Arquivo para 4 de setembro de 2017

BOB FERNANDES: LAVA JATO OCULTOU DA RECEITA PAGAMENTO A ADVOGADO AMIGO DE MORO E FAZ-SE SILÊNCIO

PARA PRODUZIR PROVAS, MORO NEGA TEMPO À DEFESA DE LULA

Jornal GGN – O juiz de piso Sérgio Moro negou o pedido de defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para suspender os interrogatórios relacionados ao processo que apura a suposta compra de um terreno para a construção de sede do Instituto Lula e de um imóvel vizinho à sua residência, em São Bernardo do Campo.
 
A defesa de Lula solicitou mais tempo para verifica os documentos recentemente juntados pelo Ministério Público Federal (MPF) aos autos do processo e para levantar arquivos de defesa. Entretanto, Moro negou a suspensão.
 
Nesta segunda-feira (04), o juiz de primeira instância, de Curitiba, considerou que os advogados deverão se defender no momento do interrogatório, “formulando” as respostas ali. “Rigorosamente, vários dos questionamentos da defesa quanto aos documentos juntados pelo MPF e pela defesa de Marcelo Bahia Odebrecht poderão ser formulados aos acusados em seus interrogatórios, sendo a manutenção das oitivas também úteis por esse motivo”.
 
Ou seja, o juiz de primeira instância, da Vara Federal de Curitiba, quis utilizar justamente a falta de defesa para produzir provas contra o ex-presidente, no momento do interrogatório, ao não conceder maior tempo de preparo da defesa sobre os supostos indícios levantados ou, até mesmo, as contra-provas. O depoimento segue marcado para o dia 13 de setembro, em Curitiba.
 
 
“Não há base legal, porém, para a pretensão da defesa de Luiz Inácio Lula da Silva de requerer tais provas antecipadamente e com isso suspender o processo para aguardar a produção dessas mesmas provas”, acrescentou Moro.
 
Nesta ação, Lula foi denunciado por prática de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, e o juiz da Lava Jato em Curitiba inverteu o significado do estágio do processo, como se a atual fase fosse ainda de diligências. Segundo os procuradores que acusam o ex-presidente, a construtora Odebrecht pagou R$ 12,4 milhões pelo terreno onde seria construída a nova sede do Instituto Lula.
 
Na mesma peça, acusa Lula de receber vantagem indevida na compra por R$ 504 mil da cobertura vizinha à sua residência em São Bernardo do Campo. Para o MPF, este segundo apartamento foi registrado no nome de Glaucos da Costamarques, como um suposto “laranja” do ex-presidente, para dissimular a real propriedade que seria de Lula.
 

LUIS NASSIF: O DOLEIRO QUE FEZ PAGAMENTOS…

DCM EXCLUSIVO: ESCRITÓRIO DE DOLEIRO ALEGOU SIGILO PROFISSIONAL PARA NEGAR À RECEITA INFORMAÇÕES SOBRE CONTRATO COM ROSÂNGELA MORO

Por Joaquim de Carvalho

Eles e a planilha
Esta reportagem é fruto de um projeto de crowdfunding do DCM.Depois que a coluna Radar, da Veja, informou que o Ministério Público omitiu da investigação da Lava Jato documentos que mostravam a relação profissional de Rosângela Moro com o escritório de advocacia de Rodrigo Tacla Durán, começam a surgir outros dados que dão clareza a fatos que são suspeitos.

O escritório de Tacla Durán foi investigado pela unidade da Receita Federal em São José do Rio Preto, em procedimento de fiscalização conduzido pelos auditores Rogério César Ferreira e Paulo Cesar Martinasso.

No âmbito de suas atribuições, a Receita Federal investiga sonegação de tributos, mas esta pode ser apenas uma consequência da lavagem de dinheiro, que é o que efetivamente o escritório de Tacla Durán fazia.

Na relação, que acompanha o ofício assinado por Flávia Tacla Durán, irmã de Rodrigo, aparece o nome de Rosângela, de Carlos Zucolotto Júnior e do escritório de Zucolotto. Também aparece o advogado Leonardo Guilherme dos Santos Lima, que tem o mesmo sobrenome do procurador da república Carlos Fernando dos Santos Lima.

Flávia não informa detalhes sobre o trabalho realizado pelos advogados para os quais fez pagamentos. Para justificar o não atendimento dessa exigência da Receita, ela apresenta o resultado de uma consulta que fez ao presidente da OAB de São Paulo, Marcos da Costa.

“Conforme verificado na apresentação das presentes informações e documentos requisitados, o presente escritório de advocacia encontra-se devidamente inscrito em seu órgão de regulamentação profissional, sob número 13.242 e, portanto, submetido ao Regime do Estatuto da Advocacia (Lei número 8.906/94), razão pela qual, nos termos do instruído pela Ordem dos Advogados do Brasil, através do referido despacho proferido em 27/07/2015, do presidente da OAB – seccional de São Paulo, Dr. Marcos da Costa, ora acostado em sua íntegra, nos abstemos de apresentar o conteúdo completo dos trabalhos que pressupõe sigilo profissional”, escreve Flávia Tacla Durán.

O submundo que une Tacla Durán a advogados próximos de Sergio Moro começou a ser revelado pela jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, com a informação de que o advogado Rodrigo Tacla Durán, começou a escrever um livro em que pretende contar que o amigo de Moro, o advogado Carlos Zucolotto Júnior, lhe tentou vender facilidades na Lava Jato. Para trocar a prisão em regime fechado por prisão domiciliar, com tornozeleira, teria que fazer pagamentos por fora.

Agora, com o furo de Maurício Lima, do Radar, o cerco ficou mais próximo — a própria esposa do juiz aparece na relação do escritório que apareceu na Lava Jato como operadora de caixa 2 e lavagem de dinheiro para empreiteiras, entre as quais a Odebrecht. Em 2016, Moro determinou a prisão de Tacla Durán, quando este estava na Espanha, mas não conseguiu trazê-lo para o Brasil, pois a Espanha negou a extradição.

Rodrigo Durán é colaborador da justiça nos Estados Unidos e também na Espanha. Em entrevista ao jornal El País, Durán diz que a Odebrecht, uma das empresas para as quais fazia lavagem de dinheiro, pagou em propina pelo menos quatro vezes mais do que revelou no acordo de delação premiada homologado no Brasil.

Sergio Moro assinou dois mandados de prisão preventiva contra Durán, atendendo a pedido do Ministério Público Federal, que o acusava de celebrar contratos de fachada com empreiteiras para gerar caixa 2. O procurador da república Júlio Motta Noronha, que deu entrevista para falar da 36a. Operação de Lava Jato, em que as prisões de Durán foram decretadas, explicou assim a razão do pedido:

“Rodrigo Tacla Duran foi responsável por lavar dezenas de milhões de reais por meio de empresas controladas por ele, como a Econocell do Brasil, TWC Participações e Tacla Duran Sociedade de Advogados. Diversos envolvidos na Operação Lava Jato se valeram das empresas de Duran para gerar dinheiro e realizar o pagamento de propinas”, afirmou o procurador da República Julio Motta Noronha, da força-tarefa da Lava Jato.

Um gigante desses na lavagem de dinheiro (na prática, doleiro) teria que tipo de relação profissional com Rosângela Moro e também com Carlos Zucolotto Júnior? A respeito deste, logo que se revelou o que agora ganha dimensão de escândalo de grandes proporções, Moro veio a público para tentar minimizar os efeitos da informação de venda de facilidades na Lava Jato.

Diante da impossibilidade de negar o relacionamento entre o amigo e o réu, Moro disse:

“A partir das perguntas efetuadas, o sr. Carlos Zucolotto, consultado, informou que foi contratado para extração de cópias de processo de execução fiscal por pessoa talvez ligada a Rodrigo Tacla Duran em razão do sobrenome (Flávia Tacla Duran) e por valores módicos”, diz Moro.

Quem acredita que Zucolotto foi contratado para ir ao fórum e fazer xerox de processo acredita em tudo. O mesmo raciocínio vale para Rosângela.

Será que a esposa do juiz apareceu na relação de pagamentos de um escritório que faz lavagem de dinheiro para fazer serviços que, a rigor, poderiam ser feitos por um estagiário?

Se o que se pretende é passar o Brasil a limpo, chegou a hora de investigar fatos que comprometem Sergio Moro.

THE GUARDIAN: À PROCURA DE REVIVER BONANÇA POLÍTICA, HERÓI DA ESQUERDA CURTE SUCESSO NA ESTRADA

Texto e fotos: Dom Phillips for the Observer

Vestindo suas melhores camisetas vermelhas, carregando bandeiras e faixas, e em um estado de empolgação barulhenta, milhares de pessoas nesta cidade agrária pobre e empoeirada se aglomeravam na praça principal para ver Lula. Quando ele andava no palco, eles gritavam e esticavam suas mãos.

O mandato do líder barbudo de esquerda de voz rouca acabou sete anos atrás, ainda assim ele continua sendo o presidente mais popular em décadas, se não o mais popular de toda história do país.

“Você conhece um fenômeno maior que Luiz Inácio Lula da Silva?” pergunta Flávio Balreira, 65, usando o nome completo, coisa incomum no Brasil.

O ex-metalúrgico, líder sindical e presidente por dois mandatos que uma vez foi descrito por Barack Obama como “o político mais popular da Terra” tem cruzado o nordeste brasileiro, região semi-árida e empobrecida, para falar a multidões de adoradores como esta em Ouricuri, no estado de Pernambuco. Lula e sua equipe viajam em um comboio de ônibus, que ele chama de “caravana”.

“Eu quero agradecer ao presidente Lula”, disse Francilene da Silva, 44, uma empregada doméstica que se beneficiou de um programa de moradia criado durante os oito anos de governo Lula.

“Tem muita gente que entra no governo e não faz nada. Ele fez alguma coisa,” disse Fabiana de Lima, 36, pequena proprietária, explicando que um programa de transferência de renda que ajudou 36 milhões de pessoas a escapar da pobreza extrema ainda “segura” a cidade. “Ele ajudou os pobres”.

Lula nasceu na pobreza de pés no chão a pouco mais de 500 quilômetros dali e seu governo transformou a vida de muitos por ali. Mas esta não é apenas uma viagem de pré-campanha antes das eleições presidenciais do ano que vem, quando Lula espera se candidatar a um terceiro mandato. É também uma briga por seu futuro, sua vida política e seu legado.

“A caravana é a confirmação de que vale a pena ser honesto com as pessoas”, ele disse em entrevista ao jornal inglês Observer, “que vale a pena fazer o que as pessoas querem e que vale a pena governar para os mais pobres”.

Em julho ele foi sentenciado a nove anos e seis meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro – e ele ainda terá de encarar mais quatro julgamentos, todos relacionados ao que os procuradores afirmam ter sido seu papel no comando de uma “organização criminosa” envolvendo a Petrobras, petrolífera controlada pelo Estado, e a contratação de empresas que tiveram grande crescimento durante seus mandatos.

Se uma corte superior confirmar a decisão, ele não poderá se candidatar, mesmo se a condenação não implicar em prisão.

Uma investigação de três anos, chamada Operação Lava Jato, sobre bilhões de dólares de corrupção e propinas levou à prisão políticos do PT de Lula e de seus antigos aliados no Congresso, intermediários e executivos poderosos. Lula disse que não há evidência contra ele e argumenta que ele está sendo objeto de uma guerra legal com motivações políticas – “lawfare” – para impedi-lo de concorrer. Na sexta-feira, promotores pediram sua absolvição em um dos casos.

A caravana foi sua resposta, de acordo com Marcus Melo, um professor de ciência política na Universidade Federal de Pernambuco.

“Ele está aquecendo os músculos”, disse Melo. “Mostrando força e popularidade, ele aumenta a credibilidade de uma narrativa de politização”.

Em Ouricuri, os oradores disseram que antes de o Partido dos Trabalhadores chegar ao poder, em 2002, pessoas famintas em desespero saqueavam lojas quando as chuvas não vinham. Sob Lula, 1,2 milhão de famílias receberam sistemas de armazenamento de água e não houve saques durante a seca atual, que já dura sete anos.

“Eu quero que eles provem uma coisa contra mim”, disse Lula à multidão, que cantava seu nome. “Eu quero tomar conta dos mais pobres”.

Ele já está liderando pesquisas antecipadas para a eleição do próximo ano e seu apoio cresceu mais ainda desde a condenação, enquanto internacionalmente um coro de vozes influentes argumenta que ele está sendo injustamente perseguido. Entre essas vozes está a do advogado de direitos humanos Geoffrey Robertson, que levou o caso ao Comitê de Direitos Humanos da ONU.

Diferentemente de alguns presos durante a operação Lava Jato, incluindo Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara, que mantinha milhões de dólares em offshores, as somas envolvendo o caso de Lula são relativamente modestas, embora seu partido seja acusado de ter recebido vultosas quantias.

Sua condenação veio pela acusação de que Lula teria se beneficiado de cerca de R$ 2,5 milhões de reais em propinas relacionadas a uma empreiteira, pagos na forma de um apartamento duplex a beira mar, reformado a pedido de Lula. O ex-presidente disse que jamais foi dono do apartamento. “Não existem fundos internacionais, contas bancárias escondidas, nenhum luxo e o apartamento onde ele vive há 25 anos é extremamente modesto”, disse Robertson.

A família de Lula mudou para São Paulo quando ele tinha sete anos de idade. Ele começou a trabalhar como vendedor nas ruas aos oito, tornou-se metalúrgico, entrou para o sindicato e emergiu como o líder carismático que liderou uma série de greves que enfraqueceram a ditadura militar brasileira em seus últimos anos. Em 1980 ele fundou o Partido dos Trabalhadores e perdeu três eleições à Presidência antes de finalmente ser eleito, em 2002.

O Brasil viveu um boom de commodities durante seu governo, e como o consumo das famílias aumentou, metade da população entrou numa nova classe média. Em 2010, último ano do governo Lula, a economia brasileira cresceu num ritmo espetacular, de 7,5%.

“Os mais pobres sabem o que fizemos por eles”, ele disse. “É a única coisa que faz sentido para um governo, tomar conta dos mais pobres”.

Naquele mesmo ano, ele conseguiu que sua sucessora, uma ex-guerrilheira marxista chamada Dilma Rousseff, fosse eleita. Mas o boom das commodities acabou.

Ela não tinha a habilidade expansiva – críticos dizem cínica – para fazer acordos com os barões regionais mercenários que mantêm influência no fracionado congresso brasileiro e depois de vencer uma disputa apertada na sua reeleição em 2014, com os gastos públicos em alta, viu o primeiro déficit brasileiro em mais de uma década. Com a economia encolhendo, o país perdeu seu grau de investimento.

No governo, Lula teve o apoio dos mercados financeiros. Agora ele é ferozmente crítico ao sucessor de Dilma, Michel Temer, cujo programa de austeridade selvagem cortou benefícios dos brasileiros mais pobres, e Lula diz que o Brasil deveria bancar sua saída desta recessão que engessa o país, porque países desenvolvidos como o Reino Unido também têm déficits públicos.

“O que faz a nação crescer é o poder de compra das pessoas na base, não os ricos”, ele disse. “Quando você dá um empréstimo para um empreendimento produtivo, você torna a economia mais dinâmica. E quando o PIB começa a crescer, o débito começa a diminuir”.

Depois que o escândalo de corrupção emergiu, milhões de manifestantes tomaram as ruas brasileiras pedindo o impeachment de Dilma e a prisão de Lula, e comemorando quando ela foi afastada no ano passado devido às acusações de ferir as leis orçamentárias. Ela e Lula argumentam que o processo foi um golpe, e sua credibilidade ficou comprometida pela alta proporção de parlamentares que votaram pelo impeachment enquanto eles próprios respondem a acusações de corrupção.

Muitos desses mesmos políticos votaram para não afastar Temer no mês passado, quando ele foi acusado de corrupção em um caso relacionado, depois de ter sido secretamente gravado recomendando a um poderoso empresário fazer um acordo com um de seus auxiliares próximos, que depois foi filmado recebendo R$ 500 mil em dinheiro dentro de uma maleta.

Robertson disse que Lula foi perseguido pelo juiz Sérgio Moro, que se tornou um herói por atacar a corrupção endêmica no país, especialmente entre uma direita emergente que ganhou volume durante os protestos pró-impeachment mas não apareceu para se manifestar quando apareceram acusações mais sérias contra Temer. No Brasil, o juiz efetivamente age tanto como árbitro como quanto acusador.

“O sistema legal no Brasil remonta à Inquisição espanhola”, disse Robertson. “A justiça não é feita e nem é vista sendo feita”.

Aqui no nordeste, os apoiadores de Lula são firmes em afirmar que ele é objeto de uma armação. Enquanto sua caravana passa pelas paisagens ressequidas, entre cactos do tamanho de árvores, pessoas fluem para a rodovia, parando os ônibus, aplaudindo, saudando e filmando em seus celulares quando Lula sai para cumprimentá-los.

“Ele foi o melhor presidente que nós já tivemos no Brasil”, disse Danilo Gomes, 20, desempregado, que estava na multidão em Agripina, onde o prefeito local armou um bloqueio em uma rotatória na estrada. “Se ele for candidato mil vezes, ele venceria mil vezes”.

LULA PEGA CARONA NO ÔNIBUS DA COMUNICAÇÃO E AGRADECE A COBERTURA DA MÍDIA ALTERNATIVA

Ex-presidente fez a viagem entre Teresina e Timon junto dos jornalistas que fazem a cobertura da caravana e disse que não sabe o que veículos comerciais dizem porque não lê nem vê
por Cláudia Motta, especial para a RBA.
 

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Lula: “Eu não tenho a menor preocupação com o que a grande imprensa está falando. Eu não fiz a caravana pra eles divulgarem”

Timon (PI) – A viagem de 25 minutos entre Teresina, capital do Piauí, e a cidade de Timon, onde neste domingo (2) Lula receberia o título de cidadão timonense, foi diferente para toda a caravana. O ex-presidente deixou seu ônibus e partiu no número 3, o dos jornalistas da mídia alternativa que cobrem a viagem de 20 dias pelo Nordeste desde o início no dia 17, em Salvador.

Uma entrevista coletiva foi improvisada durante o percurso. O ex-presidente sofreu com o calor que fazia dentro da condução, mas não se recusou a responder nenhuma pergunta.

Comparou a primeira caravana a esta – onde milhares de trabalhadores se juntam para vê-lo diariamente –, falou da relação com a Venezuela, da democratização dos meios de comunicação, disse não estar pensando em Lava Jato agora e deixou claro que está bastante satisfeito com a cobertura internacional e a realizada por outros veículos de comunicação que acompanham a caravana, como a Rede Brasil Atual, a TVT e a Rádio Brasil Atual.

“Eu não tenho a menor preocupação com o que a grande imprensa está falando. Eu não fiz a caravana pra eles divulgarem. Eu fiz a caravana pra sentir como está o povo, como está a relação, o que estão sentido”, disse Lula aos jornalistas no fim da entrevista.

“O fato de vocês estarem cobrindo e sendo a referência para a sociedade, porque tem muita gente que acompanha, tem muita gente que sabe que está bom pra caralho, tem muita gente que elogia pra cacete. Então eu não tenho nenhuma saudade, nenhum ressentimento, nenhuma preocupação que a Globo não tá dando, que a Veja não tá dando, que o Estadão não tá dando. Pra mim é como se eles não existissem, porque não os leio. E não sinto falta. Eu sinto é orgulho de vocês estarem representando que nós temos uma possibilidade enorme de nos livrarmos deles e fazer uma coisa alternativa mais séria e mais sadia. Por isso, obrigado pelo trabalho que vocês estão fazendo.”

Confira vídeo do trecho final da entrevista:

 
 

LUIS NASSIF: ADVOGADO ESPANHOL FEZ PAGAMENTOS A ROSANGELA MORO

 A nota da seção Radar, da Veja, mostrando página de um relatório da Receita Federal, de advogados que trabalharam para o escritório de Tacla Duran traz um complicador a mais para o juiz Sérgio Moro.

No dia 27 de agosto passado, a colunista Mônica Bérgamo revelou que o advogado Rodrigo Tacla Duran, que trabalhava para a Odebrecht e está foragido na Espanha, acusou o primeiro amigo de Sergio Moro, Carlos Zucolotto Júnior, de tentar intermediar negociações paralelas com a Lava Jato.

Zucolotto e a senhora Sérgio Moro eram sócios em um escritório de advocacia

Segundo Duran, haveria diminuição da multa e da pena que Duran deveria pagar, em um acordo de delação premiada, em troca de um pagamento que seria feito pelo caixa 2 para acertos com membros da Lava Jato.

Segundo Duran, a proposta de Zucolotto era alterar o regime de prisão em regime fechado para domiciliar e redução da multa para um terço do valor, ou seja US$ 5 milhões. A proposta teria sido feita no dia 27 de maio de 2016.

Moro respondeu através de uma nota:

“O advogado Carlos Zucolotto Jr. é advogado sério e competente, atua na área trabalhista e não atua na área criminal;

O relato de que o advogado em questão teria tratado com o acusado foragido Rodrigo Tacla Duran sobre acordo de colaboração premiada é absolutamente falso;

Nenhum dos membros do Ministério Público Federal da força-tarefa em Curitiba confirmou qualquer contato do referido advogado sobre o referido assunto ou sobre qualquer outro porque de fato não ocorreu qualquer contato;

Rodrigo Tacla Duran não apresentou à jornalista responsável pela matéria qualquer prova de suas inverídicas afirmações e o seu relato não encontra apoio em nenhuma outra fonte;

Rodrigo Tacla Duran é acusado de lavagem de dinheiro de milhões de dólares e teve a sua prisão preventiva decretada por este julgador, tendo se refugiado na Espanha para fugir da ação da Justiça;

O advogado Carlos Zucolotto Jr. é meu amigo pessoal e lamento que o seu nome seja utilizado por um acusado foragido e em uma matéria jornalística irresponsável para denegrir-me; e

Lamenta-se o crédito dado pela jornalista ao relato falso de um acusado foragido, tendo ela sido alertada da falsidade por todas as pessoas citadas na matéria.”

Há dois anos, em matéria no Conjur, Moro havia alegado que a sociedade da esposa com Zucolotto visava apenas a “partilha de honorários”, o que significa que não atuariam necessariamente no mesmo processo.

Agora, a informação da Veja traz um componente explosivo, que a revista tratou de amenizar, levantando apenas a consequência menos relevante do furo: o fato de Moro ter que se declarar impedido de julgar Duran:

O juiz Sergio Moro poderia ser impedido de julgar o ex-advogado da Odebrecht Rodrigo Tacla Duran não fosse o Ministério Público, que, estranhamente, ocultou uma resposta da Receita Federal que investigou o acusado.

Ora, tem muito mais coisa em jogo.

Vamos entender como a Receita age em circunstâncias semelhantes.

Um escritório de advocacia faz pagamentos a terceiros, outros escritórios ou advogados. A Receita resolve investigar.  E o procedimento inicial é a DIRF (Declaração de Imposto de Renda Retido na Fonte), com a relação de todos os pagamentos efetuados pelo escritório.

A Receita vai até o escritório e pergunta porque pagou. O escritório explica. Seria para acompanhamento de uma ação ou para serviços a ou b. Aí a Receita vai até o prestador de serviços e confere se os serviços foram efetuados.

Se o nome da senhora Moro consta na DIRF, significa que o escritório Tacla Duran efetuou pagamentos ao escritório e aos advogados do escritório.

Ou seja, pagou a senhora Moro.

Aí se entra o território da especulação. Qual teria sido a razão para a investigação da Receita? Pode ser uma explicação mais simples, de conferir se Tacla efetivamente pagou Imposto de Renda. Pode ser explicação mais complexa, sobre a natureza dos trabalhos efetuados. Principalmente porque se sabe que a maior ocupação de Tacla era a de doleiro.

O fato dos procuradores da Lava Jato terem escondido o documento por dois anos permite toda sorte de elucubrações.

Se a Receita mandou o resultado há dois anos, significa que a investigação deve ter dois anos e meio, período em que Rosângela Moro sai do escritório. Ou seja, ela saiu quando recebeu sinais de que a Receita estaria investigando Zucolotto.

Em qualquer hipótese, os pagamentos se referem a fatos contemporâneos, quando a Odebrecht e o próprio Tacla Duran já estavam na mira da Lava Jato. E desmontam as versões de Moro sobre as relações do primeiro-amigo e da primeira-dama com o escritório de Tacla Duran. Segundo a inocente explicação de Moro, Zucolotto teria sido contratado por Duran para tirar cópia de um processo em Curitiba.

Desde o início, estranhava-se que as delações ainda não tivessem chegado ao Judiciário. É possível que essa escrita seja quebrada com o fator Tacla Duran..

O advogado Santos Lima 

Conforme anotou o leitor Francisco de Assis, nos comentários, entre os recebedores está o advogado Leonardo Guilherme dos Santos LIma, também do Paraná, e cujo sobrenome coincide com o do procurador Carlos Fernando dos Santos Lima.

 

AO LADO DE LAMPIÃO E PADRE CÍCERO, LULA É FIGURA MAIS PRESENTE EM CORDÉIS, DIZ AUTOR

Conheça Crispiniano e Antônio, cordelistas que usam temas sociais para rebater racismo e machismo da literatura popular

Júlia Dolce

Brasil de Fato | Mossoró (RN)

Nova escola tenta popularizar temas políticos através da literatura de cordel - Créditos: Júlia Dolce
Nova escola tenta popularizar temas políticos através da literatura de cordel / Júlia Dolce

A grande popularidade do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva no Nordeste não é novidade. A região, que teve o maior desenvolvimento durante os 12 anos de governo do PT, também foi palco de vitórias históricas para os candidatos do partido. No entanto, as dimensões que Lula ocupa no imaginário nordestino ultrapassam os resultados eleitorais, e tomam facetas mais líricas.

Isso porque o retirante pernambucano é hoje uma das maiores personalidades retratadas na literatura de Cordel, importante marca da cultura popular do Nordeste. É o que afirma o cordelista Crispiniano Neto, entrevistado pelo Brasil de Fato durante a passagem da Caravana Lula pelo Brasil em Mossoró (RN), na última segunda-feira (29). 

“Depois de Lampião, Padre Cícero, e Getúlio Vargas, Lula é o mais presente nos cordéis. Na verdade, acho que já supera Vargas”, opinou. Crispiniano é autor do livro “Lula na literatura de Cordel”, uma compilação de cordéis que retratam a história do ex-presidente, sendo a maioria de sua própria autoria.

“Eu fui fazendo cordéis desde a criação do PT e guardando os que os colegas faziam. Quando fui tomar posse como membro da Academia Brasileira de Literatura de Cordel, no Rio de Janeiro, convidei Lula para participar e resolvi fazer o livro. Ele gostou e pediu para ser lançado em Brasília”, contou.

O lançamento do livro aconteceu em maio de 2009, depois de ser adiado e ter sua primeira edição esgotada. “Foi um evento, ele adorou. Lá eu fiz uma solicitação para o reconhecimento da literatura de cordel como Patrimônio Cultural Brasileiro”, disse.

Por conta do lançamento do livro de Crispiano, a assessoria parlamentar de Lula aprovou a criação de um prêmio de Literatura de Cordel, o prêmio Patativa do Assaré – em homenagem ao famoso poeta popular cearense – que teve sua primeira edição realizada em 2010, com 3 milhões de reais em prêmios.

O cordelista também é criador da Casa do Cantador, escola de Cordel que tem como objetivo trazer temas políticos e sociais para esse tipo de literatura. “O Cordel sempre foi muito conservador, machista, coronelista. O negro era sempre retratado como ladrão. Quando Lampião vai para o inferno no cordel só encontra negros, por exemplo. Aí, a partir da Casa do Cantador nós invertemos isso, com uma visão de esquerda, uma visão social, de revolução. Porque se é popular, entendemos que deve estar do lado da luta popular”, afirmou.

Crispiniano recebeu a reportagem na colorida casa de seu colega de profissão, o também conhecido cordelista Antônio Francisco Teixeira de Melo, onde mostraram uma série de cordéis políticos sobre a história de Zumbi dos Palmares e de Olga Benário. E também cordéis didáticos, explicando a Lei Maria da Penha e o Manifesto Comunista de Marx e Engels.

Antônio se tornou cordelista já adulto, aos 46 anos, e hoje ocupa a cadeira de Patativa do Assaré na Academia Brasileira de Literatura de Cordel. Também conhecido por tratar de temas sociais e ecológicos em seus cordéis, ele conta que, como muitos novos cordelistas, se inspirou no amigo Crispiniano.

“Eu acho o máximo popularizar a política pelo cordel, isso está se tornando uma escola aqui em Mossoró. Tem cordelistas no Rio Grande do Norte, no Ceará, fazendo um trabalho muito bonito. Passou a ser literatura nas escolas também. Você vê que o Cordel vai onde está as pessoas, na casa delas. É uma literatura com métrica, rima, ritmo. O livro e capa dura é bonito, mas distante. O cordel está no mercado, na feira. Então, esse doce que o cordel tem por trás das palavras faz elas chegarem mais fácil nas pessoas, se a mensagem for boa. E eu acredito que ele muda as pessoas”, conta Antônio.

Antonio e Crispiniano recitaram cordéis no ato de recepção da Caravana Lula pelo Brasil em Mossoró. Em sua fala, Lula destacou que a Caravana tem como objetivo entender as muitas mudanças sociais que aconteceram na região, como o crescimento do número de estudantes universitários, com a interiorização das universidades, e a melhoria das consequências das secas, através da construção de cisternas.

Antônio, conhecido por ter realizado, durante sua juventude, uma série de jornadas de bicicleta por milhares de quilômetros do Nordeste, acredita que o contato direto com as populações do sertão nordestino é um diferencial do ex-presidente.

“Hoje, se eu for andar por onde andei talvez eu veja ainda mais, porque minha vista está ficando ruim, mas eu estou enxergando mais. Eu viajava fisicamente e espiritualmente. Conheci as pessoas, via a maneira delas me receberem, fazendo banquetes sem saber quem eu era. Aprendi muito. Lula está revivendo, voltando de onde saiu. Ontem, eu estava vendo quantas pessoas tinha no ato, de todos os cantos, e pensando o quanto ele virou um mito vivo. Acho que se ele precisa de autoestima e gasolina para continuar, essa foi a gasolina para ele”, disse.

Questionado sobre qual é seu cordel favorito, Antônio responde que é  “Meu Sonho”, poema escrito por ele que expõe um lugar utópico, onde não existe desigualdade e as pessoas vivem em harmonia com a natureza: “Quando chegamos na praça/ Eu parei, passei a mão/ Numa estátua de ouro/ Parecida com Sansão/ Só que, em vez de uma queixada/ Uma enxada na mão/ Eu perguntei para o homem/ – É de um parlamentar?/ Ele me respondeu/ Com um sorriso no olhar/ “É de um agricultor, / O nosso herói popular”.

Já Cipriniano tem entre seus favoritos um que fez a pedido do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) após a vitória de Lula para seu segundo mandato, em 2006: “Era para falar da coalizão tão ampla que Lula fez entre classes, que não conseguia fazer reforma agrária do jeito que queria. Então fiz um mote, que é ‘Entendemos que é bom coalizão, mas se for para fazer reforma agrária”, recitou.

O motivo para que esse verso esteja entre seus favoritos, explica, é porque ele mesmo é assentado da reforma agrária, através de um projeto governamental na Serra do Mel, que construiu casas para salineiros da região. Agrônomo, ele foi chamado para conscientizar os trabalhadores das salinas, demitidos após serem substituídos por máquinas. “O cordel faz parte dessa nossa luta”, lembra.

Acompanhe outras histórias no especial:

Edição: Vanessa Martina Silva


USAR O CONTROLE REMOTO É UM ATO DEMOCRÁTICO!

EXPERIMENTE CONTRA A TV GLOBO! Você sabe que um canal de televisão não é uma empresa privada. É uma concessão pública concedida pelo governo federal com tempo determinado de uso. Como meio de comunicação, em uma democracia, tem como compromisso estimular a educação, as artes e o entretenimento como seu conteúdo. O que o torna socialmente um serviço público e eticamente uma disciplina cívica. Sendo assim, é um forte instrumento de realização continua da democracia. Mas nem todo canal de televisão tem esse sentido democrático da comunicação. A TV Globo (TVG), por exemplo. Ela, além de manter um monopólio midiático no Brasil, e abocanhar a maior fatia da publicidade oficial, conspira perigosamente contra a democracia, principalmente, tentando atingir maleficamente os governos populares. Notadamente em seu JN. Isso tudo, amparada por uma grade de programação que é um verdadeiro atentado as faculdades sensorial e cognitiva dos telespectadores. Para quem duvida, basta apenas observar a sua maldição dos três Fs dominical: Futebol, Faustão e Fantástico. Um escravagismo-televisivo- depressivo que só é tratado com o controle remoto transfigurador. Se você conhece essa proposição-comunicacional desdobre-a com outros. Porque mudanças só ocorrem como potência coletiva, como disse o filósofo Spinoza.

Acesse esquizofia.wordpress.com

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CAMPANHA AFINADA CONTRA O

VIRTUALIZAÇÕES DESEJANTES DA AFIN

Este é um espaço virtual (virtus=potência) criado pela Associação Filosofia Itinerante, que atua desde 2001 na cidade de Manaus-Am, e, a partir da Inteligência Coletiva das pessoas e dos dizeres de filósofos como Epicuro, Lucrécio, Spinoza, Marx, Nietzsche, Bergson, Félix Guattari, Gilles Deleuze, Clément Rosset, Michael Hardt, Antônio Negri..., agencia trabalhos filosóficos-políticos- estéticos na tentativa de uma construção prática de cidadania e da realização da potência ativa dos corpos no mundo. Agora, com este blog, lança uma alternativa de encontro para discussões sociais, éticas, educacionais e outros temas que dizem respeito à comunidade de Manaus e outros espaços por onde passa em movimento intensivo o cometa errante da AFIN.

"Um filósofo: é um homem que experimenta, vê, ouve, suspeita, espera e sonha constantemente coisas extraordinárias; que é atingido pelos próprios pensamentos como se eles viessem de fora, de cima e de baixo, como por uma espécie de acontecimentos e de faíscas de que só ele pode ser alvo; que é talvez, ele próprio, uma trovoada prenhe de relâmpagos novos; um homem fatal, em torno do qual sempre ribomba e rola e rebenta e se passam coisas inquietantes” (Friedrich Nietzsche).

Daí que um filósofo não é necessariamente alguém que cursou uma faculdade de filosofia. Pode até ser. Mas um filósofo é alguém que em seus percursos carrega devires alegres que aumentam a potência democrática de agir.

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