O devir-mulher, devir-minoria, é a potência que age produzindo uma nova forma de existência que escapa da modelização, serialização, registro e sobrecodificação da semiótica dominante do padrão macho, homem branco, heterossexual, sedimentado pela moral patriarcal-judaica-paulina-burguesa. E como devir-minoria é minoria porque escapou dos valores estabelecidos pela hegemonia chamada de homem. É por isso que a luta das mulheres não busca igualdade com o homem, posto que o homem é o modelo padrão produtor de todas formas de dores, tristezas e desesperos no mundo da sociedade que é representada globalmente pelo capitalismo predador.
Por isso, era estupidamente que afirma que a s mulheres lutam por igualdades com os homens. As mulheres querem produzir um mundo em que a vida seja afirmação e não negação dela como fazem os homens niilistas com suas escalas de valores que selecionam, classificam e hierarquizam tudo para seus benefícios.
Com esse pensamento-deviriano, as mulheres realizaram, em São Paulo, a marcha que reflete sua condição de produtoras de suas próprias existências. Elas apresentaram suas propostas, protestaram contra alguns erros do governo Dilma como a reforma da Previdência e o ajuste fiscal. Mas o que também marcou os tons e cores da marcha no Dia Internacional da Mulher foi o grito de guerra de “Não Vai Ter Golpe” e a defesa do governo Dilma contra o impeachment. E não esqueceram de Cunha.
“Estamos nas ruas por autonomia, por liberdade, por democracia, mas, ao mesmo tempo, falando de questões que estão na conjuntura, como o ajuste fiscal e a reforma da Previdência. Estamos trabalhando com força o tema da legalização do aborto e, claro, o tema da violência.
A gente não quer golpe seja midiático, seja do Judiciário, seja do impeachment. Mas a gente também aponta para a presidenta Dilma. A escolha que ela está fazendo para enfrentar esse momento não é a melhor, com política de ajuste. Reivindicamos que ela governe com o programa pelo o qual foi eleita.
A gente sabe e vê nas pressões da direita sobre o governo Dilma que eles não querem só o ajuste das políticas, eles querem atacar a Constituição de 88. Isto mostra para a gente que o que está em jogo é esse processo político que a agente vem construindo há mais de 40 anos”, analisou Nalu Faria, coordenadora da Marcha Mundial das Mulheres.
A marcha também lembrou do perigo da lei antiterror que vai atingir os movimentos sociais.
“Mesmo com todas as dificuldades colocadas para nós mulheres pretas, lésbicas, bissexuais, ou transexuais, hoje sofremos uma ameaça que compromete o próprio direito de continuar vindo para as ruas com nossas legitimas manifestações. Refiro-me a Lei Antiterrorismo, que vai criminalizar os movimentos sociais e organizações políticas de luta”, observou Larissa Ana, militante do Coletivo Ana Montenegro.
Entre as entidades que participaram da marcha que aglutinou milhares de pessoas que saiu da Avenida Paulista passando pela Rua Augusta chegando a Praça da República encontraram-se o Movimento das Mulheres em Lula, União Brasileira de Mulheres, Observatório da Mulher, Marcha Mundial das Mulheres, Uneafro, Central de Movimentos Populares, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central Sindical Conlutas, PCdoB, PT, PCO e PSOL.
Como era de se esperar, não compareceu nenhuma representante do Individualismo Mulheres Gordurosas que representa a burguesia-ignara. Para não haver erro de entendimento: Individualismo Mulheres Gordurosas são as Coxinhas que refletem, também, seus parceiros gordurosos coxinhas.
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