispo, ou não importa onde. Temos representação, vez e voz!”. O beijo enquadrado na tela e esvaziado da sua corporeidade. É um produto-emotivo, um pacote que confirma o enfraquecimento dos afetos (estes sim, produções dos encontros dos corpos que modificam e criam modos de ser). O beijo-clone, todos iguais e nenhum acontecimento.

Se um beijo é constitutivo do ato erótico, como explicar que as novelas sejam eficientes meios de controle de natalidade? Onde está o furor erótico das cenas e beijos de língua da novela afetando os videotas? “Hoje em dia, é possível encontrar sexualidade em tudo, menos no sexo”, já sacava Baudrillard. Não há nada, nem encontro, nem saliva, nem hormônios, nem tesão. Só o encontro da imagem formada pelos pixels da telinha com a idéia-abstração da memória-lembrança, capturando e imobilizando a potência erotizante dos corpos.

Sacaram, meus amores? Muito bem!

E agora vamos ver os sopros gayzísticos (ou não) que passaram no nosso Mundico!

Φ Suicídio entre Jovens GLBT. Uma pesquisa promovida pelo Parlamento Europeu envolvendo 44 países descobriu que o maior índice de suicídios entre jovens pertence à vertente GLBT. Cruzes! A pesquisa trata o problema como um caso de saúde pública (não deveria ser doença social?). Mas calma, calma, nenéns. Não é a erotidade que é apontada como causa dos suicídios, mas a discriminação e a estigmatização social. Então o jovem gay, a jovem lésbica não se suicidam, são suicidados! Daí a importância de se discutir o mundo gay para além dos clichês. Por isto, esta coluna entende o mundo gay como o mundo onde a Vida corre fora, onde os fluxos vitais produtores da alegria estão para além da organização social humana, e é preciso produzir modos de existir mais próximos destes fluxos vitais. Inclusive no corpo, no amor e no sexo. Faça a sua parte, meu amor. Salve uma vida. Faça o mundo mais gay! Sentiu a brisa, Neném?

Φ Angela Ro Ro saca do hiper-real. A bela Ângela Ro Ro aproveitou a deixa da não-bela Ana Carolina pra dar uma curtida no mundinho consumista que de gay não tem nada. Enquanto a ruiva canta as dores do amor romântico que cultua a dor, e usa seus relacionamentos como vitrine para a venda de produtos-emotivos, Ro Ro usa o humor e tira uma onda. Inventa um amante-padre-paranormal para brincar. Expor através do humor o engodo mercadológico da ruiva. Afinal, o que temos a ver com a existência erótica-amorosa de Ana Carolina? Na sociedade de consumo dos zumbis que se alimentam da dor alheia, tudo. Mas não Ângela. Ela, nesta, foi pedagoga. Ensinou o amor, a alegria, o humor. Ampliou o mundo gay! Bota na vitrola uma Ro Ro aí, moçada! Sentiu a brisa, Neném?

Φ Preparativos para o “Dia Mundial Contra a Homofobia”. No próximo dia 17 de maio, mais de 600 milhões de pessoas, cerca de 10% da população mundial, estará dizendo não à homofobia em várias manifestações mundico afora. A data, embora simbólica, é mais um dia que expôs a homofobia como doença social do que propriamente uma data de comemoração. Neste dia, em 1990 – somente 18 anos atrás – a OMS declarou a homossexualidade um comportamento normal e a livre orientação sexual um direito humano. Mas antes tarde do que nunca, e o que a OMS fez foi apenas ratificar a luta do movimento social gay. No Brasil, que é campeão mundial de homicídios com motivação homofóbica, ainda há muito por se fazer, e poucos são os movimentos organizados e que pensam a questão para além dos chavões. Em Manaus, isso ainda não existe, e o movimento fica à mercê dos padrinhos e madrinhas de ocasião, ávidos dos votos dos incautos. Independente disso, prepare a sua movimentação, e no dia 17 faça uma festa da política comunitária para enfraquecer o enunciado homofóbico! Sentiu a brisa, Neném?

Beijucas, até a próxima, e lembrem-se, meninas/os:

FAÇA O MUNDO GAY!

i iNDA TEM FRANÇÊiS Qi DiZ Qi A GENTi NUM SEMO SERO

@ SAI PROJETO DE REGULAÇÃO DAS TEVÊS POR ASSINATURA. Tudo indica que o deputado Jorge Bittar (PT/RJ) terminou o texto do Projeto de Lei 29/2007, que trata da regulamentação da programação das tevês por assinatura. Embora tenha cedido em parte os apelos da ABTA, e diminuído o índice das cotas para produções nacionais, o texto ainda desagrada às emissoras de tevê por assinatura. É que dos 50% de produções nacionais que Bittar queria, acabaram ficando somente 25%. A campanha promovida pela ABTA está sendo investigada pelo CONAR (Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária), por suposta manipulação da opinião pública. Com a diminuição da cota, empresas como a Net, por exemplo, nem precisarão se adaptar. Com o conteúdo praticamente todo tomado pela rede Globo, a empresa não precisará alterar a grade de programação, já que é nacional. Como já colocado nesta coluna, de nada adianta a nacionalidade da programação, se ela seguir os mesmos clichês estupidificados, voltados para a censura à inteligência e à produção subjetiva autônoma. Como a Globo. I inda tem françêis…

@ GUIA DO ELEITOR CIDADÃO. No dia vinte e quatro de 2008 foi lançado o Guia do Eleitor CidadãoEleições 2008, realizado em conjunto pelo Instituto Legislativo Brasileiro (ILB) do Senado e pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O guia traz temas como o que é um município, quais as responsabilidades atribuídas a prefeitos e vereadores, o que são partidos políticos, as coligações partidárias e informações sobre campanha eleitoral e a escolha de candidatos, entre outras. O guia teve uma tiragem de 1 milhão de exemplares e será distribuído nos Tribunais Regionais Eleitorais (TER). O Guia é uma boa ferramenta para contribuir com o cidadão no conhecimento sobre os aspectos legais que constituem a organização tanto dos municípios, de seus representantes legais, como do processo de eleição que se dará este ano para vereadores e prefeitos. I inda tem françêis…

@ MARIO URIBE ESCOBAR, PRIMO E ALIADO DE ALVARO URIBE, presidente da Colômbia, recebeu esta semana ordem de prisão pelo seu envolvimento com os grupos paramilitares na Colômbia (aqui Na Periferia do Império). Ele tentou ainda conseguir asilo político na Costa Rica; não obtendo, acabou preso. Poucas horas depois o presidente Alvaro Uribe assume a “dor com patriotismo” pela prisão do primo, um de seus principais aliados políticos. E mais, o presidente Alvaro Uribe está sendo acusado pelo ex-paramilitar Jairo Castillo, refugiado atualmente nos Estados Unidos, até de um dos planejadores do massacre de Antioquia, onde foram cruelmente executados 15 camponeses em 1997. A CIA bem sabe das coisas para utilizar Uribe como refém E assim caminha a perversidade da direita na Latinoamerica. I inda tem françêis…

@ 1º LUGAR PARA BUSH JR: O PRESIDENTE MAIS IMPOPULAR que os Estados Unidos já tiveram. Segundo pesquisa publicada na quarta-feira passada pelo Instituto Gallup, o Jr conseguiu 69% de avaliação negativa, superando por 1 ponto percentual Harry Truman, que, com a insensata Guerra da Coréia, chegara a 68%. Se destacam também os 63% de pessoas que consideram a invasão ao Iraque um grave erro. Mas Bush diz que “a situação no Iraque está melhorando e a economia está a ponto de receber um impulso”. A afirmativa carrega explicitamente duas sentenças inversamente proporcionais: se a situação está melhorando para os Estados Unidos, com certeza está piorando, na mesma proporção, para os iraquianos; se haverá um impulso na predatória economia estadunidense, os reveses estarão na conta dos países pobres e em desenvolvimento. E assim caminham as estratégias macrofascistas da direita norte-americana. I inda tem françêis…

@ E NA FRANÇA: SARKOSY, 11 MESES DE FRACASSO. Numa sondagem publicada pelo Libération deu que 59% dos franceses acham o governo de Sarkosy um fracasso total, contra 20% que estão achando um maravilhoso sucesso. Ainda mais especificamente, entre os eleitores de esquerda, o índice é 79% para fracasso; mas mesmo no seu partido, o UMP (Union pour un Mouvement Populaire), apenas 52% vêem a administração do presidente francês como satisfatória (aqui no patrício Esquerda). Talvez o que para a população francesa seja um fracasso não o seja para Sarkosy. Para quem já tinha visto de longe suas ações violentas nos guetos de Paris, quando então ministro de Estado, ele deve está feliz com o novo amor, Carla Bruni, e com os rumos de seu governo. Só não sabe que sem uma nova forma de pensar/agir no mundo não existe nem Novo nem Amor. E assim caminha, errônea, a fracassada direita européia. I inda tem françêis…

Vamos que vamos

Que assim que partiu, chegou

E assim que chegou, partiu

Pra onde ninguém chegou

Pra onde alguém partiu…

VOCÊ JÁ TOMOU SEU XAROPE HOJE?

Lula, questionado sobre se deseja um terceiro mandato:

Não pleiteio a presidência, pois já sou presidente!

CLINAMEN

___ oblíquas variações infinitas dos corpos ___

______________ Zênite ______ Ocaso ________________ Aurora _______ Intensidade _________ O que é um padre que se aventura a subir aos céus sem o chamado de Deus? Um rebelde? Um anjo caído? Ou um desesperado? “Voar É Com Os Pássaros” enuncia o filme. Os pássaros voavam antes de Deus, mas alguns homens não sabiam. Então, o teólogo fez o boi voar. Iniciativa contrária a Zeus, que criou os animais e o homem concedendo a cada um seu dom original. O boi não voa, embora tenha mais peso que o homem, o que lhe coloca mais próximo do peso do avião, pela lei da física. Mas não voa. Ícaro não voou. O padre… “Rosa de maio, é meu desejo, mandar-te um beijo nesta canção” _________________ Cruel ironia: A mãe da meiga Isabella encontrou-se com a Xuxa. Xuxa, agente hipnogógico da Globo. O que sujeita o telespectador ao estado crepuscular. Zona-inebriante povoada por partículas etéreas. Indiferença. Território próprio para guardar ordens-imperiais da sociedade de consumo. Globo Central de drogatização televisiza dos afetos e cognição dos telespectadores: diminuição física/psicológica da atenção, bloqueio da aprendizagem, diminuição da atividade neuro-motora, obnubilação da criatividade, devaneios imagéticos ocasionais, disposição ávida para o consumo, diminuição da autonomia, massificação dos saberes, limitação de vocábulos, receio de ser diferente, vontade artificializada… Cruel ironia. Todo ídolo é vazio. Não possui equivalência no real. A não ser como real/fantasioso. O encontro da mãe da meiga Isabella com Xuxa só pode resultar, spinozianamente, em um mau encontro: diminuição da potência de agir, dado o grau de afetos/tristes. “Ouça, vá viver a sua vida com outro alguém. Hoje, eu já cansei de pra você não ser ninguém”

_______________________ Se a linha é linha, é porque ela corta, disjunta, racha, rompe. O que não é a ação do ponto que luta para pontuar a linha e transformá-la em linha dura. Ponto molar. Nada de devir. A revista americana Prospect, em sua busca de publicidade para si própria no mundo business, sempre seleciona 100 nomes em várias áreas do pensamento para escolher, entre elas, 5 como representantes intelectuais. Do Brasil, para concorrer, escolheu Fernando Henrique. Critério de escolha: estar vivo, encontra-se ativo na vida pública e possuir habilidade para influenciar debates internacionais. Em relação a Fernando Henrique, saltam-nos três inquietações: O que é estar vivo? Que atividade pública tem, necessária ao povo brasileiro? Debates internacionais direcionados a que grupos? Neste tipo de evento, definidor de ‘intelectual’, os patrocinadores sempre enxertam alguns nomes para dar credibilidade ao incauto. Indicaram também Noam Chomsky. Este, vivo e ativista. Que perguntem a Bush. Quanto ao nosso vaidoso ‘príncipe’, acredita mesmo que a tal revista tem o dom divino de escolher raridades. “A vitória de um ideal moral é alcançada mediante os mesmos meios ‘imorais’ de qualquer vitória: violência, mentira, calúnia, injustiça.” Nietzsche __________ _____________________Quando certos homens não localizam em si próprios corpos afetivos perturbadores, e não procuram extirpá-los, estes tornam-se resíduos de intolerância. Mais uma vez a confiança dos empresários no crescimento da indústria aumentou. O que significa que a política industrial do governo Lula está correta. Entretanto, alguns destes empresários, são intolerantes com o presidente. São corpos afetivos não extirpados. “Rara, esta coisa rara. Esta mulher”

Carlos Pita ______________Da lavra de muitos homens. Algumas pessoas têm mais botões gustativos que outras. As que possuem mais sentem mais o ardor da pimenta. As que possuem menos sentem menos o ardor da pimenta. Estas últimas, quando são homens, sentem-se os fortes porque comem pimenta com maior facilidade sem nenhum incômodo ardente. Pobre machismo. Não sabe que trata-se de uma condição biológica. Para alguns defeito gustativo. Pesquisadores afirmam que o sangue da menstruação da mulher ajuda no tratamento de cardiopatias. Segundo eles, a eficácia é cem vezes maior que o conseguido com as células-tronco extraído da medula humana. E pode ser criado um sistema, decorrente desta descoberta, que seja usado em benefício do tratamento da própria mulher. Possivelmente alguns homens não aceitarão tal sistema de tratamento cardíaco. A Polícia Federal prendeu em Manaus vários lotes de remédio para impotência masculina falsificados. Será que algum usuário conseguiu seu intento? “Alguns dos desejos são naturais e necessários; outros são naturais e não necessários; outros nem naturais nem necessários, mas nascido apenas de uma vã opinião” Epicuro

DUAS NOTAS DO ACADEMICISMO UFAMNISTA

PRIMEIRA NOTA – DÓ MAIOR – O mestrado em educação da FACED/UFAM não é dos mais concorridos do Amazonas. Nem mesmo um dos mais populares. No entanto, a edição 2008 da seleção trouxe uma novidade: somente professores da UFAM que atuam no interior do Estado poderão se inscrever e submeter seus projetos na área à avaliação dos orientadores. Caso, sem dúvida, para atuação do Ministério Público, já que a seleção ocorre numa instituição pública. Mas ainda que o MP não o faça, apenas o fato fala por si: além de tornar restrito um processo que deveria ser aberto ao público, a UFAM demonstra ao mesmo tempo a incapacidade destes aspirantes a mestres em passar numa avaliação aberta (concorrência com outros aspirantes, que não atuam na UFAM) e expõe o nível técnico dos professores que atuam no interior do Estado, que por sua vez espelham o nível acadêmico da própria UFAM. Se é necessária a reserva de vagas, é porque numa disputa aberta eles têm desvantagem. Não seria então o caso de, ao invés de abrir um mestrado apenas para os professores, contratar os que forem classificados numa seleção aberta? Ao menos, de acordo com critérios considerados pela própria instituição como sendo de excelência (o dos orientadores da pós-graduação da FACED), não haveria necessidade da manobra. E agora, UFAM?

SEGUNDA NOTA – RÉ MENOR – Outra da UFAM: leitores intempestivos informam que a instituição pretende tomar da administração do então prefeito e atual ministro dos transportes, Alfredo Nascimento, o recorde de duração de abertura de inscrições em edital. A prefeitura de Alfredo se especializou em publicar editais de seleção e/ou concursos públicos no rodapé de jornais de pouca circulação, em algumas vezes com a duração da inscrição iniciando na manhã de um dia e encerrando-se horas após a abertura. Assim, apenas apaniguados tinham acesso e poderiam concorrer, sem o risco de perder para um qualquer mais bem preparado e não familiarizado com as peculiaridades da administração do atual ministro. A UFAM lançou edital de processo seletivo para vagas em aberto em diversas áreas. A duração da abertura das inscrições é de apenas 3 dias. Sem contar que uma das vagas, após ser relacionada no edital, simplesmente sumiu, através de retificação ao edital, e apenas no último dia das inscrições. Embora ainda esteja anos-luz longe da eficiência e rapidez da prefeitura de Alfredo, a UFAM mostra que está se aprimorando. E agora, candidatos?

A VESPA E A SERPENTE DE ESOPO E A DIREITA

A FÁBULA

Uma vespa havia pousado na cabeça de uma serpente e a atormentava com suas picadas incessantes. A serpente, que se torcia de dor sem poder se defender, pôs a cabeça sob a roda de uma carroça levando consigo a vespa.

Que eu morra, desde que meu inimigo morra também.

A REALIDADE

O governo Lula (que não é a vespa antropomorfizada) tomou posse do Estado brasileiro em profunda crise econômica e social. Total descrédito interno e externo. Lastimável situação quanto à política exterior decorrente de suas dívidas, além da moeda nacional, o Real, desvalorizada com o dólar a quatro reais. Fome, desemprego, evasão escolar, problemas graves de saúde, falta de energia, etc. Com três anos de gestão pública, Lula transfigurou a situação deprimente, produzindo uma sociedade mais justa, com elevação da auto-estima do povo e mais respeitabilidade diante dos países desenvolvidos, subdesenvolvidos e emergentes. A direita, de todas as formas, faces expressões (que não é a serpente antropomorfizada, mas a direita humana demasiada humana brasileira), diante do novo Brasil, foi tomada por mais ódio ao governo Lula, que jamais queria vê-lo como poder, segregou doses maiores de sua pustulência conspiratória com propósito de enfraquecê-lo, caso não o depusesse.

Agora, sentindo a frustração da inglória inveja, usa todos os meios escusos para alcançar seu patológico fim. Toda enfermidade política- social que carrega seu corpo putrefato. Inclusive colocando em perigo sua própria condição de existência vil. Para tal, não importa que se auto-aniquile, contanto que o governo Lula seja também aniquilado (a cabeça sob a roda da carroça).

MORAL DA REALIDADE: A inteligência de uns revela a insignificância de outros.

*……….::::: CHAGÃO:::::……….*

Quien quiera entender como funciona el mundo
deberá entender el fútbol”.
Roberto Perfumo (ex-jogador argentino).

Θ “OS GAYS NÃO PODEM SER FUTEBOLISTAS”, afirmou Luciano Moggi, ex dirigente da Juventus de Turim. Moggi foi afastado da direção da Juventus após ser flagrado como o principal agente do esquema de manipulação de resultados do futebol italiano, envolvendo clubes como o Milan, Lazio, Fiorentina e a Juventus, e que terminou abafado pelo título mundial da azurra na Alemanha, em 2006, culminando no rebaixamento da Juventus para a segunda divisão do calcio. Segundo ele, a Juventus nunca teve um jogador gay, e por ser “um profundo conhecedor do ambiente futebolístico”, sabe que os jogadores não se sentiriam bem tomando uma ducha com gays. Além de revelar inconscientemente – ou teria sido com dolo – uma fantasia sexual reprimida, a fala de Moggi ainda traz alguns entendimentos: 1) a total liberdade com que um dirigente condenado pela justiça continua a falar e ter ressonância na imprensa local, como se nada tivesse acontecido; 2) a tabelinha discriminação-moralidade burguesa bem explicitada na fala de Moggi, que condena o homoerotismo, mas não dispensa um título comprado e; 3) não é só no Brasil que o futebol é dominado pela corrupção, da qual Moggi é autoproclamado especialista. E ainda tem italiano que vota no Berlusconi…

Θ JOGADOR CONDENADO NA JUSTIÇA COMUM. O jogador holandês Rachid Bouaouzan, que atualmente defende o Wigan Athletic, da Inglaterra, foi condenado pela terceira vez pela justiça comum do seu país natal a seis meses de prisão pela entrada que deu no seu colega de profissão, Niels Kokmeijer. A falta quebrou a perna do jogador, que teve de encerrar prematuramente a carreira. Na época, Rachid defendia o Sparta Rotterdam. A defesa de Rachid ante a pena, que pode ser cumprida assim que o jogador colocar os pés em solo holandês, é a de que as regras do futebol não podem exceder as quatro linhas. No Brasil, que tem a hiper-realista Justiça Desportiva, a ação jamais poderia acontecer. Tampouco na FIFA, que despreza a justiça comum, considerando-se acima do Estado de Direito. São sintomas do esfacelamento das relações institucionais de Estado em favor da lógica do Mercado, avessa à regulação e à sanção das leis. Abaixo do bom e do mau.

Θ A INTELIGÊNCIA BOLIVIANA CONTRA A ESTUPIDEZ DA FIFA. Diante da negativa da FIFA em revogar a proibição de partidas oficiais em cidades a mais de 2750m de altitude, o governo boliviano e a federação nacional de futebol fizeram uma série de solicitações: 1) já que a FIFA pede um período de duas semanas de adaptação a altitudes maiores que o limite estabelecido, mas é incapaz de obrigar os clubes a liberarem os jogadores por um período tão longo apenas para um jogo, a federação boliviana, apoiada por nove países sudamericanos (menos o Brasil) pediu a suspensão das eliminatórias para a Copa 2010 até que esta situação seja resolvida. Sensato, diante do que a FIFA apresenta como alternativa; 2) diante do silêncio das autoridades médicas internacionais quanto à cientificidade do veto, e tendo como entendimento o fato de que o futebol é um patrimônio cultural do planeta, não pertencendo portanto à FIFA, o governo de Evo Moralez solicitou à OMS (Organização Mundial de Saúde) que se pronuncie oficialmente sobre o veto e suas “bases científicas”, e; 3) como o veto foi uma decisão vertical (hierarquicamente de cima para baixo), a FBF pede para que o assunto seja debatido no próximo congresso técnico da FIFA, a se realizar em Maio, em Sidney, Austrália. Com a maior parte das federações sudamericanas contrárias ao veto, sendo elas as principais interessadas (sem esquecer o fortíssimo lobby dos clubes, que temem desgaste excessivo dos jogadores nestas partidas), sobreviverá a uma observação coletiva, mesmo que arremedada de democrática? Evo e este ‘Chagão!’ acham que não. Claro, Blatter e Cia Epistemologicamente Limitada jamais aceitarão as reivindicações bolivianas, mas elas demonstram a inequívoca superioridade intelectual dos índios de La Paz sobre os brancos donos-da-bola.

Θ SANTO CORINTIANO DE BARRO. O andor de São Jorge do Corinthians caiu. A diretoria promoveu, em parceria com torcidas organizadas, a procissão de São Jorge, homenagem ao Santo de devoção de todo alvi-negro de Parque São Jorge. No entanto, o valente guerreiro, não se sabe se contrariado em ser usado como peça de marketing pela diretoria, ou se envergonhado de ser carregado pelo farisaísmo clubista, tratou de dar uma ziquizira nas pernas dos carregadores, que derrubaram a versão histórica da imagem Jorgista que pertencia ao clube. Símbolo de outras épocas, o Santo Guerreiro espatifado no chão foi adquirido pela então vice-presidente do clube, Marlene Matheus – esposa do emblemático e já falecido Vicente Matheus – e foi abençoado pelo papa João Paulo II em 1990. Alguns leitores intempestivos deste ‘Chagão!’ sugeriram explicações para o metafísico acontecimento: teria sido rescaldo do terremoto que atingiu a cidade de São Paulo, e levou a Ponte Preta, do ressentido Sérgio Guedes à final do Paulistão 2008? Outros crêem que o santo teria se desequilibrado do andor após gargalhadas compulsivas ante a queda da máscara moral do goleiro “eu prefiro a ditadura à democracia” Rogério Ceni, que tomou um frango, deu tapa no craque-gato Valdívia e ao final ainda confessou sua ignorância futebolística. Alguns apostam num salto-susto do santo após a aprovação das contas da gestão corintiana de 2007, em três quartas partes sob a responsabilidade de Dualib. A queda, de qualquer forma, é tomada supersticiosamente como prenúncio de um campeonato nacional desastroso, como foi a campanha do Paulistão. Menos mal que outro Corinthians, o de Alagoas, vai de vento em popa.

Θ CHAGÃO PERGUNTA: Só um estádio coroou aos dois maiores, um estádio luminoso que filtrou a luz dos passes e gestos mágicos dos dois astros mais brilhantes de cem anos de história do futebol desse planeta. Que estádio pode presumir de tanta beleza, de tantas filigranas, de tantos arabescos, de tal felicidade?…. Pelé e Maradona. Pelé, 21 de Junho de 1970. Maradona, 29 de Junho de 1986”. Assim, Jean-Pierre Bonenfant enuncia o Estádio Azteca, localizado na Cidade do México. Agora o ‘Chagão!’ quer saber: uma fácil, para os amantes da bela arte. O Uruguai também se considera quatro vezes campeão do mundo de futebol, tendo sido inclusive os primeiros a conquistar os quatro títulos. Por quê?

Θ CHAMPIONS LEAGUE. Partidas de ida das semifinais, com dois jogos mornos. A volta acontece dia 29. Resultados e comentários:

Liverpool 1 – 1 Chelsea

Chelsea Liverpool

Os Reds abriram o placar numa jogada de Mascherano completada pelo holandês Kuyt. Levaram o 1 a 0 no banho-maria, cozinhando o galo azul, até que aos 48 do segundo tempo, o zagueiro norueguês Riise colocou pra dentro da própria meta, empatando a partida e dando aos blues um respiro na partida de volta. No mais, jogo fraco, típico do campeonato inglês.

Barcelona 0 – 0 Manchester United

Manchester United Barcelona

Os Red Devils entraram com o pensamento de resolver tudo na partida de volta, no Old Trafford, e se defenderam do começo ao fim. Somente com Cristiano Ronaldo havia algum perigo, mas o pênalti bisonho cobrado pelo lusitano mostrou que ele tem mais firula que domínio de jogo. No mais, o Barcelona mostrou mais iniciativa e chegou a furar o forte bloqueio inglês, mas com pouca efetividade nos chutes. Messi foi bem marcado, mas também o responsável por boas jogadas, até ser substituído pelo jovem Bojan, que não o fez à altura. Somente quando Thierry Henry entrou, vimos o primeiro chute perigoso a gol, e mesmo assim, em cima do goleiro Van der Sar. Tudo ficou para o jogo de volta.

Θ TAÇA CIDADE DE MANAUS. O primeiro finalista do segundo turno do campeonato amazonense saiu ontem. Em partida realizada em Rio Preto da Eva, o time local, o Holanda, bateu o América/AM por 1 a 0, gol de Antonio, e agora aguarda o confronto entre Nacional e Fast Clube, que acontece hoje, às 20h, no Vivaldão. Imperdível!

Θ COPA DO BRASIL. Dos três jogos que restavam da rodada de ida das oitavas-de-final, dois foram disputados ontem e um, Palmeiras e Sport Recife, acontece hoje. Outros três jogos de volta aconteceram, definindo classificados. Resultados, com os já classificados marcados com asterisco:

Oitavas-de-final – Volta (23/04)

Internacional/RS* 5 – 1 Paraná/PR

Criciúma/SC 2 – 2 Vasco da Gama/RJ*

Botafogo/RJ* 2 – 1 Portuguesa/SP

Oitavas-de-final – Ida (23/04)

Corinthians/AL 2 – 0 Juventude/RS

Náutico/PE 3 – 2 Atlético/MG

Θ LIBERTADORES DA AMÉRICA I Classificação final da segunda fase:

Grupo 1

Classificação Final:

Cruzeiro – 11

San Lorenzo – 10

Caracas FC – 7

Real Potosí – 6

12/02 – Caracas (VEN) 2 – 0 San Lorenzo (ARG)

13/02 – Cruzeiro (BRA) 3 – 0 Real Potosí (BOL)

21/02 – San Lorenzo 0 – 0Cruzeiro

26/02 – Caracas 2 – 1 Real Potosí

04/03 – Cruzeiro 3 – 1Caracas

11/03 – Real Potosí 2 – 3 San Lorenzo

18/03 – Caracas 1 – 1Cruzeiro

25/03 – San Lorenzo 1 – 0 Real Potosí

01/04 – Real Potosí 3 – 1Caracas

03/04 – Cruzeiro 3 – 1 San Lorenzo

17/04 – Real Potosí 5 – 1Cruzeiro

17/04 – San Lorenzo 3 – 0Caracas

Grupo 2

Classificação Final:

Estudiantes – 11

Lanús – 10

Deportivo Cuenca – 6

Danubio – 4

12/02 – Dep. Cuenca (EQU) 1 – 0Estudiantes (ARG)

14/02 – Lanús (ARG) 3 – 1Danubio (URU)

21/02 – Dep. Cuenca 0 – 0Danubio

26/02 – Estudiantes 0 – 0Lanús

05/03 – Danubio 1 – 2Estudiantes

13/03 – Lanús 0 – 0 Dep. Cuenca

18/03 – Estudiantes 2 – 0Danubio

20/03 – Dep. Cuenca 1 – 1Lanús

27/03 – Danubio 2 – 0 Dep. Cuenca

02/04 – Lanús 3 – 3 Estudiantes

15/04 – Danubio 1 – 2Lanús

15/04 – Estudiantes 2 – 0 Dep. Cuenca

Grupo 3

Classificação Final:

Atlas – 11

Boca Jrs – 10 (SG 03)

Colo Colo – 10 (SG 02)

Maracaibo – 2

20/02 – Unión Maracaibo (VEN) 1 – 0 Boca Jrs (ARG)

21/02 – Atlas (MEX) 3 – 0 Colo Colo (CHI)

28/02 – Unión Maracaibo 1 – 3 Colo Colo

06/03 – Boca Jrs 3 – 0Atlas

12/03 – Atlas 3 – 0Unión Maracaibo

20/03 – Colo Colo 2 – 0 Boca Jrs

25/03 – Unión Maracaibo 1 – 1Atlas

27/03 – Boca Jrs 4 – 3 Colo Colo

09/04 – Atlas 3 – 1 Boca Jrs

10/04 – Colo Colo 2 – 0Unión Maracaibo

22/04 – Colo Colo 1 – 1Atlas

22/04 – Boca Jrs 3 – 0Unión Maracaibo

Grupo 4

Classificação Final:

Flamengo – 13

Nacional – 12

Cienciano – 7

Bolognesi – 2

13/02 – Cienciano (PER) 2 – 0Nacional (URU)

13/02 – Cel. Bolognesi (PER) 0 – 0Flamengo (BRA)

19/02 – Cel. Bolognesi 0 – 1Nacional

27/02 – Flamengo 2 – 1Cienciano

06/03 – Nacional 3 – 0Flamengo

11/03 – Cienciano 1 – 0Bolognesi

19/03 – Flamengo 2 – 0Nacional

25/03 – Cel. Bolognesi 0 – 0Cienciano

03/04 – Nacional 1 – 0 Cel. Bolognesi

09/04 – Cienciano 0 – 3Flamengo

23/04 – Flamengo 2 – 0 Cel. Bolognesi

23/04 – Nacional 3 – 1Cienciano

Grupo 5

Classificação Final:

River Plate – 12

América – 09

U. Catolica – 09

U. San Martín – 06

13/02 – Universidad San Martín (PER) 2 – 0River Plate (ARG)

21/02 – América (MEX) 2 – 1Universidad Católica (CHI)

26/02 – U. San Martín 0 – 1 U. Católica

27/02 – River Plate 2 – 1América

12/03 – U. Católica 1 – 2River Plate

13/03 – América 3 – 1 U. San Martín

26/03 – River Plate 2 – 0 U. Católica

26/03 – U. San Martín 1 – 0América

01/04 – U. Católica 1 – 0 U. San Martín

02/04 – América 4 – 3River Plate

17/04 – U. Católica 2 – 0América

17/04 – River Plate 5 – 0 U. San Martín

Grupo 6

Classificação Final:

Cúcuta Deportivo – 11

Santos FC – 10

Chivas Guadalajara – 9

San José – 4

14/02 – Cúcuta Deportivo (COL) 0 – 0Santos (BRA)

19/02 – Chivas Guadalajara (MEX) 2 – 0 San José (BOL)

28/02 – Cúcuta 0 – 0 San José

04/03 – Santos 1 – 0Chivas

11/03 – Chivas 0 – 1Cúcuta

19/03 – San José 2 – 1Santos

27/03 – Cúcuta 1 – 0Chivas

01/04 – Santos 7 – 0 San José

08/04 – San José 2 – 4Cúcuta

09/04 – Chivas 3 – 2Santos

16/04 – San José 0 – 3Chivas

16/04 – Santos 2 – 1Cúcuta

Grupo 7

Classificação Final:

São Paulo – 11

Nacional Medellín – 08

Sportivo Luqueño – 07

Audax Italiano – 07

19/02 – Audax Italiano (CHI) 1 – 2Sportivo Luqueño (PAR)

27/02 – Nacional Medellín (COL) 1 – 1 São Paulo (BRA)

05/03 – São Paulo 2 – 1Audax Italiano

06/03 – Nacional Medellín 3 – 0Sportivo Luqueño

18/03 – Audax Italiano 1 – 0Nacional Medellín

20/03 – Sportivo Luqueño 1 – 1 São Paulo

02/04 – São Paulo 1 – 0Sportivo Luqueño

03/04 – Nacional Medellín 1 – 1Audax Italiano

10/04 – Audax Italiano 1 – 0 São Paulo

10/04 – Sportivo Luqueño 1 – 3Nacional Medellín

23/04 – Sportivo Luqueño 4 – 1Audax Italiano

23/04 – São Paulo 1 – 0Nacional Medellín

Grupo 8

Classificação Final:

Fluminense – 13

LDU – 10

Arsenal – 9

Libertad – 3

20/02 – Arsenal (ARG) 1 – 0Libertad (PAR)

20/02 – LDU Quito (EQU) 0 – 0Fluminense (BRA)

05/03 – Fluminense 6 – 0Arsenal

04/03 – LDU Quito 2 – 0Libertad

12/03 – Arsenal 0 – 1 LDU Quito

19/03 – Libertad 1 – 2Fluminense

25/03 – LDU Quito 6 – 1Arsenal

02/04 – Fluminense 2 – 0Libertad

08/04 – Arsenal 2 – 0Fluminense

08/04 – Libertad 3 – 1 LDU Quito

16/04 – Libertad 1 – 2Arsenal

17/04 – Fluminense 1 – 0 LDU Quito

Θ LIBERTADORES DA AMÉRICA II Tabela da Terceira Fase:

Oitavas-de-Final (Ida)

Nacional de Medellín (COL) Fluminense (BRA)

América (MEX) Flamengo (BRA)

San Lorenzo (ARG) River Plate (ARG)

Lanús (ARG) Atlas (MEX)

Boca Jrs (ARG) Cruzeiro (BRA)

LDU Quito (EQU) Estudiantes (ARG)

Santos (BRA) Cúcuta Deportivo (COL)

Nacional (URU) São Paulo (BRA)

A LÓGICA DA INSIGNIFICÂNCIA JORNALÍSTICA

Do mesmo jeito que clonarão biologicamente os seres humanos no futuro, mas no fundo eles já têm, mental e culturalmente, um perfil de clones”, afirma o filósofo Baudrillard sobre a sociedade da insignificância, onde os discursos e os gestos como figuração social são programados. A “atividade mínima, radical, exclusiva que, por sua própria repetição, torna-se virtual” (Baudrillard). A banalidade pura como confirmação de que nada mais há para ser revelado. Esta, a lógica da insignificância perpetrada pelo jornalismo de mercado, para quem tudo é mercadoria (vazio), até mesmo a existência do homem. A existência esgotada, sob a verdade virtual. O produto comercializável por Gilberto Dimensteinsua ausência de significância social. Ou o niilismo do desejo. Homicídio coletivo do discurso. Estase sensorial e cognitiva. Corpo imóvel do jornalista e de seu leitor.

É esta lógica da insignificância jornalística que o leitor significante encontra quando tenta ler um texto deste universo jornalístico. É a violência da negação da leitura: não há discurso diverso. Só replicância-literária. A clonagem textual. Então, o que poderia ser uma experiência de leitura/cognitiva torna-se apenas uma experiência sensorial. Isolamento sensível. Anorexia intelectual.

Esta cumplicidade viral/virtual (repetição) mostra-se em total abrangência em todas empresas jornalísticas do mercado editorial. A heterogeneidade dos discursos dar lugar ao macro-texto-matriz circunscrito pelo mercado cujo desejo é o lucro. A homogeneidade da insignificância. Inscrição do desaparecimento da razão.

Uma breve exposição da desrealização do ser social e do real jornalístico. Três jornalistas do jornal Folha de São Paulo escrevem sobre o infanticídio, em questão, a meiga criança Isabella: Eliane Catanhêde, Hélio Schwartsman e Gilberto Dimenstein. Embora o mesmo tema tanático, espera-se diferenças de enunciados e conteúdos. Já que se trata de três existências com percursos ontológicos diferentes. Mas nada diferente ocorre quanto ao tratamento intelectual ao tema. Os três confirmam Baudrillard: “no fundo eles já têm, mental e culturalmente, um perfil de clones”. Não disjuntam o tema friccionando suas margens, rachando sua crosta social, desdobrando suas bordas endurecidas pela semiótica mítica/mística. Não cansam de repetir, sem entrelinhas, o que em outros jornalistas acusam de “curiosidade mórbida da sociedade” (Catanhêde), “imprensa ávida por sensacionalismo” (Hélio Schwartsman). “Mórbida”,Eliane Cantanhêde sentencia Catanhêde. E onde não há morbidez neste texto: “Porque fica a sensação de Isabella continuar sendo asfixiada, maltratada, humilhada e finalmente jogada do sexto andar todos os dias…” Por que a jornalista todo dia joga a criança do sexto andar? Por piedade? A piedade é um afeto supersticiosamente duplamente mau: ódio contra si mesmo (um) projetado no outro (dois). Minha culpa histórica que não assumo. Herodismo hipócrita. Ainda mais quando a jornalista categoriza: “Algumas vezes, me envergonho. Outras, me convenço de que não é só um dado da realidade, mas também um mal necessário”. Pura replicância jornalística. Nada de exame da matéria (infanticídio) e muito menos análise de suas formas de desenvolvimento (causas históricas), só lamento alienado no seio da sociedade tanática. Nada de vergonha real, só supersticiosa, a que não carrega os corpos revolucionários da cólera contra si, que nos faz tomar a realidade como possível de outras formas ontológicas. Daí porque recorre à dor sádica-narcísica coletiva (alguns diriam masoquista) do “mal necessário” para chamar a atenção da sociedade para discutir o tema do infanticídio. Pobre sociedade. Miserável jornalismo: uma criança tem que ser assassinada para chamar a atenção social sobre a violência infantil. Dimenstein, chama de doméstica.

Por sua vez, Schwartsman, em sua molaridade jornalística “filosofastra” o tema como “uma tragédia pessoal e familiar”. No mesmo círculo macabro da insignificância, Dimenstein infantiliza-o, julgando que “a criança vira a depositária do estresse da pobreza combinada com o desequilíbrio emocional dos adultos”. Perverso reducionismo que os impede de entender que se trata do delírio histórico de um sistema despótico que se metamorfoseia em todos os territórios: família, escola, igreja, trabalho, entretenimento, economia, etc. Por tal, não é “uma tragédia pessoal e familiar”, e nem “estresse da pobreza”. É o corte paranóide da Vida que arrasta a maior parte da sociedade com seus elementos fóbicos-persecutórios, alojando-a no gueto da compulsão coletiva do paraíso da segurança-isolada: o individualismo-insignificante. O Hélio Schwartsmangrande reality show fantasmagórico. A supremacia do vulgar. O que faz com que as profissões não sejam uma prática cívica para o bem comum. Mas um estado individualista como dos jornalistas “meu bom patrão”.

Matam-se crianças porque matam-se infâncias. A morte de uma criança não é só o ato de destruir as funções biológicas de seu corpo, mas também de seu espírito. Daí que a criança cresce, mas a infância se mantém aprisionada, e o fantasma-adulto ronda, com seu ódio, em figura de um sujeito passivo, violento, frígido, desconfiado, irritado, invejoso, pessimista, vulgar, canalha, capacho, trapaceiro, covarde, ambicioso… Toda forma de dor que um adulto interditado pode interditar em uma criança. Assim, prevalece a lógica da insignificância da sociedade clonada. Comprovação do clone pelo simulacro lingüístico, todos os três — Catanhêde, Schwartsman, Dimenstein — usam a mesma expressão desrealizante do ser: “a pequena Isabella”. Pequena é medida; criança é devir.

AS CHUVAS E OS GOVERNOS ZELADORES DE MANAUS

Quando os trovões anunciam a chuva que vai cair, os habitantes manoniquins fecham a janela, e muitos começam a rezar: sabem que a ajuda, se vier, só virá de lá. Dos governos, os atuais e os anteriores, são responsáveis, bem mais que São Pedro, pelo medo que toma conta das inúmeras áreas de alagamento da cidade quando o tempo anuncia chuva.

Na última quarta-feira (13), moradores das zonas Leste, Centro-Oeste e Norte de Manaus sofreram com a chuva mais intensa do ano até agora. Várias famílias perderam suas casas. Outras, com as casas na iminência de cair, também tiveram que ir para abrigos improvisados em quadras de escolas públicas e outros locais. Os bairros mais afetados foram o Nova Esperança e Alvorada (Centro-Oeste), Bairro da União (Norte) e Zumbi dos Palmares (Leste). Situação que parece déjà vu, lembrando o temporal de 09 de abril de 2007, quando os estragos foram superiores.

Mais que coincidências, os temporais de 2007 e 2008 vêm colocar à mostra a ausência de um política habitacional e de uma organização social na construção dos espaços urbanos, que estão presentes nas atuais administrações públicas municipal e estadual, mas que são práticas comuns dos governantes de Manaus há décadas.

AS CASAS-FANTASMA DA PREFEITURA

Em 2007, o prefeito Serafim tentou se aproveitar da superstição popular, atribuindo as chuvas (e os estragos) à São Pedro. A população, no entanto, não estava disposta a aceitar a justificativa religiosa. Reivindicou os direitos, e embora nem todas as famílias tenham sido beneficiadas, a prefeitura colocou pouco mais de 150 famílias em um programa emergencial, onde receberiam uma bolsa-aluguel, no valor de R$ 250,00, além de acompanhamento social durante quatro meses.

O detalhe com relação a este atendimento foi que havia um número muito maior de famílias desabrigadas após os temporais do início de abril. A tática da prefeitura à época, segundo fontes intempestivas, era “cansar” os desabrigados, incentivando-os a procurar moradia com parentes. Dentre os que resistiram heroicamente quase o mês inteiro nas quadras das escolas e abrigos improvisados. Um alento: receberam um colchão, uma geladeira, um fogão, uma botija de gás e a inclusão no recebimento do benefício emergencial.

O contrato inicial do bolsa-aluguel, ou benefício emergencial (o programa não tem nome oficial), era de quatro meses, a contar de maio de 2007. Com a visita do Ministro das Cidades e a liberação de verbas federais para cobrir os estragos materiais, tudo indicava um rápido desfecho para o caso. No entanto, um ano depois, os beneficiários continuam no aluguel. A primeira tentativa de solução incluiu casas do conjunto habitacional Parque dos Buritis, que estava previsto para ser inaugurado agora em abril, mas que não encontrou no primeiro edital lançado nenhuma empreiteira que se interessasse pela obra, fazendo com que as previsões mais otimistas esperem o residencial pronto para dezembro, segundo informações apuradas por este Bloguinho.

Diante da impossibilidade de manter por mais tempo as mais de 150 famílias no aluguel, a solução adotada pela prefeitura foi incluir as famílias no projeto de reposição de casas que está retirando moradores das margens do igarapé do Mindú. No entanto, as famílias têm encontrado dificuldades em encontrar casas dentro dos critérios da Caixa Econômica Federal, que financia a compra através de carta de crédito, e ainda não sabem qual alternativa terão caso não encontrem moradia no prazo estipulado pela prefeitura.

Existirão ainda em Manaus casas devidamente documentadas (com título definitivo de propriedade) no valor da carta de crédito da CEF, que é de 21 mil Reais? Ou, como as casas do Parque dos Buritis, que ainda não existem, estas também são casas-fantasmas?

O PROGRAMA MARKETÍSTICO-HABITACIONAL DO GOVERNO DO ESTADO

Cerca de duas semanas atrás, quando um temporal causou estragos no Sovaco da Cobra, área localizada no bairro da União, zona Norte de Manaus, o governador Eduardo ‘Guerreiro de Sempre’ Braga aproveitou para anunciar que o PROSAMIM iria entrar imediatamente no local, minimizando os danos causados pela chuva. Aproveitou e fez campanha para seu candidato prefeiturável, Omar Aziz. Duas semanas depois, outra chuva, e os moradores do Bairro da União continuam esperando o maquinário do PROSAMIM chegar.

Este Bloguinho já falou sobre o PROSAMIM, mostrando que o programa é apenas mais um elemento marketístico do governo Braga, pois não criou elementos corporais e incorporais necessários ao saneamento básico das áreas atingidas, que continuam poluídas. Também já noticiou que o condomínio Parque Residencial Manaus, entregue aos moradores retirados das margens dos igarapés, já sentiu a potência de Poseidon, além de apresentar outros problemas.

No ano passado, o governo Estadual, já em clima de campanha eleitoral, durante o período de calamidade pública pelas chuvas de abril, ofereceu a várias famílias desabrigadas um auxílio para reconstrução das casas no valor de R$ 500,00, em parcela única. Além de incentivar o retorno às áreas de risco com a medida, o governo ainda tentou lucrar com as imagens dos servidores da prefeitura que ajudavam na distribuição de material. Como os servidores não usavam uniformes e não carregavam nenhum tipo de identificação, as imagens foram para a propaganda governamental como se fossem servidores estaduais, o que causou atrito entre iguais: prefeitura e estado. Houve ainda vários episódios de conflitos envolvendo famílias que não receberam o benefício do governo (os 500 Reais) e foram reclamar às portas da SEAS (Secretaria Estadual de Assistência Social). Não foram atendidos.

PREFEITURA E GOVERNO DO ESTADO: BONS ZELADORES

No entanto, acreditar que apenas as administrações de Serafim e de Braga foram responsáveis pela situação que vivem a maior parte dos moradores de Manaus quando chove é desconhecer que eles são bons zeladores da situação que encontraram quando assumiram.

Manaus passa há décadas por um processo de inchaço social, resultante do lucro obtido pela chamada indústria das invasões – que Serafim tentou coibir, com algum sucesso -, pela ausência de preocupação com questões urbanas e pela inapetência de todos os governantes anteriores, incluindo Amazonino, Arthur, Gilberto Mestrinho e iguais.

É preciso abrir o olho nestas eleições. O período de chuvas está no fim. Mas ano que vem tem mais.

O BORBULHANTE COLUNISTA SOCIAL KENNEDY ALENCAR, COLUNISTA DA MINISTRA

Não dando a mínima ao comentário do ilustre jornalista Mino Carta, para quem o jornalismo brasileiro é o único do mundo que possui coluna social, o borbulhante colunista social Kennedy Alencar abraçou seu ianque Kennedy, depois de jogar as loas do Pajeú seu Alencar, e foi à luta purpurinante de seu affair psicodélico. O mundo das notas colunáveis das lantejoulas políticas. O frisson generoso das mariposas cintilantes do glamour democrático tupiniquim. “Tupi or not Tupi!” A Frinéia da questão borbulhante.

Embora com a ministra Dilma Roussef desfilando em todos pontinhos policrômicos de seu frenético high great hall holiday imagético, teve tempo para dar uma esticadinha no bombante sucesso de Lula, que para si é legado à ministra, e coluná-lo teologicamente: “O crescimento da economia e a ampliação inédita de nossa história recente de programas sociais para os mais pobres tendem a ‘canonizar’ Lula em vida. Se o nordeste já tem o Padim Ciço, o Brasil poderá ganhar o Padim Lula”. Se ele é o colunista da ministra, e a ministra é amicíssima do Sapo Barbudo, porque não purpuriná-lo também? Assim se pensa na evanescência singela do high society. E acrescentou, entre as brumas: “Lula vai terminar o mandato superpopular”.

Tendo na tênue superfície de sua epiderme preênsil, o resultado de uma pesquisa feita pelo PSDB sobre intenção de voto para presidência em 2010, que afirma crescimento de sua adorada ministra, depois da colunização do suposto dossiê, tremeluziu trinando: “Dilma Roussef cresceu. Saiu dos 2% para 9%. Dilma ficou mais conhecida”. Envolto no invólucro radiante da nota majestosa, sugeriu à amicíssima ministra: “A ministra deveria agora elaborar um sobre Aécio, outro a respeito do José Serra (PSDB), fazer um de Ciro Gomes (PSB) e dar uma fuçada na vida de Heloísa Helena (PSOL). Assim Dilma explodiria nas pesquisas e ganharia no primeiro turno. Não precisaria nem do apoio de Lula”. Arraso total! Arrepio da ponta do dedão do pé, subindo pelo corpo e descendo pela coluna fremindo o ilíaco, até a base do calcanhar. Desejo revelado: a ministra já é presidente!

Depois de ser aplaudido por seus pares com a nobre revelação, como é de seu modelito colunável brincar com os clichês do gagá jornalístico, saltitou florescente com seus estereótipos bruxuleantes. Jogo das amarelinhas: “Retrocedeu algumas casas”. Carnavalesco: “Ala do Serra”. Policial: “Patrulhar”. Sofredor: “Embarcar”. Cardealista: “Canonizar”. Suinólogo: “Fuçada”. Alta costura: “À tiracolo”.

Assim ficou por muito tempo brincando com suas pérolas e miçangas off-line, enquanto a ministra Dilma Roussef ativava mais um lançamento-evento PAC Programa de Aceleração do Crescimento.


USAR O CONTROLE REMOTO É UM ATO DEMOCRÁTICO!

EXPERIMENTE CONTRA A TV GLOBO! Você sabe que um canal de televisão não é uma empresa privada. É uma concessão pública concedida pelo governo federal com tempo determinado de uso. Como meio de comunicação, em uma democracia, tem como compromisso estimular a educação, as artes e o entretenimento como seu conteúdo. O que o torna socialmente um serviço público e eticamente uma disciplina cívica. Sendo assim, é um forte instrumento de realização continua da democracia. Mas nem todo canal de televisão tem esse sentido democrático da comunicação. A TV Globo (TVG), por exemplo. Ela, além de manter um monopólio midiático no Brasil, e abocanhar a maior fatia da publicidade oficial, conspira perigosamente contra a democracia, principalmente, tentando atingir maleficamente os governos populares. Notadamente em seu JN. Isso tudo, amparada por uma grade de programação que é um verdadeiro atentado as faculdades sensorial e cognitiva dos telespectadores. Para quem duvida, basta apenas observar a sua maldição dos três Fs dominical: Futebol, Faustão e Fantástico. Um escravagismo-televisivo- depressivo que só é tratado com o controle remoto transfigurador. Se você conhece essa proposição-comunicacional desdobre-a com outros. Porque mudanças só ocorrem como potência coletiva, como disse o filósofo Spinoza.

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CAMPANHA AFINADA CONTRA O

VIRTUALIZAÇÕES DESEJANTES DA AFIN

Este é um espaço virtual (virtus=potência) criado pela Associação Filosofia Itinerante, que atua desde 2001 na cidade de Manaus-Am, e, a partir da Inteligência Coletiva das pessoas e dos dizeres de filósofos como Epicuro, Lucrécio, Spinoza, Marx, Nietzsche, Bergson, Félix Guattari, Gilles Deleuze, Clément Rosset, Michael Hardt, Antônio Negri..., agencia trabalhos filosóficos-políticos- estéticos na tentativa de uma construção prática de cidadania e da realização da potência ativa dos corpos no mundo. Agora, com este blog, lança uma alternativa de encontro para discussões sociais, éticas, educacionais e outros temas que dizem respeito à comunidade de Manaus e outros espaços por onde passa em movimento intensivo o cometa errante da AFIN.

"Um filósofo: é um homem que experimenta, vê, ouve, suspeita, espera e sonha constantemente coisas extraordinárias; que é atingido pelos próprios pensamentos como se eles viessem de fora, de cima e de baixo, como por uma espécie de acontecimentos e de faíscas de que só ele pode ser alvo; que é talvez, ele próprio, uma trovoada prenhe de relâmpagos novos; um homem fatal, em torno do qual sempre ribomba e rola e rebenta e se passam coisas inquietantes” (Friedrich Nietzsche).

Daí que um filósofo não é necessariamente alguém que cursou uma faculdade de filosofia. Pode até ser. Mas um filósofo é alguém que em seus percursos carrega devires alegres que aumentam a potência democrática de agir.

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