Envolvidos em seu importante trabalho democrático, os membros da Comissão Nacional da Verdade se reuniram ontem com a presidenta Dilma e apresentaram à presidenta Dilma Vana Rousseff um balanço das atividades do grupo e as demandas da sociedade civil para que os trabalhos da comissão sejam prorrogados (o prazo de conclusão da CNV é em maio de 2014).
De acordo o atual coordenador da comissão, Paulo Sérgio Pinheiro, a pressão das entidades pela prorrogação das atividades do colegiado “é benéfica para o aprofundamento dos trabalhos da comissão”.
A prorrogação dos trabalhos desta proba comissão poderá render uma ampliação no acesso a memória e ações populares no combate a aqueles que tanto fizeram nosso povo sofrer com censura, repressão e tortura
COMITÊS DE COMBATE A TORTURA
Mais de seis anos após a entrada em vigor no Brasil do protocolo facultativo à Convenção de Combate à Tortura da Organização das Nações Unidas (ONU), apenas 16 estados criaram, formalmente, seus próprios comitês de prevenção a esse tipo de crime. São eles: Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Pará, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.
O secretário nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Gabriel dos Santos Rocha em entrevista a Agência Brasil falou sobre a importância da difusão dos comitês “Nosso objetivo é chegarmos a todo o país, visando a construção do sistema nacional para a erradicação da tortura. Temos pressa porque, infelizmente, a tortura ainda está presente no país inteiro. Inclusive em instituições públicas. E os comitês estaduais são importantes para criarmos uma grande rede de enfrentamento a essa situação (…) Os comitês recebem as denúncias e dão uma resposta imediata, apurando e monitorando [as denúncias] e buscando a responsabilização por esse tipo de situação”
Os comitês envolvem denúncias a policiais e membros das forças armadas contra civis e militares e age contra as violações aos direitos humanos.
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