O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, assinou ontem um termo de adesão da cidade à Política Nacional para a População em Situação em Rua que prevê a execução de projetos intersetoriais voltados para a população em situação de rua.
O evento contou com a ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência, Maria do Rosário (que também assinou o documento), o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, e de Anderson Miranda, coordenador do Movimento Nacional da População em Situação de Rua.
O prefeito Fernando Haddad afirmou que atualmente por volta de 16 mil pessoas vivem nas ruas ou nos albergues de São Paulo. A prefeitura já havia criado há dois meses um comitê intersetorial para atender à população em situação de rua e atualmente já tem 2 mil pessoas inscritas para cursos . De acordo com a Agência Brasil. “ao final do primeiro mês de curso, o aluno vai receber uma bolsa presença de R$ 2 por hora/aula, condicionada à frequência”.
Serão oferecidos 12 cursos profissionalizantes de 160 horas , com aulas de almoxarife, auxiliar administrativo, padeiro, encanador, eletricista, entre outros que contarão com diploma do SENAI.
O coordenador do Movimento Nacional da População em Situação de Rua se mostrou otimista com a adesão e com a rede de atendimento: “Isso vai repercutir no Brasil e no mundo. Hoje vamos mostrar ao país e ao mundo que São Paulo está mudando. População de rua não é mais invisível e não é mais mendigo. População de rua é cidadã de direito”.
Porém para o padre Julio Lancellotti, defensor dos direitos dos moradores de rua, a adesão e os cursos é só um início para um problema muito maior: “É uma resposta que está sendo construída, mas que não esgota toda a necessidade da população de rua. Esta é uma resposta que aponta uma possibilidade e que faz ver outras possibilidades, porque quem trabalha precisa ter casa, se sentir acolhido, precisa ter condições de organizar sua saúde mental. A pessoa humana não é só um trabalho, mas um conjunto de relações (…) Queremos uma política pública completa onde a capacitação profissional numa escola de qualidade e num curso de qualidade seja uma das respostas”.
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