Semana que vem os movimentos sociais e as entidades dos direitos humanos realizarão uma reunião com a presidenta Dilma para tratar da ameaça de impeachment e também sobre temas relativos aos interesses gerias do povo brasileiro, como a lei antiterrorismo que de acordo com o senador reacionário investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) Aloysio Nunes, do partido da burguesia-ignara, PSDB, deve incluir os movimentos sociais. Mas antes desse encontro, militantes dos movimentos sociais se encontraram no Palácio do Planalto com o ministro-chefe da Secretaria de Governo Ricardo Berzoini para discutir a agenda que será usada na reunião com Dilma.
Dilma já mostrou interesse em receber os militantes e tratar de assuntos como geração de emprego, maior oferta de crédito para o consumo e capital de giro para as empresas recuperarem a produção, itens que já se encontram nos documentos que serão entregues a presidenta.
Segundo Raimundo Bonfim, coordenador da Central de Movimentos populares, e Carina Vitral, presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), o movimento social não está condicionado só à luta contra o golpe e as manifestações de ruas e a atos do governo, como afirma a mídia oficial do golpe.
“Afirmamos que não condicionamos a nossa posição contra o impeachment ao atendimento da pauta dos movimentos”, disse Bonfim.
O mesmo afirmou a líder estudantil Carina Vitral.
“A reunião é para seguir pautando os avanços, mas não, como divulgou a imprensa, que os movimentos estariam condicionando apoio à luta ao atendimento de nossas bandeiras.
O que os movimentos sociais têm conhecimento é que de que hoje o inimigo são os que querem o impeachment. Se acontecer o impeachment as coisas vão ficara muito piores, seja na luta contra o ajuste fiscal, seja contra o conservadorismo”, analisou Carina.
Para os movimentos sociais o fim da ameaça do impeachment possibilita discussão de outras pautas.
“Eliminando o fantasma do impeachment, o governo terá melhores condições de dialogar no sentido de atender as reivindicações. Do ponto de vista mais específico, algumas pautas são a priorização da reforma agrária, a continuidade do Minha Casa Minha Vida, e a implantação do Plano Nacional da Educação, entre outras”, afirmou Bomfim.
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