Arquivo para fevereiro \28\-04:00 2014

ABRE ALAS TRISTES, DA DIREITA DO STF COMEÇOU COM ALEGRIA DA ALA PROGRESSISTA: NÃO HOUVE FORMAÇÃO DE QUADRILHA

Ricardo Lewandowski

Tema do julgamento: embargos infringentes dos condenados na Ação Penal 470.

Resultado: Seis votos pela absolvição e cinco pela condenação.

Ministros que votaram pela absolvição: Luiz Roberto Barroso, Ricardo Lewandowski, Carmen Lúcia, Dias Toffoli, Teori Zavascki e Rosa Weber.

Ministro que votaram pela condenação: Luiz Fux, Gilmar Mendes, Marco Aurélio de Mello, Celso de Mello e Joaquim Barbosa.

Observação de gênero na votação: Nenhuma ministra votou com a ala direitista.

Posições de alguns ministros progressistas:

Rosa Weber – “Continuo convencida de que não se configurou o crime de quadrilha. Na minha ótica, não se pode confundir o crime de bando com crimes praticados com o concurso de agentes”.

Teori Zavascki – “Quadrilha é uma organização estável, com objetivo de cometer crimes, não deve ser confundido com o concurso de agentes. É difícil dizer que José Dirceu, Delúbio Soares e Jose Genoíno tivessem se unidos a outros para praticar crimes contra o sistema financeiro nacional”.

O resultado já era conhecido, como diria o ministro-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa. Como já eram conhecidos os endereçamento dos votos da ala direitista. O furor de Joaquim Barbosa apresentado no dia anterior, 26, contra a posição do ministro Luiz Roberto Barroso, se diluiu em uma decepção-depressão. Não era isso: ele já sabia qual seria o resultado. Ele sabe que existe no STF que não concebem a jurisprudência como ele. Ministros que não fazem da Justiça um solipsismo jurídico de classe.1393452681hsv-barroso370x211

Agora, com o resultado, as penas dos condenados são deslocadas para baixo.

As penas anteriores e agora:

Dirceu – 10 anos e 10 meses. Agora: 7 anos 11 meses, em regime semiaberto.

Genoíno – 6 anos e 11 meses. Agora: 4 anos e 8 meses, em semiaberto.

Delúbio – 8 anos e 11 meses. Agora: 6 anos e 8 meses.

Os ministros que votaram pela absolvição dos réus nos embargos infringentes, além de expressarem suas convicções jurídicas, no caso apresentado, não se intimidaram com os discursos opressores e tirânicos das mídias acéfalas e de todas as facetas das direitas que pretendem o Brasil como reflexo de suas existências malogradas.

BARBOSA AFIRMA QUE “ARGUMENTOS PÍFIOS JOGARAM POR TERRA DECISÃO BEM FUNDAMENTADA”. COMO PODE?

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Durante seu discurso, sob o efeito da decepção-depressão jurídica, o ministro-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, que já havia confessado, semana passada, que não se importava com o resultado do julgamento fosse o qual fosse mais uma vez mostrou que queria vero as condenações dos réus. As interferências deseducadas que realizou no momento do pronunciamento do ministro Luiz Roberto Barroso, já preconizava como sentiria no desfecho do julgamento que absolveria os réus.

Não deu outra. Seu desabafo como de uma pessoa que não deve ser contrariada, mostrou claramente seu sintoma freudiano tornando inconteste a evidência de que muitas vezes reage de forma impulsiva. E como sabe até psicólogo do naipe do pastor Malafaia, onde há impulso não há razão.

“Esta é uma tarde triste para o Supremo Tribunal Federal, porque, com argumentos pífios, foi jogada por terra, extirpada do mundo jurídico, uma decisão plenária sólida, extremamente bem fundamentada, que foi aquela tomada por este plenário no segundo semestre de 2012″, discursou Barbosa.

Joaquim perdeu a oportunidade também de afirma que era uma tarde triste para a Procuradoria-Geral da República (PGR), posto que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, também pediu a condenação dos réus.     

INFERÊNCIAS CARNAVALESCAS SOBRE O DISCURSO DE JOAQUIM

Joaquim – “com argumentos pífios, foi jogada por terra, extirpada do mundo jurídico, uma decisão plenária sólida bem fundamentada”.

Inferências Carnavalescas – Se era uma decisão “bem fundamentada”, como que “argumentos pífios” a desmontaram? Na lógica do pior discípulo de Aristóteles esse silogismo não convence. Se foi desbancada – excluído de sua banca-jurídica – era porque não tinha solidez. Não precisou nem recorrer à potência do pensamento de Marx e Engels: “Tudo que é sólido se desmancha no ar”. O que ocorreu foi que os ministros progressistas produziram enunciados jurídicos mais lógicos. Desmascararam a lógica “bem fundamentada”, como diria Marx. Desmascarando mostraram que o que era “bem fundamentada” não passava de argumentos mais pífios que os “pífios” de Joaquim.   

Joaquim – “Esta é uma tarde triste para Supremo Tribunal Federal”.

Inferências Carnavalescas – Os ministros progressistas poderiam também afirmar o contrário: “Esta é uma tarde alegre para o Supremo Tribunal Federal”. Mas Joaquim concebe que alegria é só o que satisfaz suas expectativas, não as dos outros pares contrários. Além do mais, o corpus decisório do STF não se resume a 5 ministros, mas a 11 ministros. Por essa simples lógica, Joaquim não poderia reduzir o STF a 5 ministros que votaram pelas condenações. E, também, o STF não é só representado pelo 5 ministros, mas também por outros funcionários que atuam em vários seguimento da instituição-jurídica.

Sem esquecer que o STF é uma instituição-jurídica emanada da sociedade civil real que se consolida em Estado-Público, ou, de acordo com o entendimento, República.

UMA NOTA PARA AS DIREITAS NOTAREM COM ÓDIO. O BRASIL TEVE, EM 2013, 2,3% DE CRESCIMENTO DO PIB, O TERCEIRO DO MUNDO

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Uma realidade tétrica para as direitas. O Instituto Brasileiro Geográfico e Estatístico (IBGE) divulgou que no ano de 2013, o Brasil teve um crescimento de seu Produto Interno Bruto (PIB) de 2,3%.

Com esse índice alcançou o terceiro lugar no mundo. Uma posição que lhe deixou atrás apenas da China com 7,7% de crescimento e a Coreia do Sul com 2,8% de crescimento.

O Brasil olhando para atrás da fila do crescimento ele visualiza os seguintes  concorrentes: Estados Unidos, Reino Unido e África do Sul, todos com apenas 1,9% de crescimento. Japão e México com 1,6%. Alemanha com 0,4%, França 0,3% e Bélgica com 0,2%.

E as direitas ainda afirmam que o Brasil quebrou. Se ele quebrou os outros como ficaram? Aa direitas são tão irracionais e antinacionalistas que elas são capazes de afirmar que os Estados Unidos tiveram mais crescimento que o Brasil. Desatino de quem vai ter que engolir Dilma – em tempo de Copa nada como Zagalo – mais 4 anos. E o pior, mas 4 de Lula, E tome garganta.     

MARADONA DECLARA APOIO A MADURO E ENFURECE JORNALISTA AMERICANÓFILO-ARGENTINO QUE MORA EM MIAMI

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Seria um tema sem importância se não servisse para tirar um sarro dos americanófilos-latinos. Maradona declarou apoio ao governo do presidente da Venezuela Nicolas Maduro que vem sofrendo despudora tentativa de golpe por força do governo Obama, segundo o próprio Maduro, e as elites econômicas do país de Hugo Chávez.

Maradona vai comentar as partidas da Copa pela Telesur, canal de televisão venezuelano, em um acordo com o governo. Ao falar sobre o fato, ele afirmou que tomou essa decisão porque “assim era o desejo do comandante”. Se referindo ao seu amigo Hugo Chávez.

Pronto! Foi o que quis o jornalista americanófilo-argentino, Javier Ceriani, que mora há 14 anos em Miami. Miami a terra dos Disneyanos. Os que acreditam que existe um mundo adulto, porque Disney lhe vende um mundo infantilizado, como diz o filósofo, Baudrillard. Em seu miamês, ele não economizou ‘elogios’ a Maradona. Depois de esbravejar que Maradona “não representa o espírito e o coração dos argentinos”, afirmou que ele baixou “as calças” para o governo Maduro e recebeu “dinheiro sujo”.

E no estertor de sua fé blasfemou futebolisticamente que Maradona “nunca foi Deus”. Como diria aquele crente argentino: “Pode até não ser Deus, mas que é amigo Dele é”. Em síntese foi um invejoso e desatinado desabafo de um jornalista americanófilo-argentino que não suportou morar na América-Latina, e lutar por seu desenvolvimento e construir sua história livre, como Maradona.

Nefasta lógica: tentar desqualificar Maradona, o inatingível, para atingir Maduro.

MINO CARTA ANALISA NA TV CARTA AS POSIÇÔES DAS DIREITAS, CASO ESPECÍFICO A MÍDIA ACÉFALA, EM RELAÇÃO A LULA E DILMA

MINISTRO BARROSO VOTA OS EMBARGOS INFRINGENTES A FAVOR DOS CONDENADOS DA AP470 E CAUSA FUROR EM BARBOSA

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Durante o julgamento dos embargos infringentes ontem, dia 26, no Supremo Tribunal Federal (STF) para decidir se houve formação de quadrilha ou não por parte dos condenados na Ação Penal 279, o ministro Luiz Roberto Barroso deu uma verdadeira aula de jurisprudência mostrando como deve ser a formação intelectual e ética de um ministro.

Durante a explanação de seu voto ele mostrou como ministro do STF usaram recursos para aplicar penas não necessárias aos réus. Segundo Barroso, as penas foram altas, com “impulso de superar a prescrição do crime de quadrilha e de modificar o regime de cumprimento”, foram condenações “com tintura mais fortes”.

“Considero, com todas as vênias de quem pense diferente, que houve uma exacerbação nas penas aplicadas de quadrilha ou bando. A causa da discrepância foi o impulso de superar a prescrição do crime de quadrilha e até de se modificar o regime inicial de cumprimento das penas.

Por isso considero a questão passiva de ser conhecida em embargos infringentes”, votou o ministro Luiz Roberto Barroso.

 JOAQUIM BARBOSA MOSTRA FUROR

Diante da explanação e do voto do ministro Barroso a favor da absolvição dos réus, o ministro Joaquim Barbosa, presidente do STF, mostrou mais uma vez que suas palavras seguem a linha de personagem de Shakespeare. Semana passada afirmou que não lhe interessava o resultado da votação dos embargos infringentes. Para ele, condenados ou não os réus, não tinha importância. Ele mostrou que “palavras são palavras nada mais do que palavras”.  Palavras soltas ao vento. Não gostou nada da posição tomada pelo ministro que só é seu par nas circunstâncias do STF, mas que em questões jurídicas diverge frontalmente.

Ele atacou o ministro Barroso insinuando (?) que seu voto já havia sido decido antes do mesmo entrar no tribunal. Para Barbosa, Barroso chegou ao tribunal “com fórmula prontinha”, e que seu discurso era “puramente político”.

“Vossa Excelência chega aqui com a fórmula prontinha, já proclamando inclusive o resultado do julgamento. Na sua chamada preliminar de mérito, Vossa Excelência já disse qual é o placar, antes mesmo que o colegiado tivesse votado. A fórmula já é pronta. Eu indago se Vossa Excelência já tinha antes de chegar a este tribunal. Parece que sim”, acusou indelicadamente Barbosa.

BARROSO MOSTRA O “DÉFICIT CIVILIZATÓRIO” DE BARBOSA

No entanto, do alto de sua inteligência e honradez, o ministro Barroso respondeu ao ataque com a honestidade e a sensibilidade dos homens singulares em suas vocações.

“Vossa Excelência votou de acordo com vossa consciência, e estou manifestando minha opinião. O esforço para depreciar o próximo é um déficit civilizatório”, analisou o ministro Luiz Roberto Barroso.

DUAS INCONGRUÊNCIAS DE BARBOSA

Joaquim Barbosa comete uma incongruência contra si mesmo ao afirmar que o ministro Barroso, teve uma atuação política. Ora, não entrando no mérito do conceito filosófico de política, visto ser um conceito por demais usado profundamente errado, o ministro não aceita quando se diz que o julgamento da Ação Penal 470 foi claramente político conduzido pelas forças reacionárias da sociedade e as mídias partidárias. Um fato mostrado exaustivamente pelos ilustres juristas do país. Um julgamento que começou tendencioso desde quando foi colocada a Ação Penal 470 para ser julgada por primeiro quando era para ser julgada a Ação Penal do mensalão do PSDB mineiro. Entre outros atos suspeitos.

O que se extrai da enunciação de Barbosa ao acusar o ministro Barroso de decisão política é que ele tem uma compreensão sobre o conceito de política totalmente diferente de Barroso. É o que reflete em suas posições.

Outra incongruência de Barbosa é percebida quando ele indaga se o ministro Barroso já tinha a fórmula pronta antes de chegar ao tribunal. Para logo adiante dizer: ”Parece que sim”. Na verdade só afirma o que quer afirmar. Todavia, esquece que ele  quando votou pelas condenações dos réus da Ação Penal 470, já trazia seu voto antes de chegar ao tribunal. Da mesma forma que ele já tem decidido seu voto que só será apresentado hoje, dia 27, mas que já se sabe que é pela condenação. Assim, como o do ministro Gilmar Mendes. 

Não precisa análise psicanalista.

PLACAR DO MOMENTO

No momento o placar é de 4×1 para absolvição. Os ministros Ricardo Lewandowski, Carmen Lúcia e Dias Toffoli, anteciparam seus votos. O 1 é do já conhecido, “deixa que eu mato no peito”, ministro Fux, relator dos embargos infringentes, que pediu para José Dirceu interceder em sua indicação para o STF.

Venezuela: um golpe lento em andamento

A facção mais direitista da oposição venezuelana, ligada aos EUA e liderada pelo ex-golpista Leopoldo López, aposta agora em um golpe de Estado lento.

Ignacio Ramonet (*)

ArquivoNos últimos meses houve, na Venezuela, quatro eleições decisivas: duas presidenciais, para governadores e municipais. Todas vencidas pelo bloco da Revolução Bolivariana. Nenhum resultado foi impugnado pelas missões internacional de observação eleitoral. A votação mais recente aconteceu há apenas dois meses. E terminou com uma clara vitória – 11,5% de diferença – dos chavistas. Desde que Hugo Chávez assumiu a presidência em 1999, todos os resultados mostram que, sociologicamente, o apoio à Revolução Bolivariana é majoritário.

Na América Latina, Chávez foi o primeiro líder progressista – desde Salvador Allende – a apostar na via democrática para chegar ao poder. Não é possível compreender o que é o chavismo se não se considerar seu caráter profundamente democrático. A aposta de Chávez, ontem, e a de Nicolás Maduro, hoje, é o “socialismo democrático”. Uma democracia não só eleitoral. Também econômica, social, cultural… Em 15 anos, o chavismo conferiu a milhões de pessoas que, por serem pobres, não tinham documentos de identidade, o status de cidadão e permitiu que votassem. Dedicou mais de 42% do orçamento do Estado aos investimentos sociais. Tirou cinco milhões de pessoas da pobreza. Reduziu a mortalidade infantil. Erradicou o analfabetismo. Multiplicou por cinco o número de professores nas escolas públicas (de 65 mil a 350 mil). Criou 11 novas universidades. Concedeu aposentadorias a todos os trabalhadores (mesmo os informais). Isso explica o apoio popular que Chávez sempre teve e as recentes vitórias eleitorais de Nicolás Maduro.

Por que, então, os protestos? Não nos esqueçamos de que a Venezuela chavista –por possuir as maiores reservas mundiais de hidrocarbonetos– sempre foi (e será) objeto de tentativas de desestabilização e de campanhas midiáticas sistematicamente hostis.

Apesar de ter se unido sob a liderança de Henrique Capriles, a oposição perdeu quatro eleições consecutivas. Diante desse fracasso, sua facção mais direitista, ligada aos Estados Unidos e liderada pelo ex-golpista Leopoldo López, aposta agora em um “golpe de Estado lento”. E aplica as técnicas do manual de Gene Sharp  [1].

Na primeira fase: 1) Criar descontentamento ao tirar massivamente produtos de primeira necessidade do mercado; 2) Tornar crédula a “incompetência” do governo; 3) Fomentar manifestações de descontentamento; e 4) Intensificar a perseguição midiática.

Desde 12 de fevereiro, os extremistas entraram na segunda fase, insurrecional: 1) Utilizar o descontentamento de um grupo social (uma minoria de estudantes  [2]) para provocar protestos violentos e prisões; 2) Montar “manifestações de solidariedade” aos detidos; 3) Introduzir atiradores entre os manifestantes com a missão de provocar vítimas de ambos os lados (a análise balística determinou que os disparos que mataram, em 12 de fevereiro, em Caracas, o estudante Bassil Alejandro Dacosta e o chavista Juan Montoya, foram feitos com a mesma arma, uma Glock calibre 9 mm). 4. Intensificar os protestos e seu nível de violência; 5) Aumentar a ofensiva da mídia, com apoio das redes sociais, contra a “repressão” do governo; 6) Conseguir que as ‘grandes instituições humanitárias’ condenem o governo pelo “uso desmedido da violência”; 7. Conseguir que “governos amigos” façam “advertências” às autoridades locais.

E é nesta etapa que estamos.

 A democracia venezuelana está, então, ameaçada? Sim, ameaçada, uma vez mais, pelos golpistas de sempre.

 (*) Diretor do “Le Monde diplomatique” em espanhol. Recentemente publicou “Hugo Chávez, Mi primera vida”.

NOTAS

[1] Gene Sharp, From Dictatorship to Democracy : Conceptual Framework for Liberation, Albert Einstein Institution, Boston, 1993.

 [2] A uma pesquisa recente, dez mil estudantes entre 15 e 29 anos se declararam satisfeitos com seus estudos (Segunda Pesquisa Nacional da Juventudade, Caracas, 13 de novembro de 2013).

Tradução: Daniella Cambaúva

Créditos da foto: Arquivo

O sarcófago do Real

Enquanto comemora o passado de 20 anos do Plano Real, o PSDB quer voltar a ser governo porque simplesmente não consegue e não aguenta mais ser oposição.

Antonio Lassance

O PSDB reuniu seus próceres e alguns convidados ilustres, como os governistas de sempre, Renan Calheiros e Romero Jucá, para comemorar os 20 anos do Plano Real.

Atordoado com o indiciamento e a renúncia de Eduardo Azeredo (deputado do PSDB-MG); atropelado pelo escândalo da Siemens e chamuscado com o fio desencapado do caso Alstom; com a garganta seca pelo susto de uma crise de racionamento de água em São Paulo; enfim, com uma avalanche de notícias ruins, era preciso mudar de assunto.

Que tal como comemorar, pela enésima vez, mais um aniversário do Plano Real?

A celebração, embora feita no Senado neste dia 25, teve como referência o 27 de Fevereiro de 1994, data em que foi publicada a certidão de nascimento do Plano Real.

A Medida Provisória nº 434, assinada pelo presidente Itamar Franco, criava a Unidade Real de Valor (URV) e previa sua posterior substituição por uma nova moeda, o Real – o que viria a ocorrer em 1º. de julho daquele ano.

Aécio aproveitou o aniversário para criticar a política econômica do governo Dilma Rousseff. É seu foco principal, quase exclusivo.

Sua crítica mais ácida é que Dilma não respeita o tripé que sustenta o Plano Real: o cumprimento das metas de inflação, o câmbio flutuante e a manutenção de um superávit primário elevado.

É difícil saber por que os tucanos reclamam. Das três vezes em que a inflação superou o teto da meta, duas foram no governo FHC (2001 e 2002).

O câmbio flutuante só foi implantado por FHC em seu segundo mandato, de uma forma tão atabalhoada que gerou a crise econômica mais aguda que o Real já atravessou.

O Superávit primário foi sempre maior nos governos de Lula e Dilma do que ao longo do governo FHC (a página do Banco Central na internet traz as séries históricas que permitem fazer todas essas comparações).

Os tucanos reclamaram, na solenidade, que o PT não apoiou o Plano Real e não reconheceu o “legado” de FHC. De fato, o PT foi contra o Plano Real e carimbou de “herança maldita” a situação que recebeu em 2003.

Mas é fácil explicar a posição do PT. É isso o que se espera de um partido de oposição: que se comporte como oposição.

Difícil é entender que o próprio PSDB não tenha defendido o Real, com unhas e dentes, e não tenha se ufanado do legado de FHC durante as últimas três campanhas presidenciais.

Em 2002, 2006 e 2010, os candidatos tucanos, José Serra e Geraldo Alckmin, varreram FHC para baixo do tapete.

Renegaram o legado que FHC invoca. Deixaram para trás o que julgavam passado.

Hoje, Aécio celebra o passado. O PSDB tem mesmo boas razões para comemorar. Demorou 12 anos para o partido voltar a defender o governo FHC.

Antes que seja tarde, ambos, FHC e o PSDB, lutam para entrar para a História em uma posição melhor do que saíram.

O governo tucano terminou com inflação retornando à casa de 2 dígitos, dólar fora de controle, zero de reservas internacionais, empréstimos do FMI, apagões e racionamento de energia.

Eis uma parte importante do legado que, décadas depois, preferem que seja esquecida.

Os tucanos seguiram à risca o provérbio de Pedro Malan, segundo o qual, no Brasil, até o passado é incerto. A aposta e a celebração, portanto, fazem sentido. Olhar o passado é sempre uma oportunidade para tentar reescrevê-lo.

O PSDB demonstrou, neste aniversário do Real, que sobrevive e resmunga em seu sarcófago, esperando o retorno de seus dias de glória. 

O partido quer voltar a ser governo porque simplesmente não consegue e não aguenta mais ser oposição.

O difícil é chegar lá dormindo o sono profundo de sua falta de projeto para o país e confinado à letargia de suas iniciativas.

Essa elite política destronada e embalsamada roga aos deuses do universo que a despertem e a conduzam ao seu Palácio; suplica que lhe devolvam o cetro, de preferência, em uma carruagem dourada.

Assim se explica que FHC tenha invocado, em seu discurso, a ajuda divina. Exclamou, ou praguejou, contra a reeleição de Dilma Rousseff: “De novo o mesmo, meu Deus?!”
 
(*) Antonio Lassance é cientista político.

ENQUANTO DILMA DIZ QUE O TURISMO SEXUAL NA COPA SERÁ COMBATIDO, ADIDAS LANÇA CAMISA COM PROMOÇÃO SEXUAL

Diante da exuberante imagética da exploração do corpo da mulher brasileira, um verdadeiro significado de consumo-sexual, promovida por empresas do próprio país, principalmente a canais de televisão, jornais e revistas, e aceita e estimulada por homens e mulheres fálicas, a Adidas, patrocinadora da Copa do Mundo de 2014, resolveu também abocanhar a linha de lucro promovido pela indústria da impotência sexual ou solidão da sexualidade. Confeccionou camisetas com imagens de duplo sentido, onde um coração tendo a esquerda o pronome I, em inglês, e embaixo Brasil, é visto também, como teste de perspectiva, como uma bunda. Para o entendedor: o Brasil é uma bunda. E imagem de uma mulata com a legenda: “Looking to score”, trocadilho de fazer gol e apanhar mulher. Para o entendedor: trepar com mulheres-mulatas brasileiras. 

O REPÚDIO DO GOVERNO FEDERAL E DA OPINIÃO PÚBLICA

A mercadoria-imagem-mulher foi apresentada e causou protestos por parte do governo federal como também da opinião pública, sem qualquer laivo de moralismo-puritano. O Instituto Brasileiro do Turismo (Embratur) de cara fez veemente repúdio contra a jogada consumista-sexual da Adidas que faz relação da imagem do Brasil com o turismo sexual. A ofensiva capitalista-erótica da empresa de material esportivo também foi prontamente combatida pela Secretaria de Políticas para as Mulheres e a Secretaria de Direitos Humanos que estão empenhadas em combater a exploração sexual de crianças e adolescentes, o tráfico sexual de pessoas, permitindo às mulheres maior respeito e possibilidade de defesa de seus direitos como humanas e de sua dignidade.

DILMA COMBATE A EXPLORAÇÃO SEXUAL

Em opinião, a presidenta Dilma Vana Rousseff mostrou seu entusiasmo com a realização da Copa, mas mostrou também sua preocupação com a ameaça de exploração sexual durante esse período copista, principalmente em relação à exploração sexual de crianças e adolescentes.

“O governo aumentará os esforços na prevenção da exploração sexual de crianças e adolescentes no carnaval e na Copa das Copas.

Denúncias de exploração sexual de crianças e adolescentes Disque 100”, observou Dilma.        

SOBRE A VIOLÊNCIA SÓCIO/CULTURAL DA ADIDAS

Diante dos protestos do governo federal e do povo brasileiro a Adidas decidiu tirar do mercado as ditas camisetas afirmando que havia mandado fabricar edição limitada para ser vendida nos Estados Unidos.

Aqui não cabe discutir fundamentos filosóficos, estéticos, biológicos e éticos sobre o corpo, porque esses discursos do pensamento humano a Adidas não alcança. Ela é uma empresa que visa sinteticamente o lucro. E isso é que se pode discutir com ela, porque o lucro é uma reificação que sustenta o mundo das aparências (Marx). O que ela realizou não foi um ato simples, inofensivo, sem qualquer implicação maior. Não. O que ela materializou foi uma forma dissimulada de agredir a consciência e a imagem do povo brasileiro. O que governos imperialistas materializam com suas ingerências políticas no interior de outros países como a espionagem comandada pelo governo Obama.  

A Adidas realizou uma violência sócio/cultural e étnica. Lançou mão de uma expressividade brasileira, a mulata do cinema, teatro, musical, pintura, poesia, carnaval, e tentou a transformar em um objeto-sexual de consumo. Lançá-la no gueto sórdido da moeda-sexual, nada mais. Nada de honradez da mulher. Esse ato visa enfraquecer a consciência cultural do povo brasileiro para que ele se alheie de sua potência, sua história, suas tradições, seus feitos, seus desejos para que ele se torne um povo de fácil dominação e exploração.

Essa é uma estratégia usada pelo capitalismo para criar consumidores seus mantenedores.

REPÓRTER-FOTOGRÁFICO DENUNCIA A VIOLÊNCIA DA TÉCNICA “PELOTÃO NINJA” DA PM DO GOVERNADOR DE SP, ALCKMIN (PSDB)

O repórter-fotográfico, Victor Moriyama, no sábado, dia 22, em São Paulo, foi cobrir a manifestação contra a realização da Copa. Como todo profissional comprometido com sua função social, sua intenção era apenas apresentar aos seus leitores o produto plástico e conceitual dos participantes. Mas não foi isso que se atualizou como realidade. A “nova subjetividade violenta” da Polícia Militar estava ostensivamente presente. O “pelotão ninja”. Uma forma dissimuladora da violência explícita expressada pelas balas de borrachas, cassetetes e gás lacrimogêneo.

 O REPÓRTER-FOTOGRÁFICO ESQUECE O FILÓSOFO NEGRI

O repórter-fotográfico Victor, vacilou em seus entendimentos intelectuais, políticos e filosóficos e não lembro que para os governos de direita, política se reduz a “gestão de contabilidades financeiras e sociais do sistema”, como diz o filósofo-político, Toni Negri. Nesse vacilo, foi logo vitimado por alguns golpes “ninjas” – deturpação das práticas ninjas verdadeiras – e engravatado por um dos ninjas tupiniquim, foi jogado em uma calçada junto com outros manifestantes e profissionais da imprensa, e de quebra teve seus instrumentos de trabalho danificados.

Esquecido do que seja política para às direitas, o repórter-fotográfico, quando chegou ao tatame-paulistano, tentou falar com os “ninjas” afirmando que era profissional do jornalismo, mas nada adiantou. Experimentou a delicadeza oriental adaptada para o Brasil. O esquecimento do conceito de política para os governos de direita foi tamanho que ele afirmou que ao chegar sentiu a força da opressão no tatame, mas mesmo assim não lembrou, do que falou o filósofo-político, Toni Negri. Aí, não deu outra: resíduos orientais transfigurados em violência policial caíram sobre. Estava assim, confirmada a “nova” técnica-estratégica de combate às manifestações de ruas do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Governador da direita.

 “PELOTÃO NINJA” EM AÇÃO

“Quando cheguei ao protesto, por volta das 17h, senti uma energia pesada no ar. Era essa a mesma sensação dos colegas de imprensa que conversei. Acho que prevíamos a violência que estava por vir.

O que presenciei foi uma rápida ação policial, que em maior número, cercou rapidamente centenas de pessoas, dentre os quais jornalistas. Exercendo minha profissão, fui agredido por cassetetes, mesmo mostrando meu crachá de imprensa e tentando dialogar e acalmar os ânimos. Tive lesões nos braços e nas mãos.

Fui retirado do cerco com uma chave de pescoço, com técnica de jiu-jitsu, e encaminhado para calçada com outros 200 manifestantes. Durante todo esse período, argumentei com os policiais que trabalhava para imprensa e gostaria de comunicar isso a um oficial superior. Sem sucesso

Pela primeira vez na vida, tive a sensação clara de estarmos no mesmo clima da ditadura que completa 50 anos em 2014. Tive meu trabalho impedido moral e fisicamente, além da quebra parcial do meu equipamento fotográfico e a forte sensação de que a polícia e governo do Estado ainda se orientam pela violência presente na ditadura.

A triste experiência de 22 de fevereiro me remete ao sofrimento incomparável que os manifestantes e presos políticos passaram durante o período do Golpe Militar no Brasil”, explanou o repórter-fotográfico Victor Moriyama.

DILMA, NA BÉLGICA, PARTICIPA DO 7º ENCONTRO EMPRESARIAL BRASIL-UNIÃO EUROPEIA

A presidenta Dilma Vana Rousseff participando da reunião de cúpula do 7° Encontro Empresarial Brasil-União Europeia, na Bélgica, que contou com o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, e o presidente do Conselho da União Europeia, Herman Van Rompuy, falou sobre os temas mais importantes internacionalmente como a necessidade de encontrar uma saída para crise econômica mundial – o que ela já vem falando há muito tempo em todas as reuniões internacionais -, acordos entre o Mercosul e o bloco europeu e a governança na internet para garantir segurança e privacidade dos cidadãos. Um tema que passou a ser pauta de todos os governos desde o momento em que o mundo ficou sabendo das espionagens sobre a maioria dos Estados realizadas pelo governo Obama através da Agência Nacional de Segurança (SNA) dos Estados Unidos.

Ela destacou a preocupação de seu governo em se preocupar com a solidez fiscal, a superação da burocracia do Estado Brasileiro responsável pelo atraso do desenvolvimento econômico e a melhoria da infraestrutura do país que vem ocorrendo.

AVANÇAR COM NOVO CICLO DE INVESTIMENTOS

“Estamos comprometidos desde o início do governo em avançar num novo ciclo de investimentos. Para nós, isso significa fundamentalmente investimentos em infraestrutura, educação e inovação.

E no caso do Brasil, especificamente, significa um grande esforço em superar a burocracia. Nosso objetivo, nesse programa de concessões, é superar uma parte do gargalo da nossa economia em termos de competividade, que é a questão do investimento em infraestrutura”, discursou Dilma.

SOBRE A ZONA FRANCA DE MANAUS

Durante seu pronunciamento, depois de elogiar a superação da crise na zona do euro, e na possibilidade de um acordo entre o Mercosul e a União Europeia, Dilma, se opôs a posição do bloco da União Europeia contra o regime tributário da Zona Franca de Manaus.

“A Zona Franca de Manaus não é uma zona de exportação. É de produção para o Brasil e nela se nega emprego e renda. Portanto, ela tem um objetivo, que é evitar o desmatamento”, disse Dilma.

Diante da declaração de Dilma, o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, disse que entendeu a preocupação da presidenta, mas o que lhe chama atenção é com quais instrumentos se vai impedir no desmatamento.

“O que temos são dúvidas sobre um instrumento, sobre como poder atingir esse objetivo”, disse Manuel Barroso.

Por sua vez, o presidente da União Europeia Van Rompuy, falou no lado positivo do comércio livre para solucionar a crise econômica.

“O livre comércio é a melhor resposta para os desafios econômicos”, disse Rompuy.

CAMELÔ PROTESTA CONTRA DECISÃO CAMELÓGICA DO PREFEITO DE MANAUS, ARTHUR (PSDB), E O CHAMA DE “DESONESTO”

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O prefeito de Manaus, Arthur Neto, do PSDB, partido reacionário representante da burguesia-ignara cujo modelo encontra-se configurado na imagem da elite – elite financeira, nada de nobreza filosófica e honradez política – paulistana, carrega em sua biografia de personagem que desfilou pelos palcos do Legislativo e Executivo uma nota atraente como fator de análise da administração pública elaborada em seu tempo de prefeito de Manaus – eleito em 88 – quando se tornou o primeiro prefeito do Brasil a se aliar com o presidente Collor, retrógado representante do poder econômico, na época, e principal cria da TV Globo.

NOTA BIOGRÁFICA DE ARTHUR

Essa nota foi escrita – ou inscrita – quando naquela administração ele não teve o entendimento político necessário e possibilitou o espancamento de camelôs que trabalhavam no centro de Manaus. O que redundou em pessoas feridas e com traumas indeléveis. Depois desse incidente os camelôs nomearam Arthur, seu maior inimigo. Os camelôs não sabiam – e muitos ainda não sabem – que ele é de origem de família considerada tradicional em Manaus, e que sua determinação tinha ligação com os comerciantes do centro e as famílias que acreditam que o espaço urbano é de propriedade dos dessas ditas famílias tradicionais.

Foi então que na eleição passada, Arthur, se candidatou para o cargo de prefeito. Sua grande preocupação foi conversar com os camelôs para tentar reverter a nota despolitizada de sua antiga administração. Lavá-los a acreditar nas novas promessas. Para tal, disse que era outro, assim como era outro o tempo. Resultado: recebeu o apoio da maioria dos camelôs. Daí ficou tudo fácil. Com o apoio da classe média indiferente, profissionais aburguesados, jovens-facebookados- alienados, professores descompromissados, mídia subserviente, blogueiros intelectualmente- assépticos e a-históricos, e empresários calculistas, foi eleito.

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A CAMELÓGICA DE ARTHUR

Eleito se prontificou a colocar em ato seu plano de retirada dos camelôs do centro. Espaço-domográfico das famílias tradicionais, e alojá-los em prédios localizados distante do espaço onde esses pequenos trabalhadores realizavam seus negócios.

O certo é que uma parte desses pequenos-comerciantes não concordou com a camelógica de Arthur (camelógica, palavra-valise encadeada pelas palavras camelô e lógica, como uma terceira-potência linguística). Não concordou com o deslocamento provocado pela estratégia de revitalização do chamado centro histórico de Manaus. Uma revitalização que compromete o conhecimento de cidade e urbanidade da prefeitura. Daí que muitos camelôs protestaram contra a determinação de Arthur, apesar do marketing que sua gestão vem fazendo, mostrando camelôs elogiando a determinação do prefeito.

A CONSCIÊNCIA PROFISSIONAL DE HAVIER

Entre os que estão protestando contra a camelógica da prefeitura, o alcunhado plano de revitalização do centro, encontra-se o camelô Havier, peruano que se encontra em Manaus há mais de 30 anos e que foi um dos espancados pelos rapas de Arthur. Para ele tudo que é apresentado na propaganda pró- prefeitura é encenação feita por camelôs que foram pagos para dizerem o que dizem.

Em seu entendimento do caso Havier, conclui que o prefeito é desonesto e que sua carreira acabou. Para tornar público seu protesto, Havier, se postou em um cruzamento estratégico do centro de Manaus com um cartaz de duas faces escrito em inglês com mensagens contra o prefeito do PSDB. Um saque inteligente, já que são ruas onde transitam muitos turistas.

Em sua conversa com afinados, ele comparou a administração popular de Lula e Dilma, com suas políticas sociais endereçadas ao povo, e a administração de Arthur, que segundo ele, não tem o povo como seu objetivo.

HAVIER ANALISA A OUTRA NOTA BIOGRÁFICA DE ARTHUR

Enquanto isso, a mídia subserviente e parasitária propaga que a retirada dos camelôs está sendo realizada de forma ordeira – chamam os manauaras de ordeiros – e pacífica, conjuntamente com os edis apaniguados do prefeito. Em tom de ironia, Havier, disse que ia desfilar na Banda da Banca nas Costas.

“Eu tenho 53 anos. Sou de Lima, Peru. Moro no loteamento Piorinim. Aqui na rua eu vendo cintas e luvas ortopédicas. Estou aqui desde a primeira administração de Arthur. Também sofri a violência dele naquela época. E hoje estou me sentindo enganado.

Eles estão mascarando a realidade. Aqueles que estão dando entrevistas nas mídias são pagos para falar bem do prefeito”, analisou Havier.

ATENÇÃO TELEFONOSOS! A PARTIR DE MARÇO TELEFONAR DO FIXO PARA O CELULAR VAI FICAR 13% MAIS BARATO

Os usuários terão uma economia de R$ 2,1 bilhões no ano. Foi o que afirmou a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) ao publicar no Diário da Oficial da União (DOU) a decisão do governo federal. Com a decisão o preço da ligação do telefone fixo para o celular, que é de R$ 0,45, vai passar para R$ 0,39 por minuto.

E tem mais. As ligações interurbanas, DDD, efetuadas do fixo para o celular iniciados com o mesmo dígito – exemplo simples, 61 ou 62 – vai para R$ 0,80 deixando o valor de R$ 0,93. Quem gostou tem mais. O preço médio das ligações interurbanas do fixo para celular deixa o preço fixo de R$ 1,05, e se move para o preço de R$ 0,92.

Gosto? Tem mais futuramente. De acordo com a Anatel estão previstas novas quedas nos valores das ligações para o ano de 2015. Essa realidade só foi possível por causa da aprovação, em 2012, do Plano Geral de Metas de Competição da Anatel.

DATAFOLHA, DAS DIREITAS, CONFIRMA O VÍCIO: DILMA LEVA NO PRIMEIRO TURNO. O MESMO DIZ O VOX POPULI

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Não tem para ninguém. Na verdade: não há candidato das direitas para concorrer à Presidência contra Dilma Vana Roussefff. Não tem nem candidato declaradamente das direitas e nem candidato das direitas querendo se passar por socialista, como o Belezão, Eduardo Campos. Às próprias direitas já sabem que são favas contadas: 2015, já chegou. Esse real é tão convincente que o próprio diretor do Datafolha se aliou de vez com as direitas para tentar uma estratégia contra a deplorável realidade para eles.

A certeza se materializa nas próprias enunciações dos direitistas através de seus institutos de pesquisa eleitoral como o Datafolha que mostra vitória de Dilma no primeiro turno. A pesquisa foi realizada com 2.614 pessoas, em 161 cidades, entre os dias 19 e 20. Além de mostrar a vitória de Dilma no primeiro turno, a pesquisa mostra que a presidenta manteve seu nível de aprovação em 41%, que é o mesmo número apresentado pela pesquisa de novembro.

AS DIREITAS EM DIREÇÃO AO BALATAL NO DATAFOLHA

-Dilma 47%. Aecinho, o afásico político, do PSDB, representante da burguesia-ignara17%.

-Dilma 47%. Eduardo Campos, Belezão, espectro do socialismo, 12%.

-Dilma 43%. Marina Silva, nada a ver com o Silva de Lula, a disangelista, do partido do Belezão, 23%.

AS DIREITAS EM DIREÇÃO AO BALATAL NO VOX POLULI

O Instituto Vox Populi entrevistou 2.201 eleitores, em 161 cidades, entre os dias 13 e 15 de fevereiro.

– Dilma 41%. Aecinho, playboyzinho fora de tempo, 17%.

– Dilma 41%. Belezão, Eduardo Campos, socialista da elite, 6%.

Em tempo político real que empurra as direitas para o balatal. Segundo o íntegro, honrado e inteligentíssimo Porta Carta Maior, o Datafolha sonegou a informação de a maioria dos brasileiros quer liderança comandada por Lula ou Dilma.

ENQUANTO ISSO LULA…

Lula viaja hoje, dia 24, para Cuba. Na Ilha, ele falará aos governantes cubanos sobre energia, produção agrícola e, de quebra, visitará o Porto Mariel, a 45 quilômetros ao Oeste de Havana, que foi construído, em sua maior parte, com financiamento de US$ 682 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDS), e inaugurado pela presidenta Dilma Vana Rousseff.

COM A DETERMINAÇÃO DE JOAQUIM BARBOSA EM MANDAR PRENDER ROBERTO JEFFERSON, SALTA UMA QUESTÃO: QUEM VAI FAZER DOAÇÕES?

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O ex-deputado Roberto Jefferson (PTB/RJ), como parlamentar, tem uma biografia legislativa das mais deploráveis quando se trata de democracia quanto ao seu sentido filosófico. Principalmente o sentido outorgado pelo filósofo holandês Spinoza que a conceitua como um regime composto pelas potências de todos os homens que criam o estatuto do Estado, o Bem comum, os Negócios Públicos com os objetivos na produção de cidadania.

AGENTE DA TROPA DE CHOQUE DE COLLOR

O ex-deputado é um reacionário por opção. Não por uma questão histórica, porque nunca foi sujeito histórico, mas, sim, sujeito-sujeitado a-histórico. Convicto foi da Arena, partido “laranja-político” cuja função era sustentar as decisões dos militares no período da ditadura que tomou conta do Brasil entre os anos de 1964 e 1985. Com a abertura política manteve suas convicções para manter-se no ilusório poder – o filósofo Baudrillard diz que o poder não existe e tudo não passa de simulacro – que sua existência reacionária havia concebido. Com Collor elevado à Presidência pelas forças retrógadas do país, principalmente a TV Globo, tornou-se seu líder da tropa de choque palaciana. Nessa época, gordão, fazia uso de sua aparência para influir na relação com seus desafetos.

O PARLAMENTAR CONTORCIONISTA

Com a queda de Collor, como era bem treinado para se ajustar a qualquer situação, foi se esgueirando e conseguiu visibilidade nos governos subsequentes, como no caso dos desgovernos Fernando Cardoso. Sabia de quase tudo que ocorria nos meios governamentais, principalmente os atos antidemocráticos como a compra dos votos para reeleição do príncipe sem trono. Com a eleição de Lula procurou se aproximar do governo usando seu PTB como aliado do PT, e foi aí que Dirceu marcou.

A CEGUEIRA DE DIRCEU DIANTE DO RESSENTIDO

Dirceu um homem preso às objetividades construídas por semióticas práticas do mundo capitalista, não discerniu o homem que tinha a sua frente, Roberto Jefferson. Acreditava que tratar com ele era apenas uma questão de formular implicações políticas dentro do governo como líder de um partido da base de aliança do governo Lula. Não viu o homem ressentido, rancoroso, ambicioso e mau que é Roberto Jefferson. Dirceu não dava muita atenção a Roberto Jefferson. Marcava reuniões e quando não lhe deixava esperando – o famoso chá de cadeira-, não realizava o encontro. Essa espécie de descaso é o que é de pior para quem guarda em si uma grande quantidade de afecções tristes.

Roberto Jefferson não imaginou duas vezes: fez a intriga que era de sua índole, mas Dirceu não viu a afecção má pela qual era possuído. Daí saiu a Ação Penal 470. Ele foi cassado e condenado, mas não ficou ofendido. Tinha conseguido o que sempre quis – como muitos -, vingar-se de Dirceu. “Acabei com a carreira política de Dirceu”. Proferiu com o júbilo dos ressentidos e invejosos.   

SOBRE O CÁRCERE E AS DOAÇÕES

Depois de passar meses sem ser intimado à prisão, mesmo com os outros condenados presos, o ministro Joaquim Barbosa resolveu determinar sua prisão na sexta-feira, dia 21. O tratamento diferente com Roberto Jefferson apresentado por Barbosa que contrariava o tratamento que havia concedido aos outros condenados estava causando perplexidade na sociedade brasileira.

Agora, ele será preso amanhã pela Polícia Federal e irá cumprir pena em regime fechado em presídio carioca. Ele pretendia cumprir pena em casa em virtude de uma cirurgia que fora submetido no pâncreas, mas lhe foi negado. Também terá que pagar multa. E essa é a questão. Se ele seguir o modelo de arrecadação dos membros do PT quem irá fazer doações? Todas às direitas? Possivelmente não. Às direitas são avarentas, por isso ambicionam continuamente o poder. Quem, então? Terá Roberto Jefferson o dinheiro suficiente para pagar sua multa? Será que ele pediria doação de Dirceu que arrecadou mais do que o necessário?

DA SOLIDARIEDADE QUE AS DIREITAS NÃO CULTIVAM

Enquanto as respostas não se concretizam, é sempre bom lembrar – “que um copo vazio está cheio de ar”, como diz Gil – que Dirceu arrecadou mais do que o necessário para pagar sua multa. Solidariedade que as direitas odeiam. Como dizem: prova de que os doadores não aceitaram o veredito imposto pelos ministros no julgamento.

DILMA SE ENCONTRA COM PAPA CHICO E PEDE MENSAGEM EM RELAÇÃO À COPA

Dilma presenteou o Papa Francisco com uma camisa da Seleção Brasileira autografada por Pelé

A presidenta Dilma Vana Rousseff, que deve ser reeleita, apesar do IBOPE divulgar queda de 4% na aprovação de seu governo só para iludir os desesperados direitistas, viajou para o Vaticano para realização de duas cerimônias. Uma encontrar com o Papa Francisco, mas conhecido na intimidade católica ou não-católica como Papa Chico. Outra, para participar do consistório, cerimônia de oficialização do arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta, como cardeal da Igreja Católica.

No momento do encontro com o Papa Chico, Dilma presenteou uma camisa da Seleção Brasileira rubricada por Pelé. Talvez por duas realidades: Pelé é eterno garoto-propaganda da FIFA, e também não tem no Brasil um ex-jogador tão claramente representante do capitalismo futebolístico como o autor da frase: “O povo não sabe votar”. Ela também ofereceu uma bola com a rubrica de Ronaldo. Esse um representante do Comitê de Organização da Copa Local. Não foi um craque como Garrincha, Rivelino, Zico, Afonsinho, Paulo César Cajú, entre poucos, mas faz parte do grupo-copista. Como não foi jogador com grau de craque, foi alcunhado de Fenômeno.

Como o Papa Chico é argentino, Dilma pediu para manter a neutralidade para que Deus não empurre a bola com a mão para beneficiar ninguém. Dilma tem razão em se preocupar: a Argentina está no páreo. E é carne de pescoço: é preciso dentes fortes para mastigá-la. Entretanto, Dilma não deviria se preocupar com a mão de Deus, porque Maradona não vai jogar na Copa, e só ele, como craquíssimo, tinha o dom de encadear fluxos com Deus e materializá-lo no mundo futebolístico. O resto dos jogadores, mesmo crentes em Deus, não tem esse dom de elevação-espiritual. Não é por acaso que se chama Maradona de El Dios.   

“A única coisa que eu pedi foi que a neutralidade fosse mantida pelo santo padre e assim, a ‘mão de Deus’, não empurrasse a bola de ninguém.

Vim pedir uma mensagem dele sobre esse posicionamento da Copa do Mundo no Brasil, a Copa das Copas. Pedir um posicionamento quanto à questão da paz e contra o preconceito, especificamente contra o racismo.

Eu fiquei muito feliz com a indicação de Dom Orani. Acho que a escolha dele é merecida. Além de ser homem de fé, é pessoa com grande capacidade, solidariedade, que se interessa pelos movimentos sociais, pelos pobres”, considerou Dilma.

Mas a presidenta unilateralmente não presenteou o Papa Chico. Ele também a presenteou. Deu-lhe um terço, uma imagem do Anjo da Paz e uma medalha para que ela ofereça à sua filha, Paulo.

“Uma medalha que ele me entregou da forma muito humana que ele tem”, observou.   

HADDAD ENTREGA PROJETO DE LEI QUE PROPÕE A CRIAÇÂO DA COMISSÃO DA MEMÓRIA E VERDADE DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

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Justamente no momento em que completa cinquenta anos da implantação da ditadura militar/civil no Brasil e que perdurou entre os anos de 1964 e 1985, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad do Partido dos Trabalhadores (PT) entregou o projeto de lei que cria a Comissão da Memória e Verdade do Município relativo às ocorrências contra a liberdade democrática desse período.

Durante o discurso de entrega, Haddad, teve a lucidez de lembrar das ameaças que alguns indivíduos, no momento, no Brasil, estão realizando com a prática de endurecimento do regime “flertando” com o autoritarismo e que “acalentam os sonho de viver dias duros”. Acreditando que arbítrio seja a saída para as questões sociais.

A proposta da Comissão da Memória e Verdade do Município:

– Investigar crimes de Estado contra a Humanidade.

– Homenagear que sofreu pela liberdade democrática.

– Investigar casos de servidores desaparecidos durante a ditadura.

– Investigar casos de servidores perseguidos e demitidos.

– Investigar casos de ocultação de cadáveres por Serviço Funerário.

– Apurar o uso do espaço público para sessão de tortura.

“A comissão poderá servir de alerta para uma parte da sociedade que, em função da distância de cinquenta anos do golpe militar e da distância dos eventos trágicos que marcaram a história do Brasil, começa a namorar com soluções de força que não vão levar o Brasil a uma sociedade melhor, mais fraterna e com liberdade.

A criação da Comissão da Memória e da Verdade não é só para passar a limpo os cinquenta anos, mas nos comprometer com os próximo cinquenta, cento e cinquenta anos”, discursou Haddad.

DILMA INAUGURA ARENA BEIRA-RIO, CORTA ORÇAMENTO, SEM ATINGIR EDUCAÇÃO E SAÚDE, E DESEMPREGO É MENOR EM 12 ANOS

Acompanhada pelo governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, o prefeito de Porto Alegre, e o ex-jogador Ronaldo, membro do Comitê Organizador Local da Copa, a presidenta Dilma Vana Rousseff inaugurou o Estádio Arena Beira-Rio um dos estádios onde serão realizadas as partidas da Copa do Mundo de 2014. Serão cinco partidas jogadas no local.

O Estádio Arena Beira-Rio é um dos três estádios de futebol privados que participam da Copa. Agora, depois da reforma passou a ter 50 mil lugares teve um orçamento de R$ 330 milhões com R$ 275 milhões do governo federal.  

Com essa inauguração só faltam o Itaquerão, em São Paulo, Arena Pantanal, em Cuiabá e Arena da Baixada, em Curitiba. O que chamou atenção na inauguração foi o time do Internacional todo uniformizado posando em foto com a presidente. Dilma deu o pontapé inicial e foi aplaudida pelos presentes.  

CORTE ORÇAMENTÁRIO

O governo federal divulgou que fará um corte no Orçamento Geral da União de 2014 de R$ 44 bilhões. Segundo o governo federal, o corte é para manter os fundamentos da economia e a confiança dos investidores internacionais e do mercado através de um superávit primário relativo a 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB), que corresponde a todo setor público consolidado.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que o corte vai possibilitar ao governo uma economia de R$ 80,8 bilhões que chega a ser maior do que a economia registrada em 2013 que alcançou R$ 75,3 bilhões.

“Os instrumentos que utilizamos são a contenção das despesas de custeio, a ampliação dos investimentos e a manutenção dos programas sociais”, observou Mantega.

Porém, de acordo com o governo federal, o corte orçamentário não atingira os ministérios da Saúde, Educação, Desenvolvimento Social e Ciência, Tecnologia e Inovação.

DESEMPREGO EM QUEDA

Presidenta Dilma Rousseff participou de inauguração simbólica do Beira-Rio

Essa é uma notícia que não agrada nada as direitas que desesperadas, por não terem candidato para disputar à Presidência da República, nesse ano, contra a presidenta Dilma Vana Rousseff, sonham com qualquer sinal de conturbação no governo e têm pesadelo com os avanços do mesmo. 

O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho (MP) divulgou que no mês de janeiro o número de empregos criados com carteira assinada foi de 29.595. Portanto, um crescimento de 0,07% em relação a dezembro de 2013 quando foram criadas 28 mil vagas formais. É o menor índice de desemprego em 12 anos.

DECLARAÇÕES INTERVENCIONISTAS DE OBAMA SOBRE A VENEZUELA RESULTA EM CARTA DE REPÚDIO DE MADURO

O presidente Barack Obama como atento continuador de uma subjetividade buraco-negro, que captura tudo que tem vida independente, prossegue com a ideia imperiosa e intervencionista que expressa o caráter alcunhado de político do Estado norte-americano. Em nome de uma democracia-privada, que tem a paz mundial como a satisfação de seus interesses, os governos dos Estados Unidos não mudam a perspectiva de interferir nos negócios dos povos independentes. Seja o governo do Partido Republicano, Bush ou governo do Partido Democrático, Obama, as segmentaridades imperiosas são as mesmas.

A SOCIEDADE MUNDIAL E O INTERVENCIONISMO

Toda sociedade mundial sabe que os governos norte-americanos nunca aceitaram o socialismo bolivariano implantado na Venezuela pelo ex-presidente Hugo Chávez. E muito menos sua relação clara com Fidel Castro. Ou, a bem da verdade, com qualquer personagem que pense o mundo democraticamente como uma realidade filosófica onde o universal é o individual sejam a essencialidade da existência (Hegel/Marx). Daí que a compulsão-imperiosa para mandar – o hábito de mandar faz o tirano – se concretiza novamente na gestão do atual presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.

Diante das exigências de uma parte da população venezuelana dirigida contra o governo Maduro, resultado de uma derrota eleitoral que ainda não foi digerida pelo grupo apelidado de oposição, algumas pessoas foram presas entre elas o líder radical – não no sentido que Marx dá ao conceito radical que significa o homem sendo sua própria raiz – Leopoldo López que é membro da coalizão antichavista Mesa da Unidade Democrática (MUD). Um líder que o governo Maduro afirmar está a serviço do governo norte-americano. Uma convicção que o levou a suspeitar de três autoridades diplomáticas do governo Obama e por isso expulsou-as do país acusando-as de estarem financiando e apoiando os atos de violência. Com o quadro configurado Obama resolveu divulgar sua opinião sobre as ocorrências na Venezuela e exigiu que o governo venezuelano libertasse todos os presos e considerou “legitimas” as reivindicações. Maduro, entendendo o valor da soberania de seu Estado, repudiou, em nota, a ingerência intervencionista de Obama.

PARTE DA NOTA

“O governo da República Bolivariana da Venezuela  repudia taxativamente as declarações emitidas na quarta-feira, dia 19,pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, a medida em que constituem em uma nova e grosseira ingerência nos assuntos internos de nosso país, com o agravamento de usar como base informações falsas e afirmações sem fundamentos.

Por que financia, alenta e defende os dirigentes opositores que promovem a violência. Atacando um país livre e soberano da América Latina, cujas políticas, orientações e decisões são resultados da vontade popular, expressa democraticamente.

A Venezuela vai continuar a impedir que agentes americanos implantem a violência e a desestabilização no país”, diz trecho da nota de repúdio.

Quem está por trás dos protestos na Venezuela?

Envolvido no golpe de 2002 e representante da elite de seu país, “Leopoldo López representa o que há de mais à direita no espectro político venezuelano”

DemocracyNow

wikimedia commonsOs protestos na Venezuela têm sido apresentados pela mídia comercial como manifestações populares massivas contra o governo Maduro; no entanto, não têm sido discutidos os verdadeiros jogos políticos que elas escondem. Transcrevemos abaixo trecho da entrevista do professor George Ciccariello-Maher*, que dá um panorama da história recente venezuelana e das figuras envolvidas nas tentativas de deposição do governo Maduro. 

DemocracyNow: O que está acontecendo na Venezuela hoje?

George Ciccariello-Maher: Está acontecendo um grande evento, que será uma tarefa crucial para o governo de Maduro. É nossa obrigação que analisemos a situação dentro de seu contexto histórico, para entendermos quem está agindo. Se acompanhamos o Twitter, observamos que há uma tendência: neste momento “pós-occupy” e sucessor à Primavera Árabe, toda vez que vemos protestos nas ruas, nós começamos a retuitá-los e a sentir uma simpatia pela causa, mesmo sem saber qual é o contexto dela. Uma vez que analisamos o contexto venezuelano, o que vemos é mais uma tentativa, dentro de uma longa história de tentativas, de depor um governo democraticamente eleito, desta vez se aproveitando de uma mobilização estudantil contra a insegurança e as dificuldades econômicas.
 
DN: George Ciccariello, quem é Leopoldo Lopez? O Washington Post o descreve como um homem de 42 anos, de esquerda, que estudou em Harvard. O que você sabe da sua história?

GC-M: Dizê-lo de esquerda seria forçar a barra. Leopoldo Lopez representa o que há de mais à direita no espectro político venezuelano. Ele foi educado nos Estados Unidos desde o ensino médio até sua graduação na Harvard Kennedy, ele descende do primeiro presidente venezuelano e dizem que até mesmo do próprio Simon Bolívar. Em outras palavras, ele é o representante desta classe política tradicional que deixou o poder após a Revolução Bolivariana. Em termos de sua história política, seu partido, o Primera Justicia, foi formado por uma intersecção entre corrupção e intervenção norte-americana, corrupção por sua mãe, ao arrecadar fundo fraudulentos de uma companhia de petróleo venezuelana para este novo partido, e pelo outro lado fundos do NED, do USAID, e de instituições do governo norte-americano. Assim que Chávez chegou ao poder, os partidos políticos tradicionais entraram em colapso, e tanto a oposição interna quanto o governo do EUA precisavam criar algum outro veículo para fazer oposição ao governo Chávez, e este partido de Leopoldo Lopez é um destes veículos. Neste momento, até mesmo a liderança anterior do partido, Henrique Caprilles, que foi o candidato para as eleições presidenciais, percebeu que a linha de tomar ações nas ruas na tentativa de depor um governo democrático simplesmente não vai funcionar. No entanto, Leopoldo Lopez e outros líderes, como Maria Corina Machado e Antonio Ledesma, continuam tentando depor o governo.

DN: O presidente Maduro expulsou três diplomatas norte-americanos, alegando que eles estavam envolvidos no apoio à oposição. Você poderia nos falar sobre isso?
GC-M: O governo Obama continua a financiar esta oposição, até mesmo mais abertamente do que Bush fazia: Obama requisitou fundos para estes grupos opositores, mesmo que eles estivessem envolvidos em atividades antidemocráticas no passado e apesar do fato de López e outros estarem envolvidos no golpe de 2002 e terem participado de ações violentas na época. Dizer que López hoje é um representante da democracia só pode ser uma piada. Há uma questão interessante aqui, a de que o governo venezuelano, se ouvimos as palavras da esposa de Leopoldo López em declarações recentes, agiu para proteger a vida de López, que estava sob ameaças. A maneira pela qual López foi preso foi muito generosa, muito mais do que López foi no passado, quando liderou uma caça às bruxas contra os ministros chavistas que foram espancados em público no caminho da prisão. López pode até mesmo falar em um mega-fone no dia em que foi preso. Podemos nos perguntar: por que o governo de Maduro está sendo tão gentil com ele? Na verdade, preferem que ele seja o líder da oposição porque ele simplesmente não seria eleito, pois ele representa a nata das elites venezuelanas.

DN: O que vemos na mídia comercial é uma Venezuela fora de controle, com altos índices de violência, escassez de comida e inflação altíssima. Qual é sua avaliação da situação do país hoje?

GC-M: Para dizer claramente, a escassez de comida tem sido sim um problema, e a segurança pública é um problema gigantesco na Venezuela. Ambos são problemas profundos que tem a ver com falhas do governo para tratá-los, mas também relação com a ação de vários outros atores. No caso da criminalidade, a infiltração de máfias tem sido muito grande nos últimos anos, e no caso da escassez, o papel de capitalistas que estocam bens de consumo e a especulação da moeda tem sido uma força destrutiva que nos lembra muito o Chile de Allende, onde se tentou destruir a economia como uma preparação para o golpe. Mas, na verdade, este dois fatores que os estudantes tem protestado contra não explicam o porquê destes protestos estarem emergindo, pois os índices de criminalidade estão baixando e a escassez de comida não está nem de longe tão ruim quanto estava há um ano. O que explica o que está ocorrendo agora é que, depois das eleições de dezembro, este foi o momento em que a direita disse “já chega, estamos cansados de eleições, nós vamos às ruas tentar derrubar este governo”, mas neste meio tempo, os movimentos revolucionários venezuelanos, as organizações populares, que são no fim das contas a base deste governo, que nunca teve apenas como base Chávez ou Maduro enquanto individuos, mas sim milhões e milhões de venezuelanos que estão construindo uma democracia mais profunda e mais direta, construindo movimentos sociais, organizações, conselhos de trabalhadores, conselhos estudantis, conselhos de camponeses, estas pessoas estão continuando a luta, estão defendendo o governo Maduro, e estes protestos que estão ocorrendo principalmente nas regiões mais ricas de Caracas, a Beverly Hills de Caracas, não as fará desistir desta tarefa.

DN: E o papel dos EUA?

Os EUA continuam a financiar a oposição. Acho que no futuro, como costuma acontecer, nós teremos acesso às informações do grau de envolvimento dos EUA no financiamento à oposição venezuelana. Na realidade, esses protestos são um cálculo errado por parte da oposição, não parece que os EUA teriam dito à oposição para tomarem este caminho, pois ele não parece ser muito estratégico. Sabemos que esta é uma oposição em contato direto com a embaixada norte-americana, que recebe fundos do governo dos EUA, mas este é o movimento de uma oposição venezuelana autônoma que vai, como parece, novamente desmoronar.
 
Você pode conferir o vídeo da entrevista completa no site do DemocracyNow
 
(*) Professor da Drextel University e autor do livro  “We Created Chávez: A People’s History of the Venezuelan Revolution” (Nós Criamos Chávez: Uma História do Povo da Revolução Venezuelana)
 
Tradução de Roberto Brilhante


USAR O CONTROLE REMOTO É UM ATO DEMOCRÁTICO!

EXPERIMENTE CONTRA A TV GLOBO! Você sabe que um canal de televisão não é uma empresa privada. É uma concessão pública concedida pelo governo federal com tempo determinado de uso. Como meio de comunicação, em uma democracia, tem como compromisso estimular a educação, as artes e o entretenimento como seu conteúdo. O que o torna socialmente um serviço público e eticamente uma disciplina cívica. Sendo assim, é um forte instrumento de realização continua da democracia. Mas nem todo canal de televisão tem esse sentido democrático da comunicação. A TV Globo (TVG), por exemplo. Ela, além de manter um monopólio midiático no Brasil, e abocanhar a maior fatia da publicidade oficial, conspira perigosamente contra a democracia, principalmente, tentando atingir maleficamente os governos populares. Notadamente em seu JN. Isso tudo, amparada por uma grade de programação que é um verdadeiro atentado as faculdades sensorial e cognitiva dos telespectadores. Para quem duvida, basta apenas observar a sua maldição dos três Fs dominical: Futebol, Faustão e Fantástico. Um escravagismo-televisivo- depressivo que só é tratado com o controle remoto transfigurador. Se você conhece essa proposição-comunicacional desdobre-a com outros. Porque mudanças só ocorrem como potência coletiva, como disse o filósofo Spinoza.

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CAMPANHA AFINADA CONTRA O

VIRTUALIZAÇÕES DESEJANTES DA AFIN

Este é um espaço virtual (virtus=potência) criado pela Associação Filosofia Itinerante, que atua desde 2001 na cidade de Manaus-Am, e, a partir da Inteligência Coletiva das pessoas e dos dizeres de filósofos como Epicuro, Lucrécio, Spinoza, Marx, Nietzsche, Bergson, Félix Guattari, Gilles Deleuze, Clément Rosset, Michael Hardt, Antônio Negri..., agencia trabalhos filosóficos-políticos- estéticos na tentativa de uma construção prática de cidadania e da realização da potência ativa dos corpos no mundo. Agora, com este blog, lança uma alternativa de encontro para discussões sociais, éticas, educacionais e outros temas que dizem respeito à comunidade de Manaus e outros espaços por onde passa em movimento intensivo o cometa errante da AFIN.

"Um filósofo: é um homem que experimenta, vê, ouve, suspeita, espera e sonha constantemente coisas extraordinárias; que é atingido pelos próprios pensamentos como se eles viessem de fora, de cima e de baixo, como por uma espécie de acontecimentos e de faíscas de que só ele pode ser alvo; que é talvez, ele próprio, uma trovoada prenhe de relâmpagos novos; um homem fatal, em torno do qual sempre ribomba e rola e rebenta e se passam coisas inquietantes” (Friedrich Nietzsche).

Daí que um filósofo não é necessariamente alguém que cursou uma faculdade de filosofia. Pode até ser. Mas um filósofo é alguém que em seus percursos carrega devires alegres que aumentam a potência democrática de agir.

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