
Final de partida, torcida mundial! Os chucrutes com seu anti-futebol, o futebol medroso, para não dizer covarde, levou a melhor, melhor no sentido de continuar na Copa, sobre os francos por um acidental gol. O que poderia ter sido usado pelos black bloc, antecipadamente, como slogan: “Não Vai Ter Futebol!”
Para quem sabe que futebol é disputa, embate, criatividade, drible, matada no peito, chagão, toque de primeira e outras gingas mais, entende que os germânicos não têm qualquer intimidade com essas qualidades. O incauto pode perguntar: “Então por que eles estão na semifinal”. Eles se apresentam com uma estratégia de guerra: quando teu exército não tem elementos capazes de conseguir a vitória sobre o inimigo, espera o inimigo adormecer. Só isso.
Ao contrário dos chucrutes, os reis do quintal, estes ainda têm algumas qualidades do futebol, mas se impressionam com o não impressionável. Tocaram a bola, mas não a tornaram um objeto útil na partida. Em vários momentos envolveram os inimigos de Nietzsche, mas não esculpiram a dendeca como chegada a uma rede.
Apesar do resultado minguado, o filósofo Sartre que era esportista, só que gostava do boxe, deve ter ficado afetado de tédio ao observar os seguidores do filósofo Heidegger produzindo o tempo-pulsado sem Ser. Sem o Dasein: o Ser aí, do futebol original.
Na segunda partida, ao contrário da primeira, a dendeca amou. Pela primeira vez os canarinhos pareciam que descobriram que “voar é com os pássaros”. Diante de uma Colômbia aguerrida e eficiente eles alçaram voos e mais voos. Um bando pintando o gramado com suas nuances e vontade.
Logo nos primeiros cinco minutos colocaram o garoto do placar para trabalhar. Tudo os chucrutes não sabem brasileiros e colombianos mostraram no estádio. Embora os brasileiros tivessem mostrando um futebol mais ofensivo os conterrâneos sul-americanos não deixaram por menos. Também construíram boas jogadas levando perigo a meta de Júlio César.
Veio o segundo time a peleja tomou outro corpo, mas os canarinhos voaram na dendeca do craque David Luiz. Com dois no placar contra si, os companheiros de Gabriel Garcia Márquez, foram para cima e conseguiram um penal cobrado por James. Novamente o garoto do placar trabalhou.
Até ante do apito final, a partida não estava resolvida. Mais um gol, para ambos os lados, poderia ocorrer. Só que não ocorreu e os canarinhos voando felizes deixaram os “Cem anos de solidão” que lhe vinham prendendo nessa Copa. Libertaram-se e mostraram um futebol mais competitivo, aguerrido e criativo. Embora falte muito para ser classificado como seleção de verdadeiros craques.
Uma observação que deve ser feita pelos supersticiosos. A Seleção da Colômbia vinha ganhando todas as partidas como estava ganhando o presidente de sue país Santos. Na véspera do segundo turno a seleção colombiana ganhou. O povo ficou eufórico como é de tradição. No domingo, houve eleição, Santos, apoiado pelos partidos de esquerda, ganhou.
Na semana passada, quem acreditou que Santos tinha decido ficar mais próximo do povo teve mais uma decepção. Santos, afirmou que iria se encontra com o reacionário ex-ministro inglês Tony Blair e outros reacionários europeus adeptos do neoliberalismo para criar a alucinante terceira via.
Ontem, dia 4, a seleção de futebol de seu país foi desclassifica pela seleção do país que há doze anos tem um governo popular, onde o trabalhador tem mais importância que a burguesia neoliberal. Santos jogou contra o povo colombiano.
Um fato a ser entendido. Neymar teve fratura de vertebra causada por uma joelhada desleal do jogador Zuñiga. Não joga mais nessa Copa. Mas Neymar não esteve presente nessa Copa. Na partida de ontem ele não existiu. E mais, tinha um cartão e poderia pegar o segundo e ficar sem jogar uma partida.
A substituição de Neymar vai depender da capacidade técnica de Felipão e a eficácia da dos jogadores. Essa não é a primeira vez que seleção brasileira sofre essa realidade. Em 62, foi com Pelé, mas tinha Amarildo e Garrincha, o melhor jogador do Brasil. Claro que não devemos fazer comparações os tempos, as técnicas e os jogadores são outros.
Leitores Intempestivos