Arquivo para 12 de abril de 2018

SENADORES CRITICAM ARROGÂNCIA E PARCIALIDADE DE MORO

LÍDER DO PT ANUNCIA REPRESENTAÇÃO CONTRA RAQUEL DODGE POR PREVARICAÇÃO

O líder do PT na Câmara, deputado Paulo Lula Pimenta (RS), informou hoje (12) que o partido poderá protocolar, no Supremo Tribunal Federal (STF), uma representação contra a procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, por prevaricação.

A medida poderá ser efetuada se ficar definitivamente comprovado que a PGR deixou de investigar denúncias de tráfico de influência e outros crimes praticados por integrantes do Ministério Público que integram a Operação Lava Jato, conduzida pelo juiz Sérgio Moro.

As denúncias foram feitas pela bancada à PGR em dezembro último e na quarta-feira (11) foram reiteradas pelo ministro Gilmar Mendes, durante sessão do STF.

Porém, até agora nenhuma informação foi dada sobre eventuais providências acerca do pedido encaminhado pela bancada, com base em denúncias feitas pelo ex-advogado da Odebrecht Rodrigo Tacla Durán, que apontou fortes indícios de crime no âmbito da Lava Jato, como tráfico de influência, falsificação de documentos e prevaricação.

No final de fevereiro, Pimenta e os deputados Wadih Lula Damous (PT-RJ) e Paulo Lula Teixeira (PT-SP) cobraram novamente, por intermédio do subprocurador-geral da República Carlos Alberto Vilhena, providências por parte da PGR.

O líder do PT reclamou que o partido já tentou diversas vezes se reunir com Dodge para tratar da denúncia, mas nunca foi recebido pela procuradora-geral. O líder disse que será pedida, de novo, audiência com Dodge.

Segundo Pimenta, cópias dos documentos encaminhados à PGR serão entregues também a Gilmar Mendes.

“Caso fique comprovado que não houve a investigação por parte da PGR, vamos analisar a possibilidade de representar por prevaricação contra a procuradora-geral, que está protegendo e não investigando”.

Ele observou que em casos até mesmo sem provas houve prisões preventivas no âmbito da Lava Jato, mas agora, mesmo com denúncias documentadas envolvendo procuradores e outros atores da operação conduzida por Moro, tudo, aparentemente, está sendo jogado por baixo do tapete.

Gilmar Mendes tem feito várias críticas ao Ministério Público. Afirmou que o uso de prisões provisórias para forçar pessoas a fazerem delação premiada é “tortura em qualquer lugar do mundo” e que quem “chancela” essa prática está ferindo a Constituição.

“Todos nós comungamos da necessidade de combate da corrupção, mas deve ser feita seguindo o devido processo legal. Tem de fazer na forma da lei. Ninguém me dá lição nessa área”, disse Gilmar.

O ministro afirmou que agentes do MP ganharam “superpoder pessoal”.

Na denúncia encaminhada à PGR, a Bancada do PT expôs farta documentação obtida do advogado Rodrigo Tacla Durán na CPMI da JBS.

Ele trouxe um conjunto de denúncias importantes com documentos, com extratos, com perícias, que mostram evidências de possíveis ilegalidades que tenham ocorrido nas investigações da Lava Jato.

Uma das denúncias feitas por Tacla Durán revelou o chamado “esquema Zucolotto”, que põe em xeque os acordos de delação premiada da Lava Jato.

Duran apontou o advogado Carlos Zucolotto – amigo próximo do juiz Sérgio Moro e ex-sócio de sua esposa, Rosângela Moro – como intermediador do seu acordo de delação com o Ministério Público. Disse ainda que o amigo da família Moro foi autor de uma proposta de redução de US$ 10 milhões na multa a ser cobrada de Durán, caso ele fizesse um pagamento de US$ 5 milhões “por fora”.

 

LULA LÊ CARTAS E OUVE GRITOS DE APOIO DO LADO DE FORA. ACAMPAMENTO CRESCE

EM CURITIBA
Lideranças e trabalhadores se revezam no acampamento que pede liberdade para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Curitiba. “Estamos prontos para vigília permanente”
por Redação RBA.
REPRODUÇÃO/FACEBOOK/LULA
lulas

De acordo com relatos locais, todos os dias, pela manhã, os presentes gritam bom dia em coro

São Paulo – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta seu quinto dia de cárcere em Curitiba. Ele se encontra na Superintendência da Polícia Federal no Paraná desde sábado (7). Lula pode estar só em sua cela, porém, do lado de fora, apoiadores tentam cercá-lo de solidariedade. Todos os dias, pela manhã, os presentes gritam “bom dia” em coro para o ex-presidente.

Do lado de dentro, segundo pessoas que tiveram acesso ao preso político, Lula continua “ouvindo o povo”. Além de conseguir escutar as manifestações do lado de fora, o petista lê centenas de cartas que chegam diariamente a seus cuidados. Nesta quinta-feira (12), ele recebeu pela primeira vez a visita de seus familiares. E com eles cartas, carinho e solidariedade. Até então, apenas seus advogados puderam entrar em contato com o ex-presidente.

Os relatos da família, segundo os editores do site Lula, dão conta de um homem forte, firme e com a mesma fonte de energia: sua inocência e o povo ao seu lado.

Nesta manhã não foi diferente. Após o “bom dia”, teve início uma extensa agenda de atividades no acampamento levantado no local. Além do sociólogo Jessé de Souza, passaram por lá o jurista Luís Moreira, ex-integrante do Conselho Nacional do Ministério Público, lideranças indígenas e moradores da cidade. “Moro aqui no bairro de Santa Cândida, duas quadras abaixo. Abri as portas da minha casa para que as mulheres possam tomar banho, para colaborar. A manifestação está muito bem organizada, não atrapalham em nada nosso convívio. E aqui, estão lutando por quem está em casa. Sempre com muito respeito”, disse a curitibana Rosa.

A liderança indígena Txahá Yohã esteve no acampamento Lula Livre e disse algumas palavras aos presentes. “Não podia deixar de vir aqui. Vim aqui não só pelos povos indígenas, mas por todos os povos invisibilizados do mundo. Se fazem isso com um homem do povo, nosso Nobel da paz, nosso candidato… Esses vagabundos estão pisando na nossa galinha dos ovos de ouro. O homem que levou um país subdesenvolvido a ser um país de grande futuro”, disse. “Por causa de Lula e Dilma me formei em uma universidade federal, me especializei e meu povo indígena hoje é sujeito de nossas histórias.”

RICARDO STUCKERTBel Coelho
Chef de cozinha Bel Coelho conversa com cozinheiras do MST no Acampamento Lula Livre

“Não podemos deixar isso, prenderam um inocente. Uma pessoa que temos, graças a ele, educação no campo, leis que mostram que os indígenas ainda existem. Éramos milhões e hoje somos 300 povos, falamos mais de 200 línguas. Agradeço ao povo dessa cidade que está nos apoiando, tem muita gente boa em todo lugar, estão nos acolhendo nas casas deles, estão aqui nos prestigiando. É possível que todos sejamos bons, que o morador de rua esteja aqui comigo. Não vamos desistir nunca”, completou.

Também passou pelo acampamento a chef de cozinha paulistana Bel Coelho, que saudou as cozinheiras do acampamento que pertencem, na maior parte, ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). “Trabalho só com produtos agroecológicos, muitos que vêm de comunidades do MST. Esse movimento é o movimento mais importante hoje, que é fortalecer o campo. Alimento bom e limpo. Infelizmente temos retrocessos cada vez maiores com a aprovação de agrotóxicos que beneficiam o agronegócio, então, precisamos fortalecer o outro lado”, disse.

“Vim mais para me disponibilizar e fazer conexões entre cidades e o campo. Estou nessa luta por um alimento mais saudável e em harmonia com as florestas, com todos os aspectos da sociedade. Todos aqui são guerreiras e guerreiros”, disse. A chef também falou sobre a importância do voto consciente para cargos do Legislativo, além da luta pela liberdade de Lula para que possa ser candidato à presidência. “Precisamos fazer nossas campanhas dos nossos candidatos, mas sabemos o poder que as bancadas da bala e do boi têm”, apontou. “A conversa diária não é só mais pela legalidade, pelo Lula livre, mas sim pela defesa da candidatura de quem defenda essas bandeiras.”

A presidenta do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), também passou o dia no acampamento e conversou com os moradores do bairro. “Qual bandido teria um acampamento destes em frente de onde está detido? Qual bandido teria a visita de nove governadores? É um absurdo o que está acontecendo. Estão levando o Brasil para o caos. Temos miséria novamente”, disse.

Orientações e reforço

As frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo estão mobilizadas em torno da resistência pela liberdade de Lula. Para os movimentos, o fortalecimento da união popular em torno da causa é o que vai trazer resultados. Entre as diretrizes apontadas como estratégicas no momento estão: fortalecer o acampamento Lula livre em Curitiba, reforçar a mobilização internacional de solidariedade ao ex-presidente, fazer de 17 de abril o dia nacional de mobilizações contra o golpe, promover um encontro de personalidades em Curitiba no dia 18 de abril, e realizar um 1º de maio unitário em defesa da democracia.

RICARDO STUCKERTGleisi Hoffmann e moradores
Presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, agradece a moradores da região pelo apoio ao acampamento

Neste sentido, o acampamento segue forte. De acordo com informações da CUT, os ônibus de ativistas em defesa de Lula continuam a chegar na capital paranaense. “Desde o anúncio da prisão política do ex-presidente Lula, caravanas de agricultores familiares não param de chegar. Só do estado do Paraná mais de 150 pessoas ligadas à Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (Fetraf) passaram pelo acampamento nos últimos dias. Além disso, caravanas vindas de outros estados como Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina estão programadas para vir a Curitiba”, afirma a central.

Para o secretário de Finanças da CUT Paraná e coordenador da Fetraf no estado, Neveraldo Oleboni, mais do que prestar solidariedade ao ex-presidente, os agricultores estão defendendo um legado. “O ex-presidente fez com que a nossa agricultura familiar saísse de um patamar de extrema pobreza e passasse a ser realmente uma categoria produtora de alimentos de qualidade reconhecida e deu uma qualidade de vida melhor e dignidade ao povo do campo”, disse.

O agricultor Elizandro Paulo Krait, que está em Curitiba, disse que “estamos prontos para fazer uma vigília permanente, com muita vontade e certeza que a justiça será feita um dia neste país. O Lula vai ser livre e acima de tudo vamos provar a inocência do ex-presidente. Nós sabemos tudo o que ele fez para a classe trabalhadora, especialmente aos agricultores familiares”.

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‘O MUNDO PRECISA SABER QUE LULA É UM PRESO POLÍTICO’, DIZ BOULOS EM LISBOA

CAMPANHA INTERNACIONAL
“Quem podia imaginar que o presidente mais brilhante da história do Brasil estivesse hoje preso em uma masmorra e ainda por cima ilegalmente?”, afirma sociólogo Boaventura de Sousa Santos
por Redação RBA.
                                                 REPRODUÇÃOBoulos

“A luta democrática não tem fronteiras”, disse pré-candidato do Psol na capital portuguesa

São Paulo – Em discurso realizado em Lisboa, o pré-candidato pelo Psol à Presidência da República Guilherme Boulos afirmou que é preciso urgentemente construir uma campanha internacional para “quebrar o silêncio da mídia brasileira” sobre  a escalada de violência e graves retrocessos democráticos no Brasil. “O mundo precisa saber que Lula é um preso politico. Tamo junto, porque a luta democrática não tem fronteiras”, disse Boulos no debate O Futuro das Lutas Democráticas: Em defesa da democracia brasileira, organizado pela Fundação Saramago e o Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. Segundo ele, o primeiro desafio a se enfrentar na crise é “construirmos uma ampla frente democrática brasileira e internacional pra resguardar a democracia”.

Um dos coordenadores do debate, o sociólogo Boaventura de Sousa Santos falou do desmantelamento da democracia brasileira. “Estamos a viver tempos que Antonio Gramsci caracterizou como tempos monstruosos. Quem podia imaginar que a vibrante democracia brasileira estaria a ser desmantelada da forma violenta como está. Que o presidente mais brilhante da história do Brasil, que deixou a Presidência com mais elevada taxa de aceitação, estivesse hoje preso em uma masmorra e ainda por cima ilegalmente?”

Ele lembrou o a violência “da lei e da rua” que vitimou a vereadora Marielle Franco, do Psol, assassinada no dia 14 de março no Rio de Janeiro. “Marielle presente!”, bradou Boaventura.

Em fala emocionante, a deputada Catarina Martins, coordenadora nacional do Bloco de Esquerda, afirmou: “O que está a acontecer no Brasil (é a escolha entre) justiça e democracia ou fascismo. Quem pensa que não tem a ver conosco, está muito enganado. A prisão de Lula é mais um passo neste golpe terrível, grotesco, e é por isso tão importante dizer: Lula livre!”.

Segundo Catarina, “quem ficar calado é cumplice do fascismo”. “Solidariedade, democracia, liberdades democráticas, é desta matéria que somos feitos”, concluiu.

O ex-governador do Rio Grande do Sul e ex-ministro Tarso Genro também reforçou o caráter do encarceramento do ex-presidente dizendo que ele “é um preso politico”. Sua prisão foi “engendrada para tirar da disputa eleitoral aquele que é o maior líder da história recente do Brasil”. Segundo Tarso, esse “é um costume da elite oligárquica, atrasada, reacionária do Brasil”. Ele citou os exemplos dos ex-presidentes Getúlio Vargas, João Goulart e Juscelino Kubitschek como vítimas dessa mesma oligarquia no passado.

Tiros e ódio

Boulos disse que o Brasil passa pela crise democrática mais grave desde o período da ditadura (1964-1985) no país. “Ela se expressa com uma escalada de violência política, com tiros, intolerância, ódio sendo destilado no lugar do debate político, que teve como principal expressão o assassinato brutal e covarde da Marielle.”

À plateia que lotou o Teatro Capitólio, na capital portuguesa, Boulos falou sobre a judicialização da politica que hoje toma conta do Brasil, com perseguições a Lula e lideranças de esquerda por parte de juízes e tribunais. “A maior expressão dessa judicialização é a prisão do ex-presidente Lula, que ocorre sem qualquer prova”, acrescentou.

Segundo o ativista, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), o sistema se caracteriza pelo “antagonismo”, que encarcera Lula sem provas, mas ignora o presidente Michel Temer, “com provas, malas e gravações”, e o senador Aécio Neves (PSDB-MG), “que ameaçou até de morte um suposto delator” e continua no Senado. “Se (Sérgio) Moro quisesse fazer politica, que fosse ser candidato à presidência da República e encarasse um debate democrático com o povo brasileiro.”

Boulos contou ainda ao público sobre momentos que passou com Lula no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo. “O que Moro e os juízes que encenaram essa farsa queriam era destruí-lo psicológica e politicamente. E Lula, poucas horas antes de ser preso, mostrou que estava em plena forma.”

“A única coisa que reclamo é o Moro não esperar um dia a mais para eu ver o jogo do Corinthians”, disse Lula, segundo Boulos. “O que ele queria era uma foto, indo pelo mundo afora, com Lula preso ao lado de policiais. Mas o que conseguiu foi uma foto do Lula carregado por milhares de pessoas saindo do Sindicato dos Metalúrgicos.”

Nesta quinta-feira, o egípcio Mohamed El-Baradei, Prêmio Nobel da Paz em 2005, em nome da Agência Internacional de Agência Atômica, aderiu à campanha para que Lula receba o Prêmio Nobel da Paz em 2018. A campanha foi iniciada pelo argentino Adolfo Perez Esquivel, Nobel da Paz em 1980. Até o início da noite de hoje, havia mais de 215 mil adesões.

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PAPO COM ZÉ TRAJANO

GGN: O DIA EM QUE GILMAR REPERCUTIU AS DENÚNCIAS SOBRE A INDÚSTRIA DA DELAÇÃO NO SUPREMO, POR CÍNTIA ALVES

Jornal GGN – Era o início do julgamento do habeas corpus (HC 143333) de Antonio Palocci na Lava Jato, que está preso provisoriamene há mais de um ano por ordem de Sergio Moro. Gilmar Mendes, então, pediu licença ao ministro Ricardo Lewandowski e abriu, diante dos colegas ministros, uma informação de bastidor que endossa o que GGN vem denunciando há tempos: que existe uma indústria da delação premiada em Curitiba, que escolhe quais escritórios de advocacia vão participar das negociações e ganhar fortunas e quais ficarão de fora.

No caso, Gilmar citou o exemplo do advogado Rodrigo Castor de Mattos, que atuou na delação de João Santana, mesmo sendo irmão do procurador da Lava Jato Diogo Castor de Mattos.

 
Gilmar parafraseou o advogado José Roberto Batochio para narrar o seguinte episódio: “Esteve comigo, quando imaginava que ia se julgar esse habeas corpus, o doutor Batochio, nos idos do ano passado. Ele disse: ‘fui constituído pelo doutor Palocci [como advogado de defesa na Lava Jato], mas estou deixando o caso. Estou deixando, mas sinto envolvido e, por isso, fiz questão de vir aqui despachar. Estou deixando o caso porque Curitiba assim exige.”
 
“Palavras do doutor Batochio”, disse Gilmar: “Curitiba assim exige.”
 
Segundo a revelação, Palocci estava em vias de negociar uma delação premiada e, por isso, foi obrigado pela força-tarefa a trocar de defensor.
 
“O que o doutor Batochio fez, com a seriedade do grau, foi apontar que estavam a escolher advogados para a delação, ou aqueles que nao poderiam sê-lo. Veja como esse sistema está engendrando armadilhas e, na medida em que estamos [no STF] diminuindo nossa competência, estamos o alimentando. É o ovo da serpente”, disparou Gilmar, convocando os colegas de corte a não esvaziar o uso dos HCs e consequentemente empoderar ainda mais a República de Curitiba.
 
Em meio à revelação, Gilmar olhou para a procurador-geral da República, Raquel Dodge, que estava sentada ao lado da presidente Cármen Lúcia, e disse: “Este é um ponto importante, doutora Raquel, para prestar atenção: para a necessidade de transparência nesse processo [de construção dos acordos de delação].”
 
“A corrupção já entrou na Lava Jato, na Procuradoria”, disse Gilmar, sacando um outro escândalo envolvendo o papel dos procuradores nas delações: “Alguém tem dúvida da atuação de Fernanda Tórtima e Marcelo Miller [no caso JBS]? É um classico de corrupção que tem que ser investigado e ser dito.”
 
“O que estou falando aqui não é segredo para mim nem para o relator [Edson Fachin, que é de Curitiba”, acrescentou Gilmar, ao advertir que “a Procuradoria-Geral tem que tomar providências em relação a isto, aos fatos conhecidos.”
 
O ministro Luiz Fux interrompeu a manifestação de Gilmar para frisar a gravidade da denúncia e pedir investigação.
 
“Eu nunca ouvi falar desse doutor Castor. Acho que temos, como magistrados, de registrar essa sua fala e instaurar um procedimento para apurar isso. Isso não pode ser ouvido assim. Somos juízes!”, disse Fux. “Um juiz não pode ouvir isso de forma passiva”, defendeu. “É o que estou dizendo à procuradora [Dodge]”, respondeu Gilmar.
 
Gilmar Mendes ainda lembrou que fora o escândalo da seleção de advogados, há ainda relatos dando conta de que “pessoas que são indicadas para serem delatadas. Temos o caso de André Esteves que foi delatado por Delcídio [do Amaral] e era falso, e mesmo assim ficou preso. Já temos um caldo de cultura para discutir isso.”
 
EM FAVOR DO HC
 
Ao final da manifestação, Gilmar disse que “não é possível que nós não estejamos observando” os abusos da Lava Jato. 
 
“Esse tribunal só não é menor porque é composto por figuras que o cumpuseram no passado. Não tem nada mais importante na doutrina do tribunal do que o habeas corpus!”, advertiu.
 
“Essas invencionices [para derrubar o HC de Palocci] não apenas matam o instituto do HC, mas matam também, um pouco, a este tribunal.”
 
Em outra passagem, Gilmar disse que “se a gente não concede habeas corpus, veja o poder que se dá para essas instituições. Se chancelarmos esse poder, vamos ser, no mínimo, cumplices de várias patifarias que estão a ocorrer. O caso do doutor Castor, em Curitiba, o caso de Miller, aqui [em Brasíloia]. É notório que teve corrupção.”
 
O julgamento do HC de Palocci já tem 5 votos contra a liberdade do ex-ministro e será retomado nesta quinta (12).
 
Veja, abaixo, o comentário de Luis Nassif sobre o julgamento no Supremo.
 

 
A manifestação de Gilmar começa por volta dos 56 minutos do vídeo abaixo.
 

HÁ UM VAZIO DE PODER NO BRASIL, UMA ECONOMIA EM CRISE E UM ESTADO DE EXCEÇÃO. POR ERIC NEPOMUCENO

Bom, aconteceu o que era esperado, no sábado Lula foi preso. Foi levado para Curitiba.

A exemplo de milhões de brasileiros, estou em um misto de tristeza e indignação por essa arbitrariedade, por essa violação da constituição. Sobretudo, por causa dessa farsa, eu continuo buscando uma prova daquilo que Lula é acusado.

Agora, ao mesmo tempo eu tenho também uma apreensão, um quase medo, sobre o que vai acontecer. Não estou me referindo só o que vai acontecer com o Lula mas o que vai acontecer com o Brasil.

O quadro que a gente tem hoje, pra mim, é muito nítido. Você tem uma Corte Suprema dividida, encabeçada por uma senhora magistrada que é manipuladora, ela manipulou claramente para colocar o Lula “na boca do canhão”.

Por uma outra magistrada que vota contrário ao que ela pensa. Eu nunca vi isso na vida. Tentei entender o que ela falou, na verdade a única coisa clara pra mim é: “é contra minha convicção mas eu vou votar”. Por favor! O mínimo de integridade.

O ministro Gilmar Mendes chegou a ser indelicado, que no caso dele não é surpresa pra ninguém, mas francamente indelicado. Quer dizer, aquela casa não tem comando.

Há um vazio de poder no Brasil. Temer não manda em nada, ele negocia. Ali é um mercado de troca de interesses, seu governo acabou.

Há um vazio de poder no Ministério da Justiça…

O que se constata é que existe um vazio de poder. O Temer não manda em ninguém, a Polícia Federal, que em nome de uma autonomia, que seria desejável e louvável, age totalmente fora de controle, e não é de hoje.

 O Ministério Público ganhou. Chegamos em um ponto em que um procurador pede a um juiz para que acelere a prisão do Lula para acabar com a ameaça de onipresença. Traduzindo para o português quer dizer o seguinte: “o Lula estava falando demais, se mexendo demais, então prende logo para acabar com isso”.

Existe uma economia em crise, na segunda-feira após a prisão do Lula o Dólar explodiu, o Euro explodiu, a bolsa despencou – são os especuladores de sempre que mexem. O quadro é muito complicado.

A única voz que se levantou com firmeza durante esse episódio inteiro, além do Lula é claro, foi a voz do comandante do exército, o general Villas Bôas. E eu acho que nós das nossas comarcas, da nossa América, quando a voz da caserna começa a se ouvir além do normal é hora de temer. Sobretudo quando estamos nas mãos de um camarada chamado Michel Temer e sua quadrilha.

Eu tenho muito claro o sentimento de apreensão. A qualquer momento essa extrema direita desbordada, está descontrolada, e ela conta – é evidente que conta – com a cumplicidade por omissão da Polícia Militar do Paraná. Que sabe agir na hora de jogar bomba de gás, de dar tiros de borracha em crianças, em senhoras e senhores, etc.

Mas quando os facínoras de um troglodita chamado Jair Bolsonaro dispararam rojões contra o helicóptero, onde está o Lula mas também policiais federais, aí não acontece nada.

Tempos de breu, tempos de breu. Eu não achei, canso de dizer isso, que se eu fosse voltar a essa altura da minha vida, em um estado que cada vez mais claramente é um estado de exceção, um estado de temer.

por Redação RBA publicado 12/04/2018 13h24, última modificação 12/04/2018 14h24
COMITÊ DO TEATRO E ATIVISTAS PELA DEMOCRACIACartas

Em São Paulo, pessoas contaram suas histórias pessoas e mandaram palavras de apoio ao ex-presidente Lula

São Paulo – Em meio aos milhares de manifestantesque se reuniram nesta quarta-feira (11) no centro de São Paulo para pedir a liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, um grupo de ativistas, armados com canetas e pranchetas, fazia da palavra escrita a forma de resistência. Quem não quisesse, ou não soubesse escrever, podia ditar palavras de carinho a serem enviadas à Polícia Federal de Curitiba. “Lula livre” era o apelo que se repetia a cada carta escrita, misturado às experiências vividas relacionadas ao ex-presidente.

“As palavras dessa ação são simplicidade, delicadeza, escuta e escrita. É uma ação de base, olho no olho, para abrir uma fenda de contato e conversa”, relata a atriz Debora Duboc, uma das organizadoras da iniciativa. Ela conta que em iniciativa similar, na Tenda da Democracia, em Belo Horizonte, existe até uma impressora para que, junto com as cartas, o ex-presidente receba também fotos dos apoiadores.

“A coisa mais legal que aconteceu foi quando abordei uma senhora que não sabia escrever. Ela ditou a carta para mim, e eu mal conseguia escrever. Só de falar, já estou toda arrepiada”, conta a figurinista Tica Bertani. “Ela disse que sabia da força dele, que a justiça dos homens não é a mesma da justiça de Deus, e que ela estava orando muito por ele. Foi emocionante, porque pude escrever por ela. Talvez, se a gente não estivesse aqui, ela não ia conseguir escrever.”

A socióloga Silvia dos Santos, escreveu que, como Lula, era oriunda das camadas populares e minorias excluídas. “Sou filha de nordestinos, negra, gay, da periferia, sempre pobre. De repente, você vê políticas públicas que incentivam todas essas minorias de classes. Me identifico muito, amo o Lula demais. Ele roubou meu coração, mesmo. Todos estamos batalhando, e o que eu puder falar sobre ele de bom, sempre falo.” 

Pablo Miramar, que espera nomeação após aprovação em concurso público, se define como “um democrata convicto”, admirador do ex-presidente, mas não é militante, nem filiado a nenhum partido. “Acredito que essa é uma luta que já há muito tempo transcendeu qualquer partido político e a própria esquerda. Envolve todo cidadão que tem vergonha na cara, solidariedade, amor ao próximo e à democracia. Esse tipo de sentimento hoje se encarna no presidente Lula.”

Ele conta que o conteúdo da sua carta, “nada de muito político, uma coisa emotiva”, era quase uma conversa de “filho para pai”. “Deixei claro que para o presidente que ele é um amigo, apesar de nunca termos nos visto pessoalmente”, disse ele.

A professora de história Rosangela Galvani lembra que o seu pai conheceu Lula na porta da fábrica, ainda como metalúrgico. “Cresci com a história do sindicalismo, da CUT e do PT. Faz parte da minha vida. Quando o PT se formou, meu pai trazia os jornaizinhos para casa. Eu tinha 11, 12 anos de idade. Ele me mostrava as charges, de como eram importantes para chamar a atenção dos operários.” 

Na carta, ela relatou ainda cena emocionante, ocorrida anos mais tarde, quando foi com o pai ao cinema para ver o filme Lula, o Filho do Brasil“Contei essa história de quando eu era criança, dos jornaizinhos do PT. Escrevi sobre a cena do filme, levando o meu pai para ver. Desejo muita força para o Lula, nesse momento difícil. Todos nós estamos com ele.”

Com reportagem de Cláudia Motta

Assista à reportagem da RBA:

 

POSSÍVEL TRANSFERÊNCIA DE LULA É PREOCUPANTE, DIZ ADVOGADO

Segundo Tânia Mandarino, Complexo de São José dos Pinhais possui policiais condenados e pessoas com distúrbios mentais
por Redação RBA.
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Apenas neste ano, dois presos já foram assassinados no Complexo Médico Penal de Pinhais

São Paulo – O Complexo Médico Penal de Pinhais, no Paraná, é um dos possíveis destinos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva após pedido de transferênciafeito pelo Sindicato dos Delegados da Polícia Federal. De acordo com a advogada Tânia Mandarino, colocá-lo lá é perigoso, já que o local possui policiais condenados e pessoas que respondem a medidas de segurança em função de distúrbios mentais.

“Há a discussão se ele vai para um quartel ou presídio. Neste ano, dois presos já foram assassinados no CMP. Pelo Código de Processo Penal, o quartel seria a melhor alternativa”, afirma a advogada, em entrevista aos jornalistas Marilu Cabañas e Glauco Faria na Rádio Brasil Atual. Ela diz ter a informação de que já existe a preparação de uma cela no complexo para o ex-presidente. 

Ela também aponta que o pedido feito pelo presidente do sindicato da PF, Algacir Mikalovski, mostra que há uma contaminação da Polícia Federal, já que o delegado é simpatizante do pré-candidato Jair Bolsonaro e já se candidatou à deputado estadual.

“Essa contaminação da Polícia Federal é nítida. Com o delegado sendo pró-Bolsonaro de forma descarada deixa a gente preocupada. Nós sabemos que o chefe de segurança do Complexo Médico Penal de Curitiba tem um quadro na sua sala em apoio ao Bolsonaro”, acrescenta.

A advogada também falou que recebeu ameaças de morte em função da notícia-crime sobre o atentado aos ônibus da caravana do Lula pelo sul. Segundo ela, o procurador já encaminhou o processo para a cidade de Laranjeiras do Sul, mas teme por um desfecho negativo. “Existe uma tendência do delegado enquadrar o caso como um mero disparo de arma de fogo com dano ao ônibus. A gente não concorda, aquilo foi tentativa de homicídio, mas esperamos que a Procuradoria não mude isso.”

Além disso, Tânia também fez ponderações sobre a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de remeter o processo do agora ex-governador Geraldo Alckmin à Justiça Eleitoral. “O tratamento às pessoas que não filiadas ao PT é diferente. Tecnicamente é que os defensores do Alckmin, o que inclui a Procuradoria, entenderam que a renúncia dele ao cargo de governador tirou o foro privilegiado e pediram para que ele não fosse investigado pela Lava Jato. Isso foi atendido prontamente. Uma denúncia de propina virou denúncia de caixa 2 de campanha. É uma vergonha”, criticou.

A advogada adiantou que o Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquivel virá visitar o ex-presidente em Curitiba. A intenção dele é vir com parlamentares do Mercosul. “Nós esperamos que ele possa visitar Lula e não façam com ele o que fizeram com os governadores, sem passarmos outra vergonha internacional”, afirma, lembrando da proibição judicial da visita de governadores ao ex-presidente. 

Ouça a entrevista na Rádio Brasil Atual:

ARTISTAS DO PARÁ LANÇAM MANIFESTO PELA LIBERDADE DO EX-PRESIDENTE

LULA LIVRE
“Lula é um preso político e o clamor por sua libertação é uma causa de todas e todos”, diz trecho da nota assinada por dezenas de artistas
por Redação RBA.
RICARDO STUCKER

Lula

A cada dia que passa, aumenta a mobilização exigindo a liberdade do ex-presidente

São Paulo – Mais de 50 artistas paraenses lançaram um manifesto em defesa da democracia e pela liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A nota, divulgada nesta quarta-feira (11) pelas redes sociais, enfatiza que Lula é um preso político e pede a liberdade do ex-presidente.

“A defesa irrestrita da liberdade do ex-presidente e do seu direito de ser candidato nas eleições presidenciais deste ano e a garantia de eleições livres são premissas que não podemos abrir mão, a despeito das demais candidaturas do campo democrático e popular, dignas de respeito e também merecedoras do sufrágio popular”, destaca o manifesto.

Lula está preso na sede da Polícia Federal em Curitiba desde o último sábado (7). A detenção do ex-presidente foi determinada pelo juiz Sérgio Moro na quinta-feira (5), menos de 24 horas depois do Supremo Tribunal Federal (STF) negar pedido de habeas corpus impetrado pela defesa. Desde então, simpatizantes se concentram na capital paranaense em apoio a Lula e pedindo a sua libertação.

Leia o manifesto na íntegra:

Artistas do Pará em defesa da democracia e liberdade para Lula

Nós, artistas paraenses, produtores e ativistas culturais, estamos preocupados com o curso que o nosso país está tomando. Tempo de intolerância e ameaça à democracia.

O golpe que conduziu Temer ao poder, a execução de Marielle e Anderson, a subtração de históricos direitos do povo, a escalada do ódio e de violência fascista no país, os desmedidos ataques ao ex-presidente Lula, do atentado à sua caravana no Sul do país à decisão de prendê-lo, são sinais evidentes da violação do estado democrático de direito.

A perseguição judicial a Lula, com apoio da mídia conservadora, transformou o seu processo na notícia mais divulgada do Brasil nos últimos tempos. Lula foi condenado sem provas; seu julgamento em segunda instância foi acelerado para inviabilizar sua candidatura.

A prisão de Lula é mais um capítulo do golpe. Lula é um preso político e o clamor por sua libertação é uma causa de todas e todos. A defesa irrestrita da liberdade do ex-presidente e do seu direito de ser candidato nas eleições presidenciais deste ano e a garantia de eleições livres são premissas que não podemos abrir mão, a despeito das demais candidaturas do campo democrático e popular, dignas de respeito e também merecedoras do sufrágio popular.

Para que a esperança e a liberdade vençam o ódio e a injustiça, cantaremos com vigor e seguiremos resistentes, independente de nossas opções políticas, ideológicas e eleitorais, em defesa da democracia.

Para subscrevê-la: iara.radioweb@gmail.com

Aíla, cantora, produtora e artivista
Alba Maria, cantora
Andréa Pinheiro, cantora
Sônia Nascimento, cantora
Ricardo Aquino, músico e compositor
Januário Guedes, cineasta
Almino Henrique, cantor e compositor
Allan Carvalho, cantor e compositor
Netto Dugon, ator e palhaço
Renato Torres, poeta, cantor e compositor
Rafael Lima, cantor e compositor
Silvinha Tavares, cantora e compositora
Marcelo Sirotheau, cantor e compositor
Natália Matos, cantora e compositora
Vasco Cavalcante, poeta
Lorena Costa, fotógrafa
Márcio Crux, cineasta
Valcir Bispo Santos, ativista cultural e pesquisador de políticas culturais (UFPA)
Neno Freitas, sambista
Antônio Ferreira Guimarães (Xaxá), sambista
Guilherme Nunes, artista plástico
Juliana Franco, cantora
Luis Girard, cantor
Lucio Mouzinho, cantor e compositor
Otávio Rodrigues, Equipe Rádio Iara (radioiara.com)
Jorge André, Sarau Multicultural do Mercado
Renato Lu, cantor
Rand Frank, músico
Edvaldo Sousa (Azul), DJ e produtor cultural
Samira Abe, produtora cultural, equipe Rádio Iara
Ju Abe, cantora e compositora
Marcelo Pyrull, músico
Márcio Farias, cantor e compositor
Alexandre Pinheiro, músico
Rubens Stanislaw, músico
Edinaldo Homobono Santa Brigida (Bono) – Coletivo Voo Musical
Marckson de Moraes, ator (Companhia Cênica de Cínicos) e iluminador
Daniele Queiroz, cenógrafa
Lídia Belo, cantora
Adriana Cavalcante, cantora e compositora
Messias Lyra, músico
Moacyr Chagas, sambista
Silas Nascimento, sambista
Alex Gamboa, sambista
Bilão da Canção, sambista
Tony Melodia, sambista
Odenilson Dias, sambista
Lu Portela, sambista
Sônia Santos, sambista
Davi das Pedreiras, sambista
Lika Borges, sambista
Lene Flexa, sambista
Denilson Dias, sambista
Luzia Guimarães, sambista
Zé Antônio Araújo, sambista
Flávio Roberto, sambista
Edivaldo Santos (Xaréu), músico

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USAR O CONTROLE REMOTO É UM ATO DEMOCRÁTICO!

EXPERIMENTE CONTRA A TV GLOBO! Você sabe que um canal de televisão não é uma empresa privada. É uma concessão pública concedida pelo governo federal com tempo determinado de uso. Como meio de comunicação, em uma democracia, tem como compromisso estimular a educação, as artes e o entretenimento como seu conteúdo. O que o torna socialmente um serviço público e eticamente uma disciplina cívica. Sendo assim, é um forte instrumento de realização continua da democracia. Mas nem todo canal de televisão tem esse sentido democrático da comunicação. A TV Globo (TVG), por exemplo. Ela, além de manter um monopólio midiático no Brasil, e abocanhar a maior fatia da publicidade oficial, conspira perigosamente contra a democracia, principalmente, tentando atingir maleficamente os governos populares. Notadamente em seu JN. Isso tudo, amparada por uma grade de programação que é um verdadeiro atentado as faculdades sensorial e cognitiva dos telespectadores. Para quem duvida, basta apenas observar a sua maldição dos três Fs dominical: Futebol, Faustão e Fantástico. Um escravagismo-televisivo- depressivo que só é tratado com o controle remoto transfigurador. Se você conhece essa proposição-comunicacional desdobre-a com outros. Porque mudanças só ocorrem como potência coletiva, como disse o filósofo Spinoza.

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CAMPANHA AFINADA CONTRA O

VIRTUALIZAÇÕES DESEJANTES DA AFIN

Este é um espaço virtual (virtus=potência) criado pela Associação Filosofia Itinerante, que atua desde 2001 na cidade de Manaus-Am, e, a partir da Inteligência Coletiva das pessoas e dos dizeres de filósofos como Epicuro, Lucrécio, Spinoza, Marx, Nietzsche, Bergson, Félix Guattari, Gilles Deleuze, Clément Rosset, Michael Hardt, Antônio Negri..., agencia trabalhos filosóficos-políticos- estéticos na tentativa de uma construção prática de cidadania e da realização da potência ativa dos corpos no mundo. Agora, com este blog, lança uma alternativa de encontro para discussões sociais, éticas, educacionais e outros temas que dizem respeito à comunidade de Manaus e outros espaços por onde passa em movimento intensivo o cometa errante da AFIN.

"Um filósofo: é um homem que experimenta, vê, ouve, suspeita, espera e sonha constantemente coisas extraordinárias; que é atingido pelos próprios pensamentos como se eles viessem de fora, de cima e de baixo, como por uma espécie de acontecimentos e de faíscas de que só ele pode ser alvo; que é talvez, ele próprio, uma trovoada prenhe de relâmpagos novos; um homem fatal, em torno do qual sempre ribomba e rola e rebenta e se passam coisas inquietantes” (Friedrich Nietzsche).

Daí que um filósofo não é necessariamente alguém que cursou uma faculdade de filosofia. Pode até ser. Mas um filósofo é alguém que em seus percursos carrega devires alegres que aumentam a potência democrática de agir.

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