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“SEXISMO, HOMOFOBIA, LESBOFOBIA, DESCRIMINAÇÃO RACIAL, DESRESPEITO AO DIREITOS HUMANOS E SOCIAIS E AO ESTADO LAICO”, SÃO ALGUMAS DAS POSIÇÕES QUE O MANIFESTO FEMINISTA ENCONTRA EM YVES GRANDA PARA QUE ELE NÃO SEJA INDICADO MINISTRO

Como já se sabe, o desgoverno Temer é produto de uma reação (reação é o comportamento de todos em que a vontade de potência foi desativada pela força contrária a vida. Daí, porque se chama de reacionário todo aquele que não age, só reage através do que já impregnado em si) antidemocrática. O que significa que todos que participam desse desgoverno são golpistas. E não adianta recorrer ao argumento de que só participa do desgoverno em função de sua capacidade produtiva, porque em desgoverno golpista não há produtividade no sentido de valoração da vida.

 A morte do ministro Teori, relator da Lava Jato, que passou meses para pedir o afastamento de Eduardo Cunha da presidência da Câmara Federal feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, retardo que redundou no golpe contra a presidenta Dilma Vana Rousseff, eleita democraticamente com mais de 54 milhões de votos, abriu uma perspectiva alvissareira para o desgoverno golpista: ele pode indicar o ministro que vai ocupar a vaga de Teori como relator da Lava Jato. Um achado, já que o ministro indicado terá os poderes que os golpistas almejam para deixem a posição de ansiedade quanto as investigações, julgamentos e, talvez, suas condenações como réus acusados de corrupção. Então, os anseios do senador Jucá, “estancar a sangria”, proporcionada pela Lava Jato sejam extirpados.

  Diante do caso Teori, um dos primeiros nomes que foi posto como possível ministro para o cargo foi de Yves Granda. Para quem acompanha o desenrolar sofrido das chamadas fases brasileiras comandadas pelos alcunhados políticos, Yves Grande é muito bem conhecido por suas posições ultra-reacionárias que extrapolam a modernidade, e mais ainda a pós-modernidade. Ele é o tipo que o filósofo Nietzsche chama de “retardo”. Os que não são nossos contemporâneos. Os destemporalizados. Os que ficaram imobilizados no passado longínquo.

    Compreendendo essa realidade “grandiana”, o movimento feminista decidiu mobilizar um manifesto para que o pior não ocorra. Não esquecer que trata-se de desgoverno golpista. Qualquer indicado tem é igual.

      Leia o manifesto.

 

MANIFESTO DE LANÇAMENTO DE
ANTICANDIDATURA AO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Nós, mulheres, abaixo-assinadas, profissionais de diversas áreas, negras, brancas, indígenas, estudantes e membros de organizações e movimentos sociais, conscientes da importância das funções exercidas pelos integrantes do Supremo Tribunal Federal e firmes na defesa
– do Estado Democrático de Direito;
– da soberania nacional;
– do pluralismo político;
– do patrimônio público;
– do desenvolvimento econômico sustentável comprometido com a construção de uma sociedade em que a livre iniciativa esteja condicionada à garantia do valor social do trabalho;
– de uma sociedade em que a propriedade esteja subordinada à função social;
– da construção de políticas públicas sociais integradoras e redutoras de desigualdades;
– do ensino público e universal;
– do direito à saúde e à seguridade social e ao acesso aos bens da vida que assegurem a igualdade positiva de que trata o art. 5º, caput, da Constituição da República Federativa do Brasil, e;
atentas à diversidade humana, cultural, socioeconômica, étnica e religiosa da sociedade brasileira e comprometidas com a concretização dos direitos sociais fundamentais inscritos no Pacto Constitucional de 1988, não aceitamos a indicação à composição do STF de pessoas que representem retrocessos nos direitos humanos e sociais arduamente conquistados, que desrespeitem o direito à não discriminação e à igualdade substantiva que a Constituição brasileira assegura a todas as pessoas.
Numa situação em que a ilegitimidade do governo constituído compromete todos os processos políticos regulares, esvaziados de sua sustentação democrática, estamos diante da afronta de ter como postulantes à função de Ministro do STF pessoas que demonstram desconhecer a realidade social de brasileiras e brasileiros. Sexismo, homofobia, lesbofobia, discriminação racial, desrespeito aos direitos humanos e sociais e ao Estado laico não podem ser parte da trajetória de quem irá integrar o colegiado do STF.
Assim, convencidas de que os atuais postulantes à função de Ministro do STF representam, em sua maioria, posições que colocam em xeque direitos conquistados e a respeitabilidade do STF, vimos a público lançar a anticandidatura da Professora Beatriz Vargas Ramos ao Supremo Tribunal Federal. A anticandidata integrou o quadro docente da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (1991/2009) e, atualmente, é Professora Adjunta da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília (UnB). É criminóloga crítica abolicionista, feminista, ativista de direitos humanos e em sua trajetória tem se posicionado firmemente pela descriminalização das drogas, pela descriminalização do aborto, contra a redução da idade de capacidade penal e contra a criminalização dos movimentos sociais e, mais recentemente, pela resistência democrática contra o golpe institucional de 2016, por meio do qual buscam constituir no País um modelo de sociedade e de Estado que já se mostrou desastroso nos quatro cantos do mundo.
Temer e seus aliados empenham-se na redução do Estado Social, ao mesmo tempo em que o Estado Policial se amplia com a implantação da receita neoliberal. Isso se dá por meio da ex-PEC 241, PEC-55 no Senado e atual EC nº 94/2016 que, em meio a uma crise econômica sem precedentes, congela o gasto público por 20 anos, acirrando as brutais desigualdades sociais. Isso se dá também por meio da proposta de reforma da Previdência Social e da privatização fatiada da Petrobras. Para o mundo do trabalho, entre tantas medidas, o presidente não eleito e seus aliados defendem as que desconstituem a tela pública de direitos, em propostas fundamentadas em documentos da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), delineadas no Programa do PMDB de 2015, “Ponte para o Futuro”, cuja centralidade é o “acordo livre entre vontades iguais” na condição de fonte prevalente dos direitos sociais do trabalho. O presidente não eleito e seus aliados apostam em lei denominada “modernizadora” que afasta todos os obstáculos à terceirização, com ampliação da jornada de trabalho e a exclusão do trabalho não decente do conceito de trabalho escravo, num retrocesso brutal a patamares do século XIX, bem ao gosto dos detentores da riqueza, sobretudo financeira, sem qualquer medida de tributação efetiva das rendas e grandes fortunas.
No campo da luta das mulheres, Temer e seus aliados romperam todos os elos e trouxeram o “primeiro-damismo” de volta à cena política. A Secretaria de Mulheres saiu do primeiro escalão e passou a ser subordinada ao Ministério da Justiça. Tornou-se um apêndice das políticas repressivas e policialescas gestadas pelo comando da pasta, além de ser dirigida por uma mulher contrária a bandeiras históricas dos movimentos de mulheres, como o direito ao aborto.
A anticandidatura ao Supremo Tribunal Federal é uma ação política de protesto e de denúncia desse estado de coisas. Nenhuma mulher, na vida doméstica ou profissional, precisa de um marido a quem obedecer. Nenhuma profissional da carreira jurídica, advogada, professora, pesquisadora, consultora, promotora, juíza ou ministra de Corte Superior precisa do aval de um homem para exercer, de acordo com sua própria qualificação, capacidade e autonomia, suas atividades profissionais.
Convidamos nossas parceiras, a todas e todos que compreendem a relevância do papel do Estado e sabem que regulação dos direitos sociais sucumbe quando o capital deixa de ser publicamente regulado, a todas e todos que apoiam os movimentos de mulheres e os movimentos negros, LGBT e em defesa de trabalhadoras e trabalhadores brasileiros a assinarem este manifesto, posicionando-se publicamente contra o modelo de Estado e sociedade que está sendo implantado para atender aos interesses de uma pequena parcela da população, a todas e todos que se colocam contra o machismo e a criminalização do aborto, contra o direito penal máximo e a superlotação prisional, contra o punitivismo rotundo e o racismo que respondem pela exclusão social e pelas mortes de jovens negros e pobres, dentro e fora das prisões, contra a flexibilização e o desmonte dos direitos sociais do trabalho, contra a prevalência do “negociado sobre o legislado” – o “paraíso da insegurança jurídica” – e em favor da vida, da afirmação do Estado laico e da tolerância e em respeito à dignidade humana.
Este manifesto é também a defesa de um Supremo Tribunal Federal atento à missão constitucional de guardião maior dos direitos fundamentais e sensível às necessidades de uma sociedade complexa como a brasileira, marcada pela desigualdade e pela injusta redistribuição de riquezas, e, enfim, para que o STF seja o parceiro da emancipação humana e social no Brasil, ao invés de se converter definitivamente numa ilha de conservadorismo, inacessível à grande maioria da população brasileira. Somos a favor da repressão e do controle da corrupção, mas não aceitamos que, para este fim, seja violado o devido processo legal e as garantias constitucionais de defesa, assim como nos colocamos fortemente contra a “fulanização” da corrupção e a “heroificação” de servidores públicos – do Poder Judiciário, do Ministério Público e das Polícias – que devem pautar sua conduta profissional pela estrita obediência à lei e à Constituição da República.

1. Magda Biavaschi, desembargadora aposentada do TRT4, professora convidada e pesquisadora no CESIT/IE/Unicamp
2. Juliana Neuenschwander Magalhaes professora da UFRJ
3. Marilane Oliveira Teixeira, economista e pesquisadora do Cesit/IE – Unicamp
4. Patrícia Maeda, juíza do trabalho e doutoranda na FDUSP
5. Cleide Martins Silva, pedagoga, servidora pública aposentada
6. Gisele Cittadino – Professora PUC-Rio
7. Elinay Melo – Juíza do Trabalho Substituta – Membra da AJD
8. Andrea Ferreira Bispo- Juíza de Direito Membros da AJD
9. Fabíola Orlando Calazans Machado – professora e pesquisadora da Faculdade de Comunicação da UnB
10. Joseanes Lima dos Santos – Frente de Mulheres Negras do DF e Entorno
11. Leonor Araujo. Professora e pesquisadora do NEAB-UFES. Núcleo Estadual de Mulheres Negras do ES
12. Simone Dalila Nacif Lopes -Juíza de Direito TJRJ
13. Ingrid Lopes e Silva – Estudante de Direito
14. Yvone Magalhães Duarte- Assistente Social e militante dos DHs
15. Beatriz Vargas Ramos – professora da UnB
16. Denise da Veiga Alves, advogada, mediadora de conflitos
17. Fabiana Marques dos Reis Gonzalez, advogada, professora de história da arte na EAV.
18. Renata Conceição Nóbrega Santos, Juíza do Trabalho e membra da AJD
19. Débora Diniz – professora da UnB e pesquisadora da Anis
20. Ana Cristina Borba Alves – Juíza TJSC e Associada AJD
21. Joelma Melo de Sousa – Terapeuta
22. Giselle Flügel Mathias Barreto – advogada, especialista em Direito Público
23. Fernanda Martins, professora UNIVALI e pesquisadora UFSC
24. Naiara Brancher, Juiza de Direito, TJSC
25. Liziane Guazina, professora da UnB
26. Wanja Carvalho – Procuradora Federal
27. Renata Melo Barbosa do Nascimento – Frente de Mulheres Negras do DF e Entorno – Historiadora – Doutoranda em História (UnB)
28. Lucia Mendes, historiadora e publicitária
29. Rosângela Piovizani Cordeiro – direção nacional do Movimento de Mulheres Camponesas
30. Fernanda Martins – professora UFSC e UNIVALI
31. Márcia Marques, professora de jornalismo da UnB
32. Maria Luiza Quaresma Tonelli – Advogada, Mestre e Doutora em Filosofia
33. Camila Gomes de Lima, advogada, integrante da Renap, mestranda UnB
34. Geórgia Sena Silva Varella – Advogada/ Ativista do Movimento de Mulheres Negras e Direitos Humanos
35. Joanna Burigo Mestre em Gênero Mídia e Cultura pela LSE e fundadora da Casa da Mãe Joanna
36. Zélia Lucas Patrício, Assistente Social , Emprendedora Secretaria Nacional da REAFRO Rede Brasil de Afro Emprendedores.
37. Daniela Muller, juíza do trabalho do TRT1
38. Esther Arantes – Professora da UERJ e da PUC-Rio.
39. Maria Lúcia Barbosa, professora substituta da UFPE, faculdade de Boa Viagem e Advogada
40. Ana Bock, professora da PUC/SP
41. Vanessa Patriota, Procuradora do Trabalho
42. Yvone Magalhães Duarte – Assistente Social e militante dos DHs
43. Liziane Guazina / Professora e Pesquisadora Universidade de Brasília

 

Qual a sua opinião?

‘FELICIANOS’ DO CDH APROVAM PROJETO QUE AUTORIZA IGREJAS PROIBIR ENTRADE DE GAY

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Os deputados ‘felicianos’ da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, que tem como dirigente o pastor/deputado Marcos Feliciano (PSC/SP) que é acusado de racista e homofóbico, aprovaram  o projeto de lei que autoriza igrejas a expulsarem todas as pessoas que violarem “seus valores, doutrinas, crenças e liturgias”. E também as igrejas ficam autorizadas a não celebrar casamentos “em desacordos com suas crenças”.

Como se pode observar, o projeto tem como alvo exatamente os homossexuais. Os que cujas atitudes agridem os conflitos dos ‘felicianos’. O projeto quer evitar que aqueles que se sintam ofendidos possam recorrer à Justiça. No caso os gays.

Para o deputado Washington Reis (PMDB/RJ), autor do projeto, a homossexualidade está em desacordo com as crenças religiosas.

“Deve-se a devida atenção ao fato da prática homossexual ser descrita em muitas doutrinas religiosas como uma conduta em desacordo com suas crenças. Em razão disso, pelos fundamentos anteriores expostos, deve-se assistir a tais organizações religiosas o direito de liberdade de manifestação”, disse o deputado homofóbico.

E como não podia ser diferente, o relator do homofóbico projeto não é ninguém mais do que o homofóbico e racista deputado Jair Bolsonaro (PP/RJ) que foi indicado por seu semelhante, pastor Marco Feliciano. Para ele as instituições religiosas devem ser para os que defendem suas doutrinas.

“Do contrário pode-se se entender como verdadeira imposição de valores que não próprios das igrejas, sendo que, aqueles que não concordarem com seus preceitos, basta eximir-se voluntariamente da participação em seus cultos”, afirmou o deputado notoriamente homofóbico e racista. Que o diga a Preta Gil.

Agora, o projeto segue para a Comissão de Constituição e justiça (CCJ). A questão é saber se existe um número considerável de homofóbicos na CCJ. Se existir o projeto é aprovado e as manifestações contrárias à homofobia vai aumentar sua força contra os parlamentares.

Esses alcunhados projetos de lei são obras incontestes de parlamentares que não têm causas para presentarem ao Brasil. Não possuem inteligências suficientes para criarem temas fundamentais a sociedade. É aí que entra a necessidade urgente da reforma política.

ENQUANTO COMPLEXOS HOMOFÓBICOS CONDENAM O JOGADOR ÉMERSON (E ELE ACEITA), NO URUGUAI OCORRE O 1º CASAMENTO GAY PÚBLICO

Enquanto ainda se constata comentários homofóbicos contra o jogador do Coringão, Émerson, em razão do mesmo haver dado uma beijoca na boca de seu companheiro em público, comentários por demais desprezíveis, no Uruguai, casal gay, amparado na Lei do Casamento Igualitário, que entrou em vigor no dia 5 de agosto, realiza o primeiro casamento público.

O felizardo casal, formado por Rodrigo Borda e Sérgio Miranda, diretor da revista Friendly Map, receberam sua certidão de casamento no Cartório Civil de Montevidéu, onde o casal fez sua inscrição no dia no dia 5 de agosto. O enlace aconteceu em clima colorido de alegria como pede o mundo gay diante de amigos, parentes e jornalistas. Uma festa de Eros.

Por sua parte, Sérgio Miranda, afirmou que tratava-se de um dia histórico para o Uruguai.

“É um dia histórico para o Uruguai. É um momento muito importante e a mensagem que nosso país dá ao mundo é muito positiva, quando em outros, como a Rússia, acontecem coisas horríveis”, comentou Miranda.

O representante do Coletivo Gay Uruguaio Ovelhas Negra, Michelle Suarez, também se pronunciando sobre o histórico evento.

“O Uruguai está começando a destruir os mecanismos de discriminação contra o coletivo homossexual”, disse Michelle.

Enquanto isso, no Brasil, perdendo a oportunidade de ser feliz, certos homens só se beijam, e depois negam.  

CÂMARA ARQUIVA PROJETO DE CURA GAY E FELICIANO NÃO CONSEGUIRÁ NESTE ANO A CURA QUE DESEJAVA

A Câmara dos Deputados aprovou o requerimento do autor da proposta conhecida como cura gay que faria com que, através de mudança de resolução do Conselho Federal de Psicologia, os psicólogos pudessem curar os homoafetivos. Este processo é uma tentativa de mudança na semiótica psicológica ao criar um falso entendimento (e anticientífico) de que a escolha sexual é uma doença.

O arquivamento foi pedido através da aprovação do requerimento, apresentado pelo autor da proposta, o deputado ultraconservador tucano João Campos , e implica na não reapresentação desta matéria no plenário até o fim deste ano.

O projeto derruba a aplicação de dispositivos de uma resolução do Conselho

Todos os partidos encaminharam favoravelmente à aprovação do requerimento, a exceção foi o PSOL que encaminhou contrário à proposta por entender que a proposta deveria ser votada para que não mais pudesse ser apresentada durante a legislatura que termina em 2015.

O deputado Jean Wyllys afirmou  com seu arretamento bahiano de que “o projeto deveria ir para o lixo, de onde nunca deveria ter saído”. O presidente da Câmara, dep. Henrique Eduardo Alves , criticou a proposta, mas se contradisse ao vangloriar autor do projeto: “Ao nosso ver, o projeto é preconceituoso, é inconveniente, é inoportuno. E esta Casa não gostaria de vê-lo aprovado. Eu quero enaltecer que ele [João Campos] foi sensível às reclamações das ruas em relação ao projeto”.

 

COMISSÃO DE DIREITOS FELICIANOS APROVA PROJETO DA CURA GAY EM BUSCA DE TRATAMENTO

A Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara presidida pelo es/cu/dei/ro da irracionalidade Pastor Feliciano aprovou o projeto de lei que passa por cima do Código de Ética engendrado pelos psicólogos e estabelece a possibilidade de tratamento para homoafetividade.

Como a Organização Mundial de Saúde estabeleceu há 23 anos atrás, a escolha sexual homoafetiva não é uma doença e por isto não pode ser tratada. Embora os membros da comissão busquem incessantemente pelo tratamento, que direito existe em obrigar um psicólogo, em seu fazer profissional,  curar algo que a própria categoria não acredita?

O Conselho Federal de Psicologia (CRP) considerou a decisão da comissão feliciana de retrocesso. De acordo com a conselheira do CFP, Cynthia Ciarallo, a resolução fere um direito já consolidado constitucionamente.

O deputado Simplício Araújo tentou obstruir a votação, mas não conseguiu. De acordo com este parlamentar os evangélicos “não vão entregar para a comunidade evangélica o que estão prometendo, porque não há tratamento para o que não é doença. Quem dera que o Conselho Federal de Psicologia pudesse curar a cara de pau e todos os distúrbios da classe política deste país”.

O deputado Arnaldo Jordy afirmou que os parlamentares não tem poder jurídico para deliberar sobre o que foi disposto pelo CRP. A matéria seguirá agora para a análise da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara.

Esta busca por curar o que não existe é tipica das pessoas e grupos antidemocráticos enrustidos em seus falsos problemas e que querem ampliar para toda a população seus discursos reativos.

DESUMANA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DA CÂMARA CONTINUA A PROTELAR PROJETO QUE VIOLA DIREITOS DE PSICÓLOGOS

Por mais uma semana a Comissão de Direitos Humanos a votação sobre a resolução 001/99 do Conselho Federal de Psicologia que proibe os psicólogos de curar pessoas em relação a sua orientação sexual, inclusive no que diz respeito aos homoafetivos.

A razão do adiamento foi um longo debate que ocorreu na comissão e impossibilitou a votação do projeto. O presidente da comissão o deputado disangélico Pastor Marco Feliciano tentará convocar mais uma reunião para que haja a votação.

De acordo com o deputado o projeto já foi muito discutido e está pronto para ser votado. Feliciano ainda afirmou colocando seu tribunal na fala, que vários psicólogos tiveram seus registros cassados por descumprir o código de ética da psicologia e tentar curar gays. Equivocadamente o antidemocrático pastor representante da irracionalidade fala que somente no Brasil é proibido curar gays. Há quase 30 anos a Organização Mundial de Saúde já dispõe que o homossexualismo não é uma doença e portanto não é passível de ser curado.

O que nosso bloguinho discute não é a votação ou não do projeto, mas a maneira que ele passa por cima de uma norma ética federal fazer psicológico e institui como forma de ação uma opinião leiga, que não se baseia na ciência psicológica e muito menos na constitucionalidade profissional garantida pelo estado de direito laico. Esperamos que esta perturbação antisofrósina dos evangélicos felicianos possa se diluir para que a produção coletiva e o ethos da psyché plural possam serem respeitados.

MANIFESTANTES MARCHAM CONTRA FELICIANO ENQUANTO EVANGÉLICOS SE ENEVOAM NA HOMOFOBIA

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Um grupo de manifestantes se reuniu ontem nos entorno do Congresso Nacional para mais uma vez bradar contra aquele que nunca deixa ressoar a democracia em sua voz, o pastor Marco Feliciano. A marcha é apenas uma das diversas que ocorreram em Brasília e em todo o mundo desde que o pastor assumiu a presidência da CDHM da Câmara dos Deputados.

Defendendo o estado constitucionalmente laico e a igualdade de direitos civis o protesto que contou com um grande número de jovens que trouxeram faixas e gritavam mensagens de protesto contra o pastor e sua trupe de homens reativos a força criadora da vida

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Enquanto isto um outro grupo de evangélicos protestavam em defesa do infeliz pastor e em uma defesa aos seus próprios valores constituidos, porém implicados como se fossem em prol da família, da moral cristã .

Dentre as faixas haviam principalmente mensagens voltadas as escolhas dos homoafetivos, onde os evangélicos com suas bancas de juizes acham no direito de expor e julgar o que é melhor para a escolha alheia. Mensagens direcionadas a PL 122 mostram que estes grupos pretendem manter a homofobia como uma prática da impunidade.

Além disso em uma das faixas na foto abaixo coloca o homoerotismo como uma depravação que os afasta deste Deus odioso dos gays, e que só os absolvirão se estes se arrependerem. Em se tratando dos direitos civis, há uma confusão para os que acreditam que os homens permitem e deus pune. Jesus nunca puniu ninguém por suas práticas, nem mesmo os judeus e os romanos que foram responsáveis por sua morte. Ele sabia das diferenças e seguiu seu caminho.

Mas os disangélicos porém, amantes das paixões tristes da privação, da resignação, do julgamento alheio não tem como respeitar as escolhas do próximo e nem acham razoáveis que os crimes por homofobia sejam punidos. Não podem. Estão tão envoltos em suas paixões que como diria aquele grande clássico da música afroamericana “a fumaça sobe aos olhos”.

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DESUMANA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS VOTA AMANHÃ PROJETO DA CURA GAY

A Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara, presidida pelo deputado Pastor Marco Feliciano, (PSC-SP), tentará colocar em votação o projeto que modifica a resolução 001/99 do Conselho Federal de Psicologia permitindo então a “cura gay”. Este projeto já foi adiado duas vezes devido a pressão popular.

A questão que os desrepresentantes da comissão além de implicar os psicólogos no seu fazer profissional, vai contra todas as normas da Organização Mundial da Saúde. Assim a escolha deste grupo movido apenas pela sua paixão triste que se perturba com a escolha alheia por ter pavor de tomar uma decisão por si.

Além desta violação ética  a o que os psicologos entendem por sua prática profissional há uma série de requerimentos a ser votados, inclusive o inexpressivo Dia do Perdão, já que a irracionalidade  é tanta que não perdoa nenhum membro da comissão.

Para aumentar ainda mais estas vozes veladas destas bocas que se crêem puras haverá na quarta-feira uma manifestação em frente ao congresso nacional de grupos religiosos disangélicos contrários ao casamento gay e a escolha individual da sexualidade. Afinal eles acreditam que são os unicos que tem razão, quando no fundo não possuem nenhuma forma de racionalidade, nem mesmo enrustida no que sobra de suas consciências além do preconceito.

STF NEGA PEDIDO DE PARTIDO CONTRA DIREITO DE TER CASAMENTO GAY RECONHECIDO EM CARTÓRIO

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux rejeitou ontem o mandato de segurança do partido PSC, de Marco Feliciano, que pedia o cancelamento da decisão do CNJ que obriga todos cartórios a realizar uniões estáveis de casais homoafetivo. O ministro afirmou que o partido cometeu um erro ao usar um mandato para questionar a lei e ainda deu uma aula de procedimento jurídico ao afirmar que o correto era escolher uma ação direta de inconstitucionalidade.

Na leitura de Fux, o CNJ possui a competência jurídica para legislar  e regulamentar questões internas com valores constitucionais. O ministro ainda afirma que a própria constituição federal dá ao CNJ obrigação de analizar legalidade  de atos administrativos tendo por base “os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência”.

Em sua fala ainda reconheceu que a compentência já havia sido firmada (e inclusive com jurisprudência) quando o STF confirmou a resolução do CNJ que proibia a prática de nepotismo no Judiciário.  

Desta forma Fux afirma que “É de se ressaltar que tal postura se revela extremamente salutar e consentânea com a segurança e previsibilidade indispensáveis ao Estado Democrático de Direito, em geral, e à vida em sociedade, em particular, além de evitar, ou, pelo menos, amainar, comportamentos anti-isonômicos pelos órgãos estatais”.

O partido reacionário além de não entender que se trata na garantia de brasileiros que vivem, trabalha e se constituem cidadãos de um estado laico, também  desentende do posicionamento jurídico correto do CNJ ao obrigar os cartórios a reconhecer o direito LGBT. Agora só resta ao partido assumir e seguir em frente sem equívocos.

 

O PSC alegava que o CNJ cometeu abuso de poder ao editar a norma, e que a resolução não pode ter validade sem passar pelo processo legislativo. Se a legenda recorrer, o caso deverá ser analisado pelo plenário do STF.

Nota de esclarecimento:Resolução do CFP não impede atendimento a pessoas que queiram reduzir seu sofrimento psíquico causado por sua orientação sexual

Em virtude de uma interpretação errônea da Resolução CFP 001/99 – que estabelece normas de atuação para os psicólogos em relação à questão da orientação sexual – o Conselho Federal de Psicologia esclarece que a norma não proíbe as (os) psicólogas (os) de atenderem pessoas que queiram reduzir seu sofrimento psíquico causado por sua orientação sexual, seja ela homo ou heterossexual, e nem tampouco, pretende proibir as pessoas de buscarem o atendimento psicológico.

De acordo com a regulamentação, em seu art. 1º, as (os) psicólogas (os) atuarão segundo os princípios éticos da profissão notadamente aqueles que disciplinam a não discriminação e a promoção e bem-estar das pessoas e da humanidade, o que também está disposto no art. 2º do Código de Ética da profissão, que veda à categoria praticar ou ser conivente com quaisquer atos que caracterizem negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade ou opressão.

Estão sim proibidos as (os) psicólogas (os) de exerceram qualquer ação que favoreça a patologização de comportamentos ou práticas homoeróticas, e adotarem ação coercitiva tendente a orientar homossexuais para tratamentos não solicitados. O que é corroborado pelo Código de Ética que em seu art. 2º, alínea i, que diz que é vedado à categoria induzir qualquer pessoa ou organização a recorrer a seus serviços.

Ao publicar a Resolução, o CFP atuou de acordo com a sua função de normatização e de regulação da atividade profissional, conforme estabelecido na Lei nº 5.766/71, que cria o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Psicologia. A tentativa de sustar a norma já foi matéria de decisão judicial da 15ª Vara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal, que entendeu que a Resolução não viola princípios legais e constitucionais, em maio de 2010.

Por fim, cabe salientar que a norma orienta os profissionais da Psicologia a não se pronunciar e nem participar de pronunciamentos públicos, nos meios de comunicação de massa, de modo a reforçar os preconceitos sociais existentes em relação aos homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica. De forma alguma, essa orientação fere o direito de liberdade de expressão dos psicólogos, pelo contrário, ela defende o respeito aos direitos humanos e às diferentes formas de manifestação da sexualidade humana.

Do Conselho Federal de Psicologia

Feliciano condiciona renúncia à saída de petistas da CCJ

da Agência Brasil

O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM), deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), ignorou o apelo feito hoje (9) pela maioria dos líderes da Câmara para que ele renunciasse ao cargo. O deputado é acusado de racismo e homofobia e também de estelionato.

Como condição para renunciar à presidência da comissão, Feliciano exige que o PT retire os deputados José Genoino (PT-SP) e João Paulo Cunha (PT-SP) da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), por terem sido ambos condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na Ação Penal 470, o processo do mensalão. A condição imposta por Feliciano não foi aceita.

Segundo relato de alguns líderes, durante a reunião, Marco Feliciano colocou-se na condição de vítima e se comprometeu a evitar declarações polêmicas. Na semana passada, por exemplo, o pastor disse que antes da chegada dele à presidência da CDHM, o colegiado era comandado por Satanás.

Para o líder do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), Feliciano está prejudicando a imagem da Casa. De acordo com Bueno, Feliciano não atendeu ao apelo dos líderes e ao chamando para que renuncie e, com isso, passou a ser o o responsável pela crise. “Ele não pode se colocar acima da instituição [Câmara dos Deputados] e não está à altura para presidir a comissão”, disse Bueno.

Já o líder do PSOL, Ivan Valente (SP), acusou Feliciano de estar se “aproveitando politicamente” da polêmica. “Ele negou os pedidos para sair e se propôs a continuar. Entendemos isso como um grande desrespeito. Ele sabe que está lucrando econômica e politicamente com isso”, criticou Valente.

Ao final do encontro com os líderes, Feliciano evitou a imprensa e pediu apenas que lhe dessem uma chance para trabalhar. O deputado disse que, desde que assumiu a presidência do Conselho de Direitos Humanos e Minorias, já perdeu seis quilos e que está “tentando viver”.

Na reunião dos líderes, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), revogou o requerimento aprovado na semana passada na comissão, a pedido de Feliciano, para impedir o acesso de manifestantes às reuniões do colegiado.

Com isso, as próximas reuniões serão abertas, mas Feliciano poderá restringir o acesso de pessoas, caso considere que isso seja necessário para o bom andamento dos trabalhos. “Amanhã (10), nós vamos abrir a sessão. Se houver manifestação, vamos ao regimento, Artigo 272”, disse Feliciano. Esse artigo diz que espectadores ou visitantes que se comportarem de forma inconveniente na Câmara serão retirados do recinto, por decisão do presidente presidente da Casa ou de alguma comissão.

Agressões por homofobia no Rio serão enviadas para a Polícia Civil

da Agência Brasil

Casos de agressão por homofobia serão enviados pela Coordenadoria Especial de Diversidade Sexual da Prefeitura do Rio (Ceds) para a Polícia Civil fluminense, que também passará a informar trimestralmente à coordenadoria os números atualizados referentes aos registros de ocorrência policial relacionados a esse tipo de crime. A medida é consequência de um convênio de cooperação firmado nesta quarta-feira (3) entre a Polícia Civil do Rio de Janeiro e a Ceds e, com ela, pretende-se aprimorar a atuação das políticas públicas em relação às ocorrências de violências sofridas por lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) motivadas por homofobia na capital fluminense.

A assinatura do convênio ocorreu na sede da Polícia Civil, no centro do Rio, com as presenças da chefe do órgão,delegada Martha Rocha, e do coordenador da Diversidade Sexual da Prefeitura do Rio, Carlos Tufvesson.

“É notoriamente sabido que o cidadão LGBT, a maioria das vezes, não sabe a quem se dirigir para resolver a violência sofrida e, quando o faz, imagina que todas as suas aspirações serão contempladas numa única denúncia e é assim que de fato acontece. Existem denúncias feitas na Ceds de discriminação sofrida em estabelecimentos comerciais e, como se sabe, a Ceds tem competência na esfera administrativa municipal podendo desde multar até fechar um estabelecimento, diante da gravidade do fato denunciado, mas não poderá processar civil ou criminalmente o autor do fato”, disse.

Ainda de acordo com o coordenador, as informações da polícia também vão ajudar os programas de conscientização de forma mais pontual e eficaz nas políticas públicas que melhor atendam à segurança dos cariocas e visitantes LGBT.

O Rio de Janeiro é um dos pioneiros em uma legislação que pune práticas discriminatórias contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais. A Lei 2475/96, regulamentada pelo Decreto 33.033/2008, assegura que no município do Rio nenhum estabelecimento comercial ou repartição pública carioca poderá discriminar pessoas em virtude de sua orientação sexual ou identidade de gênero.

Os casos de homofobia previstos na lei são: inibir ou proibir a manifestação pública de carinho, afeto ou sentimento, impedir ou dificultar o acesso do consumidor ou recusar-lhe atendimento, negativa ou imposição de pagamento superior em hotéis, motéis e similares. A polícia fluminense também é pioneira em especificar no registro de ocorrência a motivação de homofobia.

SIMPÓSIO PSICOLOGIA E DIVERSIDADE SEXUAL É REALIZADO PELO CRP E UFAM

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A psicologia como profissão possui em uma de suas vertentes uma profissão burguesa responsável para manter a ordem do Estado dentro da normalidade e de certa forma criar uma homogeneidade do comportamento para que se exclua os que não se adaptem a opulência capitalista. Ou ainda como dizia Foucault, a psicologia é uma forma de controle e manutenção do discurso do estado, excluindo todos aqueles que ameaçam este a ordem e estabilidade deste sistema.

Porém contra esta psicologia reacionária há as psicologias da heterogeneidade que buscam a diversidade das práticas e formas de organização social. Nesta perspectiva o Conselho Federal de Psicologia e os Conselhos Regionais há anos vem defendendo propostas importantes pela defesa direitos humanos e da diversidade social.

No que se refere a diversidade sexual o Conselho Federal de Psicologia a partir de sua resolução 001/99 proibe que a homossexualidade seja considerada um transtorno ou esteja ligada com qualquer quadro patológico. Na luta junto com as entidades LGBT, os Conselhos Regionais e Federais vem buscando ampliar os debates em busca de  uma sociedade mais plural e sem preconceitos como já preconiza a Constituição Federal.

Neste sentido o Conselho Regional de Psicologia CRP-20 se reuniu na Universidade Federal do Amazonas para debater o seguinte tema: Psicologia e diversidade sexual: desafios para uma sociedade de direitos.

A discussão que envolveu docentes, discentes, profissionais e pesquisadores em psicologia foi aberta brevemente pela presidente do Conselho Regional de Psicologia que inclui o Amazonas, e professora da FAPSI/UFAM Iolete Ribeiro da Silva. Após o evento conversamos com a professora sobre o evento e sua importância para o meio acadêmico e a sociedade em geral.

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A parceria da FAPSI/UFAM e do CRP é importante para discutir o tema e envolver os estudantes nestas reflexões. E o movimento do regional é para ir elaborando propostas a partir das reflexões que os debates promovem para pensar o compromisso que o psicologo tem na garantia dos direitos sociais, no caso aqui direitos LGBT que é um tema ainda muito pouco discutido e a nossa realidade ainda mostra um nível de violência muito grande de rejeição a certos temas dentro da profissão. Nossa intenção neste primeiro evento é iniciar um processo de reflexão que cria um grupo de trabalho dentro do CRP que vai dialogar com o movimento social para discutir este tema especificamente e vamos a partir daí ter outras ações coordenadas por este grupo para produzir materiais audio-visual se for possível, fazer outras atividades que são formativas tanto para os estudantes quanto para os psicologo” Iolete Ribeiro da Silva, Presidente do CRP-20.

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A Vice-Presidente da Comissão de Diversidade Sexual da OAB-AM, Reni Alves, esteve presente e falou da luta que o direito tem trabalhado no sentido de punir práticas homofóbicas e na busca da promulgação do Estatuto da Diversidade sexual.

Além disto ela comentou sobre os avanços do direito trabalhista que tenta extinguir práticas como a não-seleção de candidatos para determinada vaga devido sua orientação sexual. Por fim ela ainda afirmou que a lei Maria da Penha já está sendo usada para imputar os crimes de violência entre casais homossexuais.

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Posteriormente o Secretário Geral do Forum LGBT/AM e membro da Rede Nacional de Negros e Negras do Amazonas, Jeffeson William Pereira glosou sobre a história de luta dos homoafetivos desde o século XIX até os dias atuais. Além de falar sobre o Relatório Kinsey, o movimento sexual e a Revolta de Stonewall, o orador versou ainda sobre as três ondas da luta LGBT e da atual luta como um movimento político.

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Por fim o Coordenador do Grupo de Trabalho de Diversidade do CRP-20, Andrews do Nascimento Duque, falou sobre os desafios e o papel da psicologia como prática libertadora que busca o respeito, os valores humanos e a diversidade.Foram debatidos também a posição do Conselho Federal de Psicologia sobre o tema da diversidade e sobre o que expressa o Código de Ética Profissional do Psicologo.

Por fim houve um grande debate com os acadêmicos sobre diversos temas que envolvem a diversidade e houveram algumas propostas sugeridas oralmente e outras entregues em uma folha de papel. O importante porém está no debate com os futuros profissionais para que se produza uma psicologia da diversidade que haja no enfraquecimento dos valores homofóbicos nas mais diversas esferas onde o psicólogo está inserido.

DEPUTADO ULTRAREACIONÁRIO JAIR BOLSONARO EXIBE MAIS UMA VEZ SUA IRRACIONALIDADE

Na psicanálise de Freud a fobia está associado a um estado emocional de angústia e envolve sempre uma representação que se impõe inconscientemente. Quando envolve conteúdos sexuais pode gerar uma “neurose de angústia” onde a partir de excitações reprimidas, busca se afastar violentamente esta representação que tanto amedronta. No caso da homofobia a representação da pessoa ter uma relação homoafetida gera uma excitação que é reprimida gerando uma forte dificuldade de agir com este tipo de idéia e um grande medo de deixar transparecer este desejo.

No caso do deputado Jair Bolsonaro pelo seu discurso escurraçante sobre o homossexualismo aparenta haver uma forte angústia. Porém como um representante legislativo do nosso país, constituido por um estado laico, seus comportamentos homofóbicos não devem ser aceito de nenhuma forma pois fere o direito de igualdade constitucional e  embarca em um discurso passional neofacista de ódio contra cidadãos que possuem seus direitos garantidos.

Ontem pela manhã em seu discurso no plenário da Câmara Federal, o ultraconservador Bolsonaro fez um pronunciamento a respeito da entrevista da Ministra da Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres Eleonora Menicucci que foi veiculada pelo Jornal Correio Brasiliense.  Vemos no link algumas partes  da entrevista quetratou dados importantes sobre o papel da secretaria e os avanços da política para as mulheres. Em seu discurso preconceituoso Bolsanaro  frisou apenas um trecho onde a ministra afirmou ter orgulho de ter uma filha homoafetiva e que ela própria amava  (cristianamente e sexualmente) tanto homens quantos mulheres.

Atormentado por sua angústia delirante, o deputado pediu o afastamento da ministra pois ela não pode ser uma represententate das mulheres com seu comportamento. Como Sartre mostrou em “A questão judaica”, o comportamento passional do preconceituoso se foca apenas nos elementos no qual sua irracionalidade tenta justificar a paixão. Nunca sua fala pode conter algo razoável pois já de início seu propagador já assume o discurso da irracionalidade, e tentará com todo ódio e ressentimento expressar a todo momento sua fala destruidora. Porém o mais perigoso é que este discurso patológico, negador da vida seja tomado como verdade.

Bolsonaro continua falsamente representando o Estado e sua diversidade. Porém junto com seus comparsas disangélicos e da direitaça ultraconservadora, dominados pelo discurso da paixão, não possuem o mínimo de inteligência e noção do público para representar nem eles próprios. Desta forma o Brasil continua sendo atravessado por estes discursos neonazistas que não querem que este seja “um país de todos” já que buscam a prevalência somente de sua consciência malograda, que assume que é isto mesmo, e que quer ampliar seu eu patológico a todos. Felizmente os movimentos LGBTs e as várias minorias continuam conquistando seu espaço e que em breve Bolsanaro e os representantes deste discurso homofóbico sejam afastados do que é público pelo bem comum e sanidade de todo o país.

O MUNDO É GAY

(breves enunciações sobre a homofobia como crime)

Nenhum crime existe antes de ser inventado como fenômeno social. Diz logo que o crime não é algo natural que fica mais fácil. Que pressa, vamos devagar! Diga. Não há crime enquanto não houver uma ação social que seja definida como crime. Claro, amor, e tem mais: e só pode ser definida como crime se a ação social for entendida a partir dos pressupostos do que é uma infração penal. Sim, exatamente, por essa razão, definir um crime é também nomear uma situação que antes não havia, estabelecendo, assim, uma ação como um bem em detrimento do que passa a ser percebido como mal. E o resultado de tudo isso? Ora!, é uma interdição, uma limitação do espaço da liberdade. Então a questão é a de que a expressão capaz de coibir a infração ou o crime só pode ser a lei. E a de que esta lei é projetada e aprovada por representantes legais daqueles ligados pelo pacto social.  Sim, na democracia representativa assim é. Pois o Estado torna-se o mediador entre a ordem jurídica e a sociedade. De certo modo, então, a lei que coibi um crime tem que satisfazer os direitos dos representados. Já sei onde quer chegar: se atualmente, há uma série de novos direitos sendo determinados pra novos tipos sociais, que adquirem identidades não apenas cívica, cultural, social, econômica e política, mas também, de gênero, sexualidade entre outras, logo, a própria lei tem que se adequar. Sim, assim ocorre com a criminalização da homofobia. Os homossexuais são uma realidade política, econômica, social e jurídica agora, são representados como qualquer outro cidadão reduzido a uma cidadania de direitos e deveres e surgem como uma realidade específica, assim como a mulher, em um mundo marcado pelo patriarcalismo político predominante. Então, não adianta vim com a história de que se a lei funcionasse para todos já abarcaria a violência contra os homessexuais. De jeito nenhum! Ora essa! A homofobia é um tipo de violência que afeta diretamente um novo modo de existência. E como a lei, o crime e a pena dividem o espaço social, para poder classificá-lo e identificá-lo, a questão principal da criminalização da homofobia não é nem tanto o de “salvar” o homossexual da violência, mas o de confirmar sua existência política e jurídica no mundo.

(conversações para além do espaoço/tempo constituído)

Olha vou te contar. Desenvolva então. Isso é tão verdade que é só chegar tempo de eleição que a comunidade gay deixa de ser diferença pura e é reificada para se adequar nas relações de troca do capitalismo. Aí se entende que a violência, no caso da homofobia, não é só física, mais política e principalmente religiosa. O suplente da Marta Suplicy, o vereador Antonio Carlos Rodrigues (PR), que vai assumir sua vaga no senado não se declarou contra os homossexuais. “Vou seguir sempre as posições da Igreja Católica nas votações. Para mim homem é homem e mulher é mulher. Também sou contrário ao aborto e à eutanásia”. A Martha já manifestou preocupação porque ela é que fez a proposta do projeto de lei que equipara a união igualitária aos termos já esxistentes da uniãi civil em vigor no código civil. Olha a postura o vereador paulistano:  “Sem dúvida nenhuma vou sempre acompanhar o que a Igreja falar. Sou um católico praticante. Sempre fui contra o casamento de pessoas de sexo igual, não tenho preocupação em perder voto por causa disso”. Que coisa!

 E na campanha à Prefeitura do Rio neste fim de semana? O que foi que aconteceu? Homofobia e religião mais uma vez. Credo! O ex-governador Antony Garotinho, gravou um programa eleitoral para o candidato Rodrigo Maia (DEM) que fez com que o acessor deste candidato, responsável pelo plano de governo, pedisse demisão. Foi mesmo? E não foi!, Garotinho, no programa, criticou o prefeito e candidato à reeleição, Eduardo Paes (PMDB), por tentar agradar aos gays e aos evangélicos ao mesmo tempo. Já sei, quando o acessor Marcelo Garcia, viu a palhaçada, resolveu pedir a demissão. Isso mesmo.  “Foram 47 segundos do Garotinho usando o programa eleitoral, que deveria apresentar propostas para a cidade, para jogar gay contra evangélico. Se eu ficasse, estaria caminhando para a lama que o Garotinho convive há muito tempo”, declarou ontem (17) Marcelo Garcia. Garotinho se defenmdeu dizendo que não viu nada de homofobia em sua fala. Pode uma coisa dessa?!

 

Já ouviu falar que a tolerância pode ser mais perigosa que a intolerãncia. Sim, você tolera, mas não compreende a ponto de entender porque algo existe e suas implicações no real. Sim, no caso dos gays, é quando alguém diz: “sou a favor dos gays, mas se meu filho for gay eu mato ele”. Sim, conheço um monte de brutos assim. Mas o que foi? o ator inglês Rupert Everett, várias vezes homenageados pela comunidade LGBT, assumidissímo, gay até o carosso do cotovelo, saltou essa: “Não consigo imaginar nada pior do que ser criado por dois pais gays”. E mais essa: “Não falo em nome da comunidade gay. Na verdade, eu não me sinto como parte de comunidade alguma”, ele enfatizou. “A única comunidade à qual pertenço é a humanidade, e já temos crianças demais neste planeta”. Que humanidade é essa? Que horror!

 

Quando te digo que gay em eleição é mais gay para os candidatos é porque vale tudo para ganhar os votos coorporativos. Tá falando do bispo Marcos Pereira, da Igreja Universal do Reino de Deus, que é presidente do Partido Republicano Brasileiro (PRB), que pediu desculpas por ter relacionado o kit anti-homofobia do governo federal com a Igreja Católica em texto de 2011? Sim, exatamente isso. “Lamento que tal exercício de pensamento publicado há um ano e quatro meses seja usado de maneira indevida às vésperas da eleição para a prefeitura de São Paulo”, disse o bispo Marcos Pereira. O ruim para ele é que sabemos que o arrepedimento não passa pelo sistema nervoso, não produz conhecimento, pois o corpo afetado por quimeras morais apenas vive na confusão e inadequação da imaginação improdutiva. Ele bem sabe disso!

Agora me diga uma coisa. Digo sim. Uma diferença que se quer pura, pulsante, vibrante, capaz de abrir uma fissura no estado de coisas constituído e produzir um modo de ser autêntico e singular, vai entrar na política unicamente pela via da representatividade? Infelizmente nas atuais copndições de democracia representativa pode-se iniciar por aí. Sei, mas como confronto e mostrando que as coisas não se reduzem somente a relação de dominação entre representados e representantes. Claro, a discussão é muitoi mais abrangente, não se trata apenas de ter representantes das causas gays em bancadas como os evangélicos tem a deles, mas de demostrar uma inteligência que vai além da normatividade que impera. Sim, a diferença é a revolução. Como dizia Warat a “igualdade jurídica é uma ilusão”. E a democracia representativa é apenas a sombra muito débil da democracia absoluta.

“Nossos deveres – são direitos de outros sobre nós. De que modo eles os adquiriram? Considerando-nos capazes de fazer contrato e dar retribuição, tomando-nos por iguais e similares a eles, e assim nos confiando algo, nos educando, repreendendo, apoiando. Nós cumprimos nosso dever – isto é: justificamos a ideia de nosso poder que nos valeu tudo o que nos foi dado, devolvemos na medida em que nos consederam” (Nietzsche)

O MUNDO É GAY

(enunciações menores sobre o matrimônio)

Sabes que o matrimônio, antes do que costumamos chamar moderno, nada tinha a ver com o amor, não é? Claro, se sei; o matrimônio estava constituído segundo a ordem da propriedade privada. Sim, é isso mesmo!, e a propriedade era tanto o homem quanto a mulher e os filhos e recaia sobre as famílias a responsabilidade de escolher os esposos. O casamento era um contrato para que as riquezas (entenda-se a acumulação da propriedade privada)fossem agrupadas em um único grupo parental. Daí que a indissolubilidade tenha se tornado o princípio do matrimônio nestas épocas. Entendo, tanto que nenhum tipo de sentimento fortuito, paixão casual e de momento, entre tantas outras ações que colocasse em risco a propriedade deveria ser extirpada. Tudo sob o domínio do homem. Sim, uma ordem patriarcal. Poderíamos dizer até que foi uma obrigação moral que tomou para si força de lei. Por esta razão que o matrimônio moderno foi completamente destruído pelo amor.  Não entendi. Ora, o matrimônio antigo era fundado na perpetuação da espécie, na ordem da propriedade e no domínio patriarcal sem tergiversações. Começo a entender: aí veio a ideia de amor e estragou tudo. Sim, mas um amor enjaulado nas teias de definições dogmáticas da Igreja. Logo começaram os outros fundamentos modernos do matrimônio onde a mediação de Deus (através dos sacerdotes da Igreja) e da sociedade civil (leia-se sociedade burguesa) foi necessária para reinventarem as relações de dominação. E depois o casamento tomou para si uma a estrutura de união civil, organizado segundo leis. E até hoje perdura a ideia de que o casamento apenas pode ser entre um homem e uma mulher. Mas este amor não mudou muita coisa dos primeiros fundamentos do matrimônio. Sim, ambos estão correlacionados a definição burguesa. Mas as coisa estão mudando. Agora a união entre homoafetivos está em pauta. Sim, a própria ordem jurídica encara agora não apenas a tradição conservada, mas também os laços de afetividade que unem as pessoas que desejam constituir uma família. É aí que o amor pode ser percebido não como uma regra pré-definida, mas como uma emancipação dos enunciados matrimoniais constituídos e se envolver na sociedade como um elemento constitutivo de produção existencial. Aí sim o amor vai estragar o matrimonio tradicional e moderno.

(conversações para além do espaço/tempo definido)

Tu sabes que o direito à formalização da união entre casais homossexuais é reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) desde 2011. Claro que sei. Desde então, no Brasil houveram vários. E sabes também que a senadora Martha Suplicy está com o projeto  (PLS 612/2011) que reconhece como entidade familiar “a união estável entre duas pessoas, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família”. Sim, e isto vai de encontro ao código civil atual (Lei 10.406/2002) que limita o reconhecimento a relacionamentos entre homem e mulher. Mas tu sabes também que o que tem que valer é o amor. Claro, mas um amor que vá além dos gêneros e da família e da lei. Sim, um amor revolucionário, portanto, político.

Deste jeito, não é somente o amor que vai estragar o matrimônio. Por quê? É a própria necessidade social do casamento que é colocada em dúvida? E não é: olha o caso da união poliafetiva que ocorreu no interior de São Paulo. E não é disso que estou falando? Ah tá! Um homem e duas mulheres em Tupã, já vivendo uma união estável, resolveram oficializá-la. E tudo como manda a lei. Isso lhes dá os direitos que uma união estável legal pode lhes garantir, como a qualquer outro casal. “A lei não permite casamentos poligâmicos, mas neste caso, nenhum deles é casado e os três vivem juntos por vontade própria. Há, portanto, uma união estável, um contrato, onde se estabelecem regras, formas de dividir funções e colaborações para a estrutura familiar”, disse a tabeliã, Cláudia do Nascimento Domingues, do cartório onde foi registrada a escritura. A questão não é mais o casamento, mas o que se constitui como família, tanto no plano jurídico, social e afetivo.

Isso pode ser um bom início para começarmos a conversar sobre como os preconceitos sociais surgem justamente da conservação de atos morais que estão embasados em uma história patriarcal-burguesa, onde os valores não foram postos pelo agenciamento de desejos coletivos, mas impostos por interesses privados. Mas tenho uma boa notícia pra ti. Então diga. Segura: acabou o impasse da Parada Gay em Taguatinga, no Distrito Federal. Fizeram o maior drama para que a parada não fosse feita na Avenida Comercial Norte. O que aconteceu? Dizem que o governo de lá tava cedendo a pressões disvangélicas, mas  secretário da Casa Civil, Suedenberg Barbosa, liberou e a festa vai ser dia 6 do próximo mês. Valeu!

“em outubro, enviaremos um projeto à Assembleia Nacional e ao senado para permitir que casais do mesmo sexo se casem. O projeto também permitirá que eles formem famílias e adotem crianças”. De quem é esta fala? Não sei. Do primeiro-ministro da França, Jean-Marc Ayrault. Na França, país que foi um dos pioneiros da legalização da união entre pessoas do mesmo sexo em 1990, tá a maior discussão a questão do “casamento” gay. Quando ele disse isso?. Foi sábado passado, mas isso só vem confirmar as promessas de campanha do socialista François Hollande fez em sua campanha à eleição presidencial francesa. Entendi. Se tu quiseres saber mais sobre a discussão vai aqui e aqui.

A definição materialista de amor é uma definição de comunidades, uma construção de relações afetivas que se estendem através da generosidade e que produz agenciamentos sociais. O amor não pode ser algo que se fecha no casal ou na família; deve abrir-se para comunidades mais vastas. Deve construir, caso a caso, comunidades de saber e de desejo; deve tornar-se construtor do outro. O amor é hoje fundamentalmente a destruição de todas as tentativas de fechar-se na defesa de algo que não pertence a si. Creio que o amor é a cheve essencial para transformar o próprio em comum.

(Toni Negri em Exílio)

O MUNDO É GAY

(enunciações minoritárias)

Sabes o que é minoria? Claro; um movimento constituinte que não se abstém às transformações e não é subsumido pelos pressupostos do senso comum e do bom senso para a representação de uma identidade. Trata-se de uma multiplicidade de singularidades que não passam a ser mediadas por pontos de poder estabelecidos, para existirem. Daí o que desponta entre a maioria e a minoria ser a diferença. Isso; uma diferença que não se reduz a uma contradição como em uma dialética corrompida, mas realiza um movimento de variação contínua sem se deixar ser apreendida por um Poder ou relação de Dominação. Por isso a minoria tende ao êxodo dos lugares de poder. Então maioria e minoria não se contrapõem  apenas de modo quantitativo. A maioria está dentro do sistema e faz o sistema, ela é extraída dos efeitos de Poder e Dominação presentes em uma realidade constituída, onde a história foi escrita para demarcar hierarquias, divisões de “estamentos” como no Brasil (Raimundo Faoro), divisão de classes econômicas, etc.  A minoria é a subversão deste sistema, ela resiste e renuncia a constante desta história e procura compor encontros na potência do devir. Ser minoria é subverter as identidades e o constituído e costurar o mundo com retalhos de existências e ações próprias. E ainda, ser menor, é participar de um todo sem ser produto desta realidade pronta. Assim é a negritude, a mulher, a criança, os pobres, os camponeses, os homossexuais, os imigrantes… Mas mesmo uma ação que se queira revolucionária ou de esquerda pode ainda não ser minoria. Absolutamente! Sim, pois se as ações e atos, sejam políticos, econômicos, sexuais, sociais, empresariais, culturais ou civis, estiverem presos ao fato majoritário das relações de poder e de dominação  do processo do capital, tais atos e ações não serão minorias, posto que não serão autonomias, mas maiorias, já que estarão na ordem dos efeitos, heteronomias.

(conversações pelos vários tempo-espaço da existência)

Sabes quem são os novos papais? Um beijo se eu adivinhar? Nem era preciso, não é? Mas eu já sei. Então diga. Lá vai: o britânico David Harrad e o brasileiro Toni Reis. Eles são pais do menino Alyson agora, depois de quase sete anos tentando a adoção eles conseguiram um marco para a minorias no Brasil. Ótimo saber que para ser pai não é preciso ser considerado homem, hetero, branco, etc. como no padrão abstrato. Sim, ser pai é se responsabilizar por uma existência ao mesmo tempo em que se sabe que esta existência terá que inventar a si mesmo para a coletividade. Pedagogia a moda grega Antiga. Uma loucura. Como os dois pais disseram: “Se têm toda certeza que querem ser pai, que sigam em frente e realizem seu sonho e contribuam para que uma criança que precisa, tenha um lar, amor e educação”. Se quer ver o papo que a Agência de Noticias da AIDS eteve com os dois clica aqui.

Outra vitória para as minorias. Qual foi. Esta veio através de um dos representantes da maioria. E pode? Claro, basta atravesarmos o estado constituído de coisa de modo a transformá-lo, queira ou não queira vivemos num mundo constiuído, mas que pode ser transformado. Então diga.  O Supremo Tribunal de Justiça (STJ), no domingo (12) divulgou um levantamento de ações do que favoreceram os indivíduos pertencentes às minorias. Oba! Ainda que tenha vindo da justiça maior. E referente a questões homoafetivas o colegiado reconheceu a habilitação de pessoas do mesmo sexo para o casamento: “o colegiado entendeu que a dignidade da pessoa humana, consagrada pela Constituição, não é aumentada nem diminuída em razão do uso da sexualidade, e que a orientação sexual não pode servir de pretexto para excluir famílias da proteção jurídica representada pelo casamento”. Essa é boa por ser uma conquista menor e também possibilitar os homossexuais participarem dos direitos da realidade maior constituída. Gostou? Gostei mesmo!!!!!! Quer saber mais? Acesse aqui para ler o texto na íntegra.

Quer outro exemplo de como a minoria é atravessada pela maioria e vice-versa? Manda! Tu sabes que, como afirmou a estoteante alegria chamada Rosa Luxemburgo, o capitalismo traz para dentro de si tudo que pode está fora, logo, o capitalismo não exclui, mas inclui, não importa quem ou o eu tu sejas. Certo, manda uma que eu não sei. Viche; calma! Tudo bem. Então, o mercado, já faz um tempo, descobriu que pode lucrar com o público homossexual. Sim, verdade. Nisso podemos ver duas coisas. Diga a primeira. Sim: a minoria homossexual, enquanto devir, é produção contínua que passa subvertendo todas as práticas constituídas, seja a moda e em outros segmentos eles transformam as formas convencionais e criam suas próprias práticas. Segunda. Sim: estas práticas novas são absorvidas pelo mercado da economia capitalista e pode reduzi-las somente a mercadorias, tirando a característica de atividade criativa próprias delas. Entendo, mas o que fazer? Ora, tantar ao máximo realizar uma economia sem mercado, onde a criaitividade não seja capturada como propriedade privada, mas seja a expressão livre das atividades de corpos e cerébros criativos. Legal, dá uma olhada nesta reportagem aqui.

Quando tu olhas em meus olhos amor, o que enxergas? A mim mesmo através do reflexo, mas não sou eu quem me olha, pois são meus olhos que me olham através do seu olhar. Há esse teu olhar! Platão às vezes pode ser interessante. Sim, concordo. Mas por que começou a falar desta maneira ontologica de olharmos para dentro de nós mesmos através do olhar do outro? Olha esta: segundo uma equipe de pesquisadores da Cornell University (EUA), está no olhar um preciso indicativo se alguém é homossexual ou heterossexual. Como? Dizem que as pupilas dilatam quando ficamos excitados; eles explicam assim:  “Então se um homem diz que é hétero, suas pupilas dilatam diante de situação de estímulo visual com mulheres. O oposto acontece com gays, as pupilas dilatam com homens”. Nada mais senso comum. Vamos esperar mais estudos para falar algo. Sim, mas imagina se levarmos em conta este pressuposto? Sim? Viche, vai ser uma loucura; o cara olha pra o cara e a pupila dilata; a cara olha para a cara e a pupila dilata, ambos olham para um tambaqui  cozido e as pupilas dilatam… amor. Diga! Tou com a pupila dilatadinha olhando para ti. Para, temos que trabalhar e nem quero te olhar, se não…

Vamos para a Ásia. Eita, vamos que vamos. Taiwan celebrou sábado passado (11) a primeira cerimônia budista de casamento igualitário. As noivas You Ya-ting e Huang Mei-yu, de 30 anos, ficaram 7 anos namorando e esperando a oportunidade certa para o casório. Uma atitude simbólica, mas que pode revolucionar as causas minoritárias homossexuais por lá, não é? Se é!!!!!!!!

Tenho uma preocupação. Diga qual. Se as minorias são a potência do devir elas não podem reproduzir os comportamentos próprios da constante de onde é extraida a maioria. Sim, preocupação digna, mas por que ela agora? Vemos a potência menor atravessar os territórios das segmentaridades duras, mas será são apenas novas formas de identidades se constituindo. É algo a se pensar. Pois não é! Digo isso por causa dessa notícia que vi: “A oficial do Exército americano Tammy Smith, de 49 anos, foi promovida na última sexta-feira a general de brigada, em uma cerimônia formal no cemitério militar de Arlington, em Washington. Durante este tipo de ato, é o parceiro ou a parceira do soldado quem coloca a insignia correspondente no ombro do oficial. No caso de Tammy, coube a sua esposa, Tracey Hepner. Com a promoção, o Exército americano tem sua primeira general abertamente gay”. Realmente é uma subversão a ordem estabelecida, mas… Lá vem com desconfiança. Vamos ver se essa vai revolucionar ou se vai só se adaptar. O que não podemos fazer é julgar. Sem dúvida, amor.

O mundo inteiro terá de se transformar para eu caber nele Clarice Lispector

O MUNDO É GAY

(enunciações geradores de afectos alegres)

O que lhe faz alegre? Preocupo-me em agir procurando sempre o que há de bom nas coisas, investigando, estudando e analisando suas possibilidades, de um modo que o pensamento seja ordenado pela alegria. Então não transa com o preconceito? De jeito algum. O preconceito é justamente ao contrário da alegria, ele corrompe a geração da alegria e nos leva a tristeza. Sim; a tristeza é da ordem da ignorância, assim como a tristeza é da ordem dos maus encontros e engendra a ação dos homens maus. E estas ações estão constituídas em um mundo que se engendrou a partir de efeitos de ações perversas, as quais o processo do capital escamoteia suas causas. Esforçar-se para que tudo possa nos parecer como natural. Sim, mas identificar indivíduos dentro de uma realidade constituída para que eles possam ser sujeitados a uma disciplina e controle normalizador é fazer com que muitos queiram para si o papel do juiz-normalizador da sociedade. Sim, uma sociedade que julga a todo momento. Uma sociedade da vigilância onde quem faz seu corpo e razão sair da norma é suspeito e, logo depois, condenado. Por isso, a ignorância é da ordem de um pensamento confuso, banhado de supertição, de um olhar estreito para o mundo. Sim, pois quando se tenta olhar ao longe, distante, encontra apenas sua própria imagem cristalizada como modelo. Pensamento confuso? Talvez nem sequer pensamento, pois a má vivência nos impede de pensar. Entendeu? Clara e distintamente como as estrelas sobre nós e a terra em que pisamos. E você? Clara e distintamente como o amor coletivo que gera esta nossa alegria no beijo que doamos a nós.

 (conversações pelos vários espaço/tempo da existência)

“Discriminação: Amsterdã acabou com ela”. Com essa Spinoza deve está uma alegria só! E não é?! Por mais que ele saiba que o orgulho é delirante, pois é considerar a imaginação como real e, assim, por conseguinte, ter uma opinião sobre si mesmo superior do que lhe é justo ter, a alegria foi as ruas contra o preconceito na Holanda. Foi sábado. As ruas de Amsterdã se encheram de gente para celebrar o Desfile do Orgulho LGBT pelo 17° ano consecutivo. Nem a chuva foi problema. A chuva é da natureza. É, ela só veio refrescar mais ainda a luta contra a ignorância. Qual? Não fizeram por lá uma nova legislação anti-LGBT imposta na cidade há quatro meses. Viche! Mas quero ver se isso vai ficar assim na Holanda?

Sabes o que é “caminho da sodomia”? É o caminho pelo qual chegamos primeiramente apalpando. Deixa de lezeira! Tá bom; diz o que é então. O pastor americano Kevin Swanson, do Colorado, em um programa de rádio disse que os bonecos criados por Jim Henson devem morrer, por seguirem o “caminho da sodomia”. Minha nossa! Quanta ignorância social!pois não é!? Tudo aconteceu porque a “Jim Henson Co.”, empresa criadora dos bonecos Muppets – decidiu rescindir o contrato com a empresa de fast food “Chick-fil-A” por sua postura contra o casamento igualitário. Já devia ter recendido antes por conta do colesterol altíssimo que estes fast food causam. Daí o pastor destilou o veneno: “Vila Sésamo e os Muppets estão seguindo o caminho da sodomia”. Tem mais: “a perspectiva cristã para a homossexualidade era a pena de morte, foi assim entre os anos 350 aC e 1850 aproximadamente. Por 1.500 anos, este modo de vida quase foi eliminada, exceto em alguns lugares, onde permaneceu escondido durante quase 1.000 anos, até recentemente “. justificou. Sabes o que é superstição? Sei: medo. Este pastor toma o irreal por real e não percebe quantos problemas há entre o céu e a terra que nem sonha a sua vã religião. Não sabe mesmo? Olha o apelido da empresa homofóbica: “frango de Jesus”. Minha nossa, Jesus agora é comerciante!

Casal Alejandro Grinblat (à dir.) e Carlos Dermger com o bebê, Tobias (Foto: Leo La Valle/Efe)

Essa aqui é para festejarmos com toda  alegria que temos. Manda lá!  Um casal gay, na Argentina, inscreveu nesta terça-feira o filho no registro civil de Buenos Aires sem a mediação de uma decisão judicial, um caso único no mundo. Maravilha! “É o primeiro caso em nível mundial onde a certidão de nascimento é expedida diretamente pelo registro civil como filho de dois homens. Em outros casos foi feito a partir de uma decisão judicial, que retificava a certidão anterior”, Maria Rachid, dirigente da ONG LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) explicou. Sabe qual a única luta de Carlos Grinblat, 41, e Alejandro Dermgerd, 35, os pais que registraram o pequeno Tobias? Diga. Formar uma família. “Nossa única luta era formar nossa família. É outro passo no reconhecimento dos direitos igualitários. Este é um caminho que começou há anos, e um marco foi o casamento igualitário”. Há minha Buenos Aires querida, minha Argentina de tantos tangos, de lutas contra torturadores e outras cositas mais…

 

Vamos “Todos Contra a Homofobia”. Vamos que vamos! Campanha contra a homofobia nas urnas. A política é o lugar onde o preconceito não deve mesmo existir. Mas… Sei, tem até demais. Mas isso não impede que possamos embarcar nesta campanha. Pelo contrário, vamos com tudo, digo, com toda alegria contra a ignorância. A campanha é: “Eu voto contra a homofobia” “Precisamos de políticas voltadas aos LGBTs, de pessoas que nos defendam. Por este motivo temos que estar atento aos candidatos que nos apoiam”, disse um dos responsáveis pela campanha. Mas lembremos que a política não tem que ter identidade, mas sim destacar o quanto puder as diferenças. Para participar da campanha, você precisa enviar uma foto com a frase “Eu voto contra a homofobia” para contra.a.lgbtfobia@gmail.com.

Se você mora em São Paulo vou lhe dá uma dica. Mas só para São Paulo? Sim. Então fale. “Estão abertas as inscrições para a 5ª edição do curso à distância “Conquista da Cidadania LGBT: a Política da Diversidade Sexual em São Paulo”. Realizado pela Coordenação de Políticas para a Diversidade Sexual, da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania em parceria com a Escola de Governo e Administração Pública (EGAP) da FUNDAP, o curso tem como objetivo capacitar quatro mil funcionários públicos do Estado, criando discussões sobre políticas públicas e reafirmando a concretização dos direitos da população LGBT. As aulas terão início em 28 de agosto”. Informações  aqui.

 

E pensar que o Milan já foi um time dos operários. Por que tá dizendo isso? O atacante Antonio Cassano, do Milan, foi multado em € 15 mil (R$ 37 mil) pela Uefa por declarações homofóbicas durante a última Eurocopa. O que ele disse? A declaração foi essa: “Se eles são “frocio” (termo vulgar em italiano para se referir a gays), o problema é deles. Eu espero que não exista qualquer “frocio” . depois pediu desculpa, ainda. Mas aí já era; até parece que poderia resolver o que disse retirando a culpa de si mesmo. Tem cada uma de cada um que vou te contar!

 Esta é antiga mais vale apena. Já sei o que é. Eu vi no meu Face. Tu tens, é? Claro, mas não reduzo minha vida a estas tecnologias, tanto que estamos aqui neste passeio lindo sob o luar. Então diz o que é. Tá bom: A imagem da união civil dos sargentos Will Behrens, de 34 anos, e Erwynn Umali, de 35 anos, oficializando a união deles fazendo o registro na capela de McGuire-Dix-Lakehurst, em Nova Jersey, nos Estados Unidos. Então mostra. Claro, amor.

Os militares Will Behrens e Erwynn Umali viraram viral no Facebook após casamento gay (Foto: Reprodução)

 Ficastes sabendo daquela da Joelma, da banda Calypso, que causou polêmica na rede social por aconselhar um fã gay a “se converter, virar homem e ter um filho”. Se vi. Até agora estou surpresa, pensei que ela não fosse assim. E não é? O que o Chibinha pensou disso? Sei lá. O que sei é que a Gaby Amarantos decidiu, neste sábado (4), fazer uma campanha contra a homofobia. Eu vi, ela tascou no perfil dele no Facebook, uma mensagem com uma camiseta contra o preconceito de LGBTs e escreveu: “Homofobia? Tô fora!”. Olha a foto. A ignorância tá até no meio artístico. Tá mesmo!!!

O companheiro Toni Reis mandou esta aqui para nós:

Para  conhecimento: RedeTV nega direito de resposta à ABGLT – pelo programa  Vitória em Cristo que   ofendeu  a comunidade  LGBT. Vamos  recorrer ao Ministério Público e ao Ministério  das Comunicações. As televisões são concessões públicas e não podem ser usadas para massacrar uma minoria.

Toni Reis

 

“O ódio que é inteiramente vencido pelo amor transforma-se em amor; e por essa razão, o amor é maior do que se o ódio o não houvesse precedido.” (Spinoza)

 

O MUNDO É GAY

(enunciações sussurrantes amorosas aos ouvidos)

Amor. Sim. A mais-valia é a primeira forma de corrupção no mundo. Não apenas por realizar a expropriação do excedente de trabalho do operário, mas porque pretende se apropriar de toda a energia do corpo e reduzi-lo à decadência de um corpo impotente para o desejo de liberdade. Subordina, então, o corpo a medida da ordem do capital em seus desdobramentos do mercado e da propriedade. Compreendo com alegria. Reduzir o corpo a uma situação degradante assim é negar a sua diferença. O corpo é uma multidão de corpos, sem identidade, sem representação. É uma constelação de singularidades que faz com que cada corpo seja único na reciprocidade social e política com os outros corpos. Multiplicidade de corpos. Fluxo desmedido. Sim, por isso pode se expressar de forma libertária, preservando seu ser, quando mantém relações com o estado de coisas constituído. Isso. Um modo de ser. O movimento que vai do poder constituído ao arremesso da liberdade vibrante do poder constituinte. Ele, o corpo, só é preso a uma função específica quando subsumido pelas paixões decadentes do processo do capital. Aí ele se torna reprodutor da norma e nada estranha. Por isso, amor, não tratamos da afirmação da identidade homossexual, mas da afirmação do desejo e da liberdade que quer se fazer corpo. Mas o mundo não é gay? Sim, mas não em uma realidade povoada de identidades e representações que funcionam como pressupostos para a existência. O mundo é gay porque cada diferença, em si, na reciprocidade dos corpos e nas composições desejantes que aumentam nossa potência, afirmamos a alegria do espírito (razão) subversivo das identidades. Tudo, então, é festa, alegria, desejo e liberdade. E a mais-valia? Sim?  O capital não vive a nos persuadir de que ela é o único caminho para uma vida feliz? Sim, mas “Os capitalistas podem dominar a mais-valia e sua distribuição, mas não dominam os fluxos dos quais decorrem a mais-valia (Deleuze/Guattari)”.

 (conversações pelos vários espaço/tempo da existência)       

Escuta só. Diga! Conhece Epicuro? Claro. Então sabes que nunca se é jovem ou velho demais para a filosofia, não é? Sei e concordo com alegria com ele. Pois bem, a TV Brasil não apresentou um programa sobre como estão envelhecendo as lésbicas e bissexuais femininas desta geração. Loucura! Nunca se é jovem demais ou velho demais para a alegria do corpo. Pois não é. Ainda houve entrevistas para saber como a vitalidade da potência vivente dos mais experientes está lhe dando com os retrógrados que insistem na ignorância do preconceito. Pôxa, não vi. Deixa de lazeira, tá aqui para assistirmos.

 

Falando nisso, não tão perturbando novamente a Lady Gaga. O que foi dessa vez? Tão acusando ela de promover a homossexualidade nos jovens. Para, né! Tudo isso porque sua instituição, Born This Way, anunciou parceria com a loja Office Depot para criar itens, como camisetas, que incentiva jovens a serem o que são. Daí a Associação da Família da Flórida, Estados Unidos, fazer a acusação descabida. Por que esta Associação não se preocupa em analisar em pormenor a influência que o capitalismo causa nos jovens, velhos e crianças através de sua indústria cultural? Verdade! Incentiva a corrupção da vida. Viu o que aconteceu no Colorado na estreia do filme Batman o cavaleiro das trevas? Se vi!

 

Domingo passado (22), em Belo Horizonte, na Praça da Estação, cartão-postal da capital mineira, os 15 anos da Parada do Orgulho LGBT de Belo Horizonte foi comemorado com uma valsa. Uma alegria só. Estou sabendo. 30 mil corpos dançando. 30 não, se cada corpo é uma multiplicidade!? Nossa! Tens razão. Mas foi uma alegria com balões coloridos, sorrisos,beijos, amassos, foi uma festa temperada a muita valsa que iria deixar  Johann Strauss de queixo no chão. E olha, para ir a luta não precisamos das armas dos retrógrados como o rancor, o preconceito, o ciúme, o ódio, a violência e outras paixões decadentes, basta fazermos de cada instrumento disponível, nossa alegria e a dança e a música, por exemplo, uma arma de confete na cara deles.

 

Tu gostas de pessoas com uniforme? Não, parecem-me pessoas que só conseguem ver a vida de um modo unilateral. Não, estou falando de pessoas vestidas com uniforme. Ah tá! Até gosto, quando fazemos uns ajustes. Pois bem, “Dezenas de soldados e marinheiros marcharam ao lado de um caminhão militar decorado com uma faixa que dizia “Liberdade para servir” e uma bandeira com as cores do arco-íris. Militares vestidos em roupas civis também participaram da parada ao lado de seus colegas uniformizados”. Onde? Nos EUA, acredita? Claro, a liberdade não tem limites fronteiriços, econômicos ou políticos. E eles são membros das Forças Armadas de lá.

 

Sabes o que é lei? Uma regra que surge para normatizar o real social, ditada por uma autoridade para impor a ordem. Gostou? Porreta! Mas por que perguntou? Na Ucrânia não tão elaborando um projeto de lei para proibir propagandas, programas  de TV, filmes, eventos e campanhas publicitárias sobre a homoafetividade? Sério? E eu lá sou de sriedade? Verdade. Falo com razão e alegria. Já tinham feito isso na Rússia. Sim. Junto com a lei vem as punições, pois, logo, os homossexuais serão tratados como criminosos, pois o poder constituído nomeando e dividindo, definiu um crime. É aí que temos que conversar sobre a natureza social da justiça no mundo? Sim, com certeza.

o casamento é um consórcio que pode garantir a propriedade como herança para os cônjuges ou para quem eles decidirem melhor, concorda? Claro. Mas a dogmática da Igreja determinou também que o casamento tinha que ser uma aliança abençoada pela graça de Deus, certo? Sim. Aí, muitos não entenderam a integração teológica no mercado, e acham que o amor só pode haver quando um homem casa com uma mulher e estes são abençoados por Deus. Não é mesmo! Mas dessa vez se deram mal! Por quê? O gabinete pessoal da presidenta Dilma Rousseff enviou nota nesta quarta-feira (25) comunicando a Associação Brasileira de Gays, Bissexuais, Lésbicas, Travestis e Transexuais (ABGLT) da alteração do registro civil do cabo João Batista Pereira da Silva no sistema de identificação da Marinha. Ele não tinha sido registrado como “solteiro”, mesmo tendo laços afetivos legítimos com seu companheiro!? A Dilma tá levando aos trancos e barrancos a greve com os professores universitários, mas foi linda nesta decisão.

Sabes que quando estamos vivos não sabemos o que é a morte e quando morremos já não podemos dizer o que ela é, não é? Eu já te falei que conheço Epicuro, amor. É mesmo, amor. Eu sei porque lembrou de novo do filósofo do jardim. Então diz! Vamos fazer um jogo sem regras? Tá certo. Vai. O que dizer quando do último suspiro de vida? Responde sem pensar? Tenho que pensar. Não, sem regras, direto. Tá bom. O que diria? Que te amo! Por que, amor? Por ser a coisa mais importante para mim, pois amo o mundo em ti, assim como tu amas todos em mim. Lindo! Sabes o que a Sally Ride, a primeira mulher norte-americana no espaço, disse como última enunciação antes da morte? Não. Ela revelou seu amor por outra mulher e o longo relacionamento amoroso que manteve com ela. A coisa mais importante para ela. Sim. Sua irmã escreveu em sua homenagem: “Tam O’Shaughnessy, era sua parceira nos negócios, na escrita da ciência e na vida”. E mais: “Sally nunca escondeu seu relacionamento com Tam. Elas eram companheiras, parceiras de negócios na Sally Ride Science, escreveram livros em conjunto, e os amigos muito próximos de Sally, é claro, sabiam do amor de uma para a outra”, “Nós consideramos Tam um membro da nossa família”.

A vontade de ser contra precisa, na realidade, de um corpo que seja completamente incapaz de se submeter a um comando. Ela precisa de um corpo incapaz de adaptar-se à vida familiar, à disciplina da fábrica, às normas de uma vida sexual tradicional, e assim por diante. (Se seu corpo se recusa a esses modos “normais” de vida, não desespere – use seu talento. Além de estar radicalmente despreparado para a normalização, o novo corpo precisa também ser capaz de criar uma nova vida. (Michel Hardt e Antonio Negri

Movimento LGBT critica paralisia do governo

Mobilizações do Dia Internacional de Combate à Homofobia levam à Brasília críticas ao governo por ceder as pressões de setores fundamentalistas. Principal reivindicação é a aprovação do PLC 122. “Reivindicamos a criminalização da homofobia, o PLC 122 e leis que garantam que a gente não seja mais discriminado no Brasil. A gente tem tido um ano muito ruim junto ao Palácio do Planalto”, disse Victor De Wolf, secretário geral da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais.

Vinicius Mansur

Brasília – As reinvidicações do movimento de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT) ganharam visibilidade em Brasília (DF) na semana do Dia Internacional de Combate à Homofobia, dia 17 de maio. A Câmara dos Deputados sediou o 9° Seminário LGBT e o Senado uma audiência pública sobre o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 122 que criminaliza a homofobia, ambos realizados na terça-feira (15). Nesta quarta-feira (16), foi a vez da III Marcha Nacional contra a homofobia, com o lema “Homofobia tem cura: Educação e criminalização”, ocupar a Esplanda dos Ministérios.

“Reivindicamos a criminalização da homofobia, o PLC 122 e leis que garantam que a gente não seja mais discriminado no Brasil. A gente tem tido um ano muito ruim junto ao Palácio do Planalto. Nos outros anos do governo Lula tivemos vários avanços, como o Brasil sem Homofobia, o Conselho Nacional LGBT e no atual governo temos retrocessos”, explicou Victor De Wolf, secretário geral da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), organizadora da marcha.

De acordo com o militante da causa LGBT, o governo de Dilma Roussef cedeu a setores “fundamentalistas, do não-Estado laico” e paralisou todas as políticas que atendiam o movimento, inclusive aquelas previstas pelo Plano de Combate à Homofobia. De Wolf cita a suspensão do kit contra a homofobia, do Ministério da Educação, como um símbolo desse giro do governo.

Outro exemplo citado foi a retirada de uma campanha de prevenção à Aids. “O ministério [da Saúde] tem uma avaliação de que a Aids está crescendo no público jovem gay e lançou uma campanha,mas foi obrigado a retirar por ordens presidenciais. Tirando as políticas financiadas diretamente por organizações internacionais, que não tem como parar, o resto está tudo parado. Temos tido um problema sério, em especial, dentro do Palácio do Planalto”, criticou.

O movimento LGBT também reclama uma reunião com a presidenta. Desde o início de seu mandato, apenas a Secretaria Geral da Presidência da República
os recebeu.

PLC 122
Já aprovado pela Câmara dos Deputados, o projeto de lei que criminaliza a homofobia está parado na Comissão de Direitos Humanos do Senado há mais de um ano e quase foi arquivado. A senadora Marta Suplicy (PT-SP) retomou o PLC 122 no início de seu mandato, mas as pressões políticas já mencionadas por Victor de Wolf continuam emperrando seu avanço.

“Lutarmos para dar um basta a estes discursos homofóbicos e a estes crimes que estão aí, porque está uma verdadeira matança contra a população LGBT. E nossa pauta principal no momento é a criminalização da homofobia, a aprovação do PLC 122”, disse Graça Cabral, do movimento Mães pela Igualdade, que agrega mães de vários estados do país em defesa dos direitos iguais para seus filhos e filhas homossexuais. O movimento nasceu a partir do discurso homofóbico do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), que afirmou preferir ter um filho morto a ter um filho gay.

De acordo com o Grupo Gay da Bahia (CGB), foram documentados 266 assassinatos de gays, travestis e lésbicas no Brasil em 2011, sendo 162 gays (60%), 98 travestis (37%) e 7 lésbicas (3%). Os números de 2011 representam um aumento de 118% em comparação a 2007, quando foram registrados 122 assassinatos.

Dia 17 de maio
Esta data entrou para o calendário de lutas do movimento LGBT como o Dia Internacional do Combate à Homofobia porque em 17 de maio de 1990, a assembléia geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou a retirada do código 302.0 (Homossexualidade) da Classificação Internacional de Doenças, declarando que “a homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio e nem perversão”. A entidade considerava a homossexualidade como um transtorno mental desde 1948.

Fotos: Marcello Casal Jr./ABr

Carta Maior


USAR O CONTROLE REMOTO É UM ATO DEMOCRÁTICO!

EXPERIMENTE CONTRA A TV GLOBO! Você sabe que um canal de televisão não é uma empresa privada. É uma concessão pública concedida pelo governo federal com tempo determinado de uso. Como meio de comunicação, em uma democracia, tem como compromisso estimular a educação, as artes e o entretenimento como seu conteúdo. O que o torna socialmente um serviço público e eticamente uma disciplina cívica. Sendo assim, é um forte instrumento de realização continua da democracia. Mas nem todo canal de televisão tem esse sentido democrático da comunicação. A TV Globo (TVG), por exemplo. Ela, além de manter um monopólio midiático no Brasil, e abocanhar a maior fatia da publicidade oficial, conspira perigosamente contra a democracia, principalmente, tentando atingir maleficamente os governos populares. Notadamente em seu JN. Isso tudo, amparada por uma grade de programação que é um verdadeiro atentado as faculdades sensorial e cognitiva dos telespectadores. Para quem duvida, basta apenas observar a sua maldição dos três Fs dominical: Futebol, Faustão e Fantástico. Um escravagismo-televisivo- depressivo que só é tratado com o controle remoto transfigurador. Se você conhece essa proposição-comunicacional desdobre-a com outros. Porque mudanças só ocorrem como potência coletiva, como disse o filósofo Spinoza.

Acesse esquizofia.wordpress.com

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CAMPANHA AFINADA CONTRA O

VIRTUALIZAÇÕES DESEJANTES DA AFIN

Este é um espaço virtual (virtus=potência) criado pela Associação Filosofia Itinerante, que atua desde 2001 na cidade de Manaus-Am, e, a partir da Inteligência Coletiva das pessoas e dos dizeres de filósofos como Epicuro, Lucrécio, Spinoza, Marx, Nietzsche, Bergson, Félix Guattari, Gilles Deleuze, Clément Rosset, Michael Hardt, Antônio Negri..., agencia trabalhos filosóficos-políticos- estéticos na tentativa de uma construção prática de cidadania e da realização da potência ativa dos corpos no mundo. Agora, com este blog, lança uma alternativa de encontro para discussões sociais, éticas, educacionais e outros temas que dizem respeito à comunidade de Manaus e outros espaços por onde passa em movimento intensivo o cometa errante da AFIN.

"Um filósofo: é um homem que experimenta, vê, ouve, suspeita, espera e sonha constantemente coisas extraordinárias; que é atingido pelos próprios pensamentos como se eles viessem de fora, de cima e de baixo, como por uma espécie de acontecimentos e de faíscas de que só ele pode ser alvo; que é talvez, ele próprio, uma trovoada prenhe de relâmpagos novos; um homem fatal, em torno do qual sempre ribomba e rola e rebenta e se passam coisas inquietantes” (Friedrich Nietzsche).

Daí que um filósofo não é necessariamente alguém que cursou uma faculdade de filosofia. Pode até ser. Mas um filósofo é alguém que em seus percursos carrega devires alegres que aumentam a potência democrática de agir.

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