Papa Francisco, para os íntimos Papa Chico, encontra-se em visita política-católica em Cuba. Sua estadia na cidade do comandante Fidel Castro tem três significados preponderantes. Um, a política de igualdade praticada em Cuba, em que é a sociedade em geral é quem tem seus diretos garantidos como povo habitante da ilha. Dois, a realidade de que, apesar de algumas restrições, é em Cuba que o cristianismo mais se materializa. E três, porque a revolução teve como um dos seus mentores e um dos maiores combatentes o seu conterrâneo, Che.
É verdade que próprio significado de catolicismo, religião universal, já dispõe a priori o papa Chico a se sentir em casa em qualquer lugar do planeta em que esteja. Mas, em Cuba, ele se sente muito mais em casa, porque, na ilha, ele vivencia e constata o amor de Cristo junto em seus irmãos como prática de comunhão e solidariedade que elava os homens a condição de eleitos pelo amor-amizade. Por isso, ele durante a homilia recorreu a uma tautologia ao dizer que o povo cubano deve servir os mais frágeis na sociedade e não “se servir dela”. Um enunciado que cabe direto aos golpistas do Brasil que pretendem se apropriar do poder para satisfazer seus interesses. Porém seria perda de tempo essa enunciação aos golpistas: eles só são cristãos em situações que lhes convém.
“Quem não vive para servir não serve para viver. O serviço aos outros não pode jamais ser ideológico, do ponto de vista que ele não serve às ideias, mas sim às pessoas.
O povo cubano é um povo que tem gosto pela festa, pela amizade, pelas coisas belas. É um povo que tem feridas, como todo povo, mas que sabe estar com os braços abertos, que marcha com esperança, porque sua vocação é de grandeza”, enunciou Chico.
E como não poderia ser diferente, Chico visitou o comandante Fidel, no auge dos seus 89 anos, em sua casa e conversaram durante 40 minutos sobre temas variados em um “ambiente muito familiar e informal”, segundo afirmou Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano.
Na ocasião o comandante Fidel presenteou Chico com seu livro Fidel y La Religión, que apresenta uma entrevista que ele concedeu ao escritor e ex-preso político Frei Betto, em 1985.
Não esquecer que o papa Chico teve fundamental importância na atual aproximação entre os Estados Unidos e Cuba. Por isso ele é um papa pop, porque “o pop não poupa ninguém”.
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