A questão da luta pelos direitos dos rodoviários em Manaus é muito antiga. A relação íntima dos empresários de transporte coletivo com os prefeitos cria um grande obstáculo para que essa questão seja solucionada. Em tempo de eleição já é comum candidatos receberem auxílio desses empresários. Fato que compromete todos os seguimentos desse serviço público, como o caso dos direitos dos rodoviários.
Na manhã de hoje, dia 17, esses profissionais iniciaram uma greve que alcançou 100% de seus profissionais. O que significou que a população que depende do transporte coletivo foi mais afetada. Que é a maioria da população de Manaus. Diante da situação de paralisação geral, o juiz plantonista Adilson Maciel Dantas, determinou, através de liminar, que os rodoviários colocassem em circulação 100% da frota de ônibus. Como a diretoria do sindicato decidiu continuar a greve o juiz mandou prender os responsáveis pela greve.
“Não sei em quem o Sindicato dos Trabalhadores se confia para desafiar, de forma tão desarvorada, o cumprimento de uma ordem judicial e, pior, adotando uma posição que compromete toda a sociedade que depende desse serviço de transporte coletivo – que é de natureza essencial.
Quantos perderam o dia de trabalho, o dia de aula, tudo por conta de uma decisão irresponsável, autoritária, que desafia que desafia o Poder Judiciário, afronta o Estado Democrático de Direito e pretende impor à Justiça e à sociedade as decisões unilaterais do Sindicato obreiro, em detrimento de toda a sociedade?
Cumpra-se, como de estilo, porque decisão judicial foi feita para ser cumprida ou discutida pelas vias legais, nunca por simples voluntarismo de quem quer que seja”, “, disse o juiz.
A decisão do juiz determina as prisões dos seguintes dirigentes: Givancir de Oliveira Silva, Josildo de Oliveira Silva, Élcio Campos Rêgo, João Batista Rodrigues do Nascimento, Jaildo de Oliveira Silva – o Jaildo dos Rodoviários, vereador reeleito pelo PC do B, e Josenildo de Oliveira e Silva.
E a população pergunta: “E por onde anda o prefeito?”.
O prefeito é Arthur Neto, do PSDB, que quando senador ameaçou surrar Lula. E quando pela primeira vez eleito prefeito de Manaus nos tempos de Collor, em sua campanha, afirmou resolver os problemas do transporte coletivo em Manaus. Hoje, em seu terceiro mandato, esse tipo de serviço público continua pior do que antes.
O prefeito de Manaus quando iniciava a greve lá pelas quatro da manhã se encontrava numa área remota do Aeroporto de Cumbica em Sampa de onde seria transportado num ônibus lotado da Infraero. Não admitia que amazonenses fossem confinados numa Sibéria daquela e nem que fossem transportados em busão lotado. Faria um protestos para o Adm. da Infraero. Segundo informações o prefeito foi à terra dos Bandeirantes fazer um checape. Na cabeça que foi revirada do avesso não deu nada. Uma fonte revelou mais tarde que não tinha que dar nada mesmo porque o prefeito não tem cérebro. Enquanto isso os manauaras passaram amanhã, a tarde e a noite trolando o jiujiuticeiro.