A educação é um caso de política. Não confundir: não é um caso de polícia. Caso de polícia é da ordem marcadora de poder, vigiar e punir. Atos do super-eu. Manutenção de um estado de coisa já constituído. Educação é ato do eu. O eu livre e criador. Criação de novos saberes que se transformam em dizeres transformadores do estado de coisa constituído propulsor do caso policial. Entendimento-criador da objetividade dominante que impulsiona a transcendência-dialética.
Embora haja um sentido cômico nessa diferenciação entre caso de política e caso de polícia, todavia, no caso do Amazonas a educação pode ser assemelhada com o segundo caso. Porque, historicamente, a educação no estado do Amazonas sempre foi tratada como uma forma policial de manutenção do estado de coisa estabelecido. Por tal realidade, nunca houve nenhum governo, tanto estadual como municipal, capaz de entender que educação é um caso de política. Daí, os governantes indicarem para o cargo de secretário de educação, indivíduos capazes de manter o estado de coisa determinado.
Os secretários bem estabelecidos em seus valores molares, valores como defesa de seus estados sedimentados, respondem muito bem para os propósitos alienantes dos governantes. Eles não sabem que a educação é um devir poiético que se atualiza como práxis. Como não têm esses conhecimentos e essas vivências eles são personagens perfeitas para as perspectivas dos governantes que também estão malogrados quanto esse devir. Para entender melhor o que é essa ignorância basta ouvir e analisar a linguagem dos governantes e dos secretários. Nenhum código-linguístico que exprima a educação como filosofia-política. Somente uma linguagem muito bem sedimentada em códigos-burocráticos-administrativos. Nada de corte-esquizo que possa proporcionar uma educação-produtora de novas formas sentir, ver, ouvir e pensar.
DA PATOLOGIA DA EDUCAÇÃO NO AMAZONAS
Essa patologia educacional é responsável pela miserável realidade que o ensino público no Amazonas se mantém. Tanto o ensino público estadual quanto o municipal encontram-se nos últimos lugares nas avaliações proporcionadas pelo Ministério da Educação sobre o desempenho das escolas no Brasil.
Mas é fácil de entender, mas impossível de aceitar, no seguimento governamental no estado do Amazonas e no município de Manaus, não há mudança de ideário político. No governo estadual predomina um modelo inaugurado antes da ditadura e que foi fortemente resguardado por todos os governadores que passaram como, também o que se mantém. O mesmo ocorrendo com o município. Todos os prefeitos desconheciam os princípios filosófico-político da educação da mesma forma que o prefeito atual Arthur Neto, do partido da burguesia-ignara, PSDB, desconhece.
MANIFESTAÇÃO E ARGUMENTOS DOS PROFESSORES
Entendendo que educação é um caso de política e não de polícia, os professores das duas redes de ensino público se reuniram ontem, dia 12, em uma manifestação contra os governos estadual e municipal exigindo que seus direitos sejam respeitados, já que eles estão se sentindo lesados pelas autoridades responsáveis. Segundo declarações dos professores, o pagamento do Fundeb, que é um direito federal criado pelo governo Lula, não foi pago. Para os professores deve ter ocorrido desvio dessa verba para uso nas campanhas politicas e outras promoções que visavam esse mesmo fim.
Para defenderem seus argumentos, os professores citaram o caso, triste, mas cômico, dos milhares de “salgadinhos” que foram comprados por preço faturado para serem distribuídos nas reuniões da secretaria de educação do estado como cabo eleitoral. Outra suspeita em relação ao não cumprimento de seus deveres pela secretaria de educação do município, eles indicaram a campanha eleitoral do deputado Arthur Bisneto, filho de Arthur, todos envolvidos na névoa-familiar iniciada pelo avô e bisavô, que foi eleito deputado federal pelo mesmo partido da burguesia-ignara com o maior número de votos. Os professores afirma que foram inúmeras reuniões da prefeitura com diretores de escolas e professores cabos eleitorais compromissados com a eleição do Bis. A mesma prática usada por Zé Melo o candidato ao governo que era vice de Omar Aziz, o governador anterior.
Para os professores risível prática “filosófica-política” das autoridades.
HANNAH ARENDT E A AUTORIDADE PARA SER AUTORIDADE
Uma digressão para um pouco de Hannah Arendt que se sentia mais professora do que filósofa. Hannah Arendt afirma em sua obra Condição Humana que autoridade são todos seres que agem através da razão. Ou seja, são praticantes dos princípios fundamentais da razão que criam uma vida coletiva política solidária. Por isso, para ela, quando a razão falta se alojava a tirania, a força do poder. O perigo para o movimento das instituições que representam os desejos de todos em uma democracia. Seguindo Hannah Arendt, como o a educação no Amazonas não é um caso de política não há autoridades responsáveis por ela nas secretarias do estado e do município.
É essa falta de autoridade sujeito-histórico racional que os professores têm que enfrentar para conseguir o restabelecimento de seus direitos. Como falta o pensamento de Hannah Arendt nesses governos, os professores não podem e nem devem se submeter à força. E para isso têm que sensível e racionalmente tentar produzir o diálogo entre a classe para concretizar diretamente com os governos, mas sem se deixar prender nas linguagens deles.
O interessante é que o Sr. secretário em entrevistas nos diversos matutinos da nossa cidade vive se contradizendo. Em um jornal de grande circulação afirmou que os professores deveriam consultar o site do tesouro nacional para ver o quanto a secretaria tinha recebido do gov.federal, sr. secretario o quanto saiu no´s ja sabemos, o que kermos saber é onde e em que foram gastos esse dinheiro todo, que segundo ele foi somente 2 milhoes e pouco (Mentira dele). Em outra reportagem afirmou que a secretaria tinha recebido 1 bilhao e pouco, e que mais de 63% o que equivaleria mais de 800 milhoes e que esse valor foi usado, prestem atenção, usado, para fazer o pagamento, pagar o salario mensal dos prof. no ano de 2014. Então fazermos a pergunta. Quer dizer que quem paga o salario dos prof. é o gov. ferderal??/E o dinheiro do estado para esse fim, ou seja, para o pagamento mensal desses salario onde foi parar?? Assim tb a prefeiura fez esse desclarecimento em 2014 co a verba de 2013!!!Assim Sr. secretario, esta história está muito mal contada!!!!!