Archive for the 'Inteligência Coletiva' Category

MORO FAZ SUA PARTE: AUMENTA O NÚMERO DE FILIADOS DO PARTIDO DOS TRABALHADORES

Produção Afinsophia.

O filósofo Nietzsche nos leva a entender que existem dois tipos de conceitos sobre justiça.  O conceito de justiça institucional, na qual muitos homens e mulheres empatizam suas realidades psicológicas; e o conceito de justiça natural, a justiça em que homens e mulheres são traspassados pela vontade de justiça que não nasce através do curso de direito.

A justiça institucional é coisa dos homens. Faz parte de seus negócios comprometidos com a realidade humana, diria o filósofo Sartre. A justiça natural é modus de ser da substância-natureza-naturante, pensa o filósofo Spinoza. Porém, essa justiça também se move por entre os enunciados da justiça institucional transpondo seus significados judicativos. Ou seja, escapa de suas determinações não expressando a vontade designadora do juiz.

Como já é do conhecimento até das pedras que não rolam, por isso não criam limo, o objetivo maior de Moro é auxiliar as direitas para que Lula não seja candidato em 2018. Ele sabe que Lula é o único que pode ser eleito e, através de um governo popular – como já fez – mudar o quadro terrorificante produzido pelos golpistas.

Daí, que Moro, como agente da justiça institucional com sua compulsiva prática persecutória contra Lula, não pôde entender que sua decisão de condenar Lula iria servir de drive (para Freud trieb, libido) para que pessoas buscassem se filiar no Partido dos Trabalhadores. Na linguagem freudiana, investir suas libidos-narcísicas no objeto ideal de seu amor. São mais de 3 mil pedidos de filiação ao partido depois de sua decisão judicativa que é contestada por grande maioria do povo brasileiro. Só não pelos abstraídos globotários.

Desta forma, a democracia agradece a Moro por sua grande contribuição para o aumento de membros do PT. Aliás, o único partido que cresce no momento em que parte dos acéfalos se tomam como cientistas políticos e querem o fim de todos os partidos. Coisa de mentecapto. Ou, em outra ortografia, coisa de porra-louca.

FAMA DE MORO CORRE CÉLERE: É ALVO DE PROTESTO NA UNIVERSIDADE DE COLUMBIA, EM NOVA YORK

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Manifestantes gritam contra Moro em Nova York

   Impulsionado por sua voraz necessidade de reconhecimento – síndrome, afirma Freud -, la foi o moro tentar palestrar na Universidade de Columbia, em Nova York. Como a fama de alguém forjada em tendenciosidade facilmente volta contra si em forma inversa; negação, não deu outra.

    Em frente e dentro da universidade pessoas dotadas de inteligência capaz de discernimento sobre o que é irreal, realizaram fervoroso protesto contra ele. E ainda mostraram que ele pratica lawfare, perseguição, contra Lula. 

     Enquanto isso as mídias aberrantes e falsos brasileiros, submissos ao capital norte-americano, tecem loas ao juiz vaiado.

    Veja e ouça o vídeo.

 

HOJE É DIA DE GREVE E PARALISAÇÕES EM TODO O BRASIL CONTRA O DESMONTE QUE O DESGOVERNO GOLPISTA VEM IMPONDO AO PAÍS COMO FORMA DE OFENSA À POPULAÇÃO

Os sindicatos, movimentos sociais e outras entidades da sociedade civil estão hoje se manifestando em todo o Brasil contra o desmonte do país que o desgoverno golpista, irresponsavelmente, vem concretizando.

        O que se cogita muito antes do golpe, agora se encontra em forte execução. O desgoverno golpista do golpista-mor, Temer vem realizando o que a embrutecida direita sabe muito bem fazer: prevalecer às regras e ambições do capitalismo.

        Tudo não passa de falácia e engodo o argumento de que a contenção de despesas é para fortalecer a economia e fazê-las crescer. A PEC 142, agora 55, não tem outro objetivo do que tirar direitos dos trabalhadores para distribuir com o capital privado. O exemplo mais desavergonhado é a entrega do pré-sal para empresas estrangeiras como a Shell.

       Daí que diante dessa irracionalidade antidemocrática e antinacionalista só resta a sociedade brasileira se posicionar na luta por seus direitos. E é isso que ela vem realizando hoje em todo o Brasil. Como diz o verso-nacional, “verás que um filho teu não foge a luta”. É o que vem se confirmando hoje nas manifestações.

         Principais reivindicações no Dia Nacional de Greve.

PEC 241

ENQUANTO EM MANAUS A CANDIDATURA DE ZÉ RICARDO DO PT É ÓBVIA COMO A DOS OUTROS, EM SÃO PAULO A DE HADDAD É DEMOCRATICAMENTE ATIVA

Haddad

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O poder constituído, segundo o filósofo italiano Toni Negri, é a forma em que os corpos, econômico, político, social, estético, etc., são apresentados como realidade pelo governo de um Estado. São corpos regrados e normatizados usados pelos dirigentes para conduzirem e orientarem os habitantes desse Estado. Sem qualquer ilusão, na verdade é força-molar de imobilização.

O grande objetivo dos governantes é fazer com que o poder constituído se mantenha como realidade a ser preservada pelos sujeitos não ativos. Os sujeitos dos espíritos cativos, como afirma o filósofo Nietzsche. Uma realidade inalterável como verdade, onde todos os atos dos habitantes são meras repetições sem criação e atuação renovadora.

Já o poder constituinte, que na verdade deve ser conceituado como potência constituinte, é o “movimento real”, como afirma Marx que transforma o estado de coisa imóvel que o poder constituído resguarda como verdade inalterável. Ao contrário do poder constituído, a potência constituinte se mostra como corpos mutatio-renovatio, porque é fundado pela práxis e a poiesis. Ação como criação do novo.

A potência constituinte é a potência da multidão, multitudo como virtù criadora de novas formas ontológicas de existências. A democracia radical expressa em Machiavel, Spinoza e Marx que não se deixa prender pela democracia representativa burguesa que é o poder constituído reflexo do capitalismo. O capitalismo paranoico, como afirmam os filósofos Deleuze e Guattari.

A potência constituinte não é processada, como novo, apenas pelos corpos econômicos, mas, também, pelos corpos estéticos que expressam movimentos criativos que saem da potência criadora dos trabalhadores, dos artistas em forma de trabalho social revolucionário. Assim, como movimento ontológico práxis e poiesis, a potência constituinte emerge como criação no poder constituído para produzir nova forma ontológica de estar-no-mundo, onde o homem não deve sofrer privações como ocorre no poder constituído do capitalismo paranoico.

Em uma campanha eleitoral, dependendo da sensibilidade, inteligência e ética dos candidatos, os programas-projetos apresentados refletem ou o poder constituído ou a potência constituinte. Porém, no Brasil, a maioria dos candidatos, dado suas indigências políticas, reflete o poder constituído. Mesmo que alguns tentem passar uma superficialidade de ser diferente, os programas são os mesmos estados de coisas.

Em São Paulo, a candidatura do prefeito do Partido dos Trabalhadores, Fernando Haddad, é essencialmente devir potência constituinte. Nela os corpos que se movimentam se movimentam sempre como mutatio-renovatio. É um movimento criador que não se resume em Haddad, porque não há o novo sem a potência da multidão. É um movimento criador porque as individualidades dos sujeitos-ativos se compõem como potência da multidão. Devir, virtù, vontade de potência. Um movimento em que as singularidades dos habitantes produzem cartografias de desejos coletivos que se materializam como direitos de todos.

Infelizmente, em Manaus, a candidatura do deputado Zé Ricardo do Partido dos Trabalhadores não é traspassada pelo processual da potência constituinte. O programa-projeto, como práxis e poiesis, de Zé Ricardo, não é constitutivo de corpos que afirmam a vida coletiva como potência da multidão. Ele, com poucas exceções, é óbvio e tatibitate como os dos outros candidatos. Nada de novo. Todos são representantes do estado de coisa reacionário da direita. Os candidatos cronologicamente mais novos, são tão velhos em ideias fossilizadas politicamente como os velhos cronologicamente candidatos. Como diriam os sábios gregos, em relação às eleições em Manaus: “Não há nada de novo sob a luz do sol tropical de Manaus!”.

Zé Ricardo não fez essa leitura, e não fazendo essa leitura não teve a compreensão do mundo manauara cujos representantes partidários reacionários privam, com suas indigências políticas, a população da alegria de existir sem privação. Zé Ricardo não entendeu que com os mesmos códigos desativados da semiótica dominante ele não atinge os sujeitos-ativos que podem trepidar a molaridade do estado de coisa triste em que Manaus está submetida. Apanhado por essa trapaceira semiótica, Zé Ricardo só tagarela. Não percebeu e compreendeu que a única (com respeito ao candidato Queiroz do PSOL) candidatura que poderia encadear desejos mutatio-renovatio nessa eleição era a sua. Já que as outras são golpistas.

Mas Zé Ricardo não pode de todo ser tomado como o único responsável pela falta de ativação em sua candidatura, já que uma candidatura é coletiva. Por isso não há que se comparar sua candidatura com a de Haddad. Em São Paulo a candidatura de Haddad se movimenta em composição-ativa como heterogeneidade. Vários corpos tecem a cartografia de desejos da potência constituinte. Os artistas, os intelectuais são sujeitos-ativos. Em Manaus, ao contrário, parece que não existem artistas e muito menos intelectuais. Só mesmo tagarelas, reacionários, e alienados presos em suas camisas de forças vaidosas.

POR NOSSO DESEJANTE DEVIR-POLÍTICO COMO FELICIDADE CONTÍNUA DO NOVO

Logo Colorido

O desejo pode ser tido como uma imaginação-temporal-futura boa ou ruim de um fato. Uma imaginação-temporal-futura, que por ser imaginação não deve ser confundida com a confirmação do fato. Já que todo fato só pode se realizar no presente que para esse desejo não ocorreu. Que se já tivesse ocorrido não seria um desejo.

Esse tipo de desejo surge como querer. E como querer é constituído de corpos supersticiosos tocados por elementos teológicos. Quem deseja se mostra referente a Deus que conhece todos os tempos. Deus não tem angústia, porque sabe do futuro. Só o homem se angústia, porque não conhece o futuro. Desejar Feliz Natal, Feliz Ano Novo é se mostrar Deus sem apropria-se do futuro. Mas de certa forma se mostra contido em Deus como seu mensageiro. “Quero-lhe bem!”, mostra meu desejo-Deus. Como imagem de Deus, posso desejar o bem.

O desejo também pode ser tido como apetecível gastronômico. Desejo comer um jaraqui frito. O Jaraqui é um peixe da água doce saboroso com farinha e pimenta. E se desejar, com uma cachacinha ou cerveja ele agradece o desejo etílico. Porém, esse desejo apetecível encontra-se no futuro como objeto a ser atingido. Objeto do desejo. Diferente do desejo Feliz Natal, Feliz Ano Novo que se encontram no futuro, mas não como objetos. O desejo de comer o jaraqui frito se concretiza, freudianamente, como investimento de minha libido narcísica fora de mim, mas que atua sobre mim suprimindo minha necessidade fome e meu desejo de escolha pelo jaraqui.

Nós dois casos do desejo apresentados, há imaginação-projetiva que não implica o sujeito-desejante. Ou seja, o sujeito que produz pela potência do desejo o mundo fora de si. O desejo não surge como uma produção que modifica o mundo ou toca em sua inércia. Não toca em sua condição desativada como ocorre com o desejo da filosofia política, potência-devir como processante do novo.

É esse desejo, filosofia política, que os Blogs Esquizofia e Afinsophia, da Associação Filosofia Itinerante (Afin), processa continuamente em encadeamentos com seus acessantes que diariamente compõem corpos afetivos e cognitivos através dos devires-desejantes semióticos. Devires-desejantes que saltam, como cometas, nas telas em deslocamentos esquizos, e que dionisiacamente atravessam certezas molares dos buracos negros capturadores, corpos indesejantes do capitalismo paranoico.

Seja no Blog Esquizofia composto de desejo-estético expressivo das artes; seja no Blog Afinsophia como heterogeneidade fluxo mutante e quanta desterritorializante, a filosofia política se movimenta como felicidade contínua do novo aos seus acessantes,porque o novo não se movimenta no tempo cronológico, pulsante, mas no tempo Aion, aquele que nunca é, mas como desejo produz a passagem contínua do que estamos sempre nos tornando sem nunca sermos. O virtual como potência do real que nos deixa sem sabermos o que seremos. Não ser que somos sempre o novo enquanto não somos molares objetos do buraco negro formação alienada pelo capitalismo paranoico. O antigo que se ilude pela imaginação-supersticiosa através da linguagem desativada ao proferir a palavra, novo.

Com desejo produção sempre novidade, movimentemo-nos, pois, como filosofia política Felicidade Continua do Novo.

Beijos e Abraços Afinados a todos Acessantes dos Blogs!

A INCONFUNDÍVEL ROSTIDADE DOS COXINHAS: INVEJA E ÓDIO

e196060b-a6d8-4b89-a7ca-f60395210f8aO amigo perguntou: “Você viu os rostos dos coxinhas? Que loucura! Ódio e inveja!”

Você viu o rosto dele? Tinha uma profunda expressão de ódio. Quando ela chegou já deu para perceber que ela não estava para conversa. Verdade. Cara de inveja pela promoção de Cláudia.

Não se nasce com rosto. O rosto é uma inscrição que se processa durante a existência das pessoas. O que há é cabeça, não rosto, dizem os filósofos Deleuze e Guattari. No lugar do que vai ser tido como rosto há um muro branco. Local de inscrição dos signos e das redundâncias. Mas um sujeito não se reduz a signos, redundância-significante. Há uma subjetivação que “não existe sem um buraco negro (D/G)”. O buraco negro é “onde aloja sua consciência, sua paixão, suas redundâncias (D/G)”. Dois estratos.

O rosto começa no muro branco para aparecer vagamente no buraco negro como rostidade pai, mãe, patrão, criança, policial, professor, etc., como traços significantes indexados específicos. A subjetivação necessita do rosto para escava o buraco negro por onde atravessa.

Mas a rostidade como significante e subjetivação não se mostra apenas no processo muro branco-buraco negro. Ela se mostra também nos objetos que também estão rostificados. Uma casa, uma cadeira, uma roupa, uma paisagem que se conectam a máquina abstrata de rostificação. “Essa roupa me olha”. Ou melhor, os objetos me olham. Me olham de acordo com minha rostidade. Meus significantes, minha consciência, minhas paixões.

No caso do rosto de Cristo. Ou rostos de Cristo, há também traços do agenciamento realizado pela máquina abstrata de rostificação. Há o rosto de Cristo o amante, o que não acusa, o que não cobra, que não julga, não persegue e que só ama seu próximo. O Cristo alegre. O rosto que Barrabás e Judas viram. E há o rosto de Cristo criado por Paulo. O rosto do crucificado que rostifica compaixão, dívida, julgamento, castigo, condenação, perdão compensatório e sem amor ao próximo, como liberdade. Esse segundo, a rostidade do homem ocidental onde a superstição, tida por religião, e o capitalismo fazem uso para manter a opressão ambiciosa. “Cristo de mercado. Cristo-tirânico (D/G)”.

Jornalistas livre e pessoas, também livres, se preocuparam em interpretar a redundância-significante dos cartazes exibidos pelos coxinhas, analfabetos políticos. Mas o que havia nos cartazes? Dizeres contra Dilma, Lula e o Partido dos Trabalhadores? Não. Os cartazes exibiam a rostidade dos coxinhas. “Deviam ter mortos todos”, dizia uma rostidade. “Somos Todos Cunha”, se exibia outro. Não havia Dilma, Lula e PT, mas só a rostidade coxinha.

O amigo viu a rostidade coxinha nos cartazes. Um cartaz expressava todos. “Viu os rostos deles?”. A gatinha, a madame mal-amada, o homem-fálico-narcisista, o jovem caráter-anal obsessivo, o bombado, o homofóbico, o racista, o arrivista, o misógino, estavam no muro brando-buraco negro dos cartazes. Foram 795 mil rostos no Brasil? Não. Uma rostidade só. Uma única inscrição. Uma rostidade redundância-significante e uma subjetividade-golpista-nazifascistas. Uma rostidade burguesa-branca, ponto-molar paranoico. Eu atribuível como rostidade determinada sem possibilidade de traços a-significantes e a-subjetivos.

Deleuze e Guattari nos dizem: “Se o rosto é uma política, desfazer o rosto também o é, engajando devires reais, todo um devir-clandestino. Desfazer o rosto é o mesmo que atravessar o muro do significante, sair do buraco negro da subjetividade”.

Mas os coxinhas não querem sair dessa opressão rostificadora. Eles querem continuar a cultuar o rosto do Cristo crucificado como ressentimento e má consciência. Quer dizer: eles não podem. Desfazer o rosto é a morte com quem eles não sabem lidar como criação para o novo. Eles não podem desejar. Eles são estratificados por linhas duras muito bem segmentadas e estriadas. Muito bem estratificadas como identidade, organização e subjetivação molar. Não qualquer possibilidade de variável, resíduos, neles.

Essa a inconfundível rostidade dos coxinhas: inveja e ódio.  

         

            

PARA O CINEASTA CARLOS BARRETO “DIRCEU NÃO É BANDIDO ELE LUTOU PELO BRASIL”, E PARA O JORNALISTA FERNANDO MORAES O QUE A DIREITA QUER É LULA

images-cms-image-000449376Comentando prisão do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, intelectuais se posicionaram claramente contra apresentando as razões de porque não corroboram com sua prisão pela Operação Lava Jato.

Entre os que comentaram a prisão de José Dirceu encontram-se o cinegrafista premiado Luiz Carlos Barreto e o internacional jornalista e escritor Fernando Moraes. Para o cinegrafista, “José Dirceu não é um bandido e estamos caminhando para um caminho muito perigoso”.

“José Dirceu não é um bandido. Ele lutou e arriscou a vida dele pela democracia, conduziu um partido ao poder e estabeleceu um projeto para o país.

Nós estamos caminhando por um caminho muito perigoso. É claro que é preciso extirpar e diminuir a corrupção, que é universal. Agora, há exagero e é preciso que as pessoas saibam que existe um Estado de Direito Democrático e uma Constituição Federal Vigente”, afirmou Luiz Carlos Barreto.

Por sua vez, o jornalista e escritor Fernando Moraes analisa a prisão de José Dirceu por outra perspectiva. A perspectiva de que a intenção da Operação Lava Jato visa, na verdade, o ex-presidente Lula. Em sua conta no Facebook ele escreveu o texto tendo ao lado uma fotografia de Lula.

“A federal prendeu o Zé Dirceu. ele, o irmão e o secretário. mas não é o Dirceu que essa gente quer. Nem ele, nem a Dilma. Eles estão rodeando para chegar nesse rapaz sem o dedo mindinho aí da foto. Eles querem ganhar as eleições de 2018 com três anos de antecedência”, escreveu Fernando Moraes.

Fernando Moraes ao afirmar que o que as direitas tencionam é eliminar Lula das eleições de 2018, ele mostra o óbvio: elas não possuem qualquer representante ou programa para chegar à Presidência da República através de eleições democráticas. Daí que esse estado de destemporalização, no presente fantasiar o futuro, só lhe impõe um estado angustiante de dor e desespero, visto que o futuro para elas já é hoje: sua derrota antecipada.

MOVIMENTOS SOCIAIS, SINDICATOS, PARTIDOS PROGRESSISTAS REALIZARÃO DIA 7 ATO DE REPÚDIO CONTRA ATENTADO TERRORISTA AO INSTITUTO LULA PRATICADO POR NAZIFASCISTAS

image_largeO que se encontra em cena no Brasil de hoje são duas subjetividades. Uma subjetividade molar, com componentes paranoicos, solipsistas, que perseguem tudo que é movente, tudo que reflete a vida criativa, solidária e compromissada com os direitos de todos em forma de regime democrático. Outra subjetividade molecular, constituinte, multitudo, composta por corpos criativos, distributivos, transformadores e continuamente alegres como regime democrático.

A subjetividade ponto molar-paranoico é toda estriada, segmentada, refletida em uma semiótica sobrecodificada em uma estrutura hierárquica rígida em forma de buraco negro que tende a capturar todos os corpos, imobilizá-los, para poder se manter como dominante. Trata-se do sistema capitalista com sua imagem do pensamento dogmático que obriga seus sujeitos-sujeitados, agenciados coletivamente em enunciações de subjetivação, a serem seus reverberadores. Sujeitos- sujeitados do significante-paranoico. No palco brasileiro são as direitas com seus ressentidos, rancorosos, perversos, invejosos, odientos, ambiciosos, que por serem destituídos de qualquer pudor ou princípio moral, recorrer a todas as armas para alcançar seus objetivos. Não é difícil entender que essa subjetividade tem também como membros os psicopatas nazifascistas. Os que dizem Sim a morte e Não a Vida.

Como poder politico tem força simbólica, imaginária e real sobre essa subjetividade molar-paranoica, ela se mostra como amante passional desse poder. E tudo faz para tentar obtê-lo. Os representantes dessa subjetividade em forma de partidos políticos, empresários, mídias insensíveis e a-cognitivas, classe média alienada e grupos inebriados, desde que os governos populares conquistaram o poder democraticamente através do voto, com Lula e Dilma, ela não cansa de realizar ataques conspiratórios contra esses governos.

A última eleição em que seu representante Aécio Cunha foi derrotado por Dilma Vana Rousseff, acirrou mais o ponto-molar com seu nutriente: ódio. São inúmeras tentativas, sem qualquer pudor, princípio moral, para desmobilizar o governo e anulá-lo para que essa subjetividade, sem qualquer constrangimento, possa se apossar. Agora, as tentativas não estão mais na ordem da invenção de mentiras, impropérios, pornofonia, pornografia, difamação, ameaças, calúnias, não, agora seus membros passaram para a violência física. Ou melhor, sem metáfora ou eufemismo, passaram para o ato terrorista.

Na noite de quinta-feira passada, às 22 horas, o Instituto Lula sofreu um atentado terrorista. Um passageiro de carro lançou uma bomba de fabricação caseira na frente do prédio do Instituto Lula. A imprensa que reflete essa subjetividade molar-paranoica correu para descaracterizar o ato nazifascista. Tendo até quem afirmasse que tudo foi provocado pelo próprio Lula. Não era para se esperar o contrário, posto que a subjetividade molecular conhece os códigos que traspassam esse tipo de sujeitos-sujeitados.

Agora, deve ser feito, para impedir a concretização livre dessa subjetividade que ama a morte, um ato de repúdio contra o atentado terrorista. Para isso, os sindicatos CUT, CTB, CSB, CMP, Consulta Popular, FLM, UMM, as organizações sociais, os movimentos sociais, as entidades de direitos humanos, os partidos políticos PCdoB, PT, PDT, PCO e a sociedade civil irão realizar sexta-feira, dia 7, o ato contra o atentado terrorista.

Para Rafael Marques, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, a mobilização dos trabalhadores em defesa dos empregos e dos avanços sociais, também inclui a defesa de Lula.

 “A partir de agora, nós dirigentes, vamos construir em nossas bases essa grande mobilização em defesa do Brasil, dos empregos e dos avanços sociais. E tudo isso se traduz, também, na defesa do presidente Lula.

O atentado é inadmissível. É um tipo de atitude que aconteceu poucas vezes na história do nosso país e que repudiamos fortemente. Um comportamento de gente pequena, atormentada, pessoas que, com certeza, não deram um centésimo da contribuição que o presidente Lula deu ao Brasil e ao mundo”, observou o sindicalista Rafael Marques.

O deputado estadual Teonílio Barba do PT, também tem posição semelhante ao do sindicalista. Para ele o atentado foi obra de fascista da extrema-direita.

 “O que aconteceu com o Instituto Lula se trata de um ataque fascista e de extrema-direita. Querem criar uma instabilidade no país quando atacam nosso ‘eterno’ presidente Lula”, opinou Teonílio Barba.

Embora muitos acreditem que os atos irracionais e cobiçosos da subjetividade molar-paranoica sejam exclusivos em direção ao Partido dos Trabalhadores, e especificamente a Lula e Dilma, trata-se de uma simplificação de raciocínio. Na verdade esses atos irracionais e cobiçosos são em direção à subjetividade molecular-criativa e distributiva. São direcionados a todos que acreditam que o ser humano é para ser feliz como efeito de sua vontade de potência que é a afirmação da Vida. Ou como diz o filósofo Toni Negri, o homem “não precisa passar pela privação, não é uma condição da filosofia”.

Somos nós, os livres e não os cativos, que a subjetividade molar-paranoica tem como alvo visto ser ela composta pelos cativos. Somos nós os fortes como vontade de potência que ela, como fraca e impotente, como quem persegue o dinheiro, a fama, o respeito social imposto, o reconhecimento, objetiva.

 

HOJE É DIA DE MANIFESTAÇÕES EM TODO O BRASIL CONTRA A TERCEIRIZAÇÃO E A SUBJETIVIDADE REACIONÁRIA QUE PRETENDE SE IMPOR

image_large (1)Há no momento no Brasil, embora já seja caduca, uma forte expressão de reacionários em vários seguimentos. Na indústria, no comércio, nos meios de comunicação, em algumas universidades, Congresso Nacional, e outros, todos mostrando o caráter que não tem qualquer relação com a democracia, já que a democracia é um devir de produção contínua de novas formas de existências. Existências que dignificam e honram a dignidade humana em suas faculdades intelectiva, afetiva e ética.

Na ânsia – tara – de querer fazer prevalecer sua ideologia reacionária estes seguimentos lançam mão de todas as formas de ameaças, até de violência física e moral contra os que são contrários a seus propósitos antidemocráticos. Entretanto, nesse momento a maior ameaça que vem sofrendo a democracia brasileira, além da aprovação da redução da maioridade penal, é a provação da terceirização em todo setor trabalhista. Uma ameaça que chega a ser pura violência contra os direitos dos trabalhadores. Direitos que foram produzidos, historicamente, através de muitos embates contra os patrões ambiciosos e parlamentares que fizeram de um tudo para esses direitos não se tornassem realidade.

Em função desse quadro ameaçador, hoje, dia 15, todas as categorias de trabalhadores, movimentos sociais, entidades religiosas, organizações não governamentais, OAB, intelectuais, artistas, a sociedade civil de maneira geral, vai às ruas para se manifestar contra esses dois temas perniciosos à democracia; a terceirização e a subjetividade reacionária. A manifestação é promovida, principalmente, pelas centrais sindicais. Entretanto, como é óbvio, A Força Sindical que tem como presidente licenciado o chamado Paulinho da Força, não vai participar. Seria mais aberrante do que já é, visto que ela é a favor da terceirização. O líder, embora seja do partido Solidariedade, é um menino de recados do partido da burguesia-ignara, PSDB, que também é a favor da terceirização.

“O que as pessoas têm que prestar atenção que ao contrário do que diz a mídia tradicional, o PL 4.330 não vai proteger quem já é terceirizado. O projeto vai é tornar todo mundo terceirizado. Estamos diante de um forte ataque do Congresso Nacional aos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras”, afirmou Vagner Freitas, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Para o presidente da CTB, Adilson Araújo, a mobilização é importante para o enfrentamento da crise.

“Uma mudança de curso vai demandar muita mobilização social. As mobilizações são determinantes para a gente dar um novo curso no enfretamento da crise, que termina servindo de elemento para que esse Congresso, ainda mais conservador, venha dar seguimento a uma agenda extremamente regressiva. O Parlamento tem sido um palco de maldades contra os trabalhadores e os interesses sociais”, opinou Adilson Araújo.

Falando sobre a atuação do Congresso Nacional em relação aos direitos dos trabalhadores, Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato de São Paulo, Osasco e região, foi sinteticamente concludente.

“O Congresso não reflete a população brasileira, é um reflexo do poder econômico”, sintetizou Juvandia.

Para Luiz Carlos Prates, dirigente da executiva nacional da CSP-Conlutas os trabalhadores sabem que a terceirização é um cruel ataque a legislação trabalhistas.

“Existe uma grande insatisfação entre os trabalhadores. Eles percebem que é um ataque muito grande a legislação trabalhista, pois significa que podem trocar quase toda a mão de obra. A única forma de enfrentar isso é com o povo na rua”, afirmou Prates.

Por sua vez, o filósofo e coordenador-nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto, Guilherme Boulos, essa será apenas a primeira manifestação contra o conservadorismo que predomina no Congresso Nacional que se coloca contra o trabalhador.

“Temos um conjunto de preocupações. De um lado temos que nos mobilizar contra a ofensiva conservadora que revivei propostas de redução da maioridade penal, da terceirização, da lei antiterrorismo. Mas também dar uma resposta à ofensiva das direitas nas ruas.

O caminho para construção de um país mais justo e o enfretamento da crise econômica são as reformas populares e não a redução de direitos.

O ato faz parte de um conjunto ao qual esperamos dar sequência e fazer dele uma mobilização cada vez maior”, observou Boulos.

Enquanto isso, o engajado ator norte-americano Danny Glover, participando do 9° Congresso Nacional dos Metalúrgicos da CUT, em Guarulhos, São Paulo, teceu elogios aos trabalhadores brasileiros e ao potencial do Brasil como Nação capaz de influenciar o mundo.

image_large“Os sindicatos brasileiros sempre estiveram à frente da luta em favor dos direitos civis. O Brasil ainda não se deu conta do seu potencial no mundo. Nós, norte-americanos, observamos o Brasil como um país transformador nas relações de trabalho. No que diz respeito às ações globais, precisamos nos unir nesse momento de crise financeira mundial, que aumenta a precarização dos trabalhos. Por isso, nossa luta é permanente”, disse Danny Glover. 

MESMO COM ALGUNS EQUÍVOCOS, OS GOVERNOS POPULARES SE MOSTRAM COMO O FATO HISTÓRICO MAIS IMPORTANTE PARA O BRASIL

Lula_e_Dilma_be_01Em, tempo de ditadura é comum se ouvir desabafos de supostos escritores, ou outros tipos de artistas, de que só não produzem porque serão censurados. Alguns até afirmam ter escondidas algumas obras. Mas ocorre, então, da ditadura chegar ao final. Alguns incautos esperam as publicações das ditas obras escondidas da censura. Resultado: não havia obras e muito menos talentos em tais escritores.

Entretanto, como foram grandes marqueteiros de suas próprias causas, aproveitam a abertura e se imiscuem nos meio dos que verdadeiramente lutaram pela liberdade de seu povo e passam a ocupar um cargo. Ocupam o cargo, mas não produzem qualquer sentido para a democracia agora vigente.

No Brasil ocorreu exatamente essa deplorável situação. Fernando Henrique, um dos maiores exemplares do afeto triste que é a vaidade, como diz Spinoza, se tomava como um contrário a ditadura civil-militar, embora o tempo ditatorial nunca tenha mostrado o seu perigo para ele. Queria o poder para colocar em prática suas ideias sociais como sociólogo que detinha os segredos da felicidade do povo. Segredo que hoje como conspirador contra o governo Dilma, a sociedade brasileira conhece.

Foi para o poder, e junto com seu amigo ministro Mota, conseguiu rasgar a Constituição, e por força do orgulho e da vaidade, também conseguiu em uma das tramas mais sujas da política brasileira, até então, ser reeleito através de um esquema de compra de votos. A corrupção que jamais calou.

Segundo depoimento, em delação premiada, o corrupto Pedro Barusco, afirmou que a corrupção na Petrobrás iniciara no ano de 1997, no terceiro ano do primeiro governo de Fernando Henrique. O fato já havia sido denunciado pelo jornalista Paulo Francis, amigo de Fernando Henrique, que por força de um processo veio a falecer com profunda depressão.

Já é do conhecimento da maioria da população brasileira que os dois desgovernos de Fernando Henrique não se preocuparam em combater a corrupção. Pelo contrário, o procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, que passou a ser conhecido por seu habito de engavetar todas as denúncias contra o governo ou amigos de Fernando Henrique, como engavetador-geral da República, permitiu a paralização das ações policiais nos âmbitos federal e jurídico.

Com os governos populares de Lula e Dilma essas instituições de combate à corrupção passaram a fazer aquilo que constitucionalmente devem fazer: investigar, julgar e condenar os malfeitores. Em função dessas atuações, tornou-se moda se falar em corrupção no Brasil. Falam de corrupção até quem não conhece seu significado. O termo corrupção é usado até pelos mais desavergonhados fariseus. O chamado combate à corrupção tornou-se um elemento de tal moda que até corrupto fala em combatê-la. E muitos desses corruptos têm uma história de corrupção muito antes dos governos populares. Muito deles fazem parte dos que mais atacam Dilma. Mas a sociedade sabe que se trata apenas de simulação: se mostrar que é o que não é.

Agora, imaginemos se Lula não tivesse sido eleito e o candidato do PSDB, José Serra, partido de Fernando Henrique, tivesse sido o vitorioso. Há quem acredite que o Brasil, no quesito combate à corrupção, seria esse que hoje experimentamos? Haveriam sido deflagradas operações como Lava Jato, Zelotes? CPI do HASBC? Operações que ligam diretamente os desgovernos Fernando Henrique. As mídias reacionárias, que sempre protegeram Fernando Henrique e seu partido PSDB, seriam hoje objetos de análise de jornalistas independentes? Se falaria sobre sonegação de impostos da emissora que mais enriquece com dinheiro público, a TV Globo? Claro que não. Seria possível os nazifascistas se manifestarem violentamente, como é de seu tipo psicopatológico, da forma que estão se manifestando como ocorreu no dia 15, dia da burguesia-ignara-parasita realizar convescote coletivo?  Claro que não.

Tudo estaria da forma que era antes. Os nazifascistas estariam satisfeitos, assim como a burguesia-ignara-parasita, os falsos políticos, falsos artistas, falsos comunicadores, todos não teriam motivos para se preocupar. Não haveria corrupção no país. Os chamados políticos, as empreiteiras, os bancos, a elite, as mídias reacionárias, seriam todas tidas como honestas, nacionalistas e patrióticas. E a Petrobrás, que já vinha sendo corrompida no tempo dos desgovernos de Fernando Henrique, não seria peça de investigação. A estatal estaria calmamente produzindo e não seria objeto de assalto de  uma corja de funcionários crápulas, empreiteiras inidôneas e aéticos políticos. E sobre Furnas? Nada se saberia. Também estaria em completo funcionamento. Tudo caminharia como querem as direitas farisaicas.

Só que Lula e Dilma foram reeleitos presidentes da República e conseguiram produzir, junto com o povo, uma nova realidade onde os órgãos de controle do dinheiro público funcionam como instituições republicanas e democráticas. Daí o valor histórico desses dois governos para a sociedade brasileira.

Sabe-se que os dementes e ensandecidos vão às ruas, democraticamente, não para exigir combate à corrupção, porque isso já estar ocorrendo, eles vão às ruas, impulsionados por suas próprias taras psicopatológicas expressadas em gestos obscenos, amorais, pornofônicos. Um direito também produzido pelos dois governos. Afinal, o capitalismo não é só uma fábrica produtora de loucura monetária, mas também de vícios-gregários-axiomáticos, apresentados paranoicamente como valores, como dizem os filósofos Deleuze e Guattari. E de vícios-gregários-axiomáticos paranoicos as direitas são hexacampeãs.

Por tal realidade, apesar dos equívocos dos governos populares, o Brasil deu o salto-ontológico para a sua humanização.

A LENDÁRIA ATIVISTA NEGRA DO BLACK POWER, ANGELA DAVIS, EM ENTREVISTA NA TV BRASIL, MOSTRA O QUE É SER UM DEVIR-POLÍTICO

Uma das personagens mais importantes da luta intensiva pelos direitos dos povos oprimidos, principalmente os negros, a lendária ativista do movimento, Panteras Negras e do Partido Comunista dos Estados Unidos, Angela Davis, esteve no programa Espaço Público, da TV Brasil.

Angela Davis, na década de 70, em função de sua luta, foi presa pelo FBI e colocada na lista dos mais procurados pela força policial norte-americana. Sua atuação pelos direitos humanos era tão forte que gerou o movimento coletivo “Libertem Angela Davis” que produziu uma reverberação internacional envolvendo artistas, intelectuais, filósofos, sociólogos, antropólogos, políticos ente outros.

A filósofa, escritora, conferencista, professora veio ao Brasil para participar do Festival Latinidade 2014: Griôs da Diáspora Negra, que ocorreu em Brasília, e terminou na segunda-feira. Ela foi entrevista pelos jornalistas Paulo Moreira Leite, apresentador do programa, a jornalista Juliana César Nunes, da Radioagência Nacional e o jornalista Florestan Fernandes Jr, da TV Brasil.

A visão que o Brasil tem de você ainda é muito conectada a Angela desse movimento Black Power da década de 1970, quando brasileiros faziam campanha pela sua libertação e pela libertação de Mandela e, ao mesmo tempo, pensavam em como libertar a Angela e o Mandela que existiam entre nós, entre homens e mulheres negras. Hoje, em que Angela as pessoas precisam pensar em libertar, em deixar fluir?

A campanha pela minha libertação foi de fato um momento importante. Eu sempre digo que meu nome só é conhecido hoje não tanto pelo que eu fiz, mas pelo que fizeram por mim. Nunca vou esquecer o enorme movimento de solidariedade que mobilizou pessoas em quase todos os continentes. Mas eu era apenas uma, e já naquela época, tinha consciência de que havia muitos outros presos políticos. Percebi que o problema não era só a repressão aos presos políticos, mas também o papel racista e repressor do sistema carcerário. Nas últimas décadas, venho batalhando pela libertação dos presos políticos e combatendo a indústria carcerária e muitos militantes desse movimento anticarcerário nos autodenominamos “abolicionistas”, porque defendemos a abolição da cadeia como forma dominante de punição.

Angela, você popõe a extinção dos presídios. A pessoa quando comete um crime, um crime bárbaro, um crime hediondo, ela tem que ser punida, tem que pagar pelo crime que cometeu e ser ressocializada para voltar à comunidade. Se acabam os presídios, que eu concordo que virou depósito de pessoas, o que fazer com os criminosos?

Concordo plenamente que quem tem conduta antissocial, quem faz mal a outras pessoas deve responder por isso. Mas isso não significa que basta punir. Quando simplesmente punimos os culpados, em geral o que acontece é que eles saem da cadeia pior do que entraram para cumprir a pena. As cadeias contribuem para reproduzir a violência e a conduta antissocial. A grande questão é como transformar a sociedade e lidar com essa questão da violência de tal forma que o agressor retorne à sociedade com uma perspectiva de vida melhor, sem revolta, sem recaída, mas disposto a contribuir com a sociedade. Acredito muito na reabilitação. Mas não acredito que ela seja possível na cadeia. É por isso que precisamos encontrar outras formas de responsabilizar as pessoas pelos crimes que cometem. E o pior é que muitas pessoas estão presas não porque cometeram um crime, mas por serem negras, jovens, ou porque estavam no lugar errado, na hora errada.

Angela, você tem criticado as políticas de combate à violência doméstica. Como garantir proteção para as mulheres de uma outra forma que não seja a criminalização dos agressores?

Estou com as pessoas que acreditam que simplesmente criminalizar a violência doméstica não basta para erradicá-la. Eu me preocupo com as vítimas da violência conjugal. E também porque é uma das formas mais comuns de violência no mundo. É uma forma de violência que ocorre em quase todo o mundo, inclusive nos países onde ela foi criminalizada. O índice de violência contra a mulher, de violência de gênero, não diminuiu. Alguma coisa está errada. Não podemos continuar simplesmente mandando as pessoas para a cadeia. Isso nos faz esquecer o problema. É por isso que sou contra o uso da pena de detenção. De certa forma, isso nos exime da responsabilidade de descobrir como acabar com essa violência horrível que tantas mulheres sofrem. Em muitos lugares, já surgiram alternativas à execução penal. Elas incluem Justiça restaurativa, ou até censura pública. Evidentemente, a perspectiva evolucionista não sugere que o agressor não deva responder pelo que fez. Em muitos aspectos, é mais difícil para o agressor encarar a vítima de frente e encontrar uma forma de se redimir do que ir para a cadeia. É mais fácil ficar na cadeia. É muito mais difícil localizar a raiz da violência dentro de si e encontrar uma forma de erradicá-la do mundo.

Onde fica o centro da sua força, essa força com que luta pelos direitos dos negros, tanto na África, quanto na diáspora?

De onde tiro minha força? Acho que posso dizer que ela vem das minhas comunidades, das pessoas com quem trabalho, meu sentimento de união com as pessoas que se dedicam às lutas por justiça e igualdade. Costumo contar uma história que aconteceu na época em que eu estava presa. O FBI foi me buscar. Fui levada para um presídio onde eu fiquei incomunicável, sem poder falar com ninguém. Puseram-me em uma ala do presídio reservada para pessoas com problemas psiquiátricos. Fiquei deitada ali na cela, sentindo-me totalmente sozinha. De repente, ouvi umas vozes ao longe. Mal dava para entender o que diziam. De repente, percebi o que estavam dizendo: “Soltem Angela Davis!”. As pessoas se aglomeravam fora do presídio, tarde da noite, e isso antes mesmo da campanha pela minha libertação. Elas vieram e aquilo me fez sentir que eu não estava só. Fiquei com essas lembranças, essa ligação com as pessoas e percebi que, por piores que fossem os meus problemas, eles não chegavam aos pés dos problemas das pessoas que passam a vida na cadeia, das pessoas na Palestina, das pessoas que têm de lutar pela própria liberdade de várias maneiras. Enfim, também tiro muita força dos jovens, porque continuo trabalhando com ativistas. Vejo que eles estão cada vez mais jovens. E eu estou cada vez mais velha. Isso é bom, é muito importante trabalhar com outras gerações. Vejo que os jovens estão dispostos a correr mais riscos que os mais velhos, porque às vezes somos prudentes demais.

Atualmente, temos algumas mulheres no comando de países. Aqui na América Latina, temos três mulheres coordenando três países, temos uma mulher na Europa. Como a senhora vê a atuação dessas mulheres no poder ? Houve uma modificação dos rumos do capitalismo? Agora, é a hora, depois de um negro, os EUA terem uma mulher?

Acho positivo que tenham elegido mulheres para cargos políticos na América do Sul e na Europa. Assim como foi bom um negro ter sido eleito nos EUA. Mas não sei se isso resolve nossos problemas. Não sei se ficar tentando apenas mudar o rosto das pessoas que estão no topo das hierarquias políticas ou econômicas vai mudar a realidade dos que estão na base. Como já disse algumas vezes, quando Obama disputou as eleições, se houvesse um candidato de outra identidade racial concorrendo com um programa mais ousado, com certeza ele teria o meu voto. Eu preferiria mil vezes um candidato branco que propusesse uma crítica ao capitalismo, ao inter-racismo e ao sistema carcerário a um candidato negro que deixasse as coisas como estão. É uma questão política. Precisamos superar essa mentalidade de que trocar apenas um rosto vai trazer uma revolução e entender que é preciso criar movimentos de massa, é preciso promover mudanças na base do sistema.

Como você vê o papel da mídia nesse contexto, basta democratizar o acesso? É preciso que haja uma mudança, na forma, no discurso da mídia, especialmente sobre a população negra, para mexer nas estruturas do racismo?  Aqui no Brasil, a imprensa, de maneira geral, é contra as cotas. Quase todo dia sai alguma notícia criticando a distribuição de cotas tanto nas universidades, quanto no serviço público.

Acredito que a mídia tem um grande poder de mudar a forma de pensar das pessoas, mudar a nossa forma de ver o mundo. Com o advento das mídias sociais, estamos nos deparando com a ampla influência de ideias que se propagam instantaneamente. Vejo que nos EUA, a grande mídia continua a promover algumas ideias retrógradas. O sistema de cotas – não gosto muito de usar o termo “cotas” porque ação afirmativa não é sinônimo de cotas, não é a mesma coisa, e quando chamamos assim, como a mídia costuma fazer, isso transmite uma impressão de que estamos jogando as pessoas umas contra as outras, quando, na verdade, trata-se de uma tentativa de começar um processo para reverter algo que já há muito […] Um processo que vem de muito longa data. Costuma-se falar em ação afirmativa como se fosse um homem branco contra, digamos, uma mulher negra, por exemplo. Mas quando se entende que a ação afirmativa é uma forma de modificar a distribuição demográfica no mercado de trabalho, nas universidades, não se trata só de indivíduos, trata-se de comunidades, é uma questão de permitir a ascensão de comunidades, e isso também acaba beneficiando indivíduos. Mas acho que é preciso começar a mudar essa concepção de ação afirmativa como mera oposição entre brancos e negros. Ela está aí para mudar o mundo, para promover justiça e igualdade.

NA COMEMORAÇÃO DOS 30 ANOS DAS “DIRETAS JÁ”, LULA, SE DIZ CONTENTE POR TER PARTICIPADO DO MAIOR MOVIMENTO CÍVICO DO BRASIL

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Era 25 de janeiro de 1984. O Brasil caminhava para o fim da ditadura que eclodiu em 1964 e pereceu em 1985. Uma data escrita pelos levantes sociais, embora se saiba que as garras ditatórias se mantiveram por muitos anos a posteriori. A sociedade civil brasileira, com exceção de seus alienados que sequer sabiam que houvera ditadura, vivia os primeiros fluídos libertários. Em todo canto do Brasil havia manifestação do querer o singular da existência: a liberdade. O otimismo e participação tomara conta do país que muito sofrera sob o açoite da ditadura.

Assim, o Brasil que fora elevado a categoria de República anos passados, não podia permanecer distante dos corpos políticos-públicos que a efetuam: a democracia representativa. Fazia-se urgente a realização dos poderes Executivo e Legislativo, ambos expurgados de seus espaços-vivos constitucionais pela opressão ditatorial. Nesse tempo histórico-fundamental do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, já era uma personagem exponencial na vida brasileira. Na verdade, a mais importante se falarmos em engajamento no Brasil pós-moderno. Operário que mudara a face do poder sindical e eliminara o sindicato pelego. O metalúrgico que saíra do interior da fábrica para o pátio da fábrica, do pátio da fábrica para as praças públicas.

Lula se fazia a representação do novo não só como trabalhador, mas também como sujeito histórico como encadeamentos intelectual, estético, político, antropológico, sociológico, econômico etc. em uma subjetividade que se processava como cartografia de desejos, como disse o filósofo francês, seu amigo, Félix Guattari. Uma cartografia de desejos onde os encadeamentos-fluxos, de uma semiótica-revolucionária, eram produzidos por corpos-afetantes que se movimentavam, como devir-político, nos pais de Chico Buarque, na atriz Abramo, no sociólogo Florestan Fernandes, na filósofa Marilene Chauí, no filósofo-filólogo Antônio Cândido, no cantor e compositor Gonzaguinha, na cantora Beth Carvalho, nos cantores e compositores Milton Nascimento e Wagner Tiso, nos dramaturgos e teatrólogos José Celso, Plínio Marcos, os políticos Tancredo Neves, Ulysses Guimarães, Franco Montoro, Leonel de Moura Brizola, Dante de Oliveira, entre muitos compositores do novo texto que se iniciava no Brasil. Um texto que se revelou no enunciado político, Diretas Já! Comício na Praça da Sé, Em São Paulo, inicia o movimento cívico democrático.

Hoje, dia 25 de janeiro de 2014, 30 anos após a manifestação do movimento, Diretas Já, Lula, depois de ter composto vários percursos, inclusive de duas vezes presidente da República, se diz contente por ter participado do mais importante movimento cívico da história dos 500 anos do Brasil.

“Fizemos a campanha mais extraordinária que o país viu, porque conseguiu reunir todo mundo, todo o movimento sindical, o movimento estudantil, muitos empresários, todos os partidos políticos, com exceção dos de direita.

Nós precisamos aprender a valorizar a democracia. A democracia, em qualquer lugar do mundo, foi conquistada a custo de muita luta, de muito sacrifício de muita morte. A democracia não foi de graça em nenhum lugar do mundo. Estou contente de ter participado do maior movimento cívico na história dos 500 anos do Brasil”, analisou Lula, o contínuo metalúrgico.

Lula comete um equívoco, talvez por cortesia, quando afirma, “com exceção dos das direitas”. Certo que ele se refere a partidos políticos. Entretanto, sempre ao lado dele, nas passeatas, lá estava Fernando Henrique, um direitista-retrógado que se revelaria posteriormente, com mais nitidez, em seu partido PSDB.

SÓ PARA CHACOALHAR MAIS AS DIREITAS, PESQUISA AFIRMA QUE 71% DOS BRASILEIROS SE SENTEM FELIZES COM A VIDA

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Como se não bastassem às pesquisas eleitorais afirmando que a presidenta Dilma Vana Rousseff pode ser reeleita já no primeiro turno – embora já esteja eleita e o ano de 2015, já começou -, agora vem outra vez o IBOPE com o Barômetro Global de Otimismo, em parceria com o Wordlwide Independent Network of Market Research (WIN), divulgar uma pesquisa feita com 66.806 entrevistados, em 65 países, mostrando que 71% da população brasileira se sentem feliz com a vida. A média mundial é 60%. O que significa que nós, os brasileiros, estamos acima da média.

Como o IBOPE é um instituto de pesquisa declaradamente de direita, por isso é contratado pelos órgãos mais reacionários, como o jornal Estadão e TV Globo para realizar pesquisas eleitorais, a divulgação dessa pesquisa é um acinte às direitas que compreendem esse resultado como mais uma confirmação de que às eleições, para elas, estão perdidas. No sentido do desespero, é uma vibrátil chacoalhada. E a chacoalhada se mostra ainda cortante, é que a pesquisa ainda divulga que 53% dos brasileiros, nós, mesmo se não houvessem barreiras para saída do país, não deixaria o Brasil.

Se fizermos uma análise deixando de lado o sentimento pátrio, cívico, ufanista e telúrico, podemos ter como enunciado que esses 53% de brasileiros que não pretendem deixar sua terra natal, são os que acreditam no Brasil como um país democrático que pode melhorar muito mais e produzir uma sociedade mais satisfeita em suas necessidades materiais e imateriais. Por quanto, uma análise que não agrada nada as direitas-caducas. Ainda mais em ano de eleições. 

HUGO CHÁVES FRIAS NON SE CALOU PARA O IMPÉRIO E SUBJETIVIDADE REVOLUCIONÁRIA CONTINUARÁ

Enganaram-se os senadores do PSDB que por ocasião da votação para entrada da Venezuela no MERCOSUL falavam que o presidente Hugo Chaves, um dia morreria.

Malogram-se em pensar que Hugo Chaves morreria a imprensa golpista venezuelana, a imprensa golpista do Brasil e  grandes capitalistas predadores da riqueza andina.  

O que Hugo Chaves produziu na Venezuela continuará. O que estes senhores poderosos não perceberam é que cada venezuelano, cada venezuelana seguidor, seguidora de Chaves continuará pulsando, disseminando a política construída por ele em benefício do povo e das classes menos favorecidas. A subjetividade Chaves perpassa cada venezuelano, cada brasileiro que gosta dele, apóia-o e dissemina a revolução Bolivariana prenúncio do Socialismo do século XXI.

Hugo Chaves continuará combatendo “os lacaios das grandes empresas multinacionais”. Hugo Chaves continuará não se calando para imperador e nem presidente norte americano. Hugo Chaves não permitirá que diretores entreguistas ocupem a direção da petrolífera PDVSA.

Hugo Chaves não permitirá que grandes latifundiários retomem terras que foram distribuídas no projeto de reforma agrária para o povo. Hugo Chaves não permitirá que grandes quantidades de dinheiro sejam destinados para o exterior enquanto seu povo passa necessidade.

Hugo Chaves não se calará para os exploradores. Quer sejam imperadores espanhóis, quer seja presidente americano que já fala em nova relação com a Venezuela. Este dá uma demonstração de que não entende mesmo de relações sócio-políticas com o povo que tem um líder. A política bolivariana continuará com cada venezuelana, com cada venezuelano, com cada latino americano, pois foi assim com Simão Bolívar, Che Guevara, Salvador Allende. Assim foi com Peron e Evita e Getúlio Vargas. O que Hugo Chaves produz e cria vai além do “pulo do muro”. Continuará nas pessoas, nos corações de todos que desejam e querem uma América Latina sem as “Veias Abertas” da exploração e da dominação imperial.

Antonio Candido homenageia Genoino em carta

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S. Paulo, 31.12.12
Prezado companheiro José Genoino

Neste último dia de um ano tão tormentoso, quero dizer-lhe que tenho pensado muito em ti e na rede de destino que o colheu de maneira tão injusta. No entanto, todos os que o conhecem nunca tiveram um minuto de dúvida quanto à sua integridade de caráter e quanto à limpidez de sua trajetória de vida. Entre eles estou eu, admirador que sempre o considerou um militante exemplo pela sua dignidade, a coragem e a lucidez, bem como pela clarividência na evolução ideológica, registrada em livro que li faz anos e é notável como prova de percepção política.

Com os melhores votos, receba a expressão do constante apreço e o abraço cordial de

Antonio Candido

AMAZONINO FAZ MARKENTING COM OBRAS DO GOVERNO FEDERAL E ESTADUAL

Estamos a menos de um ano das eleições para prefeito das capitais e cidades do Brasil. Ontem, dia 27 de janeiro de 2012 dentro de um coletivo uma usuária reclamava do prefeito de Manaus que durante esses três anos não “mostrou pra que veio” , dizia, e  completava: o pior é que ele ainda pode ser eleito. Pois bem, licenciado para ir à São Paulo, depois Brasília, Manaus foi comandada por três vereadores que nada fizeram a não ser terem aumentado seus proventos no final do mês.

Essa ausência do prefeito foi bastante criticada e pra desanuviar o desgaste, convocou a imprensa, dia, 27/01/2012, para expor o que fará nesse restante de mandato. Como sempre, políticos do tipo de Amazonino gostam muito de cifras. Sapecou. R$ 732 milhões para ser aplicado em projetos de melhoria da cidade, porque “você merece uma cidade melhor”. Esta cidade não é melhor,  por isso o slogan, porque se ela fosse melhor, não mereceríamos uma cidade melhor. Dessa forma justifica-se para nós da AFIN, caracterizá-la como não cidade.   

E como não cidade, Amazonino acha que pode em poucos meses fazer o que não fez em quatro anos. Vai resolver o problema habitacional. Através da Secretaria Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários em parceria com o governo federal que já vem colocando em prática “Minha Casa Minha Vida” na cidade de Manaus e dinheiro de investidores internacionais. O que é incrível é que Amazonino não resolveu esse problema quando foi governador, senador e prefeito. O déficit habitacional na cidade de Manaus é gritante. Aqui temos vários Pinheirinhos. Teve um secretário seu pra área habitacional e fundiária quando era governador na época, cuja maior preocupação foi construir pousadas/motel dentre as quais uma sobre um igarapé, afluente do rio goiabinha, no Núcleo 16, no bairro Cidade Nova IV, próximo à Escola Estadual Engenheiro Artur Soares Amorim (provavelmente não constará no seu nome).

O atual secretário da SEHAF, Valtair Cruz, da cota do PT My Darlyg, ligado ao presidente da sigla municipal Waldemir Santana, projeta soluções na área habitacional, transitividade (ciclovias) com prazo de 15 anos. O que vemos é a transferência de problemas de um prefeito para outro.
E por estarmos no período  pré-eleitoral, o prefeito anunciou o PROURBIS e  “ação conjunta”. Manaus será um brinco. Cinco mil trabalhadores do governo do Estado e da prefeitura recuperarão as vias públicas, taparão rachaduras no asfalto e buraco nenhum ficará para sapo contar estórias.
Criará o Amazonarium. Já temos o bairro Amazonino Mendes também chamado de Mutirão. Apareceu o Amazon Bus. Mas, Amazonarium não estava escrito como proposta de sua campanha para prefeito. No porto das Lajes construirá um grande aquário onde constará de um lado o Rio Negro e do outro o Solimões. Num será representado como o caboclo lida com o meio e no outro receberá várias espécies de répteis. Amazonino quer ser a maior invenção já criada pelo homem: Deus.

Como o manauense merece uma cidade melhor, implantará o BRT. Deu certo no México, Curitiba, Bogotá, Londres, cidades chinesas… O BRT não vai prosperar porque seu mandato tem menos de um ano de duração e nesse ano de duração não conseguirão aprontar nem o edital. Se uma coisa que nessa cidade nunca deu certo foi projetos: de casas, projetos de transporte coletivo. O metrô de superfície do Alfredo Nascimento e do Amazonino não deu certo, nunca saiu da simulação tele-imagética  assim como o Expresso que consumiu mais de 120 milhões do BNDES.

A não cidade de Manaus está instransitável. Há muitos carros  e todos os utilizam para irem a seus trabalhos. Como não há transporte coletivo suficiente a cidade vira um caos. E não adianta construírem viadutos e elevados. Desafoga numa área e congestiona noutra. O Manaustran já deve ir projetando rodízio de veículos para a área comercial da cidade (porto), porque do jeito que está a  cidade a cada dia fica “imexível”. Mas para isso, deverá a prefeitura oferecer um sistema de transporte coletivo, com horário, segurança, e conforto para que o usuário possa utilizá-lo, contribuindo assim para criar-se uma cidade melhor.

E uma cidade melhor não é produzida faltando nove meses para o término de um mandato. Uma cidade melhor é construída a partir do primeiro dia de mandato. Com secretários inteligentes numa comunhão com o povo, ouvindo o povo. Uma cidade não é construída a partir de gabinete, de conchavos, corrupção, fraudes em concursos. Uma cidade melhor é aquela onde as pessoas se sentem bem, contente e felizes. Mas infelizmente, não é isso que vemos na Manaós de Ajuricaba. E como naquela época já demonstrava o que seria hoje, ele resolveu desaparecer, resolveu “pular o muro”. Manaus, um dia será melhor. E nosso slogan será. Manaus: esta, é a melhor cidade. Vai demorar muito, porque, temos que derrotar pessoas e ideologias, mas estamos construindo o caminho. Valeu,  mano.

CORDEL: BIG BROTHER BRASIL UM PROGRAMA IMBECIL.


Curtir o Pedro Bial
E sentir tanta alegria
É sinal de que você
O mau-gosto aprecia
Dá valor ao que é banal
É preguiçoso mental
E adora baixaria.

Há muito tempo não vejo
Um programa tão ‘fuleiro’
Produzido pela Globo
Visando Ibope e dinheiro
Que além de alienar
Vai por certo atrofiar
A mente do brasileiro.

Me refiro ao brasileiro
Que está em formação
E precisa evoluir
Através da Educação
Mas se torna um refém
Iletrado, ‘zé-ninguém’
Um escravo da ilusão.

Em frente à televisão
Longe da realidade
Onde a bobagem fervilha
Não sabendo essa gente
Desprovida e inocente
Desta enorme ‘armadilha’.

Cuidado, Pedro Bial
Chega de esculhambação
Respeite o trabalhador
Dessa sofrida Nação
Deixe de chamar de heróis
Essas girls e esses boys
Que têm cara de bundão.

O seu pai e a sua mãe,
Querido Pedro Bial,
São verdadeiros heróis
E merecem nosso aval
Pois tiveram que lutar
Pra manter e te educar
Com esforço especial.

Muitos já se sentem mal
Com seu discurso vazio.
Pessoas inteligentes
Se enchem de calafrio
Porque quando você fala
A sua palavra é bala
A ferir o nosso brio.

Um país como Brasil
Carente de educação
Precisa de gente grande
Para dar boa lição
Mas você na rede Globo
Faz esse papel de bobo
Enganando a Nação.

Respeite, Pedro Bial
Nosso povo brasileiro
Que acorda de madrugada
E trabalha o dia inteiro
Da muito duro, anda rouco
Paga impostos, ganha pouco:
Povo HERÓI, povo guerreiro.

Enquanto a sociedade
Neste momento atual
Se preocupa com a crise
Econômica e social
Você precisa entender
Que queremos aprender
Algo sério – não banal.

Esse programa da Globo
Vem nos mostrar sem engano
Que tudo que ali ocorre
Parece um zoológico humano
Onde impera a esperteza
A malandragem, a baixeza:
Um cenário sub-humano.

A moral e a inteligência
Não são mais valorizadas.
Os “heróis” protagonizam
Um mundo de palhaçadas
Sem critério e sem ética
Em que vaidade e estética
São muito mais que louvadas.

Não se vê força poética
Nem projeto educativo.
Um mar de vulgaridade
Já tornou-se imperativo.
O que se vê realmente
É um programa deprimente
Sem nenhum objetivo.

Talvez haja objetivo
“professor”, Pedro Bial
O que vocês tão querendo
É injetar o banal
Deseducando o Brasil
Nesse Big Brother vil
De lavagem cerebral.

Isso é um desserviço
Mal exemplo à juventude
Que precisa de esperança
Educação e atitude
Porém a mediocridade
Unida à banalidade
Faz com que ninguém estude.

É grande o constrangimento
De pessoas confinadas
Num espaço luxuoso
Curtindo todas baladas:
Corpos “belos” na piscina
A gastar adrenalina:
Nesse mar de palhaçadas.

Se a intenção da Globo
É de nos “emburrecer”
Deixando o povo demente
Refém do seu poder:
Pois saiba que a exceção
(Amantes da educação)
Vai contestar a valer.

A você, Pedro Bial
Um mercador da ilusão
Junto a “poderosa” Globo
Que conduz nossa Nação
Eu lhe peço esse favor:
Reflita no seu labor
E escute seu coração.

E vocês caros irmãos
Que estão nessa cegueira
Não façam mais ligações
Apoiando essa besteira.
Não deem sua grana à Globo
Isso é papel de bobo:
Fujam dessa baboseira.

E quando chegar ao fim
Desse Big Brother vil
Que em nada contribui
Para o povo varonil
Ninguém vai sentir saudade:
Quem lucra é a sociedade
Do nosso querido Brasil.

E saiba, caro leitor
Que nós somos os culpados
Porque sai do nosso bolso
Esses milhões desejados
Que são ligações diárias
Bastante desnecessárias
Pra esses desocupados.

A loja do BBB
Vendendo só porcaria
Enganando muita gente
Que logo se contagia
Com tanta futilidade
Um mar de vulgaridade
Que nunca terá valia.

Chega de vulgaridade
E apelo sexual.
Não somos só futebol,
baixaria e carnaval.
Queremos Educação
E também evolução
No mundo espiritual.

Cadê a cidadania
Dos nossos educadores
Dos alunos, dos políticos
Poetas, trabalhadores?
Seremos sempre enganados
e vamos ficar calados
diante de enganadores?

Barreto termina assim
Alertando ao Bial:
Reveja logo esse equívoco
Reaja à força do mal.
Eleve o seu coração
Tomando uma decisão
Ou então: siga, animal.

BIG BROTHER BRASIL UM PROGRAMA IMBECIL.

Autor: Antonio Carlos de Oliveira Barreto, Cordelista natural de Santa Bárbara-BA, residente em Salvador, compositor de música popular e escritor com mais de 100 cordeis publicados como Zumbi, O Aluno Que Não Queria Crescer, O caipira e a delegada e outros.

Antonio Barreto nasceu nas caatingas do sertão baiano, Santa Bárbara/Bahia-Brasil.

Professor, poeta e cordelista. Amante da cultura popular, dos livros, da natureza, da poesia e das pessoas que vieram ao Planeta Azul para evoluir espiritualmente.

Graduado em Letras Vernáculas e pós graduado em Psicopedagogia e Literatura Brasileira.

Seu terceiro livro de poemas, Flores de Umburana, foi publicado em dezembro de 2006 pelo Selo Letras da Bahia.

Vários trabalhos em jornais, revistas e antologias, tendo publicado aproximadamente 100 folhetos de cordel abordando temas ligados à Educação, problemas sociais, futebol, humor e pesquisa, além de vários títulos ainda inéditos.

Antonio Barreto também compõe músicas na temática regional: toadas, xotes e baiões.

Zizek: o casamento entre democracia e capitalismo acabou

O filósofo e escritor esloveno Slavoj Zizek visitou a acampamento do movimento Ocupar Wall Street, no parque Zuccotti, em Nova York e falou aos manifestantes. “Estamos testemunhando como o sistema está se autodestruindo. “Quando criticarem o capitalismo, não se deixem chantagear pelos que vos acusam de ser contra a democracia. O casamento entre a democracia e o capitalismo acabou”. Leia a íntegra do pronunciamento de Zizek.

Slavoj Zizek

Durante o crash financeiro de 2008, foi destruída mais propriedade privada, ganha com dificuldades, do que se todos nós aqui estivéssemos a destruí-la dia e noite durante semanas. Dizem que somos sonhadores, mas os verdadeiros sonhadores são aqueles que pensam que as coisas podem continuar indefinidamente da mesma forma.

Não somos sonhadores. Somos o despertar de um sonho que está se transformando num pesadelo. Não estamos destruindo coisa alguma. Estamos apenas testemunhando como o sistema está se autodestruindo.

Todos conhecemos a cena clássica do desenho animado: o coiote chega à beira do precipício, e continua a andar, ignorando o fato de que não há nada por baixo dele. Somente quando olha para baixo e toma consciência de que não há nada, cai. É isto que estamos fazendo aqui.

Estamos a dizer aos rapazes de Wall Street: “hey, olhem para baixo!”

Em abril de 2011, o governo chinês proibiu, na TV, nos filmes e em romances, todas as histórias que falassem em realidade alternativa ou viagens no tempo. É um bom sinal para a China. Significa que as pessoas ainda sonham com alternativas, e por isso é preciso proibir este sonho. Aqui, não pensamos em proibições. Porque o sistema dominante tem oprimido até a nossa capacidade de sonhar.

Vejam os filmes a que assistimos o tempo todo. É fácil imaginar o fim do mundo, um asteróide destruir toda a vida e assim por diante. Mas não se pode imaginar o fim do capitalismo. O que estamos, então, a fazer aqui?

Deixem-me contar uma piada maravilhosa dos velhos tempos comunistas. Um fulano da Alemanha Oriental foi mandado para trabalhar na Sibéria. Ele sabia que o seu correio seria lido pelos censores, por isso disse aos amigos: “Vamos estabelecer um código. Se receberem uma carta minha escrita em tinta azul, será verdade o que estiver escrito; se estiver escrita em tinta vermelha, será falso”. Passado um mês, os amigos recebem uma primeira carta toda escrita em tinta azul. Dizia: “Tudo é maravilhoso aqui, as lojas estão cheias de boa comida, os cinemas exibem bons filmes do ocidente, os apartamentos são grandes e luxuosos, a única coisa que não se consegue comprar é tinta vermelha.”

É assim que vivemos – temos todas as liberdades que queremos, mas falta-nos a tinta vermelha, a linguagem para articular a nossa ausência de liberdade. A forma como nos ensinam a falar sobre a guerra, a liberdade, o terrorismo e assim por diante, falsifica a liberdade. E é isso que estamos a fazer aqui: dando tinta vermelha a todos nós.

Existe um perigo. Não nos apaixonemos por nós mesmos. É bom estar aqui, mas lembrem-se, os carnavais são baratos. O que importa é o dia seguinte, quando voltamos à vida normal. Haverá então novas oportunidades? Não quero que se lembrem destes dias assim: “Meu deus, como éramos jovens e foi lindo”.

Lembrem-se que a nossa mensagem principal é: temos de pensar em alternativas. A regra quebrou-se. Não vivemos no melhor mundo possível, mas há um longo caminho pela frente – estamos confrontados com questões realmente difíceis. Sabemos o que não queremos. Mas o que queremos? Que organização social pode substituir o capitalismo? Que tipo de novos líderes queremos?

Lembrem-se, o problema não é a corrupção ou a ganância, o problema é o sistema. Tenham cuidado, não só com os inimigos, mas também com os falsos amigos que já estão trabalhando para diluir este processo, do mesmo modo que quando se toma café sem cafeína, cerveja sem álcool, sorvete sem gordura.

Vão tentar transformar isso num protesto moral sem coração, um processo descafeinado. Mas o motivo de estarmos aqui é que já estamos fartos de um mundo onde se reciclam latas de coca-cola ou se toma um cappuccino italiano no Starbucks, para depois dar 1% às crianças que passam fome e fazer-nos sentir bem com isso. Depois de fazer outsourcing ao trabalho e à tortura, depois de as agências matrimoniais fazerem outsourcing da nossa vida amorosa, permitimos que até o nosso envolvimento político seja alvo de outsourcing. Queremos ele de volta.

Não somos comunistas, se o comunismo significa o sistema que entrou em colapso em 1990. Lembrem-se que hoje os comunistas são os capitalistas mais eficientes e implacáveis. Na China de hoje, temos um capitalismo que é ainda mais dinâmico do que o vosso capitalismo americano. Mas ele não precisa de democracia. O que significa que, quando criticarem o capitalismo, não se deixem chantagear pelos que vos acusam de ser contra a democracia. O casamento entre a democracia e o capitalismo acabou.

A mudança é possível. O que é que consideramos possível hoje? Basta seguir os meios de comunicação. Por um lado, na tecnologia e na sexualidade tudo parece ser possível. É possível viajar para a lua, tornar-se imortal através da biogenética. Pode-se ter sexo com animais ou qualquer outra coisa. Mas olhem para os terrenos da sociedade e da economia. Nestes, quase tudo é considerado impossível. Querem aumentar um pouco os impostos aos ricos?Eles dizem que é impossível. Perdemos competitividade. Querem mais dinheiro para a saúde? Eles dizem que é impossível, isso significaria um Estado totalitário. Algo tem de estar errado num mundo onde vos prometem ser imortais, mas em que não se pode gastar um pouco mais com cuidados de saúde.
Talvez devêssemos definir as nossas prioridades nesta questão. Não queremos um padrão de vida mais alto – queremos um melhor padrão de vida. O único sentido em que somos comunistas é que nos preocupamos com os bens comuns. Os bens comuns da natureza, os bens comuns do que é privatizado pela propriedade intelectual, os bens comuns da biogenética. Por isto e só por isto devemos lutar.

O comunismo falhou totalmente, mas o problema dos bens comuns permanece. Eles dizem-nos que não somos americanos, mas temos de lembrar uma coisa aos fundamentalistas conservadores, que afirmam que eles é que são realmente americanos. O que é o cristianismo? É o Espírito Santo. O que é o Espírito Santo? É uma comunidade igualitária de crentes que estão ligados pelo amor um pelo outro, e que só têm a sua própria liberdade e responsabilidade para este amor. Neste sentido, o Espírito Santo está aqui, agora, e lá em Wall Street estão os pagãos que adoram ídolos blasfemos.

Por isso, do que precisamos é de paciência. A única coisa que eu temo é que algum dia vamos todos voltar para casa, e vamos voltar a encontrar-nos uma vez por ano, para beber cerveja e recordar nostalgicamente como foi bom o tempo que passámos aqui. Prometam que não vai ser assim. Sabem que muitas vezes as pessoas desejam uma coisa, mas realmente não a querem. Não tenham medo de realmente querer o que desejam. Muito obrigado

Tradução de Luis Leiria para o Esquerda.net, via Carta Maior

LULA É HOMENAGEADO NA FAVELA DO COQUE, NO RECIFE

Se eu passei essas dificuldades e fui presidente, está comprovado que qualquer pessoa, que venha de qualquer berço, pode ser o que ela quiser. Basta oportunidade e carinho”, afirmou Lula para as crianças e adolescentes do projeto de formação musical Orquestra Criança Cidadã Meninos de Coque, formada por crianças moradoras da favela do Coque, próxima à zona sul do Recife.

Quando Lula era presidente, a orquestra se apresentou no Palácio do Planalto, e no programa do Faustão, a pedido de Lula, uma maldade com as crianças, visto que a TV Globo, em sua programação “infantil”, é um verdadeiro atentado a sensibilidade e inteligência das crianças. Nessa Lula exorbitou de sua camaradagem. A orquestra das crianças, por seu talento, não precisa da televisão. Muito menos da TV Globo. Apresentar-se na TV Globo é compactuar com a violência sensitiva e epistemológica, além da moral.

Mas Lula teve remissão de seu ato. Indicou as crianças para participar do encontro de cúpula dos chefes de Estados da América do Sul e Caribe.

Lula, ao falar das oportunidades que todos podem ter, exemplificou com sua família. Uma família pobre de retirantes do Nordeste que enfrentou muitas dificuldades e que teve um de seus membros presidente da República.

Seguindo sua pedagogia do estímulo à vida, Lula brincou com os presentes, fazendo alusão aos jogadores da seleção brasileira, que perderam quatro pênaltis, e que resultou na sua desclassificação. Lula disse que nem todos jovens serão músicos. Alguns poderão ser jogadores.

O Brasil está precisando de jogadores que saibam bater pênalti. Se souber bater um pênalti já pode ser jogador”, brincou Lula.

A orquestra comemorou seus cinco anos se apresentando no Teatro Luiz Mendonça, no bairro da Boa Viagem. Na festa comemorativa teve a até mãe de Lula que foi respeitadamente homenageada com uma escultura de Abelardo Hora nos jardins do parque, retratando uma retirante nordestina.

Falando de sua atuação nos últimos meses, Lula disse que de fevereiro para cá já visitou 20 países, e irá visitar outros 23.

Em todos os lugares me perguntam o que aconteceu no Brasil, nos oito anos. Eu digo que agora o governo pensa nos brasileiros que precisam”, disse.

E para paralisar os odientos, desprezíveis e invejosos da ultradireita, Lula, hoje, dia 22, vai receber o título de Doutor Honoris Causa de três universidades públicas de Pernambuco. É mais um reconhecimento da intelectualidade sobre seu governo engajado nos saberes coletivos.

NIETZSCHE PARA CHÁVEZ

De todos os filósofos que trataram a tese doença, ou enfermidade, foi o filósofo alemão Nietzsche quem melhor enunciou com brilhantismo e profundidade. Ou seja, a doença como a potência da saúde. Foi ele quem viu e sentiu na doença a potência da vontade de vida. Não a vontade de querer viver psicológico, ou religioso, mas a vontade como a competência e íntima ação da vida. Daí, Nietzsche, que sempre era acometido de alguma doença, ou enfermidade, sair do estado da dor em vigor. A bem-profunda disposição.

Foi sua filosofia da vontade de potência, que é a vida, o viver alegre, o que se processa distributivamente que alguns filósofos conceberam a doença, ou enfermidade, não como mal, castigo, provação, dor, mas como um signo que anuncia a vida que se pretende movimento. Nisso a saúde, ou cura, não surge apenas como estado de satisfação, mas manifestação da ação da vida, que antes parecia em estado de entropia. Imobilizada.

Foi esse entendimento médico-filosófico de Nietzsche que levou o filósofo Deleuze a conceber a doença também como manifestação da vontade de potência. Diz Deleuze, amparado pelo filósofo alemão, que todos que veem muito – e aí ele se refere aos não-filósofos, como Nietzsche, entre poucos – têm uma saúde frágil. Porque a vida passa mais como potência criativa neles. Nietzsche viu muito. Claro, ver não é o que já se encontra posto como referência-mundo, mas o devir-vida. O que ainda vai se tornar o novo pelo processual produtivo. Deleuze, assim como Nietzsche e Spinoza, também tinha uma saúde frágil.

Hoje, dia 14 de julho, queda da Bastilha, da nostalgia histórica da Revolução Francesa que não se fez revolução, a não ser para a burguesia, o presidente da Venezuela, cuja seleção se encontra classificada para a segunda faze da anti-bolivariana Copa América, dada a mediocridade reinante, Hugo Chávez, em comunicação com seus patrícios, citou o filósofo Nietzsche. Não citou só o filósofo alemão, mas também, sem citar, o escritor Aldous Huxley.

Chávez diz que se encontra lendo Nietzsche, Assim Falava (ou Falou, dependendo da tradução) Zaratustra. Se ele entende ou não o filósofo, o que importa é que ele manifestou para seus conterrâneos a importância da filosofia em todos os momentos da existência. E que ela trata da vida e não da morte, a tese suprema do capitalismo. A morte como sociedade tanática. Chávez, ao enunciar Nietzsche, confirmou que a filosofia é a práxis da vida. Ao mesmo tempo que trouxe Marx para o povo venezuelano: “A filosofia não é exterior ao mundo.”

Olá. Admirável mundo novo. Bom dia, vamos continuar a vida. Eu falo do meu quartel. Com o toque da alvorada, eu começo minha batalha. Vamos viver e vencer.

Então, no entanto a vida tem sido mais querida do que jamais foi toda minha sabedoria”, twittou Chávez.

Esse bloguinho intempestivo já havia composto com Nietzsche para enunciar posições de Chávez em sua doença, ou enfermidade. Agora Chávez cita o filósofo da vida. Ou ele estuda mesmo Nietzsche ou foi mero acaso.


USAR O CONTROLE REMOTO É UM ATO DEMOCRÁTICO!

EXPERIMENTE CONTRA A TV GLOBO! Você sabe que um canal de televisão não é uma empresa privada. É uma concessão pública concedida pelo governo federal com tempo determinado de uso. Como meio de comunicação, em uma democracia, tem como compromisso estimular a educação, as artes e o entretenimento como seu conteúdo. O que o torna socialmente um serviço público e eticamente uma disciplina cívica. Sendo assim, é um forte instrumento de realização continua da democracia. Mas nem todo canal de televisão tem esse sentido democrático da comunicação. A TV Globo (TVG), por exemplo. Ela, além de manter um monopólio midiático no Brasil, e abocanhar a maior fatia da publicidade oficial, conspira perigosamente contra a democracia, principalmente, tentando atingir maleficamente os governos populares. Notadamente em seu JN. Isso tudo, amparada por uma grade de programação que é um verdadeiro atentado as faculdades sensorial e cognitiva dos telespectadores. Para quem duvida, basta apenas observar a sua maldição dos três Fs dominical: Futebol, Faustão e Fantástico. Um escravagismo-televisivo- depressivo que só é tratado com o controle remoto transfigurador. Se você conhece essa proposição-comunicacional desdobre-a com outros. Porque mudanças só ocorrem como potência coletiva, como disse o filósofo Spinoza.

Acesse esquizofia.wordpress.com

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CAMPANHA AFINADA CONTRA O

VIRTUALIZAÇÕES DESEJANTES DA AFIN

Este é um espaço virtual (virtus=potência) criado pela Associação Filosofia Itinerante, que atua desde 2001 na cidade de Manaus-Am, e, a partir da Inteligência Coletiva das pessoas e dos dizeres de filósofos como Epicuro, Lucrécio, Spinoza, Marx, Nietzsche, Bergson, Félix Guattari, Gilles Deleuze, Clément Rosset, Michael Hardt, Antônio Negri..., agencia trabalhos filosóficos-políticos- estéticos na tentativa de uma construção prática de cidadania e da realização da potência ativa dos corpos no mundo. Agora, com este blog, lança uma alternativa de encontro para discussões sociais, éticas, educacionais e outros temas que dizem respeito à comunidade de Manaus e outros espaços por onde passa em movimento intensivo o cometa errante da AFIN.

"Um filósofo: é um homem que experimenta, vê, ouve, suspeita, espera e sonha constantemente coisas extraordinárias; que é atingido pelos próprios pensamentos como se eles viessem de fora, de cima e de baixo, como por uma espécie de acontecimentos e de faíscas de que só ele pode ser alvo; que é talvez, ele próprio, uma trovoada prenhe de relâmpagos novos; um homem fatal, em torno do qual sempre ribomba e rola e rebenta e se passam coisas inquietantes” (Friedrich Nietzsche).

Daí que um filósofo não é necessariamente alguém que cursou uma faculdade de filosofia. Pode até ser. Mas um filósofo é alguém que em seus percursos carrega devires alegres que aumentam a potência democrática de agir.

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