No conceito da psiquiatria sobre psicoses existem duas que são muito bem conhecidas até por quem não se interessa sobre os estudos da saúde mental. Uma é a maníaca-depressiva e a outra a esquizo-paranoide.
Na primeira, relativa ao fator maníaco, a pessoa tem comportamentos soltos, difusos, agitados, ricos em situações desencadeadas, alegres, sem barreiras. Na segunda, relativa à depressão, a pessoa muda o grau do humor, antes maníaco, para o humor depressivo. É como se a pessoa deixasse a relação com o mundo exterior para refugiar-se em seu interior, presa as suas vivências.
Na segunda psicose, referente ao fator esquizo ( que em grego significa, divisão), a pessoa corta a relação com o chamado mundo real ou objetivo e passa a se comportar com atitudes móveis e cheias de fantasias. Tudo que o mundo objetivo coloca como forma, unidade, coerência e normas desaparecem no comportamento esquizo. Esse conceito de esquizo da psiquiatria não se refere ao conceito de esquizo para os filósofos Deleuze e Guattari que tem o sentido de processual do novo. No paranoide, a riqueza de imagens e movimentos que há no esquizo é substituída por um comportamento paranoico onde a pessoa passa a se comportar como se tivesse sendo perseguida. O medo lhe domina. Muitas vezes ouve vozes.
Com esse indicador das duas psicoses fica fácil compreender as fases maníacas-paranoides de Fernando Henrique. Uma conjunção das palavras maníaca saída da maníaca-depressiva e da paranoide saída da esquizo-paranoide. Desde o momento que os governos populares foram eleitos para governar o Brasil, primeiramente com Lula e depois com Dilma, ambos, eleitos duas vezes, Fernando Henrique não cansa de emitir opiniões claras de quem sofre dessa síndrome maníaca-paranoide extraída da taxinomia psiquiatra.
Impulsionado pela inveja, não tanto por ser mais velho que Lula 14 anos e mais velho que Dilma 16 anos, mas sim por seu estar-no-mundo como vaidoso, ele não consegue ter um momento de escape dessa síndrome. E para piorar essa síndrome ele, desnarcisadamente – uma pessoa desnarcisada é alguém cujo grau de narcisismo encontra-se muito baixo fazendo com que ela tenha baixa autoestima e, consequentemente, necessite compulsivamente do reconhecimento dos outros – encontra continuamente seu reflexo-invejoso nas mídias, suas semelhantes, no sintoma aberração ontológica.
Com as alucinações e delírios das direitas projetadas no governo Dilma em forma de golpe, ele tem expressado comportamentos que oscilam entre o maníaco e o paranoide em relação ao governo Dilma e sua pessoa. Ora, maniacamente, ele afirma que Dilma é honesta, que seu partido, PSDB, não deve propor o impeachment, Dilma deve ter condição para governar, o impeachment é prejudicial ao país, entre outras expressões que não fossem de origem maníaca seriam coerentes. Mas não há coerência em Fernando Henrique quanto a Lula e Dilma.
Em seguida entra na fase paranoide com o aumento do humor destruidor. Passa a denegrir o governo Dilma. Ontem, dia 30, em entrevista, depois de tecer considerações absurdas sobre o governo, afirmou que Dilma deve renunciar. Paranoicamente não lembra que não tem condições politicamente-éticas para pedir a renúncia de Dilma visto que não renunciou no tempo em que desgovernou o Brasil deixando-o arrasado e que foi preciso Lula junto com seu auxiliares e o povo para soerguê-lo. Esse um elemento forte de sua fase paranoide.
Um dos argumentos usados pelos golpistas, como Fernando Henrique, para tirar Dilma do governo é a corrupção e que vem sendo profundamente exacerbada pelas mídias golpistas. Como se a corrupção tivesse começado nos governos do Partido dos Trabalhadores. Mas a corrupção não tem fundamento nenhum para ser usada contra Dilma, já que ela e Lula são honestíssimos. Agora, que Lula recebeu o país onde a corrupção, principalmente na Petrobrás, já mostrava sua ousadia, recebeu.
Foi o que Fernando Henrique afirmou semana passada, em um momento maníaco, que ele sabia que havia corrupção na Petrobrás, nos seus governos, mas não fez nada para contê-la. Claro que não disse nenhuma novidade. A maior parte da população brasileira já sabia. Agora, quando entra no momento paranoide acusar o governo de corrupção, ocultando seu passado, só seus semelhantes lhe dão ouvido, porque são seus semelhantes. O que piora seu estado maníaco-paranoide.
1 Resposta to “AS FASES MANÍACAS-PARANOIDE DE FERNANDO HENRIQUE IMPULSIONADAS PELA INVEJA CONTRA LULA E DILMA DE QUEM ELE QUER A RENÚNCIA”