Nem sempre quem auxilia quem precisa é verdadeiramente o amigo. Quer dizer: freudianamente, o inimigo pode auxiliar quem precisa. Mesmo que o inimigo sequer desconfie do auxílio que presta ao necessitado que ele toma como inimigo.
Em alguns momentos das existências das pessoas essa amizade do contrário, se mostra claramente. E no caso específico de política partidária ela francamente mostra sua face. É o que vem ocorrendo com Lula. Bastou o Sapo Barbudo afirmar que se for para impedir a eleição da oposição, ele se candidata à Presidência da República em 2018 para ela começar a trabalha em seu auxílio.
Lula não precisava nem de tal afirmação, mas como é um homem probo e respeita, também, o inimig, afirmou. Ele não precisava por duas realidades que se mostram no universo da política partidária. Uma Lula é o magno candidato dos que exaltam e defendem os governos populares, como já foi escrito nesse blog. Outra, como também já foi escrito nesse blog, às direitas não têm representantes partidários com dimensões políticas capazes de disputarem uma eleição contra Lula e ganhar.
Daí que já consciente que não tem candidato para concorrer à Presidência da República, as direitas só esperaram Lula lançar sua candidatura para iniciar o trabalho de cabo-eleitoral. Quer dizer: realizar campanha em favor do Sapo Barbudo. A maior riqueza do Brasil a família Marinho proprietária das Organizações Globo, não contou desgraça: entrou de cara aberta na campanha. Usou 6 minutos, segundo informações, do seu irracional JN para falar sobre Lula escolhendo o Porto de Muriel, em Cuba, para convencer seus incautos telespectadores que Lula é um grande e bem sucedido administrador. O Porto de Muriel é um corredor de riquezas que liga oceanos. Lula foi sábio em perceber essa realidade. A TV Globo não economizou elogios.
Na mesma linha seguiu a articulista da ‘massa cheirosa’ do jornal reacionário paulistano Folha de São Paulo, Eliana Cantanhêde. A ‘cheirosa’ afirmou, com arrepiante êxtase, que se Lula se candidatar ele não sairá ileso. Quer dizer: não sair ileso é ganhar, já que perder é sair como entrou, e Lula nunca sai como entra em uma disputa. Por sua vez o pai da crise hídrica em São Paulo, Alckmin, também se mostrou um exímio cabo-eleitoral. Afirmou que “hoje o tempo é de honestidade”. Como hoje o governo é Dilma, e ela vai ser a grande presença da campanha de Lula, não há qualquer sombra de dúvida sobre a candidatura de Lula, segundo Alckmin.
Enquanto isso, Lula, em São Bernardo, junto com os companheiros Mujica e Haddad, com visível vigor e entusiasmo disse os adversários todo dia falam em seu nome.
“Você só consegue matar um pássaro se ele ficar parado. Se ele voar fica difícil. Por isso eu voltei a voar outra vez”, filosofou Lula.
Pois é! A militância ainda nem entrou na campanha pró-Lula e os reacionários já largaram em disparada para ganharem os louros da eleição do Sapo Barbudo.
Por enquanto a militância deve ficar descansando. Que os reacionários façam suas partes. Lula agradece.
Leitores Intempestivos