A quebra do sigilo fiscal de Eduardo Jorge, e alguns membros do PSDB, não foi obra do Partido dos Trabalhadores, e nem da pré-campanha de Dilma, como propagou o partido da direita e a mídia sequelada. Foi, exclusivamente, obra dos próprios membros do PSDB em luta interna. O chamado fogo amigo, como já foi várias vezes escrito nesse blog intempestivo.
O ex-governador Aécio Neves, sabendo que Serra é provido de uma consciência paranoica, tramadora, invejosa, e capaz de atos despudorados para conseguir seus intentos, objetivando a disputa da Presidência da República pelo PSDB, para se precaver, permitiu que o jornalista Amaury Ribeiro, que fazia levantamento de dados para escrever um livro sobre as privatizações no governo Fernando Henrique, levantasse um dossiê sobre Serra.
Amaury Ribeiro, que na época era jornalista do jornal Estado de Minas Gerais, imprensa braço midiático de Aécio Neves, conseguiu a quebra dos sigilos dos membros do PSDB. Embora a Polícia Federal mantenha a investigação sob sigilo, a advogada de Eduardo Jorge, por conta de uma liminar na Justiça, conseguiu peças do inquérito e passou para o jornal Folha de São Paulo, que montou uma matéria para tirar Aécio e o PSDB do foco do resultado das investigações.
A Polícia Federal, segundo informações divulgadas pela internet, em conversa com o Palácio, manteve o resultado das investigações – que foram concluídas semana passada, com depoimento de mais de dez horas do jornalista Amaury Ribeiro – para ser divulgado depois da eleição para que não interferisse na campanha eleitoral.
Embora a manchete de hoje do jornal cabo eleitoral de Serra, Folha de São Paulo, traga manchete acusando a pré-campanha de Dilma, a conclusão é que os autores do dossiê, atribuído a membros do PT, não são nada mais do que os amigos Aécio Neves e o jornal Estado de Minas Gerais. Um jornal que tem a mesma linha editorial de jornalismo de mercado da Folha de São Paulo, do Estadão e d’O Globo.
A síntese que hoje é feita pelos que acompanharam os andamentos das acusações do PSDB – principalmente Serra -, e a mídia acéfala, é que a aproximação do jornalista Amaury Ribeiro com o Partido dos Trabalhadores não foi mais do que um engodo para jogar o partido no centro das acusações, e assim afastar as suspeitas sobre Aécio Neves e o jornal Estado de Minas Gerais.
Quer dizer, a advogada de Eduardo Jorge, ao entregar os documentos para a mídia, sem saber, prestou um bom serviço para democracia, permitindo que a sociedade brasileira saiba do que já era do conhecimento de boa parte do povo brasileiro.
1 Resposta to “REVELADA A TRAMA DO PSDB E DA MÍDIA: SIGILO FISCAL DE EDUARDO JORGE E CIA FOI QUEBRADO PELO PRÓPRIO PSDB: AÉCIO NEVES”