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Published domingo, 22 janeiro, 2017 Diario do Centro do Mundo , Direita , golpe , golpista , Morte , Sem-categoria Leave a CommentManifestantes tentaram impedir acesso à posse de Trump
Published domingo, 22 janeiro, 2017 Carta Maior Leave a CommentMuitos grupos se mobilizaram neste da sexta-feira (20/01), em diversas cidades, em iniciativas que se seguirão até culminarem na Marcha das Mulheres.
La Vanguardia, da Espanha.
Donald Trump se tornou, nesta tarde, o 45º presidente dos Estados Unidos, e já começa com uma popularidade de pouco mais de 40% e uma rejeição inédita para um mandatário recém-empossado na história do país. Algo que se pode observar na avalanche de manifestações e protestos contra o magnata republicano, realizadas em Washington e muitas outras cidades em seu país e no mundo, que culminarão na Marcha das Mulheres, convocada para este sábado (21/01), na capital estadunidense, e na qual se prevê multitudinária participação, conforme repercussão do evento na imprensa e nas redes sociais, além de réplicas em diferentes cidades em todo o planeta.
Nesta sexta-feira (20/01), grupos de manifestantes tentaram impedir o acesso à cidade de Washington, com o objetivo de estragar o tom festivo dos preparativos para a posse do novo mandatário, em cerimônia que se realizou desde as primeiras horas da manhã, e que foi seguida de um desfile militar.
Entre as organizações presentes estavam grupos de jovens anarquistas, que formaram uma enorme corrente humana para bloquear as entradas ao evento. Em alguns pontos houve distúrbios e choques entre os manifestantes e a polícia. Os opositores ao novo presidente traziam bandeiras com arco-íris e cartazes dizendo “No Trump” (“Não a Trump”). Muitos deles ingressaram no perímetro onde se realizavam os eventos e foram vistos em diversos pontos da Avenida Pensilvânia ou da esplanada do National Mall.
Uma forte presença de agentes policiais do Departamento de Segurança Nacional e de outros corpos observava de perto o transcorrer pacífico das ações coordenadas pelo coletivo anarquista DisruptJ20, que reconhece não ter autorização para este tipo de manifestações.
O DisruptJ20 espera que haja detenções de seus manifestantes, que se enfrentaram na noite de ontem com simpatizantes do republicano Trump.
Apesar dos protestos, os simpatizantes do empresário tiveram acesso normal ao perímetro de segurança, onde puderam ver a assunção ao poder do novo presidente e da primeira-dama, a eslovena Melania Trump, e também assistir o seu primeiro discurso no Capitólio.
Dezenas de milhares de manifestantes marcharam em vários pontos outros pontos da cidade de Washington, até confluir numa praça o mais perto possível da Casa Branca, enquanto outras organizações tentaram, sem sucesso, concentrar opositores de Trump num espaço em frente à Avenida Pensilvânia, a poucos metros do lugar por onde o novo presidente desfilou esta tarde.
Uma porta-voz do grupo Answer Coalition (“Resposta em Coalizão”) informou que espera um grande grupo de manifestantes durante toda a jornada desta sexta, inclusive na praça do Memorial da Marinha, anexa à avenida pela qual passa o desfile, onde podem expressar seu desagrado com o novo presidente dos Estados Unidos.
Os protestos buscam deixar claro a rejeição de um grande número de estadunidenses às políticas anunciadas por Trump, que ganhou as eleições pelo voto do colégio eleitoral, embora tenha perdido em termos de votos absolutos, com cerca de três milhões de votos a menos que sua adversária, a democrata Hillary Clinton.
Protestos na véspera
As primeiras manifestações contra o novo presidente aconteceram ainda na quinta-feira (19/01), em centenas de escolas de Los Ángeles, onde estudantes, professores e pais se concentraram contra “as políticas anti-imigrantes” de Trump. Se espera que a cidade californiana, considerada “capital dos indocumentados do país”, seja palco de protestos massivos durante todo o fim de semana, com a participação de mais de 90 grupos.
Ainda na quinta-feira, durante a noite, dezenas de opositores de Trump se enfrentaram em Washington com alguns de seus partidários, no lado de fora do Clube Nacional de Imprensa, onde diferentes grupos celebravam a posse do empresário novaiorquino. A festa dos partidários de Trump foi chamada pelos próprios participantes de “DeploraBall”, um jogo de palavras em inglês que significa “baile dos deploráveis”.
Primeiros enfrentamentos em Washington
“Deploráveis” foi o desafortunado adjetivo que Hillary Clinton, candidata democrata derrotada por Trump nas últimas eleições presidenciais, utilizou num evento de sua campanha, para definir a “metade dos seguidores de Trump”. Manifestantes com insígnias contrárias a Trump e convidados do baile de gala se enfrentaram verbalmente, e a polícia terminou usando gás pimenta para dispersar o protesto.
Também houve marchas planejadas nas principais cidades da Califórnia, onde se declarou “guerra” às políticas de Trump, especialmente em matéria de imigração e saúde. Em cidades como Chicago as manifestações reuniram dezenas de milhares de pessoas. Entre elas, uma convocada pela organização Famílias Trabalhadoras Unidas. Além disso, também está prevista uma mobilização em Nova York, a partir do final da tarde e até a meia-noite, em frente à Torre Trump.
Dispositivo de segurança
Cerca de 28 mil membros de diferentes corpos de segurança formaram parte do massivo dispositivo que operou em toda a cidade de Washington e arredores. Uma fortaleza com barricadas e veículos espalhados ao longo de um extenso perímetro, para evitar ataques de “lobos solitários”, como os caminhões que atacaram em Nice (França) e Berlim, no ano passado.
Tradução: Victor Farinelli
Leitores Intempestivos