Estudantes, professores e pais de alunos das escolas públicas de São Paulo não estão se intimidando com a violência da Polícia Militar e continuam protestando contra o projeto do governador Alckmin chamado ‘reorganização’ que transfere estudantes matriculados em escolas de suas comunidades para outras escolas distantes de onde moram, causando total mudança em seus cotidianos.
Já são 190 escolas tomadas pelos estudantes como forma de protesto contra o plano do governador. Ontem, dia 27, os estudantes realizaram uma passeata que teve como ponto de concentração a calçada do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, e se deslocaram até a Secretaria de Educação, na Praça da República, no centro.
Maria Izabel Noronha, presidenta do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), disse que o projeto de ‘reorganização’ vai atingir até os professores diminuindo seus salários.
“Para os professores, vai significar redução de jornada. Para os pais, vai significar uma quebra de logística, porque colocavam seus filhos em uma mesma escola para irem juntos. Fora a superlotação de salas de aula”, disse Izabel Noronha.
Diante da violência praticada pela polícia de Alckmin, os advogados dos estudantes vão enviar à Corte Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos documento denunciando as violências que os estudantes vêm sofrendo como tortura física e psicológica, ameaças do Estado por meio da própria polícia, de dirigentes regionais da Secretaria de Educação e diretores de escolas, além do recurso de corta luz, água e gás das escolas para inibir as ocupações.
O governador contraria, como sempre, a filosofia que enuncia: Educação é um caso de Política e não de polícia.
Veja o vídeo em que um policial militar agride com um soco um estudante, e tome sua posição.
0 Respostas to “ESTUDANTES DAS ESCOLAS PÚBLICAS DE SÃO PAULO NÃO SE INTIMIDAM COM A VIOLÊNCIA POLICIAL, CONTINUAM PROTESTOS E RECORREM CORTE DA OEA”