Em entrevista a jornalista Christiane Amanpour do canal de TV norte-americano, CNN, a presidenta Dilma Vana Rousseff, além de falar de temas como economia, Copa do Mundo, corrupção, eleições falou sobre a prática da tortura que é usada por órgãos policiais.
Como não poderia ser diferente, a jornalista conhecedora da história de Dilma como militante política presa e tortura pela ditadura civil-militar que se instalou no Brasil entre os anos de 1964 e 1985, por defender a democracia brasileira, perguntou-lhe sobre a sua violenta experiência e como conseguiu superar.
Entre outras formas de tortura, tortura Dilma foi submetida ao pau de arara, um tipo patológico de prática em que o torturador amarra o torturado sentado com as mãos pela frente e coloca um cano ente suas mãos amarradas e suas pernas e o pendura entre duas cadeiras e passa a aplicar no preso choques elétricos nos órgãos genitais, anus, na boca, ouvidos, olhos, onde o torturado, de acordo como sua psicopatia, acredite que pode causar dor no prisioneiro. Durante o sofrimento do torturado o torturador, como é um psicopata, sente prazer. Quer dizer: não sente. Porque o prazer é da ordem do desejo, da normalidade, da graça e da serenidade.
“A tortura é algo imperdoável e bárbaro. Ela provoca a perda dos valores humanos e tudo o que nós conquistamos, ao sair das cavernas, e nos elevarmos à condição de civilizados.
Na tortura se aprende a resistir. Só você mesmo pode te derrotar. Não que seja fácil suportar a tortura, não é, e você só suportar a tortura se você se enganar, deliberadamente, dizendo: mais um pouco eu suporto, mais outro pouco eu suporto.
Tem uma coisa que a tortura me fez viver de uma forma intensa, é certeza absoluta de que nós, no Brasil, quem a praticou” analisou Dilma.
O filósofo Nietzsche, diz que os homens embrutecidos, irracionais, violentos são homens que sofreram algum desvio ou atraso em seu desenvolvimento genético e não puderam chegar onde chegaram os homens livres e sensíveis. Eles são como nós éramos em eras passadas. É como se suas existências embrutecidas servissem para nos lembrar como fomos nessas eras passadas. O que se conclui que eles não podem exercer a convivência social que exigi a solidariedade e a alteridade. Ou seja, os princípios éticos para que se concretize uma sociedade.
Observando o que Dilma sofreu e compreendendo o filósofo Nietzsche, entende-se melhor a irracionalidade da ralé-burguesa que no Itaquerão tentou lhe afetar com seus predicados atrofiados. E o que nos causa um laivo sorriso de certeza é que essa gente ignominiosa, em sua covardia, não suportaria um segundo de ameaça de tortura. E é essa ralé-burguesa, covarde e irracional, que ainda quer ir para o poder. Uma ralé-burguesa que frustrada nos princípios solidariedade e alteridade não concebe a existência do outro como seu diferente.
Leitores Intempestivos