A manifestação de mais de 100 mil pessoas ontem na capital paulista surpreendeu todos organizadores do evento como Guilherme Boulos que esperavam 30 mil manifestantes e muito mais ainda o títere Temer com seus 40 e 50 baderneiros quebradores de carro. Da China, Henrique Meireles, ministro golpista disse: “número bastante substancial de pessoas”.
O evento político-cívico desde o seu início às 16 horas no vão do MASP, na Avenida Paulista transcorreu dentro da maior tranquilidade.
A avenida foi lotando e depois das falas os organizadores decidiram ir ao Largo da Batata, região central de São Paulo.
No percurso carros, ônibus e motos passavam conduzindo policiais militares. Haviam alguns enfileirados que acompanhavam a manifestação.
Toda a manifestação transcorreu dentro da maior tranquilidade.
Foi só chegar no Largo da Batata que o couro comeu.
A polícia recebeu os manifestantes com tiros, bomba de gás lacrimogêneo, spray de pimenta e muito cacete, e cacetete.
Os brucutus não respeitaram crianças, idosos. Quem não tinha tomado bando levou uma enxurrada de água de um caminhão pipa que esperava os manifestantes.
Participavam da mega manifestação promovida pela Frente Brasil Popular, Movimento Povo Sem Medo dentre outras entidades, políticos como Eduardo Suplicy, que na correria perdeu a carteira porta cédulas, Senador Lindenbergh Farias, perdeu o celular e levou muito gás lacrimogêneo pela frente, ex-ministro da Ciência e Tecnologia Ricardo Amaral levou um tiro com bala de borracha no braço. Se não estivesse com uma camisa de mangas compridas teria fraturado-o. Estiveram por lá também Luiza Erundina, vereadores, deputados estaduais e muita gente. O povo.
A polícia barbarizou. Pôs pra correr quem participava do evento e aqueles que tomavam uma cerveja nos bares próximos. Isto aconteceu com o professor de tênis Valdemar Paixão, 56 anos. Valdemar estava sentado em um bar na região, quando as bombas começaram e ele teve que sair correndo. “Eu estava em um bar. Começaram a soltar bomba e gás lacrimogêneo, começou a arder os olhos. Acho que devia ter paz, senão o Brasil nunca vai andar para a frente”, afirmou para a Rede Brasil Atual.
Outro relato: As bombas assustaram muitas pessoas. Entre elas, a estudante Ana Luiza Parra Spinola, 18 anos, que passou correndo pela reportagem da Agência Brasil ao lado de seu avô Geraldo Spinola. “Meu avô tem 90 anos. É a primeira vez que ele vem a um protesto. A gente tinha acabado de chegar. Moramos aqui perto e viemos porque estava pacífico. Eles jogaram bomba e meu avô tem dificuldade de locomoção”, reclamou a estudante. “Somos contra o golpe. Só estamos pedindo um governo legítimo.“Eles [policiais] querem causar a imagem de que nós, manifestantes, somos os ruins. Mas eles que começam”, ressaltou a estudante também para RBA.
Essa polícia que foi treinada pelo atual ministro da justiça Alexandre Moraes não veio para brincar. Ela está assumindo o que Temer o golpista falou na sua primeira reunião ministerial. Nada de ser chamado de golpista. Quando lhe chamarem de golpista reaja – diga golpista é você que não cumpre a constituição. Não leve desaforo pra casa.
A polícia que é treinada para isso não conta até 40. Manda ver.
Antes da manifestação ela prendeu logo de imediato 26 jovens que foram levados para o DEIC e que ficaram incomunicáveis com familiares e não foi permitido contato com advogados durante toda a noite.
Para tratar dessa brutidez, o senador Lindenbergh Farias, o deputado Paulo Teixeira e demais movimentos que lutam pela volta da democracia no Brasil, diretas já, nenhum direito a menos, contra a deposição de Dilma Vana Rousseff organizaram uma entrevista coletiva na sede do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo para se posicionarem contra a onda de violência que está ocorrendo no Brasil a partir da capital paulista. O senador Lindbergh Farias, junto com outras pessoas e entidades peticionarão aos órgão direitos humanos da OEA denunciando a brutuculência da polícia golpista de Geraldo Temer Alckmin.
Só um lembrete. Nas manifestações pacíficas, ordeiras tem que se prestar muita atenção para os infiltrados da direita, da polícia e os black blocks que se aproveitam dessa manifestações para mostrar suas taras e perversões com isso objetivando prejudicar politicamente as manifestações contra os golpistas.
A presidenta Dilma Vana Rousseff, recebeu das mãos do coordenador do colegiado da Comissão Nacional da Verdade (CNV), Pedro Dallari, o relatório final que tratou das acusações sobre os agentes públicos que durante a ditadura civil-militar que durou de 1964 a 1985, praticaram atos de exceção como prisões, sequestros, torturas e assassinatos. No todo, o documento contém 4,4 mil páginas, e aponta 434 mortes e desaparecimento durante o regime de exceção. Para o coordenador, as práticas de violências foram realizadas sistematicamente pelos envolvidos na repressão. Como já era de se esperar militares da reserva se opuseram ao documento.
Um momento de intenso afeto foi quando a presidenta recebeu o documento. Dilma, não só por ter sido vítima da ditadura quando foi presa e torturada quando era uma adolescente, mas pela sua grandeza de ser humano que concebe e vive um espírito ético, não suportou a subjetividade do momento e chorou. Chorou de uma forma tão contagiante que várias vezes teve que parar seu discurso.
“Nós que acreditamos na verdade, esperamos que esse relatório contribua para que fantasmas de um passado doloroso e triste não possam mais se proteger nas sombras do silêncio e da omissão.
Sobretudo merecem a verdade aqueles que perderam familiares e parentes e que continuam sofrendo como se eles morrem de novo e sempre a cada dia.
O Estado brasileiro vai se debruçar sobre o relatório, olhar as recomendações e propostas e tirar as consequências necessárias. Agradeço aos órgãos que colaboraram com as investigações da comissão e aos homens e mulheres livres que relataram a verdade para a comissão.
Presto homenagem e manifesto caloroso agradecimento aos familiares dos mortos e desaparecidos, aqueles que com determinação, coragem, generosidade, aceitaram contar suas histórias e histórias de parentes, amigos, companheiros que viveram tempo de dor, morte e sofrimento.
Com a criação desta comissão, o Brasil demonstrou a importância do conhecimento deste período para não mais deixa-lo se repetir. Conhecer a história é condição imprescindível para construí-la melhor. Conhecer a verdade não significa reagir, não deve ser motivo para ódio. A verdade liberta daquilo que permaneceu oculto”, discursou a ilustre estadista, Dilma Vana Rousseff.
Há na finalização do documento da Comissão Nacional da Verdade, dois portentosos significados políticos-históricos. Um, o óbvio, o fato do documento, ter sido elaborado e entregue à memória do Brasil. Outro, o inesperado, o fato de que quando da tentativa da criação CNV, houve grande posição pessimista pelos motivos que se reconhece, mas que não foi capaz de impedir sua criação. As posições contrárias não vieram apenas dos que se achavam atingidos, mas, também, de personagens que se tomam como democratas. E, também, como era esperado, de grande parte das direitas.
Apenas uma observação na máxima dita por Dilma no final de seu discurso. “A verdade liberta daquilo que permaneceu oculto”. Uma força aos psicanalistas que chamam de cura a manifestação do que se encontrava oculto como elemento traumático. A verdade é o que foi censurado no sujeito reprimido que teve que recorrer ao sintoma. Mas ninguém pode se sentir livre e produtivo sob a força do sintoma.
E tem mais uma máxima psicanalista proferida por Dilma. “Conhecer a história é condição imprescindível para construí-la melhor”. Conhecer seu passado e historicizá-lo como potência produtiva do futuro. Sem escravismo-neurótico e nem psicótico, mas como sujeito-histórico que se move em seu objeto de desejo produção-coletiva.
O Seminário Juventude e Política Internacional que ocorre em Brasília e vai até o dia 4, quinta-feira, está sendo um momento importante para que os jovens que participam possam falar de suas experiências individuais que os impulsionaram-no a uma participação mais coletiva.
De acordo com suas afirmações, hoje profundamente engajadas nos compromissos políticos/sociais que escolheram como existir ontológico, inicialmente tudo parecia muito difícil, visto que não encontravam referencial que os atraíssem para uma postura compromissada coletivamente. Entretanto, foi só desenvolverem mais atenção sobre o mundo e escolherem um enunciado para discernir e trabalhar sobre seus elementos, que suas existências mudaram tornando-se sujeitos-participativos.
O jovem Diego, Calisto que descobriu aos 18 anos que havia contraído o HIV, falo como começou a ser mais coletivo. Agora, aos 25 anos Calisto é uma jovem com grande atuação não só no Brasil, como também em países estrangeiros onde participa de vários fóruns.
“Comecei a buscar o conhecimento, buscar os protocolos clínicos, a passar noite em claro estudando, juntando informações, perguntando a profissionais. Eu queria mostra um outro lado do HIV, um lado vida, de viver com qualidade de vida, mostrar que a gente consegue viver bem fazendo uso da terapia antirretroviral.
Quando eu assumi esse protagonismo frente à epidemia de aids, me tornei mais maduro, mais coletivo que individual, comecei a defender pautas que eu não defenderia antes. Eu nem entenderia a dinâmica. Acima de tudo, consegui dar voz e vez para a juventude frente ao cenário da epidemia de aids”, analisou Calisto.
Também aos 18 anos, Tâmara Terso, hoje com 27 anos, teve que tomar decisões para poder disputar uma vaga no curso superior em seu estado, a Bahia. Era preciso que ela e outros jovens do curso de jornalismo tivessem vez e voz na Universidade Federal da Bahia.
“Eu sou uma jovem do interior da Bahia, de Itamaraju, e fui para capital muito nova para organizar a ida para a universidade. Sendo uma jovem negra, do interior, que fez o ensino médio em escola pública, ao chegar na universidade federal, eu me deparei com milhares de contradições.
Pensei: ou eu me organizo aqui com meus colegas ou eu vou ter que sair da universidade. Entrei na causa por ser mulher negra, jovem e entender que essas barreiras colocadas pelo sistema capitalista, essa condição de desenvolvimento colocada hoje, exclui negros e jovens da condição de emponderamento. Se não há essa via de ativismo, você fica à margem”, disse Tâmara, que atua no Coletivo Brasil de Comunicação Social – Intervozes. Ela pretende continuar como ativista para democratização da comunicação social orientada para a causa negra.
Aos 12 anos, Ivens Reis Reiner, começou seu engajamento como ativista da causa dos direitos sexuais, porque sua escola, em Lavras, Minas Gerais, era diferente das outras escolas que não efetuavam a educação sexual. Aos 15 anos, por meio do Programa Saúde e Prevenção nas Escolas, já fazia articulação sobre o tema com o Ministério da Saúde. Aos 18 anos, entrou para a Youth Coalition For Sexual And Reproductive Rights, organização internacional que trata de temática dos direitos sexuais para a Organização das Nações Unidas (ONU).
“A gente tinha um grupo que proporcionava essas discussões em outras escolas. Com o tempo, fui me engajando em uma rede que tinha ideia de reunir projetos como esse no país inteiro. Ele já tinha um cunho mais político, de como fazer de que políticas públicas acontecessem, para efetivar isso, para não depender de inciativas específicas.
Apesar de o jovem ter o direito de ir à rede pública de saúde pedir uma camisinha, isso ainda é muito mal visto no Brasil. Então há um contrassenso, um país avançado no que diz, mas extremamente conservador na educação”, observou Reiner.
O Seminário Juventude e Política Internacional é uma realização da Secretaria Nacional de Juventude, da Presidência da República.
Um dos principais sintomas apresentados no corpus patológico das organizações sociais é o assassinato de jovens negros. A violência física, psicológica, moral e humana desfechada contra os negros historicamente no Brasil não terminou com a chamada libertação dos escravos.
Os corpos étnicos-antropológicos clivados pelos códigos de dominação do branco sobre o negro permanecem como chagas incuráveis tanto no espaço urbano como no espaço rural da alcunhada modernidade. Sua exclusão não é só uma questão de uma perspectiva, mas de várias. Política, econômica, social, estética e até moral. Moral, porque o negro é visto como alguém que não tem fundamentos de valores que lhe permitam uma confiança por parte do branco-dominador. O negro é sempre o outro, o estranho, ou seja, aquele que ameaça por sua estrutura primitiva.
Essa psicologia nazifascista cunhada na estupidez do desconhecimento genético-humano leva por parte dessa classe discriminadora, a perseguição de todas as formas contra os negros. Sejam perseguições explícitas como faz a polícia, ou de forma implícita como no caso da procura de um emprego. Esse racismo ostensivo comprova o grau de irracionalidade da patologia que domina o corpus das organizações sociais, que Marx diz que só se transforma quando tiver uma nova direção que escape do capitalismo.
O capitalismo promove o racismo principalmente porque ele representa o espírito condutor da maioria da população como elemento das posses. Como o negro é tido, pelas forças repressivas do capital, como uma alteração moral é também clivado como uma ameaça aos chamados bens pessoais. Diante de um assalto em que estejam por perto dois jovens, um branco e um negro, é do negro de quem a polícia, primeiro suspeita. Mesmo que o branco tenha cometido o delito, a suspeita sobre ele é posterior. É como se a polícia já estivesse robotizada em relação ao racismo. Tudo isso, porque ela faz parte do corpo repressivo do sistema capitalista a quem deve defender.
Foi a partir desse quadro racistante, que o sociólogo Júlio Jacobo Weiselfisz, tomando os dados oficiais do Sistema de Informações de Mortalidade do Ministério da Saúde, trabalhou o Mapa da Violência no Brasil que mostra a cruel realidade que em duas horas sete jovens negros são mortos no Brasil.
A pesquisa que 82 jovens que morrem por dia, 30 mil por ano, e todos entre as idades de 15 anos a 29 anos. Desses jovens assassinados, 77% são negros, 93,30% são do sexo masculino. São moradores dos espaços periféricos das regiões metropolitanas dos centros urbanos.
Uma parte que chama atenção de forma preocupante na pesquisa é quanto a diminuição dos homicídios entre os jovens. Enquanto homicídio de brancos diminuiu, o número de vítimas negras aumentou. Em 2002, havia um número de 19.846 vítimas brancas. Em 2012, caiu para 14.928. Um percentual de queda de 24,8%. No mesmo período, 2002 e 2012, o numero de vítimas negras passou de 26.656 para 41.127. Um percentual de crescimento de 38,7%.
Não precisa ser cristão ou pertencer a uma sociedade humanista para saber que essa cruel realidade tem que mudar. E os princípios mutantes capazes de efetuaram essa mudança são a educação, o direito ao respeito, a inclusão na sociedade, como sujeito de produção de novas formas de existir e a ética social que tenha o homem como um ser vocacionado para a vida.
Em cada duas horas, no Brasil, são assassinados sete jovens negros. Esse quadro violento que mostra a verdade cruel do racismo no Brasil tem mudar. Mas esse quadro só pode mudar com as participações dos governos, instituições, partidos políticos, movimentos sociais e toda a sociedade civil. É preciso entender que ninguém se salva sozinho.
A não-cidade de Manaus sempre foi governada por pessoas tristes que tentaram e continuam tentando de todas as formas manter a população resignada e improdutiva. As produções pseudo (ou somente e raramente) artísticas foram sempre direcionadas a uma cultura-valor (aquela que adiciona valor aos que tem acesso a ela, em uma relação social de poder como expõe Guattari) para uma classe mediana e improdutiva.
Como já discutimos anteriormente Manaus é uma não cidade pois dificilmente se encontra artistas, vemos apenas aqueles que são dependentes do Estado para produzir suas pirações. Assim os poucos se mostram interessados muitas vezes esbarram nesta realidade deprimente e não conseguem ir muito adiante.
Porém quando diversas pessoas da sociedade civil organizada, cidadãos comuns como qualquer outro decide deixar esta realidade opressora de lado, acreditar na sua capacidade produtora independente de qualquer auxilio do estado e ir para a rua mostrar sua arte, sua voz, sua presença no mundo.
Esta foi a idéia do Arte Ocupa Manaus, uma ocupação de um dos espaços urbanos para que seja devolvido a produção e presença coletiva. Assim esta ocupação foi dar vida a não-cidade de Manaus que através das desadministrações políticas da cidade temos um verdadeiro cemitério a céu aberto. É só andar pelo Centro da cidade para perceber uma história de abandono da população pelos governantes e que por isto deve-se ocupar o espaço público para oxigenar as veias da não cidade.
Assim diversos grupos e artistas de rua decidiram ocupar no domingo da semana passada (17) a Praça Dom Pedro II, localizada ao redor da Antiga Prefeitura e do INSS. A recente reforma da praça com seu coreto e fontes pintados não escondem todo a deprimente realidade que a cidade se encontra, sem os serviços básicos principalmente nas quebradas do mundaréu onde estão as Zonas Norte e Leste. Porém diversas expressões de amazonenses produtivos, que não sofrem do sentimento de inferioridade imobilizante sobre outros povos (principalmente pelos mais ativ@s paraenses, maranhenses, piauienses, etc) e nem deixam ser deglutidos pela inoperancia do governo e dos artistofastros (falsos artistas).
E rolou a moçada da capoeira, do grafite, do freestyle, do rap, do samba, da poesia, das artes plásticas, dos malabares, do circo, e muitas outras atividades artística. Conversamos com os dois propositores do evento, a ativista Renatinha Peixe-boi e o Grafiteiro Raiz, que deram o início no evento que juntou mais de 200 pessoas em um encontro gostoso, produtivo, que aumentou a potência de agir de cada um que foi para conhecer somar e multiplicar este evento que foi o primeiro de vários outros a vir.
Eu acho que eu só consegui dá o enter nas idéias que já estavam no coração e nas idéias de muita gente, não só como em um espaço físico, mas no espaço do irreal, do intocado que está dentro de cada um, na possibilidade de fazer e ajudar de fato o irmão com coisas boas. Como por exemplo uma pintura de parede que pode modificar a vida de uma criança que está observando a arte de pintar a parede quando ela poderia está observando o cara alí fumando oxi. Então a idéia foi quando a gente veio pintar uma parede e quando a gente viu estavamos cercados pelas pessoas da comunidade, interessadas pela pintura, falando sobre as necessidades que são necessidades comuns de todo mundo: necessidade a cultura, a liberdade de expressão, de um espaço físico adequado para utilizar. Este aqui é o ponto de prostituição mais famoso da cidade, no entanto é em frente a primeira prefeitura, o prédio do INSS onde as pessoas ficam na fila pra receber um benefício. Então é mostrar que a gente não precisa de mais nada, não precisa de grandes estruturas para resolver nossos próprios problemas. Somos nós que vamos resolver os problemas, não vai ser o governo, não vai ser o dinheiro, vai ser boas ações. Só o fato de a gente estar aqui neste domingo hoje compartilhando, tenho certeza que vai nascer muita coisa boa .Pretendiamos fazer primeiro este encontro em uma mansão. A gente tava saindo de um centro cultural e foi passando na frente desta casa, a gente viu a porta aberta e pensou vamos invadir e fazer um centro cultural. Aí a gente foi entrando e vendo a grandiosidade da casa, cheia de mármore, com piscina, gigante. A gente chegou lá e pensamos em ocupar pra fazer uma exposição com o grafite, por a galera é isto aí, não tem medo de polícia, sabem muito bem dos direitos que defendem quando vão pra rua pintar. Só que a idéia foi crescendo e fomos ficando mais preocupada com a estrutura física, se poderia suportar a quantidade de pessoas. E no dia seguinte viemos aqui nesta parte de trás e a comunidade foi chegando e apreciando.” Renatinha Peixe-Boi
Os grafiteiros Hulk e Raiz
Os movimentos aqui em Manaus tem esperado muito das atitudes governamentais. Os skatistas não constroem mais suas rampas pra andar de skate. Então a gente reuniu esta moçada para a galera dar o que tem de melhor. E você está vendo que faltou alguns movimentos, isto por que os movimentos ainda estão fracos. Olha o grafite aí que veio, pintou tudo por que a galera realmente é independente. Mas temos que agradece a galera que fez mesmo, por que quem está aqui pra somar é a galera que temos que acreditar, tem que fortalecer, todo mundo tá tendo seu espaço aqui, isto não está custando nada, não tem nada com dinheiro, a gente está fazendo tudo na força de vontade. A gente quer mesmo é que a galera abra os olhos, por que se a gente diz que a arte salva, vamos provar isto, não vamos ficar esperando ações e atitudes de outras pessoas. E que massa que vocês estão fazendo esta entrevista, que possam divulgar, compartilhar, estar conhecendo uma galera que não conhecia pois é para promover uma união geral. Eu estou só feliz, os caras da polícia estão meio incomodados andando pra caramba, tomara que eles não pegue a galera do bomb que está fazendo uns riscos alí.” Raiz
Dando um rolê pela praça logo sentia a diversidade deste grande evento e um dos grupos que logo encheu o espaço de uma forte cultura multicentenária e história foi o pessoal da capoeira do Mestre Xangô que veio do São Jorge para mostrar esta expressão afro em conjunto com seu trabalho social e conversou com a moçada do bloguinho sobre o evento e da praça ser ocupada com arte.
Meu nome é José Carlos, sou o Mestre Xangô, presidente e mestre do Grupo Manaus Capoeira e sou morador do bairro de São Jorge há 41 anos. Este trabalho que a moçada está fazendo aqui é uma maneira de fazer uma pequena manifestação e se direcionar as pessoas que se preocupam muito com coisas pequenas, quando tinham outras coisas a se preocupar como a cultura, a dança, a arte, como as outras manifestações que são feitas em Manaus e fora dela por amazonenses que sairam pra divulgar já que aqui não tem espaço.
Nosso trabalho é um trabalho social no bairro de São Jorge, na quadra da Igreja de São Dimas, onde a única coisa que a gente cobra todo ano é o boletim escolar, se tiver ruim no colégio não treina e só volta quando estiver melhor. E como os meninos não querem perder o espaço onde treinam eles dão 100% no colégio. Por isto eu sempre digo que você tem que estudar e manter o esporte sim e dizer sempre não as drogas, mas sem nunca discriminar ninguém. A gente tem pouca divulgação no nosso bairro. Este evento que estamos fazendo podia estar cheio por que é um trabalho gratuito e esta manifestação devia ter em toda praça pública inclusive em datas como no dia 20 de novembro [Dia da Consciência Negra] que a cada ano que se passa está diminuindo mais, as pessoas quase não estão indo pras manifestações por que não está havendo uma atividade cultural e o que tem muitas vezes não tem nada a ver com a cultura afro ou negra. Por isto dentro dos bairros, das comunidades, as praças tem que estar limpa e aberta para a cultura. Estão utilizando as praças hoje, mas não tem espaço para as crianças, que é um direito delas ao lazer, ao esporte, a cultura que está dentro do ECA. Estão enchendo as praças de brinquedos onde ninguém pode mais brincar e se quiser brincar tem que pagar, enquanto a praça é pública. E assim todas tem que estar abertas para cultura.” Mestre Xangô
Além dos malabares que deixaram a praça com um aspecto alegre e lúdico estava presente o palhaço Curumim que encheu a praça de gargalhada da criançada e transeuntes que não resite a leveza do artista palhaço. Em uma conversa com o bloguinho o artista Rosival que recebe o palhaço Curumim falou sobre sua participação e da expressividade que este encontro tem para todos os cidadãos.
O palhaço curumim se sente honrado de poder vim numa praça como esta que tem todo um histórico em Manaus. Histórico em prostituição, de abandono e tudo mais. Então este movimento vem exatamente para resgatar a questão do espaço público que precisa ser cuidado. Então para o palhaço Curumim é extremamente importante que além deste lugar aqui a gente poder levar para outros lugares, porque Manaus está carente disto, carente de arte. E quando a gente fala de arte não é só o palhaço, mas arte com toda sua plenitude: levar as crianças, levar as vovós, os vovôs, levar todo mundo. Manaus precisa ocupar seus espaços, colocar arte, dar vida, por que Manaus precisa de vida. Neste domingão de chuva que está maravilhoso dá vontade de a gente sair pulando por estas praças. Adoro praça e este espaço veio a calhar e este movimento é que Manaus precisa acordar. Mais importante que os grandes eventos, o poder público também precisa investir na arte lá no bairro, lá na periferia, isto está faltando, valorizar isto, enquanto expressão da comunidade. É por isto que eu sou palhaço e é por isto que eu sou mambembe para ir a outros lugares.” Palhaço Curumim
A moçada do grafite se fez presente em mais um encontro artístico que contou com mais de 20 grafiteiros e considerados do Bomb com gente da antiga como Buiu, Rogério Arab, Paradise, Blur, Mega, e vários outros. Abaixo vemos um registro histórico da moçada com alguns grafiteiros que estiveram presentes desde o início do evento e que sempre trocaram suas experiências, amizade e estilos artísticos.
Conversamos com alguns grafiteiros que nos falaram deste grande encontro de grafiteiros e dos mais diversos artistas urbanos.
Eu acho muito válido em um domingo destes, ainda mais no Centro, eu amo pintar no Centro e é muito massa. Reunir toda esta galera, todo mundo aqui num domingão, sempre desenvolvendo a arte e quebrando estes mitos que arte é isto ou aquilo. Tudo é arte. Ela é vandal, é subversiva, mas é arte. Um artista se liberta, não importa o material, faz, aprende, se supera. Alguém tem que fazer os trabalhos para ficar melhor.” Paradise
Sou o escritor Soor que estou na rua na atividade e na minha opinião é um projeto muito bom que o cara vai trabalhando. É a arte que na vista de muitas pessoas é vista como vandalismo, mas o pessoal tem que saber diferenciar o vandalismo da arte de rua, que vem da arte da cultura urbana. É uma boa reunir a galera pra pintar no final de semana, estar se distraindo e convido toda rapaziada que puder vim ver nosso trabalho. Melhor do que estar envolvido em droga nós estamos com este trabalho que está tirando muitos jovens usuários de droga e trazendo aqui para o mundo da arte” SOOR
É bom que não é só o grafite aqui hoje como em geral é, tem todos estilos: o circo, grafite, artes plásticas. Isto no meu conhecimento é uma novidade. Bom estar mandando este grafite com a galera interagindo pra caramba, mesmo tendo só alguns espaços, a galera distanciada mas o clima está bom demais, tudo perfeito. Um dos melhores eventos da cidade e a idéia é se encontrar mais vezes durante o ano fazendo em outros lugares. ” Buiu
Também marcaram presença o pessoal do Freestyle, estilo de rima com base no rap, onde se tem que criar as rimas na hora. Os participantes fizeram mais uma Competição de Freestyle Amazonas e mandando muito bem. Os competidores se superavam para não perderem na rima do adversário, e assim tinham que usar sua capacidade para mandar sempre uma rima melhor.
E como a produção não parava em todos os cantos da praça muitos aproveitaram para ficar também durante a tarde, quando também foram chegando novas expressões para mostrar e trocar experiências com a rapaziada que já estava presente.
O pessoal do Mestre Xangô aproveitou para cair no samba de raiz e deixar a praça com ainda mais alacridade. Chegaram também vários poetas e mais grafiteiros que começaram a ocupar todo o Centro e seus espaços abandonados, alguns há mais de uma década.
E no agradável passeio pelo centro de Manaus vimos as cores encher Manaus da vivacidade das cores. Encontramos nesta caminhada pelos arredores do Centro as talentosas representantes do grafite feminino e trocamos uma idéia com as belas Lori e Hippie Greeny que deixavam sua arte sobre a cinzas telas que eram transformadas em pulsações visuais.
Na verdade este evento foi bom por que fazia muito tempo que não rolava algo assim que reunia todo mundo pra fazer uma ação assim. E fazer aqui no centro pra todo mundo se rever por que tinha muita gente que pintava há muito tempo atrás e que já tinha dado um tempo e com este evento se empolgou de novo e aí está aqui pintando e isto é muito legal. Pra mim fazer este trabalho é deixar um pedacinho meu no muro, então o que eu sinto eu deixo alí, independente do que eu sinto ou não, se estou mais feliz ou mais triste, tudo eu deposito alí pra não descontar em ninguém. É uma forma de eu liberar um sentimento preso em mim.” Lori- Arte sem limites (ASL)
Achei este evento muito bom por que tinha tempo que o pessoal não se encontrava. E o lugar está bem deteriorado, então dar uma cor para um muro totalmente sem vida é bem bacana. E não é só o grafite, são vários movimentos juntos, por isto acho que deveria ter mais. Participar de um evento assim é muito bom para o nosso crescimento, por que é uma coisa que vai ficar podemos fazer de novo e a gente vem retoca, faz diferente, sempre procurando evoluir. “Hippie Greeny
Acima vemos um dos grandes nomes do grafite e do bomb manauara, o sempre presente Blur que também apareceu para expor sua arte no Centro.
Abaixo vemos diversas telas (paredes) sendo ocupadas e criando um fluxo artístico que alimenta as veias esclerosadas da não-cidade de Manaus. Alguns lugares como os interiores de uma casa abandonada, terrenos baldios serviram de suporte para que a arte penetrasse em suas estruturas já bastante empedernidas
A arte das grafiteira Meg e Poly
O artista grafiteiro Broly
O estilo do bomb/grafite de Vapor
No fim da tarde agentes da Guarda Municipal apareceram para admoestar os grafiteiros por estarem utilizando de um espaço público e que foi relegado pelo poder público. Prédios como o antigo prédio do exército (foto acima) que se encontra há tempos abandonado e teve suas entradas cimentadas e percebe-se diversas plantas que se aproveitaram do abandono para crescerem nos espaços limites da construção.
Os agentes tentaram impor a idéia de que o ato de grafitar era vandalismo e que não tinha nenhuma diferença da pichação. O que prova o desconhecimento da lei de Crimes Ambientais que no seu artigo 65 diferencia e legaliza o grafite. O que os ocupantes estavam fazendo nada mais foi do que dar vida a um espaço afuncional e devolve-lo ao espaço público. Assim aos grafiteiros, cidadãos ativos não podem ser negado a liberdade de sua expressão artistica ainda mais como intervenção urbana.
Porém em um estado que onde a liberdade é tolida, a criação é desincentivada e os jovens marginalizados dificilmente se entenderá a expressividade do grafite e de uma produção como Arte Ocupa Manaus. Por isso mais vezes todos verdadeiros artistas que trazem seu talento ao mundo e as ruas continuarão a ocupar a cidade e novos eventos logo surgirão para que Manaus um dia possa vir a ser uma cidade, já que o possível já está dentro do coração da arte manauara.
@ O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, em entrevista para o programa Bom Dia, Ministro – produzido pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, em parceria com a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) – afirmou que a questão da distribuição de terra, no Brasil, deve ser sustentável; ou seja, permitir que as famílias assentadas possam fazer da terra algo produtivo e, não apenas, possuí-las de forma improdutiva, tornando-as, com efeito, “favelas rurais”: “Não adianta a gente cometer a irresponsabilidade de distribuir muita terra e não permitir que o agricultor encontre na terra uma maneira de sobreviver. No Brasil, há muitos assentamentos que se transformaram quase em favelas rurais”, disse o ministro.
Tal situação levou o ministro a justificar o freio, por parte do governo federal, na distribuição de terras: “Foi com essa preocupação que a presidenta Dilma fez uma espécie de freio do processo para repensar essa questão da reforma agrária e, a partir daí, tomarmos um cuidado muito especial sobre o tipo de assentamento.”
Neste sentido, o governo federal, de acordo com a Agência Brasil, criou um programa para manejar a distribuição de terras: Segundo Carvalho, o Programa Terra Forte, lançado no início da semana pela presidenta em Arapongas (PR), é resultado da reflexão e da decisão política de tornar os assentamentos uma referência positiva. O programa investirá R$ 600 milhões em projetos de agroindústria para assentamentos da reforma agrária. “Não queremos assentamentos dependentes do INCRA [Instituto Nacional de Reforma Agrária], não queremos assentamentos que sejam apenas uma forma de enganar as pessoas dando a elas uma esperança que depois não se concretiza.”, disse a presidente.
Uma reforma agrária não tem que ser, necessariamente, sustentável. Ainda que este tipo de reforma agrária possa garantir o direito de liberdade, igualdade, solidariedade e uma justa distribuição de terras e de possibilidades, ela não será capaz de fazer perseverar o ser, pois ainda estará na ordem do mercado, separando o homem da sua raiz de produção, que é a terra. Reforma agrária pode ser, melhor dizendo, uma nova produção e reprodução de subjetividade, uma vez que, assim, o homem poderia retornar-se homólogo à terra.
Marco Aurélio Garcia, assessor internacional da Presidência da República.
@ Marco Aurélio Garcia (MAG para os amigos), assessor internacional da Presidência da República, “é um dos principais articuladores do Foro de São Paulo, o movimento contra-hegemônico das esquerdas latino-americanas à política de submissão da região aos interesses dos Estados Unidos e das corporações capitalistas do Velho Mundo.” É o que afirma o jornalista Leandro Fortes, em seu texto no si te da revista Carta Capital.
O jornalista da insigne revista demonstra, em sua argumentação, o quanto as polêmicas sobre a internação e cirurgias hipoteticamente custeadas pelo SUS, criadas miticamente pela oposição, são resmungos caducos da velha redução da política aos interesses da produção do capital.
Jornalista Leandro Fortes, colunista da revista Carta Capital.
Leandro Fortes não cansa de demonstrar o quanto MAG é uma das ferramentas essenciais para a a legria do governo federal petista: “Então, essas pessoas que, hoje, sem um argumento melhor, ficam pateticamente perguntando se Marco Aurélio Garcia ao menos entrou na fila do SUS, estão, na verdade, naquela empreitada envergonhada, pessoal e impublicável dos que torciam secretamente pelo avanço dos tumores que um dia atormentaram a vida e o futuro político de Lula e Dilma Rousseff.”
É aprazível compartilharmos do entendimento de Leandro Fortes, que finda o seu texto com a emblemática frase: “Sem voto, sem popularidade e despidos de humanidade, jogam todas as fichas no câncer – ou na fraqueza do coração – alheio.”
@ O governo federal, no dever de proteger a cidadania e proporcionar à população um espaço digno de ser vivido, através da secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), lançou, na manhã desta quinta-feira (07) no Rio de Janeiro, a campanha Nacional de Carnaval de Proteção à Criança e ao Adolescente que tem como tema: “Não desvie o olhar. Fique atento-Denuncie. Proteja nossas crianças e adolescentes da violência”.
Segundo o Portal Brasil, o objetivo da campanha é fazer com que as pessoas que tiverem informações sobre violência contra crianças e adolescentes procurem os conselhos tutelares, a polícia ou denunciem ao Disque 100.
Ademais, a campanha, divulgada por dispositivos variados da mídia, destaca a necessidade de se refletir sobre as questões que permeiam a criança e o adolescente. Além de assegurar o direito à proteção e à vida, o governo federal problematiza a importância do educar no espaço de produção social.
Com rostos pintados, estudantes de escolas e universidades de Brasília se reuniram com representantes de movimentos sociais e indígenas de vários estados, como São Paulo e Mato Grosso, para manifestar o apoio ao povo Guarani Kaiowá que luta há décadas para conseguir a posse da terra em que vive em Mato Grosso do Sul.
Aluna de uma escola pública, Bianca Gomes de Souza, 16 anos, explicou o motivo da presença dos estudantes no manifesto: “Esta semana, assistimos a um filme sobre a luta guarani. Não sabíamos. Decidimos vir para ajudar no protesto. Queremos que a terra seja dada aos índios já que a terra é deles”, disse.
Bisneta de um índio da etnia Guarani Kaiowá do Rio Grande do Sul, a nutricionista Denise Camargo da Silva disse que só soube dos episódios em Mato Grosso do Sul pela rede social Facebook.
Emocionada, Denise criticou a falta de informações sobre o que ocorre nas regiões onde vivem índios no país. “Trabalhei em um projeto pela UnB [Universidade de Brasília] e visitei algumas etnias em vários lugares do país. Independentemente do local, eles [índios] sofrem, são segregados, discriminados e violentados. E a língua deles poucas pessoas falam. Até isso estamos perdendo e são nossos ancestrais”, criticou a nutricionista.
O manifesto também contou com o apoio de representantes de outros grupos indígenas. É o caso de Manuel Claudionor, índio da etnia Mutina, de Mato Grosso. Ele é estudante e disse que soube do protesto pelas redes sociais. “Vim pelo que acontece na terra dos guarani, que estão perdendo a terra, muitos estão sendo assassinados ou estão se matando pela perda da sua terra, da sua cultura. Somos índios e temos convicção de que todos temos os mesmos direitos. Somos os primeiros habitantes do Brasil”, disse.
Com uma história semelhante de luta pela terra, Rafael Wedero´o´wa Werére´é, da reserva xavante na região de Barra do Garça, em Mato Grosso, reforçou a importância do apoio entre os povos. Ele lembrou que, quando ainda era adolescente, seus pais foram retirados de uma área ocupada por fazendeiros. “Tivemos problemas parecidos na nossa terra. Agora estamos retomando esta terra. O STF [Supremo Tribunal Federal] deu decisão favorável para a retirada dos não índios. Temos que apoiar os outros que estão na mesma situação”, disse.
Para o xavante, o apoio de outras etnias pode ajudar na luta pela demarcação do território guarani kaiowá. “Eles estão sofrendo muito e alguns consideram que estão invadindo fazendas, sendo que a terra é deles. Tem que demarcar para que eles possam viver lá e sejam respeitados como povo”, defendeu.
O ato que marcou a primeira manifestação pública a favor do povo Guarani Kaiowá nas ruas da capital federal, desde que os conflitos entre índios e fazendeiros foram retomados, começou a ser organizado por um grupo de estudantes da Universidade de Brasília (UnB). “Começamos a divulgar nas redes sociais e rapidamente tivemos a adesão de centenas de pessoas que começaram a mudar seus nomes no perfil do Facebook [acrescentando o nome da etnia Guarani Kaiowá aos sobrenomes] e confirmaram a presença na passeata. Essas pessoas divulgaram várias informações sobre a realidade desse povo”, explicou Luiza Oliveira, estudante da UnB.
A organização do protesto calcula que 600 pessoas participaram da passeata que começou no Eixo Monumental, região central da cidade, e prosseguiu até o gramado em frente ao Congresso Nacional e à Praça dos Três Poderes, onde de um lado está o Supremo Tribunal Federal e, de outro, o Palácio do Planalto. A Polícia Militar, que garantiu a segurança dos manifestantes, estima que 300 pessoas tenham participado do protesto.
Ontem (30), o governo federal anunciou a suspensão da liminar que determinava a retirada dos índios da etnia Guarani Kaiowá da Fazenda Cambará, em Mato Grosso do Sul. Com a decisão da Justiça, cerca de 170 índios que vivem no acampamento atualmente devem permanecer no local até que a demarcação de suas terras seja definida. Representantes do governo ainda garantiram que vão agilizar o processo de estudos para demarcação da terra indígena. De acordo com o Ministério da Justiça, a Fundação Nacional do Índio (Funai) vai apresentar, em 30 dias, o relatório final com a delimitação da área reivindicada pelos índios.
Nossa não cidade merece que abordemos hoje, passado o 14 de julho, quando os franceses cantaram a marselhesa convocando o povo para marchar contra a opressão, a fome, tratar da temática da lide acima.
Alguma coisa está errada no fornecimento da alimentação para as escolas da prefeitura da não cidade de Manaus. Não é concebível que diariamente os estudantes tenham que consumir suco de abacaxi super doce com bolachas de maisena doce ou mingau de arroz. Se existe todo um cuidado para se evitar o consumo exagerado de açúcar que pode provocar o diabetes nossas escolas públicas produzirão milhares de crianças no futuro diabéticas formando uma verdadeira mina para a indústria farmacêutica que lucrará milhões vendendo remédio, devido essa irresponsabilidade do governo e gestores municipais.
Esse não fornecimento de alimentação para escolas reflete desvio de recursos públicos, principalmente federal que tem se preocupado em melhorar o nível da educação no Brasil, mas que a prefeitura de Manaus não tem demonstrado interesse para mudanças.
Associado a outro aspecto negativo que essa não cidade tem por marca convivemos com a violência urbana. E nessa violência urbana o aumento assustador de assaltos, roubos e furtos como também o disparado aumento de homicídios em Manaus. O número de mortes nesta não cidade equivale a zona de guerra. E nós estamos numa zona de guerra. A guerra dos narcotraficantes que matam diariamente jovens, adolescentes que se envolvem com o tráfico e morrem por não saldarem dívidas, conflitos entre grupos e mercados que delimitam territórios e os controlam.
Essa violência atinge a escola. Na idade de Manaus, em vários bairros, à noite, o que se vê são alunos temerosos, com medo, professores que faltam ao trabalho e ou quando tem aula só vai até às 21 horas porque o medo vem tomando conta da urbe de Ajuricaba, exceto aqueles que se aproveitam também dessa subjetividade para fugir de sua obrigação que seria no mínimo está lá com a garotada para conversar e debater a questão.
Mas tudo isso que temos falado aqui, é responsabilidade do grupo político que governa este Estado a mais de trinta anos e que estão no poder e acham que não tem nada a ver com a desgraça que é a morte de milhares de pessoas nesta não cidade. A questão do tráfico de drogas em Manaus é tão sério, e que não vemos por parte do governo nenhuma medida de impacto para acabar com esse comércio desastroso.
Neste momento, que antecede as eleições municipais, nos espelhemos na marselhesa cantada, marchada pelos franceses no 14 de julho para mudarmos essa não cidade. Infelizmente, o quadro que nos apresentam não é nada alentador, apesar de termos socialistas e comunistas na disputa. Pelo visto a praga vai continuar. Manaus nunca será Liverpool.
Neste último domingo após a projeção kinemasófica, que já movimenta há 3 anos o bairro do Novo Aleixo em Manaus,a platéia deu lugar ao campo para a segunda rodada do Pebolzin, o novo vetor esportivo da Afin. A alegre brincadeira do Pebolzin se diferencia do tradicional futebol, tendo suas regras criadas pelas crianças afinadas.
Lembrando que o campo tem duas faixas no meio campo onde ficam os atacantes não podendo fazer gols ou de lá sair . Caso saiam mais de duas vezes do espaço delimitado, a equipe adversária tem direito a um chute do meio campo sem barreira. Os zagueiros por sua vez podem correr o campo todo e são os únicos que podem fazer gols.
Outra regra importante é que a dendeca não pode ser levantada, e caso isto ocorra por duas vezes o time adversário tem direito a um chute com barreira de pernas abertas.
Assim o torneio Pebolzin vai ficando cada vez mais emocionante e as mais de 20 duplas participantes vêm mostrando habilidade e que craques entram e jogam em qualquer campo. Destaque para a atuação das meninas que armam jogadas fabulosas e muitas vezes com partidas mais disputadas que os garotos.
Esta rodada começou com as duplas que ainda não tinham jogado passando então para os confrontos entre os vitoriosos das duas rodadas, e entre as duplas derrotadas, sendo que cada equipe jogará duas vezes.
Assim o pebolzin vai se mostrando uma brincadeira com muitos craques,ao contrário do futebol da nossa pátria sem chuteiras que vem perdendo todas, principalmente para os cupins.
Mas além do envolvimento de um torneio, o Pebolzin é a produção de uma brincadeira que vai se tornando uma verdadeira festa nos encontros dominicais afinados. Assim no torneio não importa saber quem serão os vencedores, mas sim todo o processo de produção de alegria que fazem de todas crianças afinadas envolvidas no Pebolzin, mesmo as que não estão jogando.
Na próxima rodada neste domingo serão definido as duplas que se classificarão para a fase decisiva, sendo que o campeão será revelado neste mesmo dia. Então haja coração nesta produção das crianças afinadas do Pebolzin…
No último domingo a partir das 17 horas a Rua Rio Jaú do bairro do Novo Aleixo em Manaus esteve mais uma vez em uma produção das crianças que participam da Afin na rodada final do Torneio de Pião. Com vários participantes foi primeiramente criadas entre todas as crianças as regras, decidindo que seriam feitas duas fases uma para classificar um dos competidores para a finalíssima, e a outra para as disputas de 3° e 4° lugar.
As duas fases seriam definidas através da pontuação, por quem atingisse a pontuação necessária. Assim haviam três círculos no chão que contavam 10, 20 ou 30 pontos para cada pião que se colocasse dentro da marca. Foi decidido ainda que a regra seria a mesma do futebol: só marca gol ou ponto se a bola, neste caso o pião, passar toda a linha.
Tiago, o campeão da 1a rodada, aguardava o vencedor desta fase para a disputa da grande final. Inicialmente a competição estava muito equilibrada, conseguindo em suas primeiras jogadas praticamente todos os competidores marcar pontos. A cada jogada era mais emocionante e a competição permanece várias vezes empatada.
Porém o campeão do ano passado, Michael Douglas, conseguiu em uma só rodada marcar quarenta pontos atingido a pontuação necessária de 300 pontos. Com isto Michael conseguiu garantir sua classificação na grande final contra o já classificado Tiago, como se pode ver no vídeo abaixo.
E como a brincadeira não pode parar logo a finalíssima começou. Como em toda a brincadeira de pião, esta iniciou-se “tirando o ponto”, onde os competidores jogam o pião de uma linha e quem chegar mais longe tem o direito de ser o primeiro a jogar. Tiago começou jogando e logo mostrou que a parada iria ser dura.
Assim a final foi ainda mais disputada com Michal Douglas e Tiago mostrando atuações e jogadas implacáveis de dois grandes campeões. Ao contrário dos peladeiros futebolísticos que também tiveram suas finais regionais no mesmo dia, a brincadeira de pião deu um banho mostrando como se gira o mundo. Em sua última jogada Michael Douglas definiu o torneio se revelando o grande campeão.
A disputa continuou para o terceiro e quarto lugar. Na disputa Anderson, David e William. Anderson Vizinho conseguiu com facilidade o terceiro lugar e abriu a disputa para o último prêmio. Ao tirar o ponto a fase final começou com William, como vemos no vídeo acima.
Os troféis e as medalhas esperavam seus donos, porém o 4° lugar ainda não estava definido. Porém a disputa foi bastante longa e emocionante, o que fez os dois competidores disputar ponto a ponto, sendo que hora William, hora David estavam na frente. Por fim William conseguiu marcar o último ponto e conseguiu um suado quarto lugar.
Terminado o torneio começou a sessão de cinema o cinema e posteriormente foi feita a premiação do torneio de Pião, onde cada campeão recebeu uma medalha, além de um troféu para os três primeiros colocados. A equipe do bloguinho entrevistou os vencedores que enfocaram a importância da brincadeira e do torneio para eles e o encontro entre as crianças para uma nova produção afinada.
William recebe a medalha de 4° lugar das mãos de Mirian
Anderson Vizinho recebe de Poliana a sua medalha de 3° lugar e o troféu de sua mãe Soraia e seu irmão Rafael
Tiago recebe o troféu e medalha de 2° lugar sua amiga, a afinada Lohana
O grande campeão Michael Douglas recebendo sua medalha e troféu de 1° lugar
Os quatro campioneiros do 2° Torneio de Pião
A volta olímpica dos vencedores
Por fim, depois de tanta alegria e celebração foram distribuidos as tradicionais pipocas salgadas e doces além da deliciosa maria mole de chocolate que completou a festa, que volta a acontecer no próximo domingo com mais um cinema e muita alegria. E a vida segue girando feito pião.
Cientes que seus direitos maiores ainda estão longe de ser conseguido, apesar de algumas melhoras. Cientes que o salário ainda é baixo comparado com o salário do homem que exerce a mesma função. Cientes que apenas 9,1% das prefeituras são ocupadas pó elas, assim como na Câmara Municipal o percentual é de 12,5%, e na Câmara Federal 8,8%, e no Senado, 14,8%, milhares de mulheres organizaram uma atuante passeata na região central de São Paulo para comemorar e protestar no Dia Internacional da Mulher. Centenas de entidades, partidos políticos, centrais sindicais, movimentos sociais e artistas compuseram a festa/política pelos direitos fundamentais.
Para Camila Furchi, da Marcha Mundial das Mulheres, a passeata foi para mostrar o quanto ainda há de desigualdade na sociedade machista, em relação às mulheres.
“Estamos aqui para tornar visível que a gente vive ainda uma situação de extrema desigualdade, as mulheres ainda sofrem violências de seus maridos e de seus companheiros. Viemos aqui exigir uma mudança real e concreta na vida das mulheres.
Falta ainda, por exemplo, agente ganhar o mesmo salário, falta a gente superar essa ideia de que as mulheres são responsáveis, só elas, pelos trabalhos domésticos. Falta a gente tornar realmente intolerável que uma mulher sofra uma violência de seu marido”, considerou Camila.
Por sua vez, a artista, sambista, compositora e cantora, e deputada Leci Brandão, e também membro do Conselho Nacional dos Direitos das Mulheres, disse que nas próximas eleições as mulheres têm que permitir mais acesso de candidatas nos poderes Legislativo e Executivo.
“O que a gente que fazer é nas próximas eleições dar o acesso ao poder para as companheiras que vão ser candidatas. Somos a maioria no Censo, mas a minoria no poder”, disse Leci.
O markenting propagandistíco transforma pedra em ouro. Simula-se tudo para mostrar o real não real. Assim como ocorre na capital do Estados que a chamamos de não cidade, também ocorre no interior. Estamos na cidade de Maués. Nossa equipe já esteve no rio Apocuitaua onde observou, conversou e entrevistou moradores que falaram da maneira como vivem. O material está sendo preparado para divulgação. Entretanto, o relato de hoje, é para ratificar o que já escrevemos anteriormente sobre a antiga Luseia.
Maués situa-se no Médio Amazonas. É uma não-cidade que durante sua existência sempre foi governada por pessoas da classe dominante, da elite. A única vez que conseguiu ser administrada por uma pessoa, filho da classe trabalhadora, o atual prefeito, não conseguiu fazer um governo voltado para os interesses da população porque esteve sempre amarrado aos governantes anti-povo: Alfredo Nascimento, Eduardo Braga e agora ao atual governador.
A não cidade de Maués, que já foi alvo de inspeção pela CGU possui inúmeras obras do governo federal conveniadas com a prefeitura municipal que “entra e sai ano”, como diz o ditado popular, e tais obras não são concluídas. O porto da cidade que foi projetado para embarque e desembarque de passageiros e mercadorias está embargado. As vigas de sustentação da ponte que liga ao terminal não suporta um caminhão carregado. E a obra vem de quando o ex-ministro Alfredo Nascimento estava no Ministério dos Transportes. Se gastou tanto dinheiro e a obra está inacabada e não oferece condições de utilização.
A ampliação da orla da frente da cidade também segue inacabada. É um serviço que não se conclui e bastante dinheiro já foi empregado na obra. O muro de arrimo foi feito, carradas de barro foram depositados e o que vemos é muita lama e uma frente da não-cidade, suja.
O cartão postal do que seria uma cidade, Maués, a praia da ponta da Maresia está repleta de lixo. Garrafas pets, copos descartáveis, garrafas de vidro, restos de alimentos estão poluindo o rio Maués-açu.
No bairro Ramalho Júnior, consta que o governo federal através da Caixa Econômica Federal firmou um convênio de R$ 1.500.000,00 do qual já repassou R$ 500.000,00 para a Prefeitura construir um empreendimento voltado para a juventude. Já passaram vários meses e até agora só existe os piquetes demarcando a área a ser construída.
As ruas estão sujas, há muito capim, cerrados e a cidade tem uma grande quantidade de carapanãs que nunca acabam. Por estarmos no período chuvoso a lixeira que não parava de emitir fumaça poluidora para a região urbana deu uma trégua, mas ainda há muito por fazer por esta cidade para que o dito popular não se torne fato. “Maués, mal fostes, mal serás.”
Depois de tudo isso e do que está acontecendo no sudeste do Brasil, não vamos culpar a natureza pelas catástrofes naturais, pois de acordo como que dissemos ontem, o resultado de tudo isso é cultural, obra e criação única do homem.
Ágil com ministros, Gurgel analisa denúncia contra Aécio há 6 mesesProcurador-geral da República, Roberto Gurgel, ainda não se manifestou sobre denúncia de sonegação fiscal e ocultação de patrimônio contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG) recebida em maio. Para um dos autores, clima político morno sem cobertura jornalística intensa influencia ritmo de decisões. Acusações contra Antonio Palocci e Orlando Silva foram examinadas em dias.
André Barrocal
BRASÍLIA – Acionado por adversários do governo Dilma para que investigasse ministros acusados de corrupção, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, deu respostas rápidas em dois casos que terminaram em demissão. Diante de denúncias formuladas a partir de reportagens, Gurgel decidiu em alguns dias arquivá-las quando o alvo era Antonio Palocci e pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) abertura de inquérito contra Orlando Silva.
O procurador-geral não mostra a mesma agilidade, porém, num caso em que os papéis estão invertidos e aliados da presidenta Dilma Rousseff denunciam um opositor dela. Gurgel analisa há seis meses uma representação feita contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG), a irmã dele, Andrea Neves da Cunha, e uma rádio de ambos, a Arco Iris.
A denúncia pede apuração para provar que os imãos e a rádio sonegariam imposto de renda e esconderiam patrimônio. Foi apresentada em maio por deputados estaduais de Minas Gerais que faziam oposição a Aécio quando ele governou o estado (2003-2010) e que se mantêm nesta trincheira com o sucessor, o também tucano Antonio Anastasia.
Para os denunciantes, há alguma coisa errada no estilo de vida que Aécio leva – com festas, viagens e carros de luxo -, quando se observa a renda e o patrimônio que ele declara. Ou o senador tem mais e declara menos para não pagar imposto de renda. Ou arruma dinheiro de forma não republicana, e aí teria de ocultar mesmo.
A representação tem anexa cópia da declaração de renda de Aécio entregue à Justiça eleitoral em 2010 (R$ 617 mil), de certidão da Junta Comercial listando as quatro empresas de que o senador é sócio e dos gastos mineiros com publicidade entre 2003 e 2010 (cresceu sete vezes).
“Estranhamos que não haja uma decisão ainda”, disse à Carta Maior o líder do bloco de oposição ao PSDB na Assembléia Legislativa mineira e signatário da denúncia, deputado Rogério Correia (PT). “Mas ainda temos a expectativa de que não haja engavetamento, e o procurador-geral dê guarida à representação.”
A aceitação de uma denúncia, com a consequente abertura de inquérito, não significa sentença condenatória, só que a Procuradoria Geral concorda que há fatos estranhos a justificar uma apuração mais acurada. Mas serve no mínimo como arma política que pode ser usada contra o alvo da investigação.
Na opinião de Correia, uma explicação para o exame mais demorado da denúncia contra Aécio Neves por parte de Roberto Gurgel seria a pouca atenção que o assunto mereceu dos grandes veículos de comunicação. “A influência da opinião publicada prevalece mais, acaba tendo uma pressão sobre os órgãos que investigam”, afirmou.
O clima na corte Esse tipo de influência do clima criado pelo noticiário e que contamina o ambiente político em Brasília teria se verificado no caso dos agora ex-ministros Palocci e Orlando Silva.
O primeiro, então o mais poderoso ministro de Dilma, foi alvo de denúncia jornalística em 15 de maio, por suposto enriquecimento ilícito. Dois dias depois, o PPS, partido antigoverno, ia à Procuradoria Geral pedir abertura de inquérito contra o petista. Dia 6 de junho, Gurgel arquivava a representação, dizendo não existir indício de delitos.
Um mês depois, no dia 7 de julho, o Diário Oficial publicava mensagem da presidenta ao Senado propondo que Gurgel ficasse no cargo mais dois anos. Ao ser sabatinado pelos senadores no dia 3 de agosto para mostrar que merecia a recondução, o procurador-geral diria sobre o caso Palocci: “No meu entendimento, os fatos noticiados não se enquadravam no crime de tráfico de influência. Não tínhamos como comprovar a existência de crime sem procedimentos mínimos, sem a adoção de medidas invasivas.”
No caso Orlando Silva, a primeira reportagem acusatória – haveria um esquema de desvio no ministério do Esporte comandado pelo próprio ex-ministro – foi publicada em 15 de outubro. No dia 17, o PSDB e o próprio Orlando Silva entraram na Procuradoria pedindo abertura de inquérito – o acusado tinha a esperança do arquivamento, o que lhe daria um atestado de idoneidade para usar contra adversários políticos.
Dois dias depois, em meio a uma sessão do Supremo, Gurgel dizia: “A gravidade dos fatos é tamanha, que impõe a necessidade de abertura de um inquérito.”
Mais dois dias se passam, e o procurador-geral pede ao STF que autorize a investigação, uma exigência já que ministros só podem ser processados na mais alta corte. A autorização sai em 25 de outubro, e no dia seguinte Dilma força o então ministro a se demitir.
Na última quinta-feira (17), em audiência pública no Senado em que o ministro Carlos Lupi, outro alvo de denúncia a Roberto Gurgel, se defendeu, o senador Inácio Arruda (CE), líder do PCdoB, partido de Orlando Silva, fez um discurso forte contra a forma como ministros acusados têm sido tratados, embora não tivesse se referindo especificamente à Procuradoria.
“Contra o meu [ministro] tinha uma calúnia, uma calúnia mentirosa, safada, covarde. Disse Shakespeare que de uma calúnia ninguém se livra. O mais poderoso soberano é capaz de se livrar de tudo, menos de uma calúnia, de um safado e mentiroso calunioso”, afirmou Arruda, que vê nestes episódios uma luta política. “O objetivo central, em última instância, é atingir o governo.”
Mais silêncio No dia do desabafo de Arruda, a reportagem entregou em contato com a Procuradoria Geral da República e enviou às seguintes perguntas à assessoria de imprensa:
1 – Por que a análise de representações recebidas pela PGR contra personalidades políticas pode levar alguns dias (caso dos ex-ministros Antonio Palocci e Orlando Silva) ou pelo menos seis meses (caso do senador Aécio Neves)?
2 – O clima político no Congresso e a cobertura jornalística (mais intensa às vezes, menos intensa outras vezes) dos fatos que deram origem à representação bem como sobre o próprio exame da representação e sua posterior decisão, influenciam o ritmo da análise? Por quê?
Nesta segunda (21), a assessoria informou que compromissos e viagens de Roberto Gurgel não estão permitindo que ele se manifeste.
A Secretaria Estadual da Juventude do PT (JPT), vem por meio desta convidar V.S.ª para participar da Abertura do I Curso de Formação Política para os Jovens do PT, que será realizado nos dias 20, 21 e 22 de maio do corrente ano em Manaus – AM. O Seminário será no auditório do Sindicato dos Petroleiros (SINDPETRO), Rua Bernardo Ramos, nº 187 – Centro, com Abertura solene no dia 20 de maiodas 18:00 horas às 21:00 horas, sexta-feira.
O “I Curso de Formação Política para os Jovens do PT” é uma estratégia que tem como fundamento a mobilização dos municípios para formação, pois este segmento da sociedade encontra-se atingida pelos piores índices de desemprego, de evasão escolar, de falta de formação profissional, mortes por homicídio, envolvimento com drogas e criminalidade.
O objetivo geral é apresentar fundamentos e instrumentos para a participação da juventude na sociedade organizada, através de um partido político. Com jovens que terão o papel de multiplicadores neste curso.
Coloco-me ao inteiro dispor para quaisquer esclarecimentos. Nossos contatos pessoais são:
Hoje, dia 18, fazem exatamente 38 anos que a criança Araceli Cabrera Crespo, de 8 anos, no caminho de volta da escola para casa, foi sequestrada, estuprada, morta, e o corpo todo desfigurado depois de ser drogada por jovens psicopatas da famílias importantes financeiramente de Vitória. Embora os assassinos tenham sido condenados, mas em uma daquelas aberturas que a Justiça concede aos que detém o poder econômico, as famílias dos psicopatas recorreram e eles foram colocados em liberdade. Imoralidade da história: nenhum deles foi punido. E assim como eles existem outros psicopatas que praticaram violências sexuais contra crianças e adolescentes e continuam impunes. Muitos amparados por suas forças econômicas ou pelos cargos que ocupam encontram-se protegidos.
Tomando o caso da criança Araceli como signo da dor, da indignidade, da revolta e da luta pela proteção das crianças e adolescentes, e da fundamentação da Justiça contra os atos das aberrações patológicas alcunhadas de homens, que colocam em perigo esses seres indefesos, no 18 de maio do ano de 2000 foi criado e instituído o Dia de Combate à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.
Hoje, dia 18, a parte da sociedade brasileira que luta democraticamente pelos direitos de todos como bens éticos e afetivos fará uma singela e engajada manifestação por essa data que compromete a dignidade e a inteligência de quem é cidadão. Membros das ONGs, movimentos sociais, entidades de classes, a sociedade em sua expressividade solidária, estará comprometida com o ato de defesa das crianças e adolescentes.
Em Brasília, na Esplanada dos Ministérios, onde será realizado o evento realizado pelo governo federal, são esperadas 1,3 mil crianças que participarão de atividades comemorativas como apresentações artísticas e oficinas. No Supremo Tribunal Federal (STF) será promovido um encontro para discutir a experiência de tomada de depoimento especial de crianças e adolescentes no Judiciário Brasileiro. No Palácio do Planalto será lançada a matriz de um plano nacional de enfrentamento à violência sexual.
Amanhã, dia 19, na Câmara dos Deputados será realizado um seminário para discutir experiências de legislação contra castigos corporais, organizado pela Secretaria de Diretos Humanos da Presidência da República, a Embaixada da Suécia, a organização Save the Children e a Comissão de Direitos Humanos da Casa.
O Estatuto da Criança e do Adolescente(ECA) assim como a Constituição Federal garantem o direito de ir e vir. Mas em Manaus com a imobilidade do transporte público devido ao descaso e má-administração da prefeitura e das empresas concessionárias; os ônibus sucateados e abarrotados; não existência de fiscalização, este direito dos cidadãos são negados.
Ontem ao se manifestarem frente a Prefeitura de Manaus, foi-se negado durante o horário de funcionamento a entrada dos estudantes em um local que deveria ser público. Deveria ser público. Mas com a administração que é feita há mais de 20 anos pelo grupo político liderado pelo então prefeito Amazonino Mendes, cassado pela insigne juíza Maria Eunice, o que seria uma administração voltada para o povo é voltada a intere$$es privativos.
No meio das manifestações Carla, uma estudante do Instituto de Educação (IEA) e moradora da Zona Leste mostra um entendimento quanto o aumento da passagem:
“Eu quero dizer que eu pego ônibus lotado todo santo dia e muitas vezes eu já fui na porta do ônibus. Então com toda a educação, senhor prefeito Amazonino Mendes, eu quero que o senhor vá lá no Zumbi e pegue o ônibus e veja se é justo pagar R$ 2,80 de passagem!”
Em 2009, este bloguinho cobriu as manifestações estudantis contra a política de transporte coletivo. Naquela ocasião foi retirado o direito adquirido dos estudantes em utilizar os 120 passes durante o mês para se transportar. Mais uma vez os vereadores concordando com os prefeitos e empresários infringiram o direito legal de ir e vir. Na época discutiu-se que dois passes diários seriam mais que necessário para os estudantes exercerem sua profissão e estudar: um passe para ir para escola e outro para voltar para casa.
“O dinheiro do meu pai não é capim!
Eu quero passe-livre, sim!
Eu quero! Eu quero!
Eu quero passe-livre, sim!
Entretanto as escolas em sua maioria não são um local de aprendizado, ainda mais em um estado com uma das piores educações do país. A educação se faz a partir de relações e experiências, que ocorrem tanto dentro quanto fora da sala de aula. O saber não está preso em um espaço, ele está na inteligência coletiva que todas as pessoas fazem parte, podendo assim ser construído em qualquer local. Uma feira livre, um boteco, uma pinacoteca, um teatro, uma rua, todos podem ser locais onde as relações dos corpos e idéias produzam o saber.
A manifestação de ontem mostra que os estudantes estão produzindo um saber e uma reflexão social ao saírem das salas de aulas e reivindicarem o direito que lhes foi lesado. Não só o direito da passagem de ônibus, mas o direito de ir e vir. Uma passeata é um espaço de se colocar no mundo, em criar o movimento de corte a ré-alidade que tentam impor estes que se acham poderosos. A prefeitura no entanto estava sem representação nenhuma, o povo era o executivo dos gritos e falas. Os estudantes falavam, riam e mostravam toda sua vontade de transformação.
Bruno, um estudante da Ulbra, mostrou sua alegria com a organização e maturidade do movimento durante a manifestação. Tudo isso contra a irresponsabilidade da administração pública:
“Nós já tivemos uma grande vitória do movimento hoje. A comissão que está representando os estudantes hoje, mais de vinte estudantes, conseguiu adentrar a prefeitura de forma organizada eles estão com o documento em mãos que dizendo que nós somos contra todo e qualquer aumento de tarifa; contra o fim da domingueira; pela volta do pagamento em dinheiro na catraca para que a gente não tenha que encarar fila; pela ampliação da rede de creches que isso faz parte da educação infantil. Para que o Bolsa Universidade como disse aqui o Adolfo possa ser ampliado mas com uma fiscalização pública para que não volte a acontecer esses abusos que aconteceram. Então por tudo isso a comissão está entrando.”
Um outro estudante de uma faculdade particular mostra que todos os estudantes sofrem com a ineficiência do transporte e com o mau uso de um serviço público:
“Meu nome é Chico sou da Fametro e eu quero dizer que é decadente o transporte público. Que é decadente ficar esperando o ônibus e ainda pegar o ônibus lotado. Nós que moramos na Zona Leste, na Zona Norte. E eles que só saem com o carro deles! Por isso nós viemos aqui na prefeitura.
O pai de um estudante que também participou da manifestação deixou seu apoio e repúdio ao aumento da passagem:
“Os estudantes estão de parabéns por estarem organizando essa grande passeata! Deixa eu falar para a moçada os ônibus só vão sair meio dia! Então permaneçam aqui concentrados, nós só vamos sair depois que entregarmos nossas reivindicações ao prefeito Amazonino Mendes e assista a essa grande manifestação dos estudantes que se colocam aqui e que se posicionam contra o aumento da tarifa de transporte coletivo da cidade de Manaus. Porque nós, a população não aceita o preço de R$2,80 no transporte coletivo que é de péssima qualidade. Quando a gente anda em ônibus lotado, ônibus sucateado, ônibus que mais parece sardinha em lata! Nós perdemos o nosso direito quando reduziram a quantia de 120 meias-passagens para 70 apenas quando aumentaram a passagem para R$2,25. A promessa era a que ia aumentar a frota e que ia haver transporte de qualidade na cidade de Manaus. Hoje moçada a gente vem mais uma vez se organizar quanto ao aumento dessa tarifa. Nós não vamos aceitar!”
A presidente da UEE-AM, Maria das Neves parabenizou os estudantes e fez um discurso do entendimento de todo o movimento estudantil sobre a improbidade dos representantes políticos e ganância dos empresários:
“Parabéns a todos os estudantes pela grande mobilização! Saudar cada escola, cada grêmio estudantil! As escolas particulares. As universidades. A Universidade Federal do Amazonas. A galera que veio de tão longe caminhar com os estudantes secundaristas, porque nós entendemos que essa é a luta da galera que está na escola, mas é também é a luta da galera que esta na universidade. Nós aqui queremos entrar, porque está em horário de funcionamento. Essa é a casa do povo e ela tem que está aberta! É direito de cada um de nós de cada cidadão e de cada cidadã de Manaus entrar nessa casa para solicitar uma audiência, reivindicar seus direitos e ainda protocolar um simples ofício. Porque haverá o dia em que nós deveremos ocupar essa casa. Haverá o dia, não é hoje porque esse aumento ainda não foi dado. Os empresários e o prefeito são espertos. Eles deixaram para dar o aumento em junho achando que os estudantes vão arrefecer, vão esquecer que a tarifa aumentou. E nós temos que lembrar a cada dia, até o mês de junho que essa tarifa não cabe no nosso bolso que não é essa a tarifa que nós queremos pagar na cidade de Manaus. E sobretudo o que nós queremos é um transporte coletivo de qualidade, que chegue no horário, que possa atender as necessidades dos deficientes e que nós estudantes não podemos retroceder nos nossos direitos. Nós exigimos o imediato retorno da volta do pagamento em dinheiro da meia-passagem na catraca. Nós queremos sair daqui com essa vitória. Assim como também, nós da Ufam não aceitaremos a retirada do ônibus integração do campus universitário. Nós não aceitaremos a retirada do ônibus integração do T1 e do T2. E nós exigimos mais ponto de bilhetagem nessa cidade para poder diminuir as tantas filas que tanto prejudicam a nossa população.”
E assim foi a passeata que fez com que o prefeito cassado de Manaus, Amazonino, se escondesse e se refugiasse entre seus pares: os empresários. Foi uma verdadeira aula estudantil de como se faz política. Toda a passeata foi feita com alegria e descontração, sob o impressioante vigor da garotada. Fica aqui mais uma série de fotografias para documentar neste bloguinho a participação das escolas. O que se percebe é que a grande maioria era composta de crianças e adolescentes, significando que numa cidade com tal juventude os tiranos nunca estarão seguros.
Para ampliar, basta clicar.
À direita, um trio de educadores afinados, participando e movimentando este intempestivo bloguinho.
O 1º Congresso Nacional de Defensores Públicos da Infância e Juventude que ora se realiza na capital paulista vem demonstrando entre alguns temas polêmicos a exigência que a sociedade brasileira tem feito quanto à punição mais severa para quem comete atos infracionais, o desentendimento do que são infrações juvenis e crimes adultos, que, com esses desentendimentos, vem abarrotando o Poder Judiciário de processos desnecessários.
Sobre os processos desnecessários na área da criança e adolescência que estão travando o Poder Judiciário, o coordenador da Infância e da Juventude do Tribunal de Justiça de São Paulo, Antônio Carlos Malheiros, analisou: “É necessário termos o equilíbrio para perceber que a sociedade está muito abalada nas questões que envolvem criminalidade. E perceber que a sociedade se atrapalha e se confunde misturando criminalidade do adulto com atos infracionais, às vezes inofensivos, dos menores.
Eles trazem para os procedimentos judiciais o grande grito confuso de uma sociedade que está desesperada por culpa dela própria, porque pouco faz para atingir os mais necessitados nos seus movimentos sociais. Quando acontece alguma coisa, essa mesma sociedade se levanta para gritar por punições severas.”
Ainda segundo Antônio Malheiros, é preciso que a sociedade dê atenção ao que dizem os defensores públicos, para que exista equilíbrio nas decisões e se promova a Justiça com base no Estatuto da Criança e do Adolescentes. Para ele, muitos atos infracionais dos menores não devem necessariamente ser levado a julgamento.
Por sua vez, falando sobre o direito da criança e dos adolescentes que estão sendo presos por pequenas infrações, o procurador da Justiça do Rio Grande do Sul, Afonso Armando Konzen, disse: “Prender um adolescente é sacrificar um dos direitos absolutamente fundamentais, até pelo tempo da adolescência e o que a liberdade representa nesse tempo.”
“Deve ser prioridade absoluta defender os direitos das crianças incondicionalmente. Ver adolescentes dormindo na rua sem acolhimento nenhum de saúde é extremamente preocupante no momento que defendemos os vulneráveis”, afirmou Tereza Cristina Almeida, presidente do Conselho Nacional dos Defensores Públicos Gerais (Condege).
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Divórcio e a PRC da Juventude, que foram aprovadas no dia 7, em segundo turno, deverão ser promulgadas no dia 13 de junho, segundo o presidente do Senado, senador José Sarney. Promulgadas, elas passarão a integrar a Constituição de 1988.
De acordo como o deputado federal Sérgio Barradas Carneiro (PT/BA), a PEC do Divórcio pode beneficiar milhares de pessoas que se separam, pois acaba com a exigência da separação judicial prévia para se obter o divórcio.
No Brasil, embora o número de casamentos seja maior que o de separação, entretanto, 581 mil pessoas se separam por ano.
Já a PEC da Juventude tem como principal objetivo assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem total prioridade em direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à profissionalização, à cultura, ao lazer e outros direitos. Essas prioridades deverão ser garantidas pela família, a sociedade e o Estado.
EXPERIMENTE CONTRA A TV GLOBO!
Você sabe que um canal de televisão não é uma empresa privada. É uma concessão pública concedida pelo governo federal com tempo determinado de uso. Como meio de comunicação, em uma democracia, tem como compromisso estimular a educação, as artes e o entretenimento como seu conteúdo. O que o torna socialmente um serviço público e eticamente uma disciplina cívica. Sendo assim, é um forte instrumento de realização continua da democracia.
Mas nem todo canal de televisão tem esse sentido democrático da comunicação. A TV Globo (TVG), por exemplo. Ela, além de manter um monopólio midiático no Brasil, e abocanhar a maior fatia da publicidade oficial, conspira perigosamente contra a democracia, principalmente, tentando atingir maleficamente os governos populares. Notadamente em seu JN. Isso tudo, amparada por uma grade de programação que é um verdadeiro atentado as faculdades sensorial e cognitiva dos telespectadores. Para quem duvida, basta apenas observar a sua maldição dos três Fs dominical: Futebol, Faustão e Fantástico. Um escravagismo-televisivo- depressivo que só é tratado com o controle remoto transfigurador.
Se você conhece essa proposição-comunicacional desdobre-a com outros. Porque mudanças só ocorrem como potência coletiva, como disse o filósofo Spinoza.
Acesse esquizofia.wordpress.com
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CAMPANHA AFINADA CONTRA O
VIRTUALIZAÇÕES DESEJANTES DA AFIN
Este é um espaço virtual (virtus=potência) criado pela Associação Filosofia Itinerante, que atua desde 2001 na cidade de Manaus-Am, e, a partir da Inteligência Coletiva das pessoas e dos dizeres de filósofos como Epicuro, Lucrécio, Spinoza, Marx, Nietzsche, Bergson, Félix Guattari, Gilles Deleuze, Clément Rosset, Michael Hardt, Antônio Negri..., agencia trabalhos filosóficos-políticos- estéticos na tentativa de uma construção prática de cidadania e da realização da potência ativa dos corpos no mundo. Agora, com este blog, lança uma alternativa de encontro para discussões sociais, éticas, educacionais e outros temas que dizem respeito à comunidade de Manaus e outros espaços por onde passa em movimento intensivo o cometa errante da AFIN.
"Um filósofo: é um homem que experimenta, vê, ouve, suspeita, espera e sonha constantemente coisas extraordinárias; que é atingido pelos próprios pensamentos como se eles viessem de fora, de cima e de baixo, como por uma espécie de acontecimentos e de faíscas de que só ele pode ser alvo; que é talvez, ele próprio, uma trovoada prenhe de relâmpagos novos; um homem fatal, em torno do qual sempre ribomba e rola e rebenta e se passam coisas inquietantes” (Friedrich Nietzsche).
Daí que um filósofo não é necessariamente alguém que cursou uma faculdade de filosofia. Pode até ser. Mas um filósofo é alguém que em seus percursos carrega devires alegres que aumentam a potência democrática de agir.
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BLOG PÚBLICO
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