Por que é mais fácil ser prepotente do que racional? Porque a prepotência não pede qualquer esforço. Basta o prepotente ser reativo a tudo que ele toma como contrário de si. Já ser racional pede esforço, percepção dirigida, concentração, capacidade de discernimento, separação, escolha, análise atitudes racionais necessárias para se atingir a essência das ideias ou objetos que racionalmente se perscruta. Um verdadeiro processual racional de movimento do pensar. O que falta nos governos de direita que por se encontrarem aprisionados em ideias desativadas as defendem como se elas fossem reais.
Esse é o quadro anti-epistemológico que professores das redes de ensino do estado e do município, estão enfrentado: a prepotência dos reativos. Tornou-se quase impossível, já há muito tempo, poder discutir reajuste salarial com os representantes destes governos distanciados do conceito educação. Na semana passada foi a vez dos professores do estado serem violentados com um reajuste de 5,6% oferecido pelo governo e votado pelos parlamentares, seus cumpliciados, contra a educação. Ontem, dia 21, foram os professores da Secretaria de Educação do Município de Manaus (Semed), que viram os vereadores submissos ao prefeito Arthur Neto, do partido da burguesia-ignara, PSDB, votarem os 10% enfiados goela abaixo da categoria. E o pior, indignamente, alguns professores, profissionais analfabetos, apoiaram.
A maioria dos vereadores já estava totalmente acordada com a decisão de Arthur. O vereador, Wilker, chegou a afirma que era preciso votar logo porque era ordem “lá de cima”. Outro, como o vereador Mário Frota, que outrora se imaginava socialista, teve o desplante de comparar os aumentos concedidos pelo governo federal com o oferecido pelo seu eterno amigo, Arthur. Mas não teve a preocupação de comentar que, em São Paulo, o prefeito Haddad do Partido dos Trabalhadores (PT) concedeu quase 16% de reajuste e os professores não aceitaram. Ainda mais, sendo a situação dos professores de São Paulo muito diferente dos professores da não-cidade Manaus.
ERRO NÃO É PECADO, MAS ACORDO COM A DIREITA É CONDENAÇÃO
Os gestalterapeutas tem uma enunciação otimista que afirma que erros não são pecados. Com isso eles querem dizer que as pessoas quando cometerem algum erro não devem se autocondenar. Condenar-se é manter-se escrava do sentimento de culpa que só imobiliza as pessoas. O erro é uma decisão que não teve um efeito bom. Mas saber que um erro é uma decisão cujo resultado não é verdadeiro, só é possível se a pessoa que errou passar a examinar não o erro, mas precipuamente os elementos que lhe levaram a escolher uma decisão errada.
Na campanha eleitoral para prefeito de Manaus, o professor Lambert, um dos fundadores da Asprom, reuniu, durante uma noite, alguns membros da categoria na Bola do Bairro de José para discutir temas referentes à profissão. Mas a reunião não ficou resumida somente aos temas de interesse geral dos professores. O professor Lambert, convidou alguns candidatos, mas não os candidatos á prefeito que ele acreditava que não se afinavam com a causa dos professores, como o ex-prefeito Serafim Correa.
Na verdade, quem teve um palanque particular foi o candidato reacionário Arthur Neto, que aproveito o presente oferecido pelo professor Lamberte, e fez promessas contagiantes aos professores, coadjuvado por seu braço direito, vereador Mário Frota, que também jurou lutar pelas causa dos professores. Na ocasião, o professor Lambert foi muito contestado por parte de alguns professores por ter levado Arthur a um evento que nada tinha a ver com ele, e ter transformado uma ocasião própria dos professores em uma ocasião eleitoral. Um verdadeiro curral eleitoral.
Ontem, depois da aprovação dos 10% pelos vereadores submissos ao prefeito, a vereadora da direita e sempre ligada aos governos reacionários Terezinha Ruiz, que já foi secretária de Educação, diante do protesto de alguns professores e vereadores da chamada oposição, teceu elogios ao professor Lambert, afirmando que ele foi um dos grandes responsável pelo reajuste que naquele momento foi votado. Para ela, Lambert teve um papel importante na elaboração do plano de cargos, carreira e salário.
Erro não é pecado, é uma escolha falsa. Mas o professor Lambert não atendeu os que lhe avisaram que com a decisão dele em levar Arthur, um representante do partido que mais perseguiu os funcionários públicos, ele falsificou o encontro dos professores naquela noite que agora tem o resultado que ofende a categoria.
Mas nem tudo foi erro. O professor Lambert teve o singelo reconhecimento da vereadora conservado Terezinha Ruiz.
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