Archive for the 'Ecosofia' Category

CORRA, CORRA QUE NÃO HÁ MAIS VAGA NEM EM LOMBO DE JEGUE, MULA, E BODE PARA PARTICIPAR DA FESTA DA TRANSPOSIÇÃO DO SÃO CHICO COM LULA E DILMA

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 Verdadeira loucura, meu! Os caras calcularam umas cinco mil pessoas na festa da tranposição do São Francisco com a participação de Lula e Dilma e os cálculos defasaram. Não há mais lugar em hotéis, pousadas, pensões, ônibus, vans, lombo de mula, jegue, bode e outros animais-transportes antropomorfizados.

   O acontecimento será domingo, dia 19, e há uma multidão querendo participar da festa não só pela inauguração da obra histórica que é a transposição do Rio São Francisco, mas, também, pela festança de poder testemunhar a presença de Lula e Dilma como os responsáveis pela magnânima realização hídrica-arquitetônica-humana. Um testemunhar que dissipa qualquer tentativa de posse de golpista que se quer passar como o autor da magnânima-realização. Como vem ocorrendo com o golpista-mor Temer, e seus asseclas. Se golpe é o corpo fálico da política, não tem potência de agir, como pode realizar uma obra que implica relações sociais entre habitantes de regiões como modus de melhoria de suas existências? Golpista como golpista-corpo-fálico não se relaciona nem com matéria e nem afetos variadores-criativos.

   A transposição do Rio São Francisco é autoria de Lula com a participação de Dilma e mais a mão de obra eminentemente nordestina. A portentosa realização nordestina acirra o ódio das aberrações nazistas que imaginem um mundo só deles. Imaginam? Imaginam nada. Nazifascista cultua a morte, tem medo da vida e para construir um mundo e essencial amar a vida.

    Vamos lá, moçada! O que é nosso é nosso e nenhum golpista tasca! Vamos lá que São Francisco é nosso!

FILMAGEM SÁDICA DE “QUATRO VIDAS DE UM CACHORRO” MOSTRA OBSCENIDADE ANTROPOMÓRFICA DA AMBIÇÃO DO LUCRO SOBRE OS ANIMAIS

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 O filósofo Jean Baudrillard mostra a obscenidade como êxtase do real. A dissipação do real pelo virtual. O fim da objetividade como referência dos sujeitos reais. A antropomorfização dos animais, atribuir sentimentos chamados humanos aos animais, é uma forma de obscenidade. O animal perde seu instinto natural, sua natureza, através da força obscena do homem.

 Desde pequena a criança, e os adultos e idosos de hoje, é obrigada a ter dos animais um entendimento “humanizado”. Cujo objetivo é tornar o animal seu parceiro. Principalmente quando é uma criança criada sozinha, sem irmãos, ou colegas com quem ela possa distribuir vivências reais.

    Antropomorfizados os animais foi fácil transformá-los em fonte de lucro. O circo é um cruel exemplo. Com a indústria cinematográfica, essa fonte de lucro foi super dimensionada. Disney que o diga. Sem essa violência contra os animais não haveria esse pseudo mundo infantil que é a Disney World. A ilusão compensatória de adultos cujas infâncias foram obstruídas. A mentira satisfatória, como diz Baudrillard, para o adulto acreditarem que existe um mundo adulto fora da Disney.

  Seguindo essa fonte perversa de lucro, o deus Mamon do capitalismo, a companhia de filmes Universal Pictures resolveu produzir o filme “Quatro Vidas de Um Cachorro”, que conta a luta do cachorro, personagem principal, por sua sobrevivência, e que será lançado no dia 28 de janeiro. Só que durante as gravações, o cachorro, melhor amigo do homem, homem que não alcançou o grau superior da amizade, é continuamente violentado para realizar os objetivos das filmagens que vão servir de adestramento sensorial e mental do público cúmplice. Que vai pagar o ingresso para confirmar sua cumplicidade antropomórfica. E voltar para casa, se tiver algum bichinho doméstico, para transferir sua cumplicidade ao amigo do lar.

   O técnico-homem das gravações, amigo do cachorro, tenta jogar o amigo de Lázaro – esse era amigo – em uma piscina simulando correnteza, mas o amigo de Lázaro se opõe à tortura. O técnico-homem não quer que o personagem principal tenha um momento de autonomia e o tenta jogar da água. O cachorro, amigo de Lázaro, reluta, mas é empurrado para o sadismo dos produtores do filme. Até que o cachorro afunda e os técnicos e a direção ficam preocupados. Preocupação não com o cachorro, é óbvio, mas a perca de lucro se o cachorro morre.

   O site TMZ obteve o vídeo e jogou na rede. A maior ONG do mundo responsável pela defesa dos animais A People For The Ethical of Animals (PETA) entrou em ação e já deflagrou o boicote ao filme que para ser realizado violentou o amigo de Lázaro. Daí, a lógica capitalista ser um estrondoso deboche contra o público: segundo os realizadores o filme é uma mensagem de amor pelos animais. Há quem goste desse tipo de “amor”, mas não os animais.

   Síntese da antropomorfização-fílmica: o mal contra o cachorro como forma de entretenimento para fortalecer o mal que é capitalismo.

    Vejam o vídeo, ouçam e constitua sua consciência defensora dos direitos à vida dos animais. E de quebra, se nega a seguir o êxtase do real, a obscenidade.

     E aqui o trailer do filme para os cúmplices da violência contra os animais. É tão bonitinho! Parece comigo.

PSDB BUSCA A PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA E PROVAM TER UM ENTENDIMENTO ERRADO SOBRE O BRASIL

O assim chamado Partido da Social Democracia Brasileira entraram com um recurso na Procuradoria-Geral da República (PGR) para que se apure o pronunciamento televisivo da Presidenta Dilma na semana passada sobre a redução da tarifa de energia.

Segundo os tucanos houve no pronunciamento o uso da máquina pública do Partido dos Trabalhadores que fez o anúncio fosse além do informativo e abrisse espaço para criticar a oposição. Ainda por cima informaram que na ocasião houve uso “eleitoral” de “configuração gráfica” semelhante a feita na campanha que elegeu Dilma Vana Rousseff e desta forma buscando confundir o eleitor. Colocamos abaixo o vídeo completo do pronunciamento que mostra o equívoco do PSDB.

Primeiramente o quesito visual não tem nada a ver com a acusão tucana. Dilma como sempre está elegante, alegre e confiante e utiliza sua sala no Planalto para fazer o pronunciamento. O mesmo ocorreu durante os outros pronunciamentos no ano passado, inclusive no de fim de ano. Esta acusação nada mais mostra o medo do PSDB, que não distingue a variação afetiva de Dilma Vana Rousseff Presidenta da República que por sua vez tem aprovação recorde, e foi a candidata que os derrotou. Em outras palavras eles ainda não perceberam que é a mesma mulher em sua singularidade, mas é outra mulher que se transformou em seu fazer democrático presidencial. Mas como explicar isto a alguém que só enxerga seu processo delirante  fantasmagórico?

No pronunciamento, além informar a população Dilma, que é doutora em economia, deu uma aula sobre as reservas de energia do país em suas mais diversas formas (biomassa, xisto, termelétricas, etc). Ao fim do pronunciamento Dilma  comentou sobre a parte mais reacionária da sociedade , os “sempre do contra” que estão ficando para trás. Ela ainda informou que erraram os que achavam que o país não tinha capacidade de “crescer e distribuir renda, sair da miséria”. Dilma não se refere a nenhum grupo e usa contra  todos os equivocados seu otimismo e determinação sociopolítica.

Esta última parte é a questionada pelo PSDB. Porém foi evidente em vários momentos no fim do ano passado e no início deste ano que a mídia reacionária e a direitaça usou de seu espaço e voltou-se a população para inventar que o país passaria por um apagão, racionamento de energia, que a taxa energética subiria elevadamente, que não haveria água nos reservatórios. Isto sim é especulação e falta de ética política/jornalística.

Dilma no pronunciamento apenas respondeu a estes grupos que eles erraram, e enquanto insistirem em sua caturrice pessimista, continuarão ficando para trás. O incômodo do PSDB é devido eles sentirem que o que Dilma falou é verdade e se identificarem no grupo dos que são “sempre do contra”, se sentindo ofendido pela presidenta ao afirmar que eles erraram. A angústia da culpa somada com raiva e ressentimento após o puxão de  orelha da “mãe imaginária” como diria o velho Freud. E Dilma também precisa falar didaticamente ao povo brasileiro para que não se desespere e não acredite nestes falsos profetas da direitaça que se apoia na mídia mais reacionária e que busca deturpar com seu ódio cada fala de Dilma. Este fato tinha que ser exposto afinal a cada dia mais falsos boatos são espalhados. E isto também prova que o PSDB não entendeu o posicionamento do governo federal e comprova ser um partido reacionário que busca apenas saciar sua sede de poder.

Dilma, no entanto, nunca utilizou de desprezo ou desdêm por estes grupos reacionários para subir. Ela nunca “desceu para precisar subir” como cantou Clara Nunes em um samba. E além do mais Dilma não precisa. Tem um grande talento, uma aprovação recorde, a economia brasileira vai bem, e a população melhora a cada mês com mais emprego e com a redução da miséria e desigualdade social. Mesmo se Dilma algum dia precisasse utilizar da chamada “baixaria política” ela não o faria visto que é uma mulher integra com grande hombridade e dignidade.

E assim independente de ser candidata ou não no próximo pleito, a maior preocupação de Dilma, ao contrário do PSDB, é com um governo que traga reais benefícios ao povo brasileiro e construa um Brasil diferente. Como nunca antes na história deste país.

SINDICATOS CONFIRMAM CONTINUAÇÃO DA GREVE DOS PROFESSORES DAS UNIVERSIDADES FEDERAIS

Os sindicatos que representam os professores das universidades federais, depois da posição intransigente do governo federal ao por fim as negociações afirmando que havia chegado ao seu limite nas negociações, resolveu reafirmar o que já havia decidido antes de ontem: Os professores das universidades federais vão continuar com a paralisação.

Para Marinalva Oliveira, a presidenta da Associação Nacional dos Docentes das Instituições do Ensino Superior (Andes) o objetivo do movimento é continuar fortalecendo a greve, continuar “insistindo nas negociações”.

“Nós acreditamos que ninguém vai voltar a trabalhar. Quem interrompeu o processo de negociação foi o governo e não nós. Foi uma decisão unilateral. A partir daí nós manifestamos a decisão de fortalecer a greve. A decisão de toda a categoria é continuar o processo de negociação.

O governo quando veio com a proposta dele em nada considerou a proposta colocada pela Andes-SN. Nós trabalhamos com reestruturação de carreira. Queremos o mesmo percentual de aumento entre os níveos (5%), progressão de carreira segundo critérios de titulação, por exemplo, de serviço e desempenho que sejam definidos em cada instituição e não como o governo propõe, definido posteriormente. É como se você estivesse assinando um cheque em branco para tua progressão”, analisou a presidenta da Andes, Marinalva Oliveira.

Agora, a nova determinação, segundo a Andes, é procurar marcar audiência com o ministro da Educação, Aluizio Mercadante, e a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, para abrir nova frente de negociações. 

DIA MUNDIAL DA ÁGUA

 Hoje, dia 22 de março, é comemorado o Dia Mundial da Água.  A comemoração não fica por conta de uma realidade biológica-cultural, ou seja, a importância da água na vida dos seres vivos – e não vivos – que compõem a caosmose Vida. A fundamentalidade da água como elemento correspondente ao viver Humano.

       Não. A comemoração/comprometida fica por conta das manifestações de grupos, entidades, movimentos sociais em defesa da água em função do perigo que corre. Não só pela ameaça dos poluentes, mas também pela ameaça de que seja transformada em uma mercadoria de exploração capitalista por empresas multinacionais representantes do capitalismo predador (todo capitalismo é predador, isso é tautologia).

      O que poderia ser um ritual de graça e sublimidade, em razão de sua transcendência ontológica, é uma manifestação de preocupação contra a irracionalidade da ambição do lucro que ameaça os menores e maiores mananciais hidrográficos do mundo. Principalmente os da América Latina, como os da Bacia Amazônica. O Rio Amazonas, como exemplo de ser a maior abundância aquática internacional capaz de suprir necessidades da maior parte do mundo. Daí o olhar e as maquinações do capital internacional contra ele.

       A água como elemento natural universal será lembrada neste dia de hoje, 22 de março, pelas pessoas que acreditam que viver é se comprometer eco-bio-culturalmente, visto que a água é elemento-mineral coletivo. Mesmo que o capital-voraz tente privatizá-la.

 

MANIFESTANTES PROTESTAM CONTRA CÓDIGO FLORESTAL

 Mais de 1.100 pessoas de todo o Brasil e vários países da América Latina participaram ontem, dia 7, no gramado em frente ao Congresso Nacional, de uma manifestação contra a aprovação do novo Código Florestal.

      O movimento faz parte da campanha nacional que percorreu 35 praias do litoral brasileiro em defesa das florestas e da preservação das áreas ecológicas, #MangueFazaDiferença. A campanha é composta de 136 organizações não governamentais, e Brasília foi escolhida para o encerramento.

      Na opinião de Mário Montovani, diretor de Políticas Públicas da SOS Mata Atlântica, o movimento procura mostrar que há uma posição de toda a sociedade contra a votação do Código Florestal.

      “O que a gente que mostrar é que esse ‘papo’ não é só de ambientalista e ruralista. Tem muita coisa quando se trata de política pública, de interesse nacional. O que a gente está vendo aqui hoje é uma reação àquilo que os ruralistas dizem que é um interesse do agronegócio.

    Nós queremos fazer com que todos tenham uma participação, que todos sejam ouvidos. Não há essa urgência, essa pressa para votar aquilo que é de interesse daqueles que não querem pagar suas contas. Que querem simplesmente continuar surfando em cima deste grande momento brasileiro, que é o agronegócio”, disse Mário.

      Para o empresário e militante do grupo Mangue Faz a Diferença Rodrigo Joffily Bucar Nunes, a manifestação com um grande número de pessoas mostra a insatisfação da sociedade com o descaso do governo em alguns assuntos.

    “Esse movimento mostra a posição da sociedade civil que não quer ver a coisa aprovada. Não adianta gerar mais alimento de forma insustentável acabando com recursos naturais, é andar para trás. O que fica claro pra gente é que quem está lá dentro não respeita a gente. Estamos aqui na porta dizendo que tem algo errado”, opinou Rodrigo.

 

    

A MAIORIA DAS ATIVIDADES NA SEMANA DO MEIO AMBIENTE SÃO ANTINATURAIS (III)

A Zona Franca de Manaus e a degradação ambiental

Michel Foucault fala da importância das lutas locais ou específicas para fazer fissuras no poder constituído. Pois tá, em Manaus, em vez de se discutirem as questões em torno do falacioso projeto Zona Franca Verde ou da morosidade do Prosamim, por exemplo, as atividades em torno da Semana do Meio Ambiente se dividem ou no desespero global ou em ínfimas soluções inexequíveis. De um lado o buraco na camada de ozônio, o efeito estufa, o aquecimento global, o perigo nuclear; de outro fazer sabão com óleo de cozinha, fazer enfeites e objetos com garrafa plástica, desenhar a estúpida árvore chorona, fazer maquetes para culpabilizar a população pela poluição dos igarapés e outras coisas parecidas. Tudo simulações que servem apenas para desviar as verdadeiras questões ambientais da cidade. Se se quer partir da raiz da questão, como diria Marx, para se falar em degradação ambiental em Manaus, tem-se de partir da instituição da Zona Franca de Manaus (ZFM) em 1967, mas a partir da realização de uma descontinuidade na História do Amazonas, realizando uma linha que traça a genealogia e as tristes consequências da degradação ambiental.

Primeiro Surto da Borracha. Como os manauaras sabem, afora o genocídio dos índios por assassinos sanguinários como Pedro Teixeira e o Marquês de Pombal, onde hoje é o estado do Amazonas foi o último espaço do Brasil a ser colonizado. Só existiam vilarejos até o período áureo da borracha (1879-1912), quando Manaus foi transformada na Paris dos Trópicos. Nesse período foram construídos todos aqueles “prédios históricos” de hoje (a maioria já sem qualquer semelhança com o original): o Teatro Amazonas, o Palácio da Justiça, o Palácio Rio Negro, a Alfândega, etc. A cidade de Manaus, que compreendia apenas o que hoje é apenas o Centro – o Cemitério São João Batista era fora da cidade -, era a cidade mais moderna do Brasil, depois de Belém, é claro. Tinha energia elétrica (o que não era comum na maioria das cidades ainda), bonde elétrico, água encanada, em 1909 foi criada aqui a primeira universidade do Brasil (embora outros estados apontem o mesmo acontecimento com séculos de diferença). Tudo para os barões do látex, enquanto os tapuias estavam pelos matagais matando-se com os últimos indígenas. Até que as sementes de seringa foram traficadas pela biopirataria e o ouro branco jorrou na Ásia. Manaus foi abandonada. Alguns dos barões da borracha estavam tão ricos que não fizeram sequer questão dos seus imóveis na cidade.

Segundo Surto da Borracha. Nos prédios se criaram teias de aranha, começou a falta d’água, o bonde da história quebrou… A cidade de Manaus – assim como todo o estado do Amazonas -, ficou abandonado até a Segunda Guerra, quando o Japão fechou a saída de borracha asiática para a Europa e os Estados Unidos, e os aliados lembraram que havia seringueiras em outro lugar do mundo. Fizeram propaganda e, em três anos, de 1942 a 1945, cerca de 100 mil nordestinos migraram para o Amazonas para trabalhar na extração do látex. Os Soldados da Borracha. Se você perguntar nos bairros, muita gente teve um avô, um bisavô que foi soldado da borracha. Ainda há muitos remanescentes vivos em Manaus que podem relatar essa história. Depois da enganação, até hoje muitos lutam para ter sequer uma aposentadoria com a patente que desempenharam, mas como não têm medalhas para comprovar, só ferimentos…

Terceiro Surto Econômico – Zona Franca de Manaus. Após o fim da guerra, os aliados se desalinharam e a cidade, que já havia se expandido um pouco além do cemitério, virou uma cidade fantasma até que, em pleno recrudescimento da ditadura militar no Brasil, pelo Decreto-Lei nº 288, de 28 de fevereiro de 1967, foi fundada a Zona Franca de Manaus, permitindo vantajosos incentivos fiscais e isenção de tarifas alfandegárias para empresas multinacionais.

Os ditadores militares precisam ser julgados não só pelas torturas e assassinatos, mas aqui principalmente pelo crime ambiental que cometeram no Amazonas. Além de deixarem os interiores na sua fantasmagoria, a cidade de Manaus inchou como um cachorro morto caído à rua. Não houve qualquer previsão e controle do aumento populacional e suas consequências. Os trabalhadores-mão-de-obra barata, que vieram de todos os rincões dos interiores e de outros estados que não tiveram o privilégio de uma zona franca, rapidamente ocuparam a beirada dos igarapés centrais e depois se expandiram em invasões. Na verdade, estas invasões ocorreram em áreas que acabaram e acabam sendo indenizadas pelo Estado a senhores que ninguém sabe como conseguiram os títulos de propriedade da terra. Nas zonas Norte e Leste de Manaus, as duas maiores zonas de Manaus, todos bairros foram formados ou por invasões da população necessitada ou por loteamentos de grileiros bem-nascidos, amigos de juízes e governadores.

Os antigos falam dos piqueniques nos igarapés centrais de Manaus, mas como os tirânicos governantes (Gilberto, Amazonino, Eduardo Braga), que des-governam o Amazonas há três décadas, e que sucederam os ditadores pós-ditadura continuaram o crime ambiental, o que se vê aí até hoje são as consequências. Em nenhum bairro de Manaus, seja na periferia ou nos bairros nobres, há saneamento básico. Todos os dejetos, não só geladeira velha, sofá e televisão, mas mijo, bosta, água suja, vão todos para os igarapés. O esgoto do Hotel Tropical desemboca diretamente na Ponta Negra. Talvez as pessoas que se banham, pegam bronze, fazem marquinha não se incomodem, já que, como diria Cazuza, merda de rico é mais cheirosa, pois eles têm dinheiro pra comprar perfume e ninguém vê os coliformes fecais nas fotografias dos cartões postais, ou no orkut.

Manaus, embora com um dos maiores PIBs (Produto Interno Bruto) do país, sofre com uma miséria galopante e serviços públicos inexistentes ou depauperados. Há muito se sabe que a Zona Franca de Manaus serve mais como ponte aérea do capital de multinacionais, como suporte eleitoreiro de políticos demagogos e, agora mais do que comprovado, como sustentáculo de enriquecimento ilícito de inúmeros agentes públicos corruptos, a começar pela eterna dirigente da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), Flávia Grosso, que recentemente teve os bens bloqueados pela Justiça federal.

Quem vai querer ir na raiz da questão? Para grande parte da população amazomanoniquim, a ZFM é a garantia de nossos empregos, o maior lema das campanhas eleitorais do estado, principalmente no que diz respeito às campanhas para deputado federal e senador, é: “Pela defesa da ZFM!” Mas a ZFM está sempre fragilizada. É uma patologia congênita recorrente nos surtos antinaturais. Está sempre próxima de um colapso, como agora com a Medida Provisória (MP) 354, que garante a produção de tlabets e displays em outras cidades brasileiras, mas que está impedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Mas todo ano há uma ameaça para ZFM. Bom para os políticos profissionais, que lucram os dividendos na defesa de um perverso e irresponsável projeto da ditadura militar, justamente porque não tem e nunca tiveram projetos autênticos para o estado do Amazonas, seja para os interiores, seja para a capital.

Como disse recentemente o deputado estadual José Ricardo, uma das pouquíssimas vozes que tem coragem de questionar o modelo ZFM: “Por que depois de 44 anos de ZFM e de quase 30 anos com o mesmo grupo político não se pensou em outra atividade de desenvolvimento para a capital e o interior do Amazonas? Por que não temos fábrica para enlatar pescado e hoje somos obrigados a comprar sardinha enlatada de outros estados? Por que não temos as maiores indústrias de barcos do Brasil? Por que não fabricamos medicamentos e não produzimos mais alimentos? Por que tudo vem de fora? Por que todas as nossas riquezas não são revertidas em prol do povo, como o minério e o gás?”

A resposta é simples: no Amazonas nunca existiram gestores públicos lúcidos quanto mais pensantes e a corruptela da nossa medíocre classe política é o maior problema de nosso ambiente.

PARA AIEA A SITUAÇÃO NO JAPÃO NÃO ESTÁ FORA DE CONTROLE COMO AFIRMOU O COMISSÁRIO EUROPEU PARA ENERGIA

Opondo-se ao que afirmou o comissário europeu para energia, Guenther Oettinger, que disse que a situação referente ao vazamento de energia nuclear na Usina Nuclear de Fukushima encontra-se fora de controle, o diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Yukiya Amano, afirmou que a situação é muito séria, mas não está fora de controle.

Não é o momento de dizer que a situação está fora de controle. Evidentemente, a situação se desenvolveu nas últimas 24 horas e agora é muito séria”, afirmou o diretor da AIEA.

Alguns reatores da Usina Nuclear de Fukushima, desde o dia do terremoto-tsunami, vêm sofrendo explosões e emitindo radiação para atmosfera ambiente, depois que o seu sistema de resfriamento apresentou falhas. Entretanto, de acordo com algumas leituras sobre a radiação houve uma “emissão limitada”.

O diretor da AIEA, Amano, vai viajar amanhã para o Japão com o objetivo de avaliar a atuação da AIEA na Usina Nuclear de Fukushima, e se reunir com autoridades japonesas.

Eu quero ir para o Japão para mostrar que este é o momento de a comunidade internacional permanecer unida e ajudar o Japão.

Eu não sei quem estará na reunião, mas pretendo me reunir com os níveis mais altos. Discutir a situação com eles pessoalmente e trocar opiniões”, afirmou Amano.

Ele afirmou ainda que pretende pedir às autoridades japonesas que acentuem suas formas de comunicação com o organismo da Organização das Nações Unidas (ONU).

MARINA, A POTÊNCIA-SILVA

O nome corresponde a duas enunciações. Uma, mais óbvia, corresponde à identidade psicológica-social-jurídica dos indivíduos. É seu referente comunicativo. Suas duas formas de expressividade: visível e não-visível. Na primeira, quando é identificado diretamente por um outro sujeito-perceptivo; na segunda, quando é identificado por uma evocação imaginária-sujeito: lembrança. Em qualquer das duas é sempre uma identificação individual. Nada que rompa a força do significado-significante identificatório. A outra, quando escapa à identidade individual e torna-se uma potência política. Um agenciamento de desejos que apanha uma multiplicidade de indivíduos como seus propagadores. Como diz o filósofo Deleuze, “mais severo exercício de despersonalização”. Exemplo: o Marx que não é mais um nome pessoalizador de um filósofo produtor de enunciações contrárias ao sistema capitalista, mas uma subjetividade-agenciadora de desejos que apanha indivíduos como vetores enunciadores destes códigos. Não se trata mas do filósofo, mas sim de uma potência.

A POTÊNCIA-SILVA

O Silva no Brasil é praticado nas duas enunciações: Uma, a identidade psicológica-social-jurídica, e a outra, um agenciamento de desejos múltiplos. O Silva da ex-ministra Marina é mais o segundo. Há muito que Marina deixou de ser apenas um Silva identificação nominal de um indivíduo. Há muito seu Silva emergiu como potência de uma classe pobre, excluída das políticas sociais empregadas pelo Estado, em conjunção aos percursos políticos da mulher-devir-acreana. Daí este Silva tentar disjuntar as conexões da rede rígida da não-politica ambiental do Brasil, para permitir passar livremente a força ecológica necessária à construção de uma ontologia onde o homem se movimente como ser-ecosófico-ambiental-mental-social (Guattari) e não um espectro anemizado pelos imobilizantes códigos do capitalismo deletério. A Potência-Silva no Brasil é o possível de um real socializado capaz de liberar sentidos de uma classe não mais excluída, humilhada e ofendida. Este, o perigo que mina a ambição do capitalismo voraz contra-ambiental que tenta através de qualquer recurso, principalmente os mais sórdidos, eliminá-lo. Este, o devir-mulher-Marina, que tentou ecosoficar o que a tecno-burocracia-financeira conseguiu institucionalmente travar. Por enquanto.

Marina é senadora, no Senado vai flruir o Silva. Vai ficar frente a frente com o lobby dos Johns, dos Jacks, brasileiros tanto da direita quanto da chamada esquerda, mas ela sabe que a potência do Silva não se reduz a uma evocação nominal própria. Assim, silvamente, vai nessa subjetividade se movimentando nos fluxos mutantes e nos quantas desterritorializantes cosmogênicos da turbulência lucreciana do clinamen terreno.


USAR O CONTROLE REMOTO É UM ATO DEMOCRÁTICO!

EXPERIMENTE CONTRA A TV GLOBO! Você sabe que um canal de televisão não é uma empresa privada. É uma concessão pública concedida pelo governo federal com tempo determinado de uso. Como meio de comunicação, em uma democracia, tem como compromisso estimular a educação, as artes e o entretenimento como seu conteúdo. O que o torna socialmente um serviço público e eticamente uma disciplina cívica. Sendo assim, é um forte instrumento de realização continua da democracia. Mas nem todo canal de televisão tem esse sentido democrático da comunicação. A TV Globo (TVG), por exemplo. Ela, além de manter um monopólio midiático no Brasil, e abocanhar a maior fatia da publicidade oficial, conspira perigosamente contra a democracia, principalmente, tentando atingir maleficamente os governos populares. Notadamente em seu JN. Isso tudo, amparada por uma grade de programação que é um verdadeiro atentado as faculdades sensorial e cognitiva dos telespectadores. Para quem duvida, basta apenas observar a sua maldição dos três Fs dominical: Futebol, Faustão e Fantástico. Um escravagismo-televisivo- depressivo que só é tratado com o controle remoto transfigurador. Se você conhece essa proposição-comunicacional desdobre-a com outros. Porque mudanças só ocorrem como potência coletiva, como disse o filósofo Spinoza.

Acesse esquizofia.wordpress.com

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CAMPANHA AFINADA CONTRA O

VIRTUALIZAÇÕES DESEJANTES DA AFIN

Este é um espaço virtual (virtus=potência) criado pela Associação Filosofia Itinerante, que atua desde 2001 na cidade de Manaus-Am, e, a partir da Inteligência Coletiva das pessoas e dos dizeres de filósofos como Epicuro, Lucrécio, Spinoza, Marx, Nietzsche, Bergson, Félix Guattari, Gilles Deleuze, Clément Rosset, Michael Hardt, Antônio Negri..., agencia trabalhos filosóficos-políticos- estéticos na tentativa de uma construção prática de cidadania e da realização da potência ativa dos corpos no mundo. Agora, com este blog, lança uma alternativa de encontro para discussões sociais, éticas, educacionais e outros temas que dizem respeito à comunidade de Manaus e outros espaços por onde passa em movimento intensivo o cometa errante da AFIN.

"Um filósofo: é um homem que experimenta, vê, ouve, suspeita, espera e sonha constantemente coisas extraordinárias; que é atingido pelos próprios pensamentos como se eles viessem de fora, de cima e de baixo, como por uma espécie de acontecimentos e de faíscas de que só ele pode ser alvo; que é talvez, ele próprio, uma trovoada prenhe de relâmpagos novos; um homem fatal, em torno do qual sempre ribomba e rola e rebenta e se passam coisas inquietantes” (Friedrich Nietzsche).

Daí que um filósofo não é necessariamente alguém que cursou uma faculdade de filosofia. Pode até ser. Mas um filósofo é alguém que em seus percursos carrega devires alegres que aumentam a potência democrática de agir.

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