Quando dois países procuram realizar acordos econômicos é lógico, que como segurança nesse acordo, que cada um acredite em si e no outro. Sem essa crença não há acordo, porque nenhum dos dois quer sair perdendo. Um país não faz acordo com outro ao perceber que esse outro não tem condições econômicas de realizar esse acordo que é pagar seu contrato. E que muitas vezes esse acordo é colocado em suspeição quando um dos dois partidos passa por crise política. O que não é o caso do Brasil e da Suécia.
A presidenta Dilma Vana Rousseff se encontra na Suécia em missão econômica e educacional. Ou seja, fechar acordos. Outra vez ela concedeu entrevista à imprensa. Desta vez ao lado do primeiro-ministro sueco Stefan Löfven e afirmou que as questões políticas a crise econômica que o Brasil passa não representam uma crise institucional. Sua afirmação permite por parte do governo sueco a certeza que pode contar com os compromissos do governo brasileiro. Aliás, se o governo sueco desconfiasse de que havia uma crise institucional no Brasil ele jamais aceitaria pelo menos conversar sobre acordos. É lei do lucro. Assim, o contrato de compra de aviões pela FAB de aviões Gripen da empresa sueca SaaB se mantém.
A afirmação de Dilma fortaleceu os interesses de empresários suecos em investir no Brasil. Dilma também opinou sobre a intervenção russa na região da Síria. Para a presidenta as autoridades mundiais devem buscar uma solução para a crise na região sem precisar fazer uso de intervenção militar. Para o diálogo não pode contar com o Estado Islâmico que não quer conversa.
“Quanto às questões políticas, te asseguro que o Brasil está em busca de estabilidade política e não acreditamos que haja qualquer processo de ruptura institucional. Somos uma democracia e temos tanto um Legislativo como também um Judiciário e um Executivo independentes e que funcionam com autonomia, mas também com harmonia. Não acreditamos que haja nem um risco de crise mais acentuado.
Acredito que a crise no Brasil é uma crise conjuntural e está sendo enfrentada. O Brasil tem uma economia estruturalmente forte.
Não acreditamos que é uma simples questão de invadir e bombardear um país e aí tudo estará resolvido. Este hoje que cerca a intervenção russa. A intervenção russa tem sua explicação baseada no fato de que é uma proteção contra o Estado Islâmico e outros grupos. Eu não acredito numa solução militar no conflito sírio, não tenho condição de acreditar nisso. Não basta só chegar e jogar bombas na Síria.
Não tem conversa com Estado Islâmico. Dentro da Síria não é só o Estado Islâmico, você tem grandes potências, é justamente essa a discussão, que não necessariamente através de bomba que você resolve o problema, mas é sentando para negociar todos os que estão presentes. O Estado Islâmico não participa de uma mesa de negociação. Sabe por que não participa? Porque ele tem outro tipo de política, ele corta gargantas”, observou Dilma.
A intervenção militar russa na Síria, segundo o governo russo, foi para combater o Estado Islâmico. Só que essa intervenção vem causando profundo abalo na população civil.
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