Arquivo para novembro \30\-04:00 2008

MINISTÉRIO DA CULTURA PROMOVE SEMINÁRIO DO PLANO NACIONAL DE CULTURA – AMAZONAS

Como parte das medidas de democratização da gestão, produção e incentivo cultural promovidos pelo Ministério da Cultura, no governo Lula, acontecerá nestas segunda e terça-feira, no Hotel Da Vinci (Rua Belo Horizonte, 240 – Adrianópolis), o Seminário do PNC – Plano Nacional de Cultura, onde se discutirá alternativas para que esta democratização dos recursos para a área artística-cultural possam chegar efetivamente a quem produz artisticamente signos necessários ao fortalecimento da democracia. A AFIN – Associação Filosofia Itinerante – já garantiu a presença. Abaixo, o informativo do MINC:

SEMINÁRIO DO PLANO NACIONAL DE CULTURA – AMAZONAS

Gestores públicos e da iniciativa privada, artistas, produtores, mestres de cultura popular e representantes de movimentos culturais amazonenses se reúnem nos dias 1 e 2 de dezembro, em Manaus, para discutir propostas para o aprimoramento do texto que irá subsidiar a votação do projeto de lei do Plano Nacional de Cultura no Congresso Nacional.

O evento é uma iniciativa do Ministério da Cultura e da Câmara dos Deputados. As inscrições podem ser feitas gratuitamente pela internet, no endereço www.cultura.gov.br/pnc.

O Amazonas é o último estado da região Norte e penúltimo do país a sediar um dos Seminários Estaduais sobre as diretrizes para o Plano. As discussões foram iniciadas em junho, em Minas Gerais, e foram realizadas no Ceará, Maranhão, Paraná, Piauí, Rio Grande do Norte, Salvador, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Amapá, Santa Catarina, Mato Grosso Sul, Paraíba, Tocantins, Goiás, Mato Grosso, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Rondônia, Distrito Federal e Rio de Janeiro.

Além dos seminários de Roraima e Acre, que acontecerão dias antes do encontro do Amazonas, a etapa final do ciclo de discussões inclui o estado de São Paulo, onde as discussões sobre o Plano ocorrerão nos dias 4 e 5 de dezembro.

Com uma média de 200 participantes reunidos em cada capital, os Seminários Estaduais do Plano Nacional de Cultura oferecem espaço para a ampla discussão sobre as linhas de orientação para as políticas públicas de longo prazo para a cultura. O processo de construção dessas diretrizes está em curso desde 2003, por meio de ações organizadas pelo poder público e abertas à participação social.

As contribuições recolhidas em todos os estados são publicadas no endereço eletrônico www.cultura.gov.br/pnc, página que também oferece a todos os cidadãos interessados um fórum virtual para o envio de propostas.

MAIS INFORMAÇÕES: 61 3316-2289

SAIBA MAIS SOBRE O PLANO

O Plano Nacional de Cultura é um conjunto de estratégias e diretrizes para a execução de políticas públicas para a área cultural, que está sendo elaborado com a participação da sociedade brasileira. Tem por finalidade o planejamento e a implementação de ações de longo prazo voltadas à proteção e promoção da diversidade cultural brasileira. Diversidade que se expressa em práticas, serviços e bens artísticos e culturais determinantes para o exercício da cidadania, a expressão simbólica e o desenvolvimento socioeconômico sustentável do país.

Previsto na Constituição Federal desde a aprovação da emenda 48 em 2005, o PNC encontra-se em fase de sistematização de suas diretrizes, elaboradas a partir do diálogo entre Estado e sociedade e da realização de pesquisas e estudos. Esse processo de construção, iniciado em 2003, é realizado em parceria pelos poderes Executivo e Legislativo em âmbito federal e visa à aprovação do projeto de lei do Plano, que tramita na Câmara dos Deputados desde 2006.

Tecido por diversos cidadãos e grupos, o PNC é gerado com o respaldo em uma noção ampla e plural de cultura, atenta às especificidades das diferentes linguagens artísticas e manifestações simbólicas. Pretende, dessa forma, englobar orientações para campos de ação que vão de artesanato e culinária a moda e cultura digital, passando por artes cênicas e visuais, música, memória e patrimônio brasileiro.

Na medida em que estabelecer consensos para a ação do Estado, o Plano contribuirá para a concretização do Sistema Nacional de Cultura, com a efetiva integração de fóruns, conselhos e outras instâncias de participação federais, estaduais e municipais. Proporcionará ainda uma ampla base jurídica para a atualização dos instrumentos de regulação das atividades e serviços culturais, embasando critérios e perspectivas aos sistemas de financiamento e de execução das políticas públicas de apoio à cultura.

A elaboração do PNC reflete, ainda, a perspectiva de continuidade e institucionalização do recente amadurecimento das práticas de gestão das políticas públicas de cultura. Processo que se caracteriza por iniciativas como a política federal de seleção pública de projetos artísticos e culturais, realizada por editais adequados às particularidades das demandas de cada região do país e à diversidade das comunidades e grupos de identidade brasileiros.

!!!!! O MUNDO É GAY !!!!!

SEXO NÃO TEM IDADE. PROTEÇÃO TAMBÉM NÃO” – A “QUALIDADE DE VIDA” E A MORAL DE CLASSE SÃO OS VETORES DA AIDS.

O JARDIM DO AMOR

Fui até o jardim do amor

E vi o que jamais vira antes:

Uma Capela erguida no centro

Onde eu costumava na relva brincar.

E estavam fechados os portões da Capela,

E havia mandamentos inscritos sobre a porta;

Por isso voltei-me para o jardim do amor.

Que tantas flores lindas tinha.

E vi que estava cheio de covas

E lápides onde as flores deveriam estar:

E Padres de negro faziam estas rondas

Atando com espinhos minhas alegrias e paixões.

In “Songs of Experience”, de Willian Blake.

Amanhã é o Dia Mundial de Luta Contra a AIDS, e o mote da campanha deste ano no Brasil é: “Clube dos Enta”. Cinquenta, sessenta, setenta, oitenta, noventa. É o novo nicho onde a AIDS tem se propagado.

Esta população, compreendida para a classificação cronológica como a terceira idade, tem se contaminado com impressionante rapidez nos últimos anos. Do ano 2000 para cá, o número de infectados dobrou, passando de 7,5 casos por 100 mil habitantes para 15,7/100 mil. Segundo o ministério da saúde, em 1996, na região Norte, haviam 3 casos por 100 mil, e em 2006 este número já era de 13/100.000. Aliás, é nesta região, juntamente com o Nordeste, que a epidemia tem avançado, enquanto no Sul estabilizou-se (ainda que com números preocupantes) e tem recrudescido no Sudeste e Centro-Oeste. Há, no entanto, que se comemorar o aumento da sobrevida dos pacientes acompanhados: de 58 meses/média em 1995, passou para 108 meses/média em 2008.

A explicação para o crescimento na população idosa, segundo alguns especialistas, é a melhoria da qualidade de vida desta população, patrocinado pelo avanço da medicina em relação ao funcionamento de certos processos biológicos, como a reposição/correção hormonal e os tratamentos mara disfunção erétil. Carlos Alberto Moraes e Sá, do hospital Gafree Guinle, no Rio de Janeiro, afirma até que o aumento da contaminação é um sinal positivo, que mostra a efetiva melhoria da qualidade de vida desta população (no link, a transcrição da entrevista dada por ele ao canal Globonews, interessante. Para ver em vídeo, clique aqui).

Um outro aspecto apontado para este aumento impressionante das contaminações nesta faixa etária são as experiências extraconjugais, e aí se insere o tema do homoerotismo. Muitos homens heterossexuais se contaminam em experiências sexuais homo, e contaminam suas parceiras, que nem desconfiam das “escapadelas” de seus íntegros maridos. O mesmo ocorre invertendo-se os papéis, mas culturalmente, a força falocrática coloca o homem como o agente da hipocrisia moral.

O governo, do ponto de vista técnico-científico, faz a sua parte, e a sociedade deve engajar-se nesta luta, que é de todos. Mas, sem o exame dos enunciados que constituem a subjetividAIDS (o conjunto de elementos corporais e incorporais, signos sociais que sustentam a propagação da epidemia), não se poderá combatê-la de modo eficiente.

QUALIDADE DE VIDA?

A sociedade alcunhada moderna (ou seria pós-moderna?) elegeu o mote qualidade de vida como o principal produto do século XXI. Através da ciência e das tecnologias, procura-se ampliar o tempo que é dado ao sujeito existir como corpo bio-social. Seus principais avatares são a medicina (em suas várias vertentes, dadas ao funcionamento do corpo, a boa alimentação, etc) e as tecnologias de facilitação da vida, do contato social, da locomoção, da informação.

No entanto, a sociedade que entende e cultua a vida como prolongação dos sinais vitais biofísicos não se pergunta: “O que é a Vida?”. “E a vida, e a vida o que é, diga lá meu irmão / Ela é a batida de um coração, ela é uma doce ilusão”, cantou o alegre-revolucionário Gonzaguinha. A sociedade que cultua um modo de existir sem compreender seus bloqueios, rachaduras e transbordamentos, não cultua a Vida, mas é tanática.

Tomemos o que se chama qualidade de vida na terceira idade. A medicina evolui como ciência/nicho mercadológico complementar à indústria alimentícia. Os diversos tratamentos de reposição hormonal visam sanar um problema metabólico criado pelas substâncias contidas nos alimentos processados, conservantes, corantes, realçadores de sabor, hormônios artificiais usados nos animais, manipulação genética e outros sintéticos. Um sintoma da relação de estranheza com a comida cotidiana foi visto numa escola particular de Manaus, cujos alunos se espantam quando descobrem que o animal que estão a dissecar na aula de ciências nada mais é do que o frango que comem no almoço. E o frango dissecado nem era o animal in natura, mas sua versão “supermercado”, congelado e embalado.

Ainda: a chamada terceira idade torna-se, com suas zil doenças, a maioria proveniente do modo de existência da moral de classe, o grande nicho da indústria médico-farmacológica, que tende a reduzir tudo ao espectro biofísico.

Medicina que vai anos-luz longe de uma medicina grega, uma medicina anti-socrática, uma medicina nietzscheana. Medicina que entende a vida como realização e produção existencial-ético-éstética. O que é uma ruga? Para a sociedade de consumo, um sinal indelével do fracasso em paralisar a passagem do tempo. O mote “terceira idade” se traveste: “melhor idade”. Sentença judicativa vinda de fora, falseação do existir. Não há melhor idade, se não se é causa da própria biografia.

O idoso a quem se destinam as políticas públicas – e que excluem o idoso homoerótico! – é uma falseação, tem que viver a existência como simulação decadente do tempo paralisado. Jovens outra vez, sem jamais o ter sido? Impossível. O idoso, improdutivo, preso no enredo dos “anos dourados” de uma nostalgia perversa, tentando resgatar o que lhe foi tomado nos anos de pujança biofísica, este não tem nada a ver com a vida. Vive, sem o saber, no ressentimento de tentar reviver o que não viveu. A sociedade de consumo aprisiona a Vida como devir. Gerações inteiras nascem já com os cabelos brancos, epígonos, ou como afirma o filosofante Nietzsche, os carregadores de valores, os camelos da sociedade, os escravos do “Tu Deves!”.

A sociedade de consumo, o trabalho dissociado da sua função ontológica, as relações humanas calcadas no ressentimento, é difícil escapar à armadilha da decadência, e ela inclui um papel para o velho: não ser velho.

Ser velho, efetivamente, é perigoso para o capital. É encontrar outras intensidades, outros devires, uma outra serenidade. O filósofo Deleuze afirma que tornar-se velho é encontrar/produzir um outro gosto pela existência. Gostar a vida, experimentá-la, não no sentido da experimentação do consumo, mas deixar-se atravessar por outras intensidades e produzir outros modos de sentir e existir. A lucidez e a maturidade não são uma maldição, mas uma beatitude. Nada disso passa pela armadilha terceira idade-melhor idade do capitalismo.

Como ter qualidade de vida numa sociedade que prolonga a performance biofísica/sexual do corpo, mas esta sexualidade é resultante de uma moral castradora? Se os corpos são estranhos a seus donos? O não uso do preservativo, neste sentido, é um dos sintomas de uma sexualidade alheada de si. Como chamar de qualidade de vida uma existência preservada pelos fármacos do mercado laboratorial, resultante da deterioração das funções biofísicas do corpo em virtude dos insumos artificiais produzidos pela indústria alimentícia? Trata-se de uma ciência que não vai às causas, mas confunde-a com seus efeitos. Não há, aí, nenhum rastro de Vida.

A SEXUALIDADE BINÁRIA E A DOMESTICAÇÃO DO HOMOEROTISMO

A sexualidade binária é menos uma função biológica que resultante de uma cultura falocrática. O binômio macho/fêmea não é equivalente ao binômio homem/mulher. Na Grécia, o comportamento homoerótico não tinha este viés sexista que carrega na sociedade capitalista, e mesmo lá, aquilo que era considerado “masculino” e “feminino” tinha a ver menos com a anatomia biofísica que com o comportamento, as atitudes e crenças. Mas foi na sociedade capitalista que esta binariedade passou a excluir qualquer tipo de alternativa, classificando-a como desvio. Percebe-se claramente isto na psiquiatria do século XX, que chamava o homoerótico de invertido.

Mesmo em alguns setores do movimento LGBT, procura-se transformar o homoerotismo numa espécie de terceira via, domesticação da sexualidade. É o que ocorre com os conteúdos pretensamente pró-causa que surgem na mídia, como o propalado beijo gay, ou a presença de gays nas novelas: trata-se mais de uma capturação de ordem consumista do que um aumento da potência política. Todo o elemento intempestivo, do uso e do auto-conhecimento do corpo correm risco à medida em que a ciência/mercado domestica a sexualidade desviante transformando-a em uma inócua (consegue?) prática ordeira.

Daí esta binariedade, esta pseudo-intimidade implodir quando se trata de falar e combater o vírus HIV. O comportamento sexual-padrão (homem-mulher-fidelidade) é, certamente, o menos praticado no mundo, e aquilo que se faz por debaixo das cobertas da moral (ainda que dissimulada) torna-se mais perigoso. A AIDS é uma doença menos eficientemente combatida de um viés médico/clínico (embora este seja essencial), do que por uma desmistificação da moral sexual. A prevenção ao vírus da AIDS passa por um auto-conhecimento do corpo e da própria sexualidade, bem como a sua publicidade, não no sentido do exibicionismo, mas no sentido de ser esta uma relação de honestidade consigo mesmo e com as pessoas do entorno.

Quando isto começar a ocorrer, teremos enfim a possibilidade de acabar com a epidemia.

Beijucas, até a próxima, e lembrem-se, menin@s:

FAÇA O MUNDO GAY!

NO PAGODE DA ESCOLA TEVE JUIZ PRESO E OFENSA RACIAL. SÓ NÃO TEVE SAMBA.

Há décadas, com a conivência e a vênia dos governantes que passaram e que ainda passam por Manaus, o pagode que acontece na Escola de Samba Reino Unido da Liberdade, no bairro Morro da Liberdade, zona sul de Manaus, fecha o cruzamento das ruas São Benedito e Maués, aos sábados à noite, com som alto, cadeiras no meio da rua e muita gente circulando. As rotas de ônibus que por ali passam tem que, neste horário, modificar a sua rota. Considerando que a outra alternativa – a ponte do educandos, que liga o bairro à cachoeirinha – está interditada pelas obras do governo do Estado, somente uma volta de mais de 15 minutos fora do previsto pode evitar o incoveniente de ficar preso no engarrafamento causado pelo pagode. O local é tradicional reduto de prostituição infantil, já tendo sido alvo diversas vezes de blitzes da Polícia Militar e Delegacia da Infância e Juventude.

Na madrugada do último domingo, 23, por volta das 02h, uma batida da polícia militar tentou, após denúncias e reclamações de moradores pelo Disk-Denúncia, fechar o bar que funciona na quadra da Escola de Samba Reino Unido, enquadrando-a na Leis dos Bares, que impede o funcionamento de Bares e casas de shows que não tenham isolamento acústico após às 23 horas. A policial militar que comandava a operação – que tinha 12 policiais – percebeu que não poderia fechar o bar “à força da lei”, e negociava com o responsável, quando – versão da policial – foi abordada por um homem embriagado que a teria chamado de “macaca”. O mesmo foi preso, mesmo alegando ser juiz de Direito. Mais tarde, descobriu-se que se tratava do Excelentíssimo Juiz da 2a Vara da Família, Bismarque Gonçalves Leite, 35 anos. Na versão dele, o mesmo fotografava a ação policial quando teve a prisão decretada pela comandante da operação.

As entidades de classe do judiciário (AMAZON – Associação dos Magistrados do Amazonas, MPE – Ministério Público Estadual, e TJ – Tribunal de Justiça do Amazonas) já pediram a cabeça da policial, alegando “arbitrariedades cometidas”.

PERGUNTA DE PROVA DE CURSINHO PREPARATÓRIO PARA A OAB/AM.

CAPÍTULO V – CÓDIGO DE ÉTICA DA MAGISTRATURA.

INTEGRIDADE PESSOAL E PROFISSIONAL

Art. 15. A integridade de conduta do magistrado fora do âmbito estrito da atividade jurisdicional contribui para uma fundada confiança dos cidadãos na judicatura.

Art. 16. O magistrado deve comportar-se na vida privada de modo a dignificar a função, cônscio de que o exercício da atividade jurisdicional impõe restrições e exigências pessoais distintas das acometidas aos cidadãos em geral.

PERGUNTA-SE: O que era que um juiz da Vara de Família – conhecedor portanto, dos direitos que protegem a integridade e a paz do seio familiar, incluindo aquele que proíbe som alto após às 23 horas – estava fazendo neste tipo de local às duas horas da madrugada?

ECCE NOME: JUÍZA MARIA EUNICE TORRES NASCIMENTO

Não importa a razão princípio racional que motivou a sentença. Se as provas apresentadas pela Polícia Federal são visivelmente consistentes, sem nenhuma possibilidade de refutação; se é preciso colocar a Justiça Eleitoral em seu topos, em virtude da descrença pública quando se trata de personagens amparadas pelo poder econômico, o que vigora há anos no Brasil, no caso específico, no Amazonas; o que conta mesmo é que a juíza Maria Eunice Torres Nascimento, com a cassação dos candidatos Amazonino Mendes (PTB) à prefeitura e Carlos Sousa (PP), vice, inaugurou um novo tempo de práxis jurídica no estado do Amazonas. Como diria um poeta: “Tempos outros fluem tecendo o existir”.

Contam que Maria fez um curso de filosofia, mas nenhum curso faz ser comunidade. A UFAM já distribuiu vários diplomas no curso de filosofia, entretanto, não existem filósofos no Curso de Filosofia da UFAM. O que existem são funcionários públicos atentos às suas carreiras, arautos da aposentadoria. Assim, como alguns graduados no curso são cabos-eleitorais de Amazonino. Um chegou a compará-lo com Che. Por tal, sabe-se com o filósofo Nietzsche, e posteriormente com os filósofos Deleuze e Guattari, que ser filósofo é de outra ordem: da ordem de não ser filósofo. Eis que Maria escapou do direcionamento das doutrinas e dos sistemas filosóficos do curso, em si, História da Filosofia, ou Teologia, que confundem o ser filósofo, e, então, se fez filósofa interpretando a Lei, desdobrando-a em potência democrática como jurisprudência/filosófica, o movimento que escapa da rigidez legislativa condicionada pela necessidade da ocasião. Maria sabe que, se o jus nasceu em comunhão, não pode servir para desunião. Aí seu devir filosofante. Aí o reconhecimento do filósofo Marx: “Os filósofos não brotam da terra como cogumelos. Eles são frutos da sua época, de seu povo.” E Vandré diria para Maria: “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer.” Tudo que Maria fez: interpretou sua época, compreendeu os anseios de seu povo, e não esperou acontecer fez a hora.

Maria causa inveja. Seus contemporâneos de profissão devem está incomodados com sua atitude. No caso Henrique Oliveira, tiveram suas oportunidades, não a usaram. A inveja, diriam Freud, Shakespeare e o filósofo Gracian, é desejar o que é do outro como se fosse seu: “Ele me roubou o que não tenho e nunca terei.” Maria não roubou nada de ninguém, fez apenas brotar o que é de todos nós: a justiça. Não é uma heroína, é apenas uma filosofante. É fácil ser herói sem guerra. Quantos hoje não afirmam que foram perseguidos pela ditadura e nunca sequer pegaram um “chá de burro” (esfregar a parte inferior da mão, aberta, sobre o couro cabeludo do outro. Recurso muito usado pelo padre Fellinto nos meninos que freqüentavam o Oratório do Dom Bosco).

Maria, com sua posição nos leva a Cristo quando liberta almas individuais da alma coletiva tiranizada pelos sacerdotes judeus e o Império Romano. Cristo, no meio do povo, informam-lhe que sua mãe encontra-se ali. Ele responde que é filho de todas as mulheres. Maria Eunice Torres Nascimento se apresenta filha de todos os cidadãos: a democracia.

Não importa o que possa acontecer no desenrolar dos apriorísticos fatos jurídicos. O que importa é o que começou com essa Maria à priori.

i iNDA TEM FRANÇÊiS Qi DiZ Qi A GENTi NUM SEMO SERO

@ LULA COBRA AUMENTO DE BENEFICIÁRIOS DO BOLSA FAMÍLIA.Não haverá crise no mundo que me faça tirar um centavo dos pobres, afirmou o presidente Lula na cerimônia do prêmio Práticas Inovadoras de Gestão do Bolsa Família. O recado é para as viúvas no neo-liberalismo, que continuam apregoando na imprensa a necessidade de conter gastos, quando os governos dos países ricos continuam abrindo as torneira e já mandaram às favas o Consenso de Washington – se é que um dia o adotaram. A maior prova é o neo-fóssil Bush, que continua batendo na tecla do Estado mínimo, enquanto os seus comandados (ou seriam já de Obama?) despejam dinheiro público para socorrer o moribundo mercado. A quem ainda parece duvidoso que a volta do cipó de aroeira no lombo de quem mandou dar (leia-se os especuladores), a iminente falência da toda-poderosa GM é argumento mais que suficiente. Cá em terras locais, Sadia e Aracruz, a inimiga dos povos nativos, experimentam o amargor da ressaca financeira, travestida de crise. Lula cobrou, no encontro, que os prefeitos se empenhem em expandir o programa federal de transferência de renda. Ele ainda encontra, em suas andanças pelo país, famílias pobres que não recebem o benefício. Sabe o Sapo Barbudo que a verdadeira crise que o capitalismo provoca é a fome, física, social, de democracia e de direitos iguais. I inda tem françêis…

@ BOLÍVIA DESINFECTA SEU TERRITÓRIO DE “PAÍS” ILEGAL. Existente há muitos anos, encravado dentro da província de Santa Cruz, existe um território vasto, que engloba várias cidades nas zonas de Chiquitanía e Cordillera, e tem sua sede na fazenda Caraparicito. Todo este território, maior que Andorra, Malta e San Marino, era comandado pelo estadunidense Ronald Larsen. Graças ao poder de fogo de Larsen, que mantinha exército particular e vasto arsenal, com metralhadoras, granadas e gás lacrimogêneo, o território era um verdadeiro país dentro da Bolívia, tolerado pelo governo santacruzense, maior opositor do governo de Evo Moralez. “Larsenlândia”, como era conhecido, chegou ao ponto de declarar guerra ao governo boliviano e sequestrar o Ministro de Tierras, em abril deste ano. O Ministro realizava trabalhos de recenseamento das terras bolivianas. Larsen contou com a conivência dos governos federais anteriores a Moralez, mas não existem registro legais de como ele conseguiu ser proprietário de tanta terra. Lá, utilizava a mão-de-obra dos nativos (os Abás Guaranís) em regime de escravidão. Era um dos focos do apoio estadunidense às tentativas de secessão por parte da província de Santa Cruz, que literalmente veio abaixo após o referendo revogatório. Numa operação admiravelmente bem organizada, e sem colocar em risco os seus homens, o governo boliviano adentrou a fazenda Caraparicito, prendeu Larsen e está realizando o recenseamento de terras. Aquelas que comprovadamente forem improdutivas, são automaticamente confiscadas, sem direito à indenização. Cento e vinte anos após o massacre dos Abás Guaranís por parte do governo boliviano, agora, este governo, capitaneado por um nativo, devolve aos locais as suas terras. Quanto a Larsen, será indiciado por roubo, sequestro e sedição. Já não há mais focos importantes de separatismo, e o governo, cada vez mais fortalecido, realiza a verdadeira revolução esquerdista da América do Sul. Ao contrário do que dizem os periódicos brasileiros, é Evo quem é mestre, e quiçá Chavez pudesse aprender algo com ele. I inda tem françêis…

@ FUNCIONÁRIO DO WAL-MART MORRE PISOTEADO EM MEGALIQUIDAÇÃO. Um homem de 34 anos, funcionário da rede de lojas de departamento Wal-Mart, morreu pisoteado na tradicional “Black Friday”, data posterior ao Dia de Ação de Graças que marca o início da temporada de liquidações pré-natalinas. O homem foi soterrado pela multidão de donas-de-casa e consumidores, que preferiram não perder aquela oferta “exclusiva” a socorrer o funcionário (nem poderiam, na verdade). O fato ocorreu em uma das lojas da rede, em Nova Iorque. A Wal-Mart emitiu um comunicado onde afirma que “a segurança de nossos clientes e funcionários são a nossa principal prioridade. Talvez a partir deste lema, a loja, que vende de tudo, tenha sido a escolhida pelos assassinos da Columbine High School, em 1999, para a compra das munições que seriam usadas no massacre. Com a ajuda de Michael Moore e de parte da comunidade estadunidense, a rede, sob pressão, deixou de vender “de tudo” – ou pelo menos armas e munição. Quem sabe fosse suficiente um aviso indicando que os consumidores só poderiam abater consumidores que não comprassem na Wal-Mart. Mas não se trata da loja, que é apenas mais uma na rede mundial do capitalismo. Este, sim, continua intacto, a despeito da crise e da morte do funcionário. Merry Christmas! I inda tem françêis…

@ ATAQUE TERRORISTA EM MUMBAI, começado na quarta-feira, com a morte dos últimos três terroristas entrincheirados no famoso hotel Taj Mahal, termina, segundo a polícia indiana. Mas o terror continua principalmente devido devido às características particulares do ataque. Formado por homens entre 20 e 25 anos de idade, que se apresentaram como pertencendo ao grupo Mujahedin do Deccan, mas todos os especialistas em redes terroristas afirmam que esse grupo não existe. “Mujahedin” são os guerreiros islâmicos e “Deccan” é uma região no sul da Índia. Seria uma forma de desvincular o atentado da da maior parte da minoria islãmica na Índia, que fica ao norte, e também do Paquistão. Já o governo indiano aproveita para tentar jogar a responsabilidade ao governo paquistanês. A CIA, por sua vez, diz que o ataque pode ser uma resposta a Obama. De qualquer forma, o saldo que se acrescenta às estatísticas do terror é de 25 terroristas mortos, mais 150 pessoas entre soldados, turistas estrangeiros e civis indianos, mas tudo desaparece na tela total do monitor de vídeo ou computador. Enquanto cidades como Mumbai vão se consolidando como centros financeiros, uma população cresce enquanto aumenta a segregação de seus direitos, de seus sentidos até a saturação. Mais do que o nome do grupo, ou cassar Osama, como quer Obama, é isso que governos como o indiano, considerado politicamente moderado, tem de resolver. I inda tem françêis…

Vamos que vamos

Que se não chegarmos amanhã

É porque não fomos hoje…

CASSAÇÃO DE AMAZONINO CAUSA TREMOR EM SEUS “CABOS”


Com a notícia da cassação do candidato da direita tradicional, eleito ao cargo de prefeito de Manaus, Amazonino Mendes (PTB) e seu vice, Carlos Sousa (PP) pela Justiça Eleitoral do Amazonas, grande parte da população da cidade amanheceu em um só frisson-temor-tremor. A sentença histórica contra um candidato do maior grupo conservador da triste existência “política” do Amazonas, empurrou para um forte “baixo-astral” seus eleitores e comparsas calculistas que já demonstravam arrogância e prepotência desde o anuncio de sua eleição.

Calculistas, já fantasiavam as benesses que poderiam usufruir na gestão de seu predileto candidato e feitor. Entre eles profissionais da classe média, empresários, novos ricos, e velhos funcionários da prefeitura, e outros novos, que teciam planos de vingança contra funcionários, hoje, na gestão Serafim, a derrotada. Alguns entraram na onda vulgar do, “a partir de primeiro de janeiro quem vai pilotar a vassoura és tu!”. Atitude de reativo-ressentido, inveja que em nada constrói a democracia. Sem contar com funcionários que durante mais de três anos foram pró Serafim, e em campanha se mandaram para a direitaça. É lógico, sem nenhum discernimento do que venha ser direita, centro e esquerda em política. Mas só com o clamor gástrico: “Primeiro a barriga depois a moral” (Brecht).

O certo mesmo é que nesse momento a cidade de Manaus exala um extenso e insuportável amargor. Imaginemos se fosse uma posição contra uma perversa ditadura. Nem pensar. Muito deles nem sabem se o Brasil passou pelos anos de chumbo e pavor.

Perversa situação que aumenta mais o ódio vingativo, onde a irracionalidade é mater superior do orgulho de ser humano. “Cabos”, explodem: “Querem ganhar no ‘tapetão’!”. Não sabem: compra de voto é também “tapetão”. Recorrer ao “tapetão” é tentar uma vitória transgredindo as regras que direcionam um contrato oficial, ou particular. Não importa, nos dois casos é transgressão. E para que a transgressão não prevaleça, a justiça procura fazer cumprir a lei do contrato. No caso em questão: a Justiça Eleitoral. Aí não adianta estertores, rangeres dentes e mãos fechadas por rígido ódio.

A sentença não é definida, o cassado pode recorrer, mas a situação inusitada deixa a mostra as veias cianosadas da anti-democracia que fundamenta os afetos destes “cabos”. Patética realidade eleitoral da cidade de Manaus. Que os gregos tenham piedade dessas almas!

O FOGO AMIGO NA CASSAÇÃO DE AMAZONINO E ALGUMAS REAÇÕES DA POPULAÇÃO

Mesmo sem se pronunciar, sabe-se que a defesa de Amazonino deverá recorrer ao pleno do TRE. Lá, a vitória do candidato é certa como o céu não é azul. É que o presidente do Pleno, Desembargador Ari Moutinho, é o mesmo que psicopatizou a lei para beneficiar o servidor do TRE Henrique Oliveira, que à margem da lei, além de assumir o mandato, ainda preservou o emprego.

Além da “facilidade” que Moutinho tem para encontrar brechas na lei que beneficiem a corrupção eleitoral, ele é parte diretamente interessada na eleição de Amazonino. É que no caso de Amazonino efetivamente assumir, seu vice, Carlos Souza, se licencia do cargo de deputado federal, e assume em seu lugar o suplente, Ari Moutinho Júnior, o qual escapa dos processos das operações Albatroz, Saúva, e da acusação de ter sido pego em flagrante com uma mala de dinheiro para compra de votos no aeroporto Eduardo Gomes, na eleição de 2004. É um caso de pai para filho.

Curiosamente, foi o próprio Moutinho Pai quem denunciou à Polícia Federal a movimentação suspeita no posto de gasolina, que culminou com o flagrante e rendeu robustas evidências, suficientes, segundo o parecer da juíza Maria Eunica do Nascimento, para cassar a chapa, em qualquer tribunal. Como, diante dos fatos ocorridos após a eleição, não se pode contar com a possibilidade de Moutinho ter sido democraticamente justo na denúncia, só se pode concluir que, ou Moutinho cria na vitória do candidato Omar, do governador “Maria da Penha nele” Braga, já que a equipe do então candidato chegou a tempo de filmar a blitz da PF, ou então acreditava que a movimentação pertencia a algum outro candidato, como Serafim, por exemplo. A denúncia pode acabar resultando num caso raro de “parricídio eleitoral”.

A DEMOCRACIA NÃO SE REDUZ ÀS INSTITUIÇÕES, MAS PASSAM POR LÁ

A decisão da juíza Maria Eunice do Nascimento expõe, de sul a norte da cidade, opiniões e entendimentos. E serve para uma curta observação filo-sociológica sobre as características de um povo.

Um povo sequelado, vitimado pela subjetividade da dor que emana de seus governantes, nada afeitos à democracia ainda que eleitos no sistema democrático, é produzido a partir da negação das possibilidades de produções autônomas advindas deste povo. Prevalece neste tipo de sociedade a passividade, a imobilidade, o medo, a resignação. Como sintomas, surgem, nestes casos onde pessoas, como Amazonino, profundamente envolvidas nas engrenagens subjetivadoras da dor e do ressentimento, são cassadas ou punidas pelos atos ilícitos, falas características da capturação pela dor e pelo desespero: “isso não vai dar em nada”, “ele tem muito poder”, “se não conseguiu comprar essa, compra os outros”, “todos têm o rabo preso”. Mesmo quando este povo, por algum sortilégio dos acontecimentos, se encontra diante de uma situação que enfraquece esta subjetividade opressora, a dor ainda prevalece.

Ao contrário, um povo livre, não capturado por esta subjetividade, mesmo vivendo sob uma ditadura, civil, militar ou midiótica, é ativo, e não aceita que sua crença e sua potência de agir sejam diminuídos por estes corpos-sequelados antidemocráticos. É um povo que, mesmo diante de uma iniquidade ou de um ato que enfraquece a democracia, luta, e não se abate com as derrotas, não deixando de comemorar as vitórias, ainda que saibam que a batalha é constante.

Situação que ilustra este entendimento ocorreu hoje, quando um amazonense, comentando com uma argentina que vive em Manaus sobre a cassação do prefeito eleito, afirmou que não adiantava comemorar, pois ele escapava desta facilmente graças ao poder que tem. Ao que a argentina respondeu: “isto não importa; por hoje, ele está cassado”.

Sentença que só poderia vir de uma partícipe de uma nação que expurga seus criminosos das ditaduras ocorridas, e que, mesmo diante das dificuldades, não se entrega. Povo que soube, mais que muitos brasileiros, compreender o saque do livre Gonzaguinha: “eu acredito é na rapaziada”.

AMAZONINO CASSADO PELA JUSTIÇA ELEITORAL

A Justiça Eleitoral do Estado do Amazonas cassou, em primeira instância, os candidatos eleitos para prefeito, Amazonino Mendes (PTB) e seu vice Carlos Souza (PP). Segundo a juíza Maria Eunice do Nascimento, os advogados dos cassados não apresentaram provas suficientes capazes de descaracterizar a acusação de compra de votos materializada com requisições para adquirir gasolina em posto da cidade de Manaus. Provas apreendidas pela Polícia Federal.

Por sua vez, a defesa de Amazonino e Carlos Sousa vai recorrer ao Tribunal Regional Eleitoral – TRE.

Com essa decisão a Justiça Eleitoral toma uma posição inédita na história do Amazonas. Como Amazonino faz parte do grupo que durante vinte e cinco anos domina o cenário “político” do Amazonas, a descrença popular era quase que geral. Entretanto, essa decisão jurídica vem mostrar que é preciso ter confiança na justiça.

A UNE CONTRA A COTA DA MEIA-ENTRADA

A aprovação do Projeto de Lei pelo Senado que obriga cota de 40% aos estudantes e idosos a assistirem shows, espetáculos artísticos produzidos privadamente, levaram a União Nacional dos Estudantes a tomar atitudes junto aos parlamentares e a população para garantir “um direito que já dura mais de quatro décadas”.

Segundo a presidente da UNE, Lúcia Stumpf, “o projeto visa atender somente os interesses econômicos, artísticos e culturais, que é bom lembrar, já é o setor privado mais beneficiado por leis de incentivo e fomento via benefícios estatais”. Colocando ênfase sobre a limitação dos direitos estudantis quanto a cota de 40%, Stumpf afirmou ser “um direito conquistado já há mais de quatro décadas no país que precisa ser usufruído de forma plena pela juventude”.

Para UNE a cota de 40% é uma forma de impedir o acesso dos estudantes aos espetáculos fazendo uso da meia-entrada, já que em lugares como São Paulo, onde funciona a tal cota, as empresas de espetáculos usam o ardil, no momento em que o estudante vai adquirir o ingresso, avisar que a cota já foi preenchida, mesmo que o estudante seja o segundo na fila a querer comprar o ingresso.

Envolvido também nos desdobramentos do projeto, o ministro da Cultura, Juca Ferreira, afirmou que as cotas não vão diminuir os preços dos ingressos. E, de nossa parte opinante, nem melhorá-los.

PLANO DE OPOSIÇÃO DA UNE

Para tentar reverter a violência-artística-cultural contra os estudantes conduzida pelo projeto, a UNE vai recorrer aos Plenários da Câmara e do Senado na tentativa de que o projeto seja apreciado, e então, conseguir uma possível modificação de seu intento. Além, de que, vai promover em todo país mobilização visando sensibilizar a população para se irmanar a luta pelo direito da meia-entrada de existência de mais de quatro décadas.

Agora, imaginemos se esses espetáculos privados, “gatos podres de esgotos”, fossem de composição sensório/intelectivo elevador do espírito do público. Entretenimento privado no Brasil, ainda é a borra pegajosa da sub-arte da sociedade de consumo.

20 ANOS DE SUS: AÇÃO SOCIALISTA DA SAÚDE PÚBLICA

A Política da Saúde Pública no Brasil, tomada como segmento de direitos de todas as classes – se é que existe essa hierarquia social, quando se sabe que uma sociedade não pode ser dividida dado seus imbricamentos gerais de códigos sociais – só pode ser analisada pelo marco antes de depois da Constituição Cidadã, ou melhor, antes e depois da Implantação do Sistema Único de Saúde – SUS.

A SAÚDE PÚBLICA NO ANTES

Eufemismo. Política de Saúde Pública, antes do SUS, não existia. O Público não era Público. O que havia era uma ordem de atendimento médico, hospitalar as vezes, manifestada por três escalas de discriminação chamada eufemisticamente de Saúde Pública.

  1. Atendimento aos que possuíam condições econômicas para pagar seus diagnósticos e tratamentos. Fator que criou a máxima burguesa, dependendo do lugar do enfermo, “O melhor médico é um avião para São Paulo!”. A consciência cristã da elite ignaramente estúpida. Mesmo quando o “avião” não auxiliava na cura.

  2. Os que em função de suas atividades trabalhistas tinham convênios com algumas empresas de saúde responsáveis pelos atendimentos. Uma forma, embora precária, de discriminação aos que não possuíam essas seguridades.

  3. Os que além de não terem condições econômicas não faziam parte de nenhuma instância de saúde por convênio trabalhista. Em suma: os pobres.

E nessa realidade política/social/médica, muitos tiveram suas vidas, ou cronicamente enferma, ou foram à óbito.

A SAÚDE PÚBLICA NO DEPOIS

Hoje, sendo uma dos Sistema de Saúde mais eficaz do mundo, o SUS mudou a práxis de Saúde no Brasil. Toda a sociedade tem direitos aos seus serviços. Não precisa ser “nobre”, remediado ( que palavra!), ou pobre para ser atendido por seu programa de Saúde. Em uma simples cirurgia de catarata, até um delicada cirurgia de redesignação sexual, passando por uma eficiente e bela dentadura, sem falar nas prevenções contra cáries, obturações e aplicação de flúor, o Sistema Único de Saúde mostra sua abrangência. Sua práxis de atualizar os direitos dos pacientes atinge todas as manifestações que implicam patologias, sejam somáticas ou mentais. Enfermidades coletivas como malária, dengue, hepatite, catapora, Aids, uma mera gripe, tornou-se campo de sua atuação. Esse seu funcional vetor construtor de cidadania.

OS ANTI-SUS

A práxis da Política de Saúde do SUS poderia – e pode – ser mais eficaz, se não houvessem duas disfunções.

O grande desconhecimento da maior parte dos profissionais da saúde quanto a sua força política/sócia/médica. A formação universitária destes profissionais é por demais alheia a realidade do SUS. Grande parte dos estudantes e formandos não conhecem seu programa como abrangência terapêutica de saúde coletiva. Talvez a razão encontre-se na fraca, ou quase nenhuma formação filosófica, política, antropológica e sociológica destes profissionais que quase sempre imaginam uma medicina mercantil.

A ocultação que muitos profissionais médicos fazem aos seus pacientes dos programas do SUS. Evidenciam seus serviços como se fossem privados e não do SUS. Quando em verdade esses profissionais atendem pacientes exclusivamente pelo SUS. Principalmente em clínicas particulares. Um truque capitalista como auto-promoção na medicina de mercado que praticam.

No mais, é só comemorar e trabalhar para melhores políticas de saúde coletiva. Parabéns, SUS, pela socialização da Saúde no Brasil. Apesar do país ser eminentemente capitalista.

*……….::::: CHAGÃO! :::::……….*

Quien quiera entender como funciona el mundo deberá entender el fútbol”.
Roberto Perfumo (ex-jogador argentino).

CHAGÃO PERGUNTA

O ‘Chagão!’ quer saber: No ano em que o Grêmio de Futebol Portoalegrense faturou a Libertadores e foi campeão do mundo (1983), houve uma partida da campanha tricolor que entrou para a história pela truculência e pela ameaça efetiva de morte dos jogadores brasileiros por parte dos argentinos. Tanto que o time azul, preto e branco, que vencia por 3 a 1, deixou o adversário empatar, e ainda comemorou quando um dos seus atacantes fez um gol, foi (erroneamente) anulado pelo árbitro. Você sabe de que partida estamos falando? Resposta: o dia foi 08 de julho de 1983, o local, La Plata, o time, o Estudiantes. A justificativa: a presença do exército inglês em território sul riograndense dias antes da partida, em plena guerra das Malvinas. Ameaças de morte no hotel, cartão amarelo antes mesmo da partida começar pela agressão de um argentino a um brasileiro, e uma sentença: “vencer é morrer”. O Grêmio, que não era otário, nem venceu, nem perdeu. Deixou que os argentinos empatassem, o que não impediu o tricolor de levar o caneco daquele ano.

LINHA DE PASSE

O Peru foi desfiliado da FIFA. A decisão, do perigoso Sepp Blatter, ainda não é definitiva, precisa passar pelo crivo do conselho da entidade, que se reunirá em dezembro. De cá para lá, um prazo curto para que as coisas se ajeitem em território andino. Bem ao estilo da máfia, a FIFA decretou que quer Manuel Burga na presidência da FPF, e dane-se o governo constituído por quase 30 milhões de peruanos. Para entender o caso, um resumo: o governo peruano instituiu uma nova lei de gerenciamento dos esportes, a Lei de Promoção e Desenvolvimento do Esporte, e estipulou o prazo até dezembro de 2005 para que as federações esportivas se adaptassem às novas regras. No tocante aos esportes em geral, a lei privilegiou o esporte profissional. No caso da FPF, deu mais poder aos clubes e ligas profissionais, tirando do então e ainda atual presidente, Manuel Burga, um ano de mandato (teria que organizar eleições antecipadas), além de enfraquecer a sua base política, as ligas e times amadores. Pela nova lei, Burga deveria ter realizado novas eleições em 2006, ano da Copa do Mundo, mas não o fez. Foi suspenso pelo tribunal esportivo nacional de todas as atividades esportivas por 5 anos. Foi quando a FIFA entrou na jogada, alegando que o contrato de adesão assinado pela FPF, em 1924, continha uma cláusula de não-intervenção governamental.

Mais de uma vez, o suíço Josef Blatter afirmou que o força econômica da FIFA era maior que a da ONU, e ele não cora, apesar da brancura do rosto, em se ameaçar a autonomia e a soberania política dos países. Na contramão dessa coragem toda, Blatter fica pianíssimo sempre que precisa brigar com os grandes clubes europeus. Na questão do 6+5, por exemplo, ele preferiu a diplomacia, e foi derrotado. Quando ameaçou desfiliar a Espanha, o mundo riu da possibilidade de uma Champions League sem Real Madrid, Sevilla e Barcelona. A UEFA não hesita em contrariar a FIFA quando a questão é de conflito de interesses. O que não significa que Blatter seja discriminatório com os não-europeus. A FIFA já chegou a desfiliar a Polônia (sede da Euro’12) e a Grécia (à época, atual campeã européia de seleções), mas voltou atrás dias depois, após acordos favoráveis à entidade dona-da-bola. Com o Peru, não deve ser diferente. A Conmebol deu um sinal disso e não se antecipou, mantendo as três vagas dos clubes peruanos para a Libertadores ’09 (a cobertura da imprensa esportiva brasileira reduziu o caso a uma mera expectativa de vagas para clubes brasileiros, alimentada por Internacional e Fluminense). Nada indica que a desfiliação vai prosperar, pois não interessa nem mesmo à FIFA, que poderá ser acusada de dois pesos e duas medidas caso um país mais “forte” futebusinessmente falando tenha de ser submetido à mesma sanção. Mesmo quando brigou com a davídica Bolívia, a Goliática FIFA teve que ceder, e voltou a aceitar partidas na altitude. Mais: o primeiro-ministro da Espanha, José Luis Zapatero, já anunciou que pretende criar um Ministério dos Esportes na Espanha, e remodelar a lei dos esportes do país, que ascendeu como potência poliesportiva nas últimas olimpíadas, e também foi campeão europeu com um vistoso futebol. Se Zapatero intervier na federação espanhola, como agirá Blatter? Embora a decisão seja abertamente agressiva à soberania do país americano, ela mostra, numa análise mais profunda, a ausência do poder do futebol – a democracia do ludopédio – na administração do futebusiness. O futebusiness é o simulacro do futebol, administrado por um homem frustrado pela rebeldia da Leonor, que não se curva senão ao talento e à alegria do homo ludens.

* * *

Falamos aqui numa outra edição desta coluna sobre o lateral-cruzamento do time do Stoke City, enquanto no Brasil, mais precisamente na seleção brasileira sub-20, que disputa o torneio mundial, no Chile, uma lateral “importada” faz o mesmo, e com muito mais estilo. Trata-se da lateral-direita Leah, que nasceu em terras brasileiras, mas foi morar nos EUA ainda nova. Agora estreando no Brasil, ainda sem saber falar direito o português, ela vem chamando a atenção pelo “lateral-cambalhota” que usa para jogar na área a bola, e que já rendeu até gol. Mais bela jogada que o seco e abrutalhado lateral inglês. Confira aqui no blogue “Futepoca” o vídeo com a circense jogada.

CAMPEONATOS AMÉRICA DO SUL

COPA SUDAMERICANA: o Internacional, na partida de ida da finalíssima, contra o Estudiantes, mostrou que tem muitos mais que o adversário: mais time, mais preparo físico, mais opções de ataque, mais variedade de formações, mais poder de recuperação, mais sorte. Enquanto Alex e D’Alessandro deitavam e rolavam de um lado e de outro servindo o atacante Nilmar, os alvirrubros de La Plata dependem única e exclusivamente dos lançamentos mágicos de La Brujita Verón, que não esteve em noite inspirada. Com um penal caído do céu, depois da expulsão do alucinado Guiñazu, o time se deu ao trabalho de se defender e sair nos contra-ataques, da metade do primeiro tempo em diante. E conseguia ser mais perigoso com um jogador à frente do que o Estudiantes, com zil rodeando a área colorada. Uma final onde o Internacional sobrou, mesmo jogando defensivamente e não se espondo. Poderia ter ganho de muito mais, principalmente quando o time platense cansou. Mas, em se tratando de uma competição em ida-e-volta, o time portou-se bem. O Estudiantes, mesmo com esses “a menos” chegou na final, o que o habilita a ser respeitado, ainda que numa noite ruim, em que perdeu uma invencibilidade em casa de 44 partidas. Mas se jogar como jogou hoje, vai tomar baile colorado no Beira-Rio.

TAÇA LIBERTADORES DA AMÉRICA 2009: a Conmebol realizou esta semana o sorteio dos grupos e dos confrontos classificatórios para a fase de grupos do mais importante torneio continental. Embora a querela do Peru ainda não permita saber bem quem serão os três participantes de lá, e alguns campeonatos nacionais classificatórios ainda estarem em andamento (como o Brasileirão), já dá para adiantar alguns confrontos. Contrariando a expectativa dos colorados, a LDU está automaticamente na fase de grupos, o que elimina o “sonho”de disputar a vaga no jogo da Recopa, caso os vermelhos vençam o Estudiantes. O Sport Recife foi sorteado para encarar logo de cara os atuais campeões. O quarto colocado do Brasileirão deve pelejar uma vaga com algum time boliviano, que salvo surpresa, não representa perigo. Já o River Plate terá de encarar o Nacional de Montevidéu, o que deixou os charruas chateados, já que el Loco Abreu, do lado dos millonarios, vai encarar seu ex-time. No grupo 4, campeão brasileiro (o São Paulo), vai enfrentar o Defensor Sporting, campeão uruguaio da temporada passada. E ainda pode encarar o ascendente Peñarol, também do Uruguai. Abaixo, a formação, com os confrontos preliminares e os grupos.

Fase Preliminar:

  • Jogo 1: Colômbia 3 x Peñarol (URU)

  • Jogo 2: Vaga 3* x Argentina 5

  • Jogo 3: Equador 4 x Paraguai 3

  • Jogo 4: Deportivo Anzoategui (VEN) x Equador 3

  • Jogo 5: Brasil 5 x Bolívia 3

  • Jogo 6: Universidad de Chile – México 3

Grupo 1

LDU (EQU)

Sport Recife

Chile 2

Vencedor do Jogo 5

Grupo 2

Argentina 3

Paraguai 2

Deportivo Táchira (VEN)

Vencedor do Jogo 4

Grupo 3

River Plate (ARG)

Nacional (URU)

Vaga 2*

Vencedor do Jogo 3

Grupo 4

Brasil 1

Defensor Sporting(URU)

Colômbia 2

Vencedor do Jogo 1

Grupo 5

Brasil 3

Universidad de Sucre (BOL)

Equador 2

Vencedor do Jogo 2

Grupo 6

Lanús (ARG)

Everton (CHI)

Caracas (VEN)

México 2

Grupo 7

Brasil 2

Aurora (BOL)

Boyacá Chicó (COL)

Vencedor do Jogo 6

Grupo 8

Argentina 4

Libertad (PAR)

Vaga 1*

San Luis Potosí (MEX)

CAMPEONATOS EUROPEUS

Champions League 08/09: seis times classificados nesta penúltima rodada da fase de grupos. Os grupos E, F, G e H já tem definidos seus dois representantes enviados às oitavas-de-final. No frio de -2oC, com um futebol igualmente frio, o Madri se garantiu com gol solitário de Raul. Já o Barcelona se manteve na rotina das goleadas e enfiou 5 a 2 no Sporting Lisboa. Já a Roma se recuperou e venceu o Cluj fora de casa, lidera o grupo, e depende de um empate com o Bordeaux na próxima rodada para se garantir. Enquanto os gialorrossi se davam bem fora, a Internazionale perdia para o Panathinaikos em casa, e perde a chance de se classificar com antecipação. Classificados para as oitavas em verde, e para a Copa UEFA, em destaque, nos resultados:

Grupo A:

Roma – 9

Chelsea – 8

Bordeaux – 7

CFR Cluj – 4

Chelsea 4 – 0 Bordeaux

Roma 1 – 2 CFR Cluj

Bordeaux 1 – 3 Roma

CFR Cluj 0 – 0 Chelsea

Bordeaux 1 – 0 CFR Cluj

Chelsea 1 – 0 Roma

CFR Cluj 1 – 2 Bordeaux

Roma 3 – 1 Chelsea

Bordeaux 1 – 1 Chelsea

CFR Cluj 1 – 3 Roma

* * *

Grupo B:

Internazionalle – 8

Panathinaikos – 7

Anorthosis – 6

Werder Bremen – 4

Panathinaikos 0 – 2 Inter

Werder Bremen 0 – 0 Anorthosis

Anorthosis 3 – 1 Panathinaikos

Inter 1 – 1 Werder Bremen

Inter 1 – 0 Anorthosis

Panathinaikos 2 – 2 Werder Bremen

Anorthosis 3 – 3 Inter

Werder Bremen 0 – 3 Panathinaikos

Anorthosis 2 – 2 Werder Bremen

Inter 0 – 1 Panathinaikos

* * *

Grupo C:

Barcelona – 13

Sporting Lisboa – 9

Shakhtar Donetsk – 6

FC Basel – 1

Barcelona 3 – 1 Sporting

Basel 1 – 2 Shakhtar

Shakhtar 1 – 2 Barcelona

Sporting 2 – 0 Basel

Basel 0 – 5 Barcelona

Shakhtar 0 – 1 Sporting

Barcelona 1 – 1 Basel

Sporting 1 – 0 Shakhtar

Shakhtar 5 – 0 Basel

Sporting 2 – 5 Barcelona

* * *

Grupo D:

Atlético Madrid – 11

Liverpool – 11

Olympique Marseille – 3

PSV Eindhoven – 3

Marseille 1 – 2 Liverpool

PSV 0 – 3 Atleti

Atleti 2 – 1 Marseille

Liverpool 3 – 1 Liverpool

Atleti 1 – 1 Liverpool

PSV 2 – 0 Marseille

Liverpool 1 – 1 Atleti

Marseille 3 – 0 PSV

Atleti 2 – 1 PSV

Liverpool 1 – 0 Marseille

* * *

Grupo E:

Manchester United – 9

Villareal – 9

FC Aalborg – 5

Celtic – 2

Celtic 0 – 0 Aalborg

Manchester United 0 – 0 Villareal

Aalborg 0 – 3 Manchester United

Villareal 1 – 0 Celtic

Manchester 3 – 0 Celtic

Villareal 6 – 3 Aalborg

Aalborg 2 – 2 Villareal

Celtic 1 – 1 Manchester

* * *

Grupo F:

Bayern Munique – 11

Olympique Lyonnais – 11

Fiorentina – 3

Steaua Bucareste – 1

Lyon 2 – 2 Fiorentina

Steaua 0 – 1 Bayern

Bayern 1 – 1 Lyon

Fiorentina 0 – 0 Steaua

Bayern 3 – 0 Fiorentina

Steaua 3 – 5 Lyon

Fiorentina 1 – 1 Bayern

Lyon 2 – 0 Steaua

Bayern 3 – 0 Steaua

Fiorentina 1 – 2 Lyon

* * *

Grupo G:

Arsenal – 11

FC Porto – 9

Dínamo Kiev – 5

Fenerbahce – 2

Dínamo 1 – 1 Arsenal

Porto 3 – 1 Fenerbahce

Arsenal 4 – 0 Porto

Fenerbahce 0 – 0 Dínamo

Porto 0 – 1 Dínamo

Fenerbahce 2 – 5 Arsenal

Arsenal 0 – 0 Fenerbahce

Dínamo 1 – 2 Porto

Arsenal 1 – 0 Dínamo

Fenerbahce 1 – 2 FC Porto

* * *

Grupo H:

Juventus – 11

Real Madrid – 9

FC Zenit – 5

BATE Borisov – 2

Juventus 1 – 0 Zenit

Real Madrid 2 – 0 BATE

Zenit 1 – 2 Real Madrid

BATE 2 – 2 Juventus

Zenit 1 – 1 BATE

Juventus 2 – 1 Real Madrid

Real Madrid 0 – 2 Juventus

BATE 0 – 2 Zenit

Zenit 0 – 0 Juventus

BATE 0 – 1 Real Madrid

O PEDÓFILO NÃO AMA!

Sem pseudo moralismo, inclusive encontrado em alguns membros da CPI de combate a exploração sexual de crianças e adolescentes, pode-se afirmar que o pedófilo não ama a criança. A pedofilia é uma perversão produzida pelo desvio bio-sexual/cognitivo/afetivo e cultural de seu agente que o impossibilita de compor prazer e relações concretas com adultos. Sua vida genital foi desviada de seu fim natural: a satisfação sexual orgástica. Seu ato de abusar de crianças é apenas um sintoma de sua patologia-desviante. Não tem orgasmo. É impulsionado por fantasias perversas de retaliações. Quando homem, tem pavor da genitália feminina/adulta. Quando mulher, tem pavor da genitália masculina/adulta. Psiquiatricamente, há muito de elementos de incesto e culpa paranóica.

Nada carrega de amor como potência de criação coletiva que faz com que homens e mulheres atuem em suas comunidades como sujeitos criadores de laços cognitivo e afetivos que aumentam a potência de agir ontologicamente. Entretanto, infelizmente, em nossa sociedade não é só o pedófilo que se encontra impossibilitado de amar. Existem outras formas de existências que perversamente não amam. Nesse campo de investimento psicopatológico encontram-se muitos profissionais do legislativo e executivo, onde a demonstrabilidade é encontrada em suas disposições em causar sofrimentos em crianças e adolescentes pela recusa de uma política voltada aos seus direitos, e que só é manifestada no protocolo técnico-burocrático. Esse é muito perigoso, pois circula impunemente, e muitas vezes com aplausos, no meio social com a maior “evidência” de normalidade.

PEDOFILIA TEM NOVA LEI

Com a intenção de combater com maior rigor a prática, ou a tentativa, da pedofilia no Brasil, o presidente Lula sancionou ontem, na abertura do 3 Congresso Mundial para Enfrentamento da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes no estado do Rio de Janeiro, a Lei Número 11.829, criada pela CPI da Pedofilia, que torna mais severa a pena contra esse crime hediondo, alterando desta forma a legislação anterior do Estatuto da Criança e do Adolescente.

Já publicada a partir de hoje no Diário Oficial, a Lei apresenta as penas que variam de 1 a 8 anos de prisão de acordo com a situação do crime.

SITUAÇÕES:

  • Armazenamento de fotos.

  • Financiamentos de produções.

  • Aliciamento de crianças e adolescentes pela internet.

COMEMORAÇÃO DOS 100 ANOS DE UMBANDA — AMIGOS UMBANDISTAS DO ESTADO DO AMAZONAS

Umbanda 100 Anos 01 por você.

Clique nas imagens para ampliá-las.

Essa festa ocorreu no dia 15 de novembro de 2008, o dia em que se comemora por todo o Brasil os 100 anos da fundação da Umbanda, a religião de matiz africana genuinamente brasileira. A festa foi organizada por Pai André de Ogum no terreiro de Mãe Neura, que fica no Núcleo 14 da Cidade Nova, Zona Norte de Manaus, e contou com a participação de vários zeladores, pais de anto, yalorixás, filhos de anto, numa comunhão que culminou com a fundação de um movimento denominado de Amigos Umbandistas do Estado do Amazonas.

Umbanda 100 Anos 02 por você.

Pai Luiz, Mãe Neura e Pai André

Este bloguinho, que também esteve presente, traz imagens e falas de umbandistas presentes na histórica festa, a começar pelo seu organizador, o afetuoso e sapiente Pai André de Ogum:

A gente está organizando o movimento dos Amigos Umbandistas do Estado do Amazonas. Começamos este movimento hoje, no dia em que a gente comemora o centenário da Umbanda. No dia 15 de novembro de 1908, em São Gonçalo, no Rio de Janeiro, a Umbanda foi fundada pelo caboco Sete Encruzilhadas. É uma religião genuinamente brasileira. Foi então aberta a tenda Nossa Senhora da Caridade, pelo médium Zélio Fernandino de Moraes, e depois propagou-se muito rápido. Depois de 55 anos de fundada a religião, já havia sido fundadas 10 mil tendas pelo Brasil inteiro. Em Manaus, hoje, há uma mistura nos terreieos, de Umbanda, Candomblé, houve uma vez que eu ouvi falar que aqui tinham mais de 2 mil terreiros de Umbanda.

Umbanda 100 Anos 03 por você.

A gente quer, com esse movimento, uma forma de reunir, de unir, de confraternizar, de falar mais sobre a religião. Tem alguns de nossos irmãos que não têm conhecimento da fundação, das origens da Umbanda. Então, é uma forma de passar mais esses conhecimentos e de marcar esse dia. Nós pretendemos agora todos os dias 15 de novembro fazer uma comemoração. A princípio nós somos um grupo de 18 zeladores de santo, de Umbanda, na cidade de Manaus. Queremos, sim, alcançar todo o nosso universo amazônico, mas isso é uma conquista que ainda vamos ter. Hoje a nossa maior dificuldade é o misticismo que as pessoas fazem da religião: que é um culto do demônio, vêem os umbandistas como feiticeiros, etc. A nossa realidade não é essa. Nós temos a nossa religião para dar orientação espiritual, para engrandecer a pessoa espiritualmente e destinar ela para o nosso Oxalá, para o nosso orixá maior, que é o nosso Deus.

Umbanda 100 Anos 13 por você.

A importância que a Umbanda tem para nós que somos umbandistas, para os filhos que freqüentam as nossas casas é a de ter um desenvolvimento espiritual que, às vezes, não encontram dentro da Igreja Evangélica, não encontram dentro da Igreja Católica. Algumas dessas pessoas encontram evolução espiritual dentro da casa de Umbanda. A importância maior é direcionar essas pessoas pelo caminho que leva ao Nosso Senhor. Ainda há muitos preconceitos, tanto umbandistas quanto candomblecistas são taxados de macumbeiros, feiticeiros, mas também o Candomblé tem ganhado muito espaço, a Umbanda tá buscando também os seu espaço. Eu acho que hoje, esse evento de hoje é um marco, é uma sementinha que a gente tá plantando pra ela crescer cada vez mais e buscar o seu espaço de verdade. Hoje no Rio de Janeiro está em festa, São Paulo está em festa, em Brasília tá tendo festa, em Curitiba tá tendo festa pelo centenário de fundação da Umbanda…

Umbanda 100 Anos 05 por você.

Para o chamado grande público, a Umbanda permanece misteriosa, mas o que se sabe, como se sabe de todas as manifestações dos negros todas as manifestações populares , é que sempre houve muitas perseguições da cultura que sempre se achou (se acha?) superior — o branco, europeu, masculino, heterossexual —, por isso as religiões afro sofreram até mesmo com as investidas policiais, e antes dos nobres senhores e capitães do mato. Quem fala, trazendo a força da história que sobreviveu por baixo da Historiografia, é Pai Luiz Queiroz de Ogum com Oxóssi e Oxum com Oxumaré:

Umbanda 100 Anos 10 por você.

A Umbanda é o trono de tudo. tudo começou na Umbanda, na época dos negros, dos escravos. Eles trabalhavam embaixo de uma árvore. Essa árvore se chamava macumbeira. Eles, com medo dos patrões, barões, eles se reuniam debaixo da macumbeira. Lá eles faziam os rituais, pros pretos velhos, e trabalhavam na cura. A Umbanda foi o nascimento de tudo. Depois foi aparecendo, com as descobertas, as pesquisas, os ensinamentos, os áfricos, aí foi aparecendo o pessoal das nações – Ketu, Angola, Candomblé. Na minha época, 50 anos atrás, que eu sou de 61, Candomblé era pé de dança, lá no Rio de Janeiro. Se catuava assim: “Vamos pro Candomblé”, aí desciam os cabocos cruzados com Oxóssi e Jurema, pra dançar o Candomblé. “Ai que Candomblé!” Aquele Candomblé bonito, então virou nação. Virou nação e foi crescendo, e hoje nós temos Ketu, Angola, da Umbanda saíram as sete linhas da Umbanda – Branca, Umolocô, a Umbanda Cruzada, Umbanda Jêju, Mina Jêju, Mina Vodum, Mina Vodunfã, Mina Nagô. Foram várias nações que foram nascendo através da nossa amada e querida Umbanda.

Umbanda 100 Anos 08 por você.

Entre os diversos presentes, ouvimos Pai Rogério Navê Oroalin com Badé, que na Umbanda seria Oxum com Xangô, que mostra em sua fala a riqueza e diversidade no culto da Umbanda:

Eu participo de um culto afro que pega muito a parte da Umbanda, onde eu me iniciei e tudo, que se chama Mina Jêju, que é cultuado no Maranhão, na minha casa eu cultuo Umbanda, encantados de Umbanda, com preto-velho, com exus, com crianças. A gente passa por fundamentos, obrigações, tem uma disciplina organizada, têm rituais secretos de iniciação, de complementos espirituais…

Umbanda 100 Anos 12 por você.

Finalmente trazemos a bem humorada e acolhedora dona do terreiro, Mãe Neura do Seu Sete Encruzilhadas, que chegou alegre e que deixou em suas vertiginosas falas as lutas da Umbanda, a sua beleza e a sua autenticidade enquanto crença religiosa. Ela, que veio do Rio de Janeiro, onde a Umbanda começou em sua fundação oficial, e demonstra as linhas que a Umbanda seguiu por estas paragens, consolidando-se por toda parte, assim como no Amazonas:

Umbanda 100 Anos 04 por você.

Eu sou a Mãe Neura, a louca do 14, o pessoal me chama assim, porque tem sempre um tempo em que a gente faz um giro, faz aquela caminhada, principalmente na época do afoxé. Na Bahia eles fazem o afoxé, aqui a gente não faz, estão tentando pra fazer agora ano que vem, e eu faço a caminhada, na sexta-feira do carnaval a gente faz aquela caminhada, e o exu vai, eu vou até o cemitério, dali eu volto, termino a gira em casa, isso tudo de dia, e depois a gente brinca o carnaval, aquela coisa toda, e eu aprendi com a minha mãe que a gente faz o prêmio, pra pedir proteção, e na quarta-feira de cinza as pessoas vem no barracão devolver pra queimar, tem todo um significado aí. Aí eles diziam que eu fazia procissão pra exu. Como também, a nossa parte de exu, o nosso trabalhador, a cada 3 meses a gente caminha com ele na estrada pra pedir progresso, prosperidade, cliente, luz, força, tudo. A gente corre em sete encruzilhadas, e leva as oferendas e vai colocando. Eu não me importo que tenha igreja Batista, Adventista, Universal, Assembléia, eu faço a minha religião, pra mim é a minha religião e acabou-se. Era procissão de exu também. Eu nunca me importei; quando eu passo eu sei que passo, foi para o bem eu estou junto. E por isso eles me chamam de “louca do 14, que faz procissão de exu”. Eu não tenho culpa; se eu tenho médium preparado, eu vou sair sozinha por quê? Eu tenho uma opinião que é o seguinte: se eu estiver bem, meus filhos vão estar, e o que eu puder fazer pelos meus filhos eu faço. Religião nenhuma dá riqueza a ninguém, ela dá força, saúde e caminhos abertos, desde que você faça por onde merecer. Que Deus diz, tá lido porque tá escrito: “Faz por ti, que eu te ajudarei.” Na nossa religião a gente faz pelos médiuns pra poder ser ajudado. Eu não posso ir no médico e o médico passar um remédio e o remédio ficar em cima da mesa, a gente deixar lá e ficar bom. Aí, mano, tá difícil milagre.

Umbanda 100 Anos 07 por você.

Na Umbanda, eu comecei em 70. Fui do Alan Kardec dos sete aos dezesseis, depois passei pra Umbanda, fiquei 12 anos no terreiro da minha mãe, no Rio de Janeiro, Terreiro de Umbanda Rei do Congo e Caboco Sete Lagoas. Benedita Anjo, que a yalorixá, continua trabalhando, com quase 90 anos. Vim pra cá em 82, mas fui primeiro para a Praça 14, na casa da minha mãe, na Dr. Machado, esquina com a Visconde, onde é uma locadora de carro hoje. Em 85 eu vim pra cá pra Cidade Nova, porque já tinha muita gente e lá era muito pequeno. Meu pai hoje é James Rios, James do Ogum. Eu tive que passar pro Candomblé não por vaidade, mas sim por necessidade, porque na casa da gente chega gente de todas as nações. Aí tu imagina a gente ter um filho bom, ma a nação dele é Ketu? Aí você não vai dar a ele o que ele precisa porque você só está na Umbanda. A minha vida é Umbanda, eu gosto dos cabocos, eu gosto dos pretos-velhos, dos exus, das rezas, das danças. O Candomblé pra mim foi um complemento, estou satisfeita também; mas eu acho assim, se você é burro velho não vai aprender uma nação como alguém que fala português e de repente vai falar inglês em uma semana. Mas a hora que eu preciso tem meu pai, tem meu irmão, Rafael de Oyá, que toca o Candomblé.

Umbanda 100 Anos 06 por você.

A Umbanda foi tudo pra mim, e é tudo; a gente quando passa de uma nação pra outra, se a gente não tiver estrutura a gente vacila muito, é como se você falasse uma língua diferente, porque espíritos pra mim todos são iguais, não existe diferença, o que muda é modo como você prepara. Eu tive uma experiência no Gêge não muito boa, com um pai de santo, que só não me derrubou mesmo porque abaixo de Deus os orixás, que graças a Deus me retiraram. As pessoas que viviam em minha casa presenciaram muita coisa desse pai de santo, que queria que eu desse a minha casa pra ele, eu perdi mais de cem filhos de santo. Eu passei uma dificuldade muito grande. Eu me vi só. Então, eu tenho uma filha de santo que é de Obá, Maria das Graças dos Anjos, ela e Ana de Oxum foi que me deram uma luz. disseram: “Você não vai cair. Um dia você deu a mão pra gente e hoje nós vamos lhe dar a mão.” Então elas me fizeram conhecer o seu Luiz, que é de Umbanda Umolocô. Seu Luiz pra mim é tudo, abaixo de Deus foi ele que me deu a mão. Depois que eu já tinha sarado, saído da enfermaria, ido pra casa me recuperar, aí eu conheci Rafael de Oyá e comecei a ter intimidade com Pai James de Ogum, e é ele que vai fazer minha obrigação de 14. Eu vou abrir a minha porta pra Manaus toda, porque o pessoal não me ver de orixá, me ver de preto-velho e exu, sou conhecida como a Neura de Seu Sete Encruzilhadas, mas eu vou fazer minha obrigação de Ketu, porque eu preciso, muitas pessoas da minha casa são de nação e eu preciso. Mas foi a Umbanda que me deu a mão, quem me suspendeu e me levantou. Ela foi meu início e foi o meu meio, não sei se será o meu fim, mas graças a Deus eu tenho só boas recordações da Umbanda. Pra mim foi uma surpresa [a comemoração dos 100 anos de Umbanda], porque não tinha muita intimidade com ele [Pai André de Ogum]. Eu conheço muita gente de nome, eu não vou não casa de ninguém, porque não tenho tempo. Eu fiquei feliz, principalmente agora que nós fomos alforriados, que nós deixamos de ser seita e somos uma religião. Quer queira quer não, a pessoa tem de respeitar, e eu faço valer isso, eu não tenho vergonha de dizer que eu sou umbandista, que eu sou espiritualista. Se eu tiver que sair de baiana na rua eu vou sair, e que fale mal de mim que eu vou ganhar é dinheiro, largo processo mesmo. É muito bom essa comemoração pra ver se o pessoal se junta mais, espero que a cada ano a gente comemore mais.

Umbanda 100 Anos 11 por você.

Na Umbanda, eu comecei em 70. Fui do Alan Kardec dos sete aos dezesseis, depois passei pra Umbanda, fiquei 12 anos no terreiro da minha mãe, no Rio de Janeiro, Terreiro de Umbanda Rei do Congo e Caboco Sete Lagoas. Benedita Anjo, que a yalorixá, continua trabalhando, com quase 90 anos. Vim pra cá em 82, mas fui primeiro para a Praça 14, na casa da minha mãe, na Dr. Machado, esquina com a Visconde, onde é uma locadora de carro hoje. Em 85 eu vim pra cá pra Cidade Nova, porque já tinha muita gente e lá era muito pequeno. Meu pai hoje é James Rios, James do Ogum. Eu tive que passar pro Candomblé não por vaidade, mas sim por necessidade, porque na casa da gente chega gente de todas as nações. Aí tu imagina a gente ter um filho bom, ma a nação dele é Ketu? Aí você não vai dar a ele o que ele precisa porque você só está na Umbanda. A minha vida é Umbanda, eu gosto dos cabocos, eu gosto dos pretos-velhos, dos exus, das rezas, das danças. O Candomblé pra mim foi um complemento, estou satisfeita também; mas eu acho assim, se você é burro velho não vai aprender uma nação como alguém que fala português e de repente vai falar inglês em uma semana. Mas a hora que eu preciso tem meu pai, tem meu irmão, Rafael de Oyá, que toca o Candomblé. A Umbanda foi tudo pra mim, e é tudo; a gente quando passa de uma nação pra outra, se a gente não tiver estrutura a gente vacila muito, é como se você falasse uma língua diferente, porque espíritos pra mim todos são iguais, não existe diferença, o que muda é modo como você prepara. Eu tive uma experiência no Gêge não muito boa, com um pai de santo, que só não me derrubou mesmo porque abaixo de Deus os orixás, que graças a Deus me retiraram. As pessoas que viviam em minha casa presenciaram muita coisa desse pai de santo, que queria que eu desse a minha casa pra ele, eu perdi mais de cem filhos de santo. Eu passei uma dificuldade muito grande. Eu me vi só. Então, eu tenho uma filha de santo que é de Obá, Maria das Graças dos Anjos, ela e Ana de Oxum foi que me deram uma luz. disseram: “Você não vai cair. Um dia você deu a mão pra gente e hoje nós vamos lhe dar a mão.” Então elas me fizeram conhecer o seu Luiz, que é de Umbanda Umolocô. Seu Luiz pra mim é tudo, abaixo de Deus foi ele que me deu a mão. Depois que eu já tinha sarado, saído da enfermaria, ido pra casa me recuperar, aí eu conheci Rafael de Oyá e comecei a ter intimidade com Pai James de Ogum, e é ele que vai fazer minha obrigação de 14. Eu vou abrir a minha porta pra Manaus toda, porque o pessoal não me ver de orixá, me ver de preto-velho e exu, sou conhecida como a Neura de Seu Sete Encruzilhadas, mas eu vou fazer minha obrigação de Ketu, porque eu preciso, muitas pessoas da minha casa são de nação e eu preciso. Mas foi a Umbanda que me deu a mão, quem me suspendeu e me levantou. Ela foi meu início e foi o meu meio, não sei se será o meu fim, mas graças a Deus eu tenho só boas recordações da Umbanda.

Umbanda 100 Anos 14 por você.

Pra mim foi uma surpresa [a comemoração dos 100 anos de Umbanda], porque não tinha muita intimidade com ele [Pai André de Ogum]. Eu conheço muita gente de nome, eu não vou não casa de ninguém, porque não tenho tempo. Eu fiquei feliz, principalmente agora que nós fomos alforriados, que nós deixamos de ser seita e somos uma religião. Quer queira quer não, a pessoa tem de respeitar, e eu faço valer isso, eu não tenho vergonha de dizer que eu sou umbandista, que eu sou espiritualista. Se eu tiver que sair de baiana na rua eu vou sair, e que fale mal de mim que eu vou ganhar é dinheiro, largo processo mesmo. É muito bom essa comemoração pra ver se o pessoal se junta mais, espero que a cada ano a gente comemore mais.

Umbanda 100 Anos 09 por você.

A DEMOCRACIA REFLETIDA PELO ENEM

A democracia é um plano de imanência que segrega fluxos produtivos de relações sociais manifestados como crescimento cognitivo e afetivo de uma sociedade. Daí porque ser chamada de sociedade dos amigos. A sociedade tecida pelas pluraridades (do grego, pletos) das diferenças dos indivíduos como construtores de atos éticos e intelectuais.

Por sua vez, a escola como vetor-movente da sociedade democrática é um continuo devir de liberdade materializada nas novas percepções e ampliação dos entendimentos dos educandos de acordo com as exigências da objetividade social, pelas quais o educando transita. O que lhe coloca como sujeito da construção de uma realidade elevadora de seu ser social. Ou seja, a escola é um território onde movimentam-se signos desterritorializantes produtores da crítica social. É o topos onde o educando apanha a realidade que o envolve, analisa seus entrelaçamentos internos, e tenta, suavemente, criar uma realidade satisfatória à todos.

Em suma: não há como prescindir democracia de escola. Se a escola se fundamenta pela crítica, a democracia se mostra como real. Se a escola é uma mera representação simulante do saber, a democracia é fantasmagórica.

A TAUTOLOGIA DOS ENEM’S

Extraindo das proposições acima, o Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM – assim como outras formas de avaliações escolares, incluindo também o ensino universitário, não passa de uma repetição do já visto na prática social: a democracia que vigora em uma sociedade cuja política escolar fracassou como atributo da crítica social. As formas de relações sociais perpetradas nas indiferenças profissionais, visibilizam, sem constrangimento, esse fracasso político-social. Entretanto, entre essas formas, há uma que é mais visível e dolorosa, dado sua força de constrangimento social: a incrível soma de candidatos reacionários, em tempo de eleição, que são eleitos. No caso do Amazonas, em que a direita tem sido a proprietária dos poderes legislativo e executivo, contando só do pós ditadura – antes também era – 25 anos, é patética essa situação expressada como fracasso da escola. Assim como a maior parte dos eleitores passou pelas escolas, seja do ensino fundamental, médio e universitário, as eleições destes candidatos anti-democráticos só confirma por antecipação o resultado da avaliação do ENEM. Existisse uma escola/democrática, território do exercício da suspeita e da crítica, nada disso seria possível. A experiência do aprender, como graduadora da percepção e da compreensão, permitiria o aparecimento do desejo de produzir novos significados sociais, como essência produtiva da democracia. Realidade impossível para o florescimento destes “políticos” reacionário.

Triste espetáculo tirânico que se reconhece os ardis do plano de anular a potência escolar para se continuar assentado no trono governamental. Daí que não tem mistério para o Amazonas, o resultado do ENEM: Amazonas o último lugar.

TRANSPORTE COLETIVO AGONIZA E REVELA O VERDADEIRO PREFEITO DE MANAUS

A briga pelo aumento na tarifa do transporte coletivo urbano de Manaus tem, neste final de ano, diversos campos de batalha: de rodoviários até o empresário, dono da Eucatur/Transmanaus, passando pelo prefeito que ora sai, e principalmente pelo que ora entra, travestido de novo. Mas somente uma vítima: a economia da cidade e o transeunte-cidadão.

Num campo da briga de interesses, o presidente do SINETRAM e do consórcio Transmanaus, Acyr Gurgacz, que pretende impedir que os estudantes utilizem a meia-passagem nas férias, alegando que quase 50% da população usuária do TCU (transporte coletivo urbano) paga meia-passagem em Manaus, e ainda contando com a anuência do atual prefeito, Serafim, que ratificou o argumento do empresário e ainda afirmou que esta é uma questão que não diz respeito ao poder Executivo.

De outro/mesmo lado, ônibus parando pela cidade por falta de combustível, e frota reduzida em 80% nos finais de semana, já a algum tempo. Sintomas recentes de uma antiga tática: penalizar o usuário, penalizar o funcionário, conforme este Bloguinho acompanhou, quando fez uma pesquisa entre os funcionários destas empresas.

De um outro/mesmo lado, conta-se com a omissão do atual prefeito, Serafim, e com o providencial silêncio do prefeito eleito, Amazonino, que não deseja “herdar” o problema.

Ainda, o sindicato dos rodoviários, que protesta com razão, mas sem usar a mesma, planejando uma greve que atende menos aos interesses da categoria que os do empresário, já que o presidente desistiu de fazer o protesto pela via econômica (circular com catraca livre), e optou pelo tradicional enclausuramento dos veículos nas garagens, a partir do dia 1o de dezembro, prejudicando a população, jogando a “batata quente” para a prefeitura e não prejudicando em nenhum momento o empresário. Josildo Oliveira, presidente do sindicato, teria afirmado à imprensa que é pago para defender os direitos dos rodoviários, não da cidade.

UM ANO (DESTE CAPÍTULO) DA NOVELA…

Os atuais acontecimentos no TCU de Manaus envolvem uma trama que antecede a eleição municipal em um ano. O prefeito Serafim foi eleito em 2004, e uma de suas bandeiras de campanha era a resolução dos problemas do transporte, sobretudo o malfadado Expresso, não terminado pelo atual ministro e então prefeito Alfredo Nascimento, do mesmo grupo de Amazonino.

Serafim herdou um sistema de transporte inoperante, caro e sucateado, e que no entanto pagava embutida na tarifa, segundo a CPI do Transporte, presidida pelo então vereador Francisco Praciano, 0,22 centavos a mais por passagem individual paga durante oito anos. No início do mandato de Serafim, Praciano tentou emplacar uma fiscalização mais rigorosa por parte da prefeitura e da CMM, inclusive tomando para o IMTU a responsabilidade de gerir o sistema de bilhetagem eletrônica. Serafim vetou o projeto de lei.

Serafim continuou mostrando que fazia uma administração sem diferenças com seus antecessores. No episódio que ficou conhecido como “os baderneiros”, Serafim impediu, via vereadores da sua base, a instalação de uma CPI que visava investigar os acontecimentos ocorridos no centro da cidade.

Depois disso, a malfadada e ainda investigada pelo MPE licitação da concessão do transporte coletivo, que consagrou a única participante, a Transmanaus (Eucatur/Transmanaus), de Acyr Gurgacz. Gurgacz, impossibilitado de participar da licitação com a Eucatur, tratou de providenciar um novo CNPJ e um nome de fantasia, “Consórcio Transmanaus”, que juntava sob sua administração as mesmas empresas que já exploravam o TCU manoniquim. Venceu, e a prefeitura trocou seis por meia-dúzia.

Daí, o episódio do contrato verbal entre Serafim, Gurgacz e o sindicato dos rodoviários, garantindo o congelamento da tarifa por um ano em troca da concessão, “coincidentemente” um ano antes das eleições. E o já anedótico episódio dos “500 Ônibus Novos. Eu Sou Um Deles”, que até hoje não chegaram, já que efetivamente não existe transporte coletivo urbano em Manaus no plano do controle municipal e da efetividade do serviço, ainda que houvessem, numericamente, 5000 ônibus.

No meio desta história toda, ainda houve o episódio do Vírus IMTU/SINETRAM, que o leitor intempestivo acompanhou neste bloguinho.

Um ano depois, nem mais, nem menos, Gurgacz vem cobrar a fatura do contrato de gaveta com a prefeitura de Serafim, que terá de cumprir a sua parte, mesmo que não tenha conseguido nas urnas o que pretendia quando o formulou.

NO QUESITO TRANSPORTE, O “PREFEITO” SEMPRE FOI ELE: ACYR GURGACZ

O homem dos mais de 200 processos judiciais, o homem que pretende assumir mesmo assim a vaga de suplente do senador rondoniense cassado, Expedito Junior (PR-RO), o homem que foi preso na Operação Articulados (que envolveu os 500 ônibus), da PF, e é acusado de crimes ambientais, estelionato, falsidade ideológica, uso de documento falso, é processado por danos materiais e morais no Amazonas, Pará e Rondônia, já tendo sido condenado a quatro anos e três meses de prisão. Este é Acyr Gurgacz, dono da Eucatur, da Transmanaus, e personagem envolvido no TCU de Manaus desde os tempos do ex-e-agora-de-novo prefeito, Amazonino Mendes.

A Eucatur surgiu em 1964, fundada pelo pai de Acyr, Assis Gurgacz (também preso na Operação Articulados), e cresceu vertiginosamente na região Norte durante a época da ditadura. Em Manaus, a EUCATUR chegou ainda como União Cascavel, e em 1991 inaugurou sua primeira garagem, localizada na Cidade Nova. Um ano antes, Amazonino saía do governo para o senado, ficando lá até 1992, quando foi eleito prefeito da cidade.

De lá pra cá, a União Cascavel/Eucatur, passou pelas administrações de Arthur Neto (1989 a 1992), Amazonino (1993-1994), Eduardo Braga (1994-1997), Alfredo Nascimento (1998-2004), Carijó (prefeito-tampão, 2004), Serafim Corrêa (2005-2008), e muito provavelmente, Amazonino de novo.

Em todos estes mandatos, a Cascavel/Eucatur, em parceria com outros empresários de transporte coletivo, sempre geriu o sistema sem nenhum tipo de inconveniência ou pressão governamental. Fato é que tudo é gerido pelo SINETRAM, que tem atribuições de órgão público, como a emissão de carteiras estudantis, passe-estudantil (quando existia) e cadastro dos estudantes, enquanto o IMTU, que era EMTU, se reduzia a cuidar da organização (?) das vias públicas.

Evidentemente, não se trata de Acyr Gurgacz enquanto indivíduo, mas o seu envolvimento com uma subjetividade anti-democrática, aliado a pessoas que utilizam o poder público municipal/estadual no Amazonas e em grande parte do Brasil para realizar interesses escusos. É esta subjetividade de apropriação dos mecanismos governamentais por parte de pessoas sequeladas, carregadoras da frustração do existir, da dor e do ressentimento, que é necessário enfraquecer.

EMPURRA-EMPURRA DO AUMENTO: A CORDA ARREBENTA NO BOLSO DO CIDADÃO

Enquanto o prefeito Serafim faz de conta que não é com ele, e o futuro prefeito Amazonino aproveita para silenciar, mas torce e pressiona para que o aumento seja dado na administração do rival/igual, só há uma certeza para o transeunte/cidadão. Quem vai pagar a conta de toda esta novela, somos nós.

TEATRO-NEGRITUDE ENGAJADOS – A ARENA CONTA – E CANTA- ZUMBI!

Aproveitando os embalos étnicos-culturais da Consciência Negra, na última quinta-feira, este Bloguinho Intempestivo, após se movimentar pela alegria de Abdias do Nascimento, traz para os leitores-ouvintes intempestivos o símile eletrônico do disco “Arena Conta Zumbi”, vetor teatralizante dos itinerantes Augusto Boal e Gianfrancesco Guarnieri.

O TEATRO DE ARENA DE BOAL, GUARNIERI E OS OPRIMIDOS DO MUNDO

O “Arena Conta Zumbi” é uma produção do Teatro de Arena, que foi fundado em 1953, a partir de experimentações com o teatro de arena (no qual a platéia “envolve” o palco, e os atores têm que desenvolver uma dinâmica cênica diferente, sem referencial fixo) e foi ativo disseminador da dramaturgia brasileira. A partir de 1958, com Boal, Guarnieri, Oduvaldo Vianna Filho, Milton Gonçalves, Vera Gertel, Flávio Migliaccio, Floramy Pinheiro, Riva Nimitz, dentre outros, o grupo começa uma fase de apresentação de peças politicamente engajadas, como Chapetuba Futebol Clube, Gente Como a Gente, Fogo Frio, Revolução na América do Sul e O Testamento do Cangaceiro.

Em plena ditadura (1965), Boal e Guarnieri lançam o Arena Conta Zumbi, primeiro de uma série, que contou ainda com Arena Conta Tiradentes e Arena Conta Bolívar. No Zumbi, a dupla conta a história do movimento quilombola e de Zumbi dos Palmares, a partir do entendimento do teatro épico (Brecht), mostrando a resistência dos escravos contra a opressão dos colonizadores portugueses, perigosamente aproximando o tema da opressão do governo militar ao povo brasileiro. Teatralmente, a peça marca o início do uso do Sistema Coringa, elaborado por Boal, e que permite a encenação de qualquer peça com o elenco reduzido, já que qualquer ator pode interpretar quaisquer dos personagens da peça. O sistema também se caracteriza pelo uso da música como elemento-vetor do tema tratado, e a desvinculação estilística das cenas, onde cada uma pode assumir um aspecto diferenciado, como comédia, drama, sátira, etc.

No Arena Conta Zumbi, o aspecto brechtiano está evidente na oposição que a montagem fez entre narração e interpretação. Os atores narram a estória, e não interpretam personagens senão em algumas características, não criando assim empatia com a platéia que possa fazer com que esta “relaxasse” o espírito crítico. O teatro do Arena é um teatro político, de esquerda, engajado, e que pretende convidar a platéia à reflexão dos temas abordados.

Uma versão da peça foi masterizada e transformada, na época, em LP, onde se pode perceber a força política e estética do teatro do Arena, e que depois desembocaria no Teatro do Oprimido. É esta versão, transformada em mp3 e hospedada no site Rapidshare que o Bloguinho Intempestivo traz ao leitor/ouvinte afinante!

BAIXE AQUI O CD “ARENA CONTA ZUMBI” (ATUALIZADO!!!).

FÁBIO JR, O FILÓSOFO PAUL NIZAN E OS 20 ANOS

Eu tinha vinte anos. Não consentirei que ninguém diga que é a mais bela idade da vida”, disse o filósofo Paul Nizan em meio as suas inquietações existenciais nas primeiras décadas do século XX. Paul Nizan era um homem bonito, um lorde engajado, afirmou seu amigo Sartre, que prefaciou, postumamente, seu livro Aden Arábia, com uma escrita sendo uma das maiores revelações da força da amizade de um homem por outro. Um tratado sobre o amar ontologicamente engajado. Uma manifestação do comprometimento de que o homem só constrói sua essência quando se toma como existindo. O fundamento da filosofia sartreana. Um homem é o que faz de si do que lhe fizeram. É suas escolhas.

Paul Nizan, este homem belo, inquieto, que chamou os filósofos reacionários de sua época de cães de guarda do sistema capitalista, desdialetizados com seus pruridos burgueses, e foi assassinado pelo nazismo, em plena juventude, como diriam os românticos burgueses, entendeu o que era ter 20 e poucos anos em uma sociedade que pontua a temporalidade com suas mistificações opressivas.

OS VINTE E POUCOS ANOS DE FÁBIO JUNIOR

Menino, o que você vai ser quando crescer”?, pergunta ansiosa dos adultos. Essa pergunta se desloca(?) em várias ocasiões/temporais. Antecipar o amanhã, um belo truque. Os governos são mestres nesse ardil: “A criança é o futuro!” A mídia sabe muito bem tratar desse tema. Embrulha um “ídolo”, e joga na esteira do consumo como novidade eterna, com aval do produto. Foi assim com a condescendência do eterno adolescente Fábio Júnior.

Nem por você, nem por ninguém eu me desfaço dos meus planos; quero saber bem muito mais que meus vinte e poucos anos”. Gritou nos microfones na “beleza de seu 20 anos”. Nem por você, Glória Pires, nem por ninguém. Mas havia um alguém que comandava esses planos: o capitalismo consumista. O plano de alguém que quer saber “bem muito mais que meus vinte e poucos anos”. Na Globo, Fábio Júnior já sabia o que para ele seus vinte poucos anos ainda não sabiam. É impossível um adolescente apanhado pelo cronos do capitalismo não saber dos “segredos” do além vinte e poucos anos. Os nascidos de cabelos brancos já conhecem seus futuros.

Fábio Júnior hoje tem muito mais que vinte e poucos anos: passou dos cinqüentas, como a eterna Jovem Guarda, continua cultuando sua juventude mística dos vinte anos. Como ironia do capitalismo, como o nazismo que matou Paul Nizan, como um sabotador da velhice aos vinte e poucos anos, continua “rebelde”, sem Glória Pires, também na sombra de seus vinte e poucos anos, protegido por outros eternos “vintentões” do chamado rock brasileiro.

Como Fábio Júnior, muitos adultos, hoje implicadores da opinião pública, nem por suas rugas, nem por seus insuficientes corações, muito menos por suas psicoplastias, suspeitam que continuam com seus “vinte e poucos anos”. Uma das perversas fortalezas contra a democracia.

INSCRIÇÕES DO ProUni COMEÇAM HOJE!

O ProUni, Programa Universidade Para Todos, do governo federal, começa hoje as inscrições para os alunos interessados em ingressar nas universidades particulares conveniadas e usufruir da bolsa de estudos. A inscrição deve ser feita pela internet e vai até o dia 12 de dezembro.

As bolsas de estudo podem ser integrais e parciais:

  • Bolsas Integrais: renda familiar de até um salário-mínimo e meio por pessoa (R$ 622,15).

  • Bolsas Parciais: renda familiar de até 3 SM por pessoa (R$ 1.245,00).

Para fazer o cálculo, some a renda de todos os integrantes da família, e divida pelo número de membros.

Para se candidatar, o estudante precisa:

  • Estar concluindo o ensino médio este ano ou já ter concluído;

  • Ter conseguido média mínima de 45 pontos no ENEM 2008;

  • Atender aos critérios exigidos na modalidade em que for se inscrever (bolsa parcial ou integral);

Este ano, serão disponibilizadas 156.416 vagas, sendo 95.694 integrais e 60.722 parciais (50% do valor). Aqueles que se classificarem para as bolsas parciais podem ainda complementar, caso queiram, o valor restante inscrevendo-se no FIES.

Clique aqui para ir à página de inscrição do ProUni 2009.

INSS PAGA SEGUNDA PARCELA DO 13o

O Instituto Nacional de Seguridade Social, INSS, informa que começou a partir de hoje o pagamento da segunda parcela do 13o salário dos beneficiários, juntamente com os vencimentos de novembro.

Hoje irão receber os aposentados, pensionistas e demais beneficiários que ganhem até um salário-mínimo e que tenham cartão de benefício com final 1. O pagamento para os que recebem nesta faixa irá até o dia 05 de dezembro. Aqueles que recebem mais que o piso serão pagos a partir do dia 1o de dezembro.

Com a medida, entram no mercado social mais de 22 bilhões de Reais, dos quais 7,3 bi se referem ao pagamento do 13o. Lembrando que a primeira parcela foi paga em agosto deste ano.


USAR O CONTROLE REMOTO É UM ATO DEMOCRÁTICO!

EXPERIMENTE CONTRA A TV GLOBO! Você sabe que um canal de televisão não é uma empresa privada. É uma concessão pública concedida pelo governo federal com tempo determinado de uso. Como meio de comunicação, em uma democracia, tem como compromisso estimular a educação, as artes e o entretenimento como seu conteúdo. O que o torna socialmente um serviço público e eticamente uma disciplina cívica. Sendo assim, é um forte instrumento de realização continua da democracia. Mas nem todo canal de televisão tem esse sentido democrático da comunicação. A TV Globo (TVG), por exemplo. Ela, além de manter um monopólio midiático no Brasil, e abocanhar a maior fatia da publicidade oficial, conspira perigosamente contra a democracia, principalmente, tentando atingir maleficamente os governos populares. Notadamente em seu JN. Isso tudo, amparada por uma grade de programação que é um verdadeiro atentado as faculdades sensorial e cognitiva dos telespectadores. Para quem duvida, basta apenas observar a sua maldição dos três Fs dominical: Futebol, Faustão e Fantástico. Um escravagismo-televisivo- depressivo que só é tratado com o controle remoto transfigurador. Se você conhece essa proposição-comunicacional desdobre-a com outros. Porque mudanças só ocorrem como potência coletiva, como disse o filósofo Spinoza.

Acesse esquizofia.wordpress.com

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CAMPANHA AFINADA CONTRA O

VIRTUALIZAÇÕES DESEJANTES DA AFIN

Este é um espaço virtual (virtus=potência) criado pela Associação Filosofia Itinerante, que atua desde 2001 na cidade de Manaus-Am, e, a partir da Inteligência Coletiva das pessoas e dos dizeres de filósofos como Epicuro, Lucrécio, Spinoza, Marx, Nietzsche, Bergson, Félix Guattari, Gilles Deleuze, Clément Rosset, Michael Hardt, Antônio Negri..., agencia trabalhos filosóficos-políticos- estéticos na tentativa de uma construção prática de cidadania e da realização da potência ativa dos corpos no mundo. Agora, com este blog, lança uma alternativa de encontro para discussões sociais, éticas, educacionais e outros temas que dizem respeito à comunidade de Manaus e outros espaços por onde passa em movimento intensivo o cometa errante da AFIN.

"Um filósofo: é um homem que experimenta, vê, ouve, suspeita, espera e sonha constantemente coisas extraordinárias; que é atingido pelos próprios pensamentos como se eles viessem de fora, de cima e de baixo, como por uma espécie de acontecimentos e de faíscas de que só ele pode ser alvo; que é talvez, ele próprio, uma trovoada prenhe de relâmpagos novos; um homem fatal, em torno do qual sempre ribomba e rola e rebenta e se passam coisas inquietantes” (Friedrich Nietzsche).

Daí que um filósofo não é necessariamente alguém que cursou uma faculdade de filosofia. Pode até ser. Mas um filósofo é alguém que em seus percursos carrega devires alegres que aumentam a potência democrática de agir.

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A Confluência das Torcidas!
CHURRASQUINHO DO LUÍS TUCUNARÉ (Japurá, entre a Silva Ramos e a Comendador Clementino).

Só o Peixe Sabe se é Novo e do Rio que Saiu. Confira esta voz na...
BARRACA DO LEGUELÉ (na Feira móvel da Prefeitura)

Preocupado com o desempenho, a memória e a inteligência? Tu és? Toma o guaraná que não é lenda. O natural de Maués!
LIGA PRA MADALENA!!! (0 XX 92 3542-1482)

Decepcionado com seus desenganos? Ponha fé nos seus planos! Fale com:
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