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LULA É A TRAVESSIA PARA O MAR POR SER TÃO BRASILEIRO E ESTADISTA

Nosso país possui hoje mais de 13 milhões de trabalhadores desempregados. Há fome e muitos brasileiros e brasileiras passando necessidade.

Lula e Dilma são responsáveis por isso?

Não. Os responsáveis por isso nominamos. Aécio Never, o mineirinho que não aceitou a derrota. A presidenta Dilma foi eleita democraticamente com 54.501.118 votos. Michel Temer que através do PMDB organizou toda uma estrutura de arrecadação financeira ilícita para compor um congresso que impedisse aprovação de qualquer projeto da presidenta eleita. Pelas delações da Odebrecht aparecem 140 deputados compráveis. Mas são mais de 300 picaretas. Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados, preso, hoje em Curitiba aceitou o golpe das alcunhadas pedaladas fiscais. Os ministros do STF nenhum, mesmo o Supremo provocado, não se posicionaram como ministros, contra o medonho. Por sinal o presidente do STF compôs a ópera que derrubou a presidenta dos 54.501.116 votos. Todos os deputados e senadores que votaram a favor do golpe, todos os coxinhas, todos os paneleiros e paneleiras, Rede Globo de Televisão,  Folha de São Paulo, Estadão, Valor, Época, Quanto é?, empresários, e afins, mais Sérgio Moro, todos os procuradores de Xarope Dallagnol e parte de delegados da Polícia Federal são responsáveis pelas dificuldades, desemprego, fome,  mazelas, quebra da engenharia nacional, da Odebrecht e de outras grandes empreiteiras que nosso país enfrenta.

Era para estarmos vivendo essa situação?

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Não. Os dois mandados de Lula tiraram o Brasil da miséria, a fome foi erradicada e o governo desenvolveu inúmeras políticas sociais nunca dantes vista neste país. Lula investiu em saúde, educação, ciência, tecnologia. No Amazonas temos muita água doce. Grande parte de seus moradores vivem nas várzeas e interiores longe da sede de seus municípios. Lula e Dilma trouxeram o Luz para Todos. E o Luz para todos está em todo o Brasil. Uma outra grande obra que a mídia golpista não divulga mais está causando uma grande alegria a todos os brasileiros é a transposição das águas do rio São Francisco pelo sertão nordestino. Nunca, nunca um representante da classe rica pensou nisso. Mas nossos literatos, cantores, repentistas cantaram como no vídeo abaixo: “o sertão vai virar mar e o mar vai virar sertão”, que rendeu ao nosso cinegrafista da Esquerda Valente, um “Valeu Lula, Dilma, obrigado governo do PT.

Dilma ganhou a eleição com 54.501.118. O capitalismo predador com seus deputados, senadores, parte do judiciário, meios de comunicação golpistas, empresários, preconceituosos vendidos ao sistema capitalístico internacional golpearam nossa democracia impondo o desemprego, a fome e a miséria. E não venham dizer que vocês, lambaios do grande capital internacional não são responsáveis. Quando a democracia for reconstituída não haverá prisão que suporte tantos ladrões.

E 2017, 2018?

É uma travessia. Lula é uma subjetividade, um devir. É Translulação. Dia 03 de maio, Sérgio Moro vai ver o que é isso. Quer porque quer, com aquela sua voz afásica interpelar o maior presidente do mundo. Mesmo já tendo sido inocentado por todas as testemunhas no caso do Triplex. Curitiba terá o maior comício do mundo. Se levado para depor na marra, de São Bernardo para Congonhas, em Sampa, sem o povo saber já houve todas aquela solidariedade a Lula, imaginem o melhor presidente do Brasil indo a Curitiba no dia 03 de maio depois do dia lº, dia do Trabalhador que o homenageará em todos os cantos do Brasil.

E depois de 2017 e 2018?

Teremos dificuldades mas as superaremos porque tudo que os golpista fizeram e estão fazendo vai ser revertido. Como tudo foi tramado para derrubar a presidenta eleita com 54.501.118 votos o que eles estão fazendo não tem valor. Quem está investindo dinheiro na compra da Petrobras, em terras, minérios, água, agricultura vai perder tudo. Serão revogadas todas as PECs assassinas, principalmente a da morte. Ninguém mais morrerá no Brasil. Mais muita gente vai se ver com a Justiça.  Até o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes vai perder o cargo porque foi sabatinado na Chalana do Amor. A Papuda vai ser reformada para receber todos os golpistas: Aécio, Temer, Padilha, Jucá, Angorá, Renan, Lobão, Sarney, Aluísio 300, Mabel, Suíno, José Serra, Henrique Alves, Ana Amélia, Omar ó Terra Aziz, Eduardo Acorda Tarde Braga, Anastasia, Agripino Gripado Maia. Todos os deputados e senadores golpistas.

FILÓSOFO E SOCIÓLOGO ZYGMUNT BAUMAN DA “MODERNIDADE LÍQUIDA”

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 Nascido no mesmo ano do filósofo francês Gilles Deleuze, 1925, o filósofo e sociólogo polonês Zygmunt Bauman, casado com Janine Lawinson-Bauman no pó-guerra, que que ele participou, tem como sua mais consistente e difundida teoria a “modernidade líquida”. As formas de relações sociais na pós-modernidade.

      “Viver entre uma multidão de valores, normas e estilo de vida, em competição, sem uma garantia firme e confiável de estarmos certos é perigoso e cobra um alto preço psicológico”, mostra o filósofo no seu Amor Líquido.

  A modernidade líquida apresenta uma pós-modernidade onde predomina o individualismo impondo corpos antagônicos nas relações sociais. Uma clara deferência ao que se experimenta hoje, como no Brasil do golpe. O filósofo é um ativo militante que luta contra todas as formas de antidemocracias, e principalmente contra a tirania do capitalismo.

    Seu último livro apresentado no Brasil foi “A Riqueza de Poucos Beneficia Todos Nós?”. O corte existencial de Zygmunt Bauman dado na linha do tempo cronológico é 91 anos, mas na intensidade aion é infinito.

   “O capitalismo é um sistema parasitário. Como todos os parasitas, pode prosperar durante certo período, desde que encontre um organismo ainda não explorado que lhe forneça alimento.

     Numa sociedade de consumo, compartilhar a dependência de consumidor – a dependência universal das compras é a condição sine qua non de toda a liberdade individual.  Acima de tudo na liberdade de ser diferente, de “ter identidade.1

(…) um comercial de TV mostra uma multidão de mulheres com uma variedade de penteados e cores de cabelos, enquanto o narrador comenta: “Todas únicas; todas individuais; todas escolhem X” (X sendo a marca anunciada de condicionador). O utensílio produzido em massa é a ferramenta da variedade individual. A identidade – “única” e “individual” – só pode ser gravada na substância que todo o mundo comprar que só pode ser encontrada quando se compra. Ganha-se a independência rendendo-se.

   A tarefa é o consumo, e o consumo é um passatempo  absolutamente e exclusivamente individual, uma série de  sensações que só podem ser experimentadas – vividas –  subjetivamente. As multidões que enchem os interiores dos “templos de consumo” de George Ritzer são ajuntamentos, não  congregações, conjuntos, não esquadrões; agregados, não totalidades. Por mais cheios que possam estar, os lugares de consumo coletivo não têm nada de “coletivo”.

Numa sociedade sinóptica de viciados em comprar/assistir, os pobres não podem desviar os olhos; não há mais para onde olhar. Quanto maior a liberdade na tela e quanto mais sedutoras as tentações que emanam das vitrines, e mais profundo o sentido da realidade empobrecida, tanto mais irresistível se torna o desejo de experimentar, ainda que por um momento fugaz, o êxtase da escolha. Quanto mais escolha parecem ter os ricos, tanto mais a vida sem escolha parece insuportável para nós.

Claude Lévi-Strauss, o maior antropólogo cultural de nosso tempo, sugeriu em“Tristes trópicos” que apenas duas estratégias foram utilizadas  na história humana quando a necessidade de enfrentar a alteridade dos outros surgiu: uma era a antropoêmica, a outra antropofágica.

A primeira estratégica consiste em “vomitar”, cuspir os outros vistos como incuravelmente estranhos e alheios: impedir o contato físico, o diálogo, a interação social e todas as variedade de commercium, comensalidade e connumbium. As variantes extremas da estratégia “êmica” são hoje, como sempre, o encarceramento, a deportação e o assassinato. As formas elevadas, “refinadas” (modernizadas) da estratégia “êmica” são a separação espacial, os guetos urbanos, o acesso seletivo a espaços e o impedimento seletivo a seu uso.

A segunda estratégia consiste numa soi-disant “desalienação” das substâncias alheias: “ingerir”, “devorar” corpos e espíritos estranhos de modo a fazê-los, pelo metabolismo, idênticos aos corpos que os ingerem, e portanto não distinguíveis deles. Essa estratégia também assumiu ampla gama de formas: do canibalismo à assimilação forçada – cruzadas culturais, guerras declaradas contra costumes locais, contra calendários, cultos, dialetos e outros “preconceitos” e “superstições”. Se a primeira estratégia visava ao exílio ou aniquilação dos “outros”, a segunda visava à suspensão ou aniquilação de sua alteridade.

Em um dos maiores sucessos entre os popularíssimos livros de autoajuda (vendeu mais de 5 milhões de cópias desde a publicação em 1987), Melody Beattie adverte/aconselha seus leitores: “A maneira mais garantida de enlouquecer e envolver-se com assuntos de outras pessoas, e a mais mais rápida de tornar-se feliz é cuidar dos próprios”. O livro deve seu sucesso instantâneo ao título sugestivo(Codependent no More), que resume seu conteúdo: entrar resolver os problemas de outras pessoas nos torna dependentes, e a dependência oferece reféns ao destino – ou, mais precisamente, há coisas que não dominamos e há pessoas que não controlamos; portanto, cuidemos de nossos problemas, e apenas de nossos problemas, com a consciência limpa.

Há pouco a ganhar fazendo o trabalho de outros, isso desviaria nossa atenção do trabalho que pode fazer senão nós mesmos. Tal mensagem soa agradável – como uma confirmação, uma absolvição e uma luz verde necessária – a todos os que, sós, são forçados a seguir, a favor ou contra seu próprio juízo, e não sem dor na consciência, a exortação de Samuel Butler: “No fim, o prazer é melhor guia que o direito e o dever”.

Ao fim da sessão de aconselhamento, as pessoas aconselhadas estão tão sós quantos antes. Isso quando sua solidão não foi reforçada: quando sua impressão de que seriam abandonadas à sua própria sorte não foi corroborada e transformada em uma quase certeza. Qualquer que fosse o conteúdo do aconselhamento, este se referia a coisas que a pessoa aconselhada deveria fazer por si mesma, aceitando a inteira responsabilidade por fazê-las  de maneira apropriada, e não culpando ninguém pelas consequências desagradáveis que só poderiam ser atribuídas a seu próprio erro ou negligência.

A infame frase de efeito de Margaret Thatcher “não existe essa coisa de sociedade” é ao mesmo tempo uma reflexão perspicaz sobre a mudança no caráter do capitalismo, uma declaração de intenções e uma profecia auto-comprida: em seus rastros veio o desmantelamento das redes normativas e protetoras, que ajudavam o mundo em seu percurso de tornar-se carne. “Não sociedade” significa não ter utopia nem distopia: Peter Drucker, o guru do capitalismo leve, disse, “não mais salvação pela sociedade” – sugerindo (ainda que por omissão e não por afirmação) que, por implicação, a responsabilidade pela danação não pode ficar com a sociedade, a redenção e a condenação são produzidas pelo indivíduo e somente por ele – o resultado do que o agente livre fez de sua vida.

O mundo está cheio de possibilidade, é como uma mesa de bufê com tantos pratos deliciosos que nem o mais dedicado comensal poderia provar de todos. Os comensais são os consumidores, a mais custosa e irritante das tarefas que se pode pôr diante de um consumidor é a necessidade de estabelecer prioridades: a necessidade de dispensar algumas opções inexploradas e abandoná-las. A infelicidade dos consumidores deriva do excesso e não da falta de escolha. “Será que utilizei os meios à minha disposição da melhor maneira possível”? Será que utilizei os meios à minha disposição da melhor maneira possível? É a pergunta mais assombrosa e causa insônia ao consumidor.

Ninguém ficaria surpreso ou intrigado pela evidente escassez de pessoas que se disporiam a ser revolucionários: do tipo de pessoas que articulam o desejo de mudar seus planos individuais como projeto para mudar a ordem da sociedade.

A tarefa de construir uma ordem nova e melhor para substituir a velha ordem defeituosa não está hoje na agenda – pelo menos não na agenda que se supõe que a ação política resida.

No seu último encontro anual, realizado em setembro de 1997 em Hong Kong, os diretores do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial criticaram severamente os métodos alemães e franceses para trazer mais gente de volta ao mercado de trabalho. Achavam que esses esforços iam contra a natureza “flexível do mercado de trabalho”. O que este requer, disseram, é a revogação de leis “favoráveis demais” à proteção do emprego e do salário, a eliminação de todas as “distorções” que se colocam no caminho da autêntica competição e a quebra da resistência da mão-de-obra a desistir de seus “privilégios” adquiridos – isto é, de tudo que se relacione à estabilidade do emprego e à proteção do trabalho e sua remuneração”, trechos da Modernidade Líquida.

DEMOCRACIA É PRODUÇÃO E NÃO CONTEMPLAÇÃO. TEMER ESCOLHEU TÂNIA, SEGUNDA COLOCADA, NA PRESIDÊNCIA DA FIOCRUZ, MAS PRESSIONADO PELA INTELIGÊNCIA DEMOCRÁTICA, TEVE QUE INDICAR A DOUTORA NIÍSIA, PRIMEIRA COLOCADA

Nísia Trindade em vídeo de campanha para a presidência da Fiocruz - Créditos: Reprodução

É regular, moral e correto que o primeiro escolhido em eleição para o cargo de presidente da Fundação Oswaldo Cruz, seja indicado ao cargo. Foi realizada a eleição para a escolha do cargo e coube o primeiro lugar a doutora socióloga Nísia Verônica Trindade Lima que abiscoitou 59,7% dos votos, correspondendo a cifra de 2.556 votos. Já o segundo lugar ficou com a doutora Tânia Cremonini de Araújo-Jorge que obteve 39,6% dos votos.

Como Temer não entende nada de eleição democrática, daí seu ato usurpador como golpista-mor, escolheu para presidir o cargo a segunda colocada. Talvez como recorrência-oculta de sua sua condição de segundo como vice de Dilma. Mas o talvez seja o óbvio talvez: Temer odeia a democracia como expressão do desejo coletivo. Assim, quis impor sua vontade de golpista escolhendo Tânia de Araújo-Jorge.

  Mas Temer não conseguiu consumar seu ato arbitrário. Os funcionários da Fiocruz se reuniram e iniciaram uma onda de protestos para que a doutora Nísia fosse a indicada. Os protestos contra o interesse de Temer, através do dublê de ministro da Saúde, Ricardo Barros, chegaram aos deputados de esquerdas que fizeram, também, pressão para que a democracia prevalecesse.

    Para alguns membros da Fiocruz, a posição de Temer deve ter ocorrido porque a instituição é contrária ao desgoverno que se apropriou do país de forma funesta, principalmente contra os projetos científicos. Alem de quê, a Fiocruz foi contra o golpe que destituiu Dilma do governo. A Fiocruz é historicamente um instituição que sempre fez crítica as formas de opressão adotadas por governantes que atuam fora da racionalidade.

                  

GREGOS MOSTRAM COMO A GLOBO É OLIGARCA COM SEU 1 MILHÃO GEOMÉTRICO: A DISCIPLINA DA DESIGUALDADE

TESEIONAinda ecoa a tentativa ditatorial e monopolista da TV Globo, e seus congêneres, em querer fazer a sociedade brasileira acreditar em sua indigência sensorial e cognitiva. Recorrendo a mágica-visual, ou melhor, teletecnológica, a TV Globo, junto com Polícia Militar de São Paulo, quis fazer passar como real uma irrealidade.

Divulgou de forma hipocondríaca, que havia nas ruas de São Paulo, a antiga pauliceia desvairada, 1 milhão de participantes, quando não passou de 210 mil, de acordo com o reacionário, comparsa dela, instituto Datafolha que também revelou, em outras pesquisa, que 82% dos imobilizados votaram em Aécio, 37% tem simpatia pelo PSDB e 74% participaram pela primeira vez do tipo de evento. Logico, que envolvida pelo espirito dos mal amados: mostrar que era grande o número de descontentes com o governo Dilma e, ao mesmo tempo, com o espirito dos impedidos na meta, os frustrados, gritar em tom-histeria, que era a vitória sobre o movimento das esquerdas ocorrido no dia 13. O número que ela mais teme e seus aficionados analfabetos políticos.

Na verdade, com seu milhão, a Globo só confirmou o que os gregos já sabiam a maioria da sociedade brasileira sabe. Ela é oligarca, já diziam os gregos. Ele, o povo  criança da antiguidade, daí sua sabedoria, singeleza, singularidade, afirmava que a democracia ensina a aritmética porque ela é a disciplina da igualdade. Já a oligarquia ensinava a geometria por ser a disciplina da desigualdade. Não por um simples acaso que os gregos chamavam a democracia de sociedade dos amigos. Assim, como não foi por acaso que a filósofa Bárbara Cassin, em sua obra Ensaios Sofístico, diz que democracia grega era a igualdade dos diferentes. O conhecido pletos: a igualdade do plural.

Daí que os gregos nos conduzem para o entendimento de que a Globo olha e entende as individuações como formas compactas próprias para serem sinteticamente definidas. Com seu olhar formal, nada a ver com a Gestalt teoria das formas, seria exigir demais da Globo, ela limita tudo em um espaço autoconcebido. ‘Olha, ali naquela calçada tem dez. Então, tem 5 mil pessoas”. O mundo para ela é uma miríades de formas limitadas no interior e no exterior sem qualquer possibilidade de movimento. Para ela a representação figurativa da circunferência é anterior a ideia do circulo, por isso sua veracidade. O filósofo da liberdade Sartre, se fosse se preocupar com esse destrambelhamento perceptivo e cognitivo que ela oferece aos seus obliterados gêmeos, diria que ela tem consciência de engenheiro.

Não que os gregos fossem o Oráculo de Delfos cujas profecias chegariam ao tempo da Globo, mas eles entendiam que existem grupos patológicos – foram eles que contribuíram com os conceitos usados na psicologia, psiquiatria e psicanálise – que ultrapassam os tempos históricos. E a oligarquia é um deles, porque se trata de um grupo que se considera privilegiado e que para defender seus privilégios pretende impor seus interesses – patológicos – de grupo. Em linguagem midiática brasileira: o monopólio da Globo.

Porém, nos dizem os gregos-democratas, uma oligarquia não toma o poder e mantem sozinha precisa de aficionados. No caso específico da oligarca Globo, precisa de sujeitos-sujeitados que sirvam também de seus defensores, por semelhança, como Fernando Henrique, Aécio Neves, Alckmin, Agripino, Roberto Freire, empresários, canastrões, decrépitos lambanceiros do espectro rock, e outros  analfabetos profissionais do tipo dos médicos analfabetos políticos.

Em um plano ilustrativo das formas geométricas, ficaria assim: a Globo no meio; no primeiro círculo exterior, Fernando Henrique e seus gêmeos; no segundo círculo exterior, os empresários; no terceiro círculo exterior, a burguesia-ignara-branca-parasitária; e no último círculo, os decrépitos do tédio, histriônicos-deprimidos autocognominados de artistas. Protegendo todos os círculos uma muralha. Nada a ver com Muralha de Kafka, essa tinha potência, não paranoica, mas deviriana como dizem os filósofos Deleuze e Guattari. A muralha da oligarquia é construída pelas forças oprimidas da dor, inveja, ressentimento, má consciência, todos os corpos reativos que niilisticamente conspiram contra a vida. Alucinação e delírio, porque a vida não pode ser atingida pela inatividade reativa.

E o que nos ensinam os gregos, nós democratas? Primeiro eles nos conduzem a um grande grególogo: o filósofo Hegel- que foi muito combatido por Marx, com razão – ele, nos mostrar que não devemos tomar o particular como absoluto. Depois eles nos conduzem a Foucault que, inspirado em Nietzsche, nos diz que não devemos pensar contra o objeto antagônico, porque pensar contra ele é ser ele, Encontra-se preso a ele. E eles completam nos mostrando Spinoza: a democracia é a Substância em si mesma, criada por si mesma. O que para o nosso caso tem dois fundamentos. Pensar o antagônico é se colocar contra a produção, já que a produção é um devir. O criado por si mesmo prescinde de um corpo patogênico.

 Mais concretamente, não pensar nos oligarcas, significa saber que eles mesmos se destroem entre eles mesmos. Eles estão juntos de acordo com a geometria da Globo, mas são individualistas  e profundamente ambiciosos. Como o clássico paranoico, eles desconfiam um dos outros. Eles não formam a massa que fala Nietzsche, em que cada pessoa mantém sua individualidade como potência criativa. Eles formam uma massa circular, com todos isolados em seus interesses. Por isso a oligarquia é a prática da desigualdade.

Não esquecer que um grupo surge das particularidades. O grupo oligarca é grupo na forma, por tal seus membros defendem seus próprios interesses. É esse seu corpo-suicida. O que a democracia não carrega, porque é individuação e singularidade.

A oligarquia trabalha com numeral, a unidade molar, a democracia com o numerante, o corpo molecular. A oligarquia é um corpo fechado pela sobrecodificação territorializada. A democracia é um devir aberto-desterritorializado como descodificação.

A VIDA DEMOCRÁTICA REAL EM DILMA DIANTE DOS AZOICOS: OS SEM VIDA

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Não basta nascer para se tomar ontologicamente como um ser vivente. É preciso, em sua liberdade, como diz o filósofo Sartre, produzir sua existência como essência humana. Ter vida é agir como necessidade humana e não contingência. Para ter vida é preciso a ação duplicada dos sentidos e razão. Faculdades imprescindíveis para produzir existência social materializada em alteridade e solidariedade.

Embora a população mundial tenha atingido mais de 6 bilhões de habitantes, muitos destes habitantes ainda se encontram na fase azoica considerando suas reações diante da democracia, regime político que pede sensibilidade e racionalidade vivente coletivas. O conceito é grego cujo significado é: era-terrestre quando não havia vida mineral, vegetal e nem animal.

Os azoicos são entes que em função de seus percursos e acasos negativos, não atingiram o estado de vida comunalidade onde os seres viventes realizam suas experiências comuns. Práxis voltadas para o bem-comum como estatuto político de todos.

Como não possuem vida-comunalidade os azoicos odeiam e invejam tudo que pulsa ativamente, já que o que é ativo é vida. Por isso, eles odeiam a democracia real e todos que participam de sua composição com suas potências. O que resulta em uma profunda dor expressada como ódio por não conseguir destruir os que compõem vida-ativa. Essa dor, reflexo de suas frustrações por serem azoicos, não diminui, visto que, como não possuem vida, são incapacitados de atingir os viventes.

Como estão isolados por uma invisível, mas sólida, membrana inexpugnável que os impossibilita de atingir os viventes, eles ecoam, como replicantes, palavras construídas como imitações deles mesmos. Assim, é, que quando lançam impropérios contra os viventes, eles voltam, como bumerangue, contra eles mesmos.

Um hilário exemplo visto nessa eleição que chega ao final com o vento alegre da democracia real. Na quarta-feira, o príncipe sem trono, Fernando Henrique, pateticamente iludido que algum dia fora líder político, convocou os eleitores de Aécio Cunha para realizar uma gigantesca passeata em uma principal Avenida de São Paulo, para acabar com “a podridão que está acabando com o Brasil”.

Chabu total! Deu mil pessoas a maioria reacionários paulistanos com direito a cartaz “Foda-se a Venezuela”, mostrado por um dos herdeiros da família Mesquita, proprietário do jornal reacionário, que apoiou a ditadura, Estadão. Como ainda se encontram em condições azoicas, não havia palavra de ordem política para proclamarem. Então, recorreram aos enunciados dos que não têm vida democrática. “Dilma, vai tomar no cu!”. “Chico vai com a Geni pra merda!” “Fora PT dos vagabundos”. Entre outras afasias (ausência de fala) próprias dos azoicos que nesse momento se alimentam com a autovitimização apresentada por seu candidato. Um logro, pois se não há vida, não possibilidade de haver vítima. Onde não há vida não há cultura, história, ciência, artes, antropologia, religião, entretenimento, os referentes sócios-históricos da humanidade.

Enquanto isso, a vida exuberante se mostra rica na democracia real como Devir-TransDilmação.

COMEÇOU, NO ESTADO DO ACRE, A 66ª REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA PARA O PROGRESSO DA CIÊNCIA (SBPC)

SBPC - Helena Nader

A 66ª reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) começou ontem, dia 22, e vai até o dia 27, domingo, em Rio Branco Acre. Segundo o governo do Acre será a maior copa das ciências.

A reunião que discute as ciências, os pensamentos possíveis de se tornarem realidades para a sociedade, as politicas públicas e outras formas  de conceituações do conhecimento são os elementos de práxis da reunião. Entretanto, este ano, a reunião traz uma ação importante: o avanço do Congresso do Projeto de Lei que trata da biodiversidade. O projeto tramita em regime de urgência. Ele encontra-se há 14 anos no Congresso.

Outro ponto importante dessa reunião são as participações das comunidades indígenas e extrativistas. Segundo a presidenta da SBPC, a cientista Helena Nader, o projeto tem muita importância porque visa às realidades, também, dos dois grupos. Para Helena, a reunião deste ano deve contar com a presença atuante das famílias que é para “desmistificar a ciência” mostrando que ela está constantemente em nosso dia a dia.

De acordo com a cientista, o maior desafio na pauta da ciência tecnológica é o financiamento. O Brasil melhorou, mas para dar o salto precisa ultrapassar o investimento em ciência de 1,1% do PIB.

“Os principais desafios continuam sendo o financiamento e um fluxo constante de financiamento. O Brasil melhorou, mas ainda está muito aquém do que precisa para dar aquele salto. Continuamos na 13ª posição em termos de publicação em periódicos indexados. Nosso impacto, em termos de publicações, tem aumentado, mas ainda está aquém do que o Brasil pode fazer.

Enquanto nós investimos 1,1% do PIB, a China investe mais de 3%. Para que façamos nosso gol, precisamos chegar a 2%. Por isso lutei tanto pelos royalties do petróleo. Vou continuar lutando pelo Fundo Social, 50% vai para educação e saúde. Ainda tem 50%, vamos tentar por 10% em ciência. Se não tiver recursos, o Brasil não vai dar o salto. O setor empresarial também tem que investir mais. O governo é o que mais investe. O investimento, em muitos lugares, está meio a meio, mas há lugares onde o governo investe 100% e o setor empresarial, zero”, analisou a cientista Helena Nader.

A “OI” E SEU SENTIDO PERVERSO DE INOPERÂNCIA TELEFÔNICA

A sociedade humana é composta de objetos naturais e artificiais, também conhecidos como culturais: objetos da produção humana. Mas tanto um como outro, são elementos constitutivos do estar-no-mundo dos indivíduos. Quer dizer: fazem parte da existência dos indivíduos em sociedade. São promotores dessa existência. Os indivíduos promovem suas praticidades em encadeamentos com esses objetos. Quando eles lhes faltam deixam um sentido de inadequação dada suas necessidades na existência de cada um.

Assim que, cada empresa produz um objeto necessário aos indivíduos de acordo com sua força de trabalho, matéria e necessidade. Uma fabrica de fogão tem operários que desenvolvem sua função social com uma finalidade: proporcionar o objeto-fogão ao usuário doméstico. Uma cachaçaria produz cachaça cujo fim é à embriaguez. Uma sapataria produz sapatos cuja função é calçar os indivíduos. Assim que, quando se deixa de fabricar esses objetos (ou qualquer objeto), as pessoas têm suas existências domésticas conturbadas.

A DISSIPAÇÃO DA FUNÇÃO SOCIAL

A fábrica, juntamente com os operários, não cumpriu sua função social. Também do mesmo modo, quando a cachaçaria deixa de fabricar cachaça impede a embriaguez do consumidor alcóolico. E a sapataria ao deixar de fabricar sapatos deixa o consumidor descalço. Nos três casos a falta de produção faz desaparecer a função social que existe em razão da necessidade dos indivíduos. O que acarreta mudanças angustiantes nos usuários que entram em forte ansiedade social visto que os objetos fazem parte de seus universos sociais. 

A DUPLICAÇÃO DO SOM

Sendo assim, uma empresa telefônica, por trabalhar com tecnologia-comunicativa, tem como matéria de sua função social a fala e a audição. O som duplicado: som do emissor, e som do receptor. Mas não se trata de um som qualquer, pois, no caso, seria mero ruído. Entretanto, a telefonia, tirando os ruídos na comunicação, não trabalha com ruídos, trabalha com som-mensagem. O emissor seleciona uma mensagem para enviar a um receptor. Para isso ele usa um canal: o telefone. Que ele tem um contrato como assinante da linha. Desta forma, o telefone é o elemento-canal responsável pela concretização da comunicação entre os falantes-ouvintes. A necessidade da comunicação surge em razão do homem ser um ente das relações. Seja das relações próximas ou distantes (tele do grego, distante). O telefone tem a função social de realizar as relações distantes.

A MORAL INOPERANTE E DESONESTA DA OI

O que significa que ao selecionar uma mensagem a ser transmitida por um aparelho telefônico, o emissor desperta em si um estado-afetivo de perspectiva alternante. Ele pretende, através da mensagem, a conformidade da alteridade do diálogo com quem pretende a comunicação. Vários fatores podem impedir a efetuação dessa alteridade-telefônica: receptor com aparelho ocupado, linha suspensa por falta de pagamento ou, então, pane na companhia telefônica. Pois é exatamente esse último fator o responsável pela perversa inoperância da telefônica OI. Há mais de semanas, usuários de telefonia-fixa estão sem linha em seus aparelhos, na capital do Amazonas, Manaus. As reclamações se transmutam constantemente em inúmeros protocolos seguidos da informação: ”Deu pane em uma centra, mas já está sendo providenciado o reparo e seu telefone dentro de 24 horas ou mais tardar, 48 horas estará funcionado”. Passam horas e horas, os sinos cansam de dobrar, e nada. A Oi continua com sua sádica perversidade impedindo a comunicação de seus usuários.

Além do estado-afetivo de ansiedade social imposta pela perversa Oi aos usuários, o que chama muita atenção é o sentido moral da empresa. Seus atendentes sem qualquer pejo de honestidade e sinceridade, sintomatizado em hipocrisia (a hipocrisia é a mentira em ação) como respostas aos usuários, usam esse tipo debochado de locução: “Colocamos seu caso em prioridade”.

NÃO DIGA OI, DIGA ALÔ

Diante dessa perversa inoperância telefônica, vários usuários estão recorrendo aos seus direitos nos órgãos competentes como o Procom. Por tal desafeto patológico a locução oi, deve ser usada somente nas relações reais. No telefone nada como um Alô!

MÉDICOS-BURGUESES DE MANAUS FAZEM CAMPANHA ELEITORAL RESSENTIDA CONTRA DILMA E ESCULACHAM MALBA TAHAN

O filósofo francês Gilles Deleuze, certa vez, ao ser submetido a um exame médico em que o aparelho não revelava o que o médico pretendia, viu o quanto ele ficava irritado. Nisso, compreendeu o espírito de determinados médicos: reagem ao que o materialismo capitalista lhes proporciona e querem que seus instrumentos sempre lhes sejam fiéis. Sem isso, desesperam. E elaborou um raciocínio que conduz a inferência de que esses médicos são famosos, vaidosos, orgulhosos, ambiciosos, calculistas, arrogantes, ganham muito dinheiro, mas não sabem gastá-lo. O que Deleuze quis dizer é que presos ao materialismo capitalista esses médicos se expressam no mundo como objeto. E como a sociedade capitalista é a síntese desses objetos, esses médicos reificam suas existências pela prova do materialismo capitalista. 

Dessa forma, como prova do materialismo capitalista esses médicos ocultaram, em si, a alteridade, a singularidade simpática e empática que compromete toda existência particular de indivíduo com a existência do outro. A expressão ontológica do existir em comunidade. O comum a todos, como diz o filósofo Spinoza. A composição universal da democracia. A sociedade dos amigos, como nos legaram os gregos. Esses médicos eliminaram em si a alteridade, e sem a singularidade da alteridade que se realiza na relação com o outro, o diferente de si, eles acreditam que são atuantes em razão de suas semelhanças com profissionais que, também, carregam a prova do materialismo capitalista. Em aforismo politico: a denegação do que é público.

 OS MÉDICOS-BURGUESES E SEU PATHOS DO RESSENTIMENTO

Esse espírito da prova do materialismo capitalista, e que na prática é a denegação da comunalidade como representação pública, é o pathos do ressentimento dos médicos-burgueses como expressão da vida reativa: “eu sofro e a culpa é tua”. Esse o fator básico do discurso do estrato da classe privilegiada, que odeia os governos populares de Lula e Dilma, passando por Maduro/Chávez, Cristina Kirchner, Bachelet, Mujica, Morales, Rafael, todos que se manifestam como democracias livres da opressão dos impérios.

São esses médicos-burgueses, compassivos e ineficazes, como afirma o filósofo francês Clemènt Rosset, que se dizem contrários ao Programa Mais Médicos. Embora não sejam nada contrários, visto que para ser contrário é fundamental a crítica, no sentido marxista, e não obstinação-compulsiva de se querer contra. Mas, “apropria-se da matéria em pormenor a ser criticada, analisar sua forma de desenvolvimento, e encontrar todos os seus elos internos”, como afirma a dialética do filósofo Marx. O que só pode ser realizado pelo sujeito/histórico que estiver no princípio da alteridade. O que não é caso dos médicos-burgueses aprisionados no pathos do ressentimento. O que nega a vida.

 ONDE MALBA TAHAN É ESCULACHADO

Assim, sendo figura e fundo ao mesmo tempo, onde tudo é confundido, como afirmam os gestaltistas, os médicos-burgueses de Manaus, partiram para campanha eleitoral antecipada contra a candidata a reeleição, presidenta Dilma Vana Rousseff. Fazendo uso de uma das formas de solidão-virtual das teletecnologias, whatspp, eles estão enviando mensagens “altamente politizadas” aos seus congêneres, onde o matemático Malba Tahan – pseudônimo de Júlio César de Mello e Souza -, é esculachado depois de sua solidária prática do ensino da matemática.

“O Brasil terá 400 mil médicos em 2014. Se cada um tirar 25 votos da Dilma, serão 10 milhões de votos. E o Brasil estará livre da peste petista”.

Um texto sofrível, digno de médico-burguês. Que não traz abordagem geral, diagnóstico, intervenção e avalição, do quadro democrático real. E ainda completa: “Envie essa mensagem para um médico, seu amigo”.

Malba Tahan sorrir de tal genialidade que pretende a probabilidade como fato. A genialidade matemágica não sabe que até o ressentimento tem graus. Os médicos-burgueses são ressentidos em seus graus particulares, que embora corporativos, têm seus interesses que vão além da ficção apresentada pela corporação. E um número não sintetiza esses interesses unidos à prova do materialismo capitalista. A genialidade não sabe que existem médicos não ressentidos, no meio dos 400 mil, que entendem que cada profissional, em uma sociedade, realiza uma “função representativa que satisfaz uma necessidade social (Marx)”. O sapateiro é representante de todos os indivíduos, assim como o médico – que escapou da prova do materialismo capitalista – é, também, representante de todos os indivíduos. O que afirma a sua não alienação. Essa a alegria de Malba Tahan: jamais existirão 10 milhões de votos de médicos contra Dilma.  

O que salta como pateticamente perigoso é o fato do gênio da matemágica-médica, querer atribuir sua genialidade a todos os médicos. Que os magicamente calculados 400 mil sejam como ele: um triste alienado em si mesmo. Uma ofensa à classe. Um caso clínico-político que deveria ser analisado-terapeuticamente pelo Conselho Nacional de Medicina (CNM), já que um dos requisitos elementares para praticar a medicina é, pelo menos, uma inteligência mediana socializada. Caso contrário, como ocorre com o gênio da matemágica, nega a Deontologia Médica.

A FORÇA DO ESCRAVO-TIRANO

Outro enunciado que escancara a alienação do gênio da matemágica-médica, é o uso da palavra amigo: ”Envie essa mensagem para um médico, seu amigo”. Como sujeito-sujeitado, como mostra o filósofo Guattari, na prova do materialismo capitalista, ninguém é livre. E não se sendo livre se é escravo ou tirano. E como diz o filósofo Nietzsche, escravo não é amigo, e tirano não tem amigo. Logo, a mensagem-vazia não se materializa. Operação simples, não?

Diante desse desespero, esses médicos-burgueses, já que são tão ressentidos, deveriam é começar a imaginar como irão perambular durante os próximos 4 anos, sem esculachar Malba Tahan, porque 2015 já chegou. Dilma já somou mais 4 pontos anuais de um programa ‘petistamente pestilento’. Sem qualquer matemágica.  Diria zombeteira, a subjetividade ‘peste petista’.

O MINISTRO DA SAÚDE ANUNCIOU A ESTRATÉGIA DE IMUNIZAÇÃO CONTRA O HPV QUE VAI VACINAR CRIANÇAS ENTRE 11 E 13 ANOS

Seguindo a recomendação da Organização Pan Americana de Saúde (OPAS), que através de estudos científicos comprovam respostas imunológicas e proteção contra o vírus HPV, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha – provável candidato ao governo de São Paulo -, lançou ontem, dia 22, em Brasília a estratégia de imunização contra o vírus HPV, responsável por 70% do câncer de colo uterino que no Brasil é um dos mais comuns e letais. Os estudos informam que a eficácia da vacinação é bem maior quando antes da iniciação da prática sexual.

A campanha começará no dia 10 de março quando crianças entre 11 e 13 anos das escolas públicas e privadas serão vacinadas, gratuitamente, contra o vírus. A estratégia da prática da campanha vai contar com distribuição de cartilhas, folders, filme, com a mensagem, veiculado na TV, esclarecimentos sobre a importância da imunização e ainda contará com as equipes das secretarias municipais de saúde, que serão responsáveis pela vacinação, e vão entrar em contato com as unidades de ensino para prestar todo esclarecimento sobre a importância da campanha de vacinação. O monitoramento das vacinações será feito pelo Ministério da Saúde que terá como responsabilidade observar as crianças que não deram continuidade das doses posteriores. Para então localizá-las para que possam ser revistos os casos.

Cada criança receberá três doses, sendo a segunda aplicada seis meses depois da primeira aplicação. E a terceira, cinco anos posterior à primeira. O sentido médico diz que é para prolongar o efeito protetor. No ano de 2015, serão as meninas entre 9 e 10 anos que receberam as doses contra o vírus HPV, conhecido como inimigo íntimo.

“A mobilização das escolas é importante para aumentar a cobertura vacinal. Adiantamos o calendário para o começo do ano letivo para que haja tempo para a sensibilização da comunidade e dos pais, que devem autorizar a aplicação da vacina.

Segundo estudos a eficácia da imunização é maior antes do início da atividade sexual. E nessa faixa etária a média das meninas brasileiras ainda não teve contato sexual. Combinando isso com a maior cobertura que teremos com a vacinação nas escolas, conseguiremos reduzir a infecção do HPV, inclusive nos homens, e, no futuro, diminuir a incidência de câncer de colo de útero e imortalidade”, observou Padilha.

ANTROPÓLOGA ÉRIKA MESQUITA FALA SOBRE A ANTROPOLOGIA DO CLIMA E OS CONHECIMENTOS NATURAIS DOS ÍNDIOS

Durante cinco anos a antropóloga Érika Mesquita estudou as percepções das mudanças climáticas que os indígenas do Alto Juruá, no estado do Acre, têm da natureza. Ela estudou dois grupos étnicos: os Ashaninka e os Kaxinawá. E três reservas extrativistas. Dessa experiência a antropóloga produziu um livro mostrando o quanto essas comunidades contribuem com seus conhecimentos para a preservação da floresta e da vida. O livro é editado pela Editora Mercado das Letras, de Campinas. Ela realizou seu doutorado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

Em reportagem da jornalista Ana Mendes, ela conta sua experiência explanando o grau de conhecimento científico que os indígenas possuem.

O que a inspirou a fazer esse trabalho?
Eu me motivei a pensar sobre o clima aqui na região porque, hoje em dia, os paradigmas sobre esse assunto estão completamente modificados. Queria entender até que ponto os indígenas têm conhecimento disso e o que têm a acrescentar nessa temática. A verdade é que as ciências sociais não estão trabalhando a questão das mudanças climáticas. E ela tem de se voltar pra isso, principalmente a antropologia. Os geógrafos e os engenheiros ambientais falam muito sobre o clima. Mas nós, antropólogos, sabemos que nessas análises falta o olhar do cotidiano. Daí a ideia de trabalhar essa produção de conhecimento com os indígenas e com as populações tradicionais. Onde eu trabalhei a maioria das pessoas não tem acesso a informação da mídia. Então eu pude compartilhar como eles enxergam isso realmente.

O que é antropologia do clima?
A antropologia do clima é um conceito que está nascendo agora. É um olhar dentro da antropologia que busca analisar as mudanças climáticas. Existem poucas pessoas trabalhando com isso, uma delas é uma colega do México, Esther Katz, que pesquisa populações originárias lá, e eu, aqui. O meu desejo é que muito mais gente faça isso, para que possamos montar um mapa dos conhecimentos tradicionais indígenas em todo o Brasil. Mas, claro, há que se tomar muito cuidado porque se trata de uma etnografia somada a uma nova forma de olhar que a antropologia está pegando emprestado das ciências naturais, da geografia física. Em resumo, estamos buscando saber como isso, as mudanças climáticas, está sendo sentido no dia a dia, ou seja, não só nas situações de catástrofe, mas no cotidiano.

Segundo seu trabalho, os índios do grupo dos Ashaninka precisam fazer o reflorestamento de certas espécies, o que antes acontecia naturalmente, quando a época dos ventos coincidia com a floração. Há outras iniciativas nesse sentido?

Justamente, eles já fazem essas coisas a sua maneira. Há também a agroflorestal, que os índios já praticam, mas isso não é fomentado por nenhuma política. Então, a questão é mostrar ao poder público que se pode fazer mais. O conhecimento que eles produzem pode resultar em políticas públicas. Não basta só olharem o painel do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), da ONU. E eu não estou criticando, mas esses dados devem ser somados a outros olhares. Os governos têm de saber que essas populações podem contribuir, e contribuir na prática. Lá nas Filipinas, perto de onde aconteceu essa grande catástrofe recentemente, um xamã percebeu que vinha um tsunami. Aquele de 2004. Ele avisou a todos da aldeia, e as pessoas foram se refugiar nas montanhas mais altas. Mas na cidade o poder local não acreditou nele quando tentou alertá-los sobre a onda gigante. É justamente para fazer com que esse tipo de coisa não passe batido que se deve trazer à tona o conhecimento tradicional. Os poderes locais e globais têm de acreditar que esse conhecimento não é mito. É uma categoria que tem prática, sim. Ainda há um precipício entre o conhecimento tradicional e o conhecimento institucionalizado. E essa história está aos poucos sendo fecundada. Porque em relação às políticas públicas para povos indígenas o tratamento ainda é de cima pra baixo, infelizmente. Este ano a Unesco vai lançar uma coletânea de artigos sobre o viés das ciências sociais a respeito das mudanças climáticas, incluindo o meu trabalho.

Você acha que a academia está conseguindo absorver esse conhecimento?

Nos grandes polos de conhecimento do Brasil, sim. Ainda não atingiu a grande mídia, mas a gente já vê que o movimento é para que isso aconteça. Muitos antropólogos estão trabalhando nessa mesma linha. Eu bebi muito nestas fontes: Manuela Carneiro da Cunha, Gilles Deleuze, Marcel Mauss, Eduardo Viveiros de Castro. A começar por Marcel Mauss, que na década de 1920 fez uma classificação do pensamento nativo. Ele foi visto como um grande etnógrafo, mas nunca foi posto em prática. Então, muita coisa escrita por grandes antropólogos estavam engavetadas, e parece que agora estão vindo à tona. Hoje em dia vivemos um novo paradigma da ciência tradicional. Muitos cientistas estão com os olhos mais abertos para a ciência nativa. Já temos graduações indígenas, médicos indígenas e daqui a pouco os primeiros doutores indígenas.

Sobre as tabelas que você elaborou com os tipos de chuva, de sol e de lua, por que fazer essa organização?
É inacreditável pensar que as populações tradicionais enxergam seis tipos de sol. Quando fui morar em uma aldeia na cidade de Marechal Taumaturgo, por exemplo, eu achava que qualquer água que caía do céu era chuva. Mas tem chuva feminina, masculina, tem chuva que é “feita acontecer”. Os Ashaninka mascam batata e sopram, aí a chuva vem. Foi surpreendente quando comecei a perceber que essa noção para eles não é tão genérica como para nós. Quando eu disse a primeira vez “está chovendo”, eles me corrigiram: “Isso não é chuva, é ‘puagem’. Chuva é quando molha a terra”. Quem não vive na floresta tem um olhar mecânico, os índios são cheios de pormenores. Eles têm um conhecimento muito grande que até então, há mais ou menos cinco anos, não era valorizado, mas agora a coisa está mudando. Como dizem nas manifestações Brasil afora, “o gigante acordou”, e acordou para muita coisa mesmo. Não só tardiamente em manifestações, mas também na ciência, com relação ao conhecimento indígena. Só está faltando virar política pública.

URUGUAI SAI NA FRENTE: É O PRIMEIRO PAÍS DO MUNDO QUE LEGALIZA A PRODUÇÃO, A VENDA E O CONSUMO DA MACONHA

Para os moralistas inquisidores: há quarenta anos no Uruguai não é proibido o uso da maconha e outras drogas. A maconha é a quarta droga mais consumida no país depois do álcool, cigarros e remédios psiquiátricos. 5% da população, com idade entre 15 e 65 anos, fumam um tarugo de maconha por dia. Foi daí que saiu o grande saque do presidente do país do craque Francescoli, Pepe Mujica. A lei é uma forma de enfrentar o narcotráfico e produzir dividendo para o Uruguai.

A lei que foi aprovada pelo Senado com 16 votos a favor 13 votos contra vai permitir o governo distribuir licença para o cultivo de até 40 hectares de marijuana para ser usada em pesquisa científica, na indústria e para o consumo recreativo. As pessoas que quiserem podem plantar em casa até seis pés da erva, mas antes devem declarar. Os consumidores, que deverão ser maiores de 18 anos e serem registrados, poderão comprar até 40 gramas por mês nas farmácias com preço bem inferior ao vendido pelos traficantes. A lei terá 120 dias para ser regulamentada e praticada.

A aprovação da lei colocou em confronto duas posições: os que são contra a aprovação da lei e os que são a favor. Os primeiros afirmam que o governo vai ter como controlar o cultivo em casa, e que o produto desse cultivo pode ser vendido aos traficantes. Já os que são a favor afirmam que a legalização é importante porque todas as formas de combate às drogas no Uruguai e em outros países fracassaram.

O certo é que em 2016, a Organização das Nações Unidas (ONU) vai avaliar as políticas de combate ao narcotráfico. Diante do que poderá vir como formas de tratamento ao tema, Diego Pieri, que acompanhou a votação da lei no Uruguai, disse que no futuro outros países também vão buscar alternativas para regular o mercado.

“Os ventos estão mudando, mas vai levar tempo para convencer outros países a mudar de estratégia. Por isso mesmo, o presidente Mujica pediu apoio internacional à sua iniciativa”, disse Diego.

“O AMBIENTE DAS METRÓPOLES TEM SIDO PLANEJADO EM RAZÃO DOS INTERESSES DO CAPITAL, NÃO DAS PESSOAS”, AFIRMOU O GEÓGRAFO DAVID HARVEY

O geógrafo britânico, David Harvey veio ao Brasil para o lançamento do seu livro Os Limites do Capital e os Direitos à Cidade, publicado pela Editora Boitempo. Aproveitando sua estada em São Paulo, depois de realizar conferências em Florianópolis e Rio de Janeiro, ele realizou uma conferência no Centro Cultural São Paulo (CCSP), onde pode falar sobre suas teses que mostram as condições atuais dos habitantes das periferias marginalizados pelo capital dos que habitam os centros das metrópoles.

Para ele os protestos realizados em todo mundo pelas populações periféricas é um sinal de que na contemporaneidade as manifestações saíram de dentro das fábricas para às ruas. Segundo seu entendimento, todo esse descontentamento social tem como origem a organização do espaço urbano: os mais ricos jogaram os mais pobres para a periferia sem qualquer possibilidade de relação com os elementos urbanos que o centro oferece como teatro, cinema, praças,… Essa realidade mostra que as elites “falharam em atender as necessidades das massas”.

“Há magmas de descontentamentos borbulhando por todos os lugares. Difícil é saber quando e onde haverá erupção.

O ambiente das metrópoles tem sido planejado em razão dos interesses do capital, não das pessoas. O ponto a que chegou o nosso capitalismo, que estar usando as cidades para extrair cada vez mais valor, o resultado disso é que os lugares de descontentamentos e lutas estão sendo deslocados das fábricas para o espaço urbano.

As oligarquias dominantes falharam em prestar atenção e atender as necessidades das massas. Há condições universais para a alienação do sistema dominante e de suas articulações políticas. O sistema não está sendo capaz de garantir qualidade de vida à maioria da população.

O papa usou uma boa frase para descrever essa situação: estamos vivendo a globalização da indiferença. Essa indiferença sugere que as classes dominantes não estão fazendo nada para mudar a situação. Mas, por outro lado, elas estão de dando muito bem.

Temos que recuperar a noção de que o direito à moradia é um direito humano, ao que todos devem ter acesso”, analisou o geógrafo David Harvey.

PARA A ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE O AR POLUÍDO É CANCERÍGENO

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Depois de desenvolverem estudos com milhares de pessoas que foram acompanhadas em várias décadas, o Centro Internacional para Pesquisa do Câncer (Iarc) que é uma agência especializada da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou que o ar poluído é cancerígeno. De acordo com a pesquisa, dados de 2010 demonstraram que 223.000 mortes por câncer de pulmão tiveram como agente patogênico a poluição do ar. A pesquisa mediu a presença de poluentes específicos e químicos no ar. Outras formas de doenças como as respiratórias e cardiovasculares já havia sido confirmada como decorrentes da poluição do ar.

“O ar que respiramos se tornou poluído com uma mistura de substâncias causadora de câncer. Sabemos hoje que a poluição é, não só um risco importante para a saúde em geral, como também uma das principais causas de mortes por câncer.

Há provas suficientes de que a exposição à poluição do ar provoca câncer de pulmão e risco de câncer de bexiga”, disse, em Genebra, o especialista Kurt Straif, da Iarc.

O estudo mostra que as conclusões se referem à qualidade do ar em geral, embora os níveis de exposição à poluição tenham aumentado mais em regiões com desenvolvimento industrial mais veloz e com maiores populações.

“A nossa tarefa era avaliar o ar que todas as pessoas respiram e não focarmos em poluentes específicos. Os resultados dos estudos apontam na mesma direção: o risco de desenvolver câncer de pulmão aumenta significativamente para pessoas expostas à poluição do ar”, disse Dana Loomis, da Iarc.

CHUVA, VENTO E RAIOS MOSTRAM PORQUE MANAUS É UMA NÃO-CIDADE

O homem constrói cidades partindo de sua realidade natural constituída de necessidades. Necessidade de comer, necessidade de beber, necessidade de habitar, necessidade de se proteger e, também, necessidade de ter tranquilidade. É partindo de sua condição natural que o homem procura satisfazer essas necessidades. São satisfações resultantes de suas condições de homo faber e homo sapiens que passam por suas faculdades sensorial e intelectiva.

Partindo de sua própria constituição biológica, sensorial e intelectiva o homem escolhe topos-naturais com condições físicas para projetar e construir cidades. O relevo, a hidrografia, a vegetação, o clima, o solo são atributos naturais que homem seleciona para poder construir cidades que lhe assegurem uma existência gratificante e tranquila. Conhecedor e preservador dessa realidade natural o homem entra em composição com esses atributos naturais e constrói sua ecologia-urbana. Ecologia que como diz o filósofo francês Félix Guatarri constitui-se em três ecologias: Ecologia Mental, Ecologia Social e Ecologia Ambiental. São três, mas em uma só univocidade.

Sem uma Ecologia Mental agenciadora de formas de existências estéticas saudáveis, não pode haver Ecologia Social onde a justiça seja o enunciado primeiro dos direitos gerais dos habitantes de uma urbe. Dessa forma, fica comprometida a Ecologia Ambiental e dos ecos sobram nada mais do que danos urbanos. Ou seja: as faculdades naturais do homem não foram usadas em conformidade com suas necessidades. Pois foi exatamente o que ocorreu com a não-cidade de Manaus. Manaus nasceu fora das potencias das faculdades biológica, sensorial e intelectiva de seus responsáveis historicamente e continua nesse mesmo percurso doloroso.

Nascida em uma planície às margens do Rio Negro, envolta por uma floresta tropical-equatorial, com clima quente-úmido, ela foi devastada nessas últimas 4 décadas por força predadora do capitalismo conjugado com ambições de politicofastros – falsos políticos – que viram, principalmente, na Zona Franca a fonte para obter dividendos para suas voracidades materiais. Seduzidos pelo marketing da Zona Franca como o paraíso do Norte, levas inteiras de famílias e aventureiros a procuraram como lugar para habitarem e enriquecerem, nesse caso, os últimos. Iniciaram o desmatamento das áreas primitivas como também áreas já tidas como urbanizadas. Essas para grandes empresas, e logicamente com a aquiescência dos governos reacionários. É comum encontrar em Manaus empresas instaladas onde antes era vegetação natural. Como é comum, também, encontrar áreas de moradias populares em total desmatamento resultadas das tramas demagógicas de governantes capitalizadores de votos. É, claro, cumpliciados por seus aliados legislativos. Acresça-se a essa realidade a ausência de sistema de saneamento básico e esgotos.

Então, com esse quadro, não dá outra: chuva, vento e raios, como os de ontem, dia 30 – despedida do mês de setembro -, a natureza confirma porque Manaus é uma não-cidade. Árvores caídas, muros, telhados voando, barrancos, outdoors comercial e oficial destroçados, ruas alagadas, imobilidade do trânsito, desespero das camadas mais humilhadas defendendo seus objetos domésticos, tudo isso retrata o que é Manaus, que as chamadas autoridades tentam esconder, através de marketing, mas a natureza revela. Deixa expressa sem possibilidade de dissimulação.

Foi uma expressão natural democrática, se é que se pode assim conceituar. Não foram somente os pobres que sofreram. Os ricos também. Dois símbolos sedutores do capitalismo consumistas foram grandemente avariados: o Shopping Manauara, o considerado mais moderno e mais rico em ofertas, foi atingido até em sua praça da alimentação que virou uma piscina; e o outro o Supermercado Carrefour que teve parte do teto avariada. Ou melhor: destelhado.

Essa foi só mais uma ocorrência natural. Outras virão, porque a natureza, diferente da maioria dos homens, é um devir caosmótico, no sentido de criação. Como substância causa de si mesma, está sempre em ação poiética em seus atributos movimento, repouso, velocidade, lentidão, longitude e latitude. Não há como lhe controlar e prender como alguns homens fazem com outros. Assim, como se sabe que as personagens administrativas não possuem dimensão-política, o que faz com que não tenham autoridade-urbana, a população deverá se preparar para novos sofrimentos. Manaus continuará não-cidade.

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O MUNDO É GAY

(enunciações minoritárias)

Sabes o que é minoria? Claro; um movimento constituinte que não se abstém às transformações e não é subsumido pelos pressupostos do senso comum e do bom senso para a representação de uma identidade. Trata-se de uma multiplicidade de singularidades que não passam a ser mediadas por pontos de poder estabelecidos, para existirem. Daí o que desponta entre a maioria e a minoria ser a diferença. Isso; uma diferença que não se reduz a uma contradição como em uma dialética corrompida, mas realiza um movimento de variação contínua sem se deixar ser apreendida por um Poder ou relação de Dominação. Por isso a minoria tende ao êxodo dos lugares de poder. Então maioria e minoria não se contrapõem  apenas de modo quantitativo. A maioria está dentro do sistema e faz o sistema, ela é extraída dos efeitos de Poder e Dominação presentes em uma realidade constituída, onde a história foi escrita para demarcar hierarquias, divisões de “estamentos” como no Brasil (Raimundo Faoro), divisão de classes econômicas, etc.  A minoria é a subversão deste sistema, ela resiste e renuncia a constante desta história e procura compor encontros na potência do devir. Ser minoria é subverter as identidades e o constituído e costurar o mundo com retalhos de existências e ações próprias. E ainda, ser menor, é participar de um todo sem ser produto desta realidade pronta. Assim é a negritude, a mulher, a criança, os pobres, os camponeses, os homossexuais, os imigrantes… Mas mesmo uma ação que se queira revolucionária ou de esquerda pode ainda não ser minoria. Absolutamente! Sim, pois se as ações e atos, sejam políticos, econômicos, sexuais, sociais, empresariais, culturais ou civis, estiverem presos ao fato majoritário das relações de poder e de dominação  do processo do capital, tais atos e ações não serão minorias, posto que não serão autonomias, mas maiorias, já que estarão na ordem dos efeitos, heteronomias.

(conversações pelos vários tempo-espaço da existência)

Sabes quem são os novos papais? Um beijo se eu adivinhar? Nem era preciso, não é? Mas eu já sei. Então diga. Lá vai: o britânico David Harrad e o brasileiro Toni Reis. Eles são pais do menino Alyson agora, depois de quase sete anos tentando a adoção eles conseguiram um marco para a minorias no Brasil. Ótimo saber que para ser pai não é preciso ser considerado homem, hetero, branco, etc. como no padrão abstrato. Sim, ser pai é se responsabilizar por uma existência ao mesmo tempo em que se sabe que esta existência terá que inventar a si mesmo para a coletividade. Pedagogia a moda grega Antiga. Uma loucura. Como os dois pais disseram: “Se têm toda certeza que querem ser pai, que sigam em frente e realizem seu sonho e contribuam para que uma criança que precisa, tenha um lar, amor e educação”. Se quer ver o papo que a Agência de Noticias da AIDS eteve com os dois clica aqui.

Outra vitória para as minorias. Qual foi. Esta veio através de um dos representantes da maioria. E pode? Claro, basta atravesarmos o estado constituído de coisa de modo a transformá-lo, queira ou não queira vivemos num mundo constiuído, mas que pode ser transformado. Então diga.  O Supremo Tribunal de Justiça (STJ), no domingo (12) divulgou um levantamento de ações do que favoreceram os indivíduos pertencentes às minorias. Oba! Ainda que tenha vindo da justiça maior. E referente a questões homoafetivas o colegiado reconheceu a habilitação de pessoas do mesmo sexo para o casamento: “o colegiado entendeu que a dignidade da pessoa humana, consagrada pela Constituição, não é aumentada nem diminuída em razão do uso da sexualidade, e que a orientação sexual não pode servir de pretexto para excluir famílias da proteção jurídica representada pelo casamento”. Essa é boa por ser uma conquista menor e também possibilitar os homossexuais participarem dos direitos da realidade maior constituída. Gostou? Gostei mesmo!!!!!! Quer saber mais? Acesse aqui para ler o texto na íntegra.

Quer outro exemplo de como a minoria é atravessada pela maioria e vice-versa? Manda! Tu sabes que, como afirmou a estoteante alegria chamada Rosa Luxemburgo, o capitalismo traz para dentro de si tudo que pode está fora, logo, o capitalismo não exclui, mas inclui, não importa quem ou o eu tu sejas. Certo, manda uma que eu não sei. Viche; calma! Tudo bem. Então, o mercado, já faz um tempo, descobriu que pode lucrar com o público homossexual. Sim, verdade. Nisso podemos ver duas coisas. Diga a primeira. Sim: a minoria homossexual, enquanto devir, é produção contínua que passa subvertendo todas as práticas constituídas, seja a moda e em outros segmentos eles transformam as formas convencionais e criam suas próprias práticas. Segunda. Sim: estas práticas novas são absorvidas pelo mercado da economia capitalista e pode reduzi-las somente a mercadorias, tirando a característica de atividade criativa próprias delas. Entendo, mas o que fazer? Ora, tantar ao máximo realizar uma economia sem mercado, onde a criaitividade não seja capturada como propriedade privada, mas seja a expressão livre das atividades de corpos e cerébros criativos. Legal, dá uma olhada nesta reportagem aqui.

Quando tu olhas em meus olhos amor, o que enxergas? A mim mesmo através do reflexo, mas não sou eu quem me olha, pois são meus olhos que me olham através do seu olhar. Há esse teu olhar! Platão às vezes pode ser interessante. Sim, concordo. Mas por que começou a falar desta maneira ontologica de olharmos para dentro de nós mesmos através do olhar do outro? Olha esta: segundo uma equipe de pesquisadores da Cornell University (EUA), está no olhar um preciso indicativo se alguém é homossexual ou heterossexual. Como? Dizem que as pupilas dilatam quando ficamos excitados; eles explicam assim:  “Então se um homem diz que é hétero, suas pupilas dilatam diante de situação de estímulo visual com mulheres. O oposto acontece com gays, as pupilas dilatam com homens”. Nada mais senso comum. Vamos esperar mais estudos para falar algo. Sim, mas imagina se levarmos em conta este pressuposto? Sim? Viche, vai ser uma loucura; o cara olha pra o cara e a pupila dilata; a cara olha para a cara e a pupila dilata, ambos olham para um tambaqui  cozido e as pupilas dilatam… amor. Diga! Tou com a pupila dilatadinha olhando para ti. Para, temos que trabalhar e nem quero te olhar, se não…

Vamos para a Ásia. Eita, vamos que vamos. Taiwan celebrou sábado passado (11) a primeira cerimônia budista de casamento igualitário. As noivas You Ya-ting e Huang Mei-yu, de 30 anos, ficaram 7 anos namorando e esperando a oportunidade certa para o casório. Uma atitude simbólica, mas que pode revolucionar as causas minoritárias homossexuais por lá, não é? Se é!!!!!!!!

Tenho uma preocupação. Diga qual. Se as minorias são a potência do devir elas não podem reproduzir os comportamentos próprios da constante de onde é extraida a maioria. Sim, preocupação digna, mas por que ela agora? Vemos a potência menor atravessar os territórios das segmentaridades duras, mas será são apenas novas formas de identidades se constituindo. É algo a se pensar. Pois não é! Digo isso por causa dessa notícia que vi: “A oficial do Exército americano Tammy Smith, de 49 anos, foi promovida na última sexta-feira a general de brigada, em uma cerimônia formal no cemitério militar de Arlington, em Washington. Durante este tipo de ato, é o parceiro ou a parceira do soldado quem coloca a insignia correspondente no ombro do oficial. No caso de Tammy, coube a sua esposa, Tracey Hepner. Com a promoção, o Exército americano tem sua primeira general abertamente gay”. Realmente é uma subversão a ordem estabelecida, mas… Lá vem com desconfiança. Vamos ver se essa vai revolucionar ou se vai só se adaptar. O que não podemos fazer é julgar. Sem dúvida, amor.

O mundo inteiro terá de se transformar para eu caber nele Clarice Lispector

RIO AMAZONAS É CONSIDERADO UMA DAS MAIORES MARAVILHAS NATURAIS, E ELE NÃO ESTAR NEM AÍ

A natureza antecede o homem, é óbvio. Como é óbvio que o homem sendo também natureza, antes de ser antropológico, resolveu se tomar como proprietário da mesma. Da Natureza-Naturante. E se autopromovendo proprietário do mundo naturado resolveu antropomorfizá-lo. Lascou nomes e valores em tudo que encontrava pela frente. “Que mar lindo!” Que correnteza esplendorosa!” “Que por do sol poético!” “Que floresta exuberante!” “Que macaquinho peraltinha!” “Que leão mal!” “Que cobra traiçoeira!”… E assim, foi se iludindo que era o senhor do mundo. O grande proprietário do planeta Terra e do Universo. Mas antes grilou todo o planeta inventando a propriedade privada. A menina dos olhos do capitalismo.

Então, que como criador de valores, incomodado com sua existência inútil, passou a classificar a terra com seus atributos e modus de ser, como diz o filósofo holandês, Spinoza, de bom e mal. O que serve e o que não serve.

Desta forma, o canadense-suíço, Bernard Weber, resolveu iniciar a classificação das Sete Maravilhas do Mundo, esse ano sobrou para o alcunhado Rio Amazonas. Como heráclitianamente se move nos países Bolívia, Colômbia, Equador, Suriname, Brasil, Venezuela, Guiana e Guiana Francesa, o prêmio será confraternizado por esses países amazônicos.

Todavia, coube ao governo de Loreto, no Peru, realizar a grande homenagem que contou com as presenças de várias personagens em um verdadeiro river tour. Em Iquitos, foi descerrada uma belíssima placa de bronze com a certificação oficial do alcunhado Rio Amazonas que é o segundo maior do mundo em extensão, com o Nilo sendo o primeiro, mas nenhum deles preocupados com a patologia classificatória do homem.

Personagem maior da homenagem estética-hidrográfica, o governador de Loreto, Yvan Vasquez Valera, mais alegre do que pipoca em panela, discursou afirmando que todos os países amazônicos devem também participar da festança.

“As atividades serão realizadas nas sete cidades da província. Cada capital, ao mesmo tempo, vai desenvolver vários eventos, mobilizar os estudantes e a população em geral”, disse o governador.

Enquanto o governador discursava, o atributo hidrográfico se movimentava em devir constitutivo quase que dizendo: ”O que faz o homem se perder é esse seu abestalhamento!” 

GOVERNO FEDERAL LANÇA PLANO NACIONAL DE GESTÃO DE RISCOS E RESPOSTAS A DESASTRES NATURAIS

Preocupado com os eventos climáticos e as ameaças dos deslizamentos que podem causar vítimas como ocorreu em janeiro de 2011, nas terras da região serrana no estado do Rio de Janeiro, quando morreram mais de 900 mil pessoas e milhares ficaram feridas, o governo federal lançou o Plano Nacional de Gestão de Riscos e Respostas a Desastres Naturais que compreende um conjunto de ações e recursos. O plano tem como meta prevenir e socorrer o mais rápido possível as vítimas dos desastres ditos naturais. Naturais no modo do homem dizer, visto que a natureza não causa mal algum. É o homem que como um ser natural não sabe relacionar sua natureza com a substância natureza-naturante e natureza-naturada. Daí que todos os desastres que causam vítimas são da própria responsabilidade do homem. Principalmente o homem urbano.

O governo federal para executar o plano vai gastar R$ 18,8 bilhões em investimento em obras de prevenção e reconstrução e em monitoramento, em todo o país. Quando somado aos R$ 27,6 bilhões já contratados entre 2007 e junho de 2012 o aporte geral para o setor chega a R$ 46 bilhões. De acordo com o perigo de deslizamentos, enxurradas e inundações, foram escolhidos 820 municípios. Todas as cidades serão mapeadas e terão planos de intervenção com identificação da vulnerabilidade das casas e obras de infraestrutura.

Falando sobre o plano, Fernando Bezerra, ministro da Integração Nacional, disse que o governo tem gastado muito com reconstrução. Segundo ele, foram gastos, em média, em obras de reconstrução, por ano, R$ 1,1 bilhão.

“Vamos elaborar estes planos para oferecer informações para que os estados e municípios possam prever e apresentar projetos de outras obras de prevenção que ampliem os recursos já disponibilizados pelo governo federal.

Estamos agora priorizando a prevenção. Ainda assim, estamos estimando que, até 2014, vamos gastar em ações e reconstruções pelo menos R$ 2,6 bilhões”, disse Fernando Bezerra.

Por seu lado, o ministro das Cidades, Agnaldo Ribeiro, disse que o maior problema apontado pelo governo é a seca do Nordeste, por isso a maior parte dos recursos está sendo investida em obras para garantir oferta de água e prevenir inundações. O que soma um gasto de R$ 15,6 bilhões. Foram selecionados projetos de obras em municípios de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Piauí e Rio Grande do Norte, que montam em R$ 6,5 bilhões.

“O dinheiro está sendo usado em contenção de encostas, drenagens, adutoras e sistemas de abastecimento de água.

Algumas destas regiões, como a região serrana do Rio de Janeiro, têm sofrido frequentes problemas. Assim como o Vale do Itajaí, em Santa Catarina, e a região metropolitana, em Belo Horizonte, além de todo o Nordeste com a seca”, observou o ministro Agnaldo Ribeiro.

Criada no início do ano, a Força Nacional de Apoio Técnico de Emergência, também receberá investimentos, como também a Força Nacional de Segurança que vai apoiar os estados e municípios para socorrer e acelerar a recuperação nas cidades afetadas. 

64ª REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA PARA O PROGRESSO DA CIÊNCIA DISCUTE RELAÇÃO DE SABERES

A 64ª reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) que está sendo realizada em São Luiz do Maranhão discutiu a relação entre os chamados saberes acadêmicos e os saberes tradicionais e quais as forma de intercala-los. O debate é para tentar encontrar uma forma de aproximar os dois tipos de conhecimentos para enfrentar a pobreza.

Rute Andrade, secretária nacional da SBPC, falando sobre a busca de interligação entre os dois saberes voltado para o enfrentamento da pobreza, disse que o distanciamento entre os dois saberes foi estimulado pela convenção da Biodiversidade, construída na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio92).

“Depois desse documento, passamos a ter uma exigência legal para o acesso ao conhecimento tradicional, que muitas vezes provocou conflitos. A ideia é que haja um reconhecimento entre os dois saberes para que a gente tenha uma sociedade mais justa e que se consiga a sustentabilidade que tanto se deseja”, afirmou Rute Andrade.

Já a índia da etnia Kaingáng, Lúcia Fernanda Jófej, a advogada do Instituto Indígena par propriedade Intelectual (Inbrapi), manifestou o descontentamento dos povos indígenas com as universidades afirmando que eles contribuem com saberes às universidades, mas elas não retribuem.

“Existe uma troca que pode ser feita, os povos indígenas e as comunidades tradicionais têm respondido até hoje. Nós temos servido de insumo para a academia, com conhecimentos que têm servido de base de produto e processo para obtenção de patentes. No entanto, nós não temos recebido isso de volta. Não tem tido a repartição de benefícios”, se posicionou Lúcia Fernanda.

Para o antropólogo, Alfredo Wagner Bento, a proposta da academia de incorpora os saberes tradicionais nos saberes científicos, mostra a mudança de perspectivas, visto que antes eles eram propostos pelos movimentos sociais. Segundo ele o meio acadêmico pretende a incorporação dos saberes tradicionais nas indústrias farmacêuticas, nos grandes laboratórios, na indústria de biotecnologia e de cosméticos.

“Estamos assistindo uma mobilização significativa em torno da proteção da criatividade social, que se manifesta com o reconhecimento dos saberes tradicionais. Esse reconhecimento passou a ter um valor econômico que há 20 anos atrás não tinha.

Como se dar essa aproximação de saberes de maneira adequada e justa? Ainda não temos a resposta, mas temos que abrir um campo de discussão”, disse Bento.

‘Discípula’ Dilma homenageia ‘mestre’ Maria da Conceição Tavares

A economista recebeu o prêmio Almirante Álvaro Alberto para Ciência e Tecnologia de 2011 das mãos da presidenta Dilma Roussef e disse estar muito otimista com o Brasil. Emocionada, Tavares revelou que foi Darcy Ribeiro quem lhe convenceu a “virar brasileira de fato”, decisão da qual se orgulha: “Ele disse que ao contrário da Europa, que ele não tinha grandes esperanças, com toda razão, o Brasil ele achava que iria ser capaz de construir uma sociedade mais homogênea, multirracial e mais democrática”.

Vinicius Mansur

Brasília – A economista Maria da Conceição Tavares foi exaltada na cerimônia em que a presidenta Dilma Roussef lhe entregou o prêmio Almirante Álvaro Alberto para Ciência e Tecnologia de 2011. Na abertura do evento, na manhã desta quinta-feira (17), o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, escalou a economista “no time de expoentes da intelectualidade que interpretaram a sociedade brasileira”, ao lado de Gilberto Freire, Celso Furtado, Caio Prado, Florestan Fernandes, Darcy Ribeiro e Ignácio de Rangel.

“Não é qualquer país que tem o privilégio de contar com uma mulher com a sua força, uma intelectual com o seu brilho e uma militante com a sua lucidez”, elogiou.

O ministro ressaltou as contribuições de Tavares para a formação do pensamento econômico brasileiro, em especial na caracterização do crescimento da economia brasileira nos anos 1960 e 1970 e nas causas da ausência de crescimento nas duas décadas posteriores. Ele também destacou a maneira enfática e consistente com que a economista defendeu a transição do já falido modelo de produção industrial visando a substituição de importações para um modelo auto-sustentável, só possível com investimentos decisivos do setor público. ”A história recente mostrou a falência dos governos em que os ‘booms’ da economia são ditados pelo mercado”, apontou.

Raupp ainda destacou o papel de Tavares na formação de gerações de economistas, que há décadas influenciam ou mesmo definem as políticas públicas no país, e também elogiou o que chamou de “brasilidade”. “Mesmo que tenha nascido em Portugal, Maria da Conceição comporta-se como uma brasileira visceral, autêntica, exemplar para todos os demais brasileiros e brasileiras”, concluiu.

Ao assumir a palavra, emocionada, Tavares revelou que foi Darcy Ribeiro quem lhe convenceu a “virar brasileira de fato”, decisão da qual se orgulha:

“Ele disse que ao contrário da Europa, que ele não tinha grandes esperanças, com toda razão – olha o que está acontecendo, tragédia no meu continente originário -, o Brasil ele achava que iria ser capaz de construir uma sociedade mais homogênea, pluriracial e mais democrática, que ia ter a particularidade de ser a primeira sociedade deste estilo nos trópicos (…) e eu quero dizer que nesse particular, eu estou muito otimista, foi bom ter virado brasileira, foi bom ter feito a luta e é muito bom estar na companhia da minha amiga e querida discípula, a presidenta Dilma e tantos que estão aqui.”

Maria da Conceição Tavares também contou que durante o mandato do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso resolveu ir para a política “porque não adiantava mais falar nada, até porque a imprensa não nos dava nem um capítulo, tinha cara de neoliberalismo” e caracterizou este período “estranho, porque os participantes daquele governo eram historicamente progressistas” mas mudaram a Constituição – “aquela que nos custou tanto esforço” – em aspectos vitais. “Vocês imaginam o sofrimento que foi, eu arrebentei minha coluna foi aí”, disse arrancando gargalhadas do público.

Tecendo rápidos comentários sobre a conjuntura econômica mundial, a economista elogiou o Brasil por não ter ”entrado em parafuso” com a “crisona que está aí”, dando os créditos deste feito aos dois governos Lula e a continuação com o governo Dilma. “Espero que ela chegue ao fim do seu mandato com a crise vencida e com os caminhos e a estratégia de desenvolvimento desenhada em bom termo. Ou seja, espero morrer feliz por ser brasileira e infeliz por ser europeia. Isso lamento muito, mas acho que não vou conseguir passar a crise européia”, comentou com seu humor particular.

Por sua vez, a presidenta Dilma Roussef iniciou seu discurso considerando-se uma discípula de Tavares e elogiando seu compromisso com o desenvolvimento do Brasil e da América Latina. “Compromisso que sempre cumpriu tratando a economia como ela deve ser tratada: como economia política”, salientou.

De acordo com a presidenta, não houve momento importante na história do país, nas últimas décadas, sem as considerações da “nossa professora”:

“Nós hoje não admitimos mais a possibilidade de construir um país forte e rico dissociado de melhorias das condições de vida de nossa população, nem tampouco acreditamos mais na delegação da condução de nosso crescimento exclusivamente às forças de auto-regulação do mercado. Crença, aliás, que Maria da Conceição Tavares sempre, corretamente, criticou”.

Prêmio
O Prêmio Almirante Álvaro Alberto para Ciência e Tecnologia completa 30 anos e é realizado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em a parceria da Fundação Conrado Wessel e da Marinha do Brasil. Na edição de 2011, o prêmio contemplou a área de Ciências Humanas, Sociais, Letras e Artes.

Maria da Conceição Tavares é a segunda mulher a receber o prêmio, a primeira foi a socióloga Maria Isaura Pereira de Queiroz.

Tavares é graduada em Matemática pela Universidade de Lisboa e em Economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), da qual é professora Emérita. Fez mestrado na Universidade de Paris II e doutorado em Economia da Indústria e da Tecnologia pela UFRJ. Aeconomista também lecionou nas universidades Estadual de Campinas (Unicamp), Latinoamericana de Ciencias Sociales da Argentina, Nacional Autonoma do México, Pontifícia Universidade Católica do Chile e na Fundação Getúlio Vargas (FGV), entre outras. Foi consultora em instituições como a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Comissão Econômica para a América Latina (Cepal), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Instituto Nacional de Investigação Científica (Inic), de Portugal.

Entre os prêmios e honrarias recebidas estão o título de Doutor Honoris Causa, da Universidade de Buenos Aires, na Argentina, Ordem de Bernardo O Higgins, Gran Official, do Governo do Chile, Oficial da Ordem de Rio Branco, do Ministério das Relações Exteriores (MRE), Ordem ao Mérito do Trabalho, do Ministério do Trabalho e Prêmio BNDES de dissertação de mestrado.

Foi deputada federal pelo PT entre 1995 a 1999.

Fotos: Antonio Cruz/ABr

Carta Maior


USAR O CONTROLE REMOTO É UM ATO DEMOCRÁTICO!

EXPERIMENTE CONTRA A TV GLOBO! Você sabe que um canal de televisão não é uma empresa privada. É uma concessão pública concedida pelo governo federal com tempo determinado de uso. Como meio de comunicação, em uma democracia, tem como compromisso estimular a educação, as artes e o entretenimento como seu conteúdo. O que o torna socialmente um serviço público e eticamente uma disciplina cívica. Sendo assim, é um forte instrumento de realização continua da democracia. Mas nem todo canal de televisão tem esse sentido democrático da comunicação. A TV Globo (TVG), por exemplo. Ela, além de manter um monopólio midiático no Brasil, e abocanhar a maior fatia da publicidade oficial, conspira perigosamente contra a democracia, principalmente, tentando atingir maleficamente os governos populares. Notadamente em seu JN. Isso tudo, amparada por uma grade de programação que é um verdadeiro atentado as faculdades sensorial e cognitiva dos telespectadores. Para quem duvida, basta apenas observar a sua maldição dos três Fs dominical: Futebol, Faustão e Fantástico. Um escravagismo-televisivo- depressivo que só é tratado com o controle remoto transfigurador. Se você conhece essa proposição-comunicacional desdobre-a com outros. Porque mudanças só ocorrem como potência coletiva, como disse o filósofo Spinoza.

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CAMPANHA AFINADA CONTRA O

VIRTUALIZAÇÕES DESEJANTES DA AFIN

Este é um espaço virtual (virtus=potência) criado pela Associação Filosofia Itinerante, que atua desde 2001 na cidade de Manaus-Am, e, a partir da Inteligência Coletiva das pessoas e dos dizeres de filósofos como Epicuro, Lucrécio, Spinoza, Marx, Nietzsche, Bergson, Félix Guattari, Gilles Deleuze, Clément Rosset, Michael Hardt, Antônio Negri..., agencia trabalhos filosóficos-políticos- estéticos na tentativa de uma construção prática de cidadania e da realização da potência ativa dos corpos no mundo. Agora, com este blog, lança uma alternativa de encontro para discussões sociais, éticas, educacionais e outros temas que dizem respeito à comunidade de Manaus e outros espaços por onde passa em movimento intensivo o cometa errante da AFIN.

"Um filósofo: é um homem que experimenta, vê, ouve, suspeita, espera e sonha constantemente coisas extraordinárias; que é atingido pelos próprios pensamentos como se eles viessem de fora, de cima e de baixo, como por uma espécie de acontecimentos e de faíscas de que só ele pode ser alvo; que é talvez, ele próprio, uma trovoada prenhe de relâmpagos novos; um homem fatal, em torno do qual sempre ribomba e rola e rebenta e se passam coisas inquietantes” (Friedrich Nietzsche).

Daí que um filósofo não é necessariamente alguém que cursou uma faculdade de filosofia. Pode até ser. Mas um filósofo é alguém que em seus percursos carrega devires alegres que aumentam a potência democrática de agir.

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