
Fazer o quê?
Produção Afinsophia.
O senador do PMDB pelo Amazonas, Eduardo Braga, faz parte do grupo-ideológico de representantes legislativos que participaram do golpe que usurpou o cargo da presidenta Dilma Vana Rousseff, eleita com mais de 54 milhões. Ele, mais o senador Omar Aziz e mais os oito deputados federais participaram decisivamente na execução da violência contra a democracia que colocou no poder o dublê de presidente, o golpista-mor, Michel Temer. Golpista, que para parte do judiciário, maioria do Congresso Nacional e mídias-acéfalas tinham como necessário para levar a efeito o plano de assaltar o Estado Brasileiro como hoje vem ocorrendo. Ele foi um dos governadores que mais benefícios recebeu dos governos populares Lula e Dilma para serem aplicados no desenvolvimento do estado. Além de ainda ser indicado ministro no governo Dilma.
Eduardo Braga é originário de família burguesa do Amazonas e começou sua escalada de “sucesso” no ramo da alcunhada vida partidária com o apoio do grupo mais reacionário que já existiu no estado. Foi apadrinhado e esteve sempre unido aos ex-governadores Gilberto Mestrinho e Amazonino Mendes. Foi prefeito indicado por Amazonino, depois governador e, agora, é senador. Portanto, transpira o odor do que há de mais atrasado na apelidada política brasileira. Teve encadeamentos interesseiros com os outros reacionários como ex-governadores Omar Aziz, que foi seu vice, hoje senador, e o cassado Zé Melo. Portanto, tem um currículo reacionário invejável.
Com a cassação de Zé Melo a lei manda que haja eleições diretas. Eduardo Braga, como não podia ser diferente para seus planos, é candidato. Como candidato, pretende que não haja qualquer suspeita sobre sua consciência democrática. Daí, que como participou do golpe que vem destruindo a economia brasileira, proporcionando a situação perversa explicitada por mais de 14 milhões de desempregados, a destruição da Previdência Social e predação de outros setores da sociedade brasileira, além da nudez completa dos agentes da corrupção de seu partido, decidiu se mostrar companheiro dos trabalhadores em voto separado, ontem, dia 22, contra a Reforma (entenda-se: deforma) Trabalhista na Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJ), do Senado.
“O que se tem verificado é a completa submissão do trabalhador aos interesses do empresariado. A matéria tem sido discutida de forma açodada. Em que se pese as inúmeras sugestões enviadas pelas diversas representações dos trabalhadores e da sociedade civil, não houve qualquer alteração do conteúdo do projeto de lei em exame, como se ele refletisse os anseios de patrões e empregados”, afirmou o “revolucionário” Eduardo.
Diante do pronunciamento, alguns analfabetos políticos, antibrecheteanos, podem dizer: “Quem sabe que o Dudu não mudou?”. A narrativa do Amazonas mostra que não: ele, certa vez, simulou que iria se separar dos reacionários: ganhou o apoio de Amazonino que o indicou para o governo chamando-o de “Meu garoto”. E, teimando, os analfabetos políticos, podem continuar: “Mas quem sabe que ele, pelo menos, aprendeu a a valorizar o trabalhador”. Não. Só quem sabe do trabalhador é o próprio trabalhador, não precisa nem ter estudado Marx. E mais, Eduardo, como muitos dos representantes chamados de políticos do Amazonas, nunca vivenciaram a práxis(ação) e a poieses (criação) do trabalho, que leva o trabalhador a ser voz de si mesmo. Essa gente só teve emprego no Legislativo e Executivo. Trabalho é a práxis e a poieses que mudam a figura do mundo, como diz o filósofo Sartre, sobre ação do Para-si.
De formas que Eduardo Braga reafirma a tradicional lógica do meu pirão primeiro. Ou, como diz Brecht: “Primeiro a barriga depois a moral!”
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