Arquivo para 25 de abril de 2014
A MINISTRA ROSA WEBER DECIDIU A CPI DA PETROBRÁS A FAVOR DOS REACIONÁRIOS, MAS A PRESIDÊNCIA DO SENADO VAI RECORRER
Published sexta-feira, 25 abril, 2014 Corrupção , CPI , Justiça , Notícia , Política Leave a CommentEM COMUNICAÇÃO ONLINE, DILMA, AFIRMA QUE A SOCEDADE SERÁ RESPONSÁVEL PELA REGULAMENTAÇÃO DO MARCO CIVIL DA INTERNET
Published sexta-feira, 25 abril, 2014 Brasil , Comunicação , Debate , Democracia , Governo Federal , Internet , Notícia , Política Leave a CommentPara responder algumas questões de brasileiros referentes ao Marco Civil da Internet, assim como sua regulamentação, a presidenta Dilma Vana Rousseff se comunicou via online e proporcionou bons momentos de conversa-virtual (se é que é possível realizar conversa na virtualidade teletecnológica: a simulação do real) com mais 1,2 mil acessantes.
SOBRE A REGULAMENTAÇÃO
“O armazenamento de dados não afeta a liberdade individual porque é vedado às empresas e aos governos a violação da privacidade de dados, seja no que se refere às pessoas, no que se refere às empresas e ao governo.
Haverá um decreto regulamentando essa lei. Ele será discutido amplamente pela internet e com toda a sociedade, para que nós possamos aprimorar cada vez mais esse dispositivo que assegura a privacidade, coibindo eventuais abusos.
Às únicas exceções no Marco Civil, no que se refere à exigência de medidas judiciais para retirada de conteúdo, são materiais com cenas de nudez ou ato sexual de caráter privado. O intuito é de proteção, em especial de mulheres, com privacidade violada pelos parceiros.
SOBRE OS DIREITO OFFLINE E ONLINE
Os direitos que as pessoas têm off-line devem ser também protegido online. A NetMundial, que ocorre agora em São Paulo, vem impulsionar esse esforço, e mostra como o mundo quer, defende e luta por mudanças na situação vigente e pelo fortalecimento da liberdade de expressão e da privacidade na internet.
Por isso, acreditamos que nenhum país tem o direito, sob quaisquer alegações, de espionar pessoas, empresas e outros países.
SOBRE CORRUPÇÃO E INTERNET
Nós devemos combater a corrupção no país por todos os métodos, inclusive por meio da internet, e o marco civil, agora aprovado, garante que não há possibilidade de censura de conteúdo de nenhuma forma. E muito menos de páginas na internet que protestam contra a corrupção. Pelo contrário. Todos aqueles que o fazem terão seu direito à livre expressão e podem contar com a minha parceria.
SOBRE DATA CENTERS
O governo não irá insistir para implantar data centers no país. Consideramos superado este debate pelo Parágrafo 3º do Artigo 11, justamente a obrigação para os provedores de conexão e aplicação de cumprir a legislação brasileira, referente à coleta, guarda, armazenamento ou tratamento de dados.
SOBRE PROVEDORES
Os provedores e conexão e aplicações de internet deverão prestar, na forma de regulamentação, informações que permitam a verificação quanto ao cumprimento da legislação brasileira referente à coleta, a guarda, ao armazenamento ou ao tratamento de dados, bem quanto ao respeito à privacidade e ao sigilo de comunicação”.
O PSTF — Partido do Supremo Tribunal Federal
Published sexta-feira, 25 abril, 2014 Diario do Centro do Mundo Leave a Commentpor : Paulo Nogueira
Um STF partidarizado é uma tragédia nacional.
Esta é a principal conclusão que você pode tirar da decisão da ministra Rosa Weber por uma CPI exclusiva da Petrobras.
Não vou nem discutir aqui se o melhor seria mesmo uma CPI exclusiva ou uma abrangente, na qual coubessem as propinas do metrô de São Paulo.
Meu ponto é o STF como partido. O PSTF, Partido do Supremo Tribunal Federal.
O drama é que, tomado de interesses políticos, o STF perde completamente o caráter técnico que deveria ter. E isso é um golpe avassalador na ideia da justiça como um conceito acima de interesses.
Machado de Assis escreveu que o maior pecado depois do pecado é a publicação do pecado. Já se imaginava, há algum tempo, que a justiça não fosse exatamente neutra. Agora, isto é amplamente conhecido.
As consequências da partidarização do STF são calamitosas.
Se uma decisão cabe a um juiz, você sabe antecipadamente como ele vai votar. Se houvesse uma casa de apostas jurídicas, não haveria jeito de você errar em seu palpite.
Caiu nas mãos da ministra Rosa Weber o veredito sobre a CPI. Dado o seu retrospecto – ela entrou para a história ao dizer que mesmo sem provas se achava no direito de condenar Dirceu – já se sabia desde sempre qual seria a escolha.
Deu a lógica.
Imagine que o caso parasse nas mãos de Lewandowski. Teríamos uma CPI abrangente.
Repito: não estou julgando aqui qual caminho é o melhor, se é que algum deles é bom. A discussão é sobre a negação da justiça representada pelo PSTF.
Pessoas pagam o preço disso. Dirceu, por exemplo. Joaquim Barbosa faz tudo que pode para atrapalhar a vida de Dirceu. O mesmo vale para Genoino, tratado como se fosse saudável como, para usar uma imagem cara a Nelson Rodrigues, uma vaca premiada, mesmo com o coração comprometido seriamente.
Dirceu e Genoino terão que esperar Joaquim Barbosa deixar a presidência do Supremo para se livrarem de uma perseguição inclemente.
Com o PSTF, o real perdedor é a sociedade.
A mim chamou a atenção, na votação dos embargos infringentes, como uma questão simples – uma segunda jurisdição está ou não na Constituição – foi tratada com caudalosos, eruditos, intermináveis pronunciamentos que simplesmente se anulavam.
Sim, estava. Ponto. Mas ministros como Gilmar Mendes e Luiz Fucs defenderam, em minúcias, a tese absurda de que a segunda jurisdição não estava na Constituição.
É, como se vê, um PSTF dividido.
Se há alguma coisa boa no julgamento do Mensalão, é que os brasileiros puderam ver quanto é precário o Supremo, a principal corte nacional.
Se ela é assim, imagine as cortes inferiores.
Não se trata apenas de reformar a justiça. Trata-se de reinventá-la no Brasil.
Quanto mais se conhece o STF, mais fica clara sua extraordinária falta de qualidade e de grandeza.
Agora mesmo, no calor da decisão de Rosa Weber, vazou a informação de que um filho dela trabalha na Globo, como jornalista.
É o segundo caso do gênero. Também um filho de Barbosa foi acolhido pela Globo.
Nada contra os filhos dos juízes do STF, mas como esperar imparcialidade dos pais se chegar a eles alguma decisão que diga respeito à Globo?
Alguém vai votar contra o empregador do filho? Quem acredita nisso, como disse Wellington, acredita em tudo. Há, portanto, conflito de interesses, dado o peso e considerada a folha corrida da Globo.
A tarefa urgente, essencial na reinvenção da justiça nacional é tirar o P do PSTF. Não pode ser um partido, ou a sociedade é alvo de intensa, cruel, insuportável injustiça.
Leitores Intempestivos