Nós, da Associação Filosofia Itinerante – AFIN e seus Blogs Afinsophia e Esquizofia queremos nos solidarizar com o blogueiro Eduardo Guimarães do Blog da Cidadania pela condução coercitiva feita pela Polícia Federal hoje, de manhã, na cidade de São Paulo para depor sobre a condução coercitiva que o presidente Lula sofreu no dia 4 de março de 2016 por determinação de Sérgio Moro.
Eduardo Guimarães não tinha recebido nenhuma intimação. Ao acordar hoje de manhã os federais já estavam às 6 horas na porta de sua casa. Conduziram-no coercitivamente, prenderem seu notebock, telefone celular e o de sua esposa. O blogueiro neste momento está sem seus instrumentos de trabalho.
A condução coercitiva foi para Eduardo informar aos federais quem tinha lhe repassado as informações da condução coercitiva de Lula no dia 04 de março do ano passado. Como diz Eduardo, eles sabem quem é a pessoa, mas fizeram isso para dizer quem era, não respeitando o direito de ser mantida em sigilo a fonte.
Eduardo Guimarães não é jornalista e mantém a 12 anos o Blog da Cidadania. No Brasil não existe mais a exigência de só jornalista produzir informações, notícias. Principalmente num pais, como diz, Mino Carta, onde jornalista chama patrão de companheiro.
A informação repassada por Eduardo Guimarães sobre a condução de Lula foi muito importante. Denunciava com isso uma arbitrariedade do juiz Sérgio Moro e da Polícia Federal contra o maior e melhor presidente do Brasil, Luis Inácio Lula da Silva. Se não fosse essa notícia e mais a determinação do “Brigadeiro Rossato, gaúcho de Caxias do Sul, para quem o ex-presidente da República continua carregando a simbologia de Chefe das Forças Armadas. Ele não permitiu que a Polícia Federal levasse Lula para Curitiba. Foi algo civilizatório”, segundo João Pedro Stédile, a condução coercitiva de Lula teria se consumado.
Foram dadas muitas asas de Ícaro para a Polícia Federal. Está na hora do Diretor Geral dessa polícia chamar seus delegados e dizer o seguinte: Vamos acabar com o glamour. Chega de entrevistas coletivas após operações. Só devem se pronunciar, quando tiver operação para prender golpista, por exemplo, o Ministro da Justiça (não serve dublê) e o Diretor Geral e ninguém mais. Afinal, não se fala tanto em segredo de justiça.
É companheiro Eduardo, fica aqui nossa solidariedade, nosso apoio a você e a todos os que sofrem perseguição por divulgar seus pensamentos. Seguimos o que Voltaire disse: Posso não concordar com o que você pensa, diz, mas jamais vou proibir que o manifeste. É isso.
Assista o vídeo dos Jornalistas Livres
Leitores Intempestivos