José Dirceu é de uma singularidade que só raros homens possuem. Foi preso no Mensalão, depois prenderam-no na Lava Jato e em nenhum momento foi dedo-duro. Em nenhum momento foi alcaguete. Suportou a prisão, não fez acordo de delação nenhuma, e como político defensor de uma classe social, os trabalhadores manteve-se preso e silencioso. Não tinha o que delatar. Inteligente, sabia quem era Sérgio Moro. O melhor era dar o “desprezo que tua mãe me deu.” Está ai o resultado. Moro envolvido em corrupção idêntica a de Rodrigo Janot. Negociações fraudulentas para acordo de delações. Grana alta. R$ 5 milhões…
Mas, Sérgio Moro, o juiz tendencioso, na busca intrépida de fazer prova contra Lula tomou o depoimento de um Palocci abatido e querendo se livrar da prisão, pois o acordo de delação oferece isso ao preso. Não importa se o que declare seja verdadeiro ou não. É só ver a delação de Delcídio Amaral contra Lula. Assim, também podemos ver no depoimento de Palocci ao suspeito Sergio Moro. Em momento algum falou a verdade. Tudo suposição. Participação em reuniões onde não esteve. Quis ser Deus sem poder para sê-lo. E nessa busca de incriminar Lula, Marcelo Odebrecht já declinou a posição dele com relação a Lula e Dilma, mas tanto Moro como Rodrigo Janot, os suspeitos defensores do golpe de Estado continuam suas sagas contra o maior e melhor presidente do Brasil. Para ajudar entender essa corrida intimidatória, tomamos a liberdade de transcrever o comentário de Angela Aparecida Iost, do Blog do Esmael de Curitiba, de ontem, dia 06.09 que nos ajudam entender as manobras e interesses golpistas contra nossa democracia e contra Lula.
“Só na mente obnubilada pelos “olhos brilhantes” da turma de Curitiba podem fazer sentido as acusações do delator Marcelo Odebrecht, ontem, a Sergio Moro sobre o terreno que “foi doado, mas não foi doado” ao Instituto Lula e o apartamento que “foi comprado, mas é alugado” ao lado daquele em que vive, há mais de 20 anos, o ex-presidente.
Marcelo diz, segundo o UOL, que queria “fazer uma doação desse valor ao Instituto Lula, mas o ex-presidente seria contra isso. Com isso, segundo o empresário, houve pedidos que “tinham que ser feitos de modo não contabilizado”…
REPARE: Lula não estava mais na Presidência, não havia impedimento legal para doação ao Instituto Lula, seja de que valor fosse, o dinheiro estaria limpo e legal para comprarem o que quisessem mas os “malvados” queriam mesmo é na base da corrupção…
Ah, mas eles queriam o terreno. Queriam? Se Marcelo, o acusador, diz que “Lula acabou aceitando” e que não sabe se ele “bateu o martelo”?
Como, se tudo o que foi dito que tinha de ser exatamente aquele o imóvel, mesmo com a recomendação contrária do avaliador (que também depôs ontem, quase tudo na base do “eu imagino”, “eu desconfio”, “eu não estava presente” e “soube pela denúncia” ) teriam insistido que fosse aquele?
Ah, e como Marcelo tem certeza que Lula estava a par de tudo? Porque falou com o pai, que falou ao Lula, que falou a Antonio Palocci, que falou com ele.
Bom, o pai não falou isso, mas alguém acha que não falará, em troca do filho ser solto, em dezembro? E tudo o mais é “falou com ele, falou com aquele”.
Novamente, não há nenhum fato ou documento que sustente a acusação, senão que alguém, na Odebrecht ou fora dela, pensou em fazer um negócio envolvendo o terreno, mas não que Lula tivesse ciência ou participado disso. E é evidente que não houve este negócio. Muito menos há qualquer ligação com o caso Petrobras que justificasse o “caso” (se é que há um “caso” estivesse com Sérgio Moro, como ressalta a nota da defesa de Lula, que reproduzo abaixo.
Sobressai do depoimento prestado hoje (04/08) por Marcelo Odebrecht que não há qualquer relação entre os temas discutidos na Ação Penal n. 50631301172016404-70000 e a Petrobras e, ainda, que o ex-executivo não tratou de qualquer contrapartida com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Marcelo, que é delator, negou peremptoriamente qualquer atuação em relação aos 8 contratos indicados na denúncia e ainda que tenha tratado de qualquer contrapartida em relação a esses contratos em favor de Lula.
Com esse depoimento Marcelo destrói a acusação apresentada pelo Ministério Público Federal. Lula foi acusado nesse processo porque segundo a versão do MPF ele teria recebido 2 imóveis em contrapartida por ter atendido a pedido de favorecimento de Marcelo Odebrecht em relação a esses 8 contratos firmados pela Petrobras.
O depoimento de Paulo Melo mostrou as fragilidades das declarações de Marcelo Odebrecht em relação a Lula e ao Instituto Lula.
Queremos provas! Por isso, é Lula presidente 2018. Os conservadores tupiniquins são tão imbecis que parecem preferir uma guerra civil a um reformista como Lula no governo, eleito pelo povo.”
Leitores Intempestivos