Na sexta-feira, dia 9, os deputados Wadih Damous (PT/RJ) e Rubens Pereira (PCdoB/MA) entraram com mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que o presidente da Câmara Federal Eduardo Cunha (PMDB/RJ), denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por suspeita de corrupção, parasse com a tramitação dos pedidos de impeachment contra Dilma.
Agora, o ministro do STF, Teori Zavascki, concedeu liminar acatando provisoriamente o pedido dos dois deputados. Em sua decisão o ministro determinou que Eduardo Cunha não pode realizar o rito que impôs à tramitação de pedidos de impeachment da presidenta Dilma.
A liminar veta, provisoriamente, Eduardo Cunha, 5 milhões de dólares, de apreciar as matérias até que o recurso contra o rito de tramitação da proposta, decidido por ele por meio de uma questão de ordem levantada pela oposição, seja avaliado pelo plenário da Casa.
“Em processo de tamanha magnitude institucional, que põe a juízo o mais elevado cargo do Estado e do Governo da Nação, é pressuposto elementar a observância do devido processo legal, formado e desenvolvido à base de um procedimento cuja validade esteja fora de qualquer dúvida de ordem jurídica”, diz trecho da liminar do ministro.
Já no mandado de segurança dos dois deputados, é evidenciada a ilegalidade constitucional expressa pelo presidente da Câmara.
“O rito imposto pelo presidente Eduardo Cunha, que estabeleceu o regimento interno como norma para reger um eventual processo de impeachment é ilegal e nitidamente inconstitucional, pois o que deve regular é a Lei e não o regimento. A partir dessa decisão de Cunha, apontamos uma série de ilegalidades contidas na resposta à questão de ordem feita pela oposição.
Com a utilização do regime interno da Casa como base para o processo do impeachment, o presidente da Câmara excluiria a necessidade de comprovação de crime de responsabilidade para dar prosseguimento à proposta”, observou o deputado Wadih Damous.
Por sua vez, a ministra Rosa Weber, concedeu também liminar que impede o deputado Eduardo, 5 milhões de dólares, Cunha de continuar com o rito dos pedidos do impeachment contra Dilma.
A ministra respondeu ao mandado de segurança impetrado pelo deputado Rubens Pereira (PCdoB/MA). A ministra seguiu os moldes do ministro Teori. Para ela a questão vai além de uma questão interna da Câmara.
Foram dois reveses no já despachado, Eduardo, 5 milhões de dólares, Cunha. Porém, ao ser informado das decisões do STF, ele ainda tentou mostrar que ainda tem poderes na Casa afirmando que iria consultar seu setor jurídico. Espetáculo para cadeiras vazias.
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