Arquivo para agosto \31\-04:00 2016

OS PSICOPATAS,OS CANALHAS SUPERSTICIOSAMENTE IMAGINAM QUE VENCERAM. O GOLPE DE ESTADO JURÍDICO-PARTIDÁRIO-MIDIÁTICO ESTUPRA A DEMOCRACIA E A CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA

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Não estamos tristes e nem nos abatemos. Foram muitos anos que essa raivosa elite comandou este país e a partir de 2002 nossos governos populares inovaram as formas de fazer política e nosso povo viveu dias melhores e felizes. 

Não estamos tristes. Não compomos com os canalhas golpistas. Os canalhas estupraram a democracia e a Constituição Federal do Brasil, e alguns degenerados deputados e senadores, como era de se esperar, comemoraram o estupro.

Nada de sentimento concreto, já que o psicopata não vivencia sentimento real. O sentimento dele, o gozo dele é torturar a vítima. Mas nós não vamos nos deixar ser torturados por sub-espécie humanoides. Seremos implacáveis como nossa querida, amada, integra, honrada presidente Dilma Vana Rousseff.

No dia 1º de janeiro de 2014, na posse da nossa presidente, a Associação Filosofia Itinerante se fez presente fazendo a cobertura da posse e manifestando seu apoio à presidenta. Foi ali, junto com partidários da presidenta de todo o Brasil que nasceu nossa bandeira branca com a famosa inscrição que correu mundo: “Dilma, o Blog Afinsophia em ti confia.”

E nunca abandonamos a presidenta e nenhum dos democratas que defendem os interesses do povo. Neste dia, que jamais entrará para a História, já que a História só se realiza pelo devir-práxis-poieses, corpos transformadores que os golpistas não são traspassados, a narrativa-impotente é da ignomínia, da estupidez, do assalto, do roubo. A História é produzida pelas milhares de pessoas de todo este imenso país que estão se manifestando contrários ao golpe, movimentando seus devires-práxis-poiesis, o que esteticisa a História. 

O que caracteriza a vitória de Pirro é a superstição: a certeza que o embate chegou ao fim. Não chegou. Cassaram seu seu mandato, mas não seus direitos políticos e isso comprova a fragilidade da acusação. Essa decisão abre brecha para contestação jurídica. Dilma não é cassada na totalidade.

Cabe recursos e isso será providenciado por seus assessores e pelo povo nas ruas.

 Em Manaus depois do anúncio do resultado não houve comemoração. Não ouvimos, nem vimos foguetório.

O povo observa e analisa a farsa. A farsa passa, mas os devires, as potências estão se movimentando para produção de uma nova aurora para nosso país e para nosso povo.

Um fato é certo, não abandonaremos nunca Dilma Vana Rousseff. Não abandonaremos nunca Luis Inácio Lula da Silva. Eles estarão sempre nos nossos corações e serão sempre lembrados como os maiores e os melhores presidentes que este país já teve.

Enquanto ao golpista Temer terá a sua própria companhia. Esse o seu ganho maior. Assim como todos seus comparsas como os amazonense Eduardo Braga e Omar Aziz. E os deputados  Artur Bisneto,  Hyssa Abraão, Conceição Sampaio, Átila Lins, o maior corrupto do Brasil, Pauderney Avelino, Alfredo Nascimento, Henrique Oliveira.

À Senadora Vanessa Grazziotin a eterna gratidão por sua luta incansável junto aos demais senadores legalistas e ao advogado José Cardozo Dutra.

Golpistas vocês não passarão, eu passarinho. A luta ainda nem começou! 

 

 

 

 

 

 

NÃO PODIA SER DIFERENTE: COM O GOLPE 4 ESTADOS CONVOCAM MANIFESTAÇÕES PARA HOJE CONTRA O ASSALTO À DEMOCRACIA

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         Concretizado o ato fascista, eufemisticamente chamado de golpe, comandado pelas forças antidemocraticamente anomálicas, o povo, representado pelos movimentos sociais, por onde a vida se manifesta, ao contrário dos fascistas onde a vida encontra-se obliterada expressada em seus caráteres-psicopatológicos-molares, fará algumas manifestações contra a concretização da força da miséria ontológica. A existência malograda expressada por 61 senadores, entre eles Omar Aziz e Eduardo Braga do Amazonas, estado onde a vida democrática parou há trinta anos.

       Como não poderia se diferente 4 estados já estão se manifestando contra a sordidez partidária que tomou conta do Congresso Nacional. Casa onde às outras aberrações antidemocráticas como as mídias, empresários, etc., se expressam com desenvoltura.

       – Em São Paulo: Concentração na Praça do Ciclista, na Avenida Paulista, e Museu de Arte de São Paulo.

        “Nossa bandeira é sempre será a luta por direitos de forma pacífica, se que dessa vez sairemos prontos para lutar por ela. Assim como muitos lutaram contra a ditadura dando até a própria vida.

         Nós vamos novamente ocupar as ruas de São Paulo para deixar bem claro: Governo golpista não vai ter sossego”, diz trecho da nota divulgada pela página “Lute pela Democracia”.

       – No Rio de Janeiro: Na Cinelândia. Manifestação comandada pela Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo.

        “Contra o golpe, Fora Temer, e Pela Democracia”, é o slogan da manifestação.

       – Em Rio Grande do Sul: Esquina Democrática.

       “A farsa que ocorre no Senado está cada vez mais clara: É golpe. E nossa resposta vem das ruas para gritar que vai ter luta e fora Temer. Não assistiremos calados a retirada de nossos direitos e de nossa democracia”, afirmou um dos participantes.

       – Em Curitiba: Praça 19 de Dezembro.

       “Os golpistas, os ricos e os conservadores querem que o povo leve a culpa da crise, mudando a aposentadoria, acabando com os direitos trabalhistas, privatizando e cortando saúde e educação, enquanto fortalecem a violência policial contra nós”, afirmou um dos manifestantes.

O GOLPE ESTÁ SE MATERIALIZANDO, MAS AINDA EXISTEM OUTROS DIAS – PARA O BEM DA DEMOCRACIA

Senadores Antonio Anastasia, Aécio Neves, Cássio Cunha Lima e os deputados Pauderney Avelino e Antônio Imbassahy.

Os psicopatas, os ladrões, as aberrações, os canalhas, canalhas, canalhas (Tancredo Neves) corruptos, entreguistas, aproveitadores, usurpadores, lambaios, lacaios, subservientes, facínoras, bandidos, sub raça, engodo, sujos, estúpidos, estão materializando mais um golpe de Estado no Brasil. 

Um golpe de Estado que nós denominamos de golpe de Estado jurídico-parlamentar-partidário-midiático.

O último golpe de Estado no nosso país aconteceu em 31 de março de 1964 e se propagou até 1985. Nesse período houveram prisões, torturas e muitas mortes. A presidenta foi presa e torturada. Muitos piraram, outros enlouqueceram e Frei Tito se suicidou. Mataram Marighela, Herzog, mataram a democracia.

O Congresso foi fechado. Cancelaram-se eleições diretas. E o regime ditatorial militar com apoio de muitos civis proibiram reuniões, sindicatos, livre manifestação do pensamento, exílio e simulação de suicídios.

Este golpe de Estado está sendo diferente em partes. Mas tem o apoio do parlamento, que é muito mais grave, porque os parlamentares foram eleitos pelo povo e neste momento o povo, o eleitor está sendo roubado. São os votos de 54,5 milhões de brasileiros e dos demais candidatos, principalmente do candidato derrotado, Aécio Cunha que foram às urnas para votar para um mandato de 4 anos e não de dois anos. O que o parlamento está fazendo é um assalto, é um roubo, mas nisso eles são especialistas.

Este golpe de Estado foi gestado a muito tempo. E foi colocado em prática porque os golpistas brasileiros e estrangeiros nunca aceitaram a vitória da presidenta Dilma Vana Rousseff. Nem na primeira eleição e nem no bi campeonato que ela goleou Aécio Cunha quando ele já comemorava antecipadamente a vitória e seus correligionários já fretavam helicópteros e jatinhos para se deslocarem para Belo Horizonte.

Pedro França: <p> Em destaque, senador Aécio Neves (PSDB-MG). Foto: Pedro França/Agência Senado</p>

Aécio, o candidato derrotado, como já escrevemos neste blog nunca superou essa derrota.  Vemos, ainda hoje no seu semblante o ódio, o rancor, a inveja, o ciúme de nunca ter subido a rampa do Palácio do Planalto, feito que Dilma Vana Rousseff fez duas vezes ovacionada pelo povo que a elegeu. E ele nunca subirá enquanto houver pessoas como Dilma, Lula e Ciro Gomes.

O candidato derrotado recorreu contra sua vitória suspeitando das urnas. Pediu recontagem de votos. Recorreu questionando os valores financeiros de sua campanha. O próprio STF julga as contas de Dilma e do interino golpista Michel Temer.

O ódio contra a presidenta foi pior porque uniu as duas casas legislativas. Senado e Câmara dos Deputados.

No parlamento não foi aprovado nenhum projeto, nenhuma lei para beneficiar a população e promover o desenvolvimento do país. As pautas eram constantemente obstruídas.

E os deputados e senadores atribuem todos os erros, mazelas, dificuldades, desempregos à presidente da República. Para eles o regozijo eram quando pior melhor porque eles construíam o caminho da exceção, o caminho da morte da democracia.

O outro arquiteto da morte da democracia que se avizinha foi o deputado Caraguenjo, biréu Eduardo Cunha. Gente da pior espécie. Ladrão, corrupto, sonegador de impostos, traficante de influências, portador de contas no exterior, financista de campanha de mais de 200 deputados com dinheiro público desviado de estatais e das grandes empreiteiras. Hoje réu no STF, prestes a ser cassado e preso pelos crimes que responde na Lava Jato.

Foi exatamente por isso que ele aceitou o processo do golpe. Quando os deputados do PT não aceitaram livrá-lo da Comissão de Ética da Câmara que lhe processaria, rancoroso, ressentido, aceitou o pedido do golpe da advogada Janaína Pascoal, Migue Reale Júnior e Hélio Bicudo que receberam a bagatela de R$ 45 mil tocos. 

O processo foi votado na Câmara dos Deputados no dia 17 de abril e depois, sem partes dos documentos originais, prosseguiu para o Senado, que hoje está sendo questionado e passível de anulação judicial, porque aquela casa não podia julgá-la faltando a documentação completa retirada pelo biréu.

A presidenta foi afastada quando o senado votou a admissibilidade e o interino golpista, Temer assumiu o governo. Quando este assume, pelas delações que tornaram-se públicas, percebeu-se que havia toda uma armação muito bem preparada para a consolidação do golpe.

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Vieram as delações de Sérgio Machado contra Romero Jucá, Renan Calheiros, José Sarney. Jucá, o super ministro do planejamento de Temer não resistiu e caiu. Caiu porque estava ali para parar a sangria da Lava Jato contra todos que vinham sendo delatados. Não sobraria um e a República desmoronaria e propunham a volta da Monarquia pelo visto, pois ontem levaram um Orleans Bragança para o plenário do Senado. Na época dos monarcas com o Partido Moderador a figura do rei dava mais seriedade à governança e a administração do reino.

O golpe se construiu sob uma farsa. E cada vez que se avança mais farsas são descobertas. “O senador Randolfe Rodrigues, publicamos hoje, no blog, da REDE-AP, diante do depoimento do ex-auditor Antônio Carlos D’Ávila percebeu o sutil signo da fraude cometida por ele e seu parceiro, o procurador Júlio Marcelo de Oliveira que pela manhã havia sido rebaixado pelo ministro Lewandowsky da condição de testemunha para a condição de informante por haver feito campanha contra Dilma para ajudar o candidato do PSDB.”

O golpe de Estado no Brasil para ser concretizado também tem todo um apoio das instituições jurídicas do país. PGR, STF principalmente.

São várias as delações onde aparece o nome de vários apolíticos de partidos como PSDB, PMDB, DEM, PP e ninguém é investigado, ninguém é preso.

As instituições jurídicas fazem parte do golpe.

Fazem parte porque são da mesma classe. Eles não são da classe trabalhadora.

O julgamento termina amanhã. O golpe solidificado caberá aos assessores da presidenta Dilma buscar as instituições legais como Ministério Público Federal, o Conselho Nacional de Justiça e organismos jurídicos internacionais.

Junto ao Supremo há pouca coisa a fazer. Para eles o golpe seguiu o rito. Foi presidido pelo presidente do STF. Por isso ele é um golpe normal.

Só não viram o mérito nem o conteúdo. Por isso sua fragilidade.

Não será normal quando o povo perceber que foi roubado. Quando perceber que foi enganado pela TV Globo, Jornal Folha de São Paulo, Revista Veja, Istoé, Época e suas similares a história será outra e ai vai feder cifre queimado e os ladrões vão pedir reza.

O senador Roberto Requião já fala em Guerra Civil. 

Leblon na Carta Maior se reporta à noite de São Bartolomeu.

Decisões devem ser tomadas. Nenhuma trégua aos golpistas. Escrachos, vaias, pois vai está escrito na testa teles: “Eu sou golpista, eu sou pedrador da democracia”.

 

SENADORES ENTRAM REPRESENTAÇÕES NO CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO E NO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL CONTRA OS FRAUDADORES DO DOCUMENTO GOLPE: D’ÁVILA, EX-AUDITOR, E PROCURADOR MARCELO

 

Muito simples. Simplíssimo.

     Na noite do dia 26, no Senado, quando a maioria dos senadores tinha se retirado, o ilustre, corajoso e engajado senador Randolfe Rodrigues fez a maior descoberta da trama do golpe. Na verdade, onde ele nasceu burocraticamente. Antes do biréu Cunha e das Janaínas. Fato já apresentado por esse blog.

      O senador denodado, diante do depoimento do ex-auditor Antônio Carlos D’Ávila percebeu o sutil signo da fraude cometida por ele e seu parceiro, o procurador Júlio Marcelo de Oliveira que pela manhã havia sido rebaixado pelo ministro Lewandowsky da condição de testemunha para a condição de informante por haver feito campanha contra Dilma para ajudar o candidato do PSDB.

       O senador insigne constatou que D’Ávila confessara que havia participado na elaboração do documento que iria ser usado como elemento do golpe juntamente com o procurador Marcelo. Ele ajudou Marcelo a elabora o início do golpe. Uma aberração burocrática-jurídica já que ele como auditor não poderia participara da tal elaboração do documento.

      Mas não fica por aí. D’Ávila redigiu o documento e ainda fez com ele fosse para seu setor no Tribunal de Contas da União (TCU) onde ele trabalhava para ele mesmo assinar o parecer. Como realmente ocorreu. A partir daí começou a grotesca exibição da trama do golpe. Crime explícito. Que em uma democracia onde as instituições funcionam em seus corpus normais, e não servindo de apoio às psicopatologias, o golpe já teria sido extinguido.

      Agora, o senador probo, junto com mais outros senadores, entrou com duas representações uma no Conselho Nacional de Ministério Público, e, outra, no Ministério Público Federal contra os dois fraudadores para que os mesmos sejam “investigados por prevaricação, falso testemunhos, deslealdade às instituições, violação do dever de imparcialidade e de deveres funcionais inerentes ao cargo relativo a essas testemunhas”.

    “No caso específico do sr. D’Ávila, ficou patente na contradição em relação à minha pergunta no que ele respondeu depois junto ao advogado de defesa, Eduardo Cardozo, que ele praticou o crime de falso testemunho.

      Para o processo do impeachment, isso significa que o argumento pró-impeachment se sustenta em duas testemunhas: a primeira já foi desqualificada, e perdeu a condição de testemunha para informante; a segunda foi pega em flagrante no crime de falso testemunho. Então, não há de  se falar mais de legitimidade das duas testemunhas”, analisou o honrado senador.

ATENÇÃO! HOJE É DIA DE SESSÃO ESPECIAL DAS PERSONALIDADES PSICOPATAS NO SENADO, ONDE DESFILARÃO A USÊNCIA DE CONSCIÊNCIA MORAL DIRIGIDA AO PODER COMO GOLPE

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           A personalidade psicopática apresenta alguns sintomas claros, mas que dependendo de quem se relacionam com ela não os observa, porque a pessoa desse relacionamento também, como vítima, quer receber dela atenção. Mesmo sendo uma atenção calculista. A repetitiva condição de todo psicopata, visto que ele não muda na busca de seus interesses pessoais.

       A personalidade psicopática tem como sintomas principais comportamentos impulsivos, violentos, mentirosos, calculista, ausência de sentimentos claros, afetos simpáticos e empáticos, fingimento, inadaptação social, sedução, superficialidade, ódio, ausência de consciência moral, busca desenfreada pelo poder, narcisismo exacerbado, ódio. Os sintomas se manifestam de acordo como o objetivo do psicopata. Por exemplo, se ele encontra-se diante de uma pessoa e quer dominá-la ele pode fingir-se social, educado, acolhedor. Mas se ele já dominou sua vítima, ele lhe impõe sofrimentos sejam da ordem psicológica e corporal. Contanto que sinta prazer em observar a vítima sofrendo.

          Um seguimento da psiquiatria mostra que o psicopata não é resultado de suas vivências infantis no seio de sua família, escola, vizinhos, mas que é resultado de uma anomalia no córtex orbitofrontal que impede que as emoções de desloquem para áreas das emoções. Anomalia que vem de nascimento. Porém, outro seguimento tende a acreditar que personalidade psicopática é produzida pelas violências sofridas pela criança.

        O psicopata, quando segue uma profissão, ele escolhe aquela em que ele se sente mais protegido e em condições de fazer uso de sua patologia. Alguns psicopatas procuram profissões onde eles podem fazer uso de três sintomas clássicos. Como hoje é dia a-histórico no Brasil, quando alguns parlamentares dotados de personalidades psicopáticas, de acordo com a psiquiatria, vão se expressar contra a democracia, escolhemos um exemplo do uso de três sintomas que foram responsáveis por esse quadro que o Brasil assiste.  

       Muitos dos senadores golpistas para chegarem ao poder partidário no Congresso Nacional, e lá permanecem, recorreram a três sintomas. Fingimento, para o eleitor acreditar que eram democratas; mentira para que o eleitor acreditasse que ele se preocuparia com as políticas sociais, e, no poder como golpistas, usar sua consciência sem qualquer sentido moral. Para eles não importa que Dilma não tenha cometido qualquer crime. O que eles querem é manter-se no poder, já que, como psicopatas, eles não podem avaliar o que é mentir.

      Por isso, para quem estuda psicologia, psicanálise, psiquiatria ou mesmo quem não estuda essas ciências, mas gosta de conhecer os comportamentos psicopatológicos, hoje é um dia indicado para observar essa sessão especial de desfile de personalidades psicopáticas explícitas. Pode-se até escolher quem se encontra, no momento da votação, com sua personalidade psicopática profundamente exultante, já que o psicopata no momento de sua prática ele é acometido por forças de inebriamento como se tivesse deslocado no espaço e tempo. Sua fala é claramente distante do real servindo só ao seu propósito psicopatológico. Não confundir com delírio.

       Uma observação. A psiquiatria afirma que os psicopatas clássicos têm inteligência fora da média. O que não é o caso dos psicopatas parlamentares. Esses são um caso especial que difere do conceito da psiquiatria ortodoxa. Esses parlamentares, pelo contrário, são psicopatas epistemologicamente abaixo da média.

       Boa sessão!

 

É HOJE!

Dilma Rousseff, Ricardo Lewandowski, Renan Calheiros e Jorge Viana.

Ou amanhã que o Brasil vai seguir como um país onde sua democracia está como produção coletiva, criadora ou cairemos no mais profundo obscurantismo que poderá transformar-se numa ditadura como a de 1964-1985.

A Polícia Militar de São Paulo vem demonstrando truculência própria de período de exceção.

Mas, estamos alegres, contentes porque a presidenta da República Federativa do Brasil, Dilma Vanna Rousseff, eleita com mais de 54,5 milhões de votos foi ao Senado Federal e com altivez, magnânima apresentou em 45 minutos de pronunciamento uma radiografia de seu governo e da construção do golpe orquestrado contra seu governo popular e contra a Democracia brasileira. Sua presença no Senado passou das 14 horas.

Dilma falou e respondeu a todos os 48 senadores inscritos. Foi firme com o candidato derrotado Aécio Cunha e com todos os golpistas. Respeitosa com todos. Recebeu carinho e manifestação de apreço dos seus e o reconhecimento de vários senadores contrários ao seu governo.

A defesa da presidenta foi convincente. Os senadores a ouviram e muitos que ainda permaneciam indecisos hoje poderão mudar seus votos. Ninguém pode cantar vitória. Como dizia Vicente Mateus, ex-presidente do Timão, “o jogo só termina quando acaba.”

É hoje, que os brasileiros verão se o Brasil tomará novos rumos ou seguirá por dias difíceis ou tortuosos. Caso o golpe seja aprovado. A vida será dura para a classe trabalhadora. A quadrilha que se apossou do Palácio Jaburu não tem escrúpulos.

Acabar com o Brasil Alfabetizado, impor 20 anos sem política de valorização do funcionalismo federal, estabelecer o fim do Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, Mais Médicos, Luz para Todos, fim do Fies, Prouni, Aposentadoria para os homens a partir dos 70, fim do 13º salário, das férias, partilha do pré-sal, privatização de grandes empresas estatais, não criar Universidades e Institutos Federais de Educação são propostas desses golpista que tem em Serra do PSDB do candidato derrotado Aécio Cunha o Chanceler do entreguismo da riqueza de nosso país para o capital internacional.

É hoje que nós temos que nos posicionar firmemente contra o que está acontecendo no nosso país. Temos que defender nossa República e nossa Democracia. Do nosso lado estão pessoas inteligentes, comprometidas e preocupadas com os destinos que o país vai adotar a partir de hoje. Fazemos aqui menção às personalidades ilustres que a presidenta levou como convidados e convidadas ao Senado. Luís Inácio Lula da Silva, Chico Buarque de Holanda, Boulos dentre outros. Do outro lado Katiguiri e a representação reacionária do império, um Orleans Bragança. Só por essas representações vemos como a situação na República é diferente e destoante.

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É hoje um dia muito importante. É um dia de muito diálogo. E nós temos na pessoa do presidente amado do povo Brasileiro, Luis Inácio Lula da Silva, da própria presidenta, de seus ministros grandes articuladores que conversarão com senadores que acenaram indecisão para votarem contra o golpe e possibilitar mudanças na vida política do país. E essa mudança começa com uma grande consulta popular – o Plebiscito para que o povo decida sobre o destino do país e este não seja entregue a um usurpador sem voto que chega ao palácio pelas portas do fundo.

Estamos nos acostumando à Democracia. Não venha a amargura apagar o Luz para Todos de hoje. Se isto acontecer o povo vai se fortalecer e milhares de estrelas, de rosas vão se juntar e vão reclamar junto aos organismo judiciais nacionais e internacionais, reformas e eleições diretas já. 

É hoje! 

 

ENQUANTO, NO SENADO, DILMA DISSIPAVA A ESTUPIDEZ E IMORALIDADE DOS GOLPISTAS, EM MANAUS MANIFESTANTES PROTESTAVAM CONTRA O GOLPE EM DEFESA DA DEMOCRACIA

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Vejam as fotos produzidas pelos membros da Associação Filosofia Itinerante (Afin).

P1000645 P1000646 P1000648 P1000649 P1000650 P1000651 P1000653Movimentos sociais, representantes dos negros, índios, LGBT, FUP, CUT, CTB, AFIN, Movimentos pela Moradia, UNE, MST, atores, poetas, entre outras entidades, além do candidato a prefeito pela coligação PT/PCdoB, José Ricardo, e candidatos ao cargo de vereador, se reuniram na Praça São Sebastião, centro de Manaus, para protestarem contra o golpe e defender o Estado de Direito Democrático. A manifestação em Manaus foi somente uma das muitas ocorridas em outras partes do Brasil. Como em São Paulo que polícia de Alckmin novamente violentou manifestantes que bradavam Fora Temer!

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ALGUNS SENADORES PODEM MUDAR SEUS VOTOS. LULA ARTICULA AS MUDANÇAS

 

Convidados de Dilma

Nova matéria da jornalista da Rede Brasil Atual, Hylda Cavalcanti, mostra que as articulações comandadas por Lula podem levar senadores aderirem a tese contra o golpe.

    Brasília – Apesar do burburinho com a presença de Chico Buarque no Senado, durante o início dos trabalhos de hoje (29) assistindo à defesa da Dilma Rousseff, o assunto mais comentado dos bastidores do Congresso, nesta segunda-feira (29), tem sido mesmo a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. E a possibilidade de mudanças de votos com as articulações capitaneadas nos últimos dias por Lula e pelo ex-ministro da Casa Civil Jaques Wagner.

Fazem parte da lista dos que podem mudar de posição, ou deixar de aparecer para votar, os senadores Jáder Barbalho (PMDB-PA) e Wellington Fagundes (PR-MT) – ambos por motivo de doença. Mas podem mudar de voto contra ou favorável ao impeachment Fernando Collor (PTB-AL), João Alberto de Souza (PMDB-MA), Edison Lobão (PMDB-MA), Roberto Rocha (PSB-MA) e Telmário Motta (PDT-RR). E há, ainda, a expectativa de que se isente de participar da votação o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

As possíveis mudanças não são exatamente favoráveis nem para os defensores da presidenta afastada Dilma Rousseff nem para a base aliada do governo provisório de Michel Temer. Mas deixam no ar um clima de confronto e de busca de alianças de última hora, que têm em Lula um dos seus principais protagonistas.

No total, as especulações dão conta de que entre 11 e 15 senadores estariam sendo alvo de contatos pelos parlamentares peemedebistas de um lado e parlamentares da base de apoio à presidenta afastada do outro. Não que, necessariamente, estejam indecisos em relação aos seus votos, mas pela possibilidade de, em função de fatores externos ou diferenças políticas observadas em seus estados, mudarem de posição no derradeiro instante.

Além dos nomes citados, são ainda mencionados Benedito de Lira (PP-AL), Davi Alcolumbre (DEM-AP), Eduardo Braga (PMDB-AM), Hélio José (PMDB-DF), Romário (PSB-RJ), Sérgio Petecão (PSD-AC) e Wilder Morais (PP-GO).

Casos de doença

Por parte de Jáder Barbalho as informações são de que, doente, tendo sido internado por três vezes nos últimos três meses, o senador, que faltou no sábado e hoje à sessão, pode ter dificuldades para estar em Brasília e votar o processo de impeachment. O filho de Barbalho, Hélder Barbalho, foi ministro dos Portos do governo Dilma, mas o apoio da família ao presidente interino Michel Temer é dado como certo e ponto já superado, conforme disseram esta manhã colegas do mesmo estado, o Pará.

Helder Barbalho é o atual ministro da Integração Nacional do presidente provisório e já tinha sido dada como certa a votação do pai pelo impeachment – que na primeira votação, em maio, também não participou alegando os mesmos motivos de saúde (argumento que terminou sendo questionado, na ocasião, por peemedebistas). “Ele está mesmo, tendo complicações, mas fará tudo para estar aqui amanhã”, afirmou um assessor.

Já no caso de Wellington Fagundes, o acaso pegou o senador e seus aliados num grande susto. Fagundes saiu do Senado seguindo forte dores, no último sábado, e foi direto para o Hospital de Base de Brasília. Foi diagnosticado que tem um quadro de diverticulite, motivo pelo qual ele ficou hospitalizado até hoje. De acordo com boletim médico divulgado por sua assessoria, apesar de estar em tratamento, ele deve ir para casa no início da noite. E amanhã participará da votação, “nem que chegue apenas na hora de votar”, conforme disse um assessor parlamentar.

Incômodo de Collor

Fernando Collor, que se não tivesse renunciado à presidência da República em 1992, teria sido o primeiro presidente brasileiro a sofrer impeachment, até agora se manifestou favorável ao afastamento de Dilma Rousseff. Collor, no entanto, suscitou dúvidas e interpretações diversas pelo fato de ter ido até o Palácio da Alvorada, sexta-feira, para uma longa conversa com a presidente afastada – que durou quase três horas. O parlamentar chegou ao Senado sem comentar sobre o encontro e posando em tom impávido, diante dos olhares de comparação entre o seu caso e o de agora.

Mas não conseguiu esconder o desconforto com os olhares para o seu lado quando Dilma Rousseff, mesmo sem se dirigir diretamente a ele, disse que não é “nem traidora, nem covarde”. E depois, quando ao comentar vários pedidos para renunciar, a presidenta afastada reiterou que jamais cometeria este gesto, culminando com uma frase: “Sou defensora veemente do Estado democrático de direito”.

Conversas divulgadas por senadores de vários partidos ao longo do dia, nos corredores, principalmente no chamado “Túnel do Tempo”, localizado entre o plenário do Senado e os gabinetes, também foram de que, no final de semana, Lula tratou de conversar com representantes de deputados e senadores da bancada do Maranhão.

Segundo pessoas próximas ao ex-presidente, são fortes as possibilidades de três senadores daquele estado – João Alberto de Souza, Edison Lobão e Roberto Rocha – mudarem de voto e passarem a se manifestar contrários ao impeachment. No caso de Souza, seria sua segunda mudança: no início, ele se posicionou contrário ao impeachment. Na segunda votação, fico favorável ao processo.

Tabuleiro ainda incompleto

Também tem sido questionada a possibilidade do senador Telmário Mota se posicionar, mas de forma oposta. Mota sempre foi contrário ao impeachment, mas passou as últimas duas semanas queixoso, reclamando que, enquanto ficava no Senado defendendo Dilma Rousseff, o PT estaria apoiando candidatos adversários aos seus, na eleições municipais em Roraima. Mota chegou a ser chamado para uma conversa com ministros do governo interino de Michel Temer no Palácio do Planalto, na última quarta-feira, mas tem se mantido calado sobre o tema.

Conforme contaram alguns pedetistas, o ruído estaria sendo contornado com a colaboração do grupo contrário ao afastamento da presidenta. Em especial, o senador João Capiberibe (PSB-AP), que além ter conseguido demover o amigo a mudar de posição também estaria tentando ter últimas conversas com integrantes da sua legenda.

“Isso aqui é um tabuleiro que se mexe a cada instante. Não dá para dizer que os acertos estão todos definidos”, afirmou mais uma vez o senador Lindbergh Farias (PT-RJ). Em reservado, os senadores do PT, PCdo B, PDT e Rede dizem que vão conseguir mudar pelo menos quatro votos em favor da presidenta Dilma. Mas peemedebistas e integrantes do PSDB, como Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) contestam. E dizem que, mesmo se não conseguirem os 61 votos que davam como certo até poucos dias atrás, não veem como o impeachment ser revertido.

No caso de Renan Calheiros, o senador tem dito a todos que está adotando uma “postura republicana”. Depois da discussão que teve com a colega Gleisi Hoffmann, Calheiros jantou posteriormente com Lindbergh Farias (PT-RJ) e Tião Viana para amenizar qualquer ambiente hostil. E recebeu hoje Dilma Rousseff no seu gabinete. Mas não deu declarações nem se vai usar ou não a prerrogativa que tem – como presidente do Congresso Nacional – de se abster de votar.

“DILMA REORGANIZA O CAMPO PARA A RESISTÊNCIA”, AFIRMAM CIENTISTAS POLÍTICOS E JURISTA

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      Em matéria de Eduardo Maretti, jornalista da Rede Brasil Atual, os cientistas políticos Victor Marchetti e Maria do Socorro Braga, e o juristas Dalmo Dallari, Dilma está dando o tom claro em seu pronunciamento que mostra a reorganização do campo da resistência.

          São Paulo – Diferentemente do senador Álvaro Dias (PV-PR), que, em entrevista, afirmou que o discurso de Dilma Rousseff no Senado foi “bom em retórica”, analistas ouvidos pela RBA consideraram o pronunciamento na manhã de hoje politicamente eficiente.  “Eu temia que ela fosse para argumentos muito técnicos, mas ela deu um tom político claro à fala. Deu a base da estrutura do processo de impeachment e marcou uma posição importante. Não foi tímido, foi um discurso quente, que se posicionou, teve lado, e não tentou ir para uma linha tecnicista”, diz o cientista político Vitor Marchetti, da Universidade Federal do ABC (UFABC).

“Havia quem colocasse em dúvida se ela usaria ou não da palavra ‘golpe’, e ela foi contundente ao usar a expressão, ao marcar território. Me parece também que o discurso construiu uma maneira de resistência”, avalia. Nesse sentido, o analista entende que Dilma “não se restringiu à votação” do processo em si. “Acho que ela olhou mais para o que vem pela frente do que o que está para trás. Mais tentando construir o argumento reforçando a tese de que se trata de um golpe parlamentar e reorganizar o campo para a resistência. Foi um discurso consistente nessa direção.”

Para a professora Maria do Socorro Sousa Braga, da Universidade Federal de São Caros, Dilma “foi bastante dura em relação a uma resposta geral ao processo de impeachment”. “Foi dura, embora não tenha dado nomes às pessoas que estão organizando o processo. Havia setores que gostariam que ela tivesse mencionado nomes. Nesse sentido, ela foi elegante, porque poderia ter citado nomes.”

Ela acrescenta que, apesar de o julgamento ser político, embora seja também uma peça jurídica, em função das circunstâncias de o processo estar extremamente politizado e partidarizado, não tinha como Dilma não usar o termo golpe. “Ela tinha que fazer isso mesmo, denunciar o que está em jogo.”

Na opinião de Marchetti, a presidenta se posicionou corretamente ao não mencionar nomes no discurso, o que pode vir a fazer durante os debates. “Imagino que ela tenha guardado munição. Mas no discurso, na minha opinião, fulanizar talvez não fosse interessante.”

Para o jurista Dalmo Dallari, a fala foi “excelente pela linguagem e pela fundamentação”, além de ter sido eficiente tecnicamente ao desmentir as acusações sobre os decretos de crédito suplementar e “pedaladas”, que configurariam crimes de responsabilidade, segundo a acusação.

“Achei muito bom, objetivo e com linguagem equilibrada, bem articulada e muito boa a fundamentação. Não agrediu, foi serena, discreta e destacou os pontos essenciais. Deixou muito claro que não houve crime de responsabilidade e portanto não há fundamento jurídico para o impeachment”, diz Dallari.

Na opinião de Dallari, a presidenta analisou com precisão os atos administrativos indicados como sendo a base jurídica do impeachment e mostrou que não têm a ver com crime. “Uma coisa para a qual está bem preparada, porque é economista. Ela deixou mais do que evidente que não há o mínimo fundamento jurídico. Que nenhum ato nem de longe se qualifica como crime de responsabilidade. Gostei também pela serenidade e objetividade.”

Marchetti observa que, ironicamente, na reta final do processo de impeachment, “as panelas emudeceram”, ao contrário de todas as outras vezes em que Dilma fez discursos televisionados pelos meios de comunicação nos últimos tempos. “Hoje, curiosamente, elas emudeceram. Justo no clímax de seus desejos recolheram as panelas?”, escreveu, em sua página no Facebook. “O que poderia ter acontecido? Caiu a ficha? Vergonha do caminho que trilharam para o país?”

Ele explica à reportagem que não acredita em arrependimento. “Eu não aposto na tese de que estão envergonhados, arrependidos. Talvez haja por parte dessas pessoas uma percepção de que cumpriram seu papel de tirar a Dilma e o PT do governo, e ponto.”

Maria do Socorro acrescenta que, “aparentemente”, o processo estaria resolvido, já que se trata de um julgamento político, e o momento é de tristeza. “Não se poderia esperar esse desfecho. É uma grande decepção em relação a tudo o que a gente  construiu em termos de democracia. Não sabemos como será o dia seguinte. É muito triste o que a gente está acompanhando.”

 

“UM DISCURSO PARA A HISTÓRIA”, ESCREVE O JORNALISTA BRENO ALTMAN, DO ÓPERA MUNDI

 

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A presidente Dilma Rousseff não falou apenas como uma governante ameaçada por um golpe de Estado, mas como combatente pela democracia e pela justiça.

Seu discurso foi limpido e emocionante. Acusou seus acusadores. Desmascarou seus interesses. Expôs suas manobras e falsidades. Apontou o caráter de classe do golpismo.

Declarou sua inocência com altivez e dignidade. Portou-se, perante as ratazanas do Senado, com a mesma firmeza de mirada com a qual, há mais de quarenta anos, enfrentou seus algozes em um tribunal militar.

A presidente pode ter cometido erros em seu mandato, muitas vezes frustrando e desanimando as forças populares. Mas é inquestionável sua retidão de caráter, sua valentia e seu compromisso com o povo brasileiro.

Suas palavras de hoje entrarão para a história, qualquer que seja o resultado do processo de impeachment. Alentarão um novo governo, caso a democracia seja vitoriosa, ou impulsionarão a resistência das ruas.

Dilma Rousseff, de toda forma, fez o que tinha de ser feito: encarou os inimigos da pátria com a mesma determinação e coragem de quando teve que enfrenta-los sob tortura e prisão.

Fora Temer!

Viva Dilma Rousseff, presidente legitima do povo brasileiro!

 

LEIA O DISCURSO DA PRESIDENTA ELEITA DILMA VANA ROUSSEF

discsenado

Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski

Excelentíssimo Senhor Presidente do Senado Federal Renan Calheiros,

Excelentíssimas Senhoras Senadoras e Excelentíssimos Senhores Senadores,

Cidadãs e Cidadãos de meu amado Brasil,

No dia 1o de janeiro de 2015 assumi meu segundo mandato à Presidência da República Federativa do Brasil. Fui eleita por mais 54 milhões de votos.

Na minha posse, assumi o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição, bem como o de observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil.

Ao exercer a Presidência da República respeitei fielmente o compromisso que assumi perante a nação e aos que me elegeram. E me orgulho disso. Sempre acreditei na democracia e no Estado de direito, e sempre vi na Constituição de 1988 uma das grandes conquistas do nosso povo.

Jamais atentaria contra o que acredito ou praticaria atos contrários aos interesses daqueles que me elegeram.

Nesta jornada para me defender do impeachment me aproximei mais do povo, tive oportunidade de ouvir seu reconhecimento, de receber seu carinho. Ouvi também críticas duras ao meu governo, a erros que foram cometidos e a medidas e políticas que não foram adotadas. Acolho essas críticas com humildade.

Até porque, como todos, tenho defeitos e cometo erros.

Entre os meus defeitos não está a deslealdade e a covardia. Não traio os compromissos que assumo, os princípios que defendo ou os que lutam ao meu lado. Na luta contra a ditadura, recebi no meu corpo as marcas da tortura. Amarguei por anos o sofrimento da prisão. Vi companheiros e companheiras sendo violentados, e até assassinados.

Na época, eu era muito jovem. Tinha muito a esperar da vida. Tinha medo da morte, das sequelas da tortura no meu corpo e na minha alma. Mas não cedi. Resisti. Resisti à tempestade de terror que começava a me engolir, na escuridão dos tempos amargos em que o país vivia. Não mudei de lado. Apesar de receber o peso da injustiça nos meus ombros, continuei lutando pela democracia.

Dediquei todos esses anos da minha vida à luta por uma sociedade sem ódios e intolerância. Lutei por uma sociedade livre de preconceitos e de discriminações. Lutei por uma sociedade onde não houvesse miséria ou excluídos. Lutei por um Brasil soberano, mais igual e onde houvesse justiça.

Disso tenho orgulho. Quem acredita, luta.

Aos quase setenta anos de idade, não seria agora, após ser mãe e avó, que abdicaria dos princípios que sempre me guiaram.

Exercendo a Presidência da República tenho honrado o compromisso com o meu país, com a Democracia, com o Estado de Direito. Tenho sido intransigente na defesa da honestidade na gestão da coisa pública.

Por isso, diante das acusações que contra mim são dirigidas neste processo, não posso deixar de sentir, na boca, novamente, o gosto áspero e amargo da injustiça e do arbítrio.

E por isso, como no passado, resisto.

Não esperem de mim o obsequioso silêncio dos covardes. No passado, com as armas, e hoje, com a retórica jurídica, pretendem novamente atentar contra a democracia e contra o Estado do Direito.

Se alguns rasgam o seu passado e negociam as benesses do presente, que respondam perante a sua consciência e perante a história pelos atos que praticam. A mim cabe lamentar pelo que foram e pelo que se tornaram.

E resistir. Resistir sempre. Resistir para acordar as consciências ainda adormecidas para que, juntos, finquemos o pé no terreno que está do lado certo da história, mesmo que o chão trema e ameace de novo nos engolir.

Não luto pelo meu mandato por vaidade ou por apego ao poder, como é próprio dos que não tem caráter, princípios ou utopias a conquistar. Luto pela democracia, pela verdade e pela justiça. Luto pelo povo do meu País, pelo seu bem-estar.

Muitos hoje me perguntam de onde vem a minha energia para prosseguir. Vem do que acredito. Posso olhar para trás e ver tudo o que fizemos. Olhar para a frente e ver tudo o que ainda precisamos e podemos fazer. O mais importante é que posso olhar para mim mesma e ver a face de alguém que, mesmo marcada pelo tempo, tem forças para defender suas ideias e seus direitos.

Sei que, em breve, e mais uma vez na vida, serei julgada. E é por ter a minha consciência absolutamente tranquila em relação ao que fiz, no exercício da Presidência da República que venho pessoalmente à presença dos que me julgarão. Venho para olhar diretamente nos olhos de Vossas Excelências, e dizer, com a serenidade dos que nada tem a esconder que não cometi nenhum crime de responsabilidade. Não cometi os crimes dos quais sou acusada injusta e arbitrariamente.

Hoje o Brasil, o mundo e a história nos observam e aguardam o desfecho deste processo de impeachment.

No passado da América Latina e do Brasil, sempre que interesses de setores da elite econômica e política foram feridos pelas urnas, e não existiam razões jurídicas para uma destituição legítima, conspirações eram tramadas resultando em golpes de estado.

O Presidente Getúlio Vargas, que nos legou a CLT e a defesa do patrimônio nacional, sofreu uma implacável perseguição; a hedionda trama orquestrada pela chamada “República do Galeão, que o levou ao suicídio.

O Presidente Juscelino Kubitscheck, que contruiu essa cidade, foi vítima de constantes e fracassadas tentativas de golpe, como ocorreu no episódio de Aragarças.

O presidente João Goulart, defensor da democracia, dos direitos dos trabalhadores e das Reformas de Base, superou o golpe do parlamentarismo mas foi deposto e instaurou-se a ditadura militar, em 1964. Durante 20 anos, vivemos o silêncio imposto pelo arbítrio e a democracia foi varrida de nosso País. Milhões de brasileiros lutaram e reconquistaram o direito a eleições diretas.

Hoje, mais uma vez, ao serem contrariados e feridos nas urnas os interesses de setores da elite econômica e política nos vemos diante do risco de uma ruptura democrática. Os padrões políticos dominantes no mundo repelem a violência explícita. Agora, a ruptura democrática se dá por meio da violência moral e de pretextos constitucionais para que se empreste aparência de legitimidade ao governo que assume sem o amparo das urnas. Invoca-se a Constituição para que o mundo das aparências encubra hipocritamente o mundo dos fatos.

As provas produzidas deixam claro e inconteste que as acusações contra mim dirigidas são meros pretextos, embasados por uma frágil retórica jurídica.

Nos últimos dias, novos fatos evidenciaram outro aspecto da trama que caracteriza este processo de impeachment. O autor da representação junto ao Tribunal de Contas da União que motivou as acusações discutidas nesse processo, foi reconhecido como suspeito pelo Presidente do Supremo Tribunal Federal. Soube-se ainda, pelo depoimento do auditor responsável pelo parecer técnico, que ele havia ajudado a elaborar a própria representação que auditou. Fica claro o vício da parcialidade, a trama, na construção das teses por eles defendidas.

São pretextos, apenas pretextos, para derrubar, por meio de um processo de impeachment sem crime de responsabilidade, um governo legítimo, escolhido em eleição direta com a participação de 110 milhões de brasileiros e brasileiras. O governo de uma mulher que ousou ganhar duas eleições presidenciais consecutivas.

São pretextos para viabilizar um golpe na Constituição. Um golpe que, se consumado, resultará na eleição indireta de um governo usurpador.

A eleição indireta de um governo que, já na sua interinidade, não tem mulheres comandando seus ministérios, quando o povo, nas urnas, escolheu uma mulher para comandar o país. Um governo que dispensa os negros na sua composição ministerial e já revelou um profundo desprezo pelo programa escolhido pelo povo em 2014.

Fui eleita presidenta por 54 milhões e meio de votos para cumprir um programa cuja síntese está gravada nas palavras “nenhum direito a menos”.

O que está em jogo no processo de impeachment não é apenas o meu mandato. O que está em jogo é o respeito às urnas, à vontade soberana do povo brasileiro e à Constituição.

O que está em jogo são as conquistas dos últimos 13 anos: os ganhos da população, das pessoas mais pobres e da classe média; a proteção às crianças; os jovens chegando às universidades e às escolas técnicas; a valorização do salário mínimo; os médicos atendendo a população; a realização do sonho da casa própria.

O que está em jogo é o investimento em obras para garantir a convivência com a seca no semiárido, é a conclusão do sonhado e esperado projeto de integração do São Francisco. O que está em jogo é, também, a grande descoberta do Brasil, o pré-sal. O que está em jogo é a inserção soberana de nosso País no cenário internacional, pautada pela ética e pela busca de interesses comuns.

O que está em jogo é a auto-estima dos brasileiros e brasileiras, que resistiram aos ataques dos pessimistas de plantão à capacidade do País de realizar, com sucesso, a Copa do Mundo e as Olimpíadas e Paraolimpíadas.

O que está em jogo é a conquista da estabilidade, que busca o equilíbrio fiscal mas não abre mão de programas sociais para a nossa população.

O que está em jogo é o futuro do País, a oportunidade e a esperança de avançar sempre mais.

Senhoras e senhores senadores,

No presidencialismo previsto em nossa Constituição, não basta a eventual perda de maioria parlamentar para afastar um Presidente. Há que se configurar crime de responsabilidade. E está claro que não houve tal crime.

Não é legítimo, como querem os meus acusadores, afastar o chefe de Estado e de governo pelo “conjunto da obra”. Quem afasta o Presidente pelo “conjunto da obra” é o povo e, só o povo, nas eleições. E nas eleições o programa de governo vencedor não foi este agora ensaiado e desenhado pelo Governo interino e defendido pelos meus acusadores.

O que pretende o governo interino, se transmudado em efetivo, é um verdadeiro ataque às conquistas dos últimos anos.

Desvincular o piso das aposentadorias e pensões do salário mínimo será a destruição do maior instrumento de distribuição de renda do país, que é a Previdência Social. O resultado será mais pobreza, mais mortalidade infantil e a decadência dos pequenos municípios.

A revisão dos direitos e garantias sociais previstos na CLT e a proibição do saque do FGTS na demissão do trabalhador são ameaças que pairam sobre a população brasileira caso prospere o impeachment sem crime de responsabilidade.

Conquistas importantes para as mulheres, os negros e as populações LGBT estarão comprometidas pela submissão a princípios ultraconservadores.

O nosso patrimônio estará em questão, com os recursos do pré-sal, as riquezas naturais e minerárias sendo privatizadas.

A ameaça mais assustadora desse processo de impeachment sem crime de responsabilidade é congelar por inacreditáveis 20 anos todas as despesas com saúde, educação, saneamento, habitação. É impedir que, por 20 anos, mais crianças e jovens tenham acesso às escolas; que, por 20 anos, as pessoas possam ter melhor atendimento à saúde; que, por 20 anos, as famílias possam sonhar com casa própria.

Senhor Presidente Ricardo Lewandowski, Sras. e Srs. Senadores,

A verdade é que o resultado eleitoral de 2014 foi um rude golpe em setores da elite conservadora brasileira.

Desde a proclamação dos resultados eleitorais, os partidos que apoiavam o candidato derrotado nas eleições fizeram de tudo para impedir a minha posse e a estabilidade do meu governo. Disseram que as eleições haviam sido fraudadas, pediram auditoria nas urnas, impugnaram minhas contas eleitorais, e após a minha posse, buscaram de forma desmedida quaisquer fatos que pudessem justificar retoricamente um processo de impeachment.

Como é próprio das elites conservadoras e autoritárias, não viam na vontade do povo o elemento legitimador de um governo. Queriam o poder a qualquer preço.

Tudo fizeram para desestabilizar a mim e ao meu governo.

Só é possível compreender a gravidade da crise que assola o Brasil desde 2015, levando-se em consideração a instabilidade política aguda que, desde a minha reeleição, tem caracterizado o ambiente em que ocorrem o investimento e a produção de bens e serviços.

Não se procurou discutir e aprovar uma melhor proposta para o País. O que se pretendeu permanentemente foi a afirmação do “quanto pior melhor”, na busca obsessiva de se desgastar o governo, pouco importando os resultados danosos desta questionável ação política para toda a população.

A possibilidade de impeachment tornou-se assunto central da pauta política e jornalística apenas dois meses após minha reeleição, apesar da evidente improcedência dos motivos para justificar esse movimento radical.

Nesse ambiente de turbulências e incertezas, o risco político permanente provocado pelo ativismo de parcela considerável da oposição acabou sendo um elemento central para a retração do investimento e para o aprofundamento da crise econômica.

Deve ser também ressaltado que a busca do reequilíbrio fiscal, desde 2015, encontrou uma forte resistência na Câmara dos Deputados, à época presidida pelo Deputado Eduardo Cunha. Os projetos enviados pelo governo foram rejeitados, parcial ou integralmente. Pautas bombas foram apresentadas e algumas aprovadas.

As comissões permanentes da Câmara, em 2016, só funcionaram a partir do dia 5 de maio, ou seja, uma semana antes da aceitação do processo de impeachment pela Comissão do Senado Federal. Os Srs. e as Sras. Senadores sabem que o funcionamento dessas Comissões era e é absolutamente indispensável para a aprovação de matérias que interferem no cenário fiscal e encaminhar a saída da crise.

Foi criado assim o desejado ambiente de instabilidade política, propício a abertura do processo de impeachment sem crime de responsabilidade.

Sem essas ações, o Brasil certamente estaria hoje em outra situação política, econômica e fiscal.

Muitos articularam e votaram contra propostas que durante toda a vida defenderam, sem pensar nas consequências que seus gestos trariam para o país e para o povo brasileiro. Queriam aproveitar a crise econômica, porque sabiam que assim que o meu governo viesse a superá-la, sua aspiração de acesso ao poder haveria de ficar sepultada por mais um longo período.

Mas, a bem da verdade, as forças oposicionistas somente conseguiram levar adiante o seu intento quando outra poderosa força política a elas se agregou: a força política dos que queriam evitar a continuidade da “sangria” de setores da classe política brasileira, motivada pelas investigações sobre a corrupção e o desvio de dinheiro público.

É notório que durante o meu governo e o do Pr Lula foram dadas todas as condições para que estas investigações fossem realizadas. Propusemos importantes leis que dotaram os órgãos competentes de condições para investigar e punir os culpados.

Assegurei a autonomia do Ministério Público, nomeando como Procurador Geral da República o primeiro nome da lista indicado pelos próprios membros da instituição. Não permiti qualquer interferência política na atuação da Polícia Federal.

Contrariei, com essa minha postura, muitos interesses. Por isso, paguei e pago um elevado preço pessoal pela postura que tive.

Arquitetaram a minha destituição, independentemente da existência de quaisquer fatos que pudesse justificá-la perante a nossa Constituição.

Encontraram, na pessoa do ex-Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha o vértice da sua aliança golpista.

Articularam e viabilizaram a perda da maioria parlamentar do governo. Situações foram criadas, com apoio escancarado de setores da mídia, para construir o clima político necessário para a desconstituição do resultado eleitoral de 2014.

Todos sabem que este processo de impeachment foi aberto por uma “chantagem explícita” do ex-Presidente da Câmara, Eduardo Cunha, como chegou a reconhecer em declarações à imprensa um dos próprios denunciantes. Exigia aquele parlamentar que eu intercedesse para que deputados do meu partido não votassem pela abertura do seu processo de cassação.

Nunca aceitei na minha vida ameaças ou chantagens. Se não o fiz antes, não o faria na condição de Presidenta da República. É fato, porém, que não ter me curvado a esta chantagem motivou o recebimento da denúncia por crime de responsabilidade e a abertura deste d processo, sob o aplauso dos derrotados em 2014 e dos temerosos pelas investigações.

Se eu tivesse me acumpliciado com a improbidade e com o que há de pior na política brasileira, como muitos até hoje parecem não ter o menor pudor em fazê-lo, eu não correria o risco de ser condenada injustamente.

Quem se acumplicia ao imoral e ao ilícito, não tem respeitabilidade para governar o Brasil. Quem age para poupar ou adiar o julgamento de uma pessoa que é acusada de enriquecer às custas do Estado brasileiro e do povo que paga impostos, cedo ou tarde, acabará pagando perante a sociedade e a história o preço do seu descompromisso com a ética.

Todos sabem que não enriqueci no exercício de cargos públicos, que não desviei dinheiro público em meu proveito próprio, nem de meus familiares, e que não possuo contas ou imóveis no exterior. Sempre agi com absoluta probidade nos cargos públicos que ocupei ao longo da minha vida.

Curiosamente, serei julgada, por crimes que não cometi, antes do julgamento do ex-presidente da Câmara, acusado de ter praticado gravíssimos atos ilícitos e que liderou as tramas e os ardis que alavancaram as ações voltadas à minha destituição.

Ironia da história? Não, de forma nenhuma. Trata-se de uma ação deliberada que conta com o silêncio cúmplice de setores da grande mídia brasileira.

Viola-se a democracia e pune-se uma inocente. Este é o pano de fundo que marca o julgamento que será realizado pela vontade dos que lançam contra mim pretextos acusatórios infundados.

Estamos a um passo da consumação de uma grave ruptura institucional. Estamos a um passo da concretização de um verdadeiro golpe de Estado.

Senhoras e Senhores Senadores,

Vamos aos autos deste processo. Do que sou acusada? Quais foram os atentados à Constituição que cometi? Quais foram os crimes hediondos que pratiquei?

A primeira acusação refere-se à edição de três decretos de crédito suplementar sem autorização legislativa. Ao longo de todo o processo, mostramos que a edição desses decretos seguiu todas as regras legais. Respeitamos a previsão contida na Constituição, a meta definida na LDO e as autorizações estabelecidas no artigo 4° da Lei Orçamentária de 2015, aprovadas pelo Congresso Nacional.

Todas essas previsões legais foram respeitadas em relação aos 3 decretos. Eles apenas ofereceram alternativas para alocação dos mesmos limites, de empenho e financeiro, estabelecidos pelo decreto de contingenciamento, que não foram alterados. Por isso, não afetaram em nada a meta fiscal.

Ademais, desde 2014, por iniciativa do Executivo, o Congresso aprovou a inclusão, na LDO, da obrigatoriedade que qualquer crédito aberto deve ter sua execução subordinada ao decreto de contingenciamento, editado segundo as normas estabelecidas pela Lei de Responsabilidade Fiscal. E isso foi precisamente respeitado.

Não sei se por incompreensão ou por estratégia, as acusações feitas neste processo buscam atribuir a esses decretos nossos problemas fiscais. Ignoram ou escondem que os resultados fiscais negativos são consequência da desaceleração econômica e não a sua causa.

Escondem que, em 2015, com o agravamento da crise, tivemos uma expressiva queda da receita ao longo do ano — foram R$ 180 bilhões a menos que o previsto na Lei Orçamentária.

Fazem questão de ignorar que realizamos, em 2015, o maior contingenciamento de nossa história. Cobram que, quando enviei ao Congresso Nacional, em julho de 2015, o pedido de autorização para reduzir a meta fiscal, deveria ter imediatamente realizado um novo contingenciamento. Não o fiz porque segui o procedimento que não foi questionado pelo Tribunal de Contas da União ou pelo Congresso Nacional na análise das contas de 2009.

Além disso, a responsabilidade com a população justifica também nossa decisão. Se aplicássemos, em julho, o contingenciamento proposto pelos nossos acusadores cortaríamos 96% do total de recursos disponíveis para as despesas da União. Isto representaria um corte radical em todas as dotações orçamentárias dos órgãos federais. Ministérios seriam paralisados, universidades fechariam suas portas, o Mais Médicos seria interrompido, a compra de medicamentos seria prejudicada, as agências reguladoras deixariam de funcionar. Na verdade, o ano de 2015 teria, orçamentariamente, acabado em julho.

Volto a dizer: ao editar estes decretos de crédito suplementar, agi em conformidade plena com a legislação vigente. Em nenhum desses atos, o Congresso Nacional foi desrespeitado. Aliás, este foi o comportamento que adotei em meus dois mandatos.

Somente depois que assinei estes decretos é que o Tribunal de Contas da União mudou a posição que sempre teve a respeito da matéria. É importante que a população brasileira seja esclarecida sobre este ponto: os decretos foram editados em julho e agosto de 2015 e somente em outubro de 2015 o TCU aprovou a nova interpretação.

O TCU recomendou a aprovação das contas de todos os presidentes que editaram decretos idênticos aos que editei. Nunca levantaram qualquer problema técnico ou apresentaram a interpretação que passaram a ter depois que assinei estes atos.

Querem me condenar por ter assinado decretos que atendiam a demandas de diversos órgãos, inclusive do próprio Poder Judiciário, com base no mesmo procedimento adotado desde a entrada em vigor da Lei de Responsabilidade Fiscal, em 2001?

Por ter assinado decretos que somados, não implicaram, como provado nos autos, em nenhum centavo de gastos a mais para prejudicar a meta fiscal?

A segunda denúncia dirigida contra mim neste processo também é injusta e frágil. Afirma-se que o alegado atraso nos pagamentos das subvenções econômicas devidas ao Banco do Brasil, no âmbito da execução do programa de crédito rural Plano Safra, equivale a uma “operação de crédito”, o que estaria vedado pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

Como minha defesa e várias testemunhas já relataram, a execução do Plano Safra é regida por uma lei de 1992, que atribui ao Ministério da Fazenda a competência de sua normatização, inclusive em relação à atuação do Banco do Brasil. A Presidenta da República não pratica nenhum ato em relação à execução do Plano Safra. Parece óbvio, além de juridicamente justo, que eu não seja acusada por um ato inexistente.

A controvérsia quanto a existência de operação de crédito surgiu de uma mudança de interpretação do TCU, cuja decisão definitiva foi emitida em dezembro de 2015. Novamente, há uma tentativa de dizer que cometi um crime antes da definição da tese de que haveria um crime. Uma tese que nunca havia surgido antes e que, como todas as senhoras e senhores senadores souberam em dias recentes, foi urdida especialmente para esta ocasião.

Lembro ainda a decisão recente do Ministério Público Federal, que arquivou inquérito exatamente sobre esta questão. Afirmou não caber falar em ofensa à lei de responsabilidade fiscal porque eventuais atrasos de pagamento em contratos de prestação de serviços entre a União e instituições financeiras públicas não são operações de crédito.

Insisto, senhoras senadoras e senhores senadores: não sou eu nem tampouco minha defesa que fazemos estas alegações. É o Ministério Público Federal que se recusou a dar sequência ao processo, pela inexistência de crime.

Sobre a mudança de interpretação do TCU, lembro que, ainda antes da decisão final, agi de forma preventiva. Solicitei ao Congresso Nacional a autorização para pagamento dos passivos e defini em decreto prazos de pagamento para as subvenções devidas. Em dezembro de 2015, após a decisão definitiva do TCU e com a autorização do Congresso, saldamos todos os débitos existentes.

Não é possível que não se veja aqui também o arbítrio deste processo e a injustiça também desta acusação.

Este processo de impeachment não é legítimo. Eu não atentei, em nada, em absolutamente nada contra qualquer dos dispositivos da Constituição que, como Presidenta da República, jurei cumprir. Não pratiquei ato ilícito. Está provado que não agi dolosamente em nada. Os atos praticados estavam inteiramente voltados aos interesses da sociedade. Nenhuma lesão trouxeram ao erário ou ao patrimônio público.

Volto a afirmar, como o fez a minha defesa durante todo o tempo, que este processo está marcado, do início ao fim, por um clamoroso desvio de poder.

É isto que explica a absoluta fragilidade das acusações que contra mim são dirigidas.

Tem-se afirmado que este processo de impeachment seria legítimo porque os ritos e prazos teriam sido respeitados. No entanto, para que seja feita justiça e a democracia se imponha, a forma só não basta. É necessário que o conteúdo de uma sentença também seja justo. E no caso, jamais haverá justiça na minha condenação.

Ouso dizer que em vários momentos este processo se desviou, clamorosamente, daquilo que a Constituição e os juristas denominam de “devido processo legal”.

Não há respeito ao devido processo legal quando a opinião condenatória de grande parte dos julgadores é divulgada e registrada pela grande imprensa, antes do exercício final do direito de defesa.

Não há respeito ao devido processo legal quando julgadores afirmam que a condenação não passa de uma questão de tempo, porque votarão contra mim de qualquer jeito.

Nesse caso, o direito de defesa será exercido apenas formalmente, mas não será apreciado substantivamente nos seus argumentos e nas suas provas. A forma existirá apenas para dar aparência de legitimidade ao que é ilegítimo na essência.

Senhoras e senhores senadores,

Nesses meses, me perguntaram inúmeras vezes porque eu não renunciava, para encurtar este capítulo tão difícil de minha vida.

Jamais o faria porque tenho compromisso inarredável com o Estado Democrático de Direito.

Jamais o faria porque nunca renuncio à luta.

Confesso a Vossas Excelências, no entanto, que a traição, as agressões verbais e a violência do preconceito me assombraram e, em alguns momentos, até me magoaram. Mas foram sempre superados, em muito, pela solidariedade, pelo apoio e pela disposição de luta de milhões de brasileiras e brasileiros pelo País afora. Por meio de manifestações de rua, reuniões, seminários, livros, shows, mobilizações na internet, nosso povo esbanjou criatividade e disposição para a luta contra o golpe.

As mulheres brasileiras têm sido, neste período, um esteio fundamental para minha resistência. Me cobriram de flores e me protegeram com sua solidariedade. Parceiras incansáveis de uma batalha em que a misoginia e o preconceito mostraram suas garras, as brasileiras expressaram, neste combate pela democracia e pelos direitos, sua força e resiliência. Bravas mulheres brasileiras, que tenho a honra e o dever de representar como primeira mulher Presidenta do Brasil.

Chego à última etapa desse processo comprometida com a realização de uma demanda da maioria dos brasileiros: convocá-los a decidir, nas urnas, sobre o futuro de nosso País. Diálogo, participação e voto direto e livre são as melhores armas que temos para a preservação da democracia.

Confio que as senhoras senadoras e os senhores senadores farão justiça. Tenho a consciência tranquila. Não pratiquei nenhum crime de responsabilidade. As acusações dirigidas contra mim são injustas e descabidas. Cassar em definitivo meu mandato é como me submeter a uma pena de morte política.

Este é o segundo julgamento a que sou submetida em que a democracia tem assento, junto comigo, no banco dos réus. Na primeira vez, fui condenada por um tribunal de exceção. Daquela época, além das marcas dolorosas da tortura, ficou o registro, em uma foto, da minha presença diante de meus algozes, num momento em que eu os olhava de cabeça erguida enquanto eles escondiam os rostos, com medo de serem reconhecidos e julgados pela história.

Hoje, quatro décadas depois, não há prisão ilegal, não há tortura, meus julgadores chegaram aqui pelo mesmo voto popular que me conduziu à Presidência. Tenho por todos o maior respeito, mas continuo de cabeça erguida, olhando nos olhos dos meus julgadores.

Apesar das diferenças, sofro de novo com o sentimento de injustiça e o receio de que, mais uma vez, a democracia seja condenada junto comigo. E não tenho dúvida que, também desta vez, todos nós seremos julgados pela história.

Por duas vezes vi de perto a face da morte: quando fui torturada por dias seguidos, submetida a sevícias que nos fazem duvidar da humanidade e do próprio sentido da vida; e quando uma doença grave e extremamente dolorosa poderia ter abreviado minha existência.

Hoje eu só temo a morte da democracia, pela qual muitos de nós, aqui neste plenário, lutamos com o melhor dos nossos esforços.

Reitero: respeito os meus julgadores.

Não nutro rancor por aqueles que votarão pela minha destituição.

Respeito e tenho especial apreço por aqueles que têm lutado bravamente pela minha absolvição, aos quais serei eternamente grata.

Neste momento, quero me dirigir aos senadores que, mesmo sendo de oposição a mim e ao meu governo, estão indecisos.

Lembrem-se que, no regime presidencialista e sob a égide da nossa Constituição, uma condenação política exige obrigatoriamente a ocorrência de um crime de responsabilidade, cometido dolosamente e comprovado de forma cabal.

Lembrem-se do terrível precedente que a decisão pode abrir para outros presidentes, governadores e prefeitos. Condenar sem provas substantivas. Condenar um inocente.

Faço um apelo final a todos os senadores: não aceitem um golpe que, em vez de solucionar, agravará a crise brasileira.

Peço que façam justiça a uma presidenta honesta, que jamais cometeu qualquer ato ilegal, na vida pessoal ou nas funções públicas que exerceu. Votem sem ressentimento. O que cada senador sente por mim e o que nós sentimos uns pelos outros importa menos, neste momento, do que aquilo que todos sentimos pelo país e pelo povo brasileiro.

Peço: votem contra o impeachment. Votem pela democracia.

Muito obrigada.

 

CONTRA O GOLPE Dilma: cabe ao povo, não aos parlamentares, julgar pelo ‘conjunto da obra’

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   Matéria da jornalista Hylda Cavalcanti da Rede Brasil Atual

Brasília – A presidenta Dilma Rousseff terminou há pouco seu primeiro depoimento em sua defesa, na sessão do Senado que realiza o julgamento do impeachment. Dilma mandou recado aos senadores que desviam de seu voto favorável ao afastamento as razões técnicas e jurídicas alegadas. “No presidencialismo previsto em nossa Constituição, não basta a eventual perda de maioria parlamentar para afastar um Presidente. Há que se configurar crime de responsabilidade. E está claro que não houve tal crime. Não é legítimo, como querem os meus acusadores, afastar o chefe de Estado e de governo pelo ‘conjunto da obra’”, afirmou, argumentando que afastar um presidente pelo “conjunto da obra” é uma incumbência que só cabe ao povo, nas eleições. “E nas eleições o programa de governo vencedor não foi este agora ensaiado e desenhado pelo governo interino e defendido pelos meus acusadores”, acrescentou.

A presidente lembrou seu passado de resistência à ditadura, citou a palavra “golpe”, agradeceu a força popular que tem recebido e pediu aos senadores: “deixem ressentimentos de lado e pensem no destino de todos os brasileiros”

Dilma Rousseff iniciou discurso às 9h53 afirmando que desde que assumiu a Presidência da República respeitou compromissos assumidos e a Constituição. Admitiu que pode ter errado, mas que se orgulha do fato de que, entre os seus defeitos, não estão “nem a traição nem a covardia”.

Ela relembrou sua história pessoal, fez críticas ao governo provisório sem citar o nome do presidente interino Michel Temer, chamou a atenção dos indecisos para o que está acontecendo no país e disse que não renunciaria, conforme lhe foi pedido e perguntado várias vezes. “Jamais faria esta renúncia porque porque não renuncio à luta. Eu tenho compromisso inarredável com o Estado democrático de direito”, acrescentou.

Dilma disse que traições e agressões à sua pessoa e ao seu governo muitas vezes a assustaram, mas as manifestações populares, sobretudo das mulheres na luta contra o golpe e pela democracia, lhe deram força. “A população, principalmente as mulheres, me cobriram de flores nesta lutam que também é misógina”, acentuou.

A presidenta embargou a voz por duas vezes e, numa delas, teve de parar o pronunciamento para tomar um copo de água e se acalmar. A primeira vez, ainda no início, foi quando disse que o que está em jogo são as conquistas obtidas nos últimos 13 anos, os investimentos em obras, os programas sociais, a inserção soberana do país no cenário internacional e, principalmente, “a autoestima dos brasileiros”.

O segundo momento foi quando ressaltou que temeu a morte por duas vezes na vida: quando esteve presa e torturada durante a época da ditadura militar e quando enfrentou uma doença grave. “Hoje, o medo que tenho aqui é da morte da democracia”, destacou.

O principal recado de Dilma foi dirigido, mesmo, para os senadores que ainda se encontram indecisos. Ela afirmou que no regime presidencial uma condição política exige obrigatoriamente provas substanciais de que foi cometido um crime. “Faço um apelo final a estes que estão indecisos. Não cometam um golpe. Façam jus a uma presidenta honesta. Não votem levando em conta ressentimentos. O que sentimos uns pelos outros representam menos do que o que devemos sentir pelo país e pelo destino de todos os brasileiros”, destacou.

Dilma afirmou ainda que os objetivos do governo interino, “se transmudando em efetivo”, são “um verdadeiro ataque às conquistas dos últimos anos”. “Desvincular o piso das aposentadorias e pensões do salário mínimo será a destruição do maior instrumento de distribuição de renda do país, que é a Previdência Social. O resultado será mais pobreza, mais mortalidade infantil e a decadência dos pequenos municípios. A revisão dos direitos e garantias sociais previstos na CLT e a proibição do saque do FGTS na demissão do trabalhador são ameaças que pairam sobre a população brasileira caso prospere o impeachment sem crime de responsabilidade.”

O compositor Chico Buarque, sentado ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ex-ministro Jaques Wagner, acompanhou tudo das galerias e não resistiu à tentação de bater palmas. Dilma fugiu do roteiro previamente divulgado várias vezes por sua assessoria e senadores mais próximos. Primeiro, porque se dizia que ela iria falar direto da mesa diretora, mas logo ao ser chamada, se dirigiu ao púlpito para, conforme disse, discursar “olhando nos olhos de todos”.

 

DILMA VAI AO SENADO DEFENDER GOVERNO POPULAR E A DEMOCRACIA CONTRA AS ABERRAÇÕES SENATORIAIS

Senadora, Ana Amélia do PP quer que Gleisi Hoffmann, parlamentar petista aponte quem “não tem moral” no Senado para julgar o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Com esse propósito vai ao Conselho de Ética do Senado. 

Quem não tem moral, segundo o site Congresso em Foco, e utilizado como fonte pelo Le Monde francês no seu editorial de sábado são pelos menos 26 senadores com ação penal no Supremo Tribunal Federal.

No dia 25, quinta-feira, ao iniciar o julgamento da presidenta Dilma Rousseff,  o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que conduziu a sessão, advertiu na ocasião os senadores: “Os parlamentares congregados nesta Casa de leis transmudam-se, a partir de agora, em verdadeiros juízes”.

O Site Congresso em Foco prossegue. “O novo figurino parece desconfortável a um terço do Senado. Um em cada três senadores que vão julgar a petista responde a investigações ou ações criminais no Supremo Tribunal Federal (STF). Entre as acusações, corrupção, crime eleitoral, lavagem de dinheiro, desvio de verba pública e crime de responsabilidade – denúncia pela qual Dilma também responde.”

Dos 81 integrantes do Senado, 26 são alvos de inquérito ou ação penal no Supremo, a corte presidida por Lewandowski. Ao menos 13 senadores são suspeitos de participar do petrolão, o maior esquema de corrupção descoberto no país. Dos 24 que tinham pendência criminal na sessão que suspendeu o mandato de Dilma, em 12 de março, 18 votaram a favor do afastamento, e seis foram contrários.

As aberrações que desde a vitória da presidenta não assimilaram o nocaute despontam na lista do Site Congresso em Foco. São eles: Aécio Cunha, Aloysio Nunes, Benedito Lira, Cássio Cunha Lima, Ciro Nogueira, Dário Berger, Edison Lobão, Eduardo Amorim, Fernando Bezerra Coelho, Fernando Collor, Gladson Cameli, Ivo Cassol, Jader Barbalho, José Agripino Maia, Omar Aziz, Eduardo Braga, Renan Calheiros, Romário, Romero Jucá, Sérgio Petecão, Simone Tebet, Valdir Raupp.

Do lado da legalidade, aparecem: Gleisi Hoffman, Humberto Costa, Lindbergh Farias, Telmário Mota e Vanessa Grazziotin. As acusações contra estes que já mereceram esclarecimentos faz parte do golpe e não são degenerados.

A presidenta da República na sua fala no Senado  vai ressaltar  a “injustiça de ser condenada mesmo sendo inocente, falará de sua luta “democrática como compromisso desde sua juventude,” o “que lhe rendeu a tortura e a prisão no passado.” Afirmará contundentemente que “o governo usurpador está colocando em risco as conquistas sociais e os direitos do povo”. A presidenta não mencionará o golpista do Jaburu, mas vai ser incisiva que houve uma “conspiração” com o ex-vice papel de parede. Rousseff vai ratificar que a conspiração vem orquestrada pelas elites que foram derrotadas em 2014 e não aceitaram o resultado das urnas. Que o governo legítimo, eleito pelo povo é vítima dos golpistas; A mídia colaborou e inflou o ambiente político para o golpe. Afirmará que se reempossada convocará eleições gerais e citará o Caranguejo Eduardo Cunha como padrinho do golpe. Será um único citado nominalmente.O Diário do Centro do Mundo divulgou que  trinta e três pessoas confirmaram que estarão com ela como convidados. Em ordem alfabética:

1. Aldo Rebelo – ex-ministro da Defesa

2. Aloizio Mercadante – ex-ministro da Educação

3. Antonio Carlos Rodrigues – ex-ministro dos Transportes

4. Carlos Gabas – ex-ministro da Previdência e da Aviação Civil

5. Carlos Lupi – presidente do PDT e ex-ministro do Trabalho

6. Daisy Barretta – assessora especial de Dilma Rousseff

7. Eleonora Menicucci – ex-ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres

8. Eugênio Aragão – ex-ministro da Justiça

9. Giles Azevedo – ex-assessor especial da Presidência

10. Izabella Teixeira – ex-ministra do Meio Ambiente

11. Luiz Inácio Lula da Silva – ex-presidente da República

12. Jaques Wagner – ex-ministro da Casa Civil e do Gabinete da Presidência

13. Jorge Messias – ex-subchefe de Assuntos Jurídicos da Presidência

14. José Eduardo Cardozo – ex-ministro da AGU e da Justiça

15. Juca Ferreira – ex-ministro da Cultura

16. Luciana Santos – presidente do PC do B

17. Maria de Fátima Carneiro de Mendonça – mulher do ex- ministro Jaques Wagner

18. Maurício Muniz – ex-ministro da Secretaria Nacional dos Portos

19. Miguel Rossetto – ex-ministro do Trabalho

20. Miriam Belchior – ex-presidente da Caixa

21. Nelson Barbosa – ex-ministro da Fazenda e do Planejamento

22. Nilma Lino Gomes – ex-secretária de Igualdade Racial

23. Olímpio Antônio Brasil da Cruz – assessor de imprensa de Dilma Rousseff

24. Patrus Ananias – ex-ministro do Desenvolvimento Agrário 25. Paula Zagotta – assessora especial de Dilma Rousseff

26. Renato Rabelo – ex-presidente do PC do B

27. Ricardo Berzoini – ex-ministro da Secretaria de Governo

28. Roberto Stuckert Filho – fotógrafo oficial de Dilma Rousseff 29. Rui Falcão – presidente do PT

30. Sandra Brandão – ex-assessora especial da Presidência

31. Tereza Campello – ex-ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome

32. Tiago Falqueiro – assessor especial de Dilma Rousseff

33. Wagner Caetano – ex-chefe do Gabinete de Crise do Planalto

Chico Buarque também deverá estar presente.

Desde o momento que se gestou esse golpe nunca capitulamos. E não capitularemos. Sempre tivemos um lado. Sempre estivemos do lado do governo popular do presidente Luis Inácio Lula da Silva, Luís Inácio Lula da Silva e da presidenta Dilma Vanna Rousseff, Dilma Vanna Rousseff.

Combatemos sempre os nossos inimigos que são os vendilhões da pátria. Aqueles que foram derrotados nas urnas de 2014 e que agora com o golpista Temer estão entregando as riquezas do Brasil como o pré-sal para o capital internacional. O PSDB que não ganhou a eleição está comandando o desmonte do Brasil. E vai promover o maior ataques às conquistas da classe trabalhadora. Aumento da idade para aposentadorias, ataque à previdência social.

Esse governo golpista que assumiu como construtor de uma ponte para o futuro está levando o país a uma situação muito difícil. Disse que resolveria o problema do desemprego e já são passados mais de cem dias de desgoverno e não conseguiu governar. Saiu onerando a folha de pagamento do funcionalismo federal e depois não vai ter como pagar. É uma forma de inviabilizar o retorno de Dilma.

Como se trata de um governo antipopular vai acabar com vários projetos, benefícios, políticas públicas dos governos populares anteriores. O povo, como o do Piaui, do Amazonas, da Bahia, Ceará, Pernambuco já estão perdendo o Bolsa Família.

Ontem, domingo, foi noticiado o fim do programa Brasil Alfabetizado do Ministério da Educação comandado pelo DEM que possui o maior deputado  corrupto do Brasil Pauderney Avelino, segundo Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro. Esse deputado por aqui embolsou R$ 4,6 para pagamento de prédios particulares que funcionavam como escolas municipais administrada pelo prefeito amante de lutas como MMA e que quis surrar Lula, Artur Neto, prefeito da não cidade que é um só buraco chamada Manaus.

Governos antipopulares não investirão como fez Lula e Dilma. Nesses governos foram criadas 18 universidades, e mais de 417 Institutos Federais de Educação. FHC, social-democrata nunca fez isso. Lula e Dilma perceberam que através da educação o Brasil obteria seu desenvolvimento. Criaram-se as cotas para negros, índios. Foi criada uma das formas mais inteligentes de acesso às universidades. O ENEM. Um estudante pode escolher a universidade que deseja estudar. Através de incentivos veio o FIES e o PROUNI. A fome foi abolida, mas já está de volta. Há famílias com crianças que não possuem leite e nem massa para alimentação.

A partir do governo do presidente Lula, o que não aconteceu com FHC a valorização do salário mínimo. A indústria e o comércio se desenvolveram. Não tínhamos desemprego. A população comprou bens duráveis. O governo federal investiu em moradias, saneamento básico. Só em Manaus há vários condomínios Viver Melhor do Minha Casa Minha Vida. Não há investimento por parte do Estado e nem da prefeitura em Habitação.

Com Lula milhares de famílias viram pela primeira vez a eletricidade chegar às suas casas com o Luz para todos. Isso ocorreu em todo o Brasil. No Amazonas as lamparinas e as porongas são objetos de museus.

Famílias que nunca tinham acesso a médicos com o programa Mais Médico, foram atendidas e milhares de profissionais estrangeiros desbravaram nossos pais de norte a sul. Os médicos escondidinhos reclamaram. 

O SUS, o SAMU muito criticados são forma de prestação de serviços médico-hospitalares que em muitos países ricos não são oferecidos para a população. E no Brasil, mesmo com dificuldades, pois, os degenerados votaram contra a CPMF veio prejudicar esse atendimento.

Os degenerados, deputados e senadores atribuem à presidenta que ela é a responsável pela situação em que vive o país. Desemprego, por exemplo. Só que os degenerados, como arquitetaram o golpe desde 2014 o que eles puderam inviabilizar os projetos da atual presidente na Câmara e no Senado eles fizeram. A presidenta não teve como aprovar seus projetos. Os facínoras, tanto da Câmara como do Senado trabalharam para o quanto pior melhor.

Utilizaram a Lava Jato e a corrupção na Petrobras para atribuir as responsabilidades para a presidenta. A Lava Jato foi uma operação criada para investigar a onda de corrupção, mas que começou a prender grandes empresários e só pessoas ligadas ao Partido dos Trabalhadores. Quando as delações chegaram em Aécio, Renan, Sarney, Jucá, Henrique Alves, Quadrilha aí eles gritaram. Era preciso parar a sangria. Quando as delações de Léo Pinheiro chegaram em Aécio e Serra, Ministro e familiares do STF o psdebista Gilmar Mendes protestou. Nunca protestou quando o maior crime cometido que foi o vazamento do diálogo da presidenta veio a público. As delações da Odebrecht e da OAS estão paradas. Mas sabemos os motivos.

E são esses crápulas que votarão o golpe. São esses degenerados que preparam tudo. O PSDB pagou R$ 45 mil para Janaina Pascoal,  Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior. Que deram entrada na Câmara onde o ressentido Eduardo Cunha aceitou e naquele 17 de abril encaminharam para o Senado o Processo. No Senado depois de diligências, seus técnicos constaram que os decretos não cometeram crimes, o Ministério Público também mandou arquivar porque não havia crime de responsabilidades por parte da presidenta e por último o Senador Randolfe constatou que  “Antônio Carlos D’Ávila, ex-auditor  do Tribunal de Contas da União (TCU), participou da elaboração da representação do documento a pedido do procurador Júlio Marcelo, o ‘informante’ que vem a ser “a principal peça de acusação contra a presidenta Dilma”. O começo da trapaça para a sordidez do golpe.” Luiz Gonzaga Belluzo diz que a presidenta despedalou. 

Para os golpistas não importa as mudanças promovidas pelos governos populares. Não importa a fraude, a falsidade ideológica como está na peça do imprestável relatório de Antônio Anastasia, pois não há crime cometido pela presidenta, mas eles criaram um crime e o que é pior, inaceitável, é que  o Supremo Tribunal Federal, para eles legitima o golpe. Para nós o STF faz parte do conluio com os degenerados, as anomalias senatoriais que falam em ética e moral.

Diante de toda esta explanação já temos motivos para dizer que a imagem dos senadores brasileiros no exterior aparecem como ladrões chargeados no New York Times como ratos atacando a presidenta e no Le monde como golpe ou farsa. E a Senadora golpista Ana Amélia, do PP gaúcho foi eleita, apoiada pela RBS ligada à TV Globo golpista e sonegadora de impostos que deverá pagar o pato da FIESP e que também está envolvida no trambique do CARF. É senadora, a senhora é a pessoa certa para ir ao Conselho de Ética contra Gleisi Hoffmann e colaborar mais ainda para a imprensa internacional elogiá-los como ladrões e corruptos.

 

 

Frentes populares montam acampamento contra o impeachment em Brasília Protestos estão marcados para outras cidades; audiência de Dilma e votação final serão acompanhadas por movimentos

Diversos militantes de organizações das frentes Brasil Popular e Povo sem Medo iniciam montagem do acampamento - Créditos: Foto: Divulgação/FBP

Redação: Brasil de Fato

Uma resistência popular contra o golpe em curso no Congresso Nacional, é assim que se definem os militantes das frentes Brasil Popular e Povo sem Medo no Acampamento Nacional em Defesa Democracia e dos Direitos, que inicia neste domingo (28), em Brasília (DF).

Para acompanhar a audiência e o julgamento final do impeachment da presidenta Dilma Rousseff (DF) no Senado, na segunda (29) e terça (30), as articulações – que reúnem dezenas de movimentos populares e organizações sindicais e políticas – montam suas barracas e palco ao lado do estacionamento do ginásio Nilson Nelson, na capital federal.

São aguardados diversos ônibus com milhares de manifestantes de todo o Brasil. Números oficiais da quantidade de pessoas que participarão do acampamento ainda não foram divulgados.

Concentração

Pela manhã do domingo, as primeiras delegações começaram a chegar no local. Além disso, o acampamento recebeu a Assembleia da Classe Trabalhadora do Distrito Federal, organizada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), que completa 33 anos na data.

Em seguida, ocorreu um show do rapper GOG. Em uma fala que abordou a exclusão social e econômica das classes populares no Brasil, o músico afirmou: “A luta de classes começa na escola, e aqui no Brasil temos uma grade horária que pouco difere uma escola de uma prisão”.

Ao longo do dia está prevista a chegada de mais ônibus de diversos estados e a organização das ações para os próximos dias.

O domingo também conta com uma manifestação em Curitiba (PR), a partir das 15h, na praça Santos Andrade, sob o mote “Fora Temer. Nenhum direito a menos”.

Fase final

No dia em que Dilma falará pela primeira vez ao Senado sobre as acusações no processo de impeachment, segunda-feira (29), o acampamento das frentes populares prevê uma manifestação de apoio à presidenta em frente ao Senado, a partir das 9h.

No período da tarde, às 16h, os manifestantes sairão em marcha do acampamento e retornarão à porta do Senado para a realização de um ato político em defesa da democracia, marcado para 18h. Esse é o horário que os movimentos projetam que irá encerrar a sessão na Casa.

No mesmo dia, estão previstos protestos em diversas capitais. No Rio de Janeiro, o ato está marcado para as 17h, na Candelária, centro; em São Paulo, no mesmo horário, na praça do Ciclista, início da Avenida Paulista.

Já a programação do acampamento em Brasília para terça-feira (30), quando ocorre a votação final do processo de impeachment, é a de acompanhar a decisão e realizar “mais um ato contra o golpe, a partir das 18h (se não houver mudança no roteiro do golpe no Senado)”, divulga a Frente Brasil Popular do Distrito Federal, em nota.

 

Edição: Vivian Fernandes

STF E SENADORES GOLPISTAS E CORRUPTOS JULGAM NO BRASIL UMA PRESIDENTA ELEITA PELO POVO QUE É DIGNA E NÃO COMETEU OS CRIMES ALEGADOS

UESLEI MARCELINO: <p>Dilma durante entrevista em Brasília 14/6/2016 REUTERS/Ueslei Marcelino</p>

O presidente do STF, numa decisão monocrática, poderá cancelar o golpe de Estado jurídico-parlamentar-partidário no Brasil.

Os senadores corruptos, aqueles que já estão com suas decisões tomadas, ontem, sábado pouco caso fizeram e não participaram das audiências com as testemunhas de defesa da presidenta Dilma Vanna Rousseff.

Para esses senadores a situação já está decidida. Tem em mente que sairão vitoriosos, que já possuem os votos para a consumação do golpe.

Só que muitos fatos ainda podem acontecer. Os algozes da presidenta não tem segurança total de que já podem cantar vitória. Temos informações de incontinência urinária e de lama nas hostes brutas, sujas e estúpidas que comandam a farsa de mau gosto.

Teremos um final de semana de conversas. Senadores tem procurado a presidenta e com ela tem conversado por longas horas. Há entre os visitantes da presidenta, senadores que admitiram a continuação do processo de cassação no senado.

Há divulgação de informações de que senadores também tem conversado com os golpistas. Mas, o que os deixou nervosos ontem foi o jantar envolvendo o presidente do Senado Renan Calheiros e os senadores do PT, Lindbergh Farias e Jorge Viana. Temos várias interpretações sobre esse mata broca.

Para alguns senadores invejosos, calculistas, golpistas, isso foi interpretado como uma espécie de reaproximação do presidente do senado com o PT.

Um fato que será marcante também é a defesa em 30 minutos através de pronunciamento da presidenta no Senado, na segunda feira. Ela vai levar pelo que se noticia em torno de 20 convidados, dentre esses, o presidente querido do povo brasileiro, Luís Inácio Lula da Silva, o cantor e compositor Chico Buarque de Holanda, ex-ministros.

Será o encontro dela com os senadores e dentre estes alguns que foram seus ministros, mas que votaram pelo prosseguimento do processo no Senado. Não são todos seus ex-ministros que são golpistas. O símbolo está na senadora Kátia Abreu que representa os outros que em momento algum abandonaram a presidenta.

A presidenta irá falar. Cada senador poderá interpelá-la por até 5 minutos. Isso vai ser bom porque tem senador que ainda está indeciso e há até senador que já disse novamente que poderá mudar o voto sendo contrário ao golpe.

O povo acompanhará o depoimento da presidenta na Praça dos Três Poderes em Brasília, e em todo o Brasil haverá manifestações populares organizadas pelas Frentes: Brasil Popular, Povo Sem Medo, MTST, contrários ao golpe de Estado, nos dia 29 e 30 de agosto.

Um, ou mais fatos são certíssimos. Seja qual for o resultado da decisão no Senado, o Brasil será outro.

“É MUITO FÁCIL DOMINAR UMA MULTIDÃO QUE NÃO É CRÍTICA”, AFIRMOU O NEUROCIENTISTA MIGUEL NICOLELIS

Nicolelis

         Participando do 4° Congresso Internacional de Ciência do Trabalho, Meio Ambiente Direito e Saúde, Miguel Nicolelis, um dos mais importantes cientistas do mundo e profundamente engajado nas causas das liberdades humanas, afirmou que o papel das mídias coorporativas é não informar com profundidade para manter aprisionado o povo. E que esse método é na verdade uma estratégia política.

       O neurocientista também afirmou que é preciso a sociedade organizar, diante do golpe que abalou os direitos democráticos, uma frente única, nacional, apartidária que tenha como função enfrentar o golpe como expressão dos movimentos sociais. O povo nas ruas diminuirá a força ostensiva dos meios de comunicação.

         “Existem grupos que estão aprofundando a revolução digital por questões econômicas, reduzindo os custos do trabalho, mas também para dominação. É muito fácil dominar uma multidão que não é crítica. Para mim a desinformação não é apenas a má prática do jornalismo. Mas para mim, é uma estratégia.

       Confrontar um golpe dessa magnitude exige um movimento de resistência apartidário com um porta-voz para falar ao mundo o que ocorre aqui. Quem domina a mensagem domina a História e a perda de nossa mensagem nesse momento foi avassaladora.

        O país vive um momento de anestesia geral. Se isso tivesse ocorrido em 1978, estaríamos todos na rua. Segunda-feira Dilma poderá ser ouvida nesse processo kafkiano e ainda não sabemos se a Praça dos Três Poderes, em Brasília, vai estar ocupada”, analisou o cientista.

LE MONDE EM EDITORIAL DE HOJE OPINA: QUEDA DE DILMA É GOLPE DE ESTADO OU É FARSA

Quando o presidente francês Charles de Gaule disse que nosso país não era sério ele colocou todo mundo nesse adjetivo. Foi uma expressão generalizada, mas na época já tinha um destino, como hoje, ele se referia a uma elite política como a que temos no Brasil que neste momento estão dando um golpe de Estado revestido de legitimidade porque é comandado pelo STF mas quem vai julgar são senadores corruptos e que temem a Lava Jato e a prisão. 

“Se esse não é um golpe de Estado, é no mínimo uma farsa. E as verdadeiras vítimas dessa tragicomédia política infelizmente são os brasileiros.”

Dilma Rousseff, a primeira presidente mulher do Brasil, está vivendo seus últimos dias no comando do Estado. Praticamente não há mais dúvidas sobre o resultado do julgamento de sua destituição, iniciado na quinta-feira (25) no Senado. A menos que aconteça uma reviravolta, a sucessora do adorado presidente Lula (2003-2010), que foi afastada do cargo em maio, será tirada definitivamente do poder no dia 30 ou 31 de agosto.

Dilma Rousseff cometeu erros políticos, econômicos e estratégicos. Mas sua expulsão, motivada por peripécias contábeis às quais ela recorreu bem como muitos outros presidentes, não ficará para a posteridade como um episódio glorioso da jovem democracia brasileira.

Para descrever o processo em andamento, seus partidários dizem que esse foi um “crime perfeito”. O impeachment, previsto pela Constituição brasileira, tem toda a roupagem da legitimidade. De fato, ninguém veio tirar Dilma Rousseff, reeleita em 2014, usando baionetas. A própria ex-guerrilheira usou de todos os recursos legais para se defender, em vão.

Impopular e desajeitada, Dilma Rousseff acredita estar sendo vítima de um “golpe de Estado” fomentado por seus adversários, pela mídia, e em especial pela rede Globo de televisão, que atende a uma elite econômica preocupada em preservar seus interesses supostamente ameaçados pela sede de igualitarismo de seu partido, o Partido dos Trabalhadores (PT).

Essa guerra de poder aconteceu tendo como pano de fundo uma revolta social. Após os “anos felizes” de prosperidade econômica, de avanços sociais e de recuo da pobreza durante os dois mandatos de Lula, em 2013 veio o tempo das reivindicações da população. O acesso ao consumo, a organização da Copa do Mundo e das Olimpíadas não conseguiam mais satisfazer o “povo”, que queria mais do que “pão e circo”. Ele queria escolas, hospitais e uma polícia confiável.

O escândalo de corrupção em grande escala ligado ao grupo petroleiro Petrobras foi a gota d’água para um país maltratado por uma crise econômica sem precedentes. Profundamente angustiados, parte dos brasileiros fizeram do juiz Sérgio Moro, encarregado da operação “Lava Jato”, seu herói, e da presidente sua inimiga número um.

A ironia quis que a corrupção fizesse milhões de brasileiros saírem para as ruas nos últimos meses, mas que não fosse ela a causa da queda de Dilma Rousseff. Pior: os próprios arquitetos de sua derrocada não são santos.

O homem que deu início ao processo de impeachment, Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados, é acusado de corrupção e de lavagem de dinheiro. A presidente do Brasil está sendo julgada por um Senado que tem um terço de seus representantes, segundo o site Congresso em Foco, como alvos de processos criminais. Ela será substituída por seu vice-presidente, Michel Temer, embora este seja considerado inelegível durante oito anos por ter ultrapassado o limite permitido de doações de campanha.

O braço direito de Temer, Romero Jucá, ex-ministro do Planejamento do governo interino, foi desmascarado em maio por uma escuta telefônica feita em março na qual ele defendia explicitamente uma “mudança de governo” para barrar a operação “Lava Jato”.

Se esse não é um golpe de Estado, é no mínimo uma farsa. E as verdadeiras vítimas dessa tragicomédia política infelizmente são os brasileiros.

 

O Brasil entre o Napoleão e a Urna

reproduçãoAgora é a urna ou a restauração de um projeto esgotado, de nações descarriladas engatadas à máquina louca dos mercados desregulados.

por: Saul Leblon

O golpe parlamentar desautorizou 54 milhões e quinhentos mil votos e privou a democracia de seu fundamental argumento: a vontade soberana do povo –62% desejam novas eleições.

Esse desacerto reduz a nação a um trem que busca seus trilhos no ar.

A corrosão das referências institucionais contaminou o sistema judiciário, que digladia internamente como uma extensão togada da luta política aberta na sociedade.

Pode haver simbologia melhor, mas o nome disso é insegurança institucional.

A que última instância recorrer?

A Associação dos Magistrados do Brasil acaba de rebater as críticas do ministro Gilmar Mendes à Lava Jato, acusando-o de usar um subterfúgio para barrar as operações.

A suspeita não é descabida.

As investigações romperam a linha vermelha do território protegido pelo ativista do STF, cujas fidelidades partidárias e valores relativos dispensam apresentações e desdenham da coerência.

A toga que agora vitupera contra provas obtidas por meios ilícitos –‘no limite vamos admitir a tortura de boa fé?’-– e escarnece de jornalistas dopados por  vazamentos  –‘como drogados’– nunca cogitou assim quando o alvo da sanha degenerada era o PT

Tudo mudou quando o caixa das campanhas do PSDB começou a ser revirado pelas delações do empresário Marcelo Odebrecht.

O cofre eleitoral do ‘chanceler’ José Serra teve seu segredo violado.

Foram contabilizados até agora depósitos da ordem de R$ 23 milhões, canalizados pela empreiteira à candidatura do tucano em 2010,  em contas no país e no exterior.

Mais de R$ 10 milhões em fluxos conectados a Michel Temer foram  informados por outras delações.

A do ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, teria munição para ir muito além disso.

Foi sugestivamente desqualificada por vazamentos pífios, ao que tudo indica, concebidos justamente para esse fim.

O arsenal do empresário comportaria octanagem capaz de varrer meio Congresso e lançar o PMDB e o PSDB a socavões do inferno político, reservados aos pecadores petistas.

Com um agravante: Léo Pinheiro não ‘ajudaria’ muito o juiz Moro a entregar a principal encomenda que lhe foi feita pelo tridente conservador –a cabeça grisalha de Lula.

A reação de Gilmar Mendes a essas contrariedades não seria intempestiva nem apenas defensiva.

O subterfúgio de que é acusado não visaria exclusivamente desativar uma delação de inconveniências ecumênicas.

É mais que isso.

Para recorrer a um paralelo comum na literatura política sobre processos antropofágicos da luta pelo poder: a investida do magistrado pretende inaugurar um novo ciclo dentro do golpe, o Termidor.

Grosso modo –e guardadas diferenças abissais de personagens e ideologias—o Termidor foi o período da Revolução Francesa que demarcou o fim do Comitê de Salvação Pública, dirigido por Robespierre, quando a guilhotina agiu sobre os inimigos do regime com uma sanha de fazer o Estado Islâmico parecer um bebê de colo.

Gilmar opera um Termidor que  institucionalize o golpe, confine a guilhotina ao PT e anistie os demais pescoços da corrupção constitutiva que assaltou o poder.

Moro, nosso Robespierre de Curitiba, e os promotores que se autonomearam  o Comitê da Salvação Pública da nação,  poderão continuar afiando a lâmina do Terror  no pescoço do PT.

Mas o julgamento do Senado deveria demarcar, pela agenda do Napoleão togado, o fim dos campos indivisos sobre os quais a República jacobina de Moro  pretendia estender sua faxina.

É nisso que consiste a sublevação napoleônica.

Circunscrever a energia justiceira ao tanquinho de areia de ossos moídos da esquerda não será fácil. O recorte desmoraliza toda ação pregressa do ‘Comitê da Salvação Pública, e do Robespierre’ curitibano, confirmando suspeitas de que sua carpintaria ética reservava a guilhotina de aço para a esquerda e a lamina de veludo para a direita.

Quando as togas de uma nação se esgarçam assim na luta política, os marcos institucionais se dissipam, o risco de a sociedade perder as referências essenciais é enorme.

Onde fica o Estado de Direito?

Onde ele começa, onde acaba?

Na dúvida, a quem recorrer?

Qual juiz?

O Napoleão tucano do Supremo?

Ou os acoelhados companheiros de toga?

O Brasil foi coagido pela sofreguidão golpista a embarcar num trem fora dos trilhos institucionais.

O descarrilamento acontece em meio a uma difícil transição de ciclo econômico, radicalizada pela crispação política, quando do que mais se necessita é de solidez democrática para repactuar o futuro.  

É mais curta do que se imagina a travessia dessa desordem para o Estado de exceção.

O processo de votação do impeachment no Senado termina agora, mas não a encruzilhada que ele ecoa e acentua.

Um improvável gesto de grandeza de congressistas democráticos  poderia  recolocar as instituições à altura das provas cruciais enfrentadas pela nação neste momento.

Oitenta e um representantes do povo guardarão para sempre na biografia as escolhas que fizerem diante da límpida disjuntiva posta pela história.

Jogar o país em um ciclo de exceção, revestido de incertezas, regressões e confrontos imprevisíveis, ou estender a mão a uma pacificação, devolvendo a nação aos trilhos da legalidade?

A rota de colisão é a desenhada pelo Napoleão de toga.

A da superação histórica implicaria o compromisso com a Presidenta legítima para devolver às urnas  –ao povo–  a delicada obra da repactuação do desenvolvimento, capaz  de reordenar o passo seguinte do comboio brasileiro.

É sempre bom lembrar: a história só se repete como farsa.

O Napoleão de toga que pretende circunscrever a guilhotina aos pescoços vermelhos, não fala pelo futuro, não representa a rua, nunca expressará o povo e a nação.

Ele opera a restauração de um projeto globalmente esgotado, de nações descarriladas, engatadas à máquina doida dos mercados desregulados.

Essa viagem não levará a sociedade a solucionar nenhuma de seus desafios mais agudos, dos quais a reforma do sistema democrático e a repactuação política do desenvolvimento figuram como requisitos.

As consequências das decisões antidemocráticas, antissociais e antinacionais que isso catalisa, serão cobradas muito rapidamente dos que preterirem o povo quando a gravidade da hora pedia que se  devolvesse a ele o comando do destino nacional.

A memória das tragédias históricas é inoxidável: os usurpadores de hoje terão que prestar contas de suas escolhas aos tolhidos de sempre.

Vargas deixou essa lição há 62 anos. Por escrito. E à bala.;

Parece que a elite não leu, nem ouviu.
É tempo de lembrar, porque o povo nunca a esqueceu.

Relatório-ficção comprova desespero da Lava Jato: não têm nada para acusar Lula

Operadores não têm como entregar a mercadoria prometida à imprensa, pois não há provas contra Lula, e produzem novo factoide

O relatório do delegado Marcio Anselmo sobre o Edifício Solaris, divulgado hoje (26/08), é a prova cabal de que, após dois anos de investigações marcadas por abusos e ilegalidades, os operadores da Lava Jato não encontraram nenhuma prova ou indício de envolvimento do ex-presidente Lula nos desvios da Petrobrás.

      Não encontraram porque este envolvimento nunca existiu, como bem sabe a Lava Jato. Mas seus operadores não podem admitir, publicamente, que erraram ao divulgar, por tanto tempo e com tanto estardalhaço, falsas hipóteses e ilações. Por isso, comportam-se de forma desesperada, criando factoides para manter o assunto na mídia. O relatório do delegado Anselmo é “uma peça de ficção”, de acordo com a defesa de Lula (leia nota dos advogados ao final do texto)

      Lula não é e nunca foi dono do apartamento 164-A do Solaris nem de qualquer imóvel além dos que declara no Imposto de Renda. O relatório do delegado Anselmo não acrescenta nada aos fatos já conhecidos. É uma caricatura jurídica; um factoide dentre tantos criados com a intenção de levar Lula a um julgamento pela mídia, sem provas e sem direito de defesa.

      É simplesmente inadmissível indiciar um ex-presidente por suposta (e inexistente) corrupção passiva, a partir de episódios transcorridos em 2014, quatro anos depois de encerrado seu governo. É igualmente inadmissível indiciar pelo mesmo sposto crime o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto, que também não é servidor público.

      Mais grave, injusto e repugnante, no entanto, é o indiciamento de Marisa Letícia Lula da Silva. Trata-se de mesquinha vingança do delegado e de seus parceiros na Lava Jato, a cada dia mais expostos perante a opinião pública nacional e internacional, pelos abusos sistematicamente cometidos.

      Esta mais recente violência da Lava Jato contra Lula e sua família só pode ser entendida por 3 razões:

  1. O desespero dos operadores da Lava Jato, que não conseguiram entregar para a imprensa a mercadoria prometida, ou seja: provas contra Lula nos desvios da Petrobrás. 
  2. Trata-se de mais uma retaliação contra o ex-presidente por ter denunciado os abusos da Lava Jato à Corte Internacional de Direitos Humanos da ONU;
  3. É mais um exemplo da sistemática sintonia entre o calendário da Lava jato e a agenda do golpe, tentando criar um “fato novo” na etapa final do processo de impeachment.

     O povo brasileiro reconhece Lula como o melhor presidente que o país já teve, o que está claro nas pesquisas sobre as eleições de 2018.  O povo está percebendo, a cada dia com mais clareza, os movimentos da mídia, dos partidos adversários do PT e de agentes do estado, que não atuam de forma republicana, para afastar Lula do processo político, por vias tortuosas e autoritárias.

      Têm medo de Lula e têm pavor da força do povo no processo democrático.

 

O CRIME DO GOLPE CADA VEZ MAIS CLARO PARA O POVO. AUDITOR DO TCU, D´ÁVILA ELABOROU JUNTO COM PROCURADOR, MARCELO, DOCUMENTO QUE ELE MESMO IRIA APRESENTAR PARECER

Raldonfe e D'Ávila

Simples. Muito Simples.

         Antônio Carlos D’Ávila, ex-auditor  do Tribunal de Contas da União (TCU), participou da elaboração da representação do documento a pedido do procurador Júlio Marcelo, o ‘informante’ que vem a ser “a principal peça de acusação contra a presidenta Dilma”. O começo da trapaça para a sordidez do golpe.

        Elaborado o documento, o mesmo deveria ser distribuído para a Secretaria de Fazenda do TCU. Só que como se tratava de sórdida trapaça para impedir Dilma, o documento foi levado para a Secretaria de Macroavaliação Governamental do TCU local onde Carlos D’Ávila era lotado.

       O mais simples para entender as imagens e molduras do quadro do golpe.

     Lá, o próprio D’Ávila deu o aparecer para iniciar a trapaça sórdida do golpe.

         Foi o senador Randolfe Rodrigues (REDE/AP) quem percebeu a trapaça na noite de ontem, 25, quando D’Ávila teceu seu depoimento. E que o própria D’Ávila narrou como foi realizada a trapaça golpista.

       “Coincidentemente a representação caiu exatamente com D’Ávila para que ele desse o parecer. Embora o processo devesse ser apresentado por Júlio Marcelo devesse ter sido distribuído para a Secretaria de Fazenda do TCU, foi distribuído para Secretaria de Macroavaliação Governamental, órgão onde atuava o ex-auditor Antônio Carlos D’Ávila.

     Coincidentemente a representação caiu exatamente com D’Ávila para qele desse o parecer”, afirmou ironizando Randolfe Rodrigues.

         Trama criminosa. Entenderam o senador Jorge Viana, e o ex-ministro da Advocacia-Geral da União (AGU) e advogado defesa de Dilma no golpe, Eduardo Cardozo.

       “O auditor é uma espécie de juiz e não poderia ter colocado sua digital num texto que depois seria alvo de uma representação e apreciado por ele mesmo. Foi muito errado o que aconteceu e entraremos com representação judicial. Entraremos, inclusive, com interpelações sobre o caso junto ao Conselho Nacional do Ministério Público e junto ao TCU sobre o caso. Até porque trata-se de um assessor com poder decisório”, sentenciou o senador Jorge Viana.

      Por sua vez, Cardozo, disse que “eles formularam a fraude que colocou o Brasil em xeque”.

        “Tratou-se de uma conduta combina dos dois servidores públicos. O Ministério Público – que é parte no processo – pedir ajuda para elabora uma peça à autoridade que vai avaliar e dar parecer sobre essa peça é o mesmo que um advogado pedir para um juiz que vai ajudar um processo para ajudar na elaboração da petição inicial.

         As condutas adotadas por D’Ávila e Júlio Marcelo ferem os artigos 5°, 13° e 14° do Código de Ética do TCU. A ação de Júlio Marcelo está em desacordo com a Lei 8.112, que rege o funcionalismo público.

        Juntos eles formularam as teses das pedaladas, da operação de crédito que não houve. A tese fabricada para condenar Dilma. Formularam a fraude que colocou o Brasil em xeque”, sentenciou Cardozo.

       Cardozo também afirmou que vai solicitar, em caráter de urgência, do ministro Lewandowsky, as atas e notas taquigráficas da sessão para que sejam pedidas executadas as medidas disciplinares e disciplinares cabíveis.

       Cada vez o crime do golpe fica claríssimo para o povo, e, consequentemente, o tremor e temor de Temer aumenta.


USAR O CONTROLE REMOTO É UM ATO DEMOCRÁTICO!

EXPERIMENTE CONTRA A TV GLOBO! Você sabe que um canal de televisão não é uma empresa privada. É uma concessão pública concedida pelo governo federal com tempo determinado de uso. Como meio de comunicação, em uma democracia, tem como compromisso estimular a educação, as artes e o entretenimento como seu conteúdo. O que o torna socialmente um serviço público e eticamente uma disciplina cívica. Sendo assim, é um forte instrumento de realização continua da democracia. Mas nem todo canal de televisão tem esse sentido democrático da comunicação. A TV Globo (TVG), por exemplo. Ela, além de manter um monopólio midiático no Brasil, e abocanhar a maior fatia da publicidade oficial, conspira perigosamente contra a democracia, principalmente, tentando atingir maleficamente os governos populares. Notadamente em seu JN. Isso tudo, amparada por uma grade de programação que é um verdadeiro atentado as faculdades sensorial e cognitiva dos telespectadores. Para quem duvida, basta apenas observar a sua maldição dos três Fs dominical: Futebol, Faustão e Fantástico. Um escravagismo-televisivo- depressivo que só é tratado com o controle remoto transfigurador. Se você conhece essa proposição-comunicacional desdobre-a com outros. Porque mudanças só ocorrem como potência coletiva, como disse o filósofo Spinoza.

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CAMPANHA AFINADA CONTRA O

VIRTUALIZAÇÕES DESEJANTES DA AFIN

Este é um espaço virtual (virtus=potência) criado pela Associação Filosofia Itinerante, que atua desde 2001 na cidade de Manaus-Am, e, a partir da Inteligência Coletiva das pessoas e dos dizeres de filósofos como Epicuro, Lucrécio, Spinoza, Marx, Nietzsche, Bergson, Félix Guattari, Gilles Deleuze, Clément Rosset, Michael Hardt, Antônio Negri..., agencia trabalhos filosóficos-políticos- estéticos na tentativa de uma construção prática de cidadania e da realização da potência ativa dos corpos no mundo. Agora, com este blog, lança uma alternativa de encontro para discussões sociais, éticas, educacionais e outros temas que dizem respeito à comunidade de Manaus e outros espaços por onde passa em movimento intensivo o cometa errante da AFIN.

"Um filósofo: é um homem que experimenta, vê, ouve, suspeita, espera e sonha constantemente coisas extraordinárias; que é atingido pelos próprios pensamentos como se eles viessem de fora, de cima e de baixo, como por uma espécie de acontecimentos e de faíscas de que só ele pode ser alvo; que é talvez, ele próprio, uma trovoada prenhe de relâmpagos novos; um homem fatal, em torno do qual sempre ribomba e rola e rebenta e se passam coisas inquietantes” (Friedrich Nietzsche).

Daí que um filósofo não é necessariamente alguém que cursou uma faculdade de filosofia. Pode até ser. Mas um filósofo é alguém que em seus percursos carrega devires alegres que aumentam a potência democrática de agir.

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