A maneira, a forma, como o ex-senador, Eduardo Suplicy, Secretário Municipal de Direitos Humanos foi detido e preso por truculentos policiais do governo pdebista de Geraldo Alckmin é inadmissível. No meio de tanta arbitrariedade, durante a condução do ex-senador, uma voz feminina, do meio do povo, dos trabalhadores, protestou: Valeu Suplicy, você foi digno. A consideração pelo Secretário por parte do povo foi e é tão especial que se preocuparam até no momento que sua carteira porta cédula caiu.
A prisão do ex-senador aconteceu, hoje de manhã porque ele se opôs a uma reintegração de posse de uma área que abriga mais de 350 famílias na cidade Educandário perto da Rodovia Raposo Tavares, zona oeste da capital paulista. A área pertence à prefeitura e apresenta perigo para os moradores devido ser encosta e causar deslizamento. Resultado de administrações que perderam para Fernando Haddad e que são situações que extrapolam sua administração mas que na periferia ele está trabalhando.
Houve tiros, bomba de gás lacrimogêneo que atingiu uma criança e muito corre-corre. Suplicy acompanhava a reintegração discordando da decisão e a forma que encontrou para protestar foi deitar-se, junto com outros manifestantes no meio da rua para evitar a ordem e foi retirado à força pela brucutu polícia do governo do golpista PSDB e conduzido ao 75º DP do Jardim Arpoador.
Pra que serve a Polícia? Serve ao grande capital e a um estado mínimo que tira do povo, por exemplo uma condição necessária que é a casa. Se uma parcela desse povo está habitando um lugar há mais de três anos, ali ele tem um espaço que faz parte e sua vida, da sua cultura, de suas relações sociais. E quem está ali é o povo, é o povo trabalhador. Vem o Estado com seu aparelho jurídico repressor através da polícia para agredir o povo.
A polícia protege o grande capital e o papel dela, diz Louis Althusser, é essencialmente, como aparelho repressivo, em garantir pela força (física ou não) as condições políticas da reprodução das relações de produção, que não são em última instância relações de exploração [..].
A polícia de São Paulo, no governo de Geraldo Alckmin e do seu ex-secretario de Segurança, hoje ministro da injustiça no governo golpista de Temer, Alexandre Moraes tem a marca da violência, do sangue e da insegurança.
O que aconteceu com Eduardo Suplicy tem que ser denunciado porque isso é uma prática que já se tornou hábito, mas é um hábito que tem que ser banido de São Paulo e se possível, excluir a Polícia, acabar com esse câncer, com esse mal, porque ninguém precisa dela.
Na quarta-feira, dia 13, à tarde haverá eleição para o mandato tampão do atual presidente da Câmara dos Deputados depois da renúncia do suíço, Eduardo Cunha mais conhecido no mundo do crime como caranguejo.
Dez candidatos, segundo a Agência Brasil já estão com a candidatura formalizada. Aí estão eles:
Luiza Erundina – Atualmente no PSOL, Erundina foi a primeira mulher prefeita de São Paulo, de 1989 a 1992, quando ainda era filiada ao PT (1980-1997). Do PT, Erundina foi para o PSB (1997-2016). Também foi vereadora (1983 a 1987) e deputada estadual (1987 a 1988).
Rogério Rosso – Deputado federal desde 2007, Rosso é advogado e ocupou cargos públicos no governo do Distrito Federal na gestão de Joaquim Roriz. Em 2010 foi escolhido governador em eleição indireta da Câmara Legislativa do DF para um mandato tampão após a saída do ex-governador José Roberto Arruda. Líder do PSD na Câmara, Rosso presidiu a Comissão do Impeachment que analisou a denúncia contra a presidenta afastada Dilma Roussff na Casa. É aliado de Cunha.
Carlos Henrique Gaguim – Integrante do chamado “centrão” e aliado de Eduardo Cunha, já foi do PTB e do PMDB. Foi duas vezes vereador de Palmas, três vezes deputado estadual, duas vezes presidente da Assembleia Legislativa e governador de Tocantins. Atualmente, exerce seu primeiro mandato de deputado federal.
Marcelo Castro – Médico e professor da Universidade Federal do Piauí, Castro é ex-ministro da Saúde do governo da presidenta afastada Dilma Rousseff. Já foi deputado estadual e se destacou na Câmara dos Deputados como presidente da CPI que investigou os acidentes aéreos em 2007.
Carlos Manato – Atual corregedor da Câmara, Manato também é integrante do “centrão”. Médico por formação e deputado desde 2003, quando se elegeu pelo PDT, antes de ir para o Solidariedade. Já integrou a Mesa Diretora da Câmara como suplente por duas vezes.
Fábio Ramalho – Está no terceiro mandato na Câmara dos Deputados. Formado em direito, Ramalho foi prefeito do município de Malacacheta (MG) no período de 1997 a 2004. Já integrou as comissões de Finanças e Tributação e de Legislação Participativa e atualmente é titular da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Heráclito Fortes – Ex-prefeito de Teresina, Fortes está em seu quinto mandato como deputado. Também foi senador pelo DEM, até 2011, vice-presidente e terceiro secretário da Câmara. O deputado foi citado na Lava Jato em delação premiada de Sérgio Machado, por suposto recebimento de propina.
Fausto Pinato – Primeiro relator do processo contra Eduardo Cunha no Conselho de Ética, Pinato está em seu primeiro mandato de deputado federal. Advogado, o deputado já trabalhou como secretário parlamentar na Câmara e como assessor técnico na Assembleia Legislativa de São Paulo.
Giacobo – Aliado de Cunha e empresário do ramo de móveis e eletrodomésticos, o deputado também é ligado à bancada do agronegócio e foi presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural.
Cristiane Brasil – Em seu primeiro mandato de deputada federal, Cristiane já foi vereadora no Rio de Janeiro. Filha do delator do mensalão Roberto Jefferson, ela também já foi secretária extraordinária da Terceira Idade e secretária especial de Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida da prefeitura do Rio de Janeiro.
Dois fatos chamam atenção acerca do Partido dos Trabalhadores, do PCdoB; e do PSOL.
O primeiro. Entendemos que numa eleição dessa, para o candidato ser eleito envolve várias questões políticas, programas, projetos. E numa Câmara como a atual, constituída na sua grande maioria por degenerados, ladrões, um candidato da esquerda não se elege, mas, devia desde o início ter acenado para uma candidatura da esquerda. Na noite desta segunda-feira o líder do PT na Câmara se posicionou dizendo:”O PT nunca cogitou apoiar um partido ou candidato golpista. Foi uma construção coletiva da bancada, um encaminhamento na média das posições apresentadas”, disse Afonso Florence;
O segundo ponto, é que deu margem para a imprensa golpista e de certa forma alguns dos nossos blogueiros caírem na esparrela de que o PT apoiaria o candidato do DEM, Rodrigo Maia, que seria uma candidatura em oposição ao centrão (PSD, PP, PR, PTB, PSC, PTN, SD, e outros partidos médios).
Golpista é sempre golpista. Como o PT ficaria ao lado do maior corrupto do Brasil, Pauderney Avelino, do Amazonas, segundo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado? Mas, ainda bem, que houve por parte de alguns blogueiros esses questionamentos, embora isso não possa pautar decisões partidárias e sim questioná-las, pois cabe as decisões ao PT, aos parlamentares, o que foi feito hoje durante o dia com textos de Tarso Genro e ao anoitecer, quando os deputados do PT na Câmara descartaram qualquer aliança com os golpistas e o Senador Lindenberg Farias também se manifestou contra essa lambança que quiseram transformar o Partido dos Trabalhadores aliado de sabujos golpistas.
A esquerda tem que rever suas posições contra os golpistas. PT, PCdoB, PSOL, PT do B possuem um número considerado de votos e unidos com Luiza Erundina conquistando votos insurgentes dos aliados do golpista Mor causará mais confusão nas hostes dos usurpadores da Pátria.
Nada de pensar que Temer, Aécio o apagado, sumido, furneiro, escondido não estejam articulando. Eles estão. No domingo estiveram juntos novamente. É o dia que mais trabalham. O Planalto tem todo interesse do mundo de fazer presidente seu candidato e procrastinar a situação de Eduardo Cunha que mais uma vez foi atirado ao mar de onde como caranguejo nunca deveria ter saído, por um editorial temporã do golpista Jornal O Globo de ontem, 11/07, à tarde, e o mais importante para eles todos, parar a sangria que a Lava Jato vem promovendo.
É preciso eleger uma presidenta que esteja fora desse círculo vicioso. É preciso eleger uma presidenta comprometida com a Democracia e a Soberania brasileira; que valorize e não interfira no que a Lava Jato já investigou e esta, passe a julgar e prender mesmo, os malfeitores a começar pela mulher e filha do Caranguejo chorão lágrimas de crocodilo. E no momento, essa pessoa, que já mostrou capacidade, chama-se Luiza Erundina, do PSOL.
E, parafraseando os jornalistas livres, Fora Temer!
Direitos dos povos tradicionais, de LGBTs, de mulheres e dos negros também pautaram o ato na famosa feira internacional.
Por Vinicius Lisboa, da Agência Brasil
Movimentos sociais fizeram, na tarde desse sábado (2), manifestação durante a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip). O ato reúne pautas de povos tradicionais, feministas, ativistas pela educação, por direitos LGBT e do movimento negro e posiciona-se contra o governo do presidente interino Michel Temer.
Chamado de Ocupa Flip, o protesto tem como um dos principais objetivos denunciar violações de direitos dos povos e das comunidades tradicionais da região. A manifestação se concentrou na Praça da Matriz, no centro histórico, e percorreu as ruas da cidade divulgando as revindicações com cartazes e palavras de ordem.
Desde o início da festa, o movimento Trindade Vive espalhou cartazes nos postes de Paraty com mensagens contra a especulação imobiliária e o turismo predatório na região. Em 2 de junho, a localidade de Trindade testemunhou o assassinato do jovem caiçara Jaison Caique Sampaio, de 23 anos. O crime causou indignação e está em investigação pela polícia.
A comunidade afirma que o jovem foi morto por seguranças contratados pela empresa privada Trindade Desenvolvimento Territorial. A Agência Brasil não conseguiu entrar em contato com a empresa.
“Esse problema causou grande mobilização na comunidade na luta por justiça, até pelo histórico de Trindade, que desde a década de 1970 já sofreu com diversos atos de violência”, diz o representante caiçara Davi Paiva na tenda montada pela comunidade no centro histórico de Paraty para divulgar a cultura e as reivindicações da população de Trindade. “A gente acredita que a mobilização tem de ser não só da comunidade, mas de toda a sociedade, que tem de olhar para o que está acontecendo em Paraty.”
Davi acredita que o caiçara talvez seja o mais afetado pela descrença da sociedade em relação aos povos tradicionais. “Por ser uma mistura dos portugueses, dos índios e negros, ele [o caiçara] é um pouco a cara do Brasil, que é a cara de todos nós”, conta. “Não preciso estar com um chapéu de palha e um matinho canto da boca mastigando, e usando roupas típicas para poder ter minha identidade reforçada. A cultura é algo que está em constante mudança. O índio não deixa de ser índio porque usa um celular.”
Os caiçaras são povos tradicionais que vivem entre a costa do Paraná e a do Sul do Rio de Janeiro. Historicamente, suas principais atividades eram a pesca e a lavoura e, em muitos casos, eles foram expulsos do litoral pela especulação imobiliária. Atualmente, esses povos muitas vezes se dedicam ao ecoturismo, como ocorre em Trindade.
Contra a especulação
Além do protesto, duas mesas na programação alternativa à tenda principal da Flip trazem hoje a pauta caiçara para o debate. Pela manhã, no Instituto Silo Cultural, representantes de povos caiçara e quilombola e pesquisadores se reuniram para discutir as ameaças aos territórios.
Entre as preocupações mencionadas, a privatização de áreas de conservação, onde a maior parte desses povos vive, foi destaque. O antropólogo e professor da Universidade de São Paulo Antônio Carlos Diegues defendeu que a autonomia é fundamental para os povos tradicionais. Para ele, a organização caiçara só se tornou possível quando os quilombolas ganharam espaço. “Em vez de reconhecer os direitos das comunidades como autônomas, o que o governo propõe [com concessões de áreas de preservação] vai impedir que exerçam autonomia”, diz o pesquisador. Ele estima que 90% das comunidades tradicionais vivam em áreas de preservação.
Quilombola e membro do Fórum de Comunidades Tradicionais de Angra dos Reis, Paraty e Ubatuba, Ronaldo dos Santos lembra que não é coincidência esses povos viverem em áreas preservadas. “Não sou incompatível com a Mata Atlântica, tanto é que a Mata Atlântica que resta está onde eu vivo”, diz o ativista. Ele manifestou preocupação com as garantias de direitos dos povos tradicionais nos próximos anos. “Tem muita gente engasgada com o avanço das pautas progressistas.”
Do ponto de vista cultural, o músico caiçara Luiz Perequê ressaltou que, sem a garantia do território, sobra uma angústia aos povos tradicionais. “Tem uma cultura que só acontece aqui. Se não tem esse espaço, não tem como acontecer”, disse. Perequê também criticou a transformação das manifestações culturais apenas em produtos culturais pela indústria turística. “Não se pode deixar transformar tudo em entretenimento para o turista.”
Luta por direitos
No sábado, o jornalista e advogado Paulo Stanich Neto participou de uma mesa na Flip Mais e lança o livro Direito das Comunidades Tradicionais Caiçaras, em que apresentou pareceres jurídicos que fundamentam a luta dos caiçaras pela terra.
“Nossa mensagem é que temos fundamentos jurídicos e que eles [os caiçaras] não deleguem essa representatividade. O caiçara é um sujeito, não o objeto. Ele tem condições de lutar pelos direitos dele”, disse o organizador do livro. Segundo ele, os caiçaras são ameaçados por grileiros, por governos e por organizações não-governamentais que tentam tomar seu protagonismo.
A situação política do Brasil hoje ritornelou no mundo todo. Maranhão mandou ver. Mexeu com a bolsa de valores, fez o pato da FIESP murchar, ministérios serem desfeitos e instalou o pânico generalizado nos golpistas. Uma doideira. O golpista do Amazonas dentre todos, aquele do roubo dos R$ 4,6 milhões da prefeitura de Manaus disse que nem almoçaria para resolver a questão. Bossalidade amazonense.
Mas, a notícia boa mesmo é que o Eduardo Cunha do Senado pode levar em frente o golpe. Podem votar seu ato jurídico perfeito, mas tem um porém, o governo vai recorrer ao STF. A questão política a Câmara e o Senado tratam, mas o mérito, que em nenhum momento levaram em consideração a suprema corte se provocada e será vai ter que se manifestar se os seis decretos e as pedaladas são crimes. Para nós não são crimes. Dizem que o STF aprovou. O STF só aprovou o rito. Não o imprestável trabalhou feito na Câmara.
Ao recepcionar ontem, dia 9, o presidente da Corte Interamericana de Direitos Humanos – CIDH, Roberto Caldas e Secretário Geral da OEA, Luis Almagro este declarou estar muito preocupado com a situação do Brasil.
Da Agência Brasil para os brasileiros vai as falas de quem juridicamente pode resolver uma questão de justiça. Para nós não cabe o princípio de que “a justiça tarda mais não falha.” A justiça em si, é justiça se tarda não é justiça. E Dilma não pode ser injustiçada. Vamos às falas das autoridades.
O ministro Lewandowisk disse para os mesmos que o tribunal pode vir a julgar o mérito do processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff. Em reunião com o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, Lewandowski informou que, até o momento, “do ponto de vista do procedimental formal”, o processo transcorre conforme decisão da Corte máxima do país.
Ao responder questionamento do secretário-geral da OEA acerca de preocupações sobre o mérito do procedimento de afastamento da presidenta Dilma, o presidente do STF deixou em aberto a possibilidade de a Corte, caso provocada, analisar o tema.
“Por enquanto, o Brasil está aguardando uma decisão do Senado Federal. Pode ser que o Supremo venha ou não a ser instado a se pronunciar sobre essa questão, que ai terá de decidir, inicialmente, se a decisão é exclusivamente política ou se comporta algum tipo de abordagem do ponto de vista jurídico passível de ser examinada pelo tribunal”, argumentou Lewandowski.
Acompanhado do presidente da Corte Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), Roberto Caldas, Luis Almagro manifestou a Lewandowski preocupação quanto aos direitos da presidenta Dilma e o “futuro institucional do país” passado o processo de impeachment. O diplomata uruguaio disse a Lewandowski estranhar o fato de políticos investigados pela Justiça brasileira estarem julgando a presidenta da República.
O presidente do STF ressaltou que, apesar de muitos políticos serem alvos de processos e investigações, enquanto não forem definitivamente julgados eles gozam da presunção de inocência.
“Há vários parlamentares acusados de crimes investigados pelo STF, mas, enquanto não forem julgados, têm a presunção de inocência. Também temos um sistema processual extremamente complexo”, acrescentou Lewandowski.
“Há uma outra questão que há de ser examinada oportunamente. É saber se o Supremo pode ou não ingressar em juízo de natureza política, se vai conhecer ou não desse questionamento. Mas isso é um tema a ser futuramente examinado pelos 11 ministros da Suprema Corte”, acrescentou Lewandowski.
No nosso entendimento se a política nesse caso está sendo apolítica, cabe sim a interferência da Corte porque ela vai analisar o mérito da questão.
É inaceitável que 367 picaretas subtraiam 54.5 milhões de votos do povo brasileiro e entreguem nosso país para traidores da pátria e para os lacaios do capital nacional e internacional a partir do maior invasor que se chama Estados Unidos da América.
Para especialistas e entidades de defesa do consumidor, a possibilidade de que as operadoras de telecomunicações adotem limites de tráfego de dados para a internet fixa, com o corte do serviço ou redução da velocidade quando a franquia chegar ao fim, viola o Marco Civil da Internet. A lei está em vigor desde 2014, e estabelece os princípios, garantias, direitos e deveres para quem usa a rede.
O especialista em propriedade intelectual e direito digital Maurício Brum Esteves lembra que o Marco Civil garante a manutenção da qualidade contratada e estabelece que o usuário não pode ter sua internet suspensa a não ser por débito com a operadora. Esteves também destaca princípios da legislação, como a finalidade social da rede, o acesso amplo e a defesa do consumidor.
Em vigor desde 2014, Marco Civil da Internet estabelece princípios, garantias, direitos e deveres de quem usa a rede Arquivo/Agência Brasil
“O Marco Civil traz toda uma gama de valores que dialoga com o fato de que a internet tem que chegar a todos. A internet é uma forma de liberdade de expressão, de conhecimento, de ter participação na vida política. E na medida em que a internet passa a ser controlada pela quantidade de dados, as pessoas menos favorecidas, que não têm condições de contratar um pacote de dados melhor, vão ficar excluídas da vida digital.”
Para a coordenadora da Proteste Associação de Consumidores, Maria Inês Dolci, a adoção de franquias viola o Marco Civil, que estabelece a internet como um serviço fundamental e diz que as operadoras só podem interromper o acesso por falta de pagamento.
“O Marco Civil da Internet levou seis anos para ser aprovado. Não podemos violar dessa forma para que as empresas sejam contempladas com receitas maiores em detrimento do consumidor”, disse Maria Inês. A Proteste também considera que o Código de Defesa do Consumidor pode ser violado no caso de mudanças unilaterais nos contratos.
O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) também diz que as alterações nos contratos são ilegais e afrontam o Código de Defesa do Consumidor, o Marco Civil da Internet e a Lei do Conselho Administrativo de Defesa Econômica. O pesquisador em telecomunicações do Idec, Rafael Zanatta, ressalta que as provedoras não podem usar a franquia de dados como instrumento para precificar os dados e segmentar seus clientes por capacidade de compra.
“Isso implicará em fragmentação da internet, entre aqueles que podem acessar serviços de qualidade e intensivos em dados e aqueles que não poderão”. Para Zanatta, a diferenciação de consumidores vai contra a própria finalidade da internet, de natureza livre e aberta para todos, bem como a finalidade social de que trata o Marco Civil da Internet.
Em matéria que mostra a relevância política da educação, já que educação é um caso de política, a repórter da Agência Brasil, Mariana Tokarnia, mostra a situação pedagógica-educacional de 35 escolas públicas que processaram uma aprendizagem condigna com a condição em que os estudantes se encontram.
Leia o texto de Mariana Tokarnia que mostra a essencialização da educação.
No Brasil, 35 escolas públicas se destacam por conseguir, mesmo em condições adversas, garantir um bom aprendizado aos alunos no ensino fundamental. São escolas que atendem alunos de baixo nível socioeconômico em diferentes regiões do Brasil e conseguem que eles avancem juntos e tenham bons desempenhos nas avaliações nacionais. Os dados são da pesquisa Excelência com Equidade – Os desafios dos anos finais do ensino fundamental.
O estudo mapeia elementos que são comum às escolas e que podem ser replicados em larga escala para melhorar as etapas de ensino. Primeiro, é preciso assegurar condições para que os alunos frequentem e não abandonem a escola. Além disso, o tempo pedagógico é garantido, ou seja, o tempo que o estudante está na escola é ocupado com aulas ou outras atividades que vão ajudar no desenvolvimento. “Educação é um direito independente do contexto social. Todo aluno tem que ter o direito ao aprendizado garantido”, diz o coordenador da Fundação Lemann e coordenador geral da pesquisa, Ernesto Faria.
Nessas escolas, o trabalho dos professores é pautado por avaliações, feitas sistematicamente para medir o aprendizado e orientar as aulas. Além disso, a Secretaria de Educação oferece suporte pedagógico e estrutural e os gestores atuam para fortalecer o vínculo dos profissionais com as escolas. Os professores também levam em conta o contexto de vida dos alunos na prática educacional. Por fim, são feitas mudanças na prática em sala de aula, para melhorar a aprendizagem dos alunos.
“É importante porque não é por um contexto mais vulnerável que se pode perder o aluno. Não se pode cair na armadilha de olhar apenas para o aluno mais engajado, todo aluno importa”, diz Faria. As escolas atendem alunos de baixo nível socio economico, têm um alto percentual de alunos com aprendizado adequado em português e matemática, mostraram evolução no desempenho dos alunos na Prova Brasil, de 2009 a 2013, e pertencem a redes de ensino que melhoraram como um todo nos últimos anos.
A pesquisa avalia escolas em diferentes contextos – urbanas e rurais – inseridas em grandes capitais e em pequenos municípios, com muitos ou poucos alunos. “O estudo desmonta mitos relacionados à educação que são bastante difundidos. O primeiro, é que escola pública é ruim. O segundo, é que criança pobre não aprende. O estudo mostra que as escolas públicas conseguem fazer um trabalho de altíssimo nível”, diz a consultora do Itaú BBA, Ana Inoue.
Excelência com equidade
A pesquisa, feita em parceria pela Fundação Lemann, Instituto Credit Suisse Hedging-Griffo e Itaú BBA, dá continuidade ao estudo lançado no ano passado, referente aos anos iniciais do ensino fundamental, período que vai do 1º ao 5º ano. Agora foi analisado o período escolar do 6º ao 9º ano do ensino fundamental. Se na primeira pesquisa foram encontradas 215 escolas públicas que garantiam educação de qualidade a estudantes de baixa renda, esse número, usados os mesmos critérios, cairia para apenas três nos anos finais do ensino fundamental.
O grupo decidiu então flexibilizar os critérios considerando, entre outros, não apenas os resultados finais, mais o quanto essas escolas evoluíram nos últimos anos, o que elevou o número de escolas a 35, com experiências que podem ser compartilhadas.
De acordo com a pesquisa, a baixa quantidade de escolas evidencia os desafios específicos dos anos finais do ensino fundamental. Entre eles, a heterogeneidade das turmas. A evasão escolar e as defasagens acumuladas no percurso escolar têm mais impacto nos anos finais do ensino fundamental, do que nos iniciais, quando os alunos são mais jovens e estão no início da vida escolar.
O estudo, divulgado esta semana está disponível na internet. Conheça as experiências de seis dessas escolas:
Escola Municipal Miguel Antonio de Lemos, Pedra Branca (CE)
Escola Municipal Miguel Antonio de Lemos, Pedra Branca (CE)Pesquisa Excelência com Equidade
A escola Miguel Antonio de Lemos fica na zona rural do município de Pedra Branca, a cerca de 18 quilômetros (km) do centro da cidade. A estrutura da escola é simples, falta, por exemplo, água encanada. No entanto, é o único local da comunidade que congrega educação, esporte, arte e lazer, assumindo a função de centro cultural e espaço de eventos familiares, como casamentos e batizados, nos fins de semana. Essa proximidade com a vizinhança favorece a atribuição de valor à escola.
“Vivemos em busca de sucesso e não em função dos problemas. Eles existem em todas as instituições. Nossa comunidade concentra não alfabetizados. A escola procura abraçar isso. Temos dois trabalhos: fazer com que nossos alunos aprendam e fazer com que as famílias tenham consciência de que os filhos precisam aprender”, diz o diretor da escola Pedra Branca, Amaral Barbosa. Um terço da população de Pedra Branca com idade igual ou superior a 15 anos não sabe ler nem escrever.
Segundo Barbosa, o envolvimento da família é fundamental. Para aqueles alunos cujos responsáveis não se comprometem com o acompanhamento, a escola tem uma estratégia: o adote um aluno. “Os alunos com dificuldades e ausência de família são distribuídos entre os fucionários e professores, que assumem papel de pai. Acompanham, parabenizam e buscam fazer com que essa ausência da família seja suprida por uma pessoa da escola”, conta Barbosa.
Segundo dados da Prova Brasil, o percentual de estudantes do 9º ano com aprendizado adequado em matemática passou de 84% para 100%. Em língua portuguesa, passou de 77% em 2011, para 83% em 2013. A escola manteve Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 6,2 nos dois levantamentos. Ao todo, são 98 alunos no centro de ensino.
Escola Municipal Maria Leite de Araújo, Brejo Santo (CE)
A escola Maria Leite de Araújo fica a aproximadamente 25 quilômetros do centro do município Brejo Santo. A maior parte dos estudantes usa o transporte escolar para frequentar as aulas. Alguns professores moram próximo às famílias dos alunos e conhecem bem seu contexto de vida. Além disso, o acesso das famílias à escola é informal e rotineiro. Muitas mães de estudantes usam os serviços do posto de saúde vizinho à escola e aproveitam ocasiões de consultas médicas para conversar com os professores e se inteirar sobre o desenvolvimento e comportamento dos filhos.
“O que eu percebo que interfere no resultado dessas escolas é a gestão. Se não tiver uma gestão fortalecida, corre o risco de não ter a eficiência desejada. Tem o envolvimento de toda a equipe, professores, pais e o entendimento dos alunos sobre a necessidade de fazer o melhor”, diz o coordenador pedagógico da Secretaria Municipal de Educação de Brejo Santo, Jucélio Santos. “Sabemos o nosso dever na escola e do que precisamos fazer para melhorar. A vontade de fazer é o primeiro passo”, acrescenta.
Ele conta que antes de haver o esforço conjunto, cada professor atuava na sala de aula da maneira que achava que era a melhor. “Agora tem dado sucesso essa cultura do coletivo. Eu sozinho não posso me responsabilizar por todo o trabalho”, diz. Segundo ele, a secretaria reúne-se mensalmente com os diretores das escolas para discutir os trabalhos que estão sendo realizados e compartilhar as experiências exitosas e também os erros, para que não se repitam, entre todas as escolas. Bimestralmente, a reunião é feita com os professores. Há também uma equipe de professores que atuam na formação dos demais docentes e todo o processo é avaliado constantemente.
A escola tem o melhor Ideb entre as visitadas, 7,4. Em 2009, apenas 8% dos alunos tinham aprendizado adequado no 9º ano em língua portuguesa e em matemática. Em 2013, o cenário mudou: 100% tinham aprendizado adequado em matemática e 70% em língua portuguesa. A escola tem 79 alunos do 6º ao 9º ano.
Escola Municipal Gerardo Rodrigues, Sobral (CE)
Escola Municipal Gerardo Rodrigues, Sobral (CE) Pesquisa Excelência com Equidade
A escola Gerardo Rodrigues fica na periferia da cidade de Sobral, em uma área sem muitas construções nem circulação de pessoas, onde é comum a ocorrência de furtos. A direção escolar adota medidas para coibir situações de conflito e criminalidade, o que faz dela um dos poucos pontos seguros do bairro. A escola pertence à rede de ensino de Sobral, município com uma trajetória de superação do fracasso escolar nos últimos 15 anos e que hoje apresenta um dos melhores indicadores de qualidade da educação do país.
Em Sobral há um grande envolvimento pelo ensino que vai, desde a Secretaria de Educação até os estudantes. Os professores recebem formação mensal para atuar em sala de aula. “Para nós, enquanto professores, esse apoio é extremamente importante”, diz a professora de português da escola, Fernanda Lopes.
Ela diz ainda que o tempo pedagógico é aproveitado ao máximo. “Trabalhamos com habilidades que podem ser desenvolvidas ao longo do ano. Eu atendo pela manhã e outro professor atende no contraturno. As dificuldades que eu percebi, eu repasso para ele”. A rede de ensino é acompanhada por consultoria e passa por um diagnóstico frequente do desempenho. “Sabemos qual aluno tem dificuldade e qual é a dificuldade”, explica.
Na escola, 80% dos alunos do 9º ano têm o aprendizado adequado em língua portuguesa e 64%, em matemática, segundo os dados de 2013. A escola não oferecia a série nos anos anteriores do levantamento, então não é possível analisar a evolução da porcentagem. O Ideb registrado em 2013 foi 6,9. A escola atende 1.191 alunos.
Escola Municipal Hebe de Almeida Leite Cardoso, Novo Horizonte (SP)
Escola Municipal Hebe de Almeida Leite Cardoso, Novo HorizontePesquisa Excelência com Equidade
A escola Hebe de Almeida Leite Cardoso atende aos bairros de nível socioeconômico mais baixo do município de Novo Horizonte, em São Paulo. A infraestrutura é destoante da realidade das demais escolas públicas: todas as 20 salas de aula são equipadas com ar-condicionado, há salas multimídia, anfiteatro e jardim no pátio. O cenário atual da escola é bastante diferente do que era visto até alguns anos atrás, quando professores e gestores tinham resistência em trabalhar lá, pela fama de ser uma “escola difícil”. As melhorias na estrutura física, junto a outros fatores, são apontadas como importantes para a autoestima da comunidade escolar e foram lideradas pelo educador Paulo Cesar Magri, secretário de Educação do município desde 2001.
Em todo o município, são feitos simulados semanais e avaliações bimestrais. “Sexta-feira na primeira aula os alunos fazem a avaliação e na segunda de manhã eu já tenho os resultados. Tenho uma média da sala e do aluno e qual foi a questão que errou. Consigo saber se ele não entendeu uma charge ou um gráfico. Tenho como medir como está sendo o aprendizado”, diz o professor de história Ademir Almagro.
Para ele, o retorno imediato das avaliações, ao contrário de exames nacionais que levam um ano para ter os resultados divulgados, ajuda no aprendizado do aluno e faz com que dificuldades sejam identificadas rapidamente. Os professores também se reunem semanalmente para trocar experiências e fazer discussões em cada uma das áreas de atuação. Ademir Almagro destaca ainda a participação das escolas na concepção da educação para o município. “Geralmente as mundaças são feitas de cima para baixo. Dessa vez não, é a primeira vez que eu falo”, diz.
Com 662 alunos, a escola registrou Ideb de 5,3 em 2011 e 6,3 em 2013. O percentual de alunos do 9º ano com aprendizado adequado em matemática passou de 50% em 2011 para 52% em 2013. Em português, o percentual passou de 44% na primeira avaliação para 58%, dois anos depois. A escola não tem avaliações em 2009, porque ainda não oferecia essa etapa de ensino.
Escola Municipal Armando Ziller, Belo Horizonte (MG)
Escola Municipal Armando Ziller, Belo Horizonte – Pesquisa Excelência com Equidade
A escola fica na periferia de Belo Horizonte e é conhecida na vizinhança por exigir o rígido cumprimento de horários e por não liberar os alunos por falta de professores. A escola faz um acompanhamento também das faltas dos estudantes e aciona os responsáveis daqueles que têm cinco faltas consecutivas ou dez alternadas.
O maior desafio da escola, segundo a vice-diretora, Ivani de Paula, é a localização. “A escola está em uma divisa, entre Belo Horizonte e Ribeirão das Neves. Atendemos alunos de todo o entorno. Temos que lidar com a violência, contê-la dentro e fora da escola”. Uma das estratégias para combater a violência é envolver as famílias e a comunidade na formação dos estudantes. A escola promove chá das mães, bingo dos pais, além de sessões de cinema para a comunidade. “Quando consigo trazê-los em um momento de lazer para dentro da escola, consigo também em um momento de dificuldade. Quando chamo só para apontar os erros dos filhos, os pais não querem ir. Mas quando sentem que se tem parceria nos momentos agradáveis, facilita”, diz.
Para combater a violência, a direção da escola está presente na entrada e na saída dos alunos, na porta da escola. “Sabemos que ficam pessoas da comunidade para passar drogas na porta das escolas, mas quando sentem a presença da direção, ficam intimidadas”, diz Ivani, e acrescenta que a escola conta também com a presença de guardas municipais.
Com 465 alunos, a escola obteve Ideb de 5,3 em 2013. O índice apresentou evolução ante o índice de 3,8 registrado em 2009 e 4,7 em 2011. Na escola, o percentual de estudantes do 9º ano com aprendizado adequado em língua portuguesa saltou de 27% em 2009, para 47%, em 2013. Em matemática, esse percentual passou de 16% para 36%, no mesmo período.
Escola Municipal Rodrigues Alves, Rio de Janeiro (RJ)
Escola Municipal Rodrigues Alves, Rio de Janeiro Pesquisa Excelência com Equidade
A escola Rodrigues Alves fica na Barra da Tijuca, região nobre da cidade do Rio de Janeiro, mas atende adolescentes que vivem em comunidades pobres do entorno. A localização facilita a oferta de serviços e infraestrutura e minimiza problemas como a violência. A escola pertence ao programa Ginásio Experimental Carioca (GEC), ou apenas Ginásio Carioca, iniciado pela prefeitura do Rio de Janeiro em 2011, para atender alunos do 7º ao 9º ano, em horário integral. A carga horária estendida, a dedicação exclusiva dos professores e a
pequena quantidade de alunos contribuem para a qualidade do ensino e tornam a escola disputada pelas famílias de baixo nível socioeconômico da região.
Segundo a coordenadora pedagógica Maristela Motta, os alunos se tornam parte importante do próprio processo de aprendizagem. “O aluno que tinha dúvida se podia aprender, agora sabe que pode e o professor sabe que pode incentivá-lo”, diz. Os alunos são avaliados e o retorno, de acordo com Maristela, é imediato. “Recebemos os resultados das provas e imediatamente sentamos e alinhamos ações. Se determinada turma não atingiu os resultados desejados, buscamos saber o que aconteceu”. Os professores todos tem carga horária de 40 horas e dedicação exclusiva à escola.
A escola também trabalha com um modelo de tutoria: o aluno escolhe um funcionário que vai fazer o acompanhamento da vida escolar, incentivando os estudos e parabenizando os bons resultados e investigando o que aconteceu, se os resultados não forem bons.
Rodrigues Alves atende 227 alunos do 6º ao 9º ano. O Ideb passou de 4,6 em 2009, para 6,7 em 2013. Em 2009 apenas 25% dos alunos do 9° ano tinham aprendizado adequado em língua portuguesa e 7% em matemática. O cenário mudou em 2013, quando o percentual, em língua portuguesa, passou para 64% e em matémática foi para 58%.
O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ ) foi eleito para a Presidência da Câmara com 267 votos. O candidato Arlindo Chinaglia (PT-SP ) teve 136 votos, Júlio Delgado (PSB-MG) obteve100 votos e Chico Alencar (PSOL-RJ) conquitou 8 votos. Dois deputados votaram em Branco. Eduardo Cunha exercerá o comanda da Câmara nos dois próximos anos.
A eleição foi definida em primeiro turno porque Cunha obteve mais que a metade mais um dos votantes. Todos os 513 deputados votaram no pleito.
O deputado Eduardo Cunha prometeu atuar para que se tenha um Parlamento independente, altivo e que respeite os interesses da população brasileira. Ele criticou a submissão do Congresso em certas votações e afirmou que buscará sempre a independência da Casa. Ele defendeu uma Câmara que dialogue com todos os poderes, mas que não abra mão das pautas que considerar importantes. Segundo ele, independência não pode ser confundida com oposição. “A gente só quer que os poderes sejam independentes e harmônicos entre si”.
O senador Renan Calheiros (PMDB/AL) foi eleito para a Presidência do Senado com 49 votos. Luiz Henrique teve 31 votos e um foi nulo. Ele exercerá o cargo entre 2015 e 2016. Maior partido da Casa, a bancada peemedebista indicou Renan Calheiros (PMDB-AL) para o segundo mandato e Luiz Henrique (PMDB-SC) apresentou candidatura própria. O catarinense integra o grupo independente do PMDB. A partir de agora, os partidos indicarão os nomes para os demais cargos da Mesa Diretora. O tamanho das bancadas partidárias definirá a prioridade nas indicações.
Como segunda maior bancada no Senado, o PT tem direito a segunda indicação que deve ser a primeira vice-presidência. No discurso aos senadores, após a contagem de votos, Renan disse que as decisões no Senado serão coletivas. “O entendimento nunca será supressão de quem pode menos por quem pode mais”, disse.
“A luta do homem contra o poder é a luta da memória contra o esquecimento”
Milan Kundera
Tempo da Ação: Presente, passado e futuro.
Local da Ação: Sala da Comissão Nacional da Verdade, em São Paulo.
Personagens: Pedro Dallari, Coordenador da Comissão da Verdade.
José Carlos Dias, membro da Comissão da Verdade.
Torturador, ex-delegado da Polícia Civil, Aparecido Laerte Calandra, codinome, Capitão Ubirajara, agente do DOI-CODI.
Darci Miyaki, presa e torturada.
Maria Amélia de Almeida Teles, presa e torturada.
Sérgio Gomes, jornalista, preso e torturado.
Torturador ( Simulando perda de memória, tem diante de si documentos apresentados pelo coordenador da Comissão da Verdade Pedro Dallari contendo depoimentos de presos torturados por ele nas dependência do DOI-CODI, entre os anos de 1972 e 1976. Entre os documentos um traz seu codinome Ubirajara e outro elogia sua atuação como agente da repressão ) – “Atribuo isso um engano pessoal das pessoas que estão fazendo essas acusações.
Nunca participei de nenhuma atividade de tortura e nunca apoiaria isso. Isso era parte da conduta do comando aqueles que se dedicavam especificamente a sua função. E a minha era de assessor jurídico.
Sempre usei meu nome. Nunca torturei ninguém e muito menos violei direitos humanos. Sempre fui contrário disso”.
Sérgio Gomes ( Olhando dentro dos olhos do torturador ) – “É tão estranho a gente se encontrar assim, não ( Torturador desvia o olhar )? É da natureza dos regimes políticos engendrarem a tortura como método. A vingança é a justiça dos bárbaros. E a justiça é a vingança dos civilizados”.
Darci Miyaki ( Olha para o torturador com firmeza e depois fala em direção dos membros da comissão. Reconhece seu torturador e fala sobre o assassinato de seu companheiro, Élcio Pereira ) – “Ele mudou pouco, muito pouco. Está com cabelo mais ralo, branco, mas o visual a estrutura são os mesmos. Esse cidadão era o Ubirajara, um torturador, e partícipe de muitos assassinatos.
A morte dele foi anunciada em um tiroteio no dia 28 de janeiro de 1972, mas, nesse dia, ele estava sendo trazido do Rio para São Paulo comigo. Esse capitão Ubirajara entrou na sala e disse, ‘o Élcio está sendo empalado’. Isso ficou na minha memória.
Já tinha sido torturada por ele. Foram muitos choques elétricos no ouvido, nos dedos dos pés, das mãos, choque na vagina. Muito. Era uma pessoa muito violenta. Não é nem nojento. Era algo muito violento. Não sei descrever o que significa para uma mulher um torturador introduzir o dedo, um fio elétrico na sua parte mais íntima. Isso me marcou muito. Tive muita hemorragia oral e vaginal e fui levada duas ou três vezes para o Hospital das Clínicas. Eu me tornei uma mulher estéril”.
Maria Amélia de Almeida Teles ( Angustiada diz que seus filhos de 4 e 5 anos, foram levados ao DOI-CODI e a viram maltratada pelo agente ) – “Eles queriam saber porque eu estava azul. Quando olhei para meu corpo vi que estava todo roxo (Ela lembra que Ubirajara lhe mostrou um jornal com a manchete da morte de um terrorista em tiroteio ). Era uma versão mentirosa. Danielli foi morto naquela sala. Ele ali se gabando de ser o autor daquela farsa. Ameaçando que eu poderia ter manchete como aquela”.
José Carlos Dias, membro da Comissão Nacional da Verdade (olhando com segurança e determinação para o Capitão Ubirajara ) – “Os vizinhos ouviam os gritos e, ele que trabalhava lá, não ouvia um grito ?”
Torturador (Simulando ) – “Nunca ouvi gritos?”
José Carlos Dias (Indignado ) – “É uma desfaçatez! O senhor é um homem inteligente. A prova disso é que escolheu muito bem seu advogado. Gostaria que o senhor dissesse com toda sinceridade. Durante oito ano trabalho no DOI-CODI. Nunca ouviu referência que lá se torturava?”
José Carlos Dias (Determinado ) – “Hoje o senhor acredita que havia tortura”?
Torturador ( Olhando de lado ) – “Não acredito porque não ouvi”.
José Carlos Dias – ( Incisivo ) – “E esses testemunhos”?
Torturador ( Tentando se desvencilhar da pergunta ) – “Esses testemunhos, a pessoa fala o que acha que deve falar”.
José Carlos Dias (Relaxando ) – “Mas nós cumprimos nosso dever de perguntar”.
Pedro Dallari, coordenador da Comissão Nacional da Verdade ( Certo de que o Capitão Ubirajara faltou com a verdade e que passou o tempo todo se defendendo para confundir a Comissão Nacional da Verdade ) – “ Temos um conjunto de informações muito robustas que não coincide com seu depoimento. Evidente que seria muito melhor para nós e para o país se o senhor se dispusesse a resgatar os fatos relativos à sua presença por dez anos no DOI-CODI. Por razões que só o senhor pode avaliar o senhor está tomando outra opção, que é respeita porque vivemos em um Estado democrático de direito. Colabore com a comissão, isso fará bem ao país e ao senhor”.
José Carlos Dias ( Completando ) – “E a sua própria consciência”.
Pedro Dallari – “É ruim por um lado, mas as provas que a comissão possui contra ele são muito robustas. Os fatos indicam claramente que o delegado praticou tortura.
Todos os depoimentos que consideramos importantes para elucidação dos fatos, nós colheremos, mas temos um problema de tempo ( Ele diz que os trabalhos da comissão terminam em maio )”.
Fontes consultadas para produção desse vetor-teatral: Agência Brasil e RBA.
Brasília – Sintomas como euforia, fala rápida, irritação, agitação, insônia, agressividade, hostilidade e depressão podem ser sinais de vários transtornos que acometem o humor, seja para o polo depressivo, seja para o da euforia. Porém, quando os sintomas vêm alternados em uma mesma pessoa, pode ser um alerta para o transtorno bipolar, uma doença sem cura, mas com tratamento e controle.
De acordo com a Associação Brasileira de Transtorno Bipolar (ABTB), o distúrbio atinge 4% da população. O censo feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010, informa que o Brasil tem uma população de 190.732.694 pessoas.
A doença se manifesta em fases que alternam a hiperexcitabilidade e a agitação com profunda tristeza e depressão. A duração de cada fase varia de pessoa para pessoa, podendo durar horas, dias, meses e até anos. Um complicador para a pessoa portadora do transtorno surge quando as duas fases se misturam, o chamado estado misto. “A pessoa pode estar acelerada, hiperativa, mas triste por dentro, e até pensando em se matar”, explicou a presidente da ABTB, Ângela Scippa.
Dados da entidade apontam que em 60% dos casos a doença se manifesta antes dos 20 anos de idade. Ângela explica que, na infância, os sintomas mais comuns são a distorção do humor e o avanço precoce da sexualidade.
“A criança passa por uma tempestade afetiva e é muito importante que a família fique atenta, porque é na infância que a criança passa pelo processo de modelação do comportamento. Se o transtorno bipolar não for detectado e cuidado a tempo, pode gerar vários problemas no desenvolvimento comportamental e psicológico dessa criança”, alerta Ângela.
A especialista ressalta que na adolescência é mais comum os parentes perceberem os sintomas. “Nesses casos, o adolescente passa a ter sintomas depressivos, gastos excessivos, e briga muito. É imprescindível que a família fique atenta, observe, e o encaminhe para um especialista.”
De acordo com a psiquiatra Ângela Scippa o distúrbio pode ter origem por vulnerabilidade genética e fatores ambientais que podem agir de forma combinada. “Por fatores ambientais, podemos considerar maus-tratos que o indivíduo pode sofrer, como negligência, abuso sexual, entre outros. Assim, o paciente de transtorno bipolar tem obrigatoriamente esses dois fatores.”
A professora de psiquiatria da Universidade de Brasília Maria das Graças de Oliveira, por sua vez, relatou que há estudos consistentes com indícios de que a pessoa bipolar tem uma inteligência acima da média. ”Tem alguns estudos que mostram que as pessoas com transtorno bipolar foram crianças com maior fluência verbal. É um transtorno mais frequente em pessoas mais criativas, muito frequente em artistas, cantores, escritores, pintores. A genética, associada ao transtorno bipolar, parece ser a mesma que está associada à criatividade”, relatou Graça.
A especialista detalha que existem dois tipos de transtorno bipolar. O tipo 1, que acomete cerca de 1% dos brasileiros portadores da síndrome, se caracteriza por episódios de depressão e de exaltação de humor mais graves e agitação psicomotora em que a pessoa faz movimentos involuntários causados pela tensão.
Em cerca de 15% dos portadores do tipo 1 do transtorno bipolar, a doença também apresenta sintomas psicóticos. No quadro de mania, são registrados os episódios de exaltação de humor mais intensos, que se manifestam por delírios de grandeza, em que a pessoa se considera famosa, acredita ter poderes especiais ou ser mais habilidosa que os outros. Já nos episódios de depressão, os sintomas psicóticos vêm com pensamentos delirantes de inutilidade, de ruína, culpa, ou com a certeza de uma doença física grave. Não é raro, nessa fase, a pessoa ter pensamentos suicidas.
Já o tipo 2 do transtorno bipolar atinge entre 5% e 6% dos brasileiros portadores da doença e se manifesta por episódios depressivos e de exaltação de humor mais brandos, sem sintomas psicótico.
Graça de Oliveira detalhou que a vulnerabilidade é herdada geneticamente e que os sintomas do transtorno bipolar são desencadeados por estressores psicossociais, situações que perturbam psicologicamente. “Estressores psicossocias são comuns na vida de todos, mas a maioria das pessoas não adoece psiquicamente, apenas as que trazem consigo uma vulnerabilidade. Quanto maior a vulnerabilidade, menor a dimensão do estressor necessário para desencadear os sintomas”, explicou Graça.
A especialista ainda destacou que há estudos consistentes com indícios de que a pessoa bipolar tem uma inteligência acima da média. ”Tem alguns estudos que mostram que as pessoas com transtorno bipolar foram crianças com maior fluência verbal. É um transtorno mais frequente em pessoas mais criativas, muito frequente em artistas, cantores, escritores, pintores. A genética, associada ao transtorno bipolar, parece ser a mesma que está associada à criatividade.”
Depois de receber denúncias de sabotagem ao Mais Médicos, o Ministério da Saúde passará a exigir que os candidatos apresentem documento em que declarem que vão deixar vaga de residência médica ou do Programa de Valorização da Atenção Básica (Provab) para atuar no novo programa. A declaração deve ser apresentada no ato da inscrição.
Ao homologar a participação no Mais Médicos, o profissional terá de entregar declaração impressa confirmando o desligamento da residência médica ou do Provab, emitida pela universidade, hospital ou entidade responsável.
“Estamos estimulando os médicos brasileiros a participar do programa, mas não queremos ninguém que esteja fazendo qualquer tipo de sabotagem para atrasar um programa que visa oferecer médicos para a população”, diz o ministro Alexandre Padilha, em nota divulgada pelo ministério.
Os médicos que homologarem a participação e não comparecerem no início das atividades ou desistirem nos primeiros seis meses serão excluídos do programa e só poderão se inscrever novamente após seis meses. Os reincidentes serão impedidos de voltar ao programa.
As novas regras vão ser publicadas no Diário Oficial da União de amanhã (19). As novas medidas serão comunicadas aos médicos já inscritos pela Ouvidoria do Ministério da Saúde, por e-mail ou telefone. As inscrições seguem abertas até 25 de julho e podem ser feitas pelo site do Ministério da Saúde. Na primeira semana, foram registradas 11.701 inscrições de profissionais e 753 de municípios.
O ministério recebeu denúncias de que grupos estão se mobilizando por meio das redes sociais para incentivar a inscrição de profissionais no programa para, depois, desistirem da vaga, com a intenção de atrasar o cronograma do Programa Mais Médicos. Entidades médicas disseram desconhecer a movimentação.
Lançado na semana passada, o programa visa a levar profissionais para atuar por três anos na periferia das grandes cidades e nos municípios do interior. A bolsa chegará a R$ 10 mil. Entidades médicas têm criticado o programa do governo federal, principalmente porque prevê a vinda de médicos estrangeiros sem a revalidação do diploma para ocupar as vagas que não foram preenchidas pelos brasileiros.
O Provab também é destinado para a atuação de médicos em regiões pobres do país. O contrato é por um ano. A bolsa é R$ 8 mil, mas passará para R$ 10 mil, a partir de setembro. O reajuste foi anunciado pelo ministério após o lançamento do Mais Médicos. No Provab, o médico pode escolher a cidade em que quer trabalhar, entre as inscritas no programa. No Mais Médicos, os candidatos serão designados para qualquer cidade inscrita. Em ambos os programas, a carga chega a 40 horas semanais. Em todo o país, há 3.568 médicos atuando pelo Provab em 1.260 municípios.
A residência médica é o período em que o médico escolhe a área na qual pretende se especializar, como ginecologia, pediatria, oncologia e cardiologia. A bolsa chega a R$ 2.976,26 por mês e o tempo de duração depende da especialidade.
A presidenta Dilma Rousseff garantiu hoje (17) que a inflação ficará dentro da meta este ano no país. Em discurso durante a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), no Itamaraty, Dilma destacou que o índice tem diminuído ao longo dos meses. A meta para 2013 é 4,5%, podendo variar 2 pontos percentuais para mais ou para menos, ou seja, de 2,5% a 6,5%
“Temos certeza de que vamos fechar o ano com a inflação dentro da meta. Sabemos que a inflação no país tem caráter ciclossazonal. Agora estamos na faixa da baixa da inflação, assim como estivemos em um momento de pressão inflacionária, fruto de algumas questões que não controlamos. Mas temos certeza de que vamos fechar o ano com a inflação dentro da meta”, afirmou a presidenta
Dilma criticou o que chamou de “informações parciais”, que criam um “ambiente de pessimismo que não é bom para o Brasil”. Segundo ela, há “dados concretos que desmentem análises mais negativas. Para Dilma, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve ficar “próximo de zero”.
“É incorreto falar de descontrole da inflação ou das despesas do governo. É desrespeito aos dados, à lógica, para dizer o mínimo. A informação parcial, da forma como muitas vezes é explorada, confunde a opinião publica e pode criar um ambiente de pessimismo que não interessa a nenhum de nós”, disse ela.
A presidenta admitiu que, embora enfrente dificuldades, o país tem hoje, “estruturalmente”, melhores condições na economia do que no passado. De acordo com Dilma, a instabilidade do cenário internacional prejudicou a economia brasileira, mas a crise global não é “justificativa” para que os “obstáculos impostos não sejam enfrentados”.
A crise torna as carências “mais complexas e mais danosas”, mas isso é um motivo para combatê-las com “mais força”, disse a presidenta. Ela destacou, porém, que o país tem capacidade de enfrentar os problemas da crise no “front externo”. “Temos quantidade de reserva que permite que enfrentemos momento de ajuste conjuntural”, afirmou.
A Força Aérea Brasileira (FAB) começou a disponibilizar hoje (15), no seu portal na internet, informações sobre viagens de autoridades em seus aviões. A medida é adotada após denúncias de uso indevido de aviões da FAB pelos presidentes da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e pelo ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves.
No portal da instituição http://www.fab.mil.br/acessoainformacao, na área Registro de Voos, o cidadão pode consultar a lista de autoridades que usou o serviço de transporte da FAB, locais de origem e destino, horas de pouso e decolagem, motivo da viagem e a previsão de passageiros. Dados referentes aos passageiros não constam na página, que exibe no final da listagem a observação “Demais informações deverão ser solicitadas diretamente à autoridade apoiada”.
De acordo com o Ministério da Defesa, por meio da assessoria, as informações serão disponibilizadas apenas no primeiro dia útil seguinte ao da viagem, até as 18h, por razões de segurança. Em casos de viagem com mais de um trecho, a informação será inserida na página da FAB no dia posterior à conclusão do último trecho.
O ministério informou ainda que a medida se dá após “entendimentos firmados no último dia 5 de julho entre os ministros da Defesa, Celso Amorim, e da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage, com apoio do Comando da Aeronáutica”.
O Senado aprovou hoje (10) a proposta de emenda à Constituição que muda as regras para suplência de senador. O texto aprovado proíbe que os suplentes sejam parentes em primeiro e segundo grau ou por adoção ou ainda cônjuges dos senadores titulares. Também reduz de dois para um o número de suplentes de senador.
O substitutivo à proposta original apresentado ontem (9) pelo senador Luiz Henrique (PMDB-SC) foi rejeitado e os senadores decidiram retomar hoje a votação do texto original.
O substitutivo rejeitado estabelecia que, em caso de vacância do cargo, o suplente seria convocado apenas para assumir temporiamente o cargo até que o novo titular fosse eleito nas eleições mais próximas. Mas o trecho gerou polêmica na sessão de ontem e foi o principal fator para a rejeição da proposta do senador Luiz Henrique.
Com o texto original, as regras em caso de vacância permanecem como as atuais O suplente assume até o fim do mandato de 8 anos. Atualmente, 16 senadores em exercício no mandato são suplentes. Eles substituem senadores que morreram, que exercem cargos no Poder Executivo ou que foram cassados.
A votação da PEC nesta quarta-feira, com a retomada do texto original, ocorreu após reunião dos líderes partidários com o presidente da Casa, senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Diante de um novo acordo em torno da proposta original, o texto foi aprovado com 60 votos favoráveis, um contrário e uma abstenção.
Apesar de se tratar de emenda constitucional, cujo rito de aprovação exige cinco etapas de discussão antes da votação em primeiro turno e mais três antes do segundo turno, os senadores fizeram acordo para que o texto fosse aprovado em duas votações na mesma sessão. A PEC agora seguirá para apreciação da Câmara dos Deputados.
O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, pediu hoje (9) que a entidade condene “com energia” a “ofensa grave” feita na Europa ao presidente da Bolívia, Evo Morales, cujo avião foi impedido de entrar no espaço aéreo de quatro países europeus, quando voltava de viagem à Rússia.
Insulza justificou o pedido por considerar que “não foi uma coincidência” que o avião de Morales tenha sido impedido de sobrevoar a Itália, a França, Portugal e a Espanha. “Isto não é qualificável como um incidente qualquer. O que ocorreu em 2 de julho é uma ofensa grave a um presidente democrático”, afirmou Insulza, durante sessão extraordinária do Conselho Permanente da OEA.
Ele disse que o assunto será encerrado e uma resolução, aprovada, mas ressaltou que questões como esta “deixam feridas, e a melhor forma de as curar é saber o que se realmente se passou”.
O ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Paulo Portas, afirmou hoje no Parlamento que o governo de seu país autorizou a tempo o sobrevoo do avião de Morales em território nacional e não colocou em risco a vida do presidente boliviano, nem de membros de sua comitiva.
Paulo Portas participou de reunião na Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas, dominada na primeira parte por protestos do PCP relacionados ao sobrevoo e à autorização de aterrissagem em Portugal do avião do presidente da Bolívia, por suspeita de levar a bordo o ex-agente Edward Snowden, que prestava serviços à Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos.
“Portugal autorizou o sobrevoo do Falcon do presidente Morales no território nacional. Não só autorizou, como na verdade o avião do presidente Morales passou no espaço aéreo português, entrou na zona do Alentejo, até o espaço aéreo de Porto Santo”, acrescentou Portas, que apresentou um mapa com o trajeto feito pela aeronave boliviana. Portas disse que o sobrevoo foi autorizado de acordo com as regras aéreas internacionais e no respeito pela soberania dos dois países.
O presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), e os líderes partidários marcaram para terça-feira (9) da próxima semana uma reunião para deliberar sobre fazer ou não o plebiscito sobre a reforma política. Ficou acertado que os líderes vão se reunir com as respectivas bancadas para se posicionar em relação à convocação do plebiscito. Alves pediu aos líderes que apresentem suas propostas relacionadas ao conteúdo das perguntas para a consulta popular.
Os contrários à consulta defenderam a criação de um grupo de trabalho para em 90 dias apresentar um relatório de consenso sobre a reforma política para ser votada pelo Congresso. Na reunião de hoje (2), de acordo com Henrique Alves, a maioria dos líderes se manifestou a favor do plebiscito “por uma margem apertada, mas se manifestou”, disse.
“Eu não quero correr o risco de o plebiscito ser inviabilizado pela materialidade legal, por não ter consensos e que esta Casa perca a oportunidade, mais uma vez, de fazer a reforma política. Mas quero uma carta de seguro. Se o plebiscito se inviabilizar, não vamos deixar esse vácuo de novo”, disse Henrique Alves.
Segundo o presidente da Câmara, se o plebiscito for inviabilizado a outra opção seria a criação de um grupo de trabalho para em 90 dias elaborar uma proposta de reforma política para ser aprovada. “Eu estou apenas criando um paralelo, uma alternativa, um caminho outro para que se o plebiscito não caminhar, nós tenhamos um outro caminho a percorrer que seria o projeto aprovado por esta Casa”.
Henrique Alves destacou que o prazo de 70 dias que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pediu pode dificultar a aprovação da reforma política. “Vamos ver se se ajusta no tempo e no tema. Se não acontecer, eu não vou deixar esse vazio. Fica muito apertado para valer toda a discussão, até definir itens. Só a questão do voto distrital, misto, puro, cada item tem dois, três subitem. É uma pauta extensa, tecnicamente complicada. Vai ter sim um projeto de reforma, vou lutar por isso todos os dias”.
O líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), declarou que não só os partidos de oposição, mas alguns aliados do governo se posicionaram a favor da aprovação da reforma política e de fazer um referendo sobre a matéria no segundo turno das eleições do ano que vem. “Plebiscito é uma forma de golpe, nós queremos que seja respeitado o calendário eleitoral. Tem dificuldade para votar. A reforma é como uma seleção de futebol. Cada cabeça pensa de forma diferente. Daí cada um ter a sua proposta de reforma”, disse Bueno.
O líder do PT, deputado José Guimarães (CE), informou que na semana que vem as lideranças partidárias vão deliberar se fazem o plebiscito ou se criam um grupo de trabalho para elaborar uma proposta de reforma política para ser aprovada. “Vamos deliberar um caminho ou outro: fazer o plebiscito, quando e em que condições de mérito. Alternativa dois, fazemos a reforma política com referendo, ou até colocar o plebiscito em 2014. O que a Câmara está discutindo é ver qual é o melhor caminho, como modular isso é a discussão”, declarou.
Luana Lourenço, Sabrina Craide e Wellton Máximo da Agência Brasil
Brasília – A presidenta Dilma Rousseff confirmou que enviará amanhã (2) ao Congresso Nacional mensagem pedindo um plebiscito para discutir a reforma política. Segundo ela, o governo pretende discutir pelo menos dois pontos: financiamento de campanhas e sistema eleitoral.
Segundo a presidenta, existirá a possibilidade de a população escolher entre o voto proporcional, distrital e misto. Dilma, no entanto, declarou que a formulação das perguntas não cabe ao Palácio do Planalto, mas ao Congresso e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ela ressaltou ainda que o poder de convocar uma consulta popular cabe exclusivamente ao Congresso.
“Não vamos dar sugestões de perguntas. Isso fica entre o Senado, a Câmara dos Deputados e o Tribunal Superior Eleitoral. Está claro, na Consituição, que quem convoca plebiscito é o Congresso Nacional. Por isso, insisti na palavra sugestão no que se refere à relação entre o Executivo e o Legislativo”, explicou.
Dilma disse ainda que o Congresso poderá mudar a proposta de reforma política enviada pelo Planalto. “Amanhã, enviamos nossa sugestão à Câmara e ao Senado no sentido de plebiscito apontando em linhas gerais as balizas que julgamos importantes. Isso não significa que outras balizas não podem aparecer”, declarou.
A presidenta também disse que, na reunião desta tarde, tratou com os ministros sobre a necessidade de todos os ministérios acelerarem a execução dos projetos de infraestrutura, tanto das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) como dos projetos do Programa de Investimentos em Logística, que envolvem a concessão à iniciativa privada de portos, aeroportos, rodovias e ferrovias, além da licitação de áreas de exploração de petróleo e gás.
Dilma interrompeu a reunião ministerial, a terceira de seu governo, para dar esclarecimentos à imprensa. O encontro começou por volta das 17h e, de acordo com a presidenta, ainda levará várias horas.
Ela disse que seria “oportuno” que as eventuais mudanças resultantes do plebiscito sobre a reforma política valessem para as eleições de 2014, mas ressaltou que esse prazo não depende do governo. “Não tenho governabilidade sobre essa questão. Gostaria que tivesse efeito sobre essa eleição, agora se vai ser possível ou não, isso vai levar em conta uma séria de questões práticas do Tribunal Superior Eleitoral, da Câmara e do Senado.”
Além de 36 ministros, os líderes do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), e no Congresso, deputado José Pimentel (PT-CE), participam da reunião na residência oficial da Granja do Torto. Os ministros da Cultura, Marta Suplicy, das Relações Exteriores, Antonio Patriota, que estão em viagem ao exterior, não estiveram no encontro, mas mandaram representantes. O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, também não compareceu, pois está doente.
No fim de semana, Dilma teve reuniões com os ministros das Comunicações, Paulo Bernardo, e da Saúde, Alexandre Padilha. Hoje (1°) de manhã, a presidenta recebeu o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
Na semana passada, a presidenta recebeu pela primeira vez em seu governo representantes de movimentos sociais e organizações da sociedade civil, que, de alguma maneira, participaram dos recentes protestos ocorridos no país. Dilma também reuniu prefeitos das capitais e governadores para apresentar as medidas que o governo deve adotar em resposta às demandas levadas às ruas durante as manifestações.
Entre as medidas anunciadas, está um plebiscito sobre a reforma política. A ideia do governo é consultar a população sobre os principais temas da reforma, e, em seguida, as eventuais mudanças no sistema eleitoral seriam consolidadas pelo Congresso Nacional.
As inscrições para o Programa Universidade para Todos (ProUni) foram prorrogadas para a próxima quinta-feira (27). Os estudantes teriam até hoje (25) para se inscrever, agora podem fazê-lo até as 23h59 do dia 27. As inscrições devem ser feitas no site do ProUni. Com o adiamento, o calendário do ProUni também teve modificações.
Segundo o último balanço divulgado pelo Ministério da Educação (MEC), até as 18h desta terça-feira, foram registradas 336.748 candidatos inscritos e 648.807 inscrições a bolsas — cada estudante pode fazer até duas opções de curso. De acordo com o MEC, o adiamento foi feito para que mais estudantes possam fazer a inscrição. Até o momento, o número de candidatos é inferior ao do segundo semestre de 2012: 456.973 inscritos.
O Prouni oferece bolsas em instituições particulares de ensino superior. Pode se inscrever no programa o estudante brasileiro que não tenha diploma de curso superior. É preciso ter participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e obtido, no mínimo, 450 pontos na média das notas. O candidato não pode ter zerado a redação e deve ter cursado todo o ensino médio na rede pública ou ter tido bolsa integral em escola particular.
Nesta edição, serão oferecidas 90.045 bolsas – dessas, 55.693 integrais e 34.352 parciais, no valor de 50% da mensalidade.
As bolsas integrais do ProUni são para os estudantes com renda bruta familiar, por pessoa, de até um salário mínimo e meio. As bolsas parciais são destinadas aos candidatos com renda bruta familiar de até três salários mínimos por pessoa.
O processo terá duas chamadas. O resultado da primeira será divulgado no dia 30, e não mais no dia 28, pela internet. Do dia 1º de julho ao dia 8, o estudante pré-selecionado deverá comparecer à instituição de ensino para comprovar as informações prestadas no momento da inscrição, providenciar a matrícula e, se for o caso, participar de seleção própria da escola.
O resultado da segunda chamada foi transferido para o dia 16 de julho. O estudante terá de 16 a 22 de julho para comprovar as informações e providenciar a matrícula.
Os candidatos não selecionados nessas etapas podem aderir à lista de espera de 26 a 29 de julho. Eles começarão a ser convocados a partir de 2 de agosto.
Em sessão conjunta, a Comissão Nacional da Verdade e a Comissão Estadual da Verdade do Rio de Janeiro ouviram hoje (18) cinco militares da reserva que foram perseguidos, presos e torturados por resistir ao golpe de 1964.
O comandante da Marinha, Ferro Costa – que participou do gabinete do almirante Paulo Mário, o último Ministro da Marinha do governo de João Goulart – foi preso e cassado após o golpe. Ele contou que a resistência à ditadura militar já ocorria antes do Ato Institucional 5 (AI-5), de 1968.
“Ficou cristalizada a ideia de que esse golpe foi uma salvação da democracia. Nunca se salva uma democracia com um golpe, é uma contradição. Além disso, [diziam] que nós éramos inimigos do Brasil, que os inimigos eram os comunistas, os legalistas, quando o verdadeiro inimigo do Brasil, que eles [governo militar] não combateram e que nós queríamos combater, era a miséria, o atraso e a desigualdade que grande parte do povo brasileiro estava mergulhada”.
Para ele, a anistia, concedida em 1979, beneficiou apenas os militares “criminosos, torturadores e assassinos” do próprio regime e foi uma farsa. “Os marinheiros foram massacrados porque não tinham família aqui. É preciso mostrar à exaustão os fatos. A anistia foi outra fraude, nós não merecíamos anistia, porque nós não éramos criminosos. Os verdadeiros anistiados foram os criminosos que mataram e esconderam corpos. Nós temos que ser reparados. Os militares legalistas [os que resistiram à ditadura] ficaram esquecidos”.
Outro militar que falou às comissões foi o coronel do Exército Bolívar Meirelles, que servia em Goiânia quando foi preso. De família tradicional do movimento de esquerda, foi um dos primeiros militares a ser cassado e depois atuou pela anistia na Associação dos Militares Cassados (Amic) e Associação Democrática e Nacionalista dos Militares do Rio de Janeiro (Adnam). É autor da dissertação Conflitos Políticos e Ideológicos das Forças Armadas entre 1945 – 1964.
“Eu acho importante para o Brasil, vir à tona esses torturadores, esses golpistas, serem nominados para que isso não aconteça mais no Brasil. Que a juventude tenha uma paz de sossego para poder amar, trabalhar, estudar, e jamais uma moça ser estuprada em um quartel, ser torturada, nem um homem também”.
Também prestaram depoimento hoje o coronel do Exército Ivan Proença, que era capitão e abortou uma missão com o objetivo de massacrar estudantes; o marinheiro Antônio Duarte, que participou da resistência armada; e o marinheiro Oswaldo Araújo, que fez parte das mobilizações antes de 1964 e atuou na resistência ao golpe.
Membro da Comissão Estadual da Verdade, Eny Moreira, explica que o trabalho tem sido importante para ouvir a versão de quem estava nas Forças Armadas na ocasião do Golpe de 1964.
“É importante que a história registre que havia, mesmo naquela época, no ceio das Forças Armadas, militares dignos e honrados que se colocaram contra o golpe, que se colocaram em uma posição de não aceite à tirania”, disse.
Consultor do grupo de trabalho Perseguição a Militares da comissão nacional, o professor Paulo Cunha afirma que, proporcionalmente, os militares foram o grupo mais atingido pela perseguição da ditadura militar. “Então, são milhares de praças, centenas de oficiais, e um dado ainda não devidamente contabilizado, temos também dezenas, talvez centenas de policiais militares pelos estados. Uma parte deles já faleceu, outros estão literalmente desaparecidos, sem contato há muito tempo. Então, nós temos feito vários depoimentos, para nos aproximarmos de uma amostragem segura para a primeira parte desse trabalho”.
O trabalho do grupo começou com uma audiência pública, no dia 4 de maio, quando a Comissão Nacional da Verdade ouviu outros militares vítimas da ditadura. Durante a semana, mais militares que passaram pela mesma situação serão ouvidos em sessões reservadas.
Ato público pela aprovação do fim do voto secreto no Congresso Nacional foi realizado na tarde de hoje (12) no Salão Verde da Câmara. O ato é pela aprovação da proposta de emenda à Constituição (PEC) do senador Álvaro Dias (PSDB-PR), que institui o voto aberto para as votações de cassação de mandato de parlamentares.
“Estamos fazendo o ato hoje, porque tem um ou outro líder que está contra a votação da PEC que acaba com as votações secretas no Parlamento”, disse o líder do PSOL, deputado Ivan Valente (SP). Segundo ele, a maioria dos líderes se manifestou favorável à aprovação da PEC, que já foi aprovada pelo Senado.
“A aprovação da PEC é o primeiro passo para transparência total das votações. Defendemos votação aberta para todos os casos, mas, no momento, o que é possível é o fim do voto secreto nos processos de cassação”, disse o deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP).
Segundo o deputado Ivan Valente, o presidente de Câmara, Henrique Eduardo Alves, se comprometeu a votar a PEC no primeiro semestre deste ano. A admissibilidade da proposta deverá ser votada na próxima terça-feira pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ). Depois será criada comissão especial para analisar a proposta e em seguida ela deverá ser votada pelo plenário da Câmara.
Além da PEC de Dias, tramita na Câmara outra proposta de autoria do ex-deputado Antônio Fleury Filho, que acaba com todas as votações secretas no Parlamento. A proposta foi aprovada em primeiro turno pelos deputados, mas encontra resistência de vários partidos, que entendem que algumas votações devem ser mantidas secretas, como é o caso dos vetos presidenciais e eleição dos membros das mesas diretoras da Câmara e do Senado.
Compareceram à manifestação deputados da Frente Parlamentar em Defesa do Voto Aberto, representantes da sociedade civil e integrantes do movimento Juventude Consciente, que coletou mais de 100 mil assinaturas pelo fim das votações secretas.
EXPERIMENTE CONTRA A TV GLOBO!
Você sabe que um canal de televisão não é uma empresa privada. É uma concessão pública concedida pelo governo federal com tempo determinado de uso. Como meio de comunicação, em uma democracia, tem como compromisso estimular a educação, as artes e o entretenimento como seu conteúdo. O que o torna socialmente um serviço público e eticamente uma disciplina cívica. Sendo assim, é um forte instrumento de realização continua da democracia.
Mas nem todo canal de televisão tem esse sentido democrático da comunicação. A TV Globo (TVG), por exemplo. Ela, além de manter um monopólio midiático no Brasil, e abocanhar a maior fatia da publicidade oficial, conspira perigosamente contra a democracia, principalmente, tentando atingir maleficamente os governos populares. Notadamente em seu JN. Isso tudo, amparada por uma grade de programação que é um verdadeiro atentado as faculdades sensorial e cognitiva dos telespectadores. Para quem duvida, basta apenas observar a sua maldição dos três Fs dominical: Futebol, Faustão e Fantástico. Um escravagismo-televisivo- depressivo que só é tratado com o controle remoto transfigurador.
Se você conhece essa proposição-comunicacional desdobre-a com outros. Porque mudanças só ocorrem como potência coletiva, como disse o filósofo Spinoza.
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CAMPANHA AFINADA CONTRA O
VIRTUALIZAÇÕES DESEJANTES DA AFIN
Este é um espaço virtual (virtus=potência) criado pela Associação Filosofia Itinerante, que atua desde 2001 na cidade de Manaus-Am, e, a partir da Inteligência Coletiva das pessoas e dos dizeres de filósofos como Epicuro, Lucrécio, Spinoza, Marx, Nietzsche, Bergson, Félix Guattari, Gilles Deleuze, Clément Rosset, Michael Hardt, Antônio Negri..., agencia trabalhos filosóficos-políticos- estéticos na tentativa de uma construção prática de cidadania e da realização da potência ativa dos corpos no mundo. Agora, com este blog, lança uma alternativa de encontro para discussões sociais, éticas, educacionais e outros temas que dizem respeito à comunidade de Manaus e outros espaços por onde passa em movimento intensivo o cometa errante da AFIN.
"Um filósofo: é um homem que experimenta, vê, ouve, suspeita, espera e sonha constantemente coisas extraordinárias; que é atingido pelos próprios pensamentos como se eles viessem de fora, de cima e de baixo, como por uma espécie de acontecimentos e de faíscas de que só ele pode ser alvo; que é talvez, ele próprio, uma trovoada prenhe de relâmpagos novos; um homem fatal, em torno do qual sempre ribomba e rola e rebenta e se passam coisas inquietantes” (Friedrich Nietzsche).
Daí que um filósofo não é necessariamente alguém que cursou uma faculdade de filosofia. Pode até ser. Mas um filósofo é alguém que em seus percursos carrega devires alegres que aumentam a potência democrática de agir.
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