Arquivo para novembro \30\-04:00 2015

DILMA DISSE QUE ESPERA QUE A COP21APRESENTE UM ACORDO “JUSTO, AMBICIOSO E DURADORA”

95774e0e-73ee-4d1c-900f-e2cad87917bcDepois de conversar com o presidente da Bolívia, Evo Morales, que afirmou que seu país está alinhado com o Brasil quanto seus objetivos na COP21, e depois de tratar com a primeira-ministra da Noruega, Erna Solberg, sobre a parceria de Declaração de Alto Nível sobre Florestas, que ocorrerá hoje, a presidenta Dilma Vana Roussef, divulgou que espera que a 21ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro sobre Mudanças do Clima (COP21) apresente acordo “justo, ambicioso e corajoso”.

Dilma, que chegou a Paris no dia 29, apresentará, hoje, dia 30, durante a COP21, as políticas adotadas pelos Brasil para diminuir o desmatamento e a emissão de gases de efeito estufa que vêm sendo realizadas com grande sucesso. E que coloca o Brasil na posição de vanguarda nesse quesito junto a outros países.

“Concordamos que a reunião de Paris deve consagrar o princípio de responsabilidades comuns, porém diferenciadas, num acordo vinculante”, afirmou Dilma.

Algumas mulheres e homens que participam dessa COP21 têm interesse que haja mudanças na forma como os países vêm entendendo e praticando os fundamentos econômicos como objetivo de desenvolvimento. Eles sabem que a estrutura do sistema capitalista que só tem como fim o lucro de qualquer forma, não trabalha com mudanças que possam atingir esse ideal lucrativo.

Assim, é necessário entender que em sua grande parte a COP21 é mais uma encenação para se tentar mostrar a sociedade mundial que os dirigentes dos países, principalmente os impérios, estão preocupados com a questão do clima e defesa ambiental. O que na verdade não estão, posto que eles sabem que se preocupar com esse tema é ter que mexer com essa estrutura econômica, assim como, também, mexer, na tecnologia que a sustenta e que encontra-se imbricada em seu mecanismo.

E a questão fica assim: países como o Brasil praticam medidas eficazes quanto o clima e outros não. Daí a importância das manifestações contra a COP21, porque os manifestantes sabem que trata-se de mais uma encenação.  

MANIFESTANTES REALIZAM MARCHA PELO CLIMA PARA PRECIONAR CONFERÊNCIA DO CLIMA (COP21)

Rio de Janeiro - Manifestantes realizam a Marcha Global pelo Clima na orla do Rio chamando a atenção da população da cidade para a gravidade das mudanças climáticas globais.(Tomaz Silva/Agência Brasil)

Rio de Janeiro – Manifestantes realizam a Marcha Global pelo Clima na orla do Rio chamando a atenção da população da cidade para a gravidade das mudanças climáticas globais.(Tomaz Silva/Agência Brasil)

Exigindo que se concretizem acordos para diminuir emissão de gases de efeito estufa e desenvolvimento de uma economia de baixo carbono centenas pessoas realizaram nas praias de Copacabana e Ipanema no Rio de Janeiro, a Marcha pelo Clima para pressionara a Conferência do Clima (COP21). A marcha fez parte de outras manifestações que ocorreram e ainda vão ocorrer em todo o mundo.

Desde o início da era industrial aumento menos de 1grau Celsius a temperatura média do planeta que acarretou ondas de calor, enchentes, secas e derretimentos de geleiras, segundo informação do Centro Brasil no Clima que uma das entidades organizadoras da marcha.

Rio de Janeiro - Manifestantes realizam a Marcha Global pelo Clima na orla do Rio chamando a atenção da população da cidade para a gravidade das mudanças climáticas globais.(Tomaz Silva/Agência Brasil)

Rio de Janeiro – Manifestantes realizam a Marcha Global pelo Clima na orla do Rio chamando a atenção da população da cidade para a gravidade das mudanças climáticas globais.(Tomaz Silva/Agência Brasil)

Rio de Janeiro - Manifestantes realizam a Marcha Global pelo Clima na orla do Rio chamando a atenção da população da cidade para a gravidade das mudanças climáticas globais.(Tomaz Silva/Agência Brasil)

Rio de Janeiro – Manifestantes realizam a Marcha Global pelo Clima na orla do Rio chamando a atenção da população da cidade para a gravidade das mudanças climáticas globais.(Tomaz Silva/Agência Brasil)

Rio de Janeiro - Manifestantes realizam a Marcha Global pelo Clima na orla do Rio chamando a atenção da população da cidade para a gravidade das mudanças climáticas globais.(Tomaz Silva/Agência Brasil)

Rio de Janeiro – Manifestantes realizam a Marcha Global pelo Clima na orla do Rio chamando a atenção da população da cidade para a gravidade das mudanças climáticas globais.(Tomaz Silva/Agência Brasil)

Rio de Janeiro - Manifestantes realizam a Marcha Global pelo Clima na orla do Rio chamando a atenção da população da cidade para a gravidade das mudanças climáticas globais.(Tomaz Silva/Agência Brasil)

Rio de Janeiro – Manifestantes realizam a Marcha Global pelo Clima na orla do Rio chamando a atenção da população da cidade para a gravidade das mudanças climáticas globais.(Tomaz Silva/Agência Brasil)

Rio de Janeiro - Manifestantes realizam a Marcha Global pelo Clima na orla do Rio chamando a atenção da população da cidade para a gravidade das mudanças climáticas globais.(Tomaz Silva/Agência Brasil)

Rio de Janeiro – Manifestantes realizam a Marcha Global pelo Clima na orla do Rio chamando a atenção da população da cidade para a gravidade das mudanças climáticas globais.(Tomaz Silva/Agência Brasil)

Rio de Janeiro - Manifestantes realizam a Marcha Global pelo Clima na orla do Rio chamando a atenção da população da cidade para a gravidade das mudanças climáticas globais.(Tomaz Silva/Agência Brasil)

Rio de Janeiro – Manifestantes realizam a Marcha Global pelo Clima na orla do Rio chamando a atenção da população da cidade para a gravidade das mudanças climáticas globais.(Tomaz Silva/Agência Brasil)

Além de exigirem o aprofundamento das investigações sobre o derramamento de lama no Rio Doce como consequência da irresponsabilidade gananciosa das companhias Vale/Samarco em Mariana, os manifestantes produziram alguma reivindicações socioambientais referentes à mudança do clima: subsídios aos combustíveis fósseis, combate ao desmatamento, fomento à micro e à minigeração de energia solar e eólica e prevenção dos recursos hídricos.

Alfredo Sirkis, diretor-executivo do Centro Brasil pelo Clima, disse que a marcha tem um grande valor porque mostra que a população encontra-se preocupada com a questão que atinge o mundo como um todo.

Rio de Janeiro - Manifestantes realizam a Marcha Global pelo Clima na orla do Rio chamando a atenção da população da cidade para a gravidade das mudanças climáticas globais.(Tomaz Silva/Agência Brasil)

Rio de Janeiro – Manifestantes realizam a Marcha Global pelo Clima na orla do Rio chamando a atenção da população da cidade para a gravidade das mudanças climáticas globais.(Tomaz Silva/Agência Brasil)

Rio de Janeiro - Manifestantes realizam a Marcha Global pelo Clima na orla do Rio chamando a atenção da população da cidade para a gravidade das mudanças climáticas globais.(Tomaz Silva/Agência Brasil)

Rio de Janeiro – Manifestantes realizam a Marcha Global pelo Clima na orla do Rio chamando a atenção da população da cidade para a gravidade das mudanças climáticas globais.(Tomaz Silva/Agência Brasil)

Rio de Janeiro - Manifestantes realizam a Marcha Global pelo Clima na orla do Rio chamando a atenção da população da cidade para a gravidade das mudanças climáticas globais.(Tomaz Silva/Agência Brasil)

Rio de Janeiro – Manifestantes realizam a Marcha Global pelo Clima na orla do Rio chamando a atenção da população da cidade para a gravidade das mudanças climáticas globais.(Tomaz Silva/Agência Brasil)

Rio de Janeiro - Manifestantes realizam a Marcha Global pelo Clima na orla do Rio chamando a atenção da população da cidade para a gravidade das mudanças climáticas globais.(Tomaz Silva/Agência Brasil)

Rio de Janeiro – Manifestantes realizam a Marcha Global pelo Clima na orla do Rio chamando a atenção da população da cidade para a gravidade das mudanças climáticas globais.(Tomaz Silva/Agência Brasil)

Rio de Janeiro - Manifestantes realizam a Marcha Global pelo Clima na orla do Rio chamando a atenção da população da cidade para a gravidade das mudanças climáticas globais.(Tomaz Silva/Agência Brasil)

Rio de Janeiro – Manifestantes realizam a Marcha Global pelo Clima na orla do Rio chamando a atenção da população da cidade para a gravidade das mudanças climáticas globais.(Tomaz Silva/Agência Brasil)

Rio de Janeiro - Manifestantes realizam a Marcha Global pelo Clima na orla do Rio chamando a atenção da população da cidade para a gravidade das mudanças climáticas globais.(Tomaz Silva/Agência Brasil)

Rio de Janeiro – Manifestantes realizam a Marcha Global pelo Clima na orla do Rio chamando a atenção da população da cidade para a gravidade das mudanças climáticas globais.(Tomaz Silva/Agência Brasil)

“Temos uma meta de redução de 43% de emissões de gás carbônico até 2030. Comparativamente com outros países é bom, mas em relação do tamanho do problema é muito pouco ainda. Se a gente pegar o somatório das metas voluntárias anunciadas por vários países, estamos ainda muito aquém do necessário para manter o aumento da temperatura do planeta nesse século em menos de dois graus”, observou Sirkis que ainda afirmou que a proposta que o Brasil vai apresenta na COP21, não é ruim.

A esperança venceu o medo?

Ricardo Stuckert/Instituto Lula

Acredito que os governos de 2003 para cá abriram as portas para as manifestações populares, sejam elas quais forem.

José Carlos Peliano*

De entusiasmada e vibrante memória, o bordão “a esperança vai vencer o medo” seguiu por toda a campanha até a vitória final de Lula nas eleições de 2002 em direção ao seu primeiro mandato.

Não filiado ao partido, mas militante, participei da maioria das manifestações, comícios e shows da campanha juntamente com outros milhares de aguerridos amigos, companheiros, conhecidos e desconhecidos vestidos de vermelho.

De fato, queríamos todos os eleitores um Brasil melhor, longe do autoritarismo ainda presente e arraigado na época, travestido nas instituições e seus representantes, seguidores de ordens e progressos pré-estabelecidos pela ortodoxia dos mandamentos, cargos e funções.

Esse pano de fundo, “positivo e operante”, imprimia país afora uma meritocracia, um preconceito e uma hierarquia política, social e econômica, vindas das capitanias hereditárias, da aristocracia portuguesa e dos donos do poder, salve Faoro!

Em particular e especialmente, ao longo de todos os governos, vindas também do bando de invisíveis beneficiários das benesses, privilégios e vantagens distribuídas nos interstícios escusos e escondidos da república tardia. Áulicos da corrupção.

Infelizmente a meritocracia, o preconceito e a hierarquia não deixaram de mandar nos pensamentos, atos e omissões dos poderes constituídos. Exemplos são inúmeros, circunstâncias também, momentos nem se fala.

Evidente que na vida moderna, predominantemente urbana e globalizada, as leis são necessárias e oportunas. Mas, cabe uma indagação, a dita democracia, governo do povo, pelo povo, para o povo, precisa se escudar em leis que protejam, por exemplo, as minorias? Não são elas habitantes do mesmo país e, por definição, não teriam de ter os mesmos direitos e deveres da restante maioria?

Mas esse não é o ponto principal aqui. Ele é importante sim, pois filho da meritocracia, do preconceito e da hierarquia. A questão é o império abusivo da legislação. Ela limita, boicota e reduz as relações humanas na sociedade. Quanto mais impedimentos legais, quanto menos as pessoas se aproximam, se acordam, se superam em promover a convivência, a civilidade, o bem comum.

Acredito que os governos de 2003 para cá abriram as portas para as manifestações populares, sejam elas quais forem. As bandeiras, entre outras, de combate à fome, moradia para todos, acesso garantido ao ensino superior, ampliação do ensino técnico-profissional e as bolsas família, são alguns dos sinais evidentes de que a esperança venceu o medo!

Não só venceu o medo, quanto alimentou a desobediência civil, tão cara a Thoreau e Gandi. Diziam eles que o clamor do povo vem à tona quando a sociedade organizada limita os espaços de liberdade. Todos têm o direito de exporem e manifestarem suas ideias e ideias, mesmo que eventualmente insurjam contra a ordem estabelecida.

Foram, então, as cadeiras a mais postas à mesa farta do país pelos três últimos governos que ensejaram o reconhecimento e a acolhida dos cidadãos então esquecidos, relegados a seus próprios meios e fins.

Desempregados, pobres, sem instrução, de um lado, e homo-afetivos, negros, índios, deficientes, de outro lado, entre outros, puderam finalmente ter vez, voz e lugar nas políticas públicas e nas instituições urbanas e rurais.

Até mesmo a melhoria da economia levou milhões de brasileiros a entrarem no mercado e ampliarem o consumo e o investimento. Aeroportos cheios, supermercados e shoppings com maiores clientelas, enxurrada de carros novos nas ruas, maior produção da construção civil, foram as marcas indeléveis do nascimento de um país capitalista novo e moderno, mas distributivo.

Essa a esperança que venceu o medo. Essa a ousadia de um governo que deu asas ao povo. Essa a provocação que ainda irrita jornalistas de um olho só, juristas encastelados, parlamentares de salto alto, pastores ilusionistas e cientistas sociais sem sociedade.

A corrupção? Ela é típica da nação do compadrio. Ela não tem cor, nem nacionalidade, nem filiação partidária, nem lugar e hora. Fruto da lei de Gérson, de tirar vantagem de tudo e por tudo.

Infelizmente houve gente do PT envolvida, embora mal julgada e mal condenada. Juristas ilustres estão aí para confirmarem. O tempo e os tribunais multilaterais ainda hão de provar a arbitrariedade, irmã do preconceito e da meritocracia, que imperou nos julgamentos.

As manifestações originais, não as preparadas pela oposição, são sinais positivos da esperança. A luta por uma tarifa justa de ônibus trouxe às ruas paulistas jovens de todas as idades para levarem à frente suas reivindicações. Agora, mais recentemente, as ocupações das escolas públicas paulistas seguem no mesmo rumo e bandeira.

Salve a democracia, mesmo que tardia. A espontaneidade desses dois movimentos em São Paulo traz a pureza e a determinação de gente que se vê livre para protestar e defender seus direitos. Mesmo que o poder público tente cercear. Mas como ir contra jovens do ensino fundamental que querem estudar para ser alguém na vida? Por que e como retirá-los das escolas?

Essa a esperança de mudança que venceu o medo. Essa a semente plantada e que dá e promete mais frutos. A despeito de falsas e rasas análises feitas aqui e ali que buscam estigmatizar um partido, que, bem ou mal, abriu as portas da rebeldia e da desobediência civil. Poderia ser melhor, sim, do mesmo jeito que a avaliação dos governos petistas entregues hoje à sanha dos indignados por não mais estarem no poder.

Essa indignação doentia da oposição aliada à parcialidade de membros da Justiça e à sanha destrutiva da mídia provocaram uma balbúrdia na vida política nacional. O recuo do governo com seus poderes sem força e ameaçados piora o quadro geral.

Mas o povo sabe hoje melhor do que ontem quem é quem, de fato, a comandar o triste espetáculo. O medo já não existe mais, apenas a perigosa falta de perspectiva. Legado infeliz dos meritocratas, preconceituosos e hierarquizados.

*colaborador da Carta Maior

SENADOR REQUIÃO DIZ QUE A ABI, ABERT, E A MÍDIA NÃO QUEREM LEI NENHUMA, NÃO QUEREM GARANTIA DO CONTRADITÓRIO

ed4f4341-47a5-4bb5-b68d-cb45e955b78cApesara do veto da presidenta Dilma Vana Rousseff em uma parte da Lei de Direito de Resposta, sua aprovação impôs mudança na tirania imposta pelas mídias de mercado que não tem qualquer compromisso com a democracia a não ser quando lhe permite continuar lucrando junto com seus defensores.

A Lei de Direitos de Resposta de autoria do senador Roberto Requião (PMDB/PR), aprovada mostra em poucos momentos a sua firmeza e justeza ao permite pessoas atingidas em suas integridades morais por falsas notícias divulgadas por essas mídias. Diante da realidade comunicacional democrática era esperado que os chamados barões dessas mídias esperneassem. Tentassem impedir sua ação benéfica à democracia.

Assim, a Abert e ABI, duas sociedade que se dizem democraticamente jornalísticas, passaram a censurar a lei. A, ABI, entrou com uma ação de inconstitucionalidade contra a lei no Supremo Tribunal Federal. Logo a ABI que teve um papel importante na ditadura defendendo a imprensa.

Diante das censuras impostas pelos barões das mídias de mercado e seus representantes o senador Roberto Requião passou a defender o que a maioria da sociedade brasileira defende: o direito de resposta que defende a lei.

“Sou autor da lei. O relator era o senador Pedro Taques, hoje governador de Mato Grosso. A, ABI, a Abert, esse pessoal todo participou das discussões para a elaboração da lei. Não fizeram objeção alguma. Na verdade, eles não queriam lei alguma. Se eles tinham alguma coisa a dizer, deveriam ter dito durante a elaboração da lei.

O Pedro Taques fez dezenas de reuniões com eles. O que eles não querem é vigilância alguma, não querem garantia ao contraditório. Eles querem o vazio e o direito da difamação, da calúnia e da infâmia absolutamente livre de qualquer possibilidade de contraposição”, disse Requião.

O que a mídia de mercado quer é continuar alimentando a ilusão que é deusa onisciente que sabe o que a população deve saber. Mas, como é ilusão, a Lei de Direito de Resposta a coloca no real: como o homem pensa e fala ele tem o direito natural de se fazer ouvir pelo outro. E não só o outro tem direito a voz.

LULA DISCURSA PARA TRABALHADORES NA BAHIA E DIZ QUE OS INVISÍVEIS PRODUZEM 70% DOS ALIMENTOS NO BRASIL E A MÍDIA NÃO DIVULGA

5527-mediumO ex-presidente Lula, vitalício metalúrgico esteve em Valentes, município importante por sua produção de sisal no sertão da Bahia, para participar do ato Territórios em Movimento que foi organizado pela Rede Nacional de Colegiados Territoriais. Lula abordou o tema: Territórios em Movimento: articulação e gestão para o desenvolvimento sustentável evento com trabalhadores e concebeu um discurso com a mesma inteligência, denodo e coragem que lhes são peculiares e falta em todas as direitas. Por isso são direitas.

Lula, além de exaltar o trabalhador brasileiro que movimenta o Brasil e com sua força de produção não permite que ele estanque, falou sobre as pressões que Dilma vem sofrendo através dos ataques das direitas e que o povo deve defender o governo Dilma que em nenhum momento se afastou dos direitos do povo, como, também, falou sobre a mídia esconde, não divulgando que os trabalhadores continuam trabalhando e produzindo.

“Sai de Pernambuco em 1958 para não morrer de fome. Quando voltei em 1977, meus parentes vivam do mesmo jeito. Foi preciso chegar à Presidência para mudar, criar o Luz Para Todos.

 Nós fizemos mais m 12 anos do que as elites deste país em 100 anos. Muitas pessoas que comem café da manhã todo dia não tinham noção que tinha gente nesse país que passava meses sem comer carne.

Apesar das manchetes negativas, este país trabalha. Quem é invisível para a mídia produz 70% dos alimentos do Brasil.

Por isso digo a Dilma: não ouça só quem te procura para reclamar. Temos de ouvir quem trabalha. Por isso é importante juntar forças para superar dificuldades.

Cada um de você precisa ajudar Dilma. Quero que vocês imaginem a pressão que essa mulher está sofrendo, a dificuldade que ela está passando. Antes de criticar, se coloquem no lugar dela.

Se eu me sentir desanimado, basta lembrar que não há crise que possa vencer esse povo”, discursou o imbatível e engajado Sapo Barbudo.

ESTUDANTES DAS ESCOLAS PÚBLICAS DE SÃO PAULO NÃO SE INTIMIDAM COM A VIOLÊNCIA POLICIAL, CONTINUAM PROTESTOS E RECORREM CORTE DA OEA

image_largeEstudantes, professores e pais de alunos das escolas públicas de São Paulo não estão se intimidando com a violência da Polícia Militar e continuam protestando contra o projeto do governador Alckmin chamado ‘reorganização’ que transfere estudantes matriculados em escolas de suas comunidades para outras escolas distantes de onde moram, causando total mudança em seus cotidianos.

  Já são 190 escolas tomadas pelos estudantes como forma de protesto contra o plano do governador. Ontem, dia 27, os estudantes realizaram uma passeata que teve como ponto de concentração a calçada do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, e se deslocaram até a Secretaria de Educação, na Praça da República, no centro.               

Maria Izabel Noronha, presidenta do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), disse que o projeto de ‘reorganização’ vai atingir até os professores diminuindo seus salários.

“Para os professores, vai significar redução de jornada. Para os pais, vai significar uma quebra de logística, porque colocavam seus filhos em uma mesma escola para irem juntos. Fora a superlotação de salas de aula”, disse Izabel Noronha.

Diante da violência praticada pela polícia de Alckmin, os advogados dos estudantes vão enviar à Corte Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos documento denunciando as violências que os estudantes vêm sofrendo como tortura física e psicológica, ameaças do Estado por meio da própria polícia, de dirigentes regionais da Secretaria de Educação e diretores de escolas, além do recurso de corta luz, água e gás das escolas para inibir as ocupações.

O governador contraria, como sempre, a filosofia que enuncia: Educação é um caso de Política e não de polícia.  

Veja o vídeo em que um policial militar agride com um soco um estudante, e tome sua posição.

Carta aberta à ministra Carmen Lúcia, do STF

Divulgação: Ministra Cármen Lúcia em sessão plenária que julga a Ação Penal 470. Foto: Carlos Humberto/SCO/STF (03/08/2012)
DOM ORVANDIL

Prezada Ministra Carmem Lúcia

Nosso País acordou estupefato com a prisão de um senador da República. Por outro lado, alivio-me com a prisão de um banqueiro, um dos mais ricos do Brasil.

Não guardo intimidade com o pensamento do Senador Delcídio do Amaral em virtude de suas origens políticas, ligadas à privatizações e ao nefasto neoliberalismo. Porém, sua prisão nos coloca sob espanto pelo colorido de arbitrariedade em face da imunidade parlamentar de que gozam os eleitos pelo povo para ocupar cadeira na mais alta casa legislativa.

Perdoe-me, ministra Carmem, por me dirigir a senhora sem o traquejo jurídico próprio dos advogados, já que não sou um e sem a formalidade de um tribunal, já que não pertenço a nenhum.

Aqui tenho o objetivo de questioná-la pelo que disse na 2ª turma do STF ao justificar seu voto na decisão do ministro Teori Zavascki ao ordenar a prisão do Senador Delcídio do Amaral e do Banqueiro André Esteves.

É de se esperar que os homens e as mulheres eleitos e eleitas sejam honestos, honestas, probos e probas nas suas atividades parlamentares, embora alguns afrontem e desrespeitem a sensibilidade social e a cidadania, como é o caso do Senador Ronaldo Caiado, que frequentemente usa camiseta amarela com os sinais de 9 dedos, em deboche a deficiência física do ex-presidente Luiz Inácio Luiz da Silva, sem que seja incomodado em momento algum por esse preconceito e crime.

Nesta carta singela desejo lhe dizer que me senti ofendido e desrespeitado como cidadão com seu discurso ao justificar seu voto a favor da prisão de Delcídio do Amaral, nesta manhã.

A senhora disse que antes nos fizeram acreditar que a esperança venceu o medo. É evidente que a senhora se referiu à campanha eleitoral e eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sem citá-lo.

E vencemos mesmo, ministra Carmem. Milhões de brasileiros fomos ameaçados com o estouro do dólar, com a fuga dos empresários que investiriam em outros Países abandonando o Brasil ao desemprego e à pobreza. Uma atriz da TV Globo apareceu em noticiários e na propaganda eleitoral do PSDB fazendo caras teatrais de assustada e dizendo: “ai, estou com medo”. Pois vencemos essa tentativa. Os milhões de votos investidos em Lula transcenderam fronteiras partidárias para afirmar nossa esperança contra as ameaças rasteiras e desonestas. Vencemos o medo, com muita esperança. O Brasil se sentiu recompensado com essa vitória. A senhora sabe!

Como cidadão e como povo me sinto ofendido e agredido em minha esperança e em minha fé com essa sua fala, para mim irônica e sem nenhuma relação com o mensalão da mídia, com muitos casos dúbios e influenciados pela opinião publicada.

A senhora carregou sobre a ironia sem nexo ao afirmar que “agora o escárnio venceu o cinismo”.

Qual a relação do possível crime do Senador Delcídio do Amaral, nem investigado totalmente e, muito menos julgado e condenado, com a vitória da esperança em 2002?

A senhora quer nos envolver em todos os possíveis crimes de Delcídio? A senhora falou pensando em investigação e condenação do ex-presidente Lula, o candidato a respeito de quem se usou o slogan “a esperança venceu o medo”? A senhora já sabe, mesmo sem julgamento, que o Senador Delcídio do Amaral é criminoso, até mesmo antes da manifestação da casa onde ele é parlamentar?

Na fundamentação de seu voto a favor da prisão do aludido senador a senhora asseverou que ” agora o escárnio venceu o cinismo”.

Pergunto se o seu voto não se referia a um senador? Se se referia ao Senador Delcídio do Amaral qual a relação da ironia com os votos de milhões de brasileiros que tiveram esperança de mudar aquela realidade triste de desemprego, de miséria e de pobreza em 2002?

A senhora ameaçou quem ao afirmar posteriormente que “criminosos não passarão sobre a justiça”, alertando a todos do mundo da corrupção?

Perdão, ministra, mas a minha ofensa também vem do fato de a senhora misturar ironicamente fatos e valores sem nenhuma relação, sendo que a esperança realmente venceu o medo e sempre vencerá as vilanias da classe dominante, principalmente da rapinagem dos poderosos internacionais, que atuam por meio de jagunços nacionais.

Pior, a sua referência de falso senso de oportunidade choca por estabelecer nexos irreais entre um senador atual, preso acusado de atrapalhar investigações, com toda a força da esperança de um povo.

Choca mais o fato de a senhora não fazer nenhuma menção ao banqueiro André Esteves, dono do Banco BTG Pactual, também preso como suspeito de fazer uma operação polêmica na área internacional da Petrobras, ao comprar poços de petróleo na África, sendo ele um dos homens mais ricos do Brasil, um País pobre e, mesmo assim, de esperanças que vencem os medos.

A senhora não disse nada sobre André Esteves foi pelo fato de ele ser banqueiro e rico? Haveria na senhora algum senso de seletividade, como o há na mídia que reforçou com grande destaque as suas palavras?

Enfim, perdoe-me pela ousadia de exercer o direito de questionar, de me indignar contra as seletividades e contra o deboche em relação ao povo que tem esperança, apesar do medo que diuturnamente lhe impingem.

• Abraços críticos e fraternos na luta pela justiça e pela paz sociais.
• Dom Orvandil, OSF: bispo cabano, farrapo e republicano, presidente da Ibrapaz, bispo da Diocese Brasil Central e professor universitário, trabalhando duro sem explorar ninguém.

SENADOR DELCÍDIO AMARAL, CONSCIÊNCIA PSDB, DEPÕE NA POLÍCIA FEDERAL, ANTES DIZ QUE VAI REVERTER SUA SITUAÇÃO E ESTEVES VAI PARA O PRESÍDIO.

images-cms-image-000469042Depois de ser preso na quarta-feira, acusado pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), de tentar obstruir as investigações da Lava Jato, o senador Delcídio Amaral, consciência PSDB, cuja prisão ocorreu junto com o amigo de Aécio, banqueiro André Esteves, seu assessor de gabinete e o advogado Edson Ribeiro, e ter a permanência de sua prisão decidida por seus pares do Senado, além do Partido dos Trabalhadores ter decidido não lhe prestar solidariedade, depôs na Polícia Federal durante quatro horas.

Na oitiva que durou quatro horas, conduzida pelo delegado Thiago De Lamare, o senador Delcídio Amaral, afirmou que não tentou obstruir as investigações da Operação Lava Jato. A informação foi passada a imprensa por seu advogado, Maurício Leite, que depois do depoimento conversou durante duas horas com seu constituinte.

“Ele não tentou obstruir a investigação. Foi tudo esclarecido no depoimento que ele prestou”, disse o advogado de Delcídio Amaral.

Quando foi confrontado com as gravações, o senador que tem consciência do PSDB, disse que se encontrava no local, mas negou que tenha tentado dissuadir Nestor Cerveró de fazer acordo para delação premiada. Delcídio Amaral ainda vai depor mais uma vez, mas tem data determinada.

“Isso não ocorreu. Amanhã vamos soltar uma nota explicando essa situação, mas já está esclarecido no depoimento.

Estou muito confiante e confortável com o depoimento que foi prestado. Ele conseguiu esclarecer todos os questionamentos das autoridades.

Quanto à data do outro depoimento, acredito que será o mais rápido possível porque estamos tratando com um senador que está preso”, disse Maurício Leite.

Ainda pela manhã, seu assessor Eduardo Marzagão que esteve com ele ontem, dia 26, disse que Delcídio Amaral afirmara que irá reverter sua situação.

“Não conversamos nada sobre a decisão do Senado. Minha preocupação é com o estado de saúde do senador, que tem problemas digestivos que podem ficar acentuados pela atenção pela qual ele passa. Levei comida, café, roupas de cama e o livro Origem do Estado Islâmico, do jornalista Patrick Cockburn.

Na conversa que tive há pouco com o senador, vi que ele está bem melhor do que ontem. Ontem ele estava bastante assustado e, a exemplo de todos que o conhecem, surpreendido com o ocorrido. Mas disse também estar tranquilo, sereno, confiante e absolutamente convicto de que a situação vai se reverter”, disse o assessor do senador consciência PSDB.  

Enquanto isso, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, relator da Lava Jato no STF, determinou a transferência do banqueiro André Esteves, diretor executivo do banco BTG Pontual, amigo do ressentido Aécio Cunha, que foi preso junto com Delcídio Amaral, da sede da Polícia Federal, no Rio de Janeiro, para o Presídio Ari Franco, em Água Santa, na Zona Norte da cidade.  

Antes, seu advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, entrou com pedido de libertação de André Esteves, mas teve o pedido negado pelo ministro Teori.

SENADORA VANESSA GRAZZIOTIN (PCdoB/AM), RELATORA DA CPI DO CARF, APRESENTA RELATÓRIO FINAL INDICIANDO 28 PESSOAS

0330455d-3e79-4196-8e25-95a297a5944eA Comissão Parlamenta de Inquérito (CPI) do Carf que examinou as irregularidades ocorridas nesse Conselho Administrativo de Recursos Fiscais expressadas pela Operação Zelotes começou teve início há sete meses, ontem, dia 26, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB/AM) apresentou o relatório final onde são estão indiciadas 28 pessoas envolvidas em esquema de corrupção para diminuir dívidas na Receita Federal ou fazê-las desaparecer com ajuda de funcionários do Carf e empresas advocatícias que recebiam das empresas devedoras por seus serviços.

Embora o resultado dos trabalhos tenha sido considerado tímido por parte dos senadores e da relatora, entretanto ele indiciou pessoas consideradas de peso. Os indiciados são ex-conselheiros, ex-auditores fiscais e empresários todos acusados de sonegação fiscal e corrupção ativa. Todos estão sendo investigados pela Operação Zelotes. O esquema de corrupção atingiu R$ 19 bilhões de prejuízo em tributos.

OS RISCOS DA BANALIZAÇÃO DA PRISÃO PREVENTIVA

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Por: 

 

A banalização da prisão preventiva e a insensibilidade em relação aos impactos das investigações sobre a economia estão levando o país a uma situação de risco.

Não tenho a menor razão para ter simpatia pelo banqueiro André Esteves, muito pelo contrário.

Mas a autorização para sua prisão pelo Ministro Teori Zavaski a pedido do Procurador Geral da República Rodrigo Janot comprova a perda de rumo de duas pessoas centrais para manter o equilíbrio no aparato repressivo. Ainda mais em uma quadra de profundo vácuo de poder no Executivo.

O álibi do PGR de que a prisão visou impedir que atrapalhe as investigações vale para qualquer situação e qualquer personagem. É álibi genérico. A prisão serviu apenas para demonstração de músculos.

***

A votação da prisão, além disso, demonstrou mais uma vez os malefícios da exposição pública dos votos dos Ministros promovendo o desejo de protagonismo por parte de alguns deles.

Escolhem a frase de efeito que permita dar o lide para a mídia. Jogam para a torcida sabendo que a cobertura sempre privilegia o folclórico em detrimento do conteúdo.

A Ministra Carmen Lúcia tem se esmerado nessas boutades que eventualmente podem indicar um espírito irônico, mas, para leitores mais acurados, é a tentativa do chamado efeito leite condensado, visando recobrir um bolo de pouca consistência.

Sua conclamação ao Judiciário como última trincheira da moralidade, é de um messianismo que se aceita em juízes jovens, de primeira instância, não em quem integra o mais alto tribunal do país.

É um acinte ao próprio STF, aliás, que deveria zelar pelo equilíbrio institucional, ainda mais em uma quadra de crise sistêmica como a atual. E em uma votação que o coloca em confronto com outro poder, o Senado. Em vez do cuidado político, o exibicionismo.

***

Não apenas isso.

Valendo-se da anomia total do Executivo, deixou-se de lado qualquer veleidade de reduzir os impactos econômicos dessas operações.

A Lava Jato ajudou a destruir um setor onde o país tinha excelência, das empreiteiras. Não se trata de livrar quem cometeu crime, mas de cuidados básicos para penalizar acionistas e executivos sem comprometer as empresas, os empregos e os ativos tecnológicos. Nada disso pesou. Avançou-se sobre um setor que gerava empregos, tecnologia com a gana de uma britadeira.

Agora, no caso Pactual-André Esteves, corre-se risco semelhante, ainda mais em um setor – o financeiro – em que as expectativas têm impacto direto sobre a solidez das empresas.

Esteves é um banqueiro ousado com ramificações em todos os partidos e com todas as lideranças, de Lula a Aécio, dos economistas do Real aos governadores petistas.

Tem sob sua supervisão, hoje em dia, operações relevantes para a retomada dos investimentos.

Sua prisão com base nas declarações de Delcídio não tem lógica. Que se abrisse um processo, um inquérito. Mas decretar a prisão preventiva com base em meras conversas de terceiros, com todas as implicações sobre as operações tocadas por ele, é de uma arrogância ímpar.

A informação que circula em Brasília de que Teori autorizou escuta no telefone de Delcídio Amaral – e flagrou conversas entre ele e Ministros do Supremo – é uma demonstração clara de para onde está caminhando o país do grampo.

É momento mais que oportuno para que as figuras referenciais do STF ajudem a colocar um pouco de bom senso no debate.

SENADOR DELCÍDIO AMARAL DO PT QUE TEM CONSCIÊNCIA PSDB É PRESO COM BANQUEIRO AMIGO DE AÉCIO E SENADO DECIDE MANTÊ-LO PRESO

images-cms-image-000468773Para entender. Na noite de terça-feira, dia 24, o ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), recebeu da Procuradoria-Geral da República (PGR) as solicitações de quatro prisões preventivas. O ministro Zavascki, determinou as prisões.

Foram presos o banqueiro André Esteves, do BGT Pontual, o senador Delcídio Amaral, do Partido dos Trabalhadores, o ex-advogado de Nestor Cerveró, Edson Ribeiro, assim como o chefe de gabinete do senador, Diogo Ferreira. As prisões foram referendadas pela segunda turma do tribunal.

Os motivos da prisão do senador Delcídio Amaral. De acordo com a PGR o senador Delcídio Amaral tentou obstruir as investigações da Lava Jato ao procurar dissuadir Nestor Cerveró de aceitar a delação premiada e que, ele, Delcídio Amaral, iria interceder junto ao STF para que conseguisse sua liberdade através de habeas-corpus. E que o senador ainda oferecera R$ 50 mil mensais para a família de Cerveró se ele não aceitasse o acordo da delação premiada. O senador também teria aconselhado o delator Cerveró a fugir.

 A PGR, em um trecho do processo, mostra que Delcídio Amaral ofereceu dinheiro para que seu nome não fosse citado na operação.

“O senador Delcídio Amaral ofereceu a Bernardo Cerveró auxílio financeiro, no importe mínimo de R$ 50 mil reais mensais destinados à família de Nestor Cerveró, bem como prometeu intercessão política junto ao Poder Judiciário em favor de sua liberdade, para que ele não entabulasse acordo de colaboração premiada com o Ministério Público Federal”, diz trecho do processo.

A PGR também apresentou gravações realizadas pelo filho de Cerveró, Bernardo Cerveró, realizadas em um hotel em Brasília que contou as presenças do senador, Diogo Ferreira, Edson Ribeiro, além de Bernardo, onde o senador afirma que já havia falado com ministros do STF.

“Agora, agora, Edson e Bernardo, eu acho que nós temos que centrar fogo no STF agora, eu conversei com o Teori, conversei com o Toffoli, pedi pra Toffoli conversar com Gilmar também, porque Michel tá muito preocupado com o Zelada, eu vou conversar com Gilmar também.

Hoje eu falo, porque eu acho que o foco, o seguinte, tirar, agora, a hora que ele sair tem que ir embora mesmo”.

O ministro Dias Toffoli, citado por Delcídio Amaral, disse que o STF não vai aceitar intromissões nas investigações.

“O que importa é o seguinte: O Supremo Tribunal Federal não vai aceitar nenhum tipo de intrusão nas investigações que estão em curso e é isso que ficou bem claro nessa tomada de decisão unânime.

Infelizmente estamos sujeitos a esse tipo de situação, pessoas que vendem ilusões. Mensageiros que tentam dizer conversei com fulano e sicrano e ou resolver a sua situação. Infelizmente são situações que ocorrem, não é a primeira vez que isso ocorre”, disse o ministro.

O senador Delcídio Amaral, líder do governo no Senado, é o tipo de personagem que é do PT, mas é traspassado pela subjetividade reacionária do PSDB. Suas posições, como apoiar o senador Serra em seu projeto contra o pré-sal, e outras, como ter sido partícipe do desgoverno Fernando Henrique, levam muitos analistas políticos a afirmarem que ele não é um membro engajado do PT. Delcídio Amaral, embora alguns o considerem um bom articulador político – não articulou bem para si -, ele em verdade tende mais para a permanência do estado de coisa do sistema capitalista. Ele nasceu no PSDB. Foi filiado do partido da burguesia-ignara de 1998 até 2001. Foi membro da diretória de Gás e Energia da Petrobrás no desgoverno de Fernando Henrique no triste período do apagão e Cerveró foi seu principal assessor. Ele se gabava de ter ajudado a condenar José Dirceu e José Genoíno.

Já o banqueiro André Esteves do BGT Pontual, que também ofereceu dinheiro para a família de Cerveró, tem várias relações comprometedoras como ser amigo do senador ressentido Aécio Cunha. Esteves foi o patrocinador da lua de mel de Aécio no hotel Waldorf  Astoria. Como ironia de sua prisão, ele já defendeu as ações da Polícia Federal e da Lava Jato. Hoje, é seu hóspede junto com seu parceiro Delcídio.

Por sua parte, a direção do Partido dos Trabalhadores publicou nota afirmando que não vai ser solidário com Delcídio. Uma demonstração clara de que o partido tinha o senador como um aliado das direitas via PSDB.

No começo da noite o Senado se reuniu em plenário para votar se os sobre o caso de Delcídio. Os senadores deveriam decidir se ficariam contra a prisão ou a favor. Em votação aberta, a maioria votou pela permanência da prisão de Delcídio, até seu amigo Serra votou por sua prisão.

Votaram 59 senadores pela permanência de sua prisão e 13 contra. Zombaria: 13 é o número partidário do PT, mas Delcídio jamais se ‘trezificou’.

Os senadores do PT, que votaram pela soltura de Delcídio, afirmaram que a prisão do senador abre precedente para que qualquer parlamentar possa ser preso mesmo com foro privilegiado.

DEPUTADOS DAS DIREITAS E ESQUERDAS OBSTRUEM VOTAÇÃO NA CÂMARA PARA FORÇAR A SAÍDA DE EDUARDO CUNHA

50b48784-7055-40fb-a580-2e0aa5fe68feQuando se trata de decisão de partidos das direitas em relação aos resguardos dos princípios democrático, é preciso ter cuidado. Como se diz: dois passos para frente e dois pra trás. Diante da posição do presidente da Câmara Federal Eduardo Cunha em querer de qualquer forma obstaculizar as reuniões do Conselho de Ética que trata do processo de quebra de decoro parlamentar quando na CPI da Petrobrás, Eduardo Cunha, faltou com a verdade ao afirmar que não tinha contas nos bancos suíços, quando foi provado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) que ele tem, os partidos das direitas PSDB, DEM, PPS, Rede, decidiram obstruir as votações na Câmara.

Mas, o que tira a pulga detrás da orelha, é que partidos de esquerda, como o PSOL também estão aliados, na questão, aos partidos das direitas. A esquerda também objetiva o mesmo que às direitas estão mostrando: a saída de Eduardo Cunha da presidência da Câmara. Daí que essa decisão enfraquece as manobras de Cunha de impedir a reunião do Conselho de Ética para analisar o relatório do deputado Fausto Pinato que pediu a continuação do processo contra o ‘impoluto’ deputado.

Na semana passada Eduardo Cunha conseguiu impedir, através de uma manobra antidemocrática, que o Conselho de Ética se reunisse. Ele abriu a sessão questão de ordem, que proíbe as comissões se reunirem, com o objetivo de impedir a reunião do Conselho de Ética. E conseguiu: o Conselho se reuniu ontem, dia 24, para analisar o relatório do deputado Fausto Pinato, mas a reunião foi suspensa em função de um pedido de vista coletivo. Agora, o Conselho vai se reunir no dia 1°.

“Diante do ocorreu semana passada, não podemos voltar atrás. Obstruiremos todas as votações a partir de agora e vamos ao procurador-geral da República a quem pediremos a afastamento do presidente”, disse o deputado Molon.

O mesmo decidiu o deputado do PSOL/RJ, Chico Alencar. Ele também pretende ir hoje, dia 25, falar com o procurador.

“Vamos noticiar os fatos ao procurador-geral da República”, disse Alencar.

Também o PT, PCdoB e PMDB vão participar do protesto contra Cunha. Segundo o deputado Júlio Delgado (PSB/MG), a oposição faz a obstrução formal e os outros partidos fariam uma obstrução branca.

“Sabemos que temos adeptos nos demais partidos. Estamos conclamando que, enquanto estamos fazendo uma oposição real, eles façam uma obstrução branca. Nós faremos de forma oficial e eles de forma oficiosa. Seria uma obstrução branca para retardar o registro e a votação de matérias”, disse Júlio Delgado.

Porém, Eduardo Cunha blefou afirmando que os deputados não conseguiriam número necessário para obstruir a votação das matérias. 

RELATÓRIO EDUCATION AT A GLANCE 2015: PANORAMA DA EDUCAÇÃO MOSTRA QUE JOVENS DO BRASILTRABALHAM MAIS DO QUE ESTUDAM

saladeaula187232A principal fonte de demonstração da educação no mundo o Education At a Glance: Panorama da Educação divulgou ontem, dia 24, seu relatório de 2015 onde mostra que 76% dos jovens brasileiros entre 20 e 24 anos não estão estudando quando no resto do mundo a média é de 54% segundo a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).

 O relatório mostra que dos 76% dos jovens que não estão estudando 52% estão trabalhando. Comparando com outros países, o Brasil tem mais jovens trabalhando que estudando. O estudo mostra dados da estrutura, financiamento e desempenho dos sistemas educacionais de 46 países onde 34 deles fazem parte do OCDE, países que são parceiros do G20.

O relatório também mostra que embora o Brasil apresente uma baixa taxa de desemprego, uma grande parte da juventude nem trabalha e nem estuda. Essa grande parte faz parte do grupo que é chamado de ‘nem-nem’. Em 2013, os jovens entre 19 e  29 anos compreendiam 20% desse grupo. Para a OCDE a média é de 16%. O índice dos jovens brasileiro é semelhante aos dos jovens do Chile, 19%, Colômbia, 21%, e Costa Rico, 19%.

“Embora o fato de que esses indivíduos não estarem mais estudando seja motivo de preocupação, é importante notar que a maioria deles estava trabalhando em vez de estudando”, diz o relatório.

Por sua vez, Francisco Soares, presidente do Instituto Anísio Teixeira (Inep), disse que apesar do Brasil apresentar baixos indicadores, o relatório mostra que houve avanço na educação brasileira nos últimos anos e que a dívida com a educação brasileira “está sendo paga”.

Para Corinne Heckmann, coordenadora do relatório, o Brasil tem feito progresso apesar dos dados apresentados.

“O Brasil tem feito progresso significativo no acesso à educação, principalmente entre jovens e pessoas de baixa renda”, afirmou Corinne.

Cinco verbetes sobre Theodor W. Adorno.

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Adorno e Horkheimer criaram o conceito ‘indústria cultural’ para nomear a modalidade de arte destinada ao consumo de massa.

RICARDO MUSSE – Blog da Boitempo

Teoria crítica

O termo “teoria crítica” surgiu como codinome para o marxismo, na década de 1930, época da ascensão do nazi-fascismo e do stalinismo. Sob tal disfarce, delineou-se uma nova formulação da doutrina, preocupada em preservar essa linhagem sem o amparo de suas âncoras tradicionais, o proletariado e o partido.

A versão então exposta, ulteriormente denominada “materialismo interdisciplinar”, atesta o predomínio intelectual e político, entre seus partidários, de Max Horkheimer, na ocasião diretor do Instituto de Pesquisas Sociais. Os artigos publicados na revista do Instituto, Zeitschrift für Sozialforschung, sobretudo, os de sua lavra, constituem a espinha dorsal do movimento que ficou conhecido como “Escola de Frankfurt”. 

Examinados de um ponto de vista retrospectivo, os ensaios dos principais colaboradores – Erich Fromm, Herbert Marcuse, Walter Benjamin e Theodor Adorno – prenunciam a futura diáspora. Não seria difícil, porém, considerar os desenvolvimentos teóricos posteriores desses autores como tentativas de correção da primeira “teoria crítica”.

Adorno concebe um conceito expandido de “experiência”, mais abrangente que o de “filosofia social”, descrito por Horkheimer como a junção de teoria e pesquisa empírica, de filosofia e saber científico especializado. No decorrer de sua obra, procurou incorporar outras modalidades de conhecimento, tais como a vivência individual (cujo caso mais paradigmático aflora nos aforismos de Minima moralia, em 1951) e a reflexão sobre a arte – desdobrada em uma série de textos que encontra seu fecho na Teoria estética (1970).

Aufklärung

Durante a Segunda Guerra, Adorno e Horkheimer escreveram juntos Dialética do esclarecimento. Trata-se de uma inflexão radical na “teoria crítica”, estruturada até então sob a égide de uma práxis direcionada para a adoção de critérios e interesses racionais. O conturbado contexto mundial, concomitante à implantação de diferentes formas de economia planificada na Alemanha, na União Soviética e nos Estados Unidos, levou-os a abdicar de sua expectativa anterior de superar a injustiça por meio de uma progressiva racionalização da ordem social. Nesse cenário, emerge, ao primeiro plano, a questão: “Por que a humanidade, em vez de entrar em um estado verdadeiramente humano, está se afundando em uma nova espécie de barbárie”?1

Adorno e Horkheimer não compreendem o esclarecimento (Aufklärung) no diapasão do idealismo alemão (Kant, Fichte, Hegel), que considera esse processo como uma rota que conduz exclusivamente à emancipação. Debruçam-se sobre sua dialética própria – resumida na expressão “o mito já é esclarecimento e o esclarecimento acaba por reverter à mitologia” –,2 pressentida, entre outros, por Marx, Nietzsche e Freud.

Nessa acepção, Aufklärung torna-se indissociável da dominação social da natureza. Dialética do esclarecimento procura reconstituir a “pré-história” da reificação, na tentativa de explicar por que a mesma lógica, a da “razão abstrata”, preside, simultaneamente, a ordem econômica (a troca mercantil), a esfera do conhecimento (a ciência moderna) e as formas de dominação (e de legitimação política). Propõem assim uma reflexão sobre o caráter destrutivo do progresso, numa perspectiva que não visa “conservar o passado, mas resgatar suas esperanças”.3

Indústria cultural

Adorno e Horkheimer criaram o conceito “indústria cultural” para nomear a modalidade de arte destinada ao consumo de massa. Trata-se de um produto elaborado não mais segundo o padrão e a escala do trabalho artesanal, mas conforme o esquema capitalista de produção de mercadorias, no qual o valor de uso é reduzido à condição de mero suporte do valor de troca.

Em contraposição às expectativas de Walter Benjamin, Adorno avalia esse fenômeno, antes mesmo da redação do capítulo da Dialética do esclarecimento, como apenas mais um instrumento de dominação social.4 Enquanto Benjamin, de olho na cena russa e confiando no potencial desencadeado pela cooperação no trabalho criativo, predica a “politização da arte”, Adorno destaca a despolitização inerente a uma situação em que as massas estão confinadas à pura passividade.

A indústria cultural insere-se no quadro mais amplo da administração do “tempo livre”. A organização do lazer no âmbito do processo de valorização do capital promoveu uma racionalização de procedimentos que expandiu a reificação, prolongando a não-liberdade característica do espaço da produção, para o mundo do consumo e daí para a esfera da vida imediata. No entanto, nem por isso, adverte Adorno, cabe supor que a consciência esteja completamente integrada.

Ele confronta ainda os objetos da indústria cultural com o ideal artístico de exposição da “vida verdadeira”. Mercadorias no sentido pleno do termo, seus produtos, construídos em

função do efeito visado, extinguem a autonomia da obra, por conseguinte, a própria possibilidade da arte subsistir como fonte de conhecimento, reserva utópica ou ação voltada para a emancipação.

Forma ensaio

Exacerbando uma tendência latente na primeira versão da teoria crítica, Adorno descarta o proletariado e, com ele, o partido, como motor da negatividade. A crítica da sociedade transfere sua atenção do processo de produção capitalista para a análise de seus efeitos. Esse deslocamento não significa um repúdio das teses do materialismo histórico, ao contrário, ressalta – ao atestar a inversão entre meios e fins – que o predomínio do aparato econômico ainda condiciona a consciência e o inconsciente dos indivíduos.

É, portanto, como dimensão reificada, carente de autonomia, que a subjetividade torna-se tema prioritário de investigação. O direcionamento da análise para o singular, o transitório, o não-idêntico, por sua vez, impõe uma retificação da atividade conceitual, desmontando a ilusão de uma “subjetividade constitutiva”.

O predomínio da “forma ensaio” nos textos e no estilo de Adorno deriva tanto de sua afinidade e militância na vanguarda modernista, como da premissa de que a exposição não é indiferente à teoria. A insurreição contra a totalidade sistêmica e a filosofia da identidade requer, por um lado, procedimentos específicos como o uso de tropos pouco habituais (parataxes e quiasmos, por exemplo) e a composição de constelações que associem sem hiatos o conteúdo e a dimensão especulativa. Mas também, em outra vertente, demanda construções pertinentes ao gênero “fragmento”: aforismos, notas, verbetes, pequenos escritos, estudos, palestras, artigos, modelos críticos.

Dialética negativa

Dialética negativa (1966) conecta o exame crítico dos pressupostos metodológicos do conhecimento com a compreensão do presente histórico. O livro pode ser considerado, ao mesmo tempo, o ápice e o ponto terminal do marxismo ocidental.

Nele, a contestação da filosofia tradicional desemboca em um alargamento do conceito de filosofia, um movimento reiterado inúmeras vezes ao longo da linhagem do marxismo ocidental. Adorno distancia-se dessa vertente, porém, em sua insurgência contra a primazia do método, com a tentativa de proceder “metodicamente sem método”. Mas também e, sobretudo, por sua convicção de que o capitalismo, mesmo depois de sua metamorfose em “mundo administrado”, não pode ser explicado supondo-se que as determinações características da sociedade seguem o modelo – delineado pelo idealismo alemão – de um sujeito unitário.

No sentido estrito do termo, dialética negativa designa a autoconsciência da submissão da subjetividade à sua prisão categorial, a crítica da mutilação dos indivíduos pelo cativeiro social moldado pelo aparato de autoconservação. A meditação, a reflexão “especulativa” preserva a negatividade ante o existente, limpando o terreno para um “pensamento de conteúdos”.

A metacrítica da teoria do conhecimento desdobra-se assim em crítica da sociedade. A passagem para o materialismo, um segundo giro copernicano, prepara a dialética para expressar conceitualmente o não-idêntico, rompendo com a “filosofia da identidade” que Adorno detecta tanto no par antitético “positivismo-idealismo”, como nas tentativas de assentar a dialética nas ciências naturais (Engels) ou na ação revolucionária do proletariado (História e consciência de classe).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ADORNO, Theodor. Dialética negativa. Rio de Janeiro, Zahar, 2009.
ADORNO, Theodor. Minima moralia. Rio de Janeiro, Azougue, 2008.
ADORNO, Theodor. Teoria estética. Lisboa, edições 70, 1982.
ADORNO, Theodor e HORKHEIMER, Max. Dialética do esclarecimento. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 1985.
HORKHEIMER, Max (ed.). Zeitschrift für Sozialforschung. Reprint. München, Deutscher Taschenbuch Verlag, 1980.

NOTAS

ADORNO, Theodor e HORKHEIMER, Max. Dialética do esclarecimento, p. 11.
2 Idem. Dialética do esclarecimento, p. 15.
3 Idem. Ibidem, p. 15.
4 O capítulo intitula-se, significativamente, “A indústria cultural: o esclarecimento como mistificação das massas” (Idem. Ibidem, p. 113-156).

DEPUTADOS DO PT, NO CONSELHO DE ÉTICA, ESTAVAM SENDO ACUSADOS DE POUPAR CUNHA, AGORA ESTÃO LIBERADOS

486d7090-e844-48c2-9636-9794d15a7f73O processo de cassação do presidente da Câmara Federal Eduardo Cunha, acusado de quebra de decoro parlamentar por ter faltado com a verdade durante depoimento na CPI da Petrobrás quando afirmou que não tinha contas na Suíça, quando tem (ou tinha), deixou os deputados do PT em posição de indefinição quanto o que fazer. Votar com o relator Fausto Pinato, que pediu continuidade do processo por ter encontrdo conteúdo suficiente para a cassação do ‘impoluto’ deputado ou votar a favor de Cunha.

A indefinição dos deputados petistas mostra que eles ainda têm Eduardo Cunha como uma ameaça para o impeachment de Dilma. Uma espécie de moeda de barganha usada pelo ‘impoluto’ deputo para se defender da possível cassação. Ou na linguagem vulgar: eu vou mais tu também vais. Diante da indefinição, os deputados dos outros partidos de esquerda, como o PSOL, começaram a cobra a definição. Uma cobrança do tipo: assume ou não faz pose de ser da esquerda. O deputado do PSOL, Chico Alencar, chegou a dizer que “gostaria muito que o PT voltasse a ser o velho PT de antigamente”.

Diante do óbvio inaceitável em uma democracia, a cassação de Eduardo Cunha, os deputados petistas começaram a se sentir preocupados, ou simular preocupação, com as observações e cobranças dos outros deputados que pretendem a cassação do impoluto. Ontem, dia 23, durante a reunião da coordenação político do governo Dilma, o tema foi colocado em pauta. Então, ficou decidido que os deputados do PT estão liberados para decidir qual a posição que devem tomar. Votar pela cassação ou não.

Como todo partido tem um estatuto que sintetiza tanto seus ideais como a disciplina que deve ser seguida por seus membros, o que significa que cada membro deve agir de acordo com as determinações do partido, no caso em questão, o partido deve orientar seus parlamentares a votar e não decidir que cada um vote segundo sua opinião. Uma decisão que macula o corpus-político do partido. Eticamente, a maioria do povo brasileiro, dado o comportamento antidemocrático de Eduardo Cunha, quer sua cassação. Assim, o partido deveria determinar que seus parlamentares que fazem parte do Conselho de Ética da Câmara, devem votar com o relator.

Mas alguém pode raciocinar na linha de que tem o governo Dilma e que é preciso preservá-lo de qualquer ameaça. Mas é um raciocínio que no corpus ético-político não tem espaço. Dilma é do PT e como membro do PT deve também tomar decisões determinados pelo estatuto e o corpus ético do partido. Que na situação em questão tem o apoio da maioria dos brasileiros.   

“O governo da presidenta é formado por uma coalizão de vários partidos e o PT tem total autonomia para construir suas posições dentro do Legislativo. O diálogo do governo da presidenta Dilma com o Legislativo é no sentido de criar um agenda de interesse para o país que passa, no momento, pela aprovação das medidas de ajustes para que o Brasil entre na agenda da retomada do crescimento econômico”, disse Edinho Silva, ministro da Secretaria de Comunicação Social.

‘Eu sou Petrobras, você é Globo’. Uma gentil bofetada na mentira e na hipocrisia

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O Globo tentou criar um factoide sobre a vergonha e o medo sentidos pelos servidores da Petrobras. Mas uma funcionária que aparece na foto desmentiu tudo.

Tijolaço

Não precisa de qualquer comentário, exceto o de que há dignidade neste mundo, a carta da petroleira Michele Daher Vieira ao jornal O Globo e à repórter Letícia Vieira, autora do texto Petrobras: a nova rotina do medo e tensão na estatal.

Michele é uma das pessoas que aparecem na foto usada pelo jornal para induzir o leitor a pensar que, de fato, há um clima de terror na empresa, com medo de “de represálias e de investigações”, além de demissões.

A carta de Michelle é um orgulho para os sentimentos de decência humana e uma vergonha para a minha profissão, que deveria ser a de buscadores da verdade e não da construção da mentira.

E a prova de que gente como Paulo Roberto Costa, Pedro Barusco e outros que engordaram roubando a Petrobras são um grão de areia entre milhares e milhares de homens e mulheres de bem, que trabalham ali não só como profissionais corretos e competentes, mas como brasileiros que amam o seu país.

Carta aberta à Leticia Fernandes e ao jornal O Globo

Antes de tudo, gostaria de deixar bem claro que não estou falando em nome da Petrobras, nem em nome dos organizadores do movimento “Sou Petrobras”, nem em nome de ninguém que aparece nas fotos da matéria. Falo, exclusivamente, em meu nome e escrevo esta carta porque apareço em uma das fotos que ilustram a reportagem publicada no jornal O Globo do dia 15 de fevereiro, intitulada “Nova Rotina de Medo e Tensão”.

Fico imaginando como a dita jornalista sabe tão detalhadamente a respeito do nosso cotidiano de trabalho para escrever com tanta propriedade, como se tudo fosse a mais pura verdade, e afirmar com tamanha certeza de que vivemos uma rotina de medo, assombrados por boatos de demissões, que passamos o dia em silêncio na ponta das cadeiras atualizando os e-mails apreensivos a cada clique, que trabalhamos tensos com medo de receber e-mails com represálias, assim criando uma ideia, para quem lê, a respeito de como é o clima no dia a dia de trabalho dentro da Petrobras como se a mesma o estivesse vivendo.

Acho que tanta criatividade só pode ser baseada na própria realidade de trabalho da Letícia, que em sua rotina passa por todas estas experiências de terror e a utiliza para descrever a nossa como se vivêssemos a mesma experiência. Ameaças de demissão assombram o jornal em que ela trabalha, já tendo vários colegas sendo demitidos[1], a rotina de e-mails com represálias e determinando que tipo de informação deve ser publicada ou escondida devem ser rotina em seu trabalho[2], sempre na intenção de desinformar a população e transmitir só o que interessa, mantendo a população refém de informações mentirosas e distorcidas.

Fico impressionada com o conteúdo da matéria e não posso deixar de pensar como a Letícia não tem vergonha de a ter escrito e assinado. Com tantas coisas sérias acontecendo em nosso país ela está preocupada com o andar onde fica localizada a máquina que faz o café que nós tomamos e com a marca do papel higiênico que usamos. Mas dá para entender o porquê disto, fica claro para quem lê o seu texto com um mínimo de senso crítico: o conteúdo é o que menos importa, o negócio do jornal é falar mal, é dar uma conotação negativa, denegrir a empresa na sua jornada diária de linchamento público da Petrobras. Não é de hoje que as Organizações Globo tem objetivo muito bem definido[3] em relação à Petrobras: entregar um patrimônio que pertence à população brasileira à interesses privados internacionais. É a este propósito que a Leticia Fernandes serve quando escreve sua matéria.

Leticia, não te vejo, nem você nem O Globo, se escandalizado com outros casos tão ou mais graves quanto o da Petrobras. O único escândalo que me lembro ter ganho as mesma proporção histérica nas páginas deste jornal foi o da AP 470, por que? Por que não revelam as provas escondidas no Inquérito 2474[4] e não foi falado nisto? Por que não leio nas páginas do jornal, onde você trabalha, sobre o escândalo do HSBC[5]? Quem são os protegidos? Por que o silêncio sobre a dívida da sonegação[6] da Globo que é tanto dinheiro, ou mais, do que os partidos “receberam” da corrupção na Petrobras? Por que não é divulgado que as investigações em torno do helicoca[7] foram paralisadas, abafadas e arquivadas, afinal o transporte de quase 500 quilos de cocaína deveria ser um escândalo, não? E o dinheiro usado para construção de certos aeroportos em fazendas privadas em Minas Gerais [8]? Afinal este dinheiro também veio dos cofres públicos e desviados do povo. Já está tudo esclarecido sobre isto? Por que não se fala mais nada? E o caso Alstom[9], por que as delações não valem? Por que não há um estardalhaço em torno deste assunto uma vez que foi surrupiado dos cofres públicos vultosas quantias em dinheiro? Por que você e seu jornal não se escandalizam com a prescrição e impunidade dos envolvidos no caso do Banestado[10] e a participação do famoso doleiro neste caso? Onde estão as manchetes sobre o desgoverno no Estado do Paraná[11]? Deixo estas perguntas como sugestão e matérias para você escrever já que anda tão sem assunto que precisou dar destaque sobre o cafezinho e o papel higiênico dos funcionários da Petrobras.

A você, Leticia, te escrevo para dizer que tenho muito orgulho de trabalhar na Petrobras, que farei o que estiver ao meu alcance para que uma empresa suja e golpista como a que você trabalha não atinja seu objetivo. Já você não deve ter tanto orgulho de trabalhar onde trabalha, que além de cercear o trabalho de seus jornalistas determinando “as verdades” que devem publicar, apoiou a Ditadura no Brasil[12], cresceu e chegou onde está graças a este apoio. Ao contrário da Petrobras, a empresa que você se esforça para denegrir a imagem, que chegou ao seu gigantismo graças a muito trabalho, pesquisa, desenvolvimento de tecnologia própria e trazendo desenvolvimento para todo o Brasil.

Quanto às demissões que estão ocorrendo, é muito triste que tantas pessoas percam seu trabalho, mas são funcionários de empresas prestadoras de serviço e não da Petrobras. Você não pode culpar a Petrobras por todas as mazelas do país, e nem esperar que ela sustente o Brasil, ou você não sabe que não existe estabilidade no trabalho no mundo dos negócios? Não sabe que todo negócio tem seu risco? Você culpa a Petrobras por tanta gente ter aberto negócios próximos onde haveria empreendimentos da empresa, mas a culpa disto é do mal planejamento de quem investiu. Todo planejamento para se abrir um negócio deveria conter os riscos envolvidos bem detalhados, sendo que o maior deles era não ficar pronta a unidade da Petrobras, que só pode ser culpada de ter planejado mal o seu próprio negócio, não o de terceiros. Imputar à Petrobras o fracasso de terceiros é de uma enorme desonestidade intelectual.

Quando fui posar para a foto, que aparece na reportagem, minha intenção não era apenas defender os empregados da injustiça e hostilidades que vem sofrendo sendo questionados sobre sua honestidade, porque quem faz isto só me dá pena pela demonstração de ignorância. Minha intenção era mostrar que a Petrobras é um patrimônio brasileiro, maior que tudo isto que está acontecendo, que não pode ser destruída por bandidos confessos que posam neste jornal como heróis, por juízes que agem por vaidade e estrelismos apoiados pelo estardalhaço e holofotes que vocês dão a eles, pelo mercado que só quer lucrar com especulação e nunca constrói nada de concreto e por um jornal repulsivo como O Globo que não tem compromisso com a verdade nem com o Brasil.

Por fim, digo que cada vez fica ainda mais evidente a necessidade de uma democratização da mídia, que proporcionará acesso a uma diversidade de informação maior à população que atualmente é refém de uma mídia que não tem respeito com o seu leitor e manipula a notícia em prol de seus interesses, no qual tudo que publica praticamente não é contestado por não haver outros veículos que o possa contradizer devido à concentração que hoje existe. Para não perder um poder deste tamanho vocês urram contra a reforma, que se faz cada vez mais urgente, dizendo ser censura ou contra a liberdade de imprensa, mas não é nada além de aplicar o que já está escrito na Constituição Federal[12], sendo a concentração de poder que algumas famílias, como a Marinho detém, totalmente inconstitucional.

Sendo assim, deixo registrado a minha repugnância em relação à matéria por você escrita, utilizando para ilustrá-la uma foto na qual eu estou presente com uma intenção radicalmente oposta a que ela foi utilizada por você.

Fontes:
[1] Demissões nas Organizações Globo:
http://www.conexaojornalismo.com.br/…/demissoes-do-globo-es…
http://radiodeverdade.com/tag/demissoes-na-radio-globo/
http://www.parana-online.com.br/editor…/almanaque/…/836519/…
http://www.portalimprensa.com.br/…/o globo faz cortes na re…
http://blogs.odia.ig.com.br/…/globo-inicia-demissoes-no-jo…/

[2] Exemplos de o que deve e não deve ser publicado
http://www.brasildefato.com.br/node/31315
http://www.pragmatismopolitico.com.br/…/globo-ordena-que-no…
http://www.conversaafiada.com.br/…/globo-censura-reporter-…/

[3] Objetivos
http://www.municipiosbaianos.com.br/noticia01.asp…
http://www.aepet.org.br/…/Prezado-a-companheiro-a-da-Petrob…
http://www.viomundo.com.br/…/sordida-campanha-dos-marinho-c…
https://petroleiroanistiado.wordpress.com/…/petrobras-sob-…/
https://fichacorrida.wordpress.com/…/rede-globo-de-corrupc…/

[4] Inquérito 2474
http://www.cartacapital.com.br/…/em-sigilo-ha-7-anos-inquer…
http://www.ocafezinho.com/…/inquerito-2474-ja-esta-na-inte…/
http://www.istoe.com.br/…/…/345927_ERRO HISTORICO NA AP 470
http://www.brasil247.com/…/Nassif-STF-vai-abrir-segredo-de-…

[5] Escândalo do HSBC
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/o-assombroso-silen…/
http://economia.ig.com.br/…/reino-unido-investiga-hsbc-por-…
http://economia.estadao.com.br/…/hsbc-entenda-o-escandalo-…/
http://economia.ig.com.br/…/receita-esta-de-olho-em-corrent…
http://www.brasil247.com/…/Sonega%C3%A7%C3%A3o-no-HSBC-%C3%…

[6] Sonegação Globo
http://www.correiodopovo.com.br/blogs/juremirmachado/?p=4664
http://www.ocafezinho.com/…/os-documentos-da-fraude-da-glo…/
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/injusto-e-pagar-im…/
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/como-o-processo-de…/

[7] Helicoca
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/o-dcm-apresenta-no…/
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/o-papel-cada-vez-m…/
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/categorias/helicoca/

[8] Aeroportos Mineiros
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/por-que-a-midia-na…/
http://www1.folha.uol.com.br/…/1493571-aecio-neves-a-verdad…
http://www1.folha.uol.com.br/…/1488587-governo-de-minas-fez…
http://www.pragmatismopolitico.com.br/…/trafico-de-cocaina-…
http://www.plantaobrasil.com.br/news.asp?nID=82339
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/aecio-nomeou-desem…/

[9] Alstom
http://www1.folha.uol.com.br/…/1281123-brasil-e-unico-que-n…
http://tijolaco.com.br/blog/?p=24684

[10] Banestado
http://www.redebrasilatual.com.br/…/o-caso-banestado-a-petr…
http://www1.folha.uol.com.br/…/1267100-justica-anula-punica…
http://ultimosegundo.ig.com.br/…/lentidao-da-justica-livrou…

[11] Beto Richa e o Paraná
http://www.pragmatismopolitico.com.br/…/beto-richa-quebrou-…
http://www.redebrasilatual.com.br/…/curitiba-a-pauta-da-reb…

[12] Globo e a Ditadura
http://www.pragmatismopolitico.com.br/…/editorial-globo-cel…
http://www.brasildefato.com.br/node/25869
http://altamiroborges.blogspot.com.br/…/as-diretas-ja-e-o-c…
http://www.viomundo.com.br/…/faz-30-anos-bom-jornalismo-da-…
http://www.viomundo.com.br/…/fabio-venturini-no-golpe-dos-e…
http://www.viomundo.com.br/…/exclusivo-as-entrevistas-feroz…
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/abrir-empresa-em-p…/

[12] CF/88
Diz o artigo 220 da Carta, no inciso II do parágrafo 3°:
II – estabelecer os meios legais que garantam à pessoa e à família a possibilidade de se defenderem de programas ou programações de rádio e televisão que contrariem o disposto no art. 221, bem como da propaganda de produtos, práticas e serviços que possam ser nocivos à saúde e ao meio ambiente.
Já o parágrafo 5° diz:
Os meios de comunicação social não podem, direta ou indiretamente, ser objeto de monopólio ou oligopólio.
E o artigo 221. por sua vez, prescreve:
Art. 221. A produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atenderão aos seguintes princípios:
I – preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas;
II – promoção da cultura nacional e regional e estímulo à produção independente que objetive sua divulgação;
III – regionalização da produção cultural, artística e jornalística, conforme percentuais estabelecidos em lei;
IV – respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família.

CHICO CÉSAR, O ENGAJADO COMPOSITO E CANTOR, SE SOLIDARIZA COM ESTUDANTES E FAZ SHOW NA ESCOLA FERNÃO DIAS

image_largeDiante da intransigência do governo Alckmin em não mudar sua decisão de fechar escolas de comunidades onde estudantes nasceram e estão matriculados já alguns anos, cujo deslocamento dos mesmos para outras escolas distante do lugar onde moram, eles decidiram continuar com as ocupações de mais de 66 escolas do ensino público como forma de lutar por seus direitos.

Todavia, não são somente os estudantes, professores e pais estão na luta, grande parte da comunidade também tem demonstrado solidariedade ao movimento reivindicatório. Entre essas solidariedades aparecem filósofos, como Dermeval Saviani, intelectuais e artistas. E como não poderia ser diferente, o cantor e compositor Chico César foi um dos se solidarizou com os estudantes.

Convidado por uma professora, sua amiga, ele aproveitou um momento de folga de seus shows que está realizando, e fez uma apresentação na Escola Fernão Dias Paes, em Pinheiros. Além da apresentação gravou um vídeo expressando sua solidariedade com a luta dos estudantes.

“Acho importante os artistas, as pessoas, os professores que puderem vir aqui doar aulas, dar uma oficina, um curso, alguma coisa. Posso contribuir desse jeito, vir tocar. Doei uma coisa que sai da minha alma, minha música, do meu coração. O público nos dá tanto, que sempre que a gente puder trocar graciosamente, sem a presença da grana… Sabe, nem tudo é grana nessa vida. Aliás, as coisas mais importantes não podem ser compradas, podem ser compartilhadas, dadas assim.

Eu acho que os estudantes dizem para todos nós: ‘Olha gente, é possível, nem tudo depende dos governos’, o governo é quem decide, o Judiciário é quem decide, não, quem decide somos nós.

Acho que esta é a lição, mostrar que nós temos poder, que nós podemos participar, mudar os rumos das coisas.  Muitas coisas chegam para nós como já estivesse tudo certo e pronto e que você só deve cumprir. Não é assim, nós podemos através da desobediência civil, das manifestações organizadas, participar das decisões. Isso vai influenciar o futuro de muita gente”, analisou o engajado Chico César.

A Vontade de Saber dos estudantes é o devir que constrói uma sociedade democraticamente humana. Tudo que os tiranos temem. Veja e clica a baixo o vídeo. 

Ignacio Ramonet: A segurança total não existe, mas a vigilância massiva sim

reprodução

Para o autor do livro ‘O império da vigilância’, os governos não conseguem garantir a segurança total mesmo colocando todas as pessoas sob vigilância.

Durante 18 anos, Ignacio Ramonet dirigiu o prestigioso Le Monde Diplomatique, um dos jornais mais conhecidos do mundo e principal tribuna do movimento pela via alternativa. Este jornalista espanhol, que vive na França, e que atualmente dirige o LeMondeDiplo, a versão espanhola da publicação, falou sobre como o governo de François Hollande aprova um ataque às liberdades e uma prorrogação de três meses do estado de emergência decretado após os atentados do último dia 13, tentando fortalecer as capacidades de suas forças de segurança.

Para o autor do livro “O império da vigilância”, os governos “não podem garantir a segurança total”. Porém, “o estado de emergência supõe um abandono das liberdades democráticas e republicanas”. Também afirmou que “hoje em dia, existem instrumentos capazes de vigiar a todos”. Uma vigilância que ele garante que “é ineficaz”, segundo seu novo livro, convertido quase numa premonição, já que foi publicado no dia 12 de novembro, véspera dos atentados jihadistas que empurraram a intimidada sociedade francesa a aceitar as medidas propostas por Hollande.

A sociedade francesa, que tradicionalmente defende seus direitos de forma férrea, aceitará essa troca de menos liberdade por mais segurança?

Ignácio Ramonet: estamos num momento mais emocional. Os atentados aconteceram há pouco mais de uma semana, e desde então estamos conhecendo os detalhes do acontecido, com os testemunhos de pessoas que viveram um inferno. Neste momento o Estado pode pedir praticamente o que quiser à sociedade, que está em condições emocionais de aceitá-lo.

Acabamos de ver como o presidente conseguiu uma união nacional em plena campanha eleitoral para o dia 6 de dezembro – eleições regionais. Conseguiu aprovar uma série de medidas, algumas delas propostas pela direita, em meio a um clima de unanimidade geral. Quando ocorrem monstruosidades como essa, as sociedades se intimidam, somente houve críticas à prorrogação do estado de emergência, que significa um abandono das liberdades democráticas e republicanas. Em meu livro, eu falo do que aconteceu após o 11 de setembro de 2001, quando os Estados Unidos promulgou a Patriot Act, com essa mesma ideia, um contrato com os cidadãos: aceite perder um pouco da sua liberdade e eu garanto mais segurança. O problema é que a Patriot Act está vigente ainda hoje.

Mais vigilância é garantia a de mais segurança?

Ramonet: não, a vigilância massiva já demonstrou que não é eficaz. A segurança total não existe, ainda que os governantes, obviamente, não possam dizer isso, sobretudo neste momento. O que a sociedade pede ao governante é segurança absoluta, e a resposta dele é essa. Mas a segurança absoluta não existe, menos ainda quando se enfrenta a grupos terroristas.

Entretanto, a vigilância massiva sim existe. Nós sabemos disso desde as revelações de Edward Snowden. Hoje em dia, existem instrumentos para vigiar a todos. É uma espécie de coação: eu te dou máxima segurança, mas você permite que eu te vigie totalmente. Só que enquanto eles vigiam você, não vão e nem podem garantir essa segurança máxima.

As sociedades devem aceitar essa troca?

Ramonet: claro que não! Esse é todo o sentido do livro que acabo de publicar. O problema é que neste momento é muito difícil emitir críticas, porque quem o faz aparece como um aliado dos terroristas.

Qual é a alternativa à vigilância?

Ramonet: a vigilância é legítima. É perfeitamente legítimo que um governo vigie, na medida em que o faça de forma democrática, através de uma ordem judicial, com controle democrático. Se um juiz determina que uma pessoa deve ser vigiada, deve haver um motivo. A questão não está em se opor a todo tipo de vigilância, e sim na vigilância massiva, que é o que se pratica atualmente. Massiva e clandestina. O princípio é “vigiar todo mundo para poder, no dia de amanhã, identificar aqueles que podem cometer um atentado”. Estamos perdendo liberdades sem que isso seja suficientemente debatido ou discutido, num momento emocional determinado, favorável a que se aceite qualquer coisa.

A França promulgou uma lei, em maio, que permite aos serviços secretos grampear conversas sem necessidade de controle judicial. A lei se impôs com a emoção dos atentados de janeiro contra o Charlie Hebdo. Basta que o primeiro-ministro Manuel Valls autorize. Mas, o primeiro-ministro não é um juiz! Não é o Poder Judiciário, é um político, é o Poder Executivo.

A ferramenta para a vigilância massiva é a Internet, que permite um registro exaustivo de todos os nossos movimentos e conversações. Pode-se dizer que já perdemos a liberdade na rede?

Ramonet: quando a Internet surgiu, era um ambiente de liberdade, porque democratizava o acesso à informação. Porém, isso foi sendo centralizado, e hoje, cerca de 99% das pessoas que navegam pela Internet utilizam quase inevitavelmente uma das grandes cinco empresas digitais: Google, Apple, Facebook, Amazon ou Microsoft.

Hoje, quando você utiliza a Internet está entrando por essa peneira que permite às autoridades ter acesso a todos os seus dados. Primeiro, porque essas empresas entregam os dados ao governo dos Estados Unidos por lei. Segundo, porque os estados colocaram em marcha seus próprios sistemas de vigilância. Hoje, é muito mais seguro enviar uma carta pelo correio que enviar um email. A carta não é vigiada por ninguém, mas qualquer comunicação digital deixa um rastro, os metadados. De onde você a envia, para quem a envia, quanto tempo durou essa comunicação, quando aconteceu… uma série de dados com os que se pode fazer uma espécie de galáxia de todos os seus contatos e conhecimentos, um verdadeiro atlas da sua vida, sem que você saiba que informações estão sendo guardadas e analisadas sobre você mesmo.

Tudo é gravado, embora escutar todas essas conversas seja algo muito mais complicado, porque supomos que é impossível haver gente suficiente para escutar tudo. Mas essa informação existe e está guardada. São dados coletados automaticamente, de forma massiva, de todos nós.

Os Estados Unidos têm acesso direto a esses dados, graças às empresas que você citou. Você acredita que existe um neocolonialismo na Internet? Que a rede que aparenta ser aberta e supranacional é um território controlado pelos Estados Unidos?

Ramonet: está controlado por estas empresas americanas. No livro, por exemplo, eu publico um informe da CIA sobre isso: “o mundo em 2030”. Lá se diz que até o ano de 2030, um dos perigos para os Estados Unidos é precisamente que essas cinco empresas consigam ter um poderio em termos de informação maior que o do próprio governo estadunidense. Não falamos mais de imperialismo norte-americano, mas do domínio das empresas, que efetivamente são estadunidenses.

Nós dominamos a tecnologia ou a tecnologia é que nos domina?

Ramonet: o problema é que hoje já não podemos viver sem a tecnologia. Seria muito difícil fazer tudo o que fazemos sem a Internet. A pergunta é legítima. No dia de hoje, creio que a resposta é que a tecnologia nos domina, não podemos nos desconectar.

Você, em seu livro, defende os “lançadores de alertas”, os classifica como heróis, pessoas como Julian Assange e Edward Snowden. Porém, os alertas que eles lançaram não parecem ter comovido tanto a sociedade, poucos tomaram consciência e modificaram seus costumes.

Ramonet: exato. Isso é uma realidade. A maioria das pessoas não se molesta com o estado de vigilância. A prova disso é que o Facebook vive de dados que nós subimos voluntariamente, não são arrancados de nós.

O que a sociedade diz com esse comportamento é que aquele que se molesta porque está sendo vigiado deve ter algo que esconder. E se quer esconder algo é porque, como diz Assange, é potencialmente um dos quatro cavaleiros do infocalipse: um traficante de drogas, ou um pedófilo, ou um sonegador fiscal, ou um terrorista. Se eu não sou nada disso, não me importa se me vigiam, não tenho nada que ocultar.

O problema é quando os governos começam a fazer uso dessa informação contra as pessoas. Estamos todos nus diante disso. É a distopia de 1984. Os europeus acham que isso algo muito distante, mas já está acontecendo no Irã e na Arábia Saudita, com governos que perseguem suas dissidências.

Os jornalistas estão fracassando ao comunicar esse perigo?

Ramonet: eu acho que não, porque embora os jornalistas tenham maior sensibilidade, é a sociedade que termina não tomando consciência. A sociedade não valora suficientemente o heroísmo de pessoas como Assange. Quem são as pessoas mais perseguidas do mundo? Assange, Snowden, Chelsea Manning, condenada a 30 anos de prisão por ter revelado crimes que não deveria ocultar. Assange está há três anos preso na Embaixada do Equador em Londres, e Snowden está exilado na Rússia. E o que fizeram que merece tanta perseguição? Demonstraram que estamos sendo vigiados. Denunciaram um atentado contra as nossas liberdades.

Tradução: Victor Farinelli

HOJE TEM ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS NA ARGENTINA: DIREITA X DIREITA RADICAL

458cc9a8-d9ff-415d-840c-8e2c6f4b343aHoje, dia 21, será efetuado o segundo turno das para presidente da República da Argentina. De um lado concorre Daniel Scioli, candidato apoiado pela presidenta Cristina Kirchner do partido Frente Para a Vitória (FPV) com participação dos partidos aliado que apoiam o governo. Do outro lado o representante das direitas radical Maurício Macri, do partido Frente Renovadora, prefeito reacionário de Buenos Aires, que tem como aliados grandes empresários e ainda é inimigo das políticas populares, adotadas por Cristina Kirchner. 

O jornalista Luiz Bruschtein, do jornal Página 12, e filho de Laura Bonaparte, uma das Mães da Praça de Maio, mostra por que os três líderes peronistas que apoiam a candidatura de Scioli, como Felipe Solá, Ignacio Mendiguren e Eduardo Duhalde, embora contrários ao candidato de Cristina Kirchner, votam em seu candidato.

“No caso de Solá, ele responde à sua base social porque percebeu que seus mais de 1,5 milhões de eleitores vão votar em Scioli. Se não estivessem fazendo essa avaliação, não dariam esse apoio de forma tão aberta.

Mendiguren é ex-presidente da União Industrial Argentina, representante da linha do setor industrial, é mais alinhado às referências econômicas da FPV, de aprofundamento da industrialização, por isso é favorável a Scioli”, analisou Luiz Bruschtein mostrando as razões por que os três peronistas se colocam a favor de Scioli.

Mas o peronismo não se encontra apenas com o candidato Scioli, outro peronista, Massa, apoia Macria acreditando que se ele ganha sua força dentro do grupo peronista pode aumentar. O que significa que sua escolha por Macri é apenas de cunho partidária e não ideológica, como ocorre com os três peronistas que apoiam Scioli.

Segundo últimas informações, a disputa está acirrada com leve vantagem para o candidato da direita radical, o candidato do regresso político da Argentina e das forças opressivas, mas há também uma expectativa que o candidato da presidenta possa vencer.

De nossa parte latino-americana, queremos o melhor para o continente. E o melhor não é o atraso.

LULA PARTICIPA DO 3° CONGRESSO NACIONAL DA JUVENTUDE DO PT E DIZ QUE SONHA COM O DIA EM QUE OS JOVENS VÃO ASSUMIR A CONSTRUÇÃO DO PAÍS.

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O ex-presidente e vitalício metalúrgico, Lula da Silva, participou como convidado especial do Encontro Nacional da Juventude que vai até amanhã e que tem como pauta discutir o momento atual da política brasileira e produzir metas para serem concretizadas ainda esse ano e em 2016, ano de eleições municipais.

Diante de um auditório composto por centenas de jovens ávidos por saberes fundamentais da política democrática, Lula mostrou o otimismo como necessário para a política, falou sobre a condição atual do Partido dos Trabalhadores, sua consistência para disputar as eleições de 2016, a importância do envolvimento da juventude com a política, o ministro da Fazenda Joaquim Levy, entre outros temas.

Sobre a Juventude assumir a política.

“Em diversos momentos de crises no Brasil foram os jovens que se levantaram para dar os primeiros passos. A desgraça de quem não gosta de política é ser governado por quem gosta. Então vocês precisam assumir este papel de lutar e pensar no futuro do país”.

Sobre o ‘nunca antes nesse país’.

“Muita gente tem raiva quando eu digo a frase ‘nunca antes nesse país” para citar vários avanços, mas é verdade. Por tudo que oi feito, temos autoridade moral e política para convidar a juventude brasileira para um bom debate, lembrar o que nós fizemos e pensar o futuro. Eu sonho com o dia em que vocês vão falar que vão assumir a construção desse partido e desse país”.

Sobre o fechamento das escolas em São Paulo por Alckmin.

“Enquanto a gente está se matando para construir mais escolas, o governo de São Paulo está fechando”.

Sobre eleições e o PT.

“Não tem 2018 se a agente não tiver 2016. Precisamos construir 2016, precisamos ter candidatos fortes. Andam dizendo que o PT acabou, vamos fazer uma pequena surpresa para eles”.

Sobre ajudar Dilma governar e as alianças.

“Nós precisamos ajudar a companheira Dilma a sair da encalacrada que a oposição nos colocou depois das eleições. Ideal seria se uma única legenda pudesse governar tudo. Como isso é uma utopia, precisamos aceitar e fazer alianças, em nome da governabilidade. Falavam que Dilma era um poste. O poste iluminou este país”.

Sobre os ataques de corrupto contra o PT.

“Não se pode permitir que ladrão fique chamando petista de ladrão”.

Sobre as palavras de ordem gritadas pelos jovens: ‘Fora Levy’, ‘Fora PMDB’.

“Um congresso como este tem que sair propondo alguma coisa mais forte para o interesse da juventude. As palavras de ordem que estou ouvindo aqui é como doce de cupuaçu em comparação ao que a gente ouvia no Colégio Sion (Era onde o PT se reunia nos anos 80). Apenas escrever num documento ‘Fora Levy, ou Fora PMDB’, é muito pouco”.

O congresso que também contou com as participações do presidente do PT Rui Falcão e do presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Wagner Freitas, fez homenagem ao ex-presidente do partido, falecido, José Eduardo Dutra.


USAR O CONTROLE REMOTO É UM ATO DEMOCRÁTICO!

EXPERIMENTE CONTRA A TV GLOBO! Você sabe que um canal de televisão não é uma empresa privada. É uma concessão pública concedida pelo governo federal com tempo determinado de uso. Como meio de comunicação, em uma democracia, tem como compromisso estimular a educação, as artes e o entretenimento como seu conteúdo. O que o torna socialmente um serviço público e eticamente uma disciplina cívica. Sendo assim, é um forte instrumento de realização continua da democracia. Mas nem todo canal de televisão tem esse sentido democrático da comunicação. A TV Globo (TVG), por exemplo. Ela, além de manter um monopólio midiático no Brasil, e abocanhar a maior fatia da publicidade oficial, conspira perigosamente contra a democracia, principalmente, tentando atingir maleficamente os governos populares. Notadamente em seu JN. Isso tudo, amparada por uma grade de programação que é um verdadeiro atentado as faculdades sensorial e cognitiva dos telespectadores. Para quem duvida, basta apenas observar a sua maldição dos três Fs dominical: Futebol, Faustão e Fantástico. Um escravagismo-televisivo- depressivo que só é tratado com o controle remoto transfigurador. Se você conhece essa proposição-comunicacional desdobre-a com outros. Porque mudanças só ocorrem como potência coletiva, como disse o filósofo Spinoza.

Acesse esquizofia.wordpress.com

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CAMPANHA AFINADA CONTRA O

VIRTUALIZAÇÕES DESEJANTES DA AFIN

Este é um espaço virtual (virtus=potência) criado pela Associação Filosofia Itinerante, que atua desde 2001 na cidade de Manaus-Am, e, a partir da Inteligência Coletiva das pessoas e dos dizeres de filósofos como Epicuro, Lucrécio, Spinoza, Marx, Nietzsche, Bergson, Félix Guattari, Gilles Deleuze, Clément Rosset, Michael Hardt, Antônio Negri..., agencia trabalhos filosóficos-políticos- estéticos na tentativa de uma construção prática de cidadania e da realização da potência ativa dos corpos no mundo. Agora, com este blog, lança uma alternativa de encontro para discussões sociais, éticas, educacionais e outros temas que dizem respeito à comunidade de Manaus e outros espaços por onde passa em movimento intensivo o cometa errante da AFIN.

"Um filósofo: é um homem que experimenta, vê, ouve, suspeita, espera e sonha constantemente coisas extraordinárias; que é atingido pelos próprios pensamentos como se eles viessem de fora, de cima e de baixo, como por uma espécie de acontecimentos e de faíscas de que só ele pode ser alvo; que é talvez, ele próprio, uma trovoada prenhe de relâmpagos novos; um homem fatal, em torno do qual sempre ribomba e rola e rebenta e se passam coisas inquietantes” (Friedrich Nietzsche).

Daí que um filósofo não é necessariamente alguém que cursou uma faculdade de filosofia. Pode até ser. Mas um filósofo é alguém que em seus percursos carrega devires alegres que aumentam a potência democrática de agir.

_________________________________

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