A comissão mista que analisa o texto das emendas das Medidas Provisórias (MP) conseguir votá-las e com isso deixar os ambientalistas e os ruralistas satisfeitos. Apesar das alterações.
“Foi uma negociação duríssima porque a causa ambiental tem sempre poucos votos aqui. Mas foi o melhor possível, porque se essa MP cai no dia 8 – nessa data ela perderia a validade por decurso de prazo – ela deixaria os pequenos agricultura em situação difícil”, observou o senador Jorge Viana do Partido dos Trabalhadores do estado do Acre.
O ruralista, deputado federal Ronaldo Caiado (DEM/GO), considerou o ardo como um ganho para os proprietários rurais. Ele se baseou no fato de que antes o texto da MP previa a definição das áreas de preservação permanentes a serem recompostas seria definida pelo governo federal, com o acordo passou para responsabilidade dos governos dos estados. Os estados definirão quanto cada produtor terá que recompor baseado no bioma da região.
“O impasse era exatamente esse. Agora nós temos um parâmetro mínimo, mas a partir daí serão os planos de regularização dos estados que irão definir o critério para cada bioma, e não uma regra única que inviabilizaria 100% dos produtos rurais”, disse Caiado.
Mesmos com a diminuição na recomposição das áreas de preservação permanentes que já foram desmatadas, o deputado Bonn Gass (PT/RG), presidente da comissão e ligado ao setor ambientalista, considerou o acordo satisfatório.
“Os ruralistas queriam todas as áreas consolidadas, queriam poder derrubar mais, queriam anistia das multas. Nós conseguimos ampliar as áreas de reservas entorno de nascentes, não ter anistia e trazer de volta as áreas de preservação em rios intermitentes. Então nós tivemos grandes avanços”, considerou o deputado gaúcho.
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