A senadora Marinor Brito (PSOL/PA) assumiu ano passado a cadeira do Senado depois que os candidatos que tiveram mais votos em sua frente, Jader Barbalho e Paulo Rocha, terem sido impedidos por força da Lei da Ficha Limpa. Durante os poucos meses que Marinor esteve no cargo de senadora contribuiu positivamente para a concretização da democracia através da apresentação de projetos e grandes altercações parlamentares. Uma delas seu posicionamento contra o deputado nazi-racista Bosonaro que agrediu homofobicamente a comunidade LGBT.
Porem, depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que a Ficha Limpa não poderia ser aplicada nas eleições passadas, o fantasma de Jader Barbalho passou a ronda o Senado e assombrar a senadora por saber que é mais necessária na Casa do que o conterrâneo. Aliás, não é só ela que sabe. Jader Barbalho tem uma biografia política suspeita. Sua postura é claramente reacionária. Além de que, sua complicação com a Ficha Limpa deu-se por força de acusação de abuso poder econômico e ter que renunciar o cargo quando sentiu que seria afastado.
Para permanecer pelo menos mais alguns meses no cargo, Marinor, bem que tentou. Impetrou mandato de segurança para impedir a posse de Jader Barbalho, mas lá estava o ministro Ayres Brito, vice-presidente do STF, e indeferiu a liminar.
No mandato de segurança a aguerrida senadora alegou que a Constituição Federal prevê que o Congresso Nacional só pode se reunir durante o recesso legislativo se houver convocação extraordinária, ou em caso de prorrogação da sessão legislativa. Além de acusar o presidente do Senado José Sarney, de “abuso de direito” ao comunicar através de ofício, a reunião para a posse.
Mas o ministro rebateu seus argumentos afirmando que constitui “hipótese expressamente prevista no parágrafo 4° do Artigo 4° do Regimento Interno do Senado Federal”. Sendo assim, Barbalho toma posse hoje, Marinor sai, e democracia enfraquece.
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