Os conferencistas no Parque da Água Branca, zona oeste na capital paulista / Pablo Vergara
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ARTISTAS E POLÍTICOS DEFENDEM REFORMA AGRÁRIA E AGROECOLOGIA EM FEIRA DO MST
Published domingo, 7 maio, 2017 Agricultura , Brasil de Fato , MST , Sem-categoria Leave a CommentLEVANTE POPULAR, MOVIMENTO SEM TERRA E ENTIDADES INDÍGENAS, REALIZARAM MANIFESTAÇÃO CONTRA A ETERNA GOLPISTA REDE GLOBO
Published quarta-feira, 13 abril, 2016 Agricultura , Índio , Índios , Brasil , Comunicação , Democracia , Justiça , Notícia , Política Leave a CommentA Rede Globo é o que é: a exacerbação da inutilidade. Basta observar sem muita atenção sensitiva, cognitiva e ética para confirmar essa realidade aviltante. Sua grade de programação e seus apresentadores só confirmam. Não há um programa na TV Globo constituído de corpos democráticos que proporcionem respeito à sensibilidade, inteligência e o espírito ético dos telespectadores.
Desde sua fundação até o dia de hoje sempre foi assim: uma rede de programação voltada para a alienação e o lucro. Mas para isso foi preciso primeiro se solidificar como uma emissora voltada à bajulação dos superiores, como ocorreu na ditadura, e forte relação com os governos.
Com esse sintoma antidemocrático, a Rede Globo é useira e vezeira em matéria de golpe. É por essa síndrome antidemocrática que ela é hoje a emissora mais rejeitada pela população brasileira. Em todo canto e recanto do país sempre se ouve a entoação do que já virou hino de dignidade contra a conspiradora: “O Povo não é bobo! Fora a Rede Globo!”. “Abaixa a Rede Globo”, e outras entonações nacionalistas e progressistas.
Com essa compreensão o Movimento Levante Popular de Juventude, o Movimento Sem Terra e entidades indígenas, além de outras representações, realizaram um ato de protesto contra a useira e vezeira da conspiração contra governos populares.
Foi uma verdadeira festa!
FERNANDO CAPEZ (PSDB), PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DE SP, FICAVA COM PARTE DA PROPINA DA MERENDA, DISSE LOBISTA EM DELAÇÃO. CAPEZ É CONTRA A CORRUPÇÃO
Published sexta-feira, 8 abril, 2016 Agricultura , Brasil , Corrupção , Democracia , Justiça , MST , MTST , Notícia , Política , Violência 1 CommentComo todo simulador, finge ser o que não é, o deputado Fernando Capez do PSDB de São Paulo, partido da burguesia-ignara que tem seus principais dirigentes em listas de corrupção da Operação Lava Jato e Furnas, apesar da mídia aberrante tentar ocultar, foi capaz de fazer pose de honesto nas imobilizações da classe média parasita paulistana. Durante as imobilizações ele apareceu com sua esposa também “engajadíssima” no combate à corrupção, com camisa chamando Lula de ladrão.
Enquanto isso, a “honestidade” de Capez estava em franca atuação no esquema de corrupção que abocanhou a merenda das crianças das escolas públicas do estado. Como toda “honestidade” um dia mostra seu modelo em forma de êxtase – o êxtase da honestidade é a imoralidade, como diria o filósofo Jean Baudrillard -, o esquema de propina da merenda escolar foi descoberto pela Polícia Civil que investigou e apresentou os culpados para a sociedade.
Ontem, dia 7, dia que a ex-namorada de Fernando Henrique, Miriam Dutra, prestou depoimento na Polícia Federal sobre o “príncipe” da “honestidade” guru do partido reacionário, o lobista Marcel Ferreira Júlio afirmou que parte da propina da merenda escolar era destinada ao combatente da corrupção que chamava Lula de ladrão. A propina da merenda, segundo o delator, serviu para ser usada na campanha do “honesto” amigo de Alckmin, o merendão, fazendo ser o deputado mais votado nas eleições de 2014.
O delator afirmou que o negócio foi tratado com os ex-assessores de Capez, Jéter Rodrigues e Merivaldo dos Santos e Luiz Carlos Gutierrez, o Licá, auxiliar do deputado merendão que foi capaz de desviar dinheiro da merenda das crianças. Sem metáfora: tirou a merenda das bocas das crianças.
Em sua ascensão como carreirista da alcunhada política partidária ele combateu as torcidas organizadas. Agora, com a divulgação de sua participação no esquema de corrupção da merenda escolar, ele recebeu homenagem da torcida organizada da Gaviões da Fiel do Corinthians que estendeu faixas nos estádios protestando contra o esquema de corrupção em que Capez encontra-se envolvido.
Estádio de futebol. Um bom território político para manifestar discursos democráticos contra a corrupção e a conspiração golpista. A Rede Globo sabem muito bem desse território politico.
ENQUANTO ISSO, A POLÍCIA DE RICHA GOVERNADOR DO PARANÁ INVESTIGADO TAMBÉM POR CORRUPÇÃO, OUTRO DO PSDB, MATOU DOIS SEM-TERRA E FERIU OUTROS
A Polícia Militar do governador do Paraná, Beto Richa, em emboscada, matou dois trabalhadores sem-terra e deixou feridos vários, segundo informações da imprensa. O MST não conseguiu divulgar nota sobre o ocorrido, porque a PM impediu a aproximação dos dirigentes do MST no local. O acampamento Dom Tomás Balduíno, na região de Quedas do Iguaçu.
A situação é tensão geral. A PM nega que tenha sido responsável pelas mortes acusando os sem-terra. O senador Roberto Requião protestou veemente contra os assassinatos.
“Primeiro massacraram professores, agora com arrogância e prepotência provocam mortes no Araupel. Desprezo pela vida e pelas pessoas. PARANÁ!”, protestou o senador.
DILMA, EM CERIMÔNIA DE EXPROPRIAÇÃO DE TERRAS PARA A REFORMA AGRÁRIA, DISSE SER PRECISO ”OFERECER RESISTÊNCIA ÀS TENDÊNCIAS ANTIDEMOCRÁTICAS”
Published sábado, 2 abril, 2016 Agricultura , Brasil , Democracia , Economia , Governo Federal , Notícia , Política Leave a Comment
Brasília – O ministro Patrus Ananias, a presidente Dilma Rousseff e a ministra Nilma Lino anunciam um pacote de medidas para fortalecer o desenvolvimento rural no país (Elza Fiuza/Agência Brasil)
Com as presenças de representantes dos movimentos rurais e quilombolas, a presidenta Dilma Vana Rousseff, realizou cerimônia determinando a expropriação de terras destinadas à reforma agrária. Durante a cerimônia ela falou sobre o significado político e social da democracia como o regime que permite a melhora de qualidade de vida para todos. E que todos tenham as mesmas oportunidades independentes de cor, raça e religião. Envolvida nesse pensamento ela voltou a afirmar que o governo vai lutar junto com a sociedade para a democracia não seja manchada.
Durante a cerimônia ela lembrou e citou o geógrafo-filósofo envolvido nas pelas igualdades, Milton Santos, que sempre concebeu que a vida não se resume ao que se encontra determinado, mas ao que pode ser criado como novas formas de existências.
Dilma assinou alguns 21 decretos que declaram imóveis rurais de interesse social para a reforma agrária. Os decretos atigem14 estados e beneficiam 1.164 famílias. Quatro decretos beneficiam em cinco estados, 800 famílias de comunidades quilombolas. Os decretos beneficiam terras quilombolas no Maranhão, Pará, Rio Grande do Norte e Sergipe. Também o edital para a implementação do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Sapir) foi assinado.
“Hoje, precisamos nos manter vigilantes e oferecer resistência às tendências antidemocráticas e às provocações. Nós não defendemos qualquer processo de perseguição de qualquer autoridade porque pensa assim ou assado. Nós não defendemos a violência. Eles defendem. Eles exercem a violência. Nós, não.
Nós sabemos que, sem democracia, a estrada das lutas pela igualdade, contra o preconceito, será muito mais difícil. Não vamos permitir que a nossa democracia seja manchada.
Na ditadura, a relação é de imposição. No arbítrio, uns decidem por todos. No momento atual a democracia vem sendo ameaçada em sua forma e conteúdo, mas vamos resistir às tendências antidemocráticas e as provocações.
Nós sabemos o que podemos conseguir. Isso é parte do conteúdo da democracia, o que dá qualidade a ela. Nós queremos uma democracia que respeite todas as religiões, que não tenha preconceitos, que respeite todas as pessoas e que olhe para reforma agrária como um processo em que todos os brasileiros se beneficiam.
O mundo é formado não apenas pelo que já existe, mas pelo que pode efetivamente existir. Nós somos aqueles que lutam pelo que efetivamente pode existir”, discursou Dilma.
MAIS DE 120 MIL FAMÍLIAS SERÃO ASSENTADAS ATÉ 2018
Published sexta-feira, 11 setembro, 2015 Agricultura , Brasil , Democracia , Economia , Economia Doméstica , Governo Federal , Notícia , Política 1 CommentO novo Plano de Reforma Agrária, encaminhado a presidenta Dilma Vana Rousseff pelo ministro Patrus Ananias, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, mostra que mais de 120 mil famílias que vivem acampadas pelo país, serão assentadas até o ano de 2018. O plano foi criado a pedido da presidenta.
Para o ministro é ousado e para sua implementação ele vem recebendo auxílio do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no levantamento dos recursos. Ele também relacionou a reforma a agricultura familiar e sua importância na produção de alimentos e produção de renda.
“Elaboramos um plano concreto, factível, um plano de ação na perspectiva de assentarmos em condições dignas as 120 mil famílias hoje acampadas no Brasil. Nossa proposta foi encaminhada à Presidência da República, e estamos aguardando uma convocação da presidenta Dilma para apresentarmos o plano à sociedade brasileira.
O prazo que estabelecemos inicialmente nos despachos com a presidenta foi cumprirmos esses assentamentos até 2018. Esse objetivo é ousado e depende da adesão de municípios e estados. Todos nosso esforço, nosso empenho será posto para alcançarmos esse objetivo”, afirmou o ministro.
Essa informação prestada pelo ministro Patrus Ananias foi prestada na reunião que ele participou na comissão geral da Câmara dos Deputados.
“O GOVERNO TEM PRIORIDADES”, AFIRMA DILMA DURANTE O LANÇAMENTO DO PLANO SAFRA DA AGRICULTURA FAMILIAR
Published terça-feira, 23 junho, 2015 Agricultura , Brasil , Democracia , Economia , Economia Doméstica , Governo Federal , Notícia , Política Leave a CommentDurante o lançamento do Plano da Safra da Agricultura Familiar a presidenta Dilma Vana Rousseff, afirmou, em discurso, que apesar dos ajustes que estão sendo feitos, seu governo tem prioridades que não podem ser preteridas. A agricultura familiar e o fortalecimento da população rural é uma delas. Dilma afirmou que o aporte para o Plano da Safra da Agricultura Familiar 2015-2016, será de R$ 28,9 bilhões.
“Conseguimos mostrar, em que pese as dificuldades, temos também prioridades. Fizemos ajustes sim, mas um ajuste considerando que temos condições de dar uma passo a frente.
Podem ter certeza que, se nós pudemos tirar o país do mapa da Fome da FAO, se iniciamos o processo de modernização da agricultura familiar, vamos avançar, Tenho plena confiança na capacidade dos agricultores”, discursou Dilma.
Presente ao lançamento do plano, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, mostrou as mudanças que ocorreram nas formas de ação da agricultura familiar.
Queremos que os agricultores familiares tenham uma qualidade de vida de padrão diferente. Até aqui, os agricultores tinham que seguir o padrão da grande agroindústria, agora não mais. O pequeno agricultor que produz queijo no Nordeste, que produz salame na Serra Gaúcha, que produz mel, castanha, que produz o queijo de Minas, que produz farinha, todos poderão produzir com qualidade e respeito às exigências sanitárias e sem medo, pois a legislação, agora adaptada à realidade da agricultura familiar, vai ampará-los e protege-los”, afirmou o ministro.
Dilma durante a cerimônia também assinou decretos de regularização fundiária de dez terras quilombolas.
DILMA ANUNCIA QUE OS RECURSOS PARA O PLANO DA SAFRA DA AGRICULTURA FAMILIAR SERÁ 20% MAIOR QUE O DE 2014-2015
Published sábado, 20 junho, 2015 Agricultura , Brasil , Democracia , Economia , Governo Federal , Notícia , Política Leave a CommentPreparem-se agricultores produtores da agricultura familiar! Segunda-feira, dia 22, a presidenta Dilma Vana Rousseff vai anunciar o volume dos recursos que serão aplicados no Plano da Safra da Agricultura Familiar. Vai ser nada mais do que R$ 28,8 bilhões, é pouco? São 20% a mais do aplicado no plano anterior de 2014-2015.
O anuncio ocorreu quando a presidenta participava do complexo acrílico da multinacional Basf, no município de Camaçari, na Bahia de Mãe Menininha de Catoá. Ela ainda apontou o Plano de Investimento Logístico, que já havia sido anunciado, o novo plano de exportação e a terceira etapa do Programa Minha Casa, Minha Vida e, também, sobre os ajustes e a parceria com a Alemanha e a vinda da chancelar alemã ao Brasil em agosto.
“Estaremos lançando na segunda-feira o Plano da Safra Agrícola Familiar, que vai ter um aumento de seus recursos de 20%. Vamos garantir que continuemos a fornecer alimentos de qualidade para a mesa dos brasileiros.
Os ajustes são para equilibrar as contas públicas e quanto mais rápido eles ocorrerem melhor, porque não queremos que nada interrompa o processo de. Nenhum ajuste tem um fim em si mesmo desenvolvimento, ele é feito para oferecer elementos para que a gente possa expandir e voltar a crescer aceleradamente.
A parceria com a Alemanha sempre vai significar parceria na área de investimentos, comércio e com a qualidade industrial que caracteriza a manufatura alemã”, disse Dilma.
A agricultura familiar é o fator básico da sociabilização da alimentação que se movimente sem os vícios capitalistas da macroagricultura dos grandes latifúndios.
ESTUDO MOSTRA QUE EDUCAÇÃO NOS ASSENTAMENTOS DE REGORMA AGRÁRIA PERMITE A FIXAÇÃO DAS FAMÍLIAS NO INTERIOR
Published sexta-feira, 19 junho, 2015 Agricultura , Democracia , Economia , Economia Doméstica , Governo Federal , Notícia , Política Leave a CommentUma das causas que obrigam famílias inteiras deixarem suas terras para tentarem a cruel sorte de sobreviverem – na verdade, sub-viverem – nas capitais está relacionada ao abandono que as cidades do interior sofrem por parte das falsas autoridades que não criam politicas capazes de fazerem com que essas famílias permaneçam em suas terras de forma digna. Principalmente, através da educação e o trabalho.
Pois foi a educação que o professor da Unesp Bernardo Mançano Fernandes, apresentou como fator imprescindível para fixação das famílias no interior na segunda Pesquisa Nacional de Educação na Reforma Agrária (PRONERA) da qual ele foi o coordenador e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA)lançou para todo o Brasil. O estudo apresenta um diagnóstico de todos os estados do Brasil onde ocorreram assentamentos e que a educação passou a ser o princípio real para a fixação das famílias no campo. Esse quadro só pode ser esboçado e tornado real porque os movimentos sindicais e sociais lutaram pela escolarização dos trabalhadores assentados.
“O que a pesquisa do Pronera mostra é que nós conseguimos introduzir esse novo paradigma desde o fundamental até a pós-graduação. O resultado das análises das produções que nós vimos é que, no Brasil, a educação no campo é voltada ao desenvolvimento dessas famílias para que possam viver em suas comunidades.
A pesquisa mostrou que nosso trabalho atingiu somente 10% da população total da agricultura camponesa que existe no Brasil. Portanto, nós ainda temos um desafio enorme pela frente, que é ampliar o projeto que é para atingir os outros 90%”, observou o professor Bernardo Fernandes.
A coordenadora nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e membro da Comissão Pedagógica Nacional do Pronera, Antônia Vanderlúcia de Oliveira lembrou como foi a luta para realizar esse quadro.
“Eu lembro muito bem que em 1999, rodamos muito pelo Brasil, batendo de universidade a universidade que pudessem fazer parceria com o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária, e todas as universidades fecharam as portas. Mas, hoje, através do Pronera, o muro que era cercado, ao qual não tínhamos acesso, agora podemos ingressar.
O Pronera nasceu em 1998, em 13 anos, atingiu todas as unidades da Federação. Chegou em todos os estados do Brasil, se relacionou com a maior parte das universidades federais, estaduais e privadas. Foram desenvolvidos cursos em todos os níveis, ou seja, desde o fundamental até o superior, e foi além dos assentamentos da reforma agrária, pois o Pronera acabou atuando nos territórios da cidadania e rurais.
Os cursos são em período de alternância, e têm sido um fator importante para provarmos que a questão da pedagogia tem sido fundamental. Porque quando trazemos esse princípio para o Pronera, é para que os jovens não se distanciem no tempo de estudo da sua família, e isso temos observado através da pesquisa”, explicou Antônia Oliveira.
Cursos presenciais ou à distância, oferecidos pelo Pronera:
- Administração.
- Agroecologia.
- Agronomia.
- Direito Fundiário e Ambiental.
- Territórios onde atuarão os jovens diplomados:
- Associações.
- Cooperativas.
- Escolas.
- Produção de alimentos.
Uma breve lembrança dos fatores que fizeram com que o Pronera, em 1999, não fosse tido como importante para a educação dos assentados e que não foram citados pela coordenadora Antônia Oliveira.
Em 1999, o Brasil era desgovernado pela segunda vez por Fernando Henrique, que conseguiu sua reeleição em um ato de violência contra a Constituição: compra de deputados para mudar as regras da eleição presidencial. Como já ficou pontuado na parte negativa da história do Brasil, os desgovernos de Fernando Henrique não tiveram qualquer atuação considerável em relação à educação. As universidades estavam sucateadas e quase paradas, os professores e funcionários viviam em constantes greves que não foram jamais ouvidas por ele. Nessa perversa realidade, o Pronera não podia florescer.
Daí que o Pronera, em seus 13 anos, confirma que ele só foi impulsionado nos governos populares de Lula e Dilma.
DILMA CONTESTA ANTEPROJETO DE LEI QUE PRETENDE QUE ALGUMAS AUTORIDADES SEJAM SABATINADAS NO SENADO
Published quarta-feira, 3 junho, 2015 Agricultura , Brasil , Democracia , Governo Federal , Notícia , Política Leave a CommentÉ fácil entender, mas não pode ser aceita. Quem tem o entendimento do corpo do Congresso Nacional atual sabe que ele transpira conservadorismo e autoritarismo. Um perigo, pois tanto o conservadorismo como o autoritarismo são sequelas antidemocráticas. Ambos saem da ausência de princípios racionais.
O conservadorismo nega o movimento dialético dos objetos e das ideias. Pretende que a sociedade permaneça estática. Principalmente quando ela corresponde aos seus interesses. É o caso da sociedade capitalista-burguesa. Sua lógica é: conservar para não transformar. Já o autoritarismo reflete o medo diante da razão, já que a razão é conjugada com a práxis que por sua vez carrega os fluxos da liberdade. O autoritarismo tem pavor da liberdade, porque a liberdade é um devir criador, e como que é criador muda o estado anterior, o autoritarismo se treme todo de pavor da liberdade. Vide exemplos as ditaduras e tiranias de todas as formas.
Assim, como autoritário e conservador, o Congresso Nacional, que tem uma visível posição contra os governos populares, tem se preocupado quase que de maneira compulsiva em criar obstáculo para a governabilidade da presidenta Dilma Vana Rousseff. E uma dessas maneiras é tentar diminuir os poderes e direitos de determinação do Poder Executivo.
A forma proposta agora é através do anteprojeto de lei, apresentada pelos reacionários presidentes da Câmara Federal, Eduardo Cunha, e do Senado, Renan Calheiros, que pretendem que os dirigentes de estatais, ministros e diretores de autarquias passem por sabatina no Senado, quando forem indicados pelo Executivo, como ocorre com os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Diante da proposta autoritária e conservadora do reacionário Congresso Nacional, a presidenta Dilma apresentou contestação.
Dilma se encontrava na cerimônia de anúncio do Plano Safra 2015/2016 quando respondeu aos jornalistas presentes que lhe indagaram sobre o tema.
“Nós consideramos que as nomeações de estatais, de ministérios e autarquias é prerrogativa do Executivo”, afirmou Dilma.
Embora exista um grande número de jornalistas reacionários e defensores das ambições dos patrões, entretanto, também existem jornalistas progressistas e que usam suas liberdades profissionais para contribuírem com a produção contínua da democracia real. E foram estes jornalistas, que ao verem a interferência do Poder Legislativo no Executivo, pediram que a presidenta expressasse sua opinião sobre o fato antidemocrático. A posição de Dilma foi de independência e autonomia dos poderes.
“Todos os Poderes no Brasil têm que ser respeitados”, expressou Dilma, resolutamente.
DILMA SE ENCONTRA COM MEMBROS DO 21° GRITO DA TERRA E REAFIRMA OS PROGRAMAS MINHA CASA, MINHA VIDA RURAL E OS QUINTAIS PRODUTIVOS
Published sábado, 23 maio, 2015 Agricultura , Brasil , Democracia , Governo Federal , Notícia , Política Leave a CommentNa comemoração do 21° Grito da Terra que tem como tema Desenvolvimento Rural Sustentável com Garantia de Direitos e Soberania Alimentar, líderes dos movimentos de defesa da terra e suas produções, compareceram ao Palácio do Planalto para uma reunião com a presidenta Dilma Vana Rousseff com o objetivo de apresentarem suas reivindicações. Entre as representações se fizeram presentes a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), e o Movimento Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (MSTTR). Também se fizeram presentes por parte do governo federal os ministros Patrus Ananias, do Desenvolvimento Agrário; Manuel Dias, do Trabalho; e Miguel Rosseto, Secretário Geral da Presidência.
Durante a reunião, a presidenta Dilma reafirmou os compromissos do governo com os trabalhadores rurais. Falou sobre a expansão dos programas de seu governo como Minha Casa, Minha Vida Rural e os Quintais Produtivos, onde estão incluídos também o fortalecimento da agricultura familiar até 2018, cursos técnicos através do Pronatec e estímulo para que os jovens permaneçam no campo. Segundo Dilma, o governo está comprometido com a reforma agrária e a expansão da agricultura familiar.
O Minha Casa, Minha Vida Rural, de acordo com a Caixa Econômica Federal, em 2014, realizou 180 mil contratações de unidades educacionais e terá continuidade mesmo com o ajuste fiscal. Por sua vez, a criação e estímulo ao programa Quintais Produtivos persegue o objetivo de aumentar a capacidade produtiva e, como também, aumentar a renda dos pequenos produtores rurais.
“O governo está comprometido com uma reforma agrária pacífica, democrática e efetiva para o país e pretende fortalecer essa reforma agrária por meio do desenvolvimento e a expansão da agricultura familiar” afirmou Dilma.
Para Alberto Broch, presidente da Contag, o encontro serviu para reafirmar o compromisso do governo com os representantes da terra produtiva. O programa de assistência técnica afirmado pelo governo que deverá ser lançado nos próximos meses é uma comprovação dos resultados das reivindicações feitas pelas entidades, assim como o pacto federativo para comercialização de produtos de pequenos produtores rurais.
“Isso será um grande avanço para o setor”, disse Alberto Broch.
A principais ações do governo referente às reivindicações dos produtores rurais serão lançadas no Plano Safra 2015-2016 que será apresentado no dia 15 de junho.
HÁ DEZ ANOS A MISSIONÁRIA DOROTHY STANG ERA ASSASSINADA E ATÉ HOJE OS ASSENTADOS VIVEM APREENSIVOS
Published sexta-feira, 13 fevereiro, 2015 Agricultura , Amazônia , Brasil , Democracia , Justiça , Notícia , Política Leave a CommentNo dia 12 de fevereiro de 2005, a missionária Dorothy Stang, da Congregação Notre Dame de Namur foi assassinada com seis tiros enquanto caminhava pelo Lote 55, no município de Anapu, no Pará, pelos fazendeiros, madeireiros e grileiros de terra Vitalmiro Bastos de Moura, vulgo Bida, e Regivando Pereira Galvão, vulgo Taradão. Ambos condenados como mandantes do assassinato.
Os dois assassinos resolveram exterminar a missionária porque ela defendia os direitos dos colonos contra os grileiros que pretendiam as terras do assentamento do Projeto de Desenvolvimento Sustentável Esperança (PDS), uma área ambiciona pelos fazendeiros.
Passados dez anos, os assentados do projeto têm um entendimento claro sobre o que ocorreu na região. Para eles ocorreram algumas mudanças que beneficiam os assentados como recursos para construção de casa alvenaria e investimento da produção.
Entretanto, apesar desse apoio por parte do governo, o Estado tem se mostrado ausente quanto à segurança dos assentados. Para eles, essa ausência do Estado tem causado apreensão neles pelo temor de que novas invasões por parte de grileiros e madeireiros possam ocorrer. Como é do conhecimento não só dos assentados, mas, como também, do próprio Estado, a região é profundamente ambicionada pelos especuladores de terra. O que coloca sempre em perigo as vidas dos assentados.
É o que confirma Isolete Wichinieski, coordenadora nacional da Comissão Pastoral da Terra (CPT) que acompanha a violência no campo perpetrada pelos latifundiários. Segundo ela, embora a prerrogativa do PDS seja de desmatar somente 20% de lote para plantio sustentável, todavia, os madeireiros continuam desmatando a região, derrubando madeiras na região sem qualquer preocupação, violando a lei que proíbe tal prática.
Por sua vez, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), afirma que depois do assassinato da irmã Dorothy os conflitos na região diminuíram como também a comercialização indiscriminada de terra. Mas não é o que afirmam as irmãs Kátia Webster e Jane Dwyer, para elas a redução de funcionários do posto avançado do Incra indica que a violência pode voltar.
A mesma posição tem Fábio Lourenço de Souza, presidente da Associação Agroecológica dos Trabalhadores Rurais da Comunidade Santo Antônio do PDS Esperança.
“A gente está se sentindo ameaçado nessa situação. Com a ausência do Incra no município pode haver novas pressões dos madeireiros, dos fazendeiros que estão dentro da terra e tudo”, observou Fábio Lourenço de Souza.
Nesse quadro apreensivo os assentados podem muito bem recorrer ao adágio popular: “Quem sabe de mim sou eu”.
BRASIL É RFERÊNCIA EM AGRICULTURA FAMILIAR, SEGUNDO OFICIAL DA ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS
Published sábado, 29 novembro, 2014 Agricultura , Brasil , Democracia , Notícia , ONU , Política Leave a CommentA oficial de Assuntos Econômicos da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal), da Organização das Nações Unidas (ONU), Mônica Rodrigues, divulgou, que na América Latina, o Brasil é referência na questão da agricultura familiar no continente. A afirmação ocorreu no 2° Fórum de Agricultura da América do Sul que ocorre na Foz do Iguaçu, e foi encerrado ontem, dia 28.
Mônica ressaltou que a exportação da imagem de que o governo brasileiro apoia a agricultura familiar, fortalece esse entendimento fora do país. Ela destacou a experiência que a América Latina tem no setor de alianças agrícolas pública-privada. A democracia que o Brasil vive possibilita o diálogo entre o governo e os grupos privados. Ela também falou sobre o uso das novas tecnologias nas ações da agricultura e sua importância na produção.
“Um dos produtos que o Brasil exporta é a imagem de governo que apoia a agricultura familiar. É muito interessante ver isso quando estamos em outros países. É o único país da América Latina que tem um ministério de desenvolvimento agropecuário focado nos pequenos produtores. É um avanço e o Brasil é referência.
Os recursos são limitados, e o governo tem de eleger áreas para apoiar. Por isso, acho importante o tema da participação privada. Talvez essa seja um das áreas em que o Brasil tenha a aprender com países latinos. Por ser um país com muitos recursos, possivelmente há dependências de políticas públicas centralizadas pelo Estado.
Também temos de ver como os agentes privados ocupam, ou não, o espaço de participação. Não basta essa possibilidade. Necessitamos de uma iniciativa privada para que as experiências se desenvolvam.
As tecnologias específicas para o agronegócio são temas importantes para todas as cadeias produtivas, que necessitam articulação entre temas que as pessoas só precisavam sentar e conversar”, observou Mônica Rodrigues.
FAZENDEIROS QUE SE APOSSAVAM DE TERRAS DA UNIÃO, QUE SERIAM USADAS NA REFORMA AGRÁRIA, SÃO PRESOS NA OPERAÇÃO “TERRA PROMETIDA” DA PF
Published sábado, 29 novembro, 2014 Agricultura , Brasil , Democracia , Justiça , Notícia , Política Leave a CommentUsando 222 policiais federais a Operação Terra Prometida desencadeada pela Polícia Federal nos estados do Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, prendeu, em caráter preventivo, 39 pessoas, entre elas funcionários do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e fazendeiros. Os presos faziam parte de uma grande quadrilha que se apossava de terras que seriam usadas para a reforma agrária. Foram 134 mandatos de busca e apreensão.
Em suas ações de grilagem os mesmos compravam as terras por preço baixo para depois vender com preço exorbitante. Embora, muitas vezes tomassem as terras dos proprietários usando a força e ameaças. Um método comum praticado por muito latifundiários, grandes proprietários de terra, que odeiam os quilombolas e os indígenas. O método de posse indevida da terra é praticado de forma semelhante à primeira forma capitalista de dominação: a renda fundiária. A terra é para esses grandes grileiros sua verdade intocável. Ainda mais em um país com a dimensão agrária que constitui o Brasil. O método do grupo promovia “verdadeira concentração fundiária” com terras da União.
Mas a Operação Terra Prometida não prendeu apenas pessoas desconhecidas. Prendeu dois personagens conhecidos: os irmãos Odair e Milton Geller. Ambos irmãos do ministro da agricultura, Neri Geller. Entretanto, o delegado da Polícia Federal, Hércules Ferreira Sodré, informou que não foi encontrado nenhum documento que implique o ministro. Não foi encontrado qualquer indício que o ministro tenha qualquer relação comercial com os irmãos presos.
O delegado disse ainda, que mais de mil lotes de terra da União foram negociados criminosamente o que causou aos cofres públicos um prejuízo de mais ou menos R$ 1 bilhão. A multinacional Bünge, do setor de alimentos, ocupou um desses lotes, antes de vendê-lo para a empresa Fiagril. Um dos principais sócios dessa empresa é o ex-prefeito do município Lucas do Rio Verde, Marino Franz, também preso. A Fiagril era o alvo da operação.
“A investigação vai continuar. Vamos analisar toda a documentação apreendida. Novos personagens já começaram a aparecer e pode haver novos desdobramentos da operação.
Era uma compra de terras dentro destas áreas de terra da União. O que já sabemos é que a Bünge explorou um desses lotes por mais de dez anos e, então, vendeu a Fri”gril”, disse o delegado Hércules.
Ao ser informado do envolvimento de funcionários do Incra na exploração da terra, o presidente do órgão, Carlos Guedes de Guedes, mostrou sua preocupação com o fato.
“Para a instituição, é sempre muito ruim ter servidores arrolados em uma investigação como esta”, disse o presidente.
Mas a Justiça Federal em Mato Grosso contradiz o delegado. Para ela o ministro da agricultura Neri Geller é associado aos seus irmãos. Segundo afirmação do juiz Fábio Henrique Forenza, o ministro faz parte do Grupo Geller que é formado por ele e seus irmãos.
O ministro “é detentor de diversos lotes no âmbito do PA/Itanhangá/Tapurah, realizando além de ocupação e exploração das áreas, sua negociação e venda a terceiros”. Em 2010, para financiar sua campanha para deputado federal, o ministro teria vendido lotes. Como o ministro tem foro privilegiado, seu processo vai para o Supremo Tribunal Federal (STF).
DILMA LANÇA PLANO SAFRA DA AGRICULTURA FAMILIAR
Published terça-feira, 27 maio, 2014 Agricultura , Brasil , Democracia , Governo Federal , Notícia , Política Leave a CommentA agricultura familiar teve um grande avanço porque tem como sustentação a manutenção das taxas de juros nas linhas de crédito que variam entre 0,5% e 3,5%, disse a presidenta Dilma Vana Rousseff ao lançar o Plano Safra da Agricultura Familiar que vai possibilitar o Semiárido receber R$ 4,6 bilhões. Ela disse, também, que se houver necessidade podem ser ampliados R$ 24,1 bilhões.
Durante o lançamento do plano ela se posicionou a favor de que as terras confiscadas dos devedores da União sejam usadas nos assentamentos de beneficiados da reforma agrária. A portaria que assegura esse direito foi assinada na semana passada.
“Acredito que tivemos um processo de avanço nesse plano safra. Asseguramos taxas de juros inalteradas, mesmo quando aumento da taxa Selic. Isso significa, na prática, que ampliamos o subsídio ao custeio e investimento.
Acredito que é uma prática inovadora para rompermos com a armadilha da seca, e lançar o Semiárido como região produtora, que pode e vai ser sustentável, e não sistematicamente objeto de política de emergência.
No que se refere à política de reforma agrária, considero que a medida de destinação das terras dos devedores da União para a reforma agrária como medida justa e fundamental”, discursou Dilma.
“OS BRASILEIROS NÃO VÃO VOLTAR ATRÁS”, DISSE DILMA AO ANUNCIAR A PRORROGAÇÃO DO BOLSA ESTIAGEM
Published quarta-feira, 30 abril, 2014 Agricultura , Clima , Economia , Governo Federal , Notícia , Política 1 CommentOs agricultores familiares que vivem em municípios em situação de emergência ou calamidade pública recebem do governo federal o benefício de R$ 80 por mês. No programa do governo federal o benefício que começou a ser pago em janeiro, deveria terminar em abril, mas a presidenta Dilma Vana Roussff resolveu prorrogar o Bolsa Estiagem.
O anúncio foi feito em Feira de Santana, na Bahia, pela presidenta durante a entrega de máquinas a municípios baianos. Dilma falou, além da prorrogação do Bolsa Estiagem, sobre as melhorias que as regiões do Norte e Nordeste vem sentindo com as políticas de seu governo. Ela também falou sobre o programa de criação de cisternas nas regiões que sofrem com a falta de água. Entretanto, um dos grandes momentos de seu discurso ocorreu quando ela afirmou que “os brasileiros não querem voltar atrás”. O que significa voltar matematicamente 12 anos atrás e incalculavelmente a um sofrimento que nenhum ser humano merece.
“Quero anunciar hoje que prorrogamos o Bolsa Estiagem para que as pessoas tenham as condições de passar por esse período de transição da seca para a chuva sem sofrer solavancos na sua vida.
Não vamos voltar atrás. Tenho certeza que o povo brasileiro não vai retroagir, voltara atrás, desistir disso que conquistamos: a maior redução da desigualdade social de nosso país, a maior criação de empregos que o Brasil já teve nos últimos anos.
Passamos pela crise garantindo emprego, sem adotar medidas tradicionais que significaram sempre que a conta era apresentada para o trabalhador, para o pequeno produtor, para a classe média do país.
É possível conviver com a seca, é direito do cidadão que mora no semiárido, não é favor do governo. É essa mudança de postura, de afirmação de cidadania, que faz a diferença”, discursou Dilma.
MST SE ENCONTRA COM DILMA, APRESENTA CARTA COM 10 REIVINDICAÇÕES E DILMA PROMETE “MINHA CASA MINHA VIDA”
Published sexta-feira, 14 fevereiro, 2014 Agricultura , Comunidade , MST , Notícia , Política Leave a Comment
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) encontrou-se com a presidenta Dilma Vana Rousseff, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas e com o ministro secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho. O encontro foi para tratar das reivindicações que o movimento espera que o governo federal corresponda.
O ministro Pepe Vargas reconheceu as reivindicações do MST e disse que o governo Dilma, nos últimos três anos, assentou 77 mil famílias, incorporou 88 milhões de hectares e espera assentar, em 2014, mais 30 mil famílias. Ele disse também, que de acordo com as capacidades orçamentárias do Executivo, o governo vai concretizar um maior diálogo com o movimento. Durante o 6° Congresso Nacional do MST os líderes afirmaram que o governo só havia assentado 7 mil famílias. Para Alexandre Conceição, um dos líderes do MST, o número do governo é resultante das regularizações fundiárias em curso, onde estão incluídas terras indígenas que o MST não conta como assentamento.
Falando sobre a política de aceleração do processo de infraestrutura dos assentamentos, o governo federal, vai dá acesso aos assentados o direito aos programas Minha Casa Minha Vida, Luz Para Todos, Água Para todos e o Programa de Melhoramento das Estradas. O que significa que o governo federal tem por meta incluir os assentados nos programas do governo como beneficiários.
“Queremos combinara a quantidade da reforma agrária com a qualidade dos assentamentos. Foi uma boa reunião, onde a presidenta deu respostas aos movimentos. Vamos nos empenhar para permitir que os assentados possam ter acesso às políticas públicas, ao desenvolvimento produtivo do assentamento e viver com dignidade.
Hoje não há sentido nenhum que um habitante do meio rural tenha cesso ao Minha Casa Minha Vida e o assentado da reforma agrária não tenha. Vamos pegar os programas que nos últimos anos permitiram a milhões de brasileiros terem acesso a uma vida mais digna e levar isso, também, para dentro dos assentamentos”, observou o ministro.
Para os membros do MST, o encontrou com Dilma foi resultado da manifestação realizada no dia, 12, que reuniu mais de 20 mil integrantes, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) em um protesto pedindo para que os processos que envolvem assentamentos e regularização fundiária sejam acelerados.
“Foi a mobilização que fizemos o que alterou agenda da presidenta e nos fez ser recebidos. Tratamos com a presidenta de temas emergenciais da reforma agrária, que está paralisada no seu governo. Não tem reforma agrária se não houver desapropriação de terras”, afirmou Alexandre Conceição, um dos coordenadores do MST.
No final da reunião o MST entregou a presidenta uma lista contendo 10 reivindicações para serem tratadas com emergência pelo governo.
BIDA, FAZENDEIRO QUE MANDOU MATAR A IRMÃ DOROTHY STANG, QUERIA HABEAS-CORPUS: JUSTIÇA DO PARÁ NEGOU
Published terça-feira, 17 setembro, 2013 Agricultura , Amazônia , Justiça , Notícia , Política Leave a CommentA irmã Dorothy Stang, missionária militante pelos direitos de terra aos pobres de Anapu, no sudoeste do estado do Para, foi assassinada a tiros, em 12 de fevereiro de 2005, as investigações e os processos para prender os responsáveis pelo ato covarde – todo assassinato de líderes que lutam pelo direito a terra, é sempre de autoria de latifundiários covardes – se alongaram em anos. Depois de presos os executores do assassinato psicopático, foi descoberto um dos mandantes. Nada mais do que o fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, alcunhado de Bida.
Bida vai a novo julgamento na próxima quinta-feira. Ela foi julgado por três vezes, sendo condenado em duas oportunidades e absolvido em uma. Em 2007, foi condenado a 30 anos de reclusão, em 2008, com direito a novo júri, foi absolvido. Hoje ele cumpre pena em regime semiaberto. Visando apenas a objetividade que uma sentença possa lhe oferecer, e jamais imaginando qualquer laivo de remorso por ter mandado matar uma inocente, o fazendeiro, vulgo Bida, através de seus advogados, entrou com recurso pedindo habeas-corpus, que foi entendido pelo promotor do caso Dorothy Stang, como uma manobra visando influenciar o corpo do júri.
Resultado: a tentativa de conseguir habeas-corpus foi frustrada. A Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Pará negou o habeas-corpus.
“Eles tentaram no STF fazer com que Bida fosse posto em liberdade para o julgamento, mas o ministro Gilmar Mendes negou o pedido liminarmente. Agora, os desembargadores, julgando o mérito do pedido, entenderam que ele deve continuar preso. Vejo isso como uma forma de sensibilizar os jurados”, sentenciou o promotor.
VOCÊ QUER SEGURANÇA PARA SEU REBANHO BOVINO SAIBA QUE OITO ESTADOS ESTÃO LIVRE DA FEBRE AFTOSA
Published segunda-feira, 19 agosto, 2013 Agricultura , Amazônia , Brasil , Economia , Notícia Leave a CommentFoi assinado ontem, dia 18, em Paragominas, estado do Pará, pelo ministro da Agricultura, Antônio Andrade, a instrução normativa que reconhece o norte do Para como zona livre da febre aftosa. Esse ato integra o estado totalmente à área de segurança sanitária contra essa doença que mata rebanhos inteiros. Principalmente em regiões em que a enfermidade bovina é repetitiva quase sempre por descaso dos proprietários.
Mas a boa notícia agriculturante não ficou por aí. O ministro afirmou que os estados do Alagoas, Maranhão, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte terão, nos próximos dias, suas instruções normativas assinadas.
E o Amazonas, como fica? Fica do jeito que se encontra: não tem rebanhos. Só tem curral eleitoral. Como poderia dizer, em versão eleitoral 2013, o compositor e cantor Zé Ramalho.
CRIANÇAS DO KINEMAZÓFICO DISCUTEM PREÇO DA FARINHA QUE FAZ PARTE DE SEU HÁBITO GASTRO CULTURAL
Published terça-feira, 25 junho, 2013 Agricultura , ALE-AM , Alimentação , Cinema , Governo do Estado , IBAMA , Kinemasófico , Manaus , Prefeitura Leave a CommentÉ muito difícil encontrar um amazonense, um paraense ou nortista que não goste de farinha de mandioca. Saborear um jaraqui, acará, tambaqui, pacu, pirarucu, pirara, surubim, pescada ou cinquenta matrinchãs sem a toco mole, seca não faz parte do cardápio desse povo.
Mas eis que tem sido comum nesta não cidade de Manaus seu povo reclamar diariamente sobre o preço desse essencial produto na mesa manauara. Quando não há peixe, carne, o amazonense, paraense, nortista a colocam na cuia, misturam com água e tomam chibé, ou mingau.
O preço do produto está abusivo. Há mercearias, supermercados vendendo o quilo a R$ 10,00. Temos informações que na cidade de Maués já chegou a R$ 13,00 reais o frasco (dois litros.)
Aqui em Manaus varia. Vai de R$ 4,50 a R$ 15,00 o quilo. No domingo passado, após a projeção do nosso kinemazófico, atividade que realizamos com as crianças do bairro Novo Aleixo a mais de cinco anos, propusemos um debate com as mesmas tratando exatamente sobre o preço da farinha.
Antes explicou-se que para fazer a farinha o agricultor faz um roçado. Corta todo o mato pequeno, depois derruba com moto serra as árvores maiores. Antes era com machado. Levava em média uma a duas semana para a derrubada. Hoje com moto serra faz esse serviço em meio dia.
Tudo no chão se esperava que as folhas secassem. Quando estavam todas secas o agricultor as queimava. Tudo era incendiado. Ia para o espaço labaredas de fogo e fumaça.
Quando não queimava bem o agricultor tinha que “encoivarar”, isto é, juntava os galhos que não queimara para tocar novo fogo.
Feito isso era hora de plantar a maniva. É desse arbusto que fixo na mãe terra surgirá a mandioca.
Passado 8, 9, 10 meses ela passa pelo menos por duas capinas e depois estará pronta para ser colhida, arrancada.
Para arrancar a mandioca o agricultor, dependendo da quantidade de farinha que vai fazer leva no mínimo um dia.
Uma parte é colocada dentro d’agua e outra é descascada para ser ralada. Antigamente era no ralo, manual. Hoje já há meios modernos de cevar. Dez paneiros de mandioca se ceva em menos de 30 minutos. Antigamente levava-se dois dias.
Depois disso retira-se a que está dentro d’agua para misturar com a ralada. Essa mistura é que vai dar a cor amarela.
Essa massa ficará uma noite descansando para no dia seguinte, por volta da quatro madrugada ser secada no tipiti de onde é extraído o tucupi e a tapioca.
Depois de seca a massa é peneirada.
Com a lenha retirada do roçado acende-se o forno. Primeiramente a massa é escaldada. Usa-se no caso do Amazonas um remo nesse primeiro momento e quando já está sem a água se usa um rodo.
No final, depois de mais ou menos 3 a 4 horas, dependendo da quantidade de massa a fornada estará pronta. A parte fina, torrada, o “caboco” retira para fazer caribé. Uma bebida apurada bastante consumida por estas bandas.
Adivinhem agora criançada, quanto custará uma saca de farinha produzida pelo agricultor?
Ele venderá por R$ 50,00 ou, 60,00 reais. Trabalhou uma semana. Haverá pessoas que reclamarão desse preço, mas não levam em conta o trabalho que deu ao agricultor para fazê-la.
O atravessador que não é “besta” vai lá e compra tudo. Depois ele mesmo fará seu preço. O produtor, o consumidor perdem e quem ganha é o atravessador e o comerciante, concluiu Eduardo.
Eles colocam o preço que quiserem porque não há no Estado do Amazonas uma política de preço mínimo para o agricultor e nem fiscalização no comércio. Não há incentivo para a produção de mandioca. Nessa relação promíscua temos a mais-valia ou mais-valor que proporciona o lucro do explorador, segundo Karl Marx.
Com o bolsa floresta, bolsa verde, bolsa defeso, assentamento do INCRA o caboco não faz mais roçado. Ele não pode mesmo, porque é proibido desmatar. Volta a viver como seus ancestrais viviam. Trabalham pela manhã e folgam a tarde, pois o dinheiro que recebem do governo compram farinha e os demais mantimentos.
Enquanto isso, nossos cinéfilos entenderam o processo de feitura da farinha, da comercialização e da exploração do trabalhador que produz, mas no final acaba como o grande perdedor. Só não perdeu a Micaela que no sorteio ganhou um quilo de farinha que custou R$ 10,00 reais importada de Santarém, do belo Estado do Pará.
Os moradores desta não cidade ao criticar o preço desse cereal estão dando sua contribuição como cidadãos e particípes da vida em comunalidade.
Sem participarem de manifestos nossos consumidores afinados debateram sobre o preço abusivo da farinha que tem como grande perdedor o agricultor e o consumidor e ganhadores, o atravessador e o comerciante, na conclusão do nosso cinéfilo, Eduardo, criança de 10 anos, assíduo frequentador a mais de cinco anos das nossas sessões de cinema que não passam nas tevês abertas nem fechadas, aos domingos, na Rua Rio Jaú.
Ps. Nosso próximo texto versará sobre Manifestantes e Povo – baseado em “Multidão”- Guerra e democracia na era do Império, obra de Michael Hardt e Antônio Negri.
SABATINA MIDIÁTICA
Published sábado, 9 fevereiro, 2013 Adolescência , Agência Brasil , Agricultura , Carta Capital , Criança , Democracia , Direitos Humanos , Entrevista , Juventude , Movimentos Sociais , MST , Reforma Agrária , Sabatina Midiática Leave a Comment@ O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, em entrevista para o programa Bom Dia, Ministro – produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em parceria com a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) – afirmou que a questão da distribuição de terra, no Brasil, deve ser sustentável; ou seja, permitir que as famílias assentadas possam fazer da terra algo produtivo e, não apenas, possuí-las de forma improdutiva, tornando-as, com efeito, “favelas rurais”: “Não adianta a gente cometer a irresponsabilidade de distribuir muita terra e não permitir que o agricultor encontre na terra uma maneira de sobreviver. No Brasil, há muitos assentamentos que se transformaram quase em favelas rurais”, disse o ministro.
Tal situação levou o ministro a justificar o freio, por parte do governo federal, na distribuição de terras: “Foi com essa preocupação que a presidenta Dilma fez uma espécie de freio do processo para repensar essa questão da reforma agrária e, a partir daí, tomarmos um cuidado muito especial sobre o tipo de assentamento.”
Neste sentido, o governo federal, de acordo com a Agência Brasil, criou um programa para manejar a distribuição de terras: Segundo Carvalho, o Programa Terra Forte, lançado no início da semana pela presidenta em Arapongas (PR), é resultado da reflexão e da decisão política de tornar os assentamentos uma referência positiva. O programa investirá R$ 600 milhões em projetos de agroindústria para assentamentos da reforma agrária. “Não queremos assentamentos dependentes do INCRA [Instituto Nacional de Reforma Agrária], não queremos assentamentos que sejam apenas uma forma de enganar as pessoas dando a elas uma esperança que depois não se concretiza.”, disse a presidente.
Uma reforma agrária não tem que ser, necessariamente, sustentável. Ainda que este tipo de reforma agrária possa garantir o direito de liberdade, igualdade, solidariedade e uma justa distribuição de terras e de possibilidades, ela não será capaz de fazer perseverar o ser, pois ainda estará na ordem do mercado, separando o homem da sua raiz de produção, que é a terra. Reforma agrária pode ser, melhor dizendo, uma nova produção e reprodução de subjetividade, uma vez que, assim, o homem poderia retornar-se homólogo à terra.
@ Marco Aurélio Garcia (MAG para os amigos), assessor internacional da Presidência da República, “é um dos principais articuladores do Foro de São Paulo, o movimento contra-hegemônico das esquerdas latino-americanas à política de submissão da região aos interesses dos Estados Unidos e das corporações capitalistas do Velho Mundo.” É o que afirma o jornalista Leandro Fortes, em seu texto no si te da revista Carta Capital.
O jornalista da insigne revista demonstra, em sua argumentação, o quanto as polêmicas sobre a internação e cirurgias hipoteticamente custeadas pelo SUS, criadas miticamente pela oposição, são resmungos caducos da velha redução da política aos interesses da produção do capital.
Leandro Fortes não cansa de demonstrar o quanto MAG é uma das ferramentas essenciais para a a legria do governo federal petista: “Então, essas pessoas que, hoje, sem um argumento melhor, ficam pateticamente perguntando se Marco Aurélio Garcia ao menos entrou na fila do SUS, estão, na verdade, naquela empreitada envergonhada, pessoal e impublicável dos que torciam secretamente pelo avanço dos tumores que um dia atormentaram a vida e o futuro político de Lula e Dilma Rousseff.”
É aprazível compartilharmos do entendimento de Leandro Fortes, que finda o seu texto com a emblemática frase: “Sem voto, sem popularidade e despidos de humanidade, jogam todas as fichas no câncer – ou na fraqueza do coração – alheio.”
@ O governo federal, no dever de proteger a cidadania e proporcionar à população um espaço digno de ser vivido, através da secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), lançou, na manhã desta quinta-feira (07) no Rio de Janeiro, a campanha Nacional de Carnaval de Proteção à Criança e ao Adolescente que tem como tema: “Não desvie o olhar. Fique atento-Denuncie. Proteja nossas crianças e adolescentes da violência”.
Segundo o Portal Brasil, o objetivo da campanha é fazer com que as pessoas que tiverem informações sobre violência contra crianças e adolescentes procurem os conselhos tutelares, a polícia ou denunciem ao Disque 100.
Ademais, a campanha, divulgada por dispositivos variados da mídia, destaca a necessidade de se refletir sobre as questões que permeiam a criança e o adolescente. Além de assegurar o direito à proteção e à vida, o governo federal problematiza a importância do educar no espaço de produção social.
Leitores Intempestivos