Oficina- Museu do solo vivo: “CONSTRUÇÃO E MANUTENÇÃO DA FERTILIDADE DO SOLO”
DATA: 07/11/2012 (quarta-feira) HORÁRIO: 9 h – 17 h
LOCAL: Agroflorestas da Área de Permacultura do IFAM Campus Zona Leste (área no castanhal, entrada do outro lado da rua em frente a guarita do IFAM).
OBJETIVOS DA OFICINA:
– Realizar trocas de saberes e experiências científicas e populares sobre como a fertilidade do solo pode ser construída e mantida por meio de práticas agroecológicas.
– Discutir o solo como um sistema vivo.
– Discutir o papel dos sistemas agroflorestais e das árvores na construção da fertilidade do solo e na recuperação de áreas degradadas.
– Construir e sistematizar coletivamente por meio de processos participativos conhecimentos sobre indicadores da saúde do solo.
– Analisar a saúde do solo por meio da cromatografia.
PÚBLICO ALVO (60 vagas, sendo 20 vagas para a Oficina de Cromatografia)
– Participantes do II Semana de Agroecologia do IFAM
– Agricultores da Associação de Produtores Orgânicos do Estado do Amazonas (APOAM) e Agricultores agroecologistas da Rede Tipiti
– Parceiros do Projeto Ajuri Agroflorestal, Embrapa
– Pesquisadores, técnicos e consumidores comprometidos com os paradigmas da sustentabilidade.
INSTRUTORES (moderadores/sistematizadores)
– Acácia Neves– INCRA
– Eder Galucio
– Elisa Wandelli – Embrapa
– David Reis – SEMPAB
– Domingos Barros – IFAM
– Graciney Carvalho – SEMPAB
– Graça Passos – IFAM
– Janaina Aguiar – UFAM
– Jasiel Nunes – Embrapa
– Katell Uguen- UEA
– Luzia Correa- IFAM
– Mariana Semeguini- IPE
– Marcio Menezes – MDA
– Melissa Michelotti- IFAM
– Mirza Pereira – Embrapa
– Rosângela Reis – Embrapa
– Valdely Kinnup – IFAM
– Alunos e estagiários de Agroecologia, Florestal e Biologia
PROGRAMAÇÃO DA OFICINA – MUSEU VIVO DO SOLO “CONSTRUÇÃO E MANUTENÇÃO DA FERTILIDADE DO SOLO”
8 h – 9 h – Credenciamento e pequeno lanche – Refeitório da Permacultura
9 h – 10 h
– Boas vindas
– Apresentação dos grupos, instituições e organizações sociais presentes
– Apresentação dos objetivos e metodologia da Oficina
– Apresentação introdutória sobre a origem dos solos amazônicos e aspectos de sua sustentabilidade.
– Dinâmicas Culturais
– Divisão dos grupos para o circuito nas Rodas de conversas
10 h – 12 h
– Rodas de conversas – Nos sistemas agroflorestais da área da permacultura
Temas a serem abordados nas Rodas de conversas (cada cor constitui uma roda de conversa):
1 – Microbiologia do solo (bactérias e fungos)
2 – Fauna do solo
3 – Influência dos tipos de preparo da terra e cobertura do solo na conservação de nutrientes, água e na vida do solo.
4- Agroflorestas e plantas de cobertura
5 – Cobertura morta / matéria orgânica do solo
6 – Adubação verde
7 – Preparo e aplicação de composto
8 – Preparo e aplicação de biofertilizante
9 – Análise da saúde do solo pelo método Cromatográfico (grupo de 20 participantes durante todo o dia)
12 h – 13 h
Almoço – no refeitório da permacultura
13 h – 16 h
Continuação do circuito das Rodas de conversas – Nos sistemas agroflorestais da área da permacultura
16 h – 16h 30`
Compartilhamento de todas as rodas de conversas com o grupo de Análise da saúde do solo pelo método Cromatográfico –
INSTITUIÇÕES PARCEIRAS DA OFICINA:
Esta OFICINA é uma das atividades da II Semana de Agroecologia promovida pelo IFAM e será coordenada pela Embrapa e IFAM com as seguintes instituições parceiras: INCRA, SEMPAB, MDA, APOAM, NUSEC/UFAM, UEA.
CONTESTUALIZAÇÃO
O solo é um sistema vivo, não somente um aglomerado de nutrientes. A saúde do solo, e, portanto a fertilidade de áreas agrícolas, depende da interação de muitos fatores biológicos, ecológicos, físicos, químicos, hidrológicos e climáticos. Estes fatores podem ser manejados e, assim a fertilidade do solo pode ser construída pelos agricultores.
As práticas agroecológicas de construção da fertilidade do solo na Amazônia são constituídas com base nos princípios do funcionamento da Floresta Amazônica, onde uma das maiores e mais biodiversas cobertura florestal do planeta desenvolve-se sobre solos mineralogicamente pobres. Os princípios que norteiam a construção e a manutenção da saúde do solo agrícola são baseados no conjunto de processos ecológicos da floresta que constituídos principalmente na ciclagem de nutrientes por meio das folhas e galhos que cobrem o chão da floresta, na biodiversidade, em uma rica e ativa biota do solo, na presença de plantas que fixam nitrogênio do ar e na presença de árvores.
Para agricultores agroecologistas não existem solos ruins, o que há são manejos agrícolas inadequados para as diferentes realidades. Com práticas agroecológicas de construção da fertilidade do solo há respeito a todas as formas de vida, com preservação dos recursos naturais, melhoria da qualidade de vida, valorização dos saberes locais e sem a aplicação de insumos químicos e agrotóxicos que degradam a saúde humana e dos recursos naturais.
Leitores Intempestivos