A defesa do senador Delcídio Amaral do Partido dos Trabalhadores, mas que tem a consciência dos postulados do PSDB, preso por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) acusado de obstruir as investigações da Lava Jato ao oferecer fuga a Nestor Cerveró, preso pela Lava Jato, e um pagamento de R$ 50 mil mensais a sua família junto com o banqueiro André Esteves do BTG Pactual– quase ex-banqueiro -, afirmou que ele não cogita fazer acordo de delação premiada.
A afirmação da defesa vem contra a afirmação da mídia aberrante que na semana passada divulgou que sua família havia pedido que ele fizesse acordo de delação premiada. Uma afirmação por parte da mídia que ela mesma teme, visto que se Delcídio acordar com a delação premiada certamente vai tocar diretamente ao seu mais protegido personagem: Fernando Henrique.
Delcídio foi do PSDB entre os anos de 1999 e 2002. Tempo em que fazia parte da diretoria do setor de Gás e Energia e tinha como seu auxiliar Nestor Cerveró, no desgoverno de Fernando Henrique. Como é do conhecimento da maior parte da sociedade brasileira, foi no desgoverno do guru das direitas que a corrupção na Petrobrás proliferou. O que foi afirmado pelo jornalista Paulo Francis, que fez a denúncia e morreu por causa da denúncia, já que fora processado pelo então presidente da estatal, e afirmado também pelo hoje preso da Lava Jato, Pedro Borusco que disse que começou o esquema de corrupção em 1997, desgoverno daquele que mais odeia Lula por força degenerativa da inveja.
“Ninguém, em segundo nenhum; nem advogado, nem familiar; ninguém nunca cogitou ou propôs a ele que fizesse delação premiada” disse Eduardo Marzagão, assessor parlamentar de Delcídio. Sua afirmação é decorrente de suas conversas com os advogados do senador e seus familiares.
Com a justificativa de que Delcídio não tentou obstruir as investigações, seus advogados vão entrar com pedido de relaxamento de sua prisão ainda nessa semana.
Enquanto permanece preso Delcídio, de forma simulada, se exibe como alguém que se esmera na construção de um novo sentido seu que ele nunca havia exibido para o público: crítico literário. Depois que foi preso, segundo seu assessor, já leu A Origem do Estado Islâmico, do jornalista irlandês Patrick Cockburn e Brasil: Uma Biografia, das escritoras Lilia Moritz Schwarcz e Heloisa Starling.
Como é um defensor intransigente do neoliberalismo, certamente se apresentará como todo crítico de literatura neoliberal: não passa da superfície da escritura.
Leitores Intempestivos