
A presidenta Dilma Rousseff recebe as delegações que representaram o Brasil nos Jogos Pan-Americanos e nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto 2015, em cerimônia no Palácio do Planalto (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Há sempre entrelaçamentos ou encadeamentos de códigos, signos e sinais em enunciados que parecem específicos e que acabam em si mesmos. Como se diz no conceito estruturalista em uma estrutura há estruturas intersubjetivas e micros estruturas. Há sempre passagens que tocam em outros elementos e funções que se expressam como enunciados como práxis e linguagem. Tudo que Marx sabia do capitalismo com sua verdade opressiva no sistema estrutural da força de produção e relação de produção. Cadeia que oferece fetichismos como realidade.
Dilma sabe disso. Na cerimônia de homenagem aos atletas dos Jogos Pan-Americanos e Para Pan-Americanos, em Toronto, a presidenta mostrou esse entrelaçamento ou encadeamento de códigos, signos e sinais que não se reduziram nos enunciados do discurso.
Ela, ao discursar, levou ao seu pedestal a necessidade da ética nas relações esportivas. Mas essa elevação ética não ficou imobilizada na cerimônia. Foi além, tocando em outras formas de comportamentos dos homens em sociedade. Como, em um caso relativo, o comportamento de certos personagens da política partidária.
“O esporte mostra que é possível sofrer derrotas, dificuldades no caminho, mas que todo atleta levanta e segue em frente. Muitas vezes não ganha na primeira, mas ganha na segunda, ou ganha na terceira, e segue lutando para ganhar e respeitar também o resultado do outro atleta que é o vencedor,
Fiquei muito feliz em saber que o Thiago ganhou por uma medalha do cubano, ele tem 23 anos e o cubano tem 22 e aí ele é o maior atleta pan-americano. É óbvio que ele respeita o cubano que tem 22, mas á inequívoco que ele é o primeiro desta história. Essa é uma da ética no esporte: você vence, mas respeita o adversário, porque o adversário qualifica o vencedor”, discursou Dilma.

A presidenta Dilma Rousseff recebe as delegações que representaram o Brasil nos Jogos Pan-Americanos e nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto 2015, em cerimônia no Palácio do Planalto (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A presidenta Dilma Rousseff recebe as delegações que representaram o Brasil nos Jogos Pan-Americanos e nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto 2015, em cerimônia no Palácio do Planalto (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A presidenta Dilma Rousseff recebe as delegações que representaram o Brasil nos Jogos Pan-Americanos e nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto 2015, em cerimônia no Palácio do Planalto (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A presidenta Dilma Rousseff recebe as delegações que representaram o Brasil nos Jogos Pan-Americanos e nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto 2015, em cerimônia no Palácio do Planalto (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O discurso de Dilma se desdobra em outros significados. Por exemplo: político. Aécio foi vencido, mas não respeita a vencedora. Quer por força tirá-la do governo. Com a vitória “o adversário qualifica o vencedor”, afirma Dilma. Mas é exatamente isso que Aécio não quer: qualificar a vitória de Dilma. Para ele o vencedor é ele. E é só ele, como vencedor, que ele qualifica. Ninguém mais. Nem se fosse seu guru Fernando Henrique.
Para a maioria dos brasileiros ele se mostra como aquele que quer de qualquer forma que seus desejos narcísicos sejam satisfeitos, não importando o mundo objetal. Igual o menino atoleimado que chantageia os pais para ganhar todos os brinquedos. Inclusive das outras crianças. Um vazio impreenchível.
Dilma leu o interior da estrutura. Não se iludiu com as aparências como a maioria que acredita que o salário do trabalho é real porque significa sua jornada de trabalho. Quando na verdade ele é roubado pela mais-valia.
Valeeeu atletas brasileiros. Vocês merecem. Valeu governo brasileiro que através dos patrocínios de empresas brasileiras do governo federal incentivam inúmeros atletas nas mais diversas modalidades. A recepção pela presidente coroa com medalha de ouro o desempenho conquistado no Canadá. Vamos trabalhar para que mais ouro sejam conquistados no Rio de Janeiro em 1916 com nossa presidente participando da abertura dos jogos olímpicos.