Arquivo para 5 de janeiro de 2017

ZÉ MELO, GOVERNADOR DO AMAZONAS, ENVOLVIDO POR SEU ESPÍRITO-HAGIOGRÁFICO AFIRMOU QUE NO MASSACRE NÃO “MORREU NENHUM SANTO”. ORA, ORA, SANTO NÃO PODE SER PRESO, MAS HOMEM SIM.

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Segundo o discurso da hagiografia, que trata da vida dos santos, nenhum santo foi sempre santo antes de ser canonizado. Todo santo, ou santa, antes foram homens e mulheres. As suas santificações são decorrentes de suas existências comprometidas com as causas humanas. Primeiramente, carregam o pathos da essência da indignação, e, depois, passam as tentativas das soluções que possam libertar os homens e mulheres dos sofrimentos. Mesmo que para isso também, em suas práticas, tratem de temas metafísicos.

        Muitos que foram canonizados tiveram existências perseguidas pela brutalidade, irracionalidade e covardia dos tiranos. Sofreram torturas físicas, foram mantidos no cativeiro durante anos. Alguns chegaram a morrer no cativeiro. Embora trabalhassem em nome da dogmática cristã-católica, o que concebe um plano sobrenatural, eles sempre observaram o mundo real e nesse mundo real agiram em benefício dos homens. Porque, afinal de contas, eram homens e mulheres escravizados pelas forças opressoras, detentoras do poder econômico.

     O governador do estado do Amazonas, Zé Melo, em processo de cassação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e que faz parte do grupo reacionário de alcunhados políticos que há mais de trinta anos trabalham pelo atraso no estado, em entrevista, afirmou que entre os presos, 56, do massacre no Sistema Prisional Anísio Jobim, em Manaus, não havia um santo. Com essa afirmação ele apresentou dois tipos de ignorância. Uma hagiográfica. E outra capitalista-jurídica. Porém, as duas sintetizadas em uma moralidade claramente burguesa.

     Em sua ignorância hagiográfica, Zé Melo, mostrou que não sabe nada do mais elementar sentido de ser santo. Ele não sabe que santo não vai preso. Mesmo que fosse não ficaria um segundo preso, visto que tem o dom da imaterialidade. Por isso que pode em plano distante se comunicar com seus crentes. Inclusive presos. O que significar, para a sociedade, que o cristianismo de Zé Melo é apenas da ordem psicológica compensatória. Ou seja, em benefício próprio. Um solipsismo.

    Em sua ignorância capitalista-jurídica, Zé Melo, não sabe que uma grande maioria de detentos que estão confinados nos presídios, cometeram crimes impulsionados por corpos capitalistas. Assaltos a bancos, assaltos à mão armada, tráfico de drogas, latrocínio, arrombamento, furto, corrupção, etc. Crimes que são investigados, julgados e condenados pelo poder judiciário que no seu sentido hierárquico encontra-se abaixo do poder econômico. Logo, os crimes desses detentos estão incluso em todo o corpo do capitalismo, e o que os diferencias de outros crimes, também com sentido capitalista no Estado, como benefícios a estamentos privilegiados, é a moral. Não a moral puramente. Mas a moral aplicada por quem tem, ou se acha, com autoridade para usá-la contra outros. Daí, porque Zé Melo, crente de sua moral, afirmou a sua sentença judicativa: “não morreu nenhum santo”. Zé Melo pode ser cassado por força de acusações que implicam corpos capitalistas.

      As duas ignorâncias de Zé Melo, conjuntamente, podem ser entendidas, sinteticamente, como prova do desconhecimento da política jurídica. Quando ele afirma da inexistência de “santos” entre os mortos, ele tenta buscar apoio dos acusadores (não esquecer que para a psicanálise todo acusador compulsivo tenta esconder suas culpas) que são adeptos e defensores da máxima anticristã que diz que “bandido bom é bandido morto”.

     Só que entre fantasias sobrenaturais e imorais, ele, não sabe que a sociedade civil sabe que o preso encontra-se como custódia do Estado. Tem que ser protegido, mesmo preso, pelas leis do Estado que o condenou em um determinado estrato social-jurídico. E mais, o sentido cristão de presídio é de recuperação. Ou de reeducação para que o preso possa ser reintegrado na sociedade como sujeito-produtivo. Mesmo que seja para ser explorado pelo sistema capitalista como mão de obra barata.

    Zé Melo tentou produzir empatia com a sociedade apelando para a questão santificante e moralizante para eximir seu governo da responsabilidade pelo morticínio-prisional, mas se frustrou: ele não obteve respaldo. Tudo porque Zé Melo não atenta para o mundo ao seu redor com seus signos dominantes que não atendem a questão humana. Se fosse atento teria feito à crítica do sistema dominante e saberia, como diz o filósofo francês Jean Baudrillard, que assim como “existe a Disney para fazer de conta que existe um mundo adulto, existem os presídios para fazer de conta que existe uma sociedade justa”.

      Se soubesse destas obviedades seria um excelente governador. Mas, como mostra que não sabe, fica só como Zé Melo.  

“CONTRA CORRUPÇÃO, QUEBRA-SE A ODEBRECHT, MAS SE PROTEGEM AS ESTRANGEIRAS”, ARTIGO DA ILUSTRE, HONESTA E ENGAJADA JORNALISTA PATRÍCIA FAERMANN PARA O GGN

Jornal GGN – A cooperação aceita pelos procuradores da República da força-tarefa da Lava Jato no Brasil com a Justiça norte-americana, desde o fim de 2014, teve um de seus desfechos no final do último ano. O resultado foi a tutela das autoridades brasileiras para Departamento de Justiça dos Estados Unidos investigar e fiscalizar as empresas nacionais.
 
Desde o início da cooperação internacional, os procuradores anunciavam que o intercâmbio era positivo ao país. Um dos gestos mais simbólicos da extensão dessa aliança na Operação foi a visita do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em fevereiro de 2015, aos Estados Unidos, para fechar um acordo de “entendimento” com o Banco Mundial contra a corrupção.
 
Aquele era o início da abertura dos investigadores brasileiros à fiscalização e controle dos EUA, ainda que infringindo medidas de proteção do Estado contra a soberania nacional.
 
No dia 21 de dezembro de 2016, o Departamento de Justiça norte-americano concluía uma das principais etapas desta colaboração. Anunciava um acordo assinado pela Odebrecht, por intermédio dos procuradores da República brasileiros, para pagar multas aos EUA e Suíça, além do Brasil, pelas práticas ilícitas e de corrupção [leia aqui].
 
 
Mas a investigação dos Estados Unidos não se limitou a apontar atos de suborno e repasses de propinas da Odebrecht no país da América do Norte. A apuração comandada pelo procurador de Justiça, Robert L. Capers, e pelo chefe da Seção de Frade da Divisão Criminal, Andrew Weissmann, elencou os doze países que a empreiteira brasileira teria cometido ilegalidades, incluindo o Brasil [leia aqui].
 
Os cálculos dos investigadores norte-americanos foram de mais de US$ 780 milhões de pagamentos corruptos, envolvendo políticos e intermediários, em mais de 100 projetos em doze países.
 
A contexto de interesses dos Estados Unidos sobre a fiscalização da empresa brasileira, a Odebrecht ocupa o 13º lugar das empresas que mais conseguiram contratos públicos bilionários no ano de 2015, segundo os dados mais recentes da Engineering News-Record (ENR). Em comparação com os próprios EUA, só ficam à frente da brasileira duas construtoras norte-americanas, a Bechtel e Fluor Corp. 
 
Já do ponto de vista de sobrevivência da empreiteira, a Odebrecht possui mais de 70% de sua carteira de lucros com contratos fora do Brasil. E é diante disso que a empresa é fortemente ameaçada pelos bloqueios recentes e sucessivos dos países estrangeiros com que mantém contratos hoje.
 
Como naturalmente esperado, foi a partir do anúncio do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, com os números de corrupção, que os países mencionados ativaram alertas de suas Justiças e iniciaram a paralisação de novas contratações da empreiteira pelo mundo.
 
Até o momento, já foram três dos onze países a anunciar o bloqueio: Panamá, Peru e Equador [leia aqui]. Como se não bastasse para a ameaça da empreiteira, jornais brasileiros começaram a pressionar o país a repetir a postura dos demais mundo afora.
 
Reportagem publicada nesta quinta-feira (05) pela Folha de S. Paulo cobra: “enquanto  outros países vêm proibindo contratos com a Odebrecht, diante da revelação pelo Departamento de Justiça americano de irregularidades, as empresas do grupo continuam autorizadas a ser contratadas pelo poder público no Brasil.”
 
O tom rebaixador da publicação vai além: como se o Brasil não fizesse o que supostamente deveria, relata que a empresa assinou um acordo de leniência, que em troca de cooperar com as investigações e implantar mecanismos de controle e fiscalização internos, garante a autorização para seguir obtendo contratos com a União.
 
Mas destacou que, ainda que protegida pela leniência, a Odebrecht “pode ser barrada de licitações no Brasil por determinação do Ministério da Transparência (antiga CGU) e do Tribunal de Contas da União [TCU]”. E deu o alerta de que o TCU hoje analisa a inidoneidade das empresas investigadas pela Lava Jato.
 
Por outro lado, se do exterior para o Brasil a cobrança dos países está sendo dura e colocando em risco a sobrevida da empreiteira nacional, daqui para o exterior a rigidez não é a mesma.
 
 
Intitulada “Dois pesos?“, coluna de Sonia Racy do Estadão já mostrava as diferenças há um ano e meio. “A dinamarquesa Maersk e mais outras 21 empresas internacionais com sedes na Itália, Holanda, EUA, Grécia e Cingapura foram citadas nas delações premiadas da Lava Jato como envolvidas no esquema de corrupção da Petrobrás”, publicava a jornalista.
 
Seguindo: “Entretanto, elas não foram alvo de bloqueio cautelar da estatal – medida que impediria temporariamente assinatura de novos contratos com ela. Para as companhias nacionais, o bloqueio está valendo”.
 
Ainda naquela época, em junho de 2015, a Odebrecht apontava mais de vinte empresas internacionais envolvidas em corrupção junto à Petrobras. O bloqueio e avanço da investigação, contudo, ameaçou somente a própria estatal brasileira.
 
São elas: Maersk, Jurong, Kawasaki, Keppel Fels, Mitsubishi, Rolls-Royce, Samsung, SBM, Sembcorp Marine, Skanska, Techint, Toyo, Mitsui, Toshiba, Sargent Marine, Astra Oil, GB Marine, Trafigura, Glencore, Ocean Rig, Pirelli e Sevan.
 
Para se ter uma ideia, um ano após as denúncias contra a dinamarquesa Maersk Line, a maior operadora mundial de transporte de contêineres por navios só se viu ameaçada financeiramente pelo contexto global de baixa nas cotações dos fretes.
 
Mas, nem por isso, deixou de atuar e expandir seu mercado. Em fevereiro de 2016, anunciava a unificação de suas operações no Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai, e uma nova atuação no mercado de cargas congeladas, principalmente carnes. E ainda que projetando um ano “fraco”, contabilizava crescimento de 1% a 3% no último ano.
 
O representante da empresa dinamarquesa na América Latina é o panamenho Antonio Dominguez, que assume a diretoria da operação da Maersk Line na costa leste da América do Sul. Curiosamente ou não, o Panamá foi o primeiro país a anunciar o bloqueio contra a Odebrecht [leia aqui].
 
No dia 27 de dezembro, o ministro da Presidência do Panamá, Álvaro Alemán, proibiu que a empreiteira “obtenha qualquer contrato em futuros processos de licitação pública”, até que a Odebrecht demonstre “uma colaboração efetiva e eficaz nas investigações do Ministério Público e se garantam os valores que o grupo deve restituir ao Estado”.
 
Não apenas impediu futuras contratações, como também paralisou obras em andamento já garantidas para a carteira da empresa brasileira. O governo panamenho anunciou que cancelará “sem custo para o Estado” um contrato com a Odebrecht para a construção de um hidrelétrica. 
 

“JORNALISTA DEMITIDO APÓS CRITICAR GOVERNADOR DO AMAZONAS JÁ VINHA SOFRENDO CENSURA”, ARTIGO DA PROBA, INTELIGENTE E COMBATIVA JORNALISTA CÍNTIA ALVES PARA O GGN

Jornal GGN – O jornalista Clayton Pascarelli, demitido na quarta (4) da bancada do Bom Dia Amazônia, já vinha sofrendo, desde o ano passado, pressão de dirigentes da filial da Globo para cessar críticas a políticos do governo estadual e da prefeitura da capital.

O GGN confirmou que a saída de Pascarelli do programa que apresentava há quatro anos teve dedos do governo José Melo, que não aceitou o comentário feito pelo jornalista durante o programa transmitido na edição matinal de terça-feira (3), um dia após a rebelião no Compaj, que deixou 56 mortos.

Melo convocara a imprensa para informar que adotaria um pacote de medidas duras para tentar controlar o sistema penitenciário. A primeira medida, segundo o governador do Pros, seria “acabar com as regalias dos presos”.

No ar, a companheira de bancada de Pascarelli, Luana Borba, indagou se a expressão era adequada. O apresentador, por sua vez, finalizou a veiculação da matéria com a seguinte frase: “Deste governo, nada me assusta mais.”

Pascarelli recebeu o aviso de que não mais apresentaria o Bom Dia Amazônia por volta das 19h daquele mesmo dia. Ele também foi avisado de que o diretor Aluísio Daou, diretor e vice-presidente da Rede, queria conversar, mas a agenda não aconteceu.

Um dos gerentes de Pascarelli deixou claro que a demissão se deu por conta dos comentários sobre política.

“Amigos, a partir desta quarta, 4 de janeiro de 2017, não faço mais parte do grupo Rede Amazônica. Foram 11 anos de trajetória neste lugar que sempre tive como a minha casa. Comecei como estagiário, virei produtor, fui promovido a repórter, me tornei apresentador. Desenvolvi projetos em prol das pessoas que gostam do meu trabalho. Foi aqui que me firmei como jornalista e construí um nome. Agradeço imensamente a todos os meus superiores, principalmente aos doutores Milton Cordeiro e Phelippe Daou pela isenção, credibilidade e liberdade que me deram. Sem contar o aprendizado destes anos todos. É vida que segue e eu mando notícias! Obrigado aos amigos de todo lugar do Brasil pelas mensagens. Deus sabe o que é melhor para a gente. Abração”.

O GGN apurou que as investidas para cercear a opinião de Pascarelli começaram ainda em 2016, pouco tempo após a morte de Phelippe Daou, fundador da Rede Amazônica.

“Doutor Phelippe Daou era um homem íntegro e tinha como lema verdade, justiça e liberdade. Ele sempre segurou a peteca e dizia que o trabalho jornalístico da emissora não tinha preço, que eles não se venderiam. Mas os filhos não seguraram a peteca”, disse uma fonte ligada à Rede, sob anonimato.

Com a mudança de direção, Pascarelli recebeu o primeiro pedido para que seus comentários fossem redigidos com antecedência para avaliação da emissora. Ele negou essa condição e reafirmou a necessidade de ter independência para executar seu trabalho.

Ainda segundo apurou o GGN, Pascarelli já esperava pelo desligamento da emissora após a repercussão do programa. Jornalistas da Rede Globo foram acionados para tentar fazer com que Ali Kamel intercedesse em favor do apresentador, mas não houve tempo.

Pascarelli disse a interlocutores que saiu “tranquilo” da Rede Amazônica, lamentando que a situação seja de prejuízo à independência jornalística da classe. Ele já recebeu convites da Record e SBT locais, e conversa com outras emissoras.  

TRÊS CRIAÇÕES LOQUAZES SOBRE TEMER DO CHARGISTA CLÁUDIO DUARTE

1 – Manaus Cala-te!

2 – Nordestino.

3 – Tucano no Tapete.

“O DESMONTE DO ESTADO BRASILEIRO COMO PARTE DO GOLPE DE 2016”, É A NOVA EDIÇÃO DA REVISTA GARRA DO SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS DE PERNAMBUCO

Jornal GGN – A edição anual da Revista Garra, iniciativa do Sindicato dos Servidores Públicos Federais de Pernambuco (Sindsep-PE), traz, em 2017, um retrato do golpe de Estado executado contra a democracia brasileira. Entre matérias, artigos e entrevistas, especialistas explicam as consequências do impeachment sem crime de responsabilidade e o efeito deste processo na sociedade.

A edição “O desmonte do Estado brasileiro como parte do Golpe 2016”, reúne assuntos que serviram como pano de fundo para o impeachment, como a crise econômica. Além de trazer matérias e análises de projetos resultados do golpe, como a PEC 55/2016, o PL-555, as privatizações, a entrega do Pré-Sal, as reformas Trabalhistas e da Previdência, entre outras consequências.   

Entre os autores e entrevistados da edição estão o sociólogo Emir Sader; Guilherme Boulos, líder do MTST; Paulo Salvador, diretor da Rede Brasil Atual; a economista Tânia Bacelar; a atleta Joana Maranhão; os músicos Geraldo Azevedo e Fred Zero Quatro; e o poeta Miró.

A revista também conta com a participação do diretor da Anfip, Floriano Martins; do presidente da CUT, Vagner Freitas; do membro da Auditoria Cidadã, Paulo Lindsay; da coordenadora geral do Sindsep-PE, Graça Oliveira; dos cientistas políticos Michel Zaidan e Túlio Velho Barreto; e dos políticos Silvio Costa e Paulo Rubem Santiago, entre outros.

Os leitores da Garra ainda poderão conferir uma retrospectiva das ações promovidas pelo Sindsep-PE durante 2016 e uma seleção de charges do pernambucano Samuca, publicadas nos jornais mensais do Sindicato no ano passado.

A Garra é uma publicação mensal do Sindsep-PE, em formato de jornal. Mas, ao fim de cada ano, a Garra ganha uma edição em Revista, que sempre aborda um tema diferente. A Revista também é disponível em formato digital. Para conferir, clique (aqui). 

“SOMBRAS DA DITADURA”, TEXTO DE JOSÉ ARBEX JR.

Texto de José Arbex Jr. para o site Caros Amigos.

Por José Arbex Jr.

As cenas, documentadas em vídeo, poderiam ter ocorrido nos áureos tempos da ditadura militar: policiais civis fortemente armados invadem, sem mandado judicial, as dependências da Escola Nacional Florestan Fernandes, situada em Guararema, a 70 quilômetros de São Paulo. Durante a ação, disparam três tiros de balas de revólver (não de borracha, mas balas comuns, usadas para ferir e matar) e prendem dois militantes do MST, liberados após prestarem depoimento. Tudo acontece numa sexta-feira, 4 de novembro, como parte de uma operação batizada como “Castra”, que envolve os estados do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul, e tem como principal objetivo prender e criminalizar as lideranças dos acampamentos dom Tomás Balduíno e Herdeiros da Luta pela Terra, militantes assentados da região central do Paraná. No Paraná, oito militantes são presos. Em Sidrolândia (MS), três viaturas policiais com placas do Paraná invadem o Centro de Pesquisa e Capacitação Geraldo Garcia (Cepege).

Os locais atacados são simbólicos. São “santuários” do saber, visitados e frequentados por alguns dos mais importantes intelectuais do mundo e do Brasil, incluindo Noam Chomski, Tariq Ali, Paulo Arantes, Marilena Chauí e muitos outros que dão aulas e preparam cursos de altíssima qualidade, com todo rigor acadêmico – de agroecologia a economia política. Apenas a biblioteca da ENFF reúne algo como 60 mil exemplares. Por suas salas de aula já passaram dezenas de milhares de estudantes brasileiros, da América Latina e da África – são camponeses, operários, trabalhadores urbanos, homens e mulheres de todas as faixas etárias, incluindo as crianças que recebem cuidados nas creches (cirandas), enquanto duram os cursos.


USAR O CONTROLE REMOTO É UM ATO DEMOCRÁTICO!

EXPERIMENTE CONTRA A TV GLOBO! Você sabe que um canal de televisão não é uma empresa privada. É uma concessão pública concedida pelo governo federal com tempo determinado de uso. Como meio de comunicação, em uma democracia, tem como compromisso estimular a educação, as artes e o entretenimento como seu conteúdo. O que o torna socialmente um serviço público e eticamente uma disciplina cívica. Sendo assim, é um forte instrumento de realização continua da democracia. Mas nem todo canal de televisão tem esse sentido democrático da comunicação. A TV Globo (TVG), por exemplo. Ela, além de manter um monopólio midiático no Brasil, e abocanhar a maior fatia da publicidade oficial, conspira perigosamente contra a democracia, principalmente, tentando atingir maleficamente os governos populares. Notadamente em seu JN. Isso tudo, amparada por uma grade de programação que é um verdadeiro atentado as faculdades sensorial e cognitiva dos telespectadores. Para quem duvida, basta apenas observar a sua maldição dos três Fs dominical: Futebol, Faustão e Fantástico. Um escravagismo-televisivo- depressivo que só é tratado com o controle remoto transfigurador. Se você conhece essa proposição-comunicacional desdobre-a com outros. Porque mudanças só ocorrem como potência coletiva, como disse o filósofo Spinoza.

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CAMPANHA AFINADA CONTRA O

VIRTUALIZAÇÕES DESEJANTES DA AFIN

Este é um espaço virtual (virtus=potência) criado pela Associação Filosofia Itinerante, que atua desde 2001 na cidade de Manaus-Am, e, a partir da Inteligência Coletiva das pessoas e dos dizeres de filósofos como Epicuro, Lucrécio, Spinoza, Marx, Nietzsche, Bergson, Félix Guattari, Gilles Deleuze, Clément Rosset, Michael Hardt, Antônio Negri..., agencia trabalhos filosóficos-políticos- estéticos na tentativa de uma construção prática de cidadania e da realização da potência ativa dos corpos no mundo. Agora, com este blog, lança uma alternativa de encontro para discussões sociais, éticas, educacionais e outros temas que dizem respeito à comunidade de Manaus e outros espaços por onde passa em movimento intensivo o cometa errante da AFIN.

"Um filósofo: é um homem que experimenta, vê, ouve, suspeita, espera e sonha constantemente coisas extraordinárias; que é atingido pelos próprios pensamentos como se eles viessem de fora, de cima e de baixo, como por uma espécie de acontecimentos e de faíscas de que só ele pode ser alvo; que é talvez, ele próprio, uma trovoada prenhe de relâmpagos novos; um homem fatal, em torno do qual sempre ribomba e rola e rebenta e se passam coisas inquietantes” (Friedrich Nietzsche).

Daí que um filósofo não é necessariamente alguém que cursou uma faculdade de filosofia. Pode até ser. Mas um filósofo é alguém que em seus percursos carrega devires alegres que aumentam a potência democrática de agir.

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