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DEFESA DE LULA PEDE AFASTAMENTO DE MORO POR ESTE JÁ TER DECISÃO ANTECIPADA DE CULPA DO EX-PRESIDENTE

Produção Afinsophia

A defesa do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva entrou com um pedido de habeas corpus com pedido de liminar em favor do ex-presidente por constrangimento ilegal a Lula por parte do juiz e promotor Sérgio Moro, da 13ª de Curitiba. A maneira como o juiz se posicionou na audiência, falam os defensores de Lula:  “prejudica o processo e, principalmente, a defesa do processado.” Os advogados de Lula estão a pedir que seja declarada a suspeição do juiz e consequente nulidade dos atos praticados pelo suspeito.

Os advogados de Lula e o povo brasileiro, os democratas, os comprometidos com a justiça travam uma luta titânica contra a injustiça de Sérgio Moro. Os advogados chegam a fazer uma comparação com o Mito de Sísifo “furtar-se a mais esta dolorosa etapa do trabalho de Sísifo e não esgrimir o sabre da liberdade e da legalidade contra o arbítrio montanha acima, mesmo sabendo que o granítico bloco será lançado morro abaixo, mais uma vez… Não importa: a liberdade, a legalidade e o combate contra o autoritarismo não se renunciam, senão com a própria vida!“.

Como o juiz já antecipou na audiência que Lula é culpado o habeas corpus é o remédio que todo cidadão pode usar contra o arbítrio, pois esse direito está assegurado na Constituição Federal e no Código do Processo Civil.

Na audiência do dia 13 de setembro em Curitiba o juiz Sérgio Moro demonstrou que além de juiz é um promotor que acusa o depoente de forma raivosa, odienta marca dos que são contra a vida que passa. Lula diante desse quadro de acusado não podia ter outra maneira que não questionar o juiz sobre sua imparcialidade. Não deu outra. Moro demonstrou sua parcialidade quando declarou que estava convencido de que Lula era culpado.

Transcrevemos abaixo, com os créditos ao GGN do Nassif, a prova do crime do juiz, que já tem a sentença de culpa do depoente antes de concluída a investigação, sem as considerações finais do MPF e sem levar em consideração as inúmeras testemunhas e os documentos não falsificados.

Paciente: E vou terminar fazendo uma pergunta pro Senhor, Doutor: Eu vou

chegar em casa amanhã, vou almoçar com oito netos e uma bisneta de seis

meses, eu posso olhar na cara dos meus filhos e dizer que eu vim a Curitiba

prestar depoimento a um juiz imparcial?

Juiz Federal: Hum…Bem primeiro não cabe ao senhor fazer esse tipo de

pergunta pra mim, mas de todo modo, sim.

Paciente: Sei, porque não foi o procedimento na outra ação, Doutor.

Juiz Federal: Eu não vou discutir a outra ação…

Paciente: Não foi.

Juiz Federal: …com o senhor, senhor ex-presidente. Se nós fôssemos discutir

aqui, a minha convicção foi que o senhor é culpado. Não vou discutir aquele

processo aqui, o senhor está discutindo lá no Tribunal e apresente suas razões

no Tribunal, certo? Se nós fôssemos discutir aqui, não seria bom pro senhor.

Paciente: É, mas é porque nós temos que discutir aqui…

Juiz Federal: eu vou interromper aqui a gravação.

Paciente: … Eu vou continuar…

Juiz Federal: Certo…

Paciente: …esperando que a Justiça faça Justiça nesse país.

Juiz Federal: Perfeito. Pode interromper a gravação (destacou-se).

Nessas falas se observa que Moro, sem concluída a investigação, sem ter as alegações do MPF ele já tem um juízo de valor que não deixa dúvida: “o senhor é culpado.” “Não seria bom para o senhor.”

 

TEMER DEMITE OSMAR SERRAGLIO DUBLÊ DE MINISTRO DA JUSTIÇA; ASSUME TORQUATO JARDIM E LOURES, O DA MALA PERDEU, MAS RECUPEROU MANDATO

O golpista Michel Temer, neste dia, que no Rio de Janeiro o povo pede sua saída e exige Diretas já demitiu o dublê de Ministro da Justiça Osmar Serraglio e nomeou para seu lugar Torquato Jardim que estava como dublê de ministro da Transparência num desgoverno onde tudo está ficando transparente: Mala com 500 mil reais faltando R$ 35 mil, por exemplo. Mas o da mala, Rodrigo Rocha Loures dançou também, mas se recuperou. Ele é suplente de Serraglio. O Rodrigo dele era a senha para Joasley Barbosa burlar a segurança do Palácio e entrar altas horas da noite e se dirigir  para o porão do Jaburu e lá tratarem de dinheiro e outras “cositas mas.” Como o da mala vem declarando que poderá delatar o golpista mor e como ele sabe tudo tanto de JBS e Porto de Santos, temer dá esta cartada para tirá-lo de Fachin e encaminhar o processo para a primeira instância. Assim estava se perdesse o mandato. Essa é mais uma jogada dos golpistas para protelar a queda dos que se apossaram de forma ilegítima de um governo eleito democraticamente pelo povo que dispensou confiança em Dilma dando-lhe uma esmagadora votação de 54.501.118 de votos. Como Serraglio vai para a CGU Loures continua com foro privilegiado.

Sem foro privilegiado, se tivesse perdido o mandato Rodrigo Rocha Loures poderia ser preso a qualquer hora, segundo o deputado do PT Carlos Zaranttini e preso teria que explicar muita coisa que viu, participou ao lado de Temer. Mas com foro ou sem foro, o Brasil clama no Rio de Janeiro a esta hora, Fora Temer!

 

NÃO ADIANTOU O GOLPISTA AFIRMAR QUE O NORDESTINO AJUDOU ELE A REALIZAR A OBRA, JÁ QUE LULA COM 39% SÓ EM ALAGOAS, MOSTRA PARA TEMER QUE O CHICO É DOS NORDESTINO, LÁ ONDE EMERGIU LULA.

 

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Qualquer criança da terceira série primária sabe que a falsa política cria criaturas ambiciosas e interesseiras, e que essas paixões tristes decorrem do que elas interpretam de justiça. Essas criaturas sabem que a justiça hierarquiza os chamados crimes e delitos. A posse de um ovo por um pobre é cadeia. A posse de um governo por golpistas é liberdade. A posse das leis para perseguir inimigos é combate. E por aí vão os saberes jurídicos da criança da terceira série primária.

  O golpista-mor Temer junto com seus cúmplices vem confirmando o conhecimento jurídico dessa criança. Roubaram o governo popular Dilma Vana Rousseff eleita com mais de 54 milhões de votos democráticos, e se tomam como legítimo do cargo governamental. Tornou-se comum, no entendimento da criança da terceira série, esse tipo de despudor praticado pelos golpistas. 

   Como criança, além de seu devir-inteligência, tem imaginação exuberante, ela constrói o assalto ao governo Dilma como um assalto a casa de uma família que com muito sacrifício comprou-a e a mobiliou, e é expulsa de sua morada pelos assaltantes que se tomaram como proprietários e com direitos de fazer uso de todos os imóveis. É assim, para ela, o aviltante comportamento dos golpistas.

   Como Temer é um triste ilegítimo ineficaz golpista, ele tenta se apropriar de tudo de bom que foi feito pelos governos populares. Como as águas começaram a cortar o sertão nordestino, ele procura aproveitar a grandiosa obra histórica criada e realizada por Lula e continuada por Dilma. Só que nordestino não é otário. O nordestino sabe, como diz a canção, que “quem sabe de mim sou eu (fala, Gil!)”. Mas como golpista não tem, como diz a gíria métrica, “macômetro”, tenta se aproveitar.

     Temer foi à Paraíba e tentou simular uma honestidade do faz que diz, mas não diz e diz.

     “Não quero a paternidade dessa obra. Ninguém pode tê-la. Ela do povo brasileiro e nordestino porque foram vocês que pagaram os impostos que nos permitiram fazer essa obra”, afirmou o golpista-mor.

     A criança da terceira série nos mostra sorridente as insinuações egoicas de Temer. “Não quero a paternidade dessa obra”, mas afirma que os impostos pagos “nos permitiram fazer essa obra”. A criança gargalha como só criança gargalha.

      Digamos que ele tenta se expressar coletivamente “nos permitiram”, porque se considera amigo de Lula e Dilma. Negação total. Temer não é amigo de governos populares. Ele um burguês privatista. Ele nunca se aproximaria de Lula para construção de obra eminentemente povão.   

      Ele já afirmou que um dia iria ser lembrado pelos nordestino é verdade. Pesquisa do Instituto Parana mostra que Lula tem 39% de preferência dos eleitores para à presidência em 2018. Enquanto, ele, o criador do Velho Chico, é rejeitado por 79% dos alagoanos. Não esquecer: Alagoas fica no Nordeste. 

      Depois os paranoicos-adultos afirma que criança não é política.

BANDINHA DO OUTRO LADO FAZ FESTA MOSTRANDO QUE É NETA SINGULAR-ORIGINAL DE DIONÍSIO

4360506631_cce515d11b_oEntre os vários vetores fluxos mutantes e quantas desterritorializantes da Associação Filosofia Itinerante (Afin) que agenciam há mais de 14 anos em Manaus produções-moventes como corpos de novas formas de existir, sentir, ver, ouvir e pensar, a Bandinha do Outro Lado é festa singular e original da potência dionisíaca.

p1090569 p1090574 p1090576 p1090577 p1090581 p1090584 p1090589 p1090590 p1090599 p1090600A Bandinha do Outro Lado se imbricou como corpo dionisíaco há nove anos na Rua Jaú do Bairro Novo Aleixo, zona Leste de Manaus. Uma das muitas regiões populacionais desassistidas pelos governos reacionários que se apossaram do estado do Amazonas e da capital Manaus. Na linguagem politicofastra (linguagem do falso político, o tagarela do Legislativo, Executivo e Judiciário, corpos alienados da democracia), é um curral eleitoral onde esses personagens exploradores da miséria do povo, que eles mesmos fomentam, conseguem suas eleições, reeleições constantes.

Desde sua inicial apresentação nas ruas do bairro que a Bandinha do Outro Lado se atualiza como real através das próprias criações das crianças. Suas fantasias são concebidas e elaboradas por elas. Certo que com o auxilio de alguns moradores. Como Dona Antônia, por exemplo.

p1090602 p1090604 p1090609 p1090622 p1090627 p1090640 p1090652Como a Afin é um corpo comunalidade e sua atuação é sempre um processual coletivo, não seria coerente a Bandinha do Outro Lado, como expressão do personagem que forneceu corpos para a emergência do Teatro Grego, a Filosofia e a Política, que os moradores ficassem fora da composição festeira de seus netos.

p1090653 p1090663 p1090665 p1090678Nesse carnaval, que apesar de Temer e seus cúmplices golpistas, a Bandinha do Outro Lado fez sua festa em outra zona abandonada pelos exploradores governantes: Bairro Nova Cidade, que de novo só tem o nome: segue a antiga violência administrativa de outras zonas que não têm seus direitos urbanos garantidos. Fica no extremo de Manaus. Agora, a Bandinha do Outro Lado se apresenta na última rua, número 72, do bairro no limiar da mata, fronteira com um cemitério indígena. Porém, a potência dionisíaca-contínua segue a movimentação intensiva da poieses.

p1090686 p1090690 p1090691 p1090697 p1090702 p1090723 p1090742 p1090749 p1090757 p1090761Aqui a letra desse ano do carnaval da Bandinha do Outro Lado. Carnaval que vibrou por todo Brasil em um uníssimo Fora Temer! Para o bem da Democracia!

     A Bandinha do Outro Lado está na Nova Cidade Ô, Ô,Ô

     Veio lá do Novo Aleixo com sua festa vontade Ô,Ô

     Para fazer o carnaval Dionísio da criança

     Por isso, ninguém vai ficar fora da dança.

     “Corre, corre lambretinha”,” se a canoa não virar”,

     “Eu vou pra Maracangalha” “abre alas que eu quero passar”

     “Viva o Zé Pereira, viva o carnaval,

      Viva o Zé Pereira que a ninguém faz mal”.

     Vejam algumas imagens dionisíacas.

  Vejam um breve vídeo. 

FILMAGEM SÁDICA DE “QUATRO VIDAS DE UM CACHORRO” MOSTRA OBSCENIDADE ANTROPOMÓRFICA DA AMBIÇÃO DO LUCRO SOBRE OS ANIMAIS

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 O filósofo Jean Baudrillard mostra a obscenidade como êxtase do real. A dissipação do real pelo virtual. O fim da objetividade como referência dos sujeitos reais. A antropomorfização dos animais, atribuir sentimentos chamados humanos aos animais, é uma forma de obscenidade. O animal perde seu instinto natural, sua natureza, através da força obscena do homem.

 Desde pequena a criança, e os adultos e idosos de hoje, é obrigada a ter dos animais um entendimento “humanizado”. Cujo objetivo é tornar o animal seu parceiro. Principalmente quando é uma criança criada sozinha, sem irmãos, ou colegas com quem ela possa distribuir vivências reais.

    Antropomorfizados os animais foi fácil transformá-los em fonte de lucro. O circo é um cruel exemplo. Com a indústria cinematográfica, essa fonte de lucro foi super dimensionada. Disney que o diga. Sem essa violência contra os animais não haveria esse pseudo mundo infantil que é a Disney World. A ilusão compensatória de adultos cujas infâncias foram obstruídas. A mentira satisfatória, como diz Baudrillard, para o adulto acreditarem que existe um mundo adulto fora da Disney.

  Seguindo essa fonte perversa de lucro, o deus Mamon do capitalismo, a companhia de filmes Universal Pictures resolveu produzir o filme “Quatro Vidas de Um Cachorro”, que conta a luta do cachorro, personagem principal, por sua sobrevivência, e que será lançado no dia 28 de janeiro. Só que durante as gravações, o cachorro, melhor amigo do homem, homem que não alcançou o grau superior da amizade, é continuamente violentado para realizar os objetivos das filmagens que vão servir de adestramento sensorial e mental do público cúmplice. Que vai pagar o ingresso para confirmar sua cumplicidade antropomórfica. E voltar para casa, se tiver algum bichinho doméstico, para transferir sua cumplicidade ao amigo do lar.

   O técnico-homem das gravações, amigo do cachorro, tenta jogar o amigo de Lázaro – esse era amigo – em uma piscina simulando correnteza, mas o amigo de Lázaro se opõe à tortura. O técnico-homem não quer que o personagem principal tenha um momento de autonomia e o tenta jogar da água. O cachorro, amigo de Lázaro, reluta, mas é empurrado para o sadismo dos produtores do filme. Até que o cachorro afunda e os técnicos e a direção ficam preocupados. Preocupação não com o cachorro, é óbvio, mas a perca de lucro se o cachorro morre.

   O site TMZ obteve o vídeo e jogou na rede. A maior ONG do mundo responsável pela defesa dos animais A People For The Ethical of Animals (PETA) entrou em ação e já deflagrou o boicote ao filme que para ser realizado violentou o amigo de Lázaro. Daí, a lógica capitalista ser um estrondoso deboche contra o público: segundo os realizadores o filme é uma mensagem de amor pelos animais. Há quem goste desse tipo de “amor”, mas não os animais.

   Síntese da antropomorfização-fílmica: o mal contra o cachorro como forma de entretenimento para fortalecer o mal que é capitalismo.

    Vejam o vídeo, ouçam e constitua sua consciência defensora dos direitos à vida dos animais. E de quebra, se nega a seguir o êxtase do real, a obscenidade.

     E aqui o trailer do filme para os cúmplices da violência contra os animais. É tão bonitinho! Parece comigo.

PAPAI NELSON NOEL DIZ ÀS CRIANÇAS QUE 2016 SERÁ MUITO MELHOR

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Poucos se enganam: o mundo construído pelo delírio capitalista de alguns sujeitos-sujeitados não é para criança. É um mundo em que a força da irracionalidade pelo lucro máximo coloca os adultos estúpidos como personagens e intérpretes principais. É um mundo em que a criança só é necessária quando é transformada em mercadoria através da falsa ludicidade caricaturada em “brinquedos” que a torna, como mercadorias, oral consumista compulsiva. Como impõe o ideário do lucro infinito capitalista.

Os rituais consumistas, como o natalino, servem de exemplo didático para se compreender essa máquina enferrujada, mas que ainda não perdeu sua funcionalidade molar. A funcionalidade que imobiliza todos os desejos de vida. Mas essa prisão de desejos autênticos não funcionaria eficazmente se não tivesse o amparo e o estímulo de governos cujas parcerias prontificam esse constante ajuste de suas peças indesejante. Governos que fluidificam as engrenagens que esmagam os desejos-naturais transformando-os em espectros de desejos expressados em suas mercadorias narcisadas como formas multifacetadas do capital. O universo dos objetos que brilham hipnoticamente com seu psicodelismo inebriador. Onde não há qualquer rastro de Cristo. A não ser o Cristo capitalizado. O que não é o Cristo filhos Maria. O revolucionário que fez os judeus e o Império Romano tremerem temerosos de seu Amor.

Nelson Noel 2012 (41)Nelson Noel 2012 (40)Nelson Noel 2012 (39)Nelson Noel 2012 (36)Como Manaus é um território do mundo, não poderia ser diferente. Manaus é um lugar também para adultos onde as crianças não são cuidadas como devem ser. Aliás, muitas delas são tratadas como alguns adultos entendem: com violência. Certamente, adultos parceiros de Eduardo Cunha na aprovação da redução da maioridade penal. Adultos que refletem também a falta de infância.

Dessa forma, em Manaus, existem crianças que tem outro tratamento pelos adultos. Ganham presentes, viajam para Disney, moram em condomínios, estudam em escolas particulares, tem plano de saúde, mas, em verdade, não podem ser tidas como essencialmente crianças, visto serem nada mais do que objetos onde seus pais projetam suas inseguranças de adultos muito bem capitalizados. Ou melhor, infantilizados pela força dos vícios burgueses. Adultos que quando crianças não experimentaram a dimensão superior da infância como devir criativo e distributivo, como dizem os filósofos franceses Deleuze e Guattari, encadeados com o filósofo alemão Nietzsche.

Nelson Noel 2012 (26)Nelson Noel 2012 (17)Nelson Noel 2012 (19)Nelson Noel 2012 (14)Nelson Noel 2012 (8)Quem habita Manaus, e não tem apenas um endereço, sabe disso, já que habitar é se tornar potência-criadora do território habitado em forma de comunalidade. Sabe que a criança, apesar das políticas para infância e adolescência criadas pelo governo federal, não é cuidada como deve, posto que criança é para ser cuidada pelos que alcançaram o grau da responsabilidade histórica do mundo. Tomar a criança como seu cuidado, é tarefa de que se responsabiliza pelo mundo. Ser seu companheiro oblativo e não captativo como forma policial-judicativa como fazem os adultos infantilizados. Assim, cuidar é ser responsável pela história que a criança está entrando para se tornar um adulto também responsável pela história. E é brincando, se satisfazendo, que a criança produz, junto com esse adulto, seus percursos que lhe tornarão um ser históricizado.

img_5519 img_5680A criança de Manaus, essa que não vai para Disney (melhor para ela), que mora nos bairros abandonados pelas alcunhadas autoridades (autoridade é quem trabalha com a razão no plano do diálogo, como diz a filósofa Hannah Arendt) não tem qualquer opção de entretenimento público. Quando essa criança quer entretenimento ela mesma cria nas ruas onde habita. Algumas vezes reúne umas moedas e vai a um parquinho de diversão que se instalou no bairro. Prefeitura, estado não têm um projeto de diversão gratuita para criança. A própria escola que deveria ser um território do entretenimento infantil, não é usada.

Pois foi exatamente analisando a situação da criança em Manaus que o empresário democraticamente lúcido e engajado, Nelson Rocha criou o personagem Papai Nelson Noel. Há 13 anos Papai Nelson Noel, no dia 24 de dezembro, percorre alguns bairros abandonados de Manaus, onde milhares de crianças se encontram com seus direitos a diversão e entretenimento negados, e distribui com a fantasia de Papai Nelson Noel, sorvetes e picolés. É a festa criada e comandada por Papai Nelson Noel e as crianças, e muitas vezes com a participação de alguns adultos que cuidam dessas crianças. O carro com Papai Nelson Noel em cima, acenando, desejando boas-festas, às vezes descendo do carro para abraçar as crianças, e quem aparecer pela frente para receber um abraço natalino, compõe o fator dionisíaco de um Cristo que não se metamorfoseou na cobrança, castigo, condenação, credor, mas na festa libertária.

Nelson Noel 2012 (13)Nelson Noel 2012 (11)Nelson Noel 2012 (9)Nelson Noel 2012 (2)altahxbmwd1smfeipavrujkk7wwdzl9podrs3fseov2evhu img_5493 altag6itwqdkg_pu3uk_3yze0n2bfbs7ndbf8mp8arwg7ckEntretanto, nesse natal de 2015, o Papai Nelson Noel não pôde se mostrar materializado às crianças. O seu criador passa por um momento existencial que lhe deixou impotente para fazer passar o personagem-coletivo, Papai Nelson Noel. Mas, ele mandou sua mensagem positiva às crianças.

No dia 24 de dezembro do ano de 2016, se Papai Nelson Noel permitir, ele estará atuando como Papai Nelson Noel. Palavra de Nelson Rocha.

DEPOIS DE DIVULGAR QUE A MORTALIDADE INFANTIL CAIU, IGBE MOSTRA QUE A EXPECTATIVA DE VIDA DOS BRASILEIROS AUMENTOU PARA 75 ANOS E 2 MESES

mortalidade infantilAntes a expectativa de vida dos brasileiros divulgada pela Tábua Completa de Mortalidade era de 74 anos e 9 meses. Agora, é de 75 anos e 2 meses correspondendo um aumento de três meses e 18 em relação ao dado anterior. E mais, as mulheres vivem 78,8 anos em média que os homens que vivem.

Na divulgação realizada ontem, dia 1°, pelo Diário Oficial da União (DFU), a unidade da Federação ficou assim:

  • Santa Catarina: expectativa de vida 78,4. Mulheres, 81, 8 anos. Homens, 75,1 anos.
  • Distrito Federal: 77,6 anos.
  • Espírito Santo: 77,5 anos.

A Região Sul, Sudeste e Distrito Federal ocupam os oito primeiros lugares com a média de 75,2 anos. O Rio Grande do Norte tem a média do Brasil. Maranhão, 70 anos; Piauí, 70,7 anos; e Alagoas, 70,8 anos.

O aumento da expectativa de vida dos brasileiros aumentou em virtude das políticas sociais produzidas pelos governos populares nos últimos 12 anos. Principalmente nas famílias de baixa reanda. Além das políticas referentes à saúde, moradia, trabalho, educação e higiene.

REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL É UM RETROCESSO E VAI GERAR MAIS VIOLÊNCIA, DISSE REPRESENTANTE DA UNICEF NO BRASIL

69cb0233-d46b-4213-8b6a-7d0a56b8f935Os falsos problemas geram falsas soluções. Os falsos problemas, assim como as falsas soluções geradas pelos falsos problemas, saem da estreiteza sensitiva e intelectiva de quem cria os falsos problemas que geram as falsas soluções também criadas pela estreiteza sensitiva e intelectiva dos agentes das falsas soluções. Ou seja, são demonstrações claras de ausência da crítica que apreende a realidade, a examina internamente e encontra seus elementos fundadores. Nada disse faz parte dos falsos problemas e das falsas soluções.

O tema da delinquência juvenil é um falso problema que gerou uma falsa solução chamada redução da maioridade penal. Não que não exista a delinquência juvenil, mas não ela quem cria a insegurança social. Daí que não é ela quem o problema insegurança social. A insegurança social tem seus fundamentos no sistema capitalista e suas formas de distribuição de renda entre as instituições que não chegam a se materializar em benefício social, onde as crianças e os adolescentes através de seus pais e instituições escola, médica, lazer, etc., não encontram os corpos imprescindíveis para promoverem suas existências.

Quando a criança nasce ela já encontra um mundo cuja organização econômica proporciona uma sociedade de frontal competição determinando os que possuem poder econômico como os mais privilegiados. Sendo, então, a criança de uma classe desprivilegiada ela encontra muita dificuldade para, em seus percursos existenciais, compor corpos que aumentem sua potência de agir, sua alegria de viver. Sua existência a todo modo será uma continua prova de subvivência. O que significa que ela será excluída dos direitos que outras crianças privilegiadas recebem com facilidade.

Nessa situação de contínua luta, só sobra para a criança à atuação das instituições públicas que mantém o Estado. Já que a instituição familiar fracassou restou a ela as instituições públicas como a escola. Só que muitas vezes a escola não se mostra como um território de experiência agradável à criança, e ela a abandona; aumentado o número de desistências por ausência da dimensão política-educacional que muitas escolas apresentam. Foi diante dessa realidade que desagrega emocional, cognitiva e socialmente a criança que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) foi criado. Uma instituição voltada exclusivamente para garantir os seus direitos. Mas, o ECA, teve durante sua existência muita falha em sua aplicabilidade pela inércia de governos estaduais e municipais e muitas crianças não puderam vivenciar seus direitos e elas ficaram a mercê de adultos pervertidos e exploradores.

Agora, submetidos pela estreiteza sensitiva e intelectiva, parlamentares lançam mão de uma falsa solução para resolver um falso problema: a redução da maioridade penal. Não esquecer que muitos desses parlamentares não são somente estreitos em seus sentidos e suas inteligências, mas são também carregados por forte componentes sádicos, por isso a abnegação para impor castigo nos jovens. Suas existências são verdadeiros tribunais em que eles se nomeiam juízes por que antes, quando criança, foram julgados pelos adultos, quase sempre seus pais.

Diante da afronta a condição humana, entidades, movimentos sociais, direitos humanos nacionais e internacionais têm se posicionado para impedir a concretização dessa teratogenia ética e jurídica. Entre essas entidades encontra-se o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), organismo que tem a criança como prioridade geral. Assim, ao participar da comemoração dos 25 anos do ECA, Gary Stahl, representante da Unicef no Brasil, aproveitou para mostrar a opinião da organização sobre a redução da maioridade penal e aplicação de medidas socioeducativas.

“Vejo essa possibilidade como um retrocesso sério para as crianças e adolescentes do Brasil e para a liderança brasileira mundialmente. A redução da maioridade não só não resolverá a questão da violência como poderá agravá-la.

Isso depende muito da forma como for ser feita a internação. Há países onde fazem muito bem porque para recuperar um adolescente de 16 anos, por exemplo, que nunca recebeu educação, não tem família e é morador de rua talvez precise mais de três anos, mas com garantia de educação, apoio psicológico, nutrição e atenção médica”, observou Gary Stahl.

ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE COMEMORA 25 ANOS EM MEIO AO ÓDIO DOS ALIADOS DE HERODES

CJLQL2sWIAAFq67Apesar da violência executada pelos aliados de Herodes que aprovaram a redução da maioridade para crimes hediondos, uma prova de indigência racional, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) comemorou 25 anos. Vários locais realizaram atividades com crianças e adolescentes para comemorá-lo.

“O Estatuto da Criança e do Adolescente aprovado em 1990, foi fundamental para modificar a visão de que a criança não é objeto, ela é sujeito de direitos. Todos nós, família, sociedade Estado, temos o dever de cuidar e proteger as crianças e adolescentes com absoluta prioridade.

A redução da maioridade é um verdadeiro retrocesso dos direitos que foram assegurados em 1990.

A violência é um problema estrutural e social e, para combatê-la verdadeiramente, temos que trabalhar a educação, o lazer e a cultura”, observou o advogado do Instituto Alana, Pedro Hartung.

FALSOS EVANGÉLICOS ESCONDIDOS ATRÁS DA BÍBLIA APEDREJAM CRIANÇA ADEPTA DO CANDOMBLÉ

tumblr_lxnulydl8U1qhwi0mo1_500O filósofo Nietzsche diz que só se deve falar daquilo que se ultrapassou, caso contrário só se tagarela. Ou seja, do que se conhece por experiência e inteligência. O conceito de evangelho nos remete ao entendimento de um discurso que pode ser laico ou religioso. Ser científico ou sagrado.

Para que alguém possa evangelizar se faz necessário que esse alguém examine todos os elementos que constituíram o discurso como corpos semióticos dominados pelos evangelistas, seus criadores. Corpos históricos, políticos, econômicos, sociais, religiosos, artísticos etc. O que necessita um grau de sabedoria além da mediana. Sem esses instrumentos epistemológicos não se pode ter o poder de evangelizar, visto não se ter o conhecimento.

Como diz Nietzsche: não se pode falar porque não se ultrapassou o corpo evangelista. Não se compreendeu. O resto é só superstição produzida por uma mistificação e mitificação dos elementos que constituem o discurso, que foram levados ao plano abstrato do psiquismo de quem se diz evangelizador e confunde com crença. A crença é produto incontestável como realidade que saiu da experiência e da inteligência. Ou pode também ser significada como crença, como afirma o filósofo Clèment Rosset, aquilo que não tem objeto real que possa ser atingido pelo exame crítico. É só um devaneio. Uma fantasmagoria saída de um ente imaginado. Essa a crença dos falsos evangélicos.

Como os evangelistas, autores do discurso evangélico, Marcos, João, Matheus e Lucas apresentam um texto que mostra a necessidade da tolerância, compreensão e amizade para que alguém se torne evangelizado e representante de Cristo, toda intolerância, discriminação e rivalidade que são usadas apara eliminar o outro, não podem ser tidas como evangelização. Trata-se nada mais do que projeções das frustrações desses praticantes em forma de sadismo-dominador. Perseguição aos homossexuais, aos travestis, a imposição de um modelo familiar restrito ao patriarcalismo castrador, etc., não testemunham evangelização. Testemunha o uso calculista e interesseiro da Bíblia em benefício próprio. Como fazem falsos pastores e parlamentares, também, falsos evangelistas.

Pois foi exatamente por esses falsos evangélicos, que escondidos atrás da Bíblia, à menina de 11 anos adepta do Candomblé, moradora do Bairro Vila da Penha, em Irajá, Rio de Janeiro, foi apedrejada. Caso registrado na 38ª Delegacia de Irajá. Diante da violência que constitucionalmente é caracterizado de intolerância religiosa, membros da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR) destacaram um advogado para representar a criança.

“Ela estava com um grupo de pessoas e um grupo de evangélicos, que estava do outro lado da rua, começou a demonizá-los e a xingá-los. Não se contentando com isso, jogou uma pedra. Eles estavam arrumados tinham bíblias e acusavam os praticantes de Candomblé de serem demoníacos.

Isso é ruim para a religião. Eu sei que a grande maioria dos evangélicos não é assim e cabe a eles ajudarem a identificar esses agressores. Eram pessoas da igreja, pessoas que estavam com bíblia”, disse Ivanir Santos, babalawo e membro da comissão.

A violência, para Leniete Couto, coordenadora da Coordenadoria Especial de Políticas Raciais de Promoção da Igualdade Racial do Rio de Janeiro, trata-se de ignorância e racismo.

“Há uma distorção histórica de colocara a cultura negra no sentido global, tanto a pessoa física quanto seus costumes sempre em um lugar de não existência ou um lugar negativo.

Não se respeita as religiões de matriz africana porque se diz que são do mal, que são ruins e com isso vem a invisibilidade e a negação da existência dessas pessoas. A invisibilidade cria um desconhecimento da história que faz com que as pessoas sejam rejeitadas e apedrejadas por ignorância e também por racismo”, analisou Leniete Couto.

Em nota a Polícia Civil afirmou que o caso foi registrado como lesão corporal no Artigo 20 da Lei 7716 – praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.

O que se constata no Brasil atual é que há uma virulenta propagação da ignorância dos sentidos do que seja evangelista, evangelizador, evangelizar e evangélico. O que significa que o conceito real foi descartado da palavra para que a palavra, em sua forma vazia de conceito, sirva para garantir formas variadas de poder. Como poder de pastor e poder de parlamentar. Uma sórdida trapaça com o sentido livre e feliz da religião.

LEMBRANÇAS DO FILÓSOFO SPINOZA AOS FALSOS EVANGÉLICOS

O filósofo holandês Spinoza (1632-1677), autor da obra Ética, o melhor livro sobre os afetos alegres, a potência da vida ativa, entre outras obras escreveu uma que revela os erros, equívocos e enganos dos falsos profetas que transformaram a religião, em uma fonte de lucros para si através da exploração da superstição do povo. Trata-se do Tratado Teológico-Político onde o filósofo afirma ser a Bíblia um tratado político da formação do Estado do povo hebreu. Somente.

Eis aqui um breve trecho do tratado que ao ser comparado com a atuação dos falsos profetas se mostra profundamente atual.

“Inúmeras vezes fiquei espantado por ver homens que se orgulham de professar a religião cristã, ou seja, o amor, a alegria, a paz, a continência e a lealdade para com todos, combaterem-se com tal ferocidade e manifestarem cotidianamente uns para com os outros um ódio tão exacerbado que se torna mais fácil reconhecer a sua fé por estes do que por aqueles sentimentos.

Procurando então a causa desse mal, concluí que ele se deve, sem sombra de dúvida a se considerarem os cargos da igreja como títulos de nobreza, os seus ofícios como benefícios, e consistir a religião, para o vulgo, em acumular de honras os pastores. Com efeito, assim que começou na igreja esse abuso, logo se apoderou dos piores homens um enorme desejo de exercerem os sagrados ofícios, logo o amor de propagar a divina religião se transformou em sórdida avareza e ambição; de tal maneira que o próprio templo degenerou em teatro em que não mais se veneravam doutores da igreja mas oradores que, em vez de quererem instruir o povo, queriam era fazer-se admirar e censurar publicamente os dissidentes (…). Daí surgirem grandes contendas, invejas e ódio que nem com o correr do tempo foi capaz de apagar.

Não admira, pois, que da antiga religião não ficasse nada a não ser o culto externo (com que o vulgo mais parece adular a Deus que adorá-lo) e a fé esteja reduzida a crendice e preconceitos. E que preconceitos, que de racionais transformam os homens em irracionais, que lhes tolhem por completo o livre exercício da razão e capacidade de distinguir o verdadeiro do falso, parecendo expressamente inventados para apagar definitivamente a luz do entendimento”.

E Spinoza nós mostra qual o corpo que mantém os exploradores do vulgo dominado pela superstição. O medo!

Diz Spinoza: “A que pontoo medo ensandece os homens. O medo é a causa que origina, conserva e alimenta a superstição”.

Os falsos evangélicos agridem os que eles elevam como inimigos por medo estimulado pela irracionalidade dos falsos pastores que ambicionam nada mais do que o lucro. Por isso esses templos não passam de empreendimentos capitalistas cuja mercadoria é a superstição do fiel consumida por estes pastores como passagem para o especulativo paraíso.

LANÇAMENTO OFICIAL DA CAMPANHA “18 DE MAIO – DIA NACIONAL DE COMBATE AO ABUSO E À EXPLORAÇÃO SEXUAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES”

Banner dia 06 05 15-01A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) lançou ontem a campanha oficial 18 de Maio – Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A campanha é lançada no momento em que a SDH/PR divulga a queda de 1,6% de denúncias recebidas pelo Disque Direitos Humanos, Disque 100, que corresponde a 21.021 denúncias de violações de direitos no primeiro trimestre desse ano. Estão contidas 4.480 denúncias de violências sexuais que são caracterizados quando o agressor  usa sua força física, seduz a criança ou o adolescente para fins sexuais.

“Ainda é um número muito elevado. O mais grave é que, em 58% dos casos de violação de direitos, os suspeitos são os pais ou as mães. Isso revela o quanto ainda temos que caminhar para uma cultura ao respeito ao direito da criança e adolescentes.

Temos que pensar em um debate em relação aos meios de comunicação. A gente ainda vê programas e até desenhos infantis que, de certa forma, estimulam a violência. Precisamos combater essas formas dissimuladas de incentivo à violência”, disse Pepe Vargas, ministro da SDH/PR.

abuso-e-explorao-xesual-deDurante toda essa semana a campanha estará atuando em mais de 4 mil municípios com objetivo de sensibilizar a sociedade para que ela tome partido nessa luta em defesa da integridade física, emocional, moral e intelectiva da criança e adolescente. Na verdade, a totalidade dos direitos de existência da criança e adolescente, visto que se trata de questão ontológica: questão de ser.

“O objetivo é mobilizar e sensibilizar a sociedade para o tema, de modo que as pessoas não fiquem caladas diante de situações de abuso e de exploração. Os professores têm de ter um olhar mais apurado, os pais mais atenção, e as crianças precisam aprender a se proteger”, observou Karina Figueiredo, coordenadora do Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Criança e Adolescente.

Participando da campanha concreta e diretamente encontra-se o projeto Caravana Siga Bem em que composto por duas equipes em quatro caminhões irá percorrer 110 municípios de Norte ao Sul do país conscientizando populações e caminhoneiros sobre a violência contra domésticas, crianças e adolescentes.

“Os caminhões viram palcos para teatro e música, além de promover serviços de saúde e palestras. É um trabalho de conscientização para os caminhoneiros, que podem ser nossos olhos na estrada. Eles apoiam no que tentamos passar com as palestras e o espetáculo, que é uma forma lúdica de transmitir a mensagem de combate à violência”, disse Gustavo Curti, coordenador de Responsabilidade Social do projeto.

DEPUTADA ÉRIKA KOKAY DISSE QUE “HÁ DEPUTADOS QUE ACHAM QUE EXISTEM CRIANÇAS QUE NASCEM PARA MATAR”

20140925170254_Lp_-_Projeto_amplia_a_lista_de_crimes_contra_a_mulherFreud, criador da psicanalise que interpreta e analisa os componentes instintuais da libido reprimida no inconsciente como forma de trauma e manifestado no consciente como sintoma, diz que existem adultos que de nada recordam de suas infâncias. O que significa que sofreram uma forte inibição por força da ameaça castradora paterna. O Super-ego cruel, perseguidor e castigador.

Daí que tudo que se relaciona com a infância para eles é motivo de dor. Por isso, se mantém distantes desse tema. Ou quando se defrontam com ele, sem condição de se esquivar, como é o caso da votação da maioridade penal, tratam o caso de forma sintomática: como seus pais lhe trataram quando de suas infâncias. Visto que suas infâncias frustradas e por isso se encontram congeladas no inconsciente.

Entretanto, os sintomas decorrentes desse trauma não se manifesta apenas como medo da infância, mas também em outras formas de fobias que representam a liberdade que, entretanto, para eles são ameaças, pois contém elementos contagiantes do viver. São os casos dos homofóbicos, racistas, misóginos e outras formas de medo da vida.

Com é do conhecimento da maioria da sociedade brasileira, o Congresso Nacional, hoje, tem a maior representação reacionária de sua história. O que não leva essa maioria da sociedade a não acreditar nele, como também estimula os nazifascistas membros das direitas que temem exacerbadamente as liberdades.

Pois bem, a deputada engajada e íntegra, Érica Kokay (PT/DF), em entrevista a Rádio Rede Brasil Atual – quem vem sendo atacada, por sua capacidade de fazer jornalismo ético, pela mídia-paranoica, fez uma análise da Comissão Especial que encaminhará para a Câmara a matéria da redução da maioridade penal. Ela afirmou que a ignorância sobre a maioridade encontra-se calcada em mitos.

“Nós não esperamos nada dessa comissão, pois tem uma composição fundamentalista e repressora. Nós consideramos uma causa cláusula pétrea, inclusive estamos nos preparando para entrar na justiça, para impedir que nós tenhamos a revisão de uma cláusula que só pode ser revista por uma nova constituinte.

Nós temos dados que de 1980 até 2010 houve um crescimento de 346% do homicídio de crianças e adolescentes, e nós temos clareza que apenas 0,03% cometeram atos contra a vida, então foi construída uma espetacularização para dizer que os adolescentes são os responsáveis pela violência que existe no país. Sabemos que menos de 1% dos adolescentes estão em conflito com a lei.

Outro mito é a impunidade. O adolescente responde pelos atos cometidos. Temos seis medidas socioeducativas, portanto a privação serve para que essa pessoa interrompa sua trajetória infracional e beneficie a sua vida, caso contrário, é vingança pura.

A prisão não reeduca o jovem a conviver na sociedade. A reincidência é de 70%, enquanto nos métodos socioeducativos são de 20%. Falam que é pouco tempo, porém o jovem pode ficar até nove anos em regime socioeducativo, mas índice de reintegração harmoniosa à sociedade mostra que o prazo não tem problema, porque a reincidência é grande. Temos dados que apontam que quando o Estado atua em parceria com a comunidade que o adolescente vive, temos casos que a integração é 98%.

Há deputados que acham que existem crianças que nascem para matar. Precisamos falar das políticas públicas, dando prioridade às políticas de creches, de educação integral e cultura. Nós entramos com um projeto para que os gestores apresentem planos de defesa de políticas públicas e prestem contas da sua execução e se não tiverem um nível de execução adequado serão responsabilizados.

Daqui a pouco será discutida a redução para 14, 12 ou 10 anos. É uma cortina de fumaça para dar uma resposta ao sentimento de insegurança da sociedade, que os sabe que não resolve, e os gestores defendem a redução para defenderem as suas incompetências”, analisou Kokay.

Os que acham que há crianças que nascem para matar estão falando se si mesmos. Em psicanálise se chama projeção ou deslocamento. Presos em suas infâncias cristalizadas esses deputados ao votarem pela redução da maioridade penal estão concretizando o que suas crianças-paranoica fazem: matam. Essa matéria da redução da maioridade penal é infanticídio.

“NÃO PODEMOS PERMITIR A REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL”, AFIRMOU DILMA

ec1a6ef8-1afb-4503-b74a-2c1c49a327feDesde que os deputados infanticidas se posicionaram oficialmente a favor da redução da maioridade penal aprovando na Comissão de Comissão e Justiça da Câmara a PEC 171, mostrando o quanto estão preocupados com as existências das crianças e dos adolescentes, a presidenta Dilma Vana Rousseff não havia se pronunciado publicamente sobre o importante tema que coloca em perigo a vida de milhões de jovens que podem definhar em um presídio.

81a3162c-4bda-4eaf-b4a0-3160f7782fa3Em seu entendimento, que de certa forma já é sabido pela parte esclarecida e comprometida da sociedade, a redução da maioridade penal não vai resolver o problema da delinquência juvenil. Vai é piorar. Segundo a presidenta, é fundamental, ao invés da redução da maioridade penal, aperfeiçoar o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e debater, com tenacidade, o tema que se propõe a alterar a legislação.

“Reduzir a maioridade penal não vai resolver o problema da delinquência juvenil. Isso não significa dizer que eu seja favorável à impunidade. Menores que tenham cometido algum tipo de delito precisam se submeter a medidas socioeducativas, que nos casos mais graves já impõem privação da liberdade.

É preciso endurecer a lei, mas para punir com mais rigor os adultos que aliciam menores para o crime organizado.

É uma grande oportunidade para ouvirmos em audiências públicas as vozes do nosso país durante a realização desse debate.

Não podemos permitir a redução da maioridade penal. Lugar de meninos e meninas é na escola. Chega de impunidade para aqueles que aliciam crianças e adolescentes para o crime”, analisou Dilma.

SOB INTENSO PROTESTO, A REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL É APROVADA NA CCJ DA CÂMARA. PRIMEIRA VITÓRIA DOS INIMIGOS DA INFÂNCIA

e8ace7ad-2e9c-4714-9a72-623e79a4ee40Com um grande número de manifestantes representando entidades contrárias a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 171, de 1993, que reduz a maioridade de 18 anos para 16 anos, a Comissão Constituição e Justiça (CCJ) votou a PEC que propõe a redução da maioridade penal de 18 anos para 16 anos.

Deputados reacionários com a percepção e o entendimento do que seja criança e adolescentes, se reuniram em um número de 42 para votar a favor da redução da maioridade penal contra 17 progressistas e comprometidos com o futuro do país que votaram pela manutenção da maioridade.

No início da votação o relator, deputado Luiz Couto (PT/PE) votou pela inconstitucionalidade da proposta. PT, PSB, PCdoB, PPS, Psol, votaram contra. O resto votou a favor da redução. No muro ficaram os partidos Pros e PDT que liberaram seus representantes.

O “sábio” argumento dos deputados reacionários que votaram pela redução é que com a redução os crimes cometidos por crianças e adolescentes vão diminuir, porque eles vão saber que serão punidos. Inteligência própria de quem não deveria participar de um ato como esse, visto que não chegaram ao estágio da vida adulta, onde predomina as decisões racionais e não motivadas pelos seus próprios medos. Os medos que produzem a ignorância e a violência.

“Os jovens que estão aí preocupados, é só não cometer crime, fazer as coisas certas. Eu não quero colocar nenhum jovem na cadeia. Mas todo ano aumentam os índices em pelo menos 10% do número de jovens que cometem crimes”, disse o “sábio” deputado do PDT, Giovani Cherini.

“É só não cometer crime, fazer as coisas certas. Não quero colocara nenhum jovem na cadeia”, afirmou o “sábio” deputado. Será que ele sabe quais os motivos que levam os jovens a delinquência? Será que ele sabe quais são os corpos que formam nas pessoas o sentido do mal e bem? Será que ele sabe que essa proposta é uma forma cretina de simular a diminuição da culpa social dos fracassados adultos em relação às crianças? Pelo seu voto se entende que ele não chegou a este grau de entendimento necessário a produção dos direitos democráticos.

O deputado do Psol, Ivan Valente  resumiu essa pétrea “sabedoria”.

“Eu vi argumentos aqui que eu nunca imaginei. Disseram ‘olha, vocês não têm acesso à escola, vocês são pobres, então vocês vão para a cadeia’. Isso é um absurdo. O papel do legislador não é esse. Nós não somos vingadores!”, falou veemente o deputado.

Diante do espetáculo dos horrores infanticidas, os manifestantes bradavam: “Não, não, não vamos aceitar, primeiro negam escola agora querem encarcerar!”.

Esses deputados odeiam as crianças e os adolescentes, porque não conseguiram serem crianças e adolescentes, por isso não chegaram à idade adulta. E agora querem que as crianças e os adolescentes sejam responsabilizados pelas castrações impostas por seus pais neles. É necessário que eles entendam – se é que podem entender -, que o Congresso não é uma clinica psicanalítica local onde eles possam sublimar suas frustrações.

FUNDO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A INFÂNCIA (UNICEF) DIVULGOU QUE O GOVENO DE ISRAEL JÁ MATOU MAIS 400 CRIANÇAS. É OU NÃO GENOCÍDIO E INFATICÍDIO?

A fúria de homens que alucinam ser Deus é mais cruel do que a do próprio Deus, que eles fantasiam se enfurecer. Mas Deus, por ser Deus, não se enfurece. Quem se enfurece são homens que se sentem impotentes e fantasiam ser Deus para compensar essa impotência. Compensação que vem pela superstição de acreditarem que os outros acreditam que eles são Deus. Até o filósofo Spinoza sabia dessa impotência.

E a fúria desses homens de Israel que alucinam ser Deus, já matou mais de 400 crianças na Faixa de Gaza e deixou 2,5 mil feridas, é a realidade genocida e infanticida divulgada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).

São 370 crianças que precisam de auxílio psicológico para tentar elaborar o trauma causado pela fúria dos homens que alucinam ser Deus. Para a dirigente do gabinete da Unicef em Gaza, Pernille Ironside, comparando a demografia de Gaza com a dos Estados Unidos seria como se 200 mil crianças norte-americanas tivessem sido assassinadas. O número de 408 crianças mortas atualmente é superior aos números das ofensivas desencadeadas por Israel nos anos de 2008 e 2009, quando foram mortas 350 crianças.

“A destruição é total”, disse a dirigente Iroside. Falta eletricidade no território palestino que é controlado pelo movimento islâmico Hamas. Não estão funcionando os sistemas de água potável e saneamento, em razão dessa realidade há ameaça de aparecerem doenças transmissíveis e diarreia.

“O número de crianças mortas durante essa operação militar é de 408 e supera o de menores mortos durante a Operação Chumbo Fundido.

Há que ter em conta o tamanho da Faixa de Gaza. São 45 quilômetros de comprimentos por 6 a 14 de largura e não há uma única família que não tenha sido diretamente afetada por alguma perda.

A destruição é total. Usaram armas horríveis que provocam amputações terríveis. E isto aconteceu diante dos olhos das crianças, que viram morrer os seus amigos, os seus pais.

Um menino ou uma menina que tenha hoje 7 anos já passou por três ofensivas: a de 2008-2009, a de 2012 e a de agora”, observou Iroside.

Acrescente-se a essa terrível realidade, 142 escolas da Faixa de Gaza e 89 Agência das Nações Unidas para Refugiados Palestinos, bombardeadas, e mais três estabelecimentos da Organização das Nações Unidas (ONU) atingidos.

 

PARA ALÉM DA LEI DA PALMADA

O Senado aprovou na semana passada um dispositivo jurídico-familiar chamado de Lei da Palmada que proíbe e pune todos os adultos que agredirem fisicamente crianças. O nome Lei da Palmada é decorrente do fato, tornado habitual, de pais repreenderem seus filhos com palmadas. Uma violência aceita e praticada por milhares de país e que já foi até estimulada e apoiada pelo reacionário apresentador de TV, Boris Casoy.

A lei, é lógico, não vai exterminar esse mal, visto que ele encontra-se imbricados na maioria dos adultos historicamente através de corpos culturais, econômicos, religiosos, sociais, etc. A própria religião carrega a punição como um dos seus corpos doutrinários. No mundo Ocidental, é dela que segrega o sentido de punição e vingança agenciado pelos valores patriarcais e a moral burguesa. Foi ela, a religião, quem mais propagou o tribunal do castigo como objeto de recompensa, como mostra o filósofo Nietzsche. Uma recompensa que os pais oferecem aos filhos ao vê-los obedientes às suas ordens. Um claro ato de subjugar a criança às imposições dos pais. Na verdade, as frustrações dos pais que jamais se fizeram adultos.

Mas os fatores econômicos que criam formas de relações sociais também propagam perversamente o castigo. Basta entender as “palmadas” que os capitalistas aplicam nos trabalhadores através de seus salários que muitas vezes desdobra-se em suas relações domésticas junto aos filhos. Da mesma maneira que os capitalistas, em suas formas de concorrências entre si, impulsionados pelas leis do capital, entre elas o máximo lucro, aplicam suas palmadas nos concorrentes. Nesse quadro, entende-se que palmadas não faltam, já que as palmadas buscam a obediência através de um sentido patológico de superioridade que domina o agressor diante de alguém considerado inferior. Um ato que por sua própria atitude-violenta, não merece ser obedecido por trata-se de autoria de alguém controlada por impulsos irracionais. Alguém que, sensitiva e cognitivamente, não compõe com a ética dos afetos bons. Afetos das alternâncias-solidárias. 

A moral da palmada tem similitude com o conceito de moral como produção histórica apresentada por Nietzsche. Para o filósofo alemão a moral “é obediência a costumes, não importa quais sejam, mas costumes são a maneira de agir e avaliar”. Por costumes os adultos avaliam seus filhos e agem de acordo com o resultado de suas avaliações. A moral está ligada a uma ideia de personagem superior que se obedece, por tradição. “Se obedece não porque nos ordena o que nos é útil, mas porque ordena”. No passado, alguém que se tomou como superior, ordenou e alguém, inocentemente, acreditou na ordem e obedeceu. E Nietzsche se confirma todo dia em várias famílias quando ouvimos os adultos (?), depois de baterem nos filhos, afirmarem que agem (não agem, reagem, porque são apenas forças de tradição) dessa forma, porque foi assim que foram criados. E afirmam mais: “se deu certo comigo, porque não poder dar certo com meu filho?”.

Assim, compreende-se que uma palmada não se resume nela mesma e acabou. Atrás de uma palmada vem todo um agenciamento de corpos opressores que objetivam anular a criança, porque uma palmada não é só para fazer a criança obedecer, mas lhe impor o medo. E quando o medo domina alguém, a existência caminha para o malogro. Olha a existência da burguesia.    

LANÇADA A CAMPANHA “NÃO DESVIE O OLHAR”, CONTRA A EXPLORAÇÃO SEXUAL DE CRANÇAS E ADOLESCENTES DURANTE A COPA

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Foi lançada ontem, dia 24, em Brasília, a campanha nacional contra a exploração sexual das crianças e adolescentes durante o período da realização da Copa do Mundo, que ocorre no mês de junho. Embora a campanha tenha um tempo indicador, a Copa, em função de que esses grandes eventos estimulam a exploração sexual, levando os pedófilos a ilusão de que estão livres para suas práticas aberrantes, entretanto seus realizadores afirmam que a campanha vai durar o ano todo com o propósito de defender as crianças e adolescentes contra a exploração sexual. A campanha além de ter como objetivo reprimir os crimes, também pretende que os casos sejam denunciados.

Com o título “Não Desvie o Olhar”, a campanha tem como slogan “Exploração sexual de crianças e adolescentes é crime. Denuncie. Disque 100”. Seu lançamento foi realizado pelos jogadores de futebol Kaka e Juninho Pernambucano. Durante o lançamento, Marcelo Nascimento, coordenador-geral do Sistema de Garantia de Direitos de Crianças e Adolescentes, afirmou que a campanha “é um diálogo com a sociedade”.

“É um diálogo com a sociedade, não só para a Copa do Mundo, mas em outros grandes eventos. Que fique o legado de que no Brasil não aceitamos violação aos direitos humanos e crianças e adolescentes”, disse Marcelo. Falando sobre a campanha, Eunice Carvalhido, procuradora-geral do Distrito Federal e Territórios, disse que atuação do poder público inibe a prática.

“A articulação do poder público abre caminhos contra a prática, que em muitos casos acontece com as conivências das famílias, e ao ato segue-se a ameaça e o medo, então, é preciso habilidades dos agentes de saúde e da assistência social para dar um bom encaminhamento às vítimas”, disse Eunice.

BANDINHA DO OUTRO LADO ATUALIZA A POTÊNCIA LÚDICA DE DIONISIOZINHO

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Já há alguns anos a Bandinha do Outro Lado, um dos vetores-criança da Associação Filosofia Itinerante (Afin), atualiza a potência lúdica de Dionisiozinho no domingo-gordo de carnaval no Bairro Novo Aleixo, Rua Rio Jau, Zona Leste de Manaus. O território mais pobre dessa não-cidade.bandinha outro lado 006

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É um território pobre não por carência de inteligência, volição, talento, saber e ética, de suas populações, mas por carência de satisfação das necessidades naturais básicas do homem. Insatisfações resultantes das desumanas administrações públicas impostas às populações dos bairros menos atingidos pelos serviços públicos. Um território onde sua população subsiste na ordem do desemprego, subemprego e salário-mínimo. Uma ordem cruel que se não fossem as políticas públicas do governo federal, a realidade seria muito mais perversa. Um estado de coisa angustiante promovido pelos desgovernos das direitas que se apossaram há, quase, trinta anos da capital.

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É nessa situação, como diria o filósofo francês Sartre, se engajar na situação em que se estar como sujeito-histórico responsável pela produção de sua existência, que a Afin tenta produzir junto com a comunalidade novos modos de ser, sentir, ouvir, ver e pensar. E a Bandinha do Outro Lado carrega esses corpos de sabedorias e afetos produzidos pelas crianças, capazes de revelarem essas novas dimensões de existir. Uma festa no sentido dionisíaco do conceito e da práxis que só as crianças podem atualizar.

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Pois foi exatamente essa experiência devir-criança que novamente foi possível observar e acreditar que só o movimento real pode superar os estados de coisas alienantes de uma cultura dominantemente perversa. Nada como o brincar-criativo transformador. Transformar a forma estereotipada-estabelecida.

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Em um percurso muito simples a Bandinha do Outro Lado – que não tem lado, como a vida que flui sem seguimentaridade – atualiza seu virtual-lúdico. Sai da casa onde são realizadas as sessões de cinema do vetor-Kinemasófico – melhor dizendo, a casa da Miariam que emprestas parte de sua casa para a Afin -, percorre algumas ruas do bairro e volta para o mesmo local, onde a festa continua. Depois da folia, é realizado o ‘desbrocante’ infantil, porque criança embora seja a potência-vital, não é de ferro.

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Um ritmo diferente que ocorreu nesse ano de 2014, foi à participação de crianças afinadas na orquestra. Além das crianças usarem instrumentos industrializados, elas também fizeram uso de instrumentos artesanais criados por elas com a orientação do mestre Alci Madureira.

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No mais, foi uma festa daquelas que o capitalismo predador odeia. Uma festa onde o princípio principal é a dignidade humana.    

HOJE TEM “BANDINHA DO OUTRO LADO”

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Tá, tá, tá, tá, tá na hora

Do nosso carnaval

Abram alas

Porque tô que tô

A Bandinha do Outro Lado

Já chegou.

Festa da criançada

Pois é tempo de folia

Rei Momo já avisou

Para cantar e dançar

Com alegria.

E a Bandinha do Outro Lado

Que é pura empolgação

Reúne a comunidade

Novo Aleixo!

Em um só cordão.

É com essa marchinha que Dionisiozinho vai fluir criativo, sapeca como o ser comunalidade que se efetua ludicamente carnavalesco. Como um contínuo de seu pai Dionísio, criador da filosofia e da tragédia do teatro da ática, Dionisiozinho vai borbulhar as águas da Rua Rio Jaú, no Bairro do Novo Aleixo.

Como já acontece há seis anos, Dionisiozinho é o devir Bandinha do Outro Lado. A Bandinha do Outro Lado que se transmuta em brincadeiras, cantos e danças contagiantes. Brincar, dançar e cantar é o que segue Dionisiozinho.

Para quem pretende ludicidade dionisíaca a caosmose é:

Esse domingo.

Bairro Novo Aleixo, Zona Leste, o território mais pobre de Manaus.

Rua Rio Jau.

Qualquer tempo festeiro.

O MINISTRO DA SAÚDE ANUNCIOU A ESTRATÉGIA DE IMUNIZAÇÃO CONTRA O HPV QUE VAI VACINAR CRIANÇAS ENTRE 11 E 13 ANOS

Seguindo a recomendação da Organização Pan Americana de Saúde (OPAS), que através de estudos científicos comprovam respostas imunológicas e proteção contra o vírus HPV, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha – provável candidato ao governo de São Paulo -, lançou ontem, dia 22, em Brasília a estratégia de imunização contra o vírus HPV, responsável por 70% do câncer de colo uterino que no Brasil é um dos mais comuns e letais. Os estudos informam que a eficácia da vacinação é bem maior quando antes da iniciação da prática sexual.

A campanha começará no dia 10 de março quando crianças entre 11 e 13 anos das escolas públicas e privadas serão vacinadas, gratuitamente, contra o vírus. A estratégia da prática da campanha vai contar com distribuição de cartilhas, folders, filme, com a mensagem, veiculado na TV, esclarecimentos sobre a importância da imunização e ainda contará com as equipes das secretarias municipais de saúde, que serão responsáveis pela vacinação, e vão entrar em contato com as unidades de ensino para prestar todo esclarecimento sobre a importância da campanha de vacinação. O monitoramento das vacinações será feito pelo Ministério da Saúde que terá como responsabilidade observar as crianças que não deram continuidade das doses posteriores. Para então localizá-las para que possam ser revistos os casos.

Cada criança receberá três doses, sendo a segunda aplicada seis meses depois da primeira aplicação. E a terceira, cinco anos posterior à primeira. O sentido médico diz que é para prolongar o efeito protetor. No ano de 2015, serão as meninas entre 9 e 10 anos que receberam as doses contra o vírus HPV, conhecido como inimigo íntimo.

“A mobilização das escolas é importante para aumentar a cobertura vacinal. Adiantamos o calendário para o começo do ano letivo para que haja tempo para a sensibilização da comunidade e dos pais, que devem autorizar a aplicação da vacina.

Segundo estudos a eficácia da imunização é maior antes do início da atividade sexual. E nessa faixa etária a média das meninas brasileiras ainda não teve contato sexual. Combinando isso com a maior cobertura que teremos com a vacinação nas escolas, conseguiremos reduzir a infecção do HPV, inclusive nos homens, e, no futuro, diminuir a incidência de câncer de colo de útero e imortalidade”, observou Padilha.


USAR O CONTROLE REMOTO É UM ATO DEMOCRÁTICO!

EXPERIMENTE CONTRA A TV GLOBO! Você sabe que um canal de televisão não é uma empresa privada. É uma concessão pública concedida pelo governo federal com tempo determinado de uso. Como meio de comunicação, em uma democracia, tem como compromisso estimular a educação, as artes e o entretenimento como seu conteúdo. O que o torna socialmente um serviço público e eticamente uma disciplina cívica. Sendo assim, é um forte instrumento de realização continua da democracia. Mas nem todo canal de televisão tem esse sentido democrático da comunicação. A TV Globo (TVG), por exemplo. Ela, além de manter um monopólio midiático no Brasil, e abocanhar a maior fatia da publicidade oficial, conspira perigosamente contra a democracia, principalmente, tentando atingir maleficamente os governos populares. Notadamente em seu JN. Isso tudo, amparada por uma grade de programação que é um verdadeiro atentado as faculdades sensorial e cognitiva dos telespectadores. Para quem duvida, basta apenas observar a sua maldição dos três Fs dominical: Futebol, Faustão e Fantástico. Um escravagismo-televisivo- depressivo que só é tratado com o controle remoto transfigurador. Se você conhece essa proposição-comunicacional desdobre-a com outros. Porque mudanças só ocorrem como potência coletiva, como disse o filósofo Spinoza.

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CAMPANHA AFINADA CONTRA O

VIRTUALIZAÇÕES DESEJANTES DA AFIN

Este é um espaço virtual (virtus=potência) criado pela Associação Filosofia Itinerante, que atua desde 2001 na cidade de Manaus-Am, e, a partir da Inteligência Coletiva das pessoas e dos dizeres de filósofos como Epicuro, Lucrécio, Spinoza, Marx, Nietzsche, Bergson, Félix Guattari, Gilles Deleuze, Clément Rosset, Michael Hardt, Antônio Negri..., agencia trabalhos filosóficos-políticos- estéticos na tentativa de uma construção prática de cidadania e da realização da potência ativa dos corpos no mundo. Agora, com este blog, lança uma alternativa de encontro para discussões sociais, éticas, educacionais e outros temas que dizem respeito à comunidade de Manaus e outros espaços por onde passa em movimento intensivo o cometa errante da AFIN.

"Um filósofo: é um homem que experimenta, vê, ouve, suspeita, espera e sonha constantemente coisas extraordinárias; que é atingido pelos próprios pensamentos como se eles viessem de fora, de cima e de baixo, como por uma espécie de acontecimentos e de faíscas de que só ele pode ser alvo; que é talvez, ele próprio, uma trovoada prenhe de relâmpagos novos; um homem fatal, em torno do qual sempre ribomba e rola e rebenta e se passam coisas inquietantes” (Friedrich Nietzsche).

Daí que um filósofo não é necessariamente alguém que cursou uma faculdade de filosofia. Pode até ser. Mas um filósofo é alguém que em seus percursos carrega devires alegres que aumentam a potência democrática de agir.

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