“Quem muito fala dos outros tenta se esconder”, diz o dito popular. Ou melhor, para o caso em questão, diz a sabedoria do povo. Segundo provas documentais já apresentadas publicamente por vários pesquisadores, o tempo que Fernando Henrique passou no governo do Brasil foi o tempo, pelo menos, nos últimos vinte anos, que mais ocorreu casos de corrupção e que jamais foram investigadas. Foi nesse tempo que começou o alcunhado “mensalão”, não o que redundou na Ação Penal 470, mas o famoso “mensalão” do PSDB. Foi nessa época que apareceu a conhecida personagem com suas práticas ‘vantajosas’ de como tratar o dinheiro público, Marco Valério, e também o banqueiro proprietário do Opportunity, Daniel Dantas, que foi preso duas vezes pelo delegado da Polícia Federal, Protógenes, na Operação Satiagraha e solto duas vezes por ordem do ministro Gilmar Mendes que lhe concedeu dois habeas-corpus. Gilmar Mendes foi indicado por Fernando Henrique.
Com um extenso histórico de corrupção, essa tal oposição tentou nos governos Lula e, agora, Dilma, passar a acusar o Partido dos Trabalhadores da prática que já vinha de longas e tristes datas. Apoiado pela mídia de mercado e caduca, ela tentou inverter a realidade para que os replicantes tomassem a falsa denúncia como verdade. Não esquecer que a TV Globo, uma das que mais acusa o governo, é exemplo de corrupção: tem uma dívida de milhões com a Receita Federal desde a Copa de 2002.
Agora, o fogo amigo do jornal reacionário que auxiliou a ditadura, Folha de São Paulo (uma forma dissimulada de se dizer imparcial), publicou, no domingo, uma matéria em que afirma que Aécio, quando governador, mandou construir um aeroporto no valor de R$ 14 milhões, em propriedade de seu tio, com dinheiro público. Um tema rico para mostrar de que mundo vem à corrupção.
Para o presidente do PT, Rui Falcão, o senador e candidato das direitas, representante maior da burguesia-ralé, Aécio, do PSDB, “não distingue o público do privado”.
“Ele usou o governo de Minas Gerais como extensão de suas propriedades”, disse Rui Falcão.
O ministro da Comunicação, Paulo Bernardo, considerou o ator de Aécio como “um escândalo”, “um absurdo”.
“Mostra a hipocrisia do PSDB e do Aécio que a qualquer evento gritam CPI e apontam dedo. Agora, fazem um negócio desses”, disse o ministro.
Enquanto isso, em Minas Gerais, o deputado Rogério Corrêa anunciou que vai colher assinaturas para instalar uma CPI na Assembleia Legislativa para investigar o caso.
O caso do aeroporto da família de Aécio já se encontra no Ministério Público de Minas Gerais. Segundo o promotor Eduardo Nepomuceno, o órgão irá analisar os fundamentos da desapropriação e por que parentes de Aécio controlam o aeroporto.
Esse caso é só mais um que implica o conceito de administração pública da apelidada oposição. Entretanto, sabe-se que quem está identificada com ela, continua com ela e vota com ela. Semelhante a ela. Que voem denúncias, elas matam no peito.
Leitores Intempestivos