Nós, Suínos, em defesa de nossa honra e direitos democráticos, estamos através desse manifesto expressando nossa indignação contra todos os que tentam, de forma estupidamente preconceituosa, nos igualar ao golpista Geddel Vieira Lima.
Porém, antes de expressarmos o conteúdo desse manifesto de repúdio aos apedeutas-zoológicos, queremos isentar o roqueiro revolucionário de Brasília, Renato Russo, que, ainda no colégio, foi o primeiro a usar nossa espécie como referência desqualificadora para atingir Geddel. Para tal fez uso dessa avaliação: “in-su-por-tá-vel suíno”!
Isentamos Renato Russo, de quem somos fãs, porque na época ele ainda não tinha atingido a dimensão política que depois veio atingir. E que o levou a compor a obra prima “Que País é Este”, baseada na grande inferência que Lula fizera da Câmara Federal quando a sintetizou na enunciação “300 picaretas”. Com esse entendimento Renato Russo fica liberado por nós.
Vamos ao manifesto. Durante muitos anos temos nos posicionados, como Suínos, contra a posição de muitos humanos, demasiados humanos em atribuírem suas frustrações valorativas aos animais. Uma verdadeira cruel antropomorfização quando atribuem sentimentos e condições humanas a nós animais.
No que diz respeito específico a nós Suínos, ficamos preocupados quando o camarada George Orwell, uma espécie esclarecida e engajada, nos colocou em posição humilhantes em sua obra A Revolução dos Bichos quando se tratava de fato histórico eminentemente humano, demasiado humano. Nada a ver com as outras espécies. Os animais não criaram valores para direcionar suas vidas, posto que fluem em seus movimentos em suas vidas como natureza. Na natureza não há qualquer valor. Ela é em si mesma. Um convincente pensamento é oferecido pelo filósofo Nietzsche que é um destruidor de ídolos valorativos e criador da trasvaloração dos valores.
Dois seguimentos confirmam que é impossível igualar Geddel a nós, Suínos. Um é sua gordura. A gordura dele não é a nossa e não tem a mesma consequência que a nossa tem. Ele é gordo como humano que pode ser uma consequência genética ou uma consequência de seu caráter-oral, como mostra a psicanálise. Dois, o caráter moral de Geddel. Ele é filho político de Antônio Carlos Magalhães, Toninho Malvadeza (um dos patronos da Rede Globo quando fora ministro das Comunicações), que ao perceber sua oralidade compulsiva mercadológica cunhou o dito: Geddel vai às compras. De tanto ser protegido pelos ACM escapou da CPI dos Anões do Orçamento pela mão do filho de Toninho Malvadeza. Hoje Geddel tem apoio do Neto ACM.
Nenhum suíno foi amigo de ACM e muito menos participou do Congresso Nacional e de nenhuma maracutaia, como se expressa nosso amigo Lula. Nenhum suíno é golpista, parceiro de Eduardo Cunha, Jucá, Padilha, Henrique Alves, Genebaldo Alves, Renan, Fernando Henrique, Aécio, e do golpista-mor Temer, entre outros golpistas como a Rede Globo. Se tentam igualar Geddel a nós pelo sentido moral de lama, afirmamos que a lama, nos dois sentido, não é criação nossa. A lama é da cultura humana, demasiada humana. A lama é da urbe. Em nosso habitat não há lama. O que á água produz em nosso habita, não tem sentido de lama para nós. Não é sujeira. Esse corpo faz parte de nossas vidas que nos permite uma relação direta com os nossos dois princípios: água e terra. Nenhum significado moral.
Para finalizar, indicamos para vocês o estudo do filósofo Nietzsche, o Anticristo, onde ele mostra o nascimento do corrupto. Para ele o corrupto é todo aquele que teve seu espírito e instinto degenerado. Todos que anularam a vontade de potência em si. Com ele vocês vão aprender que esse sentido de sujeira, lama, é próprio de quem se encontra corrompido, já que corrupto não é apenas quem se apossa de dinheiro público, como propaga a Lava Jato de vocês, mas modo de ser. Um covarde, lambaio, hipócrita, vaidoso, orgulhoso, preguiçoso, ambicioso, indiferente, calculista, narcisista compulsivo, capitalista, submisso, etc., todos são corruptos porque têm seus instintos e espíritos degenerados.
O camarada Brecht também vacilou quando afirmou, de forma pejorativa, que “os porcos voltam para casa”, mas nós, por nossas identificações políticas com ele, soubemos desdobrar seu dito: Nós não voltamos para casa, porque jamais saímos dela.
No mais, esqueçam de nós. Não precisamos de suas frustradas existências para viver naturalmente. Não somos nenhum Geddel.
Porém, nos conclamamos: Suínos do mundo, uni-vos, pois não tendes nada a perder a não ser a brasa das churrasqueiras dos humanos burgueses. Uni-vos, pois “tudo que é sólido se desmancha no ar!”.
Leitores Intempestivos