Arquivo para setembro \30\-04:00 2014

MARINA, A EVANGÉLICA, TRAIU OS MANDAMENTOS DE DEUS QUANDO MENTIU AFIRMANDO QUE NÃO VOTOU CONTRA A CPMF

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Vamos fazer de conta, no momento, que quem proclama continuamente Deus em sua vida é realmente uma pessoa religiosa e, consequentemente, ética. Portanto, vamos deixar de lado, também no momento, a enunciação que afirma que quem proclama sempre Deus encontra-se tentando esconder seus pecados. Falo de lei para esconder meus erros que não quero que os outros conheçam. Síndrome do jurista.

A cândida do capital financeiro Marina, representante do partido de aluguel PSB, faz questão de ser conhecida como uma pessoa religiosa, ligada e temente a Deus. Um signo-metafísico que ela explora com exaustão como candidata à presidência da República. Tudo que faz ela envolve o seu ser superior criador do Céu e Terra e de tudo que sobre ou sob ela. Como criador esse ser sobrenatural criou os valores que os religiosos devem seguir para conseguir sua entrada no paraíso para sentar ao lado Dele.

Entre os seus valores-teológicos, que o homem deve seguir para a busca de sua perfeição celestial, encontram os mandamentos. Entre eles o mandamento “não mentir”, já que a mentira esconde a verdade, que é a força da revelação divina. Quando alguém mente esconde a si próprio. Torna-se uma duplicação falsificada de si mesma. Como o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus, uma suplicação falsificada é um simulacro que anula Deus, já que não o original criado por Ele. Daí mentir o pecado maior por natureza.

Por isso, o burguês certamente não alcançará o paraíso, visto que ele mente para se tornar um homem rico. E sua maior mentira, que sua condenação, é o salário que ele paga ao trabalhador que atrofiam suas potências, enquanto ele lucra o máximo. Marina, com suas alianças, afirma que está ligada umbilicalmente ao patrão que mente. Por isso, Marina usa todos os recursos para conseguir ser eleita.

No primeiro debate entre os presidenciáveis, realizado pela TV Band, Marina falando sobre a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), afirmou que não havia votado contra a sua criação. Até aí Marina aparecia como uma candidata que falava a verdade, embora muitas pessoas já soubessem da verdade.

Todavia, no debate do domingo passado, dia 28, promovido pela TV Record, Dilma aproveitou a oportunidade para tentar fazer com que Marina repetisse sua afirmação passada. Não deu outra. O público passou saber que Marina havia se postado contra Deus. Dilma apresentou as provas que ela, Marina, havia votado quatro vezes contra a criação da CPMF.

“Candidata , não entendo como pode esquecer que votou quatro vezes contra a criação da CPMF. Atitudes como esta produzem insegurança”, rebateu Dilma.

É claro que na primeira afirmação de Marina na TV Band, Deus já sabia que Marina estava mentindo há muito tempo. Ele deve ter deixado rolara para que ela fizesse um exame de consciência e mudasse de comportamento. O que não ocorreu. Agora, Deus sentiu em sua onipotência a verdade de não poder ver Marina falando a verdade. Marina pecou contra os mandamentos.

Mas, isso é uma questão teológica para ser examinada por Deus e Marina em relação a sua salvação ou não. Já que ela blasfemou contra o seu Pai. Entretanto, como eleição não se realiza no mundo sobrenatural, mas no político, a mentira de Marina deve ser debatida pelos eleitores como atores-produtores da democracia. A mentira na democracia é perniciosa para todos os cidadãos. Ao contrário da mentira para Deus que envolve a individualidade do mentiroso como postulante à sua salvação pós-morte. As vezes até como barganha.

A HILÁRIA IGNORÂNCIA DAS DIREITAS QUE COM METRADO E DOUTORADO DE TRAMA CONTRA LULA E DILMA NÃO CONSEGUEM ATINGI-LOS.

 

 

REPROVADO

Os antigos diziam que quando uma pessoa é bronca é porque ela comeu muito coquinho de tucumã ou comeu muita casca de queijo quando criança. O que significa dizer que os antigos atribuíam a ignorância a uma errada função gastronômica. Um erro de alimentação. O que faz com que essa pessoa seja sempre alguém que não consegue entender a objetividade por se encontra presa em sua função gástrica. Ou estomacal. A moral-burguesa de acordo com o teatrólogo alemão, Brecht: “primeiro a barriga depois a moral”.  O burguês é uma voraz oralidade.

Já é da sabedoria dos não prisioneiros estomacais, que as direitas são personagens proprietárias da inteligência e a sensibilidade cristalizadas. Faculdades impossibilitadas de mudança dado ao seu elevado grau de bronquice. Aprisionadas nesse estado, elas não podem compreender, em função de sua química estomacal, que lhe aprisiona impedindo sua atenção à objetividade, que são impotentes para agir sobre o que elas tomam como inimigos e destruí-los. O exemplo são suas tentativas de querer acabar com os governos populares criados por Lula e continuados com Dilma. Suas tramas, trapaças, cretinismo, sordidez, inveja, ódio, manipulação etc., sempre se apresentam ineficazes para seus propósitos que se mostram como uma hilária ignorância.  

Em cada época de eleição presidencial elas, fantasiam a destruição desses governos, muito claramente demonstrado por um dos papas do reacionarismo do Brasil, Jorge Bornhausen, que disse que elas iriam “acabar com a raça do PT”. Imitado pela retrógada Marina que afirmou querer acabar com este “demônio do PT”. Se nós somarmos o tempo que elas tiveram para aprender que não é com esse comportamento bronco que elas conseguirão destruir os governos populares, podemos saber que elas carregam o tempo necessário para o mestrado e doutorado.

 São doze anos dos governos populares. Tempo suficiente para graduação, mestrado e doutorado. E para quem já iniciou a bronquice com curso superior, os doze anos são suficientes até para o pós-doutorado. Com todo esse tempo observando os governos populares, as direitas, se não tivessem comido tanto coquinho de tucumã e casca de queijo, poderiam até ameaça-los. Mas, acontece que as direitas são inimigas delas mesmas. Como estão presas no estômago não podem aprender. Ter novos saberes para construir dizeres ameaçantes. Suas enzimas não se processam com relação aos seus cérebros para estimular suas zonas cognitivas.

Como as direitas não aprenderam nenhuma nova axiomática e continuam errando em suas provas que são as eleições, e como os governos Lula e Dilma criaram uma politica de educação profundamente gerativa, estabelecendo novas metas positivas para esse seguimento político da sociedade, fica visível, e entendível, que elas vão continuar repetindo os anos. Também, porque, elas repetem as mesmas lições torpes oferecidas pela história degenerada secularmente pelo capitalismo contra a democracia real. Uma repetição que lhes afasta cada vez mais da história política do Brasil.

Como não estão aproveitando a prova da eleição deste ano, visto continuarem com a mesma bronquice, o futuro lhe é apavorante, porque tem Lula em 2018. A única saída seria o povo brasileiro aprová-las mesmo sem nota suficiente para passar, como fazem algumas escolas. Mas como o povo brasileiro é sábio em questão de política, e não quer ver a democracia real anulada, ele vai deixá-las repetindo de ano até que elas façam transplante de estômago e paladar para esquecer o sabor do coquinho de tucumã e da casca de queijo e também diminuírem sua fome compulsiva expressada no lucro máximo. 

Marina continua enganando os trouxas

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Aldir Blanc

Na ONU, a presidente Dilma foi contra o bombardeio indiscriminado do tal Estado Islâmico, que ninguém sabe direito onde fica. Obama criticou a “indiferença” com que assassinos são tratados. Quer falar sobre assassinos, Obananamole? O mundo viu em, estado de choque, aviões implodirem as Torres. Milhares de mortos numa ação terrorista. Sem dúvida, um assassinato em massa terrível. Em resposta, os EUA e aliados invadiram, com as bênçãos de Cristo e falsos motivos, o Iraque e mataram milhares e milhares de inocentes. Casamentos eram pulverizados, festas de aniversário, idem. Seguia-se o cínico pedido de desculpas. O Afeganistão foi tão bombardeado que montanhas inteiras sumiram do mapa. Resultado: voltou a cultura do ópio, com um gatuno como chefe de governo. Sem contar os trágicos mortos por fogo amigo. O capanga dos EUA, Israel, massacrou crianças refugiadas em escolas na Faixa de Gaza. A CIA patrocinou um golpe no Egito — país onde os EUA têm prisões clandestinas para torturar. Todos os opositores do golpe militar, muito bem pago, foram sentenciados em bloco à morte. Em 2008, na maior fraude já vista, Wall Street quebrou o mundo! Quantas vítimas fatais fizeram em toda a Terra, por desespero, doenças cardíacas, depressões, suicídios, fome etc? Como avaliar o número de vítimas? Tropas especiais assassinaram Osama por vingança. Eu pergunto: os que perderam parentes e amigos na roubalheira podem matar safados do Lehman, Bear Sterns, Merrill, Sachs sem fundos, AIG and so on? Os que tiveram suas vidas destruídas têm esse direito? Quando Obamascarado venceu pela primeira vez, Gore Vidal disse: “Vocês estão loucos? Não vai mudar nada!” Na mosca!

Aqui na Brasunda, um avião também explodiu. Há quem diga que foi sabotado pela CIA, Mossad, a poderosa empresa transacional Testemunhas de Jeová e outros interessados. Das cinzas, surgiu a Fênix Redentora, Marina d’Arc, com a Bíblia na mão, e o apoio financeiro de Nhá Neca Setúbal. Houve, digamos, um fenômeno carismático (Hitler também tinha carisma). E o corpus mysticum de Marina entrou em levitação. Até que foi descoberto o seguinte: o avião que matou, por ação da Providência Divina (?), o governador Campos estava boladão. Tinha empresas por trás com mais fantasmas que castelo inglês. Os documentos da aeronave sumiram, a caixa-preta pifou, e todos mentiram sobre isso: Campos, a cúpula do PSB e Marina. Campos parou de mentir por motivo de força maior. Marina continua enganando os trouxas. Disse que governará racionalmente, que a Bíblia é só inspiração. O que a inspira? A Matança dos Inocentes? Um pai que sacrificaria o filho porque o Velho é um Deus ciumento? O absurdo e cruel sofrimento imposto a Jó? Os incestos e traições? Arcanjos da SS de lança-chamas queimando os alegres moradores de Sodoma e Gomorra, que tinham direito à sexualidade que quisessem?

Na trilha do clássico de Chico Buarque, afastem do povo brasileiro essa bíblia arcaica, cheia de dólares e mentiras.

SIMPLES. O ATOR MARK RUFFALO, NO DOMINGO, DECLAROU APOIO A MARINA, MAS SOUBE QUE ELA É CONTRA O LGBT. TIROU O APOIO

O ator norte-americano Mark Ruffalo que interpretou o personagem Hulk, nos Vingadores, e que lançou recentemente o filme The Normal Heart, onde interpreta um personagem homossexual que se transforma em um contundente ativista da causa gay, havia declarado, no domingo, seu apoio à candidatura de Marina por seu envolvimento com a causa ambiental que ele também defende, mas ao tomar conhecimento que Marina tem uma postura de extrema direita referente ao casamento gay e os direitos reprodutivos das mulheres, retirou seu apoio e escreveu sua nova posição em relação à evangélica.

Leia a íntegra de sua nota de retirada de apoio à candidata Marina que é contra o movimento LGBT. E, particularmente, o casamento gay.img-1026584-mark-ruffalo

Olá a todos, 

Chegou ao meu conhecimento que Marina Silva, candidata a presidente do Brasil, seria contra o casamento gay. Isso me colocaria em conflito direto com ela. Como vocês sabem , eu luto pelo casamento igualitário no meu país e encaro isso como um reflexo da qualidade do candidato. Eu não sabia que esse era o posicionamento dela quando fiz o vídeo apoiando sua candidatura.  Eu tinha visto apenas o debate em que Marina  falava que apoiava o casamento gay e só soube posteriormente que seu partido  retirou seu apoio à causa. Eu não posso, com consciência, apoiar uma candidata que tenha uma visão de extrema direita em assuntos como o casamento gay e direitos reprodutivos, mesmo se essa candidata está disposta a fazer a coisa certa na causa ambiental.

Eu não sou expert em política brasileira, mas eu posso dizer que os direitos das mulheres, os direitos LGBTQ+ e os direitos ambientais são todos parte de um tipo de visão de mundo com o qual eu me identifico. Ter uma visão de mundo que não inclui essas três posições torna impossível que eu endosse qualquer candidato.

Eu tenho de me desculpar por não ter feito um trabalho melhor ao embasar minha decisão [de apoiar Marina]. Eu peço desculpas se decepcionei alguém ou se fiz alguém pensar que fiz vista grossa para esses assuntos, pelos quais eu sempre lutei. 

Nesse momento, seria bom saber, definitivamente, como a candidata Silva se posiciona com relação a esses assuntos, sem termos incertos. A questão está um pouco obscura e incerta atualmente. Até lá, baseado no que pude apreender de algumas postagens aqui, e pelo que está disponível na internet, eu estou retirando meu apoio.  Eu solicito à campanha de Marina que não utilize meu vídeo de apoio até que eles afirmam seu apoio ao casamento gay e aos direitos reprodutivos das mulheres, ou que deixem claro seu posicionamento sobre esses assuntos.  Sem isso, meu apoio é nulo e vazio.

Eu peço desculpas à campanha de Silva por não ter tido melhor conhecimento de suas políticas e por haver criado essa incoveniência. Eu fiquei desapontado ao ver seu apoio ao casamento gay ser retirado por seu partido no dia seguinte ao discurso  de apoio. Eu peço que levem meus votos em boa fé.

Sinceramente,
Mark Ruffalo

MARINA E AÉCIO BRIGAM DISTANTES DO PRIMEIO LUGAR E DILMA SÓ OBSERVA SUAVEMENTE

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A disputa eleitoral para a presidência da República que conta com as participações dos candidatos, entre outros, da presidenta Dilma Vana Rousseff do PT, Marina Silva do PSB (partido de aluguel, ex-socialista) e Aécio Neves do PSDB (da burguesia-ignara), chegou a um ponto um tanto hilário quanto ao segundo lugar.

Tendo a presidenta Dilma já confirmada e reafirmada no primeiro lugar com possibilidade de ganhar no primeiro turno, segundo afirmação do diretor do instituto porta-vos das direitas Datafolha, Mauro Paulino, já que a candidata Marina vem em queda incontrolável, o segundo lugar passou a ser território de luta feroz entre a evangélica e o playboy.

De acordo com informações de um instituto de pesquisa, Marina vem perdendo pontos em todos os seguimentos e estados. Notadamente em São Paulo onde se encontrava em posição inatacável. A inconstância de suas afirmações, a demonstração de um programa voltado totalmente para os interesses do capitalismo confirmado no apoio maior do banco Itaú, através de uma de sua proprietária, Neca Setúbal, mais a dificuldade de materializar suas sentenças-eleitorais com a sociedade, tem levado grande parte de seus supostos eleitoras a mudar suas intenções.

Diante dessa realidade, onde a candidata submissa às imposições do pastor-despótico Malafaia, encontra-se com sua candidatura se desmilinguindo, o outro candidato das direitas, Aécio Neves, mostra uma reação que ameaça a antiga titular do segundo lugar e que hoje luta desesperadamente, agora como postulante, para se manter na passada segurança. De acordo com alguns comentaristas, a reação de Aécio se deu por dois fatores. A insegurança e contradição de Marina e o fato dele ter a atacado mais nos seus últimos pronunciamentos. O que seu guru Fernando Henrique, o príncipe sem trono, com sua inegável sapiência política, para dizer o contrário, censurava-o afirmando que ele deveria atacar era Dilma.

Verdade ou não, o certo é que o playboy mineiro das praias carioca vem conseguindo encostar na candidata do sobrenatural. Segundo o tal instituto de pesquisa eleitoral, ele tem 19% e Marina 23%. Resultado que os coloca em empate técnico. Como Marina encontra-se se estalando no solo eleitoral e ele, com tendência de crescimento, acredita-se que até o dia das eleições já tenha passado a convertida do catolicismo ao fundamentalismo.

Enquanto os dois se engalfinham, a presidenta Dilma, com sua calma e ternura, observa suavemente com seus 38%. Quinze pontos na frente de Marina e dezenove pontos contra Aécio. E a suavidade continua. No segundo turno Dilma vence Marina com 45% contra 40% E vence Aécio por 46% contra 39%.

E haja suavidade!      

A ficha caiu

A fatalidade de um arrocho doloroso, ganhe quem ganhar, é o novo bordão do jogral do Brasil aos cacos. A receita foi condensada em editorial do Financial Times.

por: Saul Leblon

Nenhuma frase resume de forma tão incisiva o cavalo de pau ocorrido na política brasileira nos últimos 20 dias –a forma como ele se deu, a intensidade do confronto que o desencadeou e os seus desdobramentos para o futuro– quanto o desbafo da presidenta Dilma Rousseff na última 6ª feira.

Em entrevista a um grupo de blogueiros, ‘sujos, ideológicos’, como a eles se refere o higienismo isento, a candidata explicitou assim o divisor que marcará o seu possível segundo mandato: ‘Terei um embate (político) mais sistemático; não serei mais tão bem comportada; me levaram para um outro caminho, que não era o que eu queria’.

Nenhuma liderança responsável escolhe o caminho do embate sistemático como sua primeira opção.

Um chefe de Estado tem obrigação de esgotar as linhas de menor resistência na consecução de seus compromissos.

A rotina de confrontos carente de uma correlação de forças pertinente, não raro imobiliza a sociedade, asfixia a economia, prejudica, em primeiro lugar, os mais pobres.

A história de Dilma não autoriza ninguém a caracterizá-la como uma mulher desprovida de coragem pessoal e política.

São essas referências que adicionam abrangência superlativa ao desabafo da presidenta e candidata.

Mais que isso.

Sua assertiva ecoa um sentimento coletivo no campo progressista. Inclua-se aí o estado de espírito da ala majoritária do PT, da qual faz parte a principal liderança política do partido e do país: Lula.

Em três mandatos presidenciais sucessivos predominou nesses protagonistas a determinação de restringir o confronto direto com os interesses conservadores na faixa de segurança permitida por uma correlação de forças adversa.

O marcador mais significativa dessa adversidade é a própria abrangência da coalizão de governo. O que antes parecia uma contingência administrável –ainda que a um custo político cada vez mais asfixiante— evidenciou nestas eleições os contornos de um ciclo esgotado.

Três fatores convergiram para essa condensação:

1) o desespero conservador com possibilidade de um quarto ciclo presidencial fora do poder –o que poderá significar a morte do PSDB;

2) a redução da margem de manobra na economia, após seis anos de crise mundial, gerando insatisfação e rupturas – entre as quais alinham-se as manifestações de junho do ano passado, e

3) o surgimento de uma candidatura competitiva, capaz de reabrir as portas do poder ao conservadorismo – e a um revival extremado do modelo neoliberal dos anos 90.

No final de agosto esse conjunto formava um aluvião anti-Dilma.

Era tão denso que expoentes do colunismo conservador ejaculavam precocemente a derrota irreversível do ‘lulopetismo’.

O catalisador do êxtase, a candidata Marina Silva, chegou a abrir 10 pontos de vantagem, então, nas enquetes de 2º turno do Datafolha.

O resto é sabido (leia ‘Uma semana para não esquecer’; nesta pág)

O sinal de alarme ensejou no PT o fulminante arremate de uma inquietação disseminada, mas que aguardava o safanão de uma crise para emergir .

Em um encontro de balanço da campanha em São Paulo, dia 5, coube a Lula sintetizar a lição da qual tampouco não se eximia:

‘Nós ficamos economicistas; não nos faltam obras, mas política’, diagnosticou para prescrever o antídoto: ‘Temos que demarcar o campo de classe dessa disputa: é preciso levar a política à propaganda’.

A partir de então a essência radicalmente neoliberal embutida no programa de Marina Silva passou a ser floculada do espumoso caudal de 242 páginas.

O extrato dessa depuração tem sido exposto à luz do sol em uma narrativa pedagógica, determinada a tipificar um a um seus riscos históricos, estratégicos e sociais.

Pertence à mesma mutação em curso o desabafo feito pela Presidenta Dilma na entrevista aos blogueiros, na 6ª feira passada.

Dilma passou a dar nomes aos bois.

Porém, mais que isso.

Anunciou que num eventual novo governo, essa dimensão do embate político, mitigada pela prioridade administrativa da gestão, passará a desfrutar de espaço nobre.

Pode-se argumentar que se trata apenas de um arroubo dirigido a plateia receptiva.

E que tudo voltará a ser como sempre –na verdade, muito pior– caso as urnas de outubro concedam um quarto mandato presidencial ao PT.

Afinal, a fatalidade de um ‘arrocho doloroso’, ganhe quem ganhar, é o novo bordão do jogral do Brasil aos cacos.

É assim que o conservadorismo se calça, diante da eventual vitória do PT, tentando desde reduzi-lo a um frango desossado da Sadia, que só se equilibra espetado em interditos e ajustes incontornáveis.

Ou não será isso que o editorial do Financial Times adianta neste sábado?

Referência dos mercados internacionais –e das pautas nacionais, ao lado da Economist, o diário londrino afirma que a redução em curso na liquidez mundial, por conta da proximidade da elevação dos juros nos EUA, exigirá ‘uma quase inevitável’ e ‘dolorosa correção em países como Brasil, Turquia e África do Sul’.

Por ‘dolorosa’, entenda-se: choque de juros, arrocho fiscal, redução do poder de compra das famílias assalariadas, privatizações (‘flexibilizar o pré-sal’) etc

Sim, a agenda da frente única do conservadorismo que assessores de Marina e Aécio tem vocalizado às platéias extasiadas de banqueiros e com a qual se pretende depenar o PT num eventual segundo turno em outubro.

A receita vendida pelo conservadorismo talvez fosse inevitável, de fato, se o desabafo de Dilma e de Lula nestas eleições significasse apenas um ponto fora da curva.

Um rompante, e não a trajetória final da ficha que acelerou sua aterrisagem no discernimento do partido nos últimos anos.

O acelerador dessa curva tem um motor turbinado.

Seu combustível é o ponto de exaustão atingido pelas relações entre o partido, seus dirigentes e a mídia conservadora.

Marmorizada de ódio político e desrespeito pedestre, a guerra fria cabocla contra o PT ensejou uma experiência de acuamento até certo ponto nova na existência do partido – ainda que virulenta para saturar um ciclo.

Círculos dirigentes e militantes mais antigos não experimentaram nada parecido antes. Nem mesmo na sua origem, nos anos 70/80, quando operários do ABC se colocaram frontalmente contra o regime militar, em desafio aberto ao poder armado e empresarial.

Sedimentou-se ali, ao contrário, com base em uma cumplicidade que parecia ampla e sólida, a suposição de que haveria da parte da imprensa se não apoio, ao menos respeito com o avanço da luta dos trabalhadores.

Mais que isso: tolerância com a criação de um partido próprio, de recorte socialista ecumênico.

Ancorada na intensidade histórica de uma fase alegre dos consensos democráticos, criou-se assim uma jurisprudência petista.

A mediação com o conjunto da sociedade, embora marcada pela má vontade de chefias e donos de jornais, estava sendo feita a contento pelos meios de comunicação.

Até o 2º governo Lula, o PT nunca incluíra entre as suas prioridades efetivas a d regularizar o sistema de comunicação existente para torná-lo mais plural.

Do mesmo modo, nenhum dirigente histórico deu ao projeto de construção de uma mídia própria, a prioridade política, financeira e mobilizadora devotada, por exemplo, a uma campanha eleitoral.

A proximidade com os jornalistas – muitos dos quais renunciariam a cargos e carreiras para se engajar na construção do partido e nas campanhas eleitorais dos tempos pioneiros- cevou ilusões.

O trânsito fácil com a imprensa sugeria haver espaço a ocupar na caixa de ressonância da grande indústria de notícias.

Um consenso algo ingênuo, algo acomodato exergava uma margem de manobra nas redações; a cota de tolerância não se esgotara.

A derrota para Collor em 1989, quando a Globo manipulou a edição do debate decisivo da campanha, e deu quase dois minutos adicionais ao ‘caçador de marajá’ no Jornal Nacional, abalou essa inércia.

Mas não construiu uma novo diagnóstico político, forte o suficiente para renovar a agenda em relação ao poder midiático.

A liderança de massa de Lula atingiu seu auge e reverberou no país durante os oito anos que esteve à frente de um governo exitoso no plano social e econômico.

O prestígio esmagador dentro e fora do Brasil empalideceu o cerco midiático diante da obrigatoriedade de se conceder espaço e voz ao Presidente.

O conjunto coagulou o debate petista sobre o papel da comunicação na construção de uma democracia social em um dos países mais desiguais do planeta.

Parecia desnecessário diante dos êxitos econômicos sucessivos que calavam uns e aciavam outros.

Nesse idílio escaparia a Lula e aos dirigentes petistas a brutal transformação em marcha no interior da mídia e na própria composição das redações.

Ao longo de duas década de polarização entre a agenda afuniladora do neoliberalismo e a da implantação de um Estado social tardio no país, o jornalismo brasileiro sofreria uma mudança qualitativa de pauta e estrutura.

A tentativa de impeachment de Lula em 2005, já no ciclo da chamada crise do ‘mensalão’ – que culminaria em 12 de novembro de 2013 com a condenação dos doirigentes José Dirceu e Genoíno à prisão – sacudiu a inércia petista com força pela primeira vez.

O espaço de tolerância acalentado ainda por emissários autonomeados, que traziam recados dos donos de jornais e revistas sobre o preço a pagar por uma trégua na escalada golpista, perdeu eco na cúpula do governo.

Lula, a contrapelo dos punhos de renda do petismo, recorreu então ao movimento sindical.

A palavra ‘golpe ‘ foi entronizada no discurso da resistência – para horror dos que teimavam em buscar um acordo com o dispositivo midiático conservador.

Numa quadra de clamorosa falência do projeto neoliberal, o tridente udenista da corrupção e a demonização da esquerda como sujeito histórico degenerado, pôs-se a campo ainda como mais força, a partir de então.

Tornou-se a pauta-jogral de um dispositivo midiático reestruturado para esse fim.

Qual?

Fazer do segundo mandato de Lula a evidência de que essa dissonância histórica não seria mais tolerada na democracia tutelada pelo poder do dinheiro.

Instalou-se um termidor antipetista nas redações.

A ilusão na mídia como ambiente democrático permissivo à formação da consciência crítica e progressista da sociedade deixou de existir.

A percepção dessa ruptura e os desdobramentos políticos que ela acarreta cristalizaram-se no linchamento midiático que orientou as togas inebriadas pelos holofotes, na Ação Penal 470.

O que Dilma está dizendo agora, portanto, não é um acidentre de percurso.

Está sedimentado nas estocadas de uma espiral virulenta que , como ela mesma diz, ‘me levaram para um outro caminho, que não era o que eu queria’

A ficha da crispação conservadora caiu definitivamente nesta campanha de 2014.

O PT e sua propaganda redescobriram que não se faz política sem definir o adversário, dizer o que ele representa, por que precisa ser derrotado, as perdas e danos de se entregar o país de volta ao poder conservador.

Por enquanto isso é feito na janela que o horário eleitoral abriu ao partido em meio ao monólogo conservador que dá aos dois minutos de Marina uma extensão de horas.

Mas e depois que ela se fechar outra vez?

‘Vou fazer a regulação econômica da mídia’, sacramentou Dilma na entrevista da 6ª feira aos blogs ‘sujos e ideológicos.

Isso não é pouco.

Não apenas pelo efeito esclarecedor que exerce na opinião pública, hipnotizada pelo jogral do Brasil aos cacos.

O que Dilma está vocalizando é uma agenda, não uma medida solteira.

Se socialismo é levar a democracia às suas últimas consequências, a pluralidade da informação que isso requer não pode ser confundida com a disseminação de tabletas e celulares de última geração entre os brasileiros.

A disjuntiva que se coloca é entre a livre formação do discernimento político da sociedade ou a sua subordinação a um aparato claustrofóbico de difusão, que se avoca o direito de enclausurar a formação da opinião pública brasileira em pleno século XXI.

Não se trata de uma queda de braço ideológica, tangencial à gestão progressista do Estado.

É um problema do desenvolvimento brasileiro.

A presidenta Dilma incorporou a chave da eficiência às prioridades do seu governo.

Com razão: é obrigação progressista zelar pela cuidadosa aplicação dos fundos públicos, erigir um Estado transparente, capacitá-lo a mobilizar recursos e coordenar as ações da dura luta pelo desenvolvimento soberanoe e justo.

Durante muito tempo, porém, errou-se ao não afrontar as demais intercorrencias da agenda do Estado mínimo.

Entre elas a gororoba ideológica construída em torno da lingérie mais reluzente do conservadorismo: o fetiche da autossuficiência da gestão.

Confunde-se a opinião pública ao endossar falsas convergências redentoras, a exemplo do ‘fazer mais com menos’, que omite a verdadeira luta de sabre para dividir a fatura da crise e instaurar o passo seguinte do desenvolvimento. Ao não distinguir uma coisa de outra, corre-se o risco de endossar a tese que pretende equacionar a desordem atual com poções adicionais do veneno que a originou.

O colapso neoliberal trouxe para o colo do governo uma crise da qual a Nação é vítima e não sócia; as forças progressistas são adversárias, não co-autoras.

O nome da crise não é PT, não é gastança, não é Petrobrás, não é desrespeito ao tripé, como quer a constrangedora declamação de Marina Silva.

O nome da crise é capitalismo desregulado, é supremacia financeira, é a desenfreada ferocidade com que os capitais fictícios exigem um mundo plano de fronteiras livres e desimpedidos , por onde possam transitar à caça de fatias reais de uma riqueza, para a qual não se dispõem a contribuir, apenas se apropriar em espirais de bolhas recorrentes.

A dissonância de um Brasil que se propõe a construir um Estado de Bem-estar social tardio, regulado e soberano, precisa ser sufocada para que o fluxo incorpore esse promissor naco da riqueza mundial ao seu circuito.

‘Não há alternativa’, dizia Margareth Tatcher nos anos 70.

Quarenta anos depois e uma colapso da ordem neoliberal que se ombreia à crise de 1929, é o que continuam a dizer Aécio, a doce Marina e a mídia que os ancora.

É o que continua a pontificar o editorial do Financial Times, a vaticinar ‘um arrocho doloroso’ para o Brasil, ganhe quem ganhar as eleições do próximo domingo.

Os desequilíbrios de fato existem. Não se incorpora 60 milhões de ex-miseráveis e pobres ao mercado sem mexer nas placas tectônicas de uma ‘estabilidade capitalista’ alicerçada em uma das mais desiguais estruturas de renda do planeta.

Há duas opções: avançar dar coerência estrutural e política à emergencia desse novo ator, ou recuar e devolvê-lo àmargem de origem. Custe o que custar.

Será ‘doloroso’ , avisa o Financial Times,sobre aquilo que Aécio, Marina e o colunismo isento vendem como virtude.

Para fazer diferente não basta buscar atalhos na gestão da macroeconomia.

A macroeconomia não é de esquerda, nem de direita.

Quem adiciona coerencia à macroeconomia do desenvolvimento é correlação de forças da sociedade em cada época.

Para fazer diferente do que a frente única do conservadorismo apregoa será necessário coordenar as linhas de passagem de um novo ciclo histórico repactuando metas, concessões, prazos, avanços e salvaguardas com o conjunto das forças sociais.

Isso requer uma mídia pluralista para que possa acontecer. Foi essa sucessão de contingências que fez cair, definitivamente, a ficha histórica do PT em plena eleição de 2014.

A consciência desse aggiornamento estratégico talvez seja uma vitória tão importante quanto vencer no próximo domingo. Porque só assim será possível honrar os compromissos com a sociedade nos próximos quatro anos.

VAI UM CINEMINHA? “OS QUATRO CAVALEIROS”. DOCUMENTÁRIO DE ROSS ASCHCROFT SOBRE A RELAÇÃO DO CAPITAL COM A POLÍTICA

Ross Aschcroft mostra em seu premiadíssimo documentário Os Quatro Cavaleiros, a descarada corrupção da política pelo capital financeiro que faz profundas interferências nas decisões dos governos que aparecem como seus dependentes. A perversa participação dos bancos financiando candidaturas que depois de eleita ficam presas as determinações destas empresas.

Um tema atualíssimo, como se pode observar quando comparado com o momento atual das campanhas eleitorais para a presidência da República. Um exemplo claro e incontestável a candidata Marina, inquilina do PSB, envolvida até a medula com o banco Itaú de sua orientadora financeira, Neca Setúbal.

Veja, ouça e analise como essa forma de corrupção causa grandes males ao mundo. É o capital se reproduzindo de forma mais aberrante dominando as principais fontes de riquezas minerais dos povos.

 

DILMA CONCEDE ENTREVISTA HISTÓRICA, EM RAZÃO DOS TEMAS QUE FALOU AOS JORNALISTAS DOS BLOGS SUJOS

IMG_0673A presidenta Dilma Vana Rousseff concedeu sua primeira entrevista aos blogueiros. A entrevista foi histórica não só pelo fato de ser a primeira que a presidenta concedeu a esses jornalistas dos chamados pelas direitas, iniciado pelo ex-candidato Serra, de blogs sujos, mas, também, pelos temas abordados, principalmente a regulação da Lei dos Médios.

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Os blogs sujos são os blogs que pensam e não são meros reflexos da semiótica capitalística estabelecida como as mídias reacionárias que defendem a violência do capitalismo junto com seus pares blogueiros. Esses sujeitos-sujeitados pelo vil metal que recebem para servirem de guarda-costas da exploração da força do dinheiro sobre a força de produção do trabalhador.IMG_0636

Dilma discorreu e se comprometeu com vários princípios que fazem movimentar uma real democracia. Entre esses princípios, ela se disse disposta a lutar pela democratização dos meios de comunicação, politicamente conhecida como projeto da Ley de Médios. Um tema que não agrada as mídias monopolistas como as Organizações Globo, especialmente a TV Globo que recebe do governo federal 80% da verba para propaganda. Um acinte para os outros meios de comunicação.IMG_0637

“A Constituição diz que os meios de comunicação não podem ser objeto de monopólio e oligopólio. Eu acredito que a regulação tem uma base, que é a base econômica. Acho que é um ganho da sociedade a liberdade de expressão, e vocês blogueiros, representam isso. Todo mundo percebe que é um setor que pode ser regulado.IMG_0639

Ninguém regulou até hoje, mas está maduro para fazermos isto. Fica claro que as pessoas demandam. No Brasil se tenta confundir regulação econômica com controle de conteúdo. Não tem nada a ver uma coisa com a outra. Não há bolivarianismo nisso. O país tem uma vantagem: temos uma ótima Constituição, que é moderna.IMG_0634

Além disso, a mídia é um grande negócio. Se for oligopolizada ela não dará conta da diversidade cultural que temos. É um setor como qualquer outro, tem que ser regulado. Eu acredito que esse é um dos temas do meu segundo governo”, afirmou Dilma.IMG_0639

A presidenta também foi enfática sobre a reforma política. Para ela a reforma política é fundamental porque assegura com mais firmeza a democracia representativa. Para ela é preciso a união entre o Congresso e a sociedade civil que é força do povo brasileiro. Ela disse também que acredita na força de um plebiscito.

Sobre a saúde Dilma explanou sobre o trabalho necessário e eficiente do Serviço Único de Saúde (SUS) para as populações mais pobres como também para a classe média que tem plano de saúde.

DILMA ESTÁ EM EMPATE TÉCNICO CONTRA O PRIMEIRO TURNO EM 5%

O instituto de pesquisa das direitas, Datafolha, um, entre outros como o Ibope, divulgou pesquisa na noite passada, a contragosto, é lógico, com seguinte resultado.

Dilma, a inteligente e corajosa, 40%.

Marina, a encenadora sobrenatural, 27%.

Aécio, o destrambelhado, 18%.

O Datafolha também mostrou os indicadores para o segundo turno, se houver. Dilma, a singela e humorosa, tem 47%, e Marina, a auto-vítima, 43%. Diferença de 4%. Nada de empate técnico.

Na comparação com pesquisa da semana passada, quando Dilma tinha 37%, ela subiu três pontos. Já Marina, a candidata que despenca do obnubilado céu para o real da terra, tinha 30%, como agora tem 27%, caiu três pontos. Já, o despachado Aécio, tinha 17%, e passou para 18%. Uma grandíssima subida.

Diminuindo os percentuais dos candidatos que defendem o capitalismo sobre todas suas facetas do percentual de Dilma, temos uma diferença de 5% para a inteligente e corajosa presidenta . Um pequena diferença para que ela leve no primeiro turno. Isto porque, ela está em ascensão e a chorona-copiosa, em queda.

Em síntese, Dilma está em empate técnico com o primeiro turno.

DA MESMA FORMA QUE MARINA PERDE PARA DILMA EM SUA TERRA, ELA PERDE FEIO, NA TERRA DE CAETANO E GIL, SEUS CABOS-ELEITORAIS

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Em entrevista, Marina, candidata do sistema financeiro, principalmente do Bando Itaú, já foi perguntada várias vezes sobre a razão de perder para Dilma em sua terra, o estado do Acre. E como fanática evangélica, candidata número 1 do pastor-déspota Malafaia, a quem obedece como a um deus responde que “profeta não faz milagre em sua própria terra”. Uma resposta apoiada na enunciação evangélica, mas sem sustentação política. Basta observar o número de candidatos bem votados em sua terra. Um exemplo convincente, Lula, em sua terra, Pernambuco.

O certo é que o que se sabe, é que Marina para os seus conterrâneos abandonou seus ideais socialistas, que fantasiava carregar, para se submeter às leis do capital predador (tautologia, o capital é sempre predador). Deixou de ser ambientalista para ser defensora do agronegócio e a prova é seu vice, personagem desse tipo de capitalismo fundiário no Rio Grande do Sul.

Assim como á sabido pele maioria dos eleitores reuniu em si o que há de mais reacionário e conservador no Brasil, entre eles o seu futuro cinegrafista hollywoodiano da Globo Fernando Meireles, e seu garoto propaganda, o eterno surrealista, Caetano, e, também, o ex-ministro da Cultura do governo Lula. Os dois, como já é do conhecimento de muitos, da terra do Senhor do Bom Fim.

Neste quadro político-regional- nascituro, as pesquisas de intenções de votos no estado dos dois marinescos, mostra que Dilma encontra-se disparada diante da recusada pelos eleitores acreanos. Dilma tem 52% dos votos enquanto Marina tem nada mais do que 23%. E o Aécio, não está disputando, não? Está. Tem 11%.

E os outros estados do Nordeste? Bem, só no Ceará Dilma tem mais 60%, e nos outros estados o canto segue essa nota. É a inteligência do Nordeste mostrando para burguesia-ignara que democracia é o direito de todos.

Nova é esta Marina Silva

Marina

A candidata do PSB pratica a velha política enquanto prega o contrário. Destruiu o ideário de Eduardo Campos e talvez consiga demolir o próprio partido que representa.

por Mino Carta

Não há quem segure a candidata Marina Silva nesta caminhada final rumo à eleição. Em Florianópolis, subiu ao palanque de Paulinho Bornhausen e com empenho apaixonado pediu votos para sua candidatura a senador. Precioso trunfo para o filho de Jorge Bornhausen, governador biônico de Santa Catarina durante a ditadura, liderança do ex-PFL e patriarca de uma das mais ricas famílias do estado. Direita reacionária na sua acepção mais desbragada.

Esta adesão eufórica à velha política assinala a enésima contradição de pregadora da nova. Uma análise da personagem do ponto de vista psicológico exibe, isto sim, uma nova Marina. A contida, austera ambientalista na qualidade de candidata em campanha mudou radicalmente o seu estilo, a ponto de pôr em xeque as crenças professadas até ontem.  A perspectiva do poder leva-a a renovar seu verbo e seus gestos e a buscar a companhia de quantos aparentemente haveriam de ser seus adversários, se não inimigos. Vale tudo para chegar lá, é o que se deduz sem maiores esforços.

Confesso minha surpresa. Marina Silva revela uma determinação obcecada  que não imaginava. Certo é que a candidatura de Eduardo Campos, sua plataforma, suas ideias, seus projetos e propósitos, Marina conseguiu destruir. Receio que logre ir além, para demolir o próprio Partido Socialista. Em lugar da nova política, temos a nova Marina.

Humoristas midiáticos

Há momentos de puro humorismo propiciados pela mídia nativa. No momento a Folha de S.Paulo celebra a instituição do ombudsman há 25 anos, de sorte a estabelecer a autocrítica dentro do próprio jornal. O Folhão se apressa a esclarecer, pomposo, que o exemplo não foi acompanhado pelas demais publicações brasileiras enquanto em vários países do mundo a prática salutar é adotada. O nome ombudsman, admito, me soa desagradável. De todo modo, tivesse funcionado sempre para valer, viveria física e moralmente esgotado.

A leitura e a audiência que parcimoniosamente dedico à mídia nativa me revelam o autêntico responsável por todos os males no momento padecidos pelo Brasil. Ou melhor, a responsável, Dilma Rousseff, a começar, pasmem, pela crise econômica mundial, que ninguém poupa, até a inflação e o desemprego. Mas os porcentuais não são bastante baixos em relação aos números globais? Segundo o Cérbero da família Marinho, o cão de três cabeças à porta do Hades, a presidenta maquia os dados. Ou finge ignorá-los?
Tudo é culpa da Dilma, até, quem sabe, o 7 a 1 imposto pela seleção alemã aos canarinhos, ou o tráfego congestionado, ou falta de luz em casa. Só mesmo a crescente, inexorável escassez de água em São Paulo não pode ser atribuída à presidenta. No caso, entretanto, o culpado, o governador, Alckmin, é prontamente perdoado e se prepara ao passeio eleitoral.

SOBRE A DESCONSTRUÇÃO DO NÃO CONSTRUÍDO EM MARINA

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O possível é uma antecipação do real. No possível tudo se encontra constituído. Só lhe falta a realização. Realizado ele é a correspondência dele mesmo. É como um plano que se tem e só falta ser realizado. Quando realizado assemelha-se a si mesmo. Pode-se afirmar que o real é a confirmação do mesmo que o possível já carregava em si de forma fantasmagórica.

Uma pessoa pode carregar vários possíveis e não realizar nenhum. Pode não realizar por vários motivos: não encontrar elementos para realiza-los, abandoná-los, etc. Como também pode produzir outros possíveis. Mas, o certo é que o possível é uma produção que antecede a realidade. Sem ele não há realização. Por exemplo, a construção de uma obra nasce em um possível. Seu construtor já traz uma construção como possível. Só precisa de trabalhadores, matérias-primas e ferramentas para realiza-la. A obra construída é o possível realizado.

Pensemos a construção de uma casa. O construtor detendo o possível da casa procura o terreno, metrifica-o, dispõe do material de construção, trabalhadores e ferramentas. Os trabalhadores constroem os alicerces, fincam vergalhões, levantam paredes, embuçam-nas, constroem a laje (se for o caso), teto, tubulações, rede elétrica, hidráulica, louças, portas, janelas, pintura tudo que for necessário para a realização da construção. Terminada a obra, pode-se exclamar: “Eis uma construção!”

Mas, se alguém pretender desconstruir a obra terá que fazer o inverso. Tirar parte por parte da estrutura que configura a construção. Feito esse serviço, temos a construção desconstruída. Tudo fica reduzido ao entulho sobre o terreno.

A candidata à presidência da Republica, Marina Silva, que alugou o partido PSB, antigo socialista real, juntamente com seus comparsas de campanha, semelhantes e a mídia acéfala, andam, como forma de chantagear o eleitor, disseminando a fantasmagoria de que a campanha da candidata à reeleição, presidenta Dilma Vana Rousseff, encontra-se desconstruindo suas propostas e sua pessoa. Uma clara trapaça eleitoral. Marina, jamais apresentou um segmento político construído. Ela pegou o programa de Eduardo Campos, concretizou mudanças, como na política da energia nuclear, e adicionou suas perspectivas para agradar e receber apoio do mercado de capital. Sem contar em sua declinação sobre o movimento LBGT por ordem do pastor-déspota, Silas Malafaia.

Marina, desde que começou a campanha eleitoral, nunca apresentou uma ideia com suporte capaz de afirmar a sentença: eis uma ideia construída. Marina só tem apresentado enunciações flutuantes. É por essa razão que ela defende algo pela manhã e à tarde nega. Tudo de acordo com sua conveniência de momento. O que se tem como construído em Marina, é sua capacidade de nunca ser um dasein. O ser-aí, como nos mostra a filosofia existencial. Marina é volátil demais para a política que a democracia precisa. O que faz com que suas opiniões sejam tomadas como um “faz de conta”.

E o que é pior, ninguém pode nem afirmar que é Marina quem se autodesconstrói, porque ela, politicamente, não tem nenhuma ideia construída em si mesma. O que fica fácil o entendimento: não se desconstrói o que não foi construído.

Para entender o que é construção, Marina deveria consultar, pelo menos, um pedreiro que é um profissional que entende muito bem de construção que tem forte alicerce. E que não é um simples sopro de um lobo-mau que vai desconstruir o que ele construiu.

Em síntese: Marina precisa primeiro entender o que significa o conceito construção que é uma forma de colocar um corpo novo na objetividade já constituída. Entendido esse conceito ela poderá inferir o que é desconstruir: fazer desaparecer da objetividade o corpo construído. Muitas vezes porque esse corpo não tem mais efetividade nos encadeamentos dos corpos que constituem a objetividade.

O voto trincheira

Entre o fastio com o discurso neoliberal e a prostração com os interditos dos mercados à democracia, o país chega à reta final das eleições de 2014.

por: Saul Leblon

Abstraia a voz, o rosto, a identidade.

Agora leia o que dizem sobre a economia do país os candidatos Marina Silva e Aécio Neves, ademais de seus assessores oficiais e aqueles mais informais, mas não menos infatigáveis a mourejar no jornalismo isento…

A semelhança com o linguajar das missões do FMI, ou com a ênfase imperativa dos atuais comitês interventores da Troika na Europa não é mera coincidência.

É o espírito do tempo.

De um tempo em que paira uma chantagem permanente sobre governos, estados , nações, projetos de desenvolvimento.

Um tempo em que a mobilidade de capitais estreitou a tal ponto a voz da soberania que –não raro- a urna fala, mas não comanda.

Paraísos fiscais marmorizaram-se em um quarto poder da República, para onde fatias da riqueza se dirigem sempre que contrariadas e na verdade antes mesmo que se possa tentá-lo.

Um tempo em que é preciso gerar desenvolvimento sem dispor da capacidade de programação do investimento público e privado condizente.

Um tempo, portanto, em que todo capital é capital estrangeiro.

E que o interesse local não faz mais sentido a quem detém o poder de exigir uma convergência trabalhista baseada no piso mundial de direitos e no teto global da produtividade.

Uma China sem o Estado chinês; uma carga fiscal de Ruanda, com a eficiência suíça.

Essa, a agenda dos endinheirados nas eleições presidenciais de 2014.

É o espírito do tempo excretado diuturnamente pela emissão conservadora.

Cobra-se das nações que convivam com a incerteza como o peixe com a água.

Ainda que a incerteza dificulte a respiração hoje, e impeça a visão do amanhã.

Não importa: a incerteza é o plâncton dos cardumes especulativos.

Governos, povos e nações precisam de chão firme. Previsibilidade para erguer uma hidrelétrica. Estabilidade para educar um filho. Regulação, fundos públicos para realizar um ciclo de investimento.

Os magos da arbitragem desdenham: respira-se melhor debaixo do oceano da incerteza.

Precifica-se hoje o poder coercitivo adicional de uma subida das taxas de juros norte-americanas, capaz de ampliar a margem de manobra dos capitais voláteis.

Perdigueiros do glorioso jornalismo de economia farejam diariamente o cheiro da virada no ar –se não for hoje, de amanhã não passa, uivam colunas desfrutáveis.

Quem dá mais? É dessa pergunta que vive a especulação.

Na crítica cerrada ao ‘intervencionismo da Dilma’, por ter abandonado as ‘reformas amigáveis’, parte-se do princípio de que os anos de 2007/2008 nunca existiram no calendário das grandes crises do capitalismo mundial.

O photoshop na história permite descartar perguntas incômodas.

Uma resume as demais.

Onde estaria o Brasil hoje se a sua condução no colapso neoliberal dobrasse a aposta no veneno –com a mesma formulação e posologia preconizadas agora pelos presidenciáveis que levam plateias banqueiras ao delírio plutocrático?

A omissão desses detalhes distorce um debate eleitoral cujo pano de fundo é o passo seguinte do desenvolvimento brasileiro.

Marretadas demolidoras golpeiam dia e noite a confiança erigida ao longo de uma década na construção negociada de uma democracia social no país.

A mensagem é nada sutil: ‘afrontar o mainstream leva ao caos’.

Um caos condensado no ingresso ‘voluntarista’ de 20 milhões de ex-miseráveis no mercado e na ascensão de 40 milhões na pirâmide de renda.

O que fazer com esse aluvião humano?

Devolvê-lo ao lugar de onde veio para desobstruir as artérias do mercado e o país poder andar.

Esse, o substrato da agenda conservadora no debate eleitoral da transição brasileira: o ajuste ‘inevitável’ que o intervencionismo da Dilma se recusa a fazer.

Ou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, não informou nesta 2ª feira que o governo vai usar recursos do Fundo Soberano, para cobrir a previsão de arrecadação menor em vez de proceder ao devido arrocho fiscal?

Em tempo: o fundo foi criado por Lula em 2008, três meses após a quebra do banco Lehman Brothers, com recursos excedentes do superávit primário de então (da ordem de 0,5% do PIB)

Um fundo contracíclico, que engorda nas águas e cede gordura na seca.

Não para o jornal O Globo , que sapecou no dia seguinte: “Ontem, o governo reduziu em R$ 10,5 bilhões sua previsão de receitas para este ano. Mas, em vez de cortar (NR: onde, na saúde, por exemplo?) na mesma proporção a estimativa de gastos, decidiu sacar R$ 3,5 bilhões do Fundo Soberano para cobrir parte da diferença’.

Não ficou nisso a reação indignada.

Coube à doce Marina sintetizar o endosso dos presidenciáveis do peito do mercado à estupefação da família Marinho.

Aspas para a candidata do PSB:

‘O uso dos recursos do fundo para socorrer as contas públicas é uma demonstração clara de que o atual governo está comprometendo a estabilidade econômica de nosso País’.

Doce Marina Silva.

A Marina de hoje é a prova viva de que não basta ter dividido um ovo solitário com os irmãos na infância pobre.

É preciso ter a determinação de não permitir que isso se repita no país.

Requer instituições sólidas e políticas discricionárias que afrontem a lógica responsável por levar uma penca de filhos a depender de um singelo ovo.

Mas o que propõe a doce Marina décadas depois do ovo?

Renunciar ao uso de um fundo soberano.

Renunciar ao manejo da moeda, do câmbio e do juro, em benefício de um BC independente ‘da ingerência política’ congênita à democracia.

Renunciar à importância dos bancos públicos.

Rebaixar o pré-sal e tudo que a ele se interliga em termos de educação, saúde, reindustrialização e soberania.

Marina engrossa o jogral obcecado em provar a ineficácia das medidas que mudaram o padrão da política econômica herdada do ciclo liberal-tucano.

Seu ovo hoje choca a mórbida restauração de uma ordem ancorada nas ruínas de seus próprios dogmas e promessas.

Diante da fenda exposta pela crise mais grave do capitalismo desde 1929, o que se propõe é transformar a água em seu próprio dique.

A vítima paga a indenização ao agressor.

A prostração que atinge mesmo setores mais intelectualizados na atual campanha vem da impotência anterior da democracia para romper o fastio com o discurso neoliberal, e renovar a agenda da sociedade e do desenvolvimento, em meio à crise sistêmica criada pela supremacia financeira.

Da reação a essa encruzilhada nasce um voto trincheira.

Um voto crítico, mas firme, em Dilma Rousseff nas eleições de 2014, que Carta Maior traz a público, na manifestação de intelectuais, artistas e lideranças sociais.

Carta Maior entende que esse voto condensa um estado de espírito representativo e um debate necessário.

Um voto firme, por não enxergar na pretendida terceira via uma alternativa ao risco da restauração neoliberal ainda mais radicalizada e excludente, servindo-lhe, antes, como lubrificante.

Um voto crítico, por entender que a prostração democrática atual é o produto histórico de uma correlação de forças desfavorável urbi et orbi. Mas também de hiatos políticos insustentáveis em um projeto mudancista.

A eleição de outubro oferece a singular oportunidade de se demonstrar que não é necessário que seja assim.

O primeiro passo é tomá-la como um ponto de partida, que não se esgota no calendário de outubro. E tem no avanço da democracia participativa a base de um compromisso capaz de reciclar a prostração em engajamento; e a crítica em mobilização propositiva para a construção de uma verdadeira democracia social no Brasil .

DILMA DISCURSA NA 69ª ASSEMBLEIA DA ONU MOSTRANDO A SUPERIORIDADE DO BRASIL NO COMBATE À CORRUPÇÃO, POBREZA E OUTRAS POLÍTICAS

A presidenta Dilma Vana Rousseff, que se encontra em primeiro lugar na disputa das eleições presidenciais com possibilidade de ser reeleita no primeiro turno, segundo o Instituto Vox Populi, discursou na 69ª Assembleia da Organização das Nações Unidas (ONU). Sendo a primeira mulher a abrir um encontro da entidade internacional, fato que ocorreu no ano de 201, Dilma mostrou total segurança para falar do grau de superioridade que o Brasil passou a ter, referente às políticas nacionais para o desenvolvimento, depois que iniciou o governo popular no Brasil implantado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que agora tem continuidade em seu governo.

Seu discurso foi ouvido e visto por 193 líderes mundiais de países que são membros da ONU. Depois de saudar todos os presentes e, especialmente, Sam Kahamba Kutesa, ministro dos Negócios Estrangeiros de Uganda e presidente da reunião, Dilma discorreu sobre os trinta anos de redemocratização do Brasil e seu atual momento de crescimento e desenvolvimento tendo como base a política de oportunidade e igualdade para todos os brasileiros.

Em seu discurso sobre política internacional, Dilma, voltou a reafirmar a posição do Brasil contra o recurso da força para tentar solucionar conflitos em alguns países. Para ela, esse tipo de posição não atinge a causa principal que gera os conflitos. Ela demonstrou o caso da Palestina, a guerra civil na Síria, a deterioração do Iraque, a insegurança na Líbia, conflitos no Sahel e na Ucrânia. Dilma também tratou da necessidade de reformulação do Conselho de Segurança da ONU.

Leia, na íntegra, o discurso da presidenta que deixou as direitas segregando com exacerbação suas bílis invejosas.

“Embaixador Sam Kutesa, presidente da 69ª Assembleia Geral das Nações Unidas, senhor Ban Ki-moon, secretário-geral das Nações Unidas, excelentíssimos senhores e senhoras chefes de Estado e de Governo

Senhoras e Senhores,

Para o Brasil – que tem a honra e o privilégio de abrir este debate – é grande a satisfação de ver na Presidência desta Sessão da Assembleia Geral um filho da África. Os brasileiros somos ligados por laços históricos, culturais e de amizade ao continente africano, cuja contribuição foi e é decisiva para a constituição da identidade nacional de meu país.

Senhor presidente, abro este Debate Geral às vésperas de eleições, que vão escolher, no Brasil, o Presidente da República, os governos estaduais e grande parte de nosso poder legislativo. Essas eleições são a celebração de uma democracia que conquistamos há quase trinta anos, depois de duas décadas de governos ditatoriais. Com ela muito avançamos também na estabilização econômica do país.

Nos últimos doze anos, em particular, acrescentamos a essas conquistas a construção de uma sociedade inclusiva baseada na igualdade de oportunidades.

A grande transformação em que estamos empenhados produziu uma economia moderna e uma sociedade mais igualitária. Exigiu, ao mesmo tempo, forte participação popular, respeito aos direitos humanos e uma visão sustentável de nosso desenvolvimento.

Exigiu, finalmente, uma ação na cena global marcada pelo multilateralismo, pelo respeito ao direito internacional, pela busca da paz e pela prática da solidariedade.

Senhor presidente, há poucos dias a FAO informou que o Brasil saiu do mapa da fome. Essa mudança foi resultado de uma política econômica que criou 21 milhões empregos, valorizou o salário básico, aumentando em 71% seu poder de compra. Com isso, reduziu a desigualdade.

Trinta e seis milhões de brasileiros deixaram a miséria desde 2003; 22 milhões somente em meu governo. Para esse resultado contribuíram também políticas sociais e de transferência de renda reunidas no Plano Brasil Sem Miséria.

Na área da saúde, logramos atingir a meta de redução da mortalidade infantil, antes do prazo estabelecido pelas Metas do Milênio.

Universalizamos o acesso ao ensino fundamental. Perseguimos o mesmo objetivo no ensino médio. Estamos empenhados em aumentar sua qualidade, melhorando os currículos e valorizando o professor.

O ensino técnico avançou com a criação de centenas de novas escolas e a formação e qualificação técnico-profissional de 8 milhões de jovens, nos últimos quatro anos.

​Houve uma expansão sem precedentes da educação superior: novas universidades públicas e mais de 3 milhões de alunos contemplados com bolsas e financiamentos que garantem acesso a universidades privadas.

Ações afirmativas permitiram o ingresso massivo de estudantes pobres, negros e indígenas na universidade.

Finalmente, os desafios de construção de uma sociedade do conhecimento ensejaram a criação do Programa Ciência sem Fronteiras, pelo qual mais de 100 mil estudantes de graduação e pós-graduação são enviados às melhores universidades do mundo.

Por iniciativa presidencial, o Congresso Nacional aprovou lei que destina 75% dos royalties e 50% do fundo de recursos do pré-sal para a educação e 25% para a saúde.

Vamos transformar recursos finitos – como o petróleo e o gás – em algo perene: educação, conhecimento científico e tecnológico e inovação. Esse será nosso passaporte para o futuro.

Senhor presidente, não descuramos da solidez fiscal e da estabilidade monetária e protegemos o Brasil frente à volatilidade externa.

Assim, soubemos dar respostas à grande crise econômica mundial, deflagrada em 2008. Crise do sistema financeiro internacional, iniciada após a quebra do Lehman Brothers e, em seguida, transformada em muitos países em crise de dívidas soberanas.

Resistimos às suas piores consequências: o desemprego, a redução de salários, a perda de direitos sociais e a paralisia do investimento.

​Continuamos a distribuir renda, estimulando o crescimento e o emprego, mantendo investimentos em infraestrutura.

​O Brasil saltou da 13ª para a sétima maior economia do mundo e a renda per capita mais que triplicou. A desigualdade caiu.

Se em 2002, mais da metade dos brasileiros era pobre ou muito pobre, hoje três em cada quatro brasileiros integram a classe média e os extratos superiores.

No período da crise, enquanto o mundo desempregava centena de milhões de trabalhadores, o Brasil gerou 12 milhões de empregos formais.

Além disso, nos consolidamos como um dos principais destinos de investimentos externos.

Retomamos o investimento em infraestrutura numa forte parceria com o setor privado.

Todos esses ganhos estão ocorrendo em ambiente de solidez fiscal. Reduzimos a dívida pública líquida de aproximadamente 60% para 35% do PIB.

A dívida externa bruta em relação ao PIB caiu 42% para 14%.

As reservas internacionais foram multiplicadas por dez e assim, nos tornamos credores internacionais.

A taxa de inflação anual também tem se situado nos limites da banda de variação mínima e máxima fixada pelo sistema de metas em vigor no país.

Senhor presidente, ainda que tenhamos conseguido resistir às consequências mais danosas da crise global, ela também nos atingiu, de forma mais aguda, nos últimos anos.

Tal fato decorre da persistência, em todas as regiões do mundo, de consideráveis dificuldades econômicas, que impactam negativamente nosso crescimento.

Reitero o que disse, no ano passado na abertura do Debate Geral. É indispensável e urgente retomar o dinamismo da economia global. Ela deve funcionar como instrumento de indução do investimento, do comércio internacional e da diminuição das desigualdades entre países.

No que se refere ao comércio internacional, impõe-se um compromisso de todos com um programa de trabalho para a conclusão da Rodada de Doha.

É imperioso também, senhor presidente, pôr fim ao descompasso entre a crescente importância dos países em desenvolvimento na economia mundial e sua insuficiente participação nos processos decisórios das instituições financeiras internacionais, como o FMI e o Banco Mundial. É inaceitável a demora na ampliação do poder de voto dos países em desenvolvimento nessas instituições.

O risco que estas instituições correm é perder sua legitimidade e eficiência.

Senhor presidente, com grande satisfação o Brasil abrigou a VI Cúpula dos Brics. Recebemos os líderes da China, da Índia, da Rússia e da África do Sul num encontro fraterno, proveitoso que aponta para importantes perspectivas para o futuro.

Assinamos os acordos de constituição do Novo Banco de Desenvolvimento e do Arranjo Contingente de Reservas. O Banco atenderá às necessidades de financiamento de infraestrutura dos Brics e dos países em desenvolvimento.

O Arranjo Contingente de Reservas protegerá os países de volatilidades financeiras. Cada instrumento terá um aporte de US$ 100 bilhões.

Senhor presidente, a atual geração de líderes mundiais – a nossa geração – tem sido chamada a enfrentar também importantes desafios vinculados aos temas da paz, da segurança coletiva e do meio ambiente.

Não temos sido capazes de resolver velhos contenciosos nem de impedir novas ameaças.

O uso da força é incapaz de eliminar as causas profundas dos conflitos. Isso está claro na persistência da Questão Palestina; no massacre sistemático do povo sírio; na trágica desestruturação nacional do Iraque; na grave insegurança na Líbia; nos conflitos no Sahel e nos embates na Ucrânia.

A cada intervenção militar não caminhamos para a paz mas, sim, assistimos ao acirramento desses conflitos. Verifica-se uma trágica multiplicação do número de vítimas civis e de dramas humanitários. Não podemos aceitar que essas manifestações de barbárie recrudesçam, ferindo nossos valores éticos, morais e civilizatórios.

Tampouco podemos ficar indiferentes ao alastramento do vírus Ebola no oeste da África. Nesse sentido, apoiamos a proposta do secretário-geral de estabelecer a Missão das Nações Unidas de Resposta Emergencial ao Ebola.

Senhor presidente, o Conselho de Segurança tem encontrado dificuldade em promover a solução pacífica desses conflitos. Para vencer esses impasses será necessária uma verdadeira reforma do Conselho de Segurança, processo que se arrasta há muito tempo.

Os 70 anos das Nações Unidas, em 2015, devem ser a ocasião propícia para o avanço que a situação requer. Estou certa de que todos entendemos os graves riscos da paralisia e da inação do CSNU.

Um Conselho mais representativo e mais legítimo poderá ser também mais eficaz. Gostaria de reiterar que não podemos permanecer indiferentes à crise israelo-palestina, sobretudo depois dos dramáticos acontecimentos na Faixa de Gaza. Condenamos o uso desproporcional da força, vitimando fortemente a população civil, especialmente mulheres e crianças.

Esse conflito deve ser solucionado e não precariamente administrado, como vem sendo. Negociações efetivas entre as partes têm de conduzir à solução de dois Estados – Palestina e Israel – vivendo lado a lado e em segurança, dentro de fronteiras internacionalmente reconhecidas.

Em meio a tantas situações de conflito, a América Latina e o Caribe buscam enfrentar o principal problema que nos marcou, por séculos – a desigualdade social.

Fortalecem-se as raízes democráticas e firma-se a busca de um crescimento econômico mais justo, inclusivo e sustentável. Avançam os esforços de integração, por meio do Mercosul, da Unasul e da Celac.

Senhor presidente, a mudança do clima é um dos grandes desafios da atualidade. Necessitamos, para vencê-la, sentido de urgência, coragem política e o entendimento de que cada um deverá contribuir segundo os princípios da equidade e das responsabilidades comuns, porém diferenciadas.

A Cúpula do Clima, convocada em boa hora pelo secretário-geral, fortalece as negociações no âmbito da Convenção-Quadro.

O governo brasileiro se empenhará para que o resultado das negociações leve a um novo acordo equilibrado, justo e eficaz. O Brasil tem feito a sua parte para enfrentar a mudança do clima.

Comprometemo-nos, na Conferência de Copenhague, com uma redução voluntária das nossas emissões em 36% a 39%, na projeção até 2020.

Entre 2010 e 2013, deixamos de lançar na atmosfera, a cada ano, em média, 650 milhões de toneladas de dióxido de carbono.

Alcançamos em todos esses anos as quatro menores taxas de desmatamento da nossa história. Nos últimos dez anos, reduzimos o desmatamento em 79%, sem renunciar ao desenvolvimento econômico nem à inclusão social.

Mostramos, que é possível crescer, incluir, conservar e proteger. Uma conquista como essa resulta do empenho – firme e contínuo – do governo, da sociedade e de agentes públicos e privados.

Esperamos que os países desenvolvidos – que têm a obrigação não só legal, mas também política de liderar, pelo exemplo, demonstrem de modo inequívoco e concreto seu compromisso de combater esse mal que aflige a todos.

Na Rio+20 tivemos a grande satisfação de definir uma nova agenda, baseada em Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), aplicáveis tanto a países desenvolvidos, quanto aos em desenvolvimento.

Será crucial definirmos meios de implementação que correspondam à magnitude das dificuldades que nos comprometemos a superar. Precisamos ser ambiciosos em matéria de financiamento, cooperação, construção de capacidades nacionais e transferência de tecnologias, sobretudo em favor dos países menos desenvolvidos.

Destaco, nesse contexto, a necessidade de estabelecer um mecanismo para o desenvolvimento, a transferência e a disseminação de tecnologias limpas e ambientalmente sustentáveis.

Senhor presidente, ao lado do desenvolvimento sustentável e da paz, a ordem internacional que buscamos construir funda-se em valores. Entre eles, destacam-se o combate a todo o tipo de discriminação e exclusão.

Temos um compromisso claro com a valorização da mulher no mundo do trabalho, nas profissões liberais, no empreendedorismo, na atividade política, no acesso à educação entre outros. O meu governo combate incansavelmente a violência contra a mulher em todas as suas formas. Consideramos o século 21, o século das mulheres.

Da mesma maneira, a promoção da igualdade racial é o resgate no Brasil dos séculos de escravidão a que foram submetidos os afro-brasileiros, hoje mais da metade de nossa população.

​Devemos a eles um inestimável legado permanente de riquezas e valores culturais, religiosos e humanos. Para nós, a miscigenação é um fator de orgulho.

​ O racismo, mais que um crime inafiançável é uma mancha que não hesitamos em combater, punir e erradicar.

​O mesmo empenho que temos em combater a violência contra as mulheres e os afro-brasileiros temos também contra a homofobia. A suprema corte do meu país reconheceu a união estável entre pessoas do mesmo sexo, assegurando-lhes todos os direitos civis, daí decorrentes.

Acreditamos firmemente na dignidade de todo ser humano e na universalidade de seus direitos fundamentais. Estes devem ser protegidos de toda seletividade e de toda politização.

Outro valor fundamental é o respeito à coisa pública e o combate sem tréguas à corrupção.

A história mostra que só existe uma maneira correta e eficiente de combater a corrupção: o fim da impunidade com o fortalecimento das instituições que fiscalizam, investigam e punem atos de corrupção, lavagem de dinheiro e outros crimes financeiros.

Essa é uma responsabilidade de cada governo. Responsabilidade que nós assumimos, ao fortalecer nossas instituições.

Construímos o Portal Governamental da Transparência que assegura, ao cidadão, acessar os gastos governamentais, em 24 horas.

Aprovamos a lei de acesso à informação que permite ao cidadão brasileiro o acesso a qualquer informação do governo, exceto aquelas relativas à soberania do país.

Fortalecemos e demos autonomia aos órgãos que investigam e também ao que faz o controle interno do governo.

Criamos leis que punem tanto o corrupto, como o corruptor.

O fortalecimento de tais instituições é essencial para o aprimoramento de uma governança aberta e democrática.

A recente reeleição do Brasil para o Comitê Executivo da “Parceria para o Governo Aberto” vai nos permitir contribuir para governos + transparentes no plano mundial.

Senhor presidente, é indispensável tomar medidas que protejam eficazmente os direitos humanos tanto no mundo real como no mundo virtual, como preconiza resolução desta Assembleia sobre a privacidade na era digital.

O Brasil e a Alemanha provocaram essa importante discussão em 2013 e queremos aprofundá-la nesta sessão. Servirá de base para a avaliação do tema o relatório elaborado pela Alta Comissária de Direitos Humanos.

Em setembro de 2013, propus aqui a criação de um marco civil para a governança e o uso da internet com base nos princípios da liberdade de expressão, da privacidade, da neutralidade da rede e da diversidade cultural.

Noto, com satisfação, que a comunidade internacional tem se mobilizado, desde então, para aprimorar a atual arquitetura de governança da internet.

Passo importante nesse processo foi a realização, por iniciativa do Brasil, da Reunião Multissetorial Global sobre o Futuro da Governança da Internet – a NETmundial – em São Paulo, em abril deste ano.

O evento reuniu representantes de várias regiões do mundo e de diversos setores. Foram discutidos os princípios a seguir e as ações a empreender para garantir que a internet continue a evoluir de forma aberta, democrática, livre, multissetorial e multilateral.

Senhor presidente, os Estados-membros e as Nações Unidas têm, hoje, diante de si desafios de grande magnitude. Estas devem ser as prioridades desta Sessão da Assembleia Geral.

O ano de 2015 desponta como um verdadeiro ponto de inflexão. Estou certa de que não nos furtaremos a cumprir, com coragem e lucidez, nossas altas responsabilidades na construção de uma ordem internacional alicerçada na promoção da paz, no desenvolvimento sustentável, na redução da pobreza e da desigualdade.

O Brasil está pronto e plenamente determinado a dar sua contribuição.

Muito obrigada.”

CIENTISTA POLÍTICO E HISTORIADOR MUNIZ BANDEIRA, ENVIA CARTA AO PRESIDENTE DO PSB REVELANDO AS AMBIÇÕES E O PERIGO QUE É MARINA

Em carta a Roberto Amaral, o historiador Moniz Bandeira critica as posições assumidas por Marina Silva e diz que elas enxovalham a história do PSB.

Estimado colega, Prof. Dr. Roberto Amaral

Presidente do PSB,

A Sra. Marina Silva tinha um percentual de intenções de voto bem maior do que o do governador Eduardo Campos, mas não conseguiu registrar seu partido  – Rede Sustentabilidade – e sair com sua própria candidatura à presidência da República.

O governador Eduardo Campos permitiu que ela entrasse no PSB e se tornasse candidata a vice na sua chapa. Imaginou que seu percentual de intenções de voto lhe seria transferido.

Nada lhe transferiu e ele não saiu de um percentual entre 8% e 10%. Trágico equívoco.

Para mim era evidente que Sra. Marina Silva não entrou no PSB, com maior percentual de intenções de voto que o candidato à presidência, para ser apenas vice.

A cabeça de chapa teria de ser ela própria. Era certamente seu objetivo e dos interesses que representa, como o demonstram as declarações que fez, contrárias às diretrizes ideológicas do PSB e às linhas da soberana política exterior do Brasil.

Agourei que algum revés poderia ocorrer e levá-la à cabeça da chapa, como candidata do PSB à Presidência.

Antes de que ela fosse admitida no PSB e se tornasse a candidata a vice, comentei essa premonição com grande advogado Durval de Noronha Goyos, meu querido amigo, e ele transmitiu ao governador Eduardo Campos minha advertência.

Seria um perigo se a Sra. Marina Silva, com percentual de intenções de voto bem maior do que o dele, fosse candidata a vice. Ela jamais se conformaria, nem os interesses que a produziram e lhe promoveram o nome, através da mídia, com uma posição subalterna, secundária, na chapa de um candidato com menor peso nas pesquisas.

O governador Eduardo Campos não acreditou. Mas infelizmente minha premonição se realizou, sob a forma de um desastre de avião. Pode, por favor, confirmar o que escrevo com o Dr. Durval de Noronha Goyos, que era amigo do governador Eduardo Campos.

Uma vez que há muitos anos estou a pesquisar sobre as shadow wars e seus métodos e técnicas de regime change, de nada duvido. E o fato foi que conveio um acidente e apagou a vida do governador Eduardo Campos. E assim se abriu o caminho para a Sra. Marina Silva tornar-se a candidata à presidência do Brasil.

Afigura-me bastante estranho que ela se recuse a revelar, como noticiou a Folha de São Paulo, o nome das entidades que pagaram conferências, num total (que foi, declarado) de R$1,6 milhão (um milhão e seiscentos mil reais), desde 2011, durante três anos em que não trabalhou. Alegou a exigência de confidencialidade. Por que a confidencialidade? É compreensível porque talvez sejam fontes escusas. O segredo pode significar confirmação.

Fui membro do PSB, antes de 1964, ao tempo do notável jurista João Mangabeira. Porém, agora, é triste assistir que a Sra. Marina Silva joga e afunda na lixeira a tradicional sigla, cuja história escrevi tanto em um prólogo à 8a. edição do meu livro O Governo João Goulart, publicado pela Editora UNESP, quanto em O Ano Vermelho, a ser reeditado (4a edição), pela Civilização Brasileira, no próximo ano.

As declarações da Sra. Marina Silva contra o Mercosul, a favor da subordinação e alinhamento com os Estados Unidos, contra o direito de Cuba à autodeterminação, e outras, feitas em vários lugares e na entrevista ao Latin Post, de 18 de setembro, enxovalham ainda mais a sigla do PSB, um respeitado partido que foi, mas do qual, desastrosamente, agora ela é candidata à presidência do Brasil.

Lamento muitíssimo expressar-lhe, aberta e francamente, o que sinto e penso a respeito da posição do PSB, ao aceitar e manter a Sra. Marina Silva como candidata à Presidência do Brasil.

Aos 78 anos, não estou filiado ao PSB nem a qualquer outro partido. Sou apenas cientista político e historiador, um livre pensador, independente. Mas por ser o senhor um homem digno e honrado, e em função do respeito que lhe tenho, permita-me recomendar-lhe que renuncie à presidência do PSB, antes da reunião da Executiva, convocada para sexta-feira, 27 de setembro. Se não o fizer – mais uma vez, por favor, me perdoe dizer-lhe – estará imolando seu próprio nome juntamente com a sigla.

As declarações da Sra. Marina Silva são radicalmente incompatíveis com as linhas tradicionais do PSB. Revelam, desde já, que ela pretende voltar aos tempos da ditadura do general Humberto Castelo Branco e proclamar a dependência do Brasil, como o general Juracy Magalhães, embaixador em Washington, que declarou: “O que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil.”

Cordialmente,

Prof. Dr. Dres. h.c. Luiz Alberto de Vianna Moniz Bandeira

PESQUISAS MOSTRAM QUE A MORTE DE EDUARDO FOI EM VÃO PARA AS PRETENSÕES AMBIOSAS DE PODER DE MARINA .

dilma rousseff

“Saltar de um círculo a outro, deslocar sempre a cena, representá-la em outra parte, é a operação histérica do trapaceiro como sujeito, que responde à operação paranoica do déspota instalado em seu centro de significância”.

Deleuze e Guattari

Como já é do conhecimento até dos analfabetos políticos, Marina, tentou criar seu partido (seu, porque ela quer tudo para ela) Rede Sustentabilidade, mas não conseguiu o número de assinaturas necessárias para realizar o intento. Diante do impasse, ela, movida pela ambição de participar das eleições presidenciais, resolveu se aproximar do PSB, partido que tinha como seu candidato a presidência da República, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos.

Para completar a aproximação ela se filiou ao partido assim como outros membros de sua Rede. Na convenção que se sucedeu para tirar qual seria a chapa, Marina foi escolhida para ser a vice de Eduardo Campos. Com o início da campanha eleitoral, Marina, desfilava com Eduardo como sua vice. Foi então, que ocorreu o acidente (?) com o avião (que ninguém sabe quem é o dono, qual a procedência) que viajava o ex-governador de Pernambuco.

Diante do acidente (?) fúnebre, Marina viu sua grande oportunidade de realizar sua antiga e ilusória ambição: chegar à presidência da República. Tal era sua euforia que proferiu a sentença de sua fé em Deus expressando que fora a providência divina quem não deixou que ela entrasse naquele avião. Para confirmar mais ainda a escolha de Deus sorriu diante do caixão de Eduardo, assim como tirou foto com eleitores.

Com a morte de Eduardo, o PSB, cheio de ambições de poder, se alugou para Marina. Assim, com Marina, elevada a categoria de candidata à presidência da República, os institutos de pesquisa foram à caça de informações eleitorais. Não deu outra: Marina disparou, passou de Aécio e se aproximou de Dilma, ainda com certeza de ganhar no primeiro turno. A mídia alucinada foi à loucura com certeza de que com Marina no páreo, tinha surgido a incontestável derrota de Dilma. O fim do “demônio PT”, como proclama Marina.

Só que Marina não sabia se pintar democraticamente, como a Marina de Dorival Caymmi. Mostrou ser contra o pré-sal, a favor da independência do Banco Central, contra o movimento LBGT, entre outras ideias reacionárias e calculistas que são contras a democracia popular. Marina também apresentou um estribilho, logo tornado mote e glose dos curtidores, enunciado como defendo um ponto de vista agora depois desdigo. O eleitor foi vendo e ouvindo. Quando ela sentiu que sua candidatura não passava de um sintoma de fascinação pelo poder, o que o eleitor entendeu, ela passou a se fazer de vítima, tudo que o povo não aceita. Começou a chorar em público afirmando que estava sendo atacada violentamente por Dilma. Enquanto o eleitor via que Dilma só mostrava suas contradições e o antinacionalismo de seu programa que promove o capital estrangeiro ameaçando as politicas públicas e o emprego. Sem falar da ameaça a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e ao fator previdenciário.

Marina, que não teve a ética-política para não aceitar substituir Eduardo Campos, já que entrou no PSB como refugiada, hoje experimenta o estado de desparecimento de sua pretenciosa candidatura que um dia sustentou sua ambição. As pesquisas, mostrando sua continua e ininterrupta queda na preferência do eleitor, confirma que não adiantou nada se tomar como escolhida por Deus para conduzir o povo brasileiro, como diz seu livro sagrada em referência ao povo hebreu. Marina, agora, encontra-se despida de qualquer aureola mistificadora. Agora, ela, mesmo sem querer, encontra-se despida de todos os recursos que usou para realizar sua ambição de poder. O que afirma que a história da escolha de Deus foi um risível blefe. Marina agora sente a crueldade do real, como diz o filósofo francês Clèment Rosset.

Neste quadro, compreende-se que a morte de Eduardo foi em vão para as pretensões ambiciosas de Marina. E mais, se os mortos conseguirem ver o que ocorre com os vivos e Eduardo tiver visto o que Marina (e parte de sua família) fez com sua morte, ele deve se encontrar gargalhando desse desfecho em que a ambição despudorada foi um fracasso.

E também se Eduardo tiver se encontrado com Deus, ou com o Diabo (para quem acredita nas entidades metafísicas), e eles tiverem visto o que Marina estava fazendo com seu falecimento, Deus, ou o Diabo, deve ter lhe consolado dizendo, “’Não desespera da aurora. Recupera o bom humor (Belchior)’”. Espera que tu vais ver o que vai acontecer com ela”.

BREVE MAPA DAS PESQUISAS QUE MOSTRAM O EM VÃO

Ontem, dia 23, foi um dia de conturbação total nas hostes dos marineiros. Apesar da visível atuação de quase todos os institutos de pesquisas eleitorais tentarem segurar os candidatos do mercado capitalista, Marina e Aécio, não está dando mais para segurar.

Contra seus próprios interesses, os institutos CNT/MDA e Ibope tiveram que mostrar a candidata sobrenatural em queda e Aécio paralisado, enquanto Dilma subindo. Já o instituto mais confiável Voz Populi mostrou Dilma vencendo no primeiro turno. Desespero total nos candidatos das direitas e no mercado capitalista.

Vamos aos números.

CNT/MDA – Dilma, 36%. Marina, 27,4%. Aécio, 17,6%.

IBOPE – Dilma, 38%. Marina, 29%. Aécio, 19%.

VOX POPULI – Dilma, 40%. Marina, 22. Aécio, 17.

E os incautos especialistas tendenciosos ainda afirmavam que o páreo ia ser duro com grande chance de Marina ser eleita. A candidata que chora continua caindo em todas as pesquisas. Até entre amigos.     

A fome de Marina Silva

por :

O vídeo de um comício de Marina Silva em Fortaleza viralizou. O mote era sua defesa do Bolsa Família, programa que não será desativado em seu eventual governo.

Diz ela, emocionada:

”Eu sei o que é passar fome. Eu sei o que foi um sábado de aleluia em 1968. Tudo que minha mãe tinha, para oito filhos, era um ovo e um pouco de farinha e sal. Meu pai, minha mãe, minha avó, minha tia olhavam para aqueles oito irmãos. Eu me lembro de ter perguntado pro meu pai e minha mãe: ‘vocês não vão comer?’ Minha mãe respondeu: ‘nós não estamos com fome’. Uma criança acreditou naquilo. Quem viveu esta experiência, jamais acabará com o Bolsa Família. Não é um discurso, é uma vida. O compromisso não está escrito em um papel que depois eles rasgam e esquecem. Está escrito sabe aonde? Na carne deste corpo magro”.

É um testemunho contundente. Ela interrompe sua fala por causa das lágrimas. Há quem, compreensivelmente, chore ao ouvi-la.

Mas essa passagem da vida de Marina adquiriu um tamanho inédito apenas recentemente.

Uma biografia de 2010 acaba de ser relançada. “Marina, a vida por uma causa” foi escrita pela jornalista Marília de Camargo César, que ouviu familiares, amigos e pessoas próximas de Marina ao longo de meses — além, é claro, da própria MS.

A palavra “fome” aparece dez vezes em mais de 260 páginas. Em nenhum momento referindo-se ao que ela disse no Ceará.

Ela conta da influência da avó paterna, Júlia, com quem morou no Seringal Bagaço, a 70 quilômetros de Rio Branco: “Na Semana Santa, não se comia carne nem nada que tivesse açúcar. Minha avó fazia mungunzá sem açúcar, arroz-doce sem açúcar. Deve ser uma tradição vinda do Ceará”.

Marina, segundo aprendemos, era muito querida pela avó. Arnóbio Marques, ex-governador do Acre, que a conhece “há uns duzentos anos”, aparece dizendo: “É a única pobre mimada que conheço”.

Marina tinha 10 anos quando do almoço mencionado no palanque. Há um testemunho da época no livro:

“Desde uns dez anos de idade, eu acordava todo dia por volta de quatro da manhã para preparar a comida que meu pai levava para a estrada da seringa. (…) Todo dia preparava farofa. Às vezes com carne, mas quase sempre com ovo e um pouquinho de cebola de palha, acompanhada de macaxeira frita. Aí botava dentro de uma lata vazia de manteiga, com tampa. Manteiga era comprada só quando minha mãe ganhava bebê. Meu pai encomendava no barracão — o entreposto de mercadorias mantido pelo dono do seringal — uma lata, pra fazer caldo d’água durante o período de resguardo. Por incrível que pareça, a manteiga vinha da Europa para as casas aviadoras de Manaus e Belém e dali chegava aos seringais do Acre.A lata era uma coisa preciosa. De bom tamanho, muito útil, tinha tampa e desenhos lindos e elegantes”.

Num outro trecho sobre a infância:

“Minhas irmãs também faziam as mesmas coisas que eu. As outras crianças, filhas de meus tios, do vizinho do lado, também iam pro roçado, iam buscar água no igarapé, varrer o terreiro, ajudavam a plantar arroz, milho e feijão. O pai à frente, cavando as covas, e elas colocando a sementinha nas covas. Você não tinha nenhum instrumento para ver uma realidade oposta àquela, para dizer: por que os filhos do fulano de tal ficam só brincando e nós, aqui, trabalhando? Não existia isso. Havia até um prazer de poder ajudar nossos pais a diminuir o fardo deles”.

Não se coloca em dúvida que Marina enfrentou enormes atribulações e é dona, sim, uma trajetória notável. A ex-seringueira acreana adquiriu malária cinco vezes, alfabetizou-se aos 16, chegou a senadora e ministra e concorre à presidência. Uma vencedora.

Mas a cartada da fome é típica de um populismo que, esperava-se, passaria longe da “nova política”. Quando ditou suas memórias, aquele sábado dramático, portinariano, não mereceu qualquer evocação. Hoje, talvez por insistência dos marqueteiros, a cena virou o filme.

É difícil competir com isso. Aécio, moço bem criado, não tem o que oferecer nesse quesito. Dilma poderia apelar para o câncer ao qual sobreviveu para provocar a empatia da superação.

Se o fizesse, porém, a candidata do PSB provavelmente estaria pronta para acusá-la de demagogia.

A revelação em Fortaleza é mais uma faceta de um personagem surpreendente, cuja história não vai parar de ganhar novos capítulos e ser reescrita. Pelo menos até o fim das eleições.

No Acre

Obrigação de Odún Itá no Ilê Axé Arawé Ajúnsún do Babalaorixá Frank de Obaluaê Ajagún

Para o Babalaorixá Frank de Obaluaê Ajagún cabe, por meio dos ritos,acumular,fortalecer e distribuir o axé dos orixás a seus filhos-de-santo e quaisquer outras pessoas que eventualmente recorram aos orixás em busca de ajuda.

1

Para que  possam ser saudáveis,prósperos,felizes e realizados, para que tenham vida longa e possam viver em paz e em equilíbrio com os orixás, isto é , com a natureza e sociedade.

2

E os pontos  em iorubá,foram cantados para chamar e saudar…

3

Os Orixás,acompanhados pelos Alabês, ao toque dos Tambores e Agogô.

4

A Ekédi Cassiana de Oyá puxando a entrada do ponto central do ritual

5 

E vieram as saídas do yaô Dionnes de Oxúm, para cumprir sua obrigação de Odún Itá.

6

 

A primeira, a saída de Yaô,mostrando a comunidade do candomblé que permanece na condição de Yaô, até atingir maior idade espiritual no axé.

7

 

A segunda,já vestido com roupas que demonstram sua idade(três anos),fios de contas de miçangas,moca,senzalas e gorro.esta saída mostra que o Yao atingiu meia idade dentro do candomblé,mas não se torna Babalorixá

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Para a chamada de santo( Oxúm), acompanhado pela presença do Babalorixá Ribamar de Xangô.

9

Nesta mesma saída foi invocada a Orixá Mor de Dionnes:Oxúm.

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Os filhos-de-santo iniciados para dançar e permitir que os orixás …

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…se manifestem em seu corpo,

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Com o toque do Adejar

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Durante o transe se manifestar no Yaô Dionnes de Oxúm.

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Preparando seu corpo para chegada da bela Oxúm.

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E os Orixás foram se manifestando nos filhos da casa.

18 19

Amparados pela Cassiana de Oyá.

20 21

Ao canto dos pontos de afirmação

23

Ao ritmo dos toques dos tambores,agogô dos Alabês!

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Antes de ser  recolhido ao quarto de santo,para a sua terceira saida, o Babalorixá Frank explicou que  Dionnes de Oxum iniciou-se em uma outra casa de axé, depois migrou para seu Ile.No ano de 2013 pagou obrigação de um ano com ele e em 2014 deu sua obrigação de três anos.

26

Ela saiu para terceira saída – Oxúm, já vestida adequadamente de branco,dançar para homenagear Oxalá,ser saudada pelos presentes…

Òróré Yéyé!

Òróré Yéyé!

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Oxum Mariou

Oxum Mariou

Ariarou, ariará

Ariará,ariarou

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Oh, Pomba branca

Pombinha de Oxalá

Oh, Pomba branca           

Pombinha de Oxalá

 

Oh, Pomba branca

Pombinha de Oxalá

Pombinha branca

De todos Orixás.

Na Nigéria mas precisamente em Ijesá,Ijebu e Osogbó, ocorre calmamente o rio Oxum, a morada da mais bela Iyabá, a rainha de todas as riquezas, a protetora das crianças, a mãe da doçura e da benevolência.

29 

No alto da cachoeira

Tem uma gruta do lado de lá

Tem um banquinho de ouro mamãe

Onde Oxúm vai se sentar

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E ela se recolheu,. para sua saída de luxo.

31

E ela veio,para a quarta saída, dançando a ritualística sagrada dos Orixás.A deusa mais bela e mais sensual do Candomblé.

32Oxúm sai vestida com seus adereços:ade,ides,pulseiras e seu tão afamado abebé( espelho com cabo).

É a própria vaidade, dengosa e formosa,

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Paciente e bondosa,mãe que amamenta e ama.

34

Um de seus oriquis, visto com mais atenção, revela o zelo de Oxúm com seus filhos.

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Aué Baerissou

Aué Baerissou

É, é, é, nossa Oxúm

É, é, é, nossa Oxúm

36 37

O primeiro filho de Oxúm,chama-se Ide, é uma verdadeira joia,

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Uma argola de cobre que todos os iniciados de Oxúm devem colocar nos seus braços.

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Seu papel social-Rainha amante.

Cores: Amarelo e dourado.

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Seu emblema ritual-leque-espelho(Abebé).

Dia: Sábado.

 

41

Símbolo: Água Doce( Rios,Cachoeiras,nascentes,lagos).

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Domínios: Amor, Riqueza, Fecundidade, Gestação e Maternidade.

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Ó ,rosa de ouro

Maxumbembé  maxumbenbá.

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Olha maxumbambá

Maxumbambá oriá.

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E ela dançou, graciosa e elegante.

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Oxúm é Linda

Oxúm é Formosa

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Oxúm é Dengosa

Oxúm é Bondosa

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Oxúm é Paciente

Oxúm é Mãe

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Vem Saravá

Vem Saravá.

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E todos a  saudaram a rainha da Água Doce

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Saravá !Mamãe Oxúm!

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Axé! Mamãe Oxúm!

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Saravá! Mamãe Oxúm!

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Axé! Mamãe Oxúm!

5556

Oxúm é a segunda esposa de Xangó e representa a sabedoria e o poder feminino.

57

 

Então ela se recolheu ao quarto de santo,para seu esposo Xangó dançar,na coroa de Ricardo de Xangô.

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E Babalorixá Frank o acompanhou em sua majestosa dança.

59

 

Eh…Xangó Maior!

Xangó da Lei Maior!

61

 

Pererá Xangó, na Calunga

Pererá, Xangó

Pererá nosso Pai

Toma conta de filhos caburé.

62 63

E todos os Yaôs dançaram para saudar Xangó Rei e justiceiro e a todos os Orixás.

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Saravá Obaluaê!

Saravá Xangó!

Saravá! Mamãe Oxúm!

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Axé!A Todos os Orixás!

Axé!A Todos os Orixás!

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 Saravá! O terreiro de Ilê Axé Arawé Ajúnsún!

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Axé!Filhos de Fé!

Axé!Filhos de Fé!

O INÚTIL VOTO ÚTIL DAS DIREITAS

DilmaQuioto

O conservador é aquele sujeito que alienado do processo histórico criador conserva as ideias que defendem a imobilidade da existência. O que significa dizer que ele carrega duas fobias básicas. Uma nega e ataca o movimento real porque este lhe causa ansiedade com suas ideias novas. Ideias que ele, por ser conservador, não sabe como lidar com elas. Outra porque pretende manter o estado de coisa em que se encontra que lhe possibilita segurança e satisfação material, por ser capitalista.

Assim, o conservador conserva o que lhe é de interesse. E conservando permanece imutável até na sua forma de racionar, visto que seu raciocínio opera com as notas cognitivas já despotencializadas em função da permanente imobilidade. Seu raciocínio não tem fundamento epistemológico, mas constante recognição. A repetição do mesmo. O já visto e ouvido repetido como o significante imóvel de sua existência desativada.

Essa realidade mental cuja cognição está desativada para outras compreensões ou saberes capazes de produção de novos dizeres constituintes, o faz o modelo reacionário. O sujeito que só reage a sua primeira ideia que serviu de base de proteção de seu conservadorismo. Por isso, se afirma que todo conservador é reacionário. Não é sujeito de ação, mas de reação.

Pois, é com essa mentalidade imóvel que hoje, nesse tempo de eleições, vemos e ouvimos conservadores-reacionários afirmarem, com medo que Dilma seja reeleita, que é preciso recorrer ao voto util. Votar em qualquer candidato, contanto que vença a candidata do governo popular. Por que essa preocupação-fóbica? Porque eles, embora bem protegidos por seu deus-capital, eles querem mais e ter ingerência nas coisas do chamado poder governamental. Além, é logico, de suas psicopatologias que lhes tornam sujeitos invejosos, ressentidos e perversos políticos. Estes inimigos das classes ditas menos favorecidas que os governos populares respeitam e trabalham para que elas tenham autoestima e passem a interferir no processo de crescimento social do país.

Nesse momento em que a disputa eleitoral vai, segundo pesquisas e conversas entre os eleitores, se definindo com incontestável reeleição de Dilma, sustentada com as posições dos outros candidatos Marina e Aécio com diminutas intenções de votos, realidade que lhes impossibilitam à eleição, o estúpido e patológico voto útil se mostra em sua total inutilidade.

E nesse quadro voto útil, revela-se dupla hilaridade. Uma, é a que mostra a reeleição de Dilma revelando a esses tipos, conservadores-reacionários, a inutilidade de seu voto útil. Outra, é que o voto útil dos conservadores-reacionários torna-se inútil diante da potência das políticas públicas. Hilaridade que escancara o a limitação cognitiva e o analfabetismo político desses tipos de sujeitos a-históricos. 

O que confirma que para eles útil é o que lhes mantém imóveis e na ilusão da satisfação e segurança. Voto útil é o corpus político que encadeia fluxos na produção constitutiva da democracia e não anseio individualista burguês.

13 motivos para votar na Dilma

Dilma Rousseff significa a preservação do papel do Estado e dos bancos públicos na economia e na sociedade como elementos indutores do progresso.

Wadih Damous (*)

Esta eleição presidencial se desenha como a mais disputada dos últimos anos. A morte de Eduardo Campos e o perfil que assumiu a candidatura Marina Silva tornaram o resultado imprevisível.

Marina tenta se equilibrar numa tênue linha que torne compatíveis suas posições anteriores e as de seus novos aliados de alma tucana. Ainda que perca credibilidade com seus vaivens e com uma ginástica que parece não ter fim, o resultado da eleição não está definido, nem a vitória de Dilma Roussef, assegurada.

Daí a importância de se ter clara a diferença entre as duas alternativas.

Dilma significa a preservação do papel do Estado e dos bancos públicos na economia e na sociedade como elementos indutores do progresso, numa perspectiva de redução das desigualdades. Ela é a opção dos que compreendem que o mercado seria incapaz, por si só, de melhorar a distribuição de renda ou o acesso de todos aos direitos sociais básicos.

Isso é fato.

A opção Marina se assenta na perspectiva neoliberal, segundo a qual o mercado seria capaz de trazer justiça social e distribuição de renda. O mesmo se diga de Aécio Neves.

Mesmo que possa haver críticas às gestões do PT na Presidência, é inegável que elas são muito diferentes das de FHC e trouxeram avanços significativos para o país. Uma vitória eleitoral de Marina (ou de Aécio) representaria um indiscutível passo atrás.

Isso é fato

Vale a pena olhar para os últimos 12 anos.

Com os programas sociais desenvolvidos por Lula e Dilma houve considerável redução da miséria no país, comprovada por todos os índices e reconhecida internacionalmente.

Isso é fato.

Nos governos do PT foram criados 23 milhões de novos empregos com carteira assinada.

Isso é fato.

Com Dilma foi criado o Mais Médicos, que, mesmo não sendo solução definitiva para os problemas de saúde, levou assistência médica a um grande número de regiões antes abandonadas. Vieram para o país mais de 15 mil médicos e o programa é aprovado por 87% dos brasileiros.

Isso é fato.

Com Lula e Dilma ganhou corpo o aumento do poder de compra do salário-mínimo, hoje 73% maior, em termos reais, do que em 2001.

Isso é fato.

Dilma e o PT têm como prioridade a realização de uma reforma política, essencial para o avanço da democracia e a limitação do poder econômico. Marina ou Aécio não encampam esta posição.

Isso é fato.

Ao contrário do que acena Marina, Dilma já reafirmou que o Banco Central manterá sua autonomia operacional, mas não será independente do presidente e do Congresso, cuja legitimidade vem das urnas. Portanto, não será capturado pelo sistema financeiro.

Isso é fato.

Ao contrário do que ameaça fazer Marina, Dilma já reafirmou que não retirará quaisquer direitos dos trabalhadores, sob pretexto de “atualização” da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Isso é fato.

Com Dilma – apesar dos acenos a certos setores fundamentalistas – o Estado laico será respeitado, como manda a Constituição.

Isso é fato

Dilma vai manter a Lei da Partilha, que aumentou a presença do Estado e da Petrobrás na exploração do pré-sal.

Isso é fato.

Ao defender o plebiscito e a Constituinte exclusiva, Dilma mostrou-se mais sensível aos reclamos das ruas do que os outros dois candidatos.

Isso é fato

Por tudo o que foi dito acima, fica claro que a eleição de Marina ou Aécio seria um enorme retrocesso para o país.

O voto em Dilma é a opção daqueles que querem que a democracia e a justiça social continuem avançando.

Isso também é fato.

(*) Ex-Presidente da OAB do Rio de Janeiro por duas vezes e atualmente , escolhido pelo voto direto do advogado, e atualmente Presidente licenciado da Comissão Nacional de Direitos Humanos de OAB e da Comissão da Verdade do Rio de Janeiro


USAR O CONTROLE REMOTO É UM ATO DEMOCRÁTICO!

EXPERIMENTE CONTRA A TV GLOBO! Você sabe que um canal de televisão não é uma empresa privada. É uma concessão pública concedida pelo governo federal com tempo determinado de uso. Como meio de comunicação, em uma democracia, tem como compromisso estimular a educação, as artes e o entretenimento como seu conteúdo. O que o torna socialmente um serviço público e eticamente uma disciplina cívica. Sendo assim, é um forte instrumento de realização continua da democracia. Mas nem todo canal de televisão tem esse sentido democrático da comunicação. A TV Globo (TVG), por exemplo. Ela, além de manter um monopólio midiático no Brasil, e abocanhar a maior fatia da publicidade oficial, conspira perigosamente contra a democracia, principalmente, tentando atingir maleficamente os governos populares. Notadamente em seu JN. Isso tudo, amparada por uma grade de programação que é um verdadeiro atentado as faculdades sensorial e cognitiva dos telespectadores. Para quem duvida, basta apenas observar a sua maldição dos três Fs dominical: Futebol, Faustão e Fantástico. Um escravagismo-televisivo- depressivo que só é tratado com o controle remoto transfigurador. Se você conhece essa proposição-comunicacional desdobre-a com outros. Porque mudanças só ocorrem como potência coletiva, como disse o filósofo Spinoza.

Acesse esquizofia.wordpress.com

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CAMPANHA AFINADA CONTRA O

VIRTUALIZAÇÕES DESEJANTES DA AFIN

Este é um espaço virtual (virtus=potência) criado pela Associação Filosofia Itinerante, que atua desde 2001 na cidade de Manaus-Am, e, a partir da Inteligência Coletiva das pessoas e dos dizeres de filósofos como Epicuro, Lucrécio, Spinoza, Marx, Nietzsche, Bergson, Félix Guattari, Gilles Deleuze, Clément Rosset, Michael Hardt, Antônio Negri..., agencia trabalhos filosóficos-políticos- estéticos na tentativa de uma construção prática de cidadania e da realização da potência ativa dos corpos no mundo. Agora, com este blog, lança uma alternativa de encontro para discussões sociais, éticas, educacionais e outros temas que dizem respeito à comunidade de Manaus e outros espaços por onde passa em movimento intensivo o cometa errante da AFIN.

"Um filósofo: é um homem que experimenta, vê, ouve, suspeita, espera e sonha constantemente coisas extraordinárias; que é atingido pelos próprios pensamentos como se eles viessem de fora, de cima e de baixo, como por uma espécie de acontecimentos e de faíscas de que só ele pode ser alvo; que é talvez, ele próprio, uma trovoada prenhe de relâmpagos novos; um homem fatal, em torno do qual sempre ribomba e rola e rebenta e se passam coisas inquietantes” (Friedrich Nietzsche).

Daí que um filósofo não é necessariamente alguém que cursou uma faculdade de filosofia. Pode até ser. Mas um filósofo é alguém que em seus percursos carrega devires alegres que aumentam a potência democrática de agir.

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