Os governantes no Estado do Amazonas sempre impuseram suas vontades pessoais em detrimento às necessidades básicas elementares do povo.
É direito do povo: educação, transporte, atendimento médico-hospitalar, saneamento básico, energia, lazer.
Por cá só temos lazer capitalístico. Ópera, boi carnavalizado de Parintins e estádio de futebol para atender caprichos da FIFA.
Quando Manaus foi escolhida sob forte lobby de políticos locais e nacionais para ser uma das sedes da copa era porque a imagem fantasiosa chamativa da cidade era o mote para o glamor, tanto é que o Ministro dos Esportes, Aldo Rabelo em visita à não cidade no dia 18 de abril de 2013 para ver como anda os serviços de construção da Arena da Amazônia assim se pronunciou: “O Brasil precisa que a Copa seja em Manaus, pois esse acontecimento internacional e a fantasia que o envolve será mais completo, mais representativo.”
O ministro utiliza a mesma temática que muitos “artistas” locais sempre utilizam em suas obras para retratar a Amazônia e pensam que estão criando, mas na realidade só estão reproduzindo o constituído. Leiam a fala do ministro: “a Copa precisa de uma sede com esse imaginário, com essa história, com essa cultura, com essa identidade, com esse bioma único do planeta. O Amazonas tem 98% do seu território coberto por floresta, só isso já justificaria uma Copa do Mundo aqui.”
Infelizmente o ministro que é de um partido comunista, mas que se capitalizou está univitelinamente defendendo capital mais espúrio que existe neste planeta que é comandando pelo senhor Josef Blater.
Um ministro de Estado se sujeitar a vistoriar uma obra para ver se o cronograma de atividades está dentro do prazo temos que questionar. Como temos que questionar a permanência do atual presidente, José Maria Marin da CBF no comando da instituição depois das denúncias de envolvimento com a ditadura militar.
Infelizmente o olhar do ministro sobre a Amazônia é um olhar romântico e que já questionamos a bastante tempo.
O pior da visita do Ministro foi aquilo que em post anteriores já havíamos falado. Haverá a copa em Manaus, mas sua população ficará a ver um tremendo estádio sem nenhuma serventia, enquanto sua população não terá um sistema de transporte digno para levá-los ao trabalho diariamente.
O ministro foi enfático. Transporte mesmo só o aéreo. O investimento que se está fazendo é só no Aeroporto Eduardo Gomes.
O ministro tem razão. Manaus é mais bem servida de avião do que de transporte coletivo.
O usuário que mora na zona norte da não cidade vê mais avião decolar do aeroporto do que o ônibus passar. E é até capaz desse avião chegar a Brasília e ele não chegar a seu destino dentro desta cidade 100 estrutura.
O BRT e o Monotrilho só depois da copa. E depois da copa eles andarão vazios porque pela literatura que lemos e acompanhamos são sistemas que em algumas cidades não deram certo e estão querendo implantar por cá. Andarão vazios porque a Arena da Amazônia depois da copa não vai funcionar porque nós não temos futebol, não temos mais times. Os cupins chegaram por aqui a bastante tempo e roeram todos os pernas de paus que possuíamos. Assistir pelada por pelada é melhor ir aos campos dos bairros onde a brincadeira é diferente. A grana ali não é prioridade. A prioridade é brincar.
Brincar no sentido lúdico da invenção, da criação. Não do engodo, do deslumbramento do capital da FIFA que todos os políticos do Amazonas apoiaram, como boa parte da população os aplaudiu, mas depois vai reclamar. Só que será tarde. Nossa grana foi toda para a Suíça.
Leitores Intempestivos