Estamos a menos de um ano das eleições para prefeito das capitais e cidades do Brasil. Ontem, dia 27 de janeiro de 2012 dentro de um coletivo uma usuária reclamava do prefeito de Manaus que durante esses três anos não “mostrou pra que veio” , dizia, e completava: o pior é que ele ainda pode ser eleito. Pois bem, licenciado para ir à São Paulo, depois Brasília, Manaus foi comandada por três vereadores que nada fizeram a não ser terem aumentado seus proventos no final do mês.
Essa ausência do prefeito foi bastante criticada e pra desanuviar o desgaste, convocou a imprensa, dia, 27/01/2012, para expor o que fará nesse restante de mandato. Como sempre, políticos do tipo de Amazonino gostam muito de cifras. Sapecou. R$ 732 milhões para ser aplicado em projetos de melhoria da cidade, porque “você merece uma cidade melhor”. Esta cidade não é melhor, por isso o slogan, porque se ela fosse melhor, não mereceríamos uma cidade melhor. Dessa forma justifica-se para nós da AFIN, caracterizá-la como não cidade.
E como não cidade, Amazonino acha que pode em poucos meses fazer o que não fez em quatro anos. Vai resolver o problema habitacional. Através da Secretaria Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários em parceria com o governo federal que já vem colocando em prática “Minha Casa Minha Vida” na cidade de Manaus e dinheiro de investidores internacionais. O que é incrível é que Amazonino não resolveu esse problema quando foi governador, senador e prefeito. O déficit habitacional na cidade de Manaus é gritante. Aqui temos vários Pinheirinhos. Teve um secretário seu pra área habitacional e fundiária quando era governador na época, cuja maior preocupação foi construir pousadas/motel dentre as quais uma sobre um igarapé, afluente do rio goiabinha, no Núcleo 16, no bairro Cidade Nova IV, próximo à Escola Estadual Engenheiro Artur Soares Amorim (provavelmente não constará no seu nome).
O atual secretário da SEHAF, Valtair Cruz, da cota do PT My Darlyg, ligado ao presidente da sigla municipal Waldemir Santana, projeta soluções na área habitacional, transitividade (ciclovias) com prazo de 15 anos. O que vemos é a transferência de problemas de um prefeito para outro.
E por estarmos no período pré-eleitoral, o prefeito anunciou o PROURBIS e “ação conjunta”. Manaus será um brinco. Cinco mil trabalhadores do governo do Estado e da prefeitura recuperarão as vias públicas, taparão rachaduras no asfalto e buraco nenhum ficará para sapo contar estórias.
Criará o Amazonarium. Já temos o bairro Amazonino Mendes também chamado de Mutirão. Apareceu o Amazon Bus. Mas, Amazonarium não estava escrito como proposta de sua campanha para prefeito. No porto das Lajes construirá um grande aquário onde constará de um lado o Rio Negro e do outro o Solimões. Num será representado como o caboclo lida com o meio e no outro receberá várias espécies de répteis. Amazonino quer ser a maior invenção já criada pelo homem: Deus.
Como o manauense merece uma cidade melhor, implantará o BRT. Deu certo no México, Curitiba, Bogotá, Londres, cidades chinesas… O BRT não vai prosperar porque seu mandato tem menos de um ano de duração e nesse ano de duração não conseguirão aprontar nem o edital. Se uma coisa que nessa cidade nunca deu certo foi projetos: de casas, projetos de transporte coletivo. O metrô de superfície do Alfredo Nascimento e do Amazonino não deu certo, nunca saiu da simulação tele-imagética assim como o Expresso que consumiu mais de 120 milhões do BNDES.
A não cidade de Manaus está instransitável. Há muitos carros e todos os utilizam para irem a seus trabalhos. Como não há transporte coletivo suficiente a cidade vira um caos. E não adianta construírem viadutos e elevados. Desafoga numa área e congestiona noutra. O Manaustran já deve ir projetando rodízio de veículos para a área comercial da cidade (porto), porque do jeito que está a cidade a cada dia fica “imexível”. Mas para isso, deverá a prefeitura oferecer um sistema de transporte coletivo, com horário, segurança, e conforto para que o usuário possa utilizá-lo, contribuindo assim para criar-se uma cidade melhor.
E uma cidade melhor não é produzida faltando nove meses para o término de um mandato. Uma cidade melhor é construída a partir do primeiro dia de mandato. Com secretários inteligentes numa comunhão com o povo, ouvindo o povo. Uma cidade não é construída a partir de gabinete, de conchavos, corrupção, fraudes em concursos. Uma cidade melhor é aquela onde as pessoas se sentem bem, contente e felizes. Mas infelizmente, não é isso que vemos na Manaós de Ajuricaba. E como naquela época já demonstrava o que seria hoje, ele resolveu desaparecer, resolveu “pular o muro”. Manaus, um dia será melhor. E nosso slogan será. Manaus: esta, é a melhor cidade. Vai demorar muito, porque, temos que derrotar pessoas e ideologias, mas estamos construindo o caminho. Valeu, mano.
Leitores Intempestivos