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DILMA VEZ INSTITUTO IBOPE/DATAFOLHA CONFIRMA A DERROTA DA DIREITA

Dilma Rousself, ministra da Casa Civil, da Presidência da República, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, não era conhecida do povo brasileiro e concorre numa eleição para presidenta do Brasil com José Serra, que já é conhecido nacionalmente por ter desempenhado várias funções públicas, tais como: Secretário de Planejamento em São Paulo, Ministro da Saúde no governo FHC, prefeito e governador de São Paulo.

Afirmamos isso porque a pesquisa que o IBOPE acabou de divulgar hoje, dia 05 de junho de 2010, encomendada pelo grupo Globo e Jornal o Estado de São Paulo, depois de ouvir 2.002 pessoas em 141 cidades brasileiras, aponta a candidata do presidente Lula e da maioria do povo Brasileiro, Dilma Rousseff, com 37% de preferência, contra 37% do candidato dos obscuros PSDB/DEM, José Serra, e Marina Silva com 9%.

Nosso leitor intempestivo poderá perguntar: “Como a candidata é a preferida se está 37% = 37%?”

Respondemos. No mês de fevereiro, quando o IBOPE divulgou a primeira pesquisa, o candidato da direita, José Serra, aparecia com 41% de preferência e Dilma Rousself levantava voo com 28%. Uma diferença de 13%. No mês de março, o candidato do Sérgio Guerra, do Tasso Jereissati, do Artur Neto, caía para 38% e a candidata do Eduardo Suplicy, do Tarso Genro, do Aluisio Mercadante, subia para 33%. A diferença caia para 5%. No mês de Abril, José Serra voltava aos 40% e Dilma ficava nos 32%. Havia nesse momento uma diferença de 8%. A candidata Marina no período teve entre 10%, 8% e 9%. Isso tudo, segundo o Ibope.

Levando em conta a margem de erro de dois para cima ou para baixo, mesmo não estando na Grécia para consultar o Oráculo de Delfos nem passando por Alexandria para ser focado por seu farol, dá para perceber que a candidata do presidente Lula e do povo brasileiro é a preferida e está disparando na preferência do eleitorado. Esses dados aparecem tanto nas pesquisas nacionais feitas por todos os institutos, como nas que focalizam apenas estados ou cidades, como Minas Gerais e Rio de Janeiro, onde a candidata aparece em primeiro lugar.

Esta pesquisa do IBOPE é a primeira depois das inserções dos programas do PT e do DEM na TV e do aparecimento em vários programas de rádios e de televisão de José Serra, que esteve no SBT, na Bandeirantes, na Globo, durante todos esses anos e ultimamente foi visitar Padim Padre Cícero no interior do Ceará.

Portanto, leitor intempestivo, não é por falta de conhecimento que o candidato da direita está perdendo. Para isso, somam-se vários fatores políticos, econômicos e de governo que o povo já sabe na prática.

GLOBO E SERRA, TUDO A VER

Para os gregos, há na opinião pública um respeito, “o sentimento de respeito humano (aidós)”, como controle justo de si próprio (díké), nascida nos entrelaçamentos dos corpos sociais, identidade do pensamento (homonoia), e identidade do discurso (homologia), que constituem a democracia. Ou a política dos iguais. Nisso, opinião pública é a ética do respeito social entre todos. Modo de ser da pluralidade (pletos).

Para o filósofo Jean Baudrillard, a opinião pública é o modo social do povo se colocar indiferente às seduções do marketing, da publicidade. O povo que não responde às consultas da publicidade, que o quer como sujeito-sujeitado aos propósitos dos inquiridores. Nisso, toda consulta visando um fim particular morre na distância que o povo se encontra desse fim. Há no povo uma subjetividade própria processada por ele mesmo, que é seu “sentimento de respeito humano”, sua inteligência social. O que faz com que ele seja autor responsável por suas escolhas.

Alienada desse entendimento, mas impulsionada pela dor megalomaníaca – posto que é um vazio -, a direita fez sua entrada reacionária na campanha eleitoral do mesmo modo que há décadas vem fazendo. Usando os meios mais sórdidos que se possa imaginar em uma eleição que se quer democrática. Tudo na fantasia de que pode formar opinião pública. Fantasia/delirante de quem exacerbou em si o real.

Tentando impulsionar a candidatura de Serra para a Presidência da República, a tele-sequelada TV Globo colocou no ar, com a cumplicidade de seus chamados artistas, um jingle de comemoração dos seus 45 anos de existência, fazendo clara referência a dois signos que se encontram na campanha de Serra. Um visual, o número 45, que é o número do Serra (número de inscrição do PSDB), e outro intelectivo, “A Globo pode mais”, alusão/imitativa do “O Brasil pode mais”, usado por Serra. Tudo da maneira mais despudorada. Às claras, como claro desabono às leis eleitorais.

O escancarado ato da TV Globo talvez venha a ser a última tentativa de acreditar que pode criar opinião pública contrariando (?) a ideia democrática grega e a filosofia de Baudrillard. Talvez a última porque ela já sentiu por duas vezes o amargor da frustração de conseguir seu intento. As duas eleições de Lula – sem falar em Brizola. Duas frustrações que lhe deixaram combalida. Assim, essa investida da TV Globo em Serra pode encerrar sua megalomania, que ela sabe ameaçada em virtude do avanço de outras empresas de comunicação no Brasil, que vão aos poucos fragmentando o seu nostálgico monopólio, e a inabalável lucidez da opinião pública.

Daí que TV Globo e Serra têm tudo a ver. A TV Globo, pelos motivos por demais óbvios nos meios de comunicação, e Serra, por motivos por demais óbvios nos meios democráticos. Serra sabe que entrou em uma eleição perdida. Não há como produzir outra opinião pública, contrária a esta que hoje domina o Brasil. “Sentimento humano”, processado durante estes quase oito anos de governo Lula. Uma opinião pública resultante das experiências que geraram outras formas de ver, ouvir, sentir e pensar no povo. Essa opinião pública está acima de todas as formas de marketing eleitorais, sejam os usados pela Folha de São Paulo, Datafolha, Ibope, Globo, Veja, Época, IstoÉ, Estadão e outros inúteis em suas intenções.

Assim, Globo e Serra têm tudo a ver com “o pode mais” imaginar sem poder realizar.

PROSAMIM: DO MARKETING À INTERDIÇÀO SOCIAL

A moral de classe é um sistema de valores e enunciações hierarquizantes que tem por objetivo estabelecer uma ordem classificatória e segregatória dentro de uma sociedade.

Entende-se daí que esta moral é um mecanismo incorporal de capturação de linhas de produção, que atinge todo aquele que ainda não conseguiu realizar um exame racional da sua condição no mundo. Assim, a classe média incorpora no seu trato social os valores e enunciados das alcunhadas elites, sem no entanto compreender que é justamente este sistema de valores que lhe segrega e estabelece a fronteira divisória da moral do rebanho. A morte do Desejo como produção autônoma, a diminuição da potência de agir e a capturação pelo buraco negro do Significante Despótico.

Claro que um governo que esteja a serviço desta ordem moralizante e que prefira construir armadilhas para seu povo a permitir que as linhas produtivas de comunalidades irrompam livremente irá trabalhar no fortalecimento da segregação pela signagem da moral de classe.

Assim, um povo educado é um povo bem adequado aos ditames do modo de produção do capital. Como é o caso do governo do Amazonas. Evidência profética, diriam alguns, a exibição do déjà vu, diriam os mais atentos, quando anos atrás, o então governador e agora prefeito sub judice, Amazonino Mendes, dava tapinhas à cabeça do então candidato e hoje governador, Eduardo Braga, exclamando “esse é o meu garoto!”. Toda “boa educação” é efeito da subalternidade. Por isso, como afirmam os filósofos Michel Foucault e Antonio Negri, cada um a seu modo, o Estado teme a Multidão. Nela, não há elementos de controle, os signos da dominação moral não encontram território para estabelecerem a troca simbólica.

Como governante bem educado, Braga, bom cristão que é, sabe que “a boa educação começa em casa”. Significa dizer que a família, como elemento propagador da ordem moralizante, cumpriu seu papel de sufocar a maior parte das manifestações de Vida e da potência de agir de seus membros. A neurose familiar, como bem mostrou o antipsiquiatra David Cooper, quando mostra que, nas famílias bem ajustadas, não é a “ovelha negra” mas sim o filho exemplar, o que mais exibe os sintomas da interdição.

PROSAMIM: DO MARKETING À INTERDIÇÃO SOCIAL

Como já mostrado neste bloguinho, o Prosamim carrega menos elementos de transformação social efetiva num plano constitutivo de uma cidade que de ação marketística de ordenamento hierárquico tocado a golpes de fórceps. Já ficou claro que num plano cosmético – a cosmética da assepssia social – o programa é um sucesso, quando o quesito é mover num plano físico os problemas sociais fermentados sob décadas de miserabilidade sustentadas pelos governos.

Quando os agentes governamentais tentam cobrir a ferida social aberta com o programa, que apenas transporta a violência e a ausência de perspectivas de desenvolvimento econômico para as famílias, num estado onde a economia é apêndice, fica claro a predominância da imagem do pensamento do Estado.

Daí os agentes do Prosamim tomarem os efeitos pelas causas, e proporem cursos de boas maneiras (a chamada “etiqueta”) para os moradores transferidos. São temas anódinos e expressivos da incapacidade do Estado em atender as reais demandas sociais de uma cidade que não se fez cidade. Evidência da incapacidade dos governos que passaram e os atuais em ver que que “os pobres se esquivam pelas barreiras e cavam túneis que enfraquecem as muralhas” (Toni Negri).

Uma ilustração é o próprio Prosamim: na área onde tudo foi ‘reurbanizado’, e que passa por baixo da ponte Benjamin Constant, a ponte metálica, enquanto toda a estrutura para um parque fica à míngua, e vários quiosques de comércio apodrecem à espera de que algum apadrinhado das secretarias estaduais/municipais tomem conta, do outro lado, na Av. São João, na Santa Luzia, os moradores do Parque Residencial Jefferson Péres transformaram o calçadão em mini-shopping, com venda de bebidas, roupas, bares e até uma danceteria.

Longe da submissão aos ditames da moral de classe e do controle social dos governos, a população mostra que não precisa que lhe mostrem o que é bom. Basta que abram o caminho e ela mesma o faz.

ARTIMANHAS DA DIREITA QUE TENTA SE PASSAR POR ESQUERDA

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), como efetivo membro da direita, não se furta a cometer atos em sua gestão típicos das práticas administrativas e ditas políticas que caracterizam a direita, enquanto força que defende interesses particulares em detrimento do coletivo. Atribuiu os estragos da inundação que assolou a capital paulista a “um problema na natureza”, e alegou como única saída possível para evitar calamidades semelhantes o poder da oração.

Serra, que se diz o mais preparado para governar o país, e efetivamente já é, para a mídia domesticada, como Folha, Estadão e Globo, o presidente do Brasil pós-2010, não titubeia em argumentar com o aparato midiático a seu favor, e usa uma argumentação típica da direita epistemologicamente reduzida.

Uma cidade é efeito do trabalho de seus habitantes. É concatenação, inteligência coletiva e efetivação desejante do trabalho produzindo modos de existência. Nada que passe sequer pelo conceito antropológico de natureza, o que dirá que atravesse seus fluxos e intensidades. História e Natureza não se relacionam desta maneira, já dizia o sociólogo. Assim, não se trata de outra coisa que não um truque de linguagem, quando governantes afirmam que a natureza ou algum deus é responsável pelas tragédias humanas, demasiado humanas. Trata-se de um recurso semântico que busca capturar o ouvido capturado pela semiótica da interdição e envolvê-la pela má-fé. Serra não sabe, mas prega para os convertidos. Entre aqueles que sabem que “a César o que é de César, a Deus o que é de Deus”, o argumento pseudo-naturalizante não adesiva.

Igualmente, no governo do Amazonas e sua campanha de tristes afetos, “Orgulho de Ser Amazonense”, ocorre um equívoco semelhante.

É que o secretário de produção rural, Eron Bezerra, filiado ao PCdoB, outrora crítico dos programas governamentais que prometiam “milagres desenvolvimentistas”, como Terceiro Ciclo, Nova Veneza e iguais, já há algum tempo caminha pelas fileiras do governo Braga, defendendo a mesa farta da burguesia em detrimento do trabalho efetivando o mundo e o desejo efetivando o trabalho.

Eron é secretário da Sepror, secretaria de produção rural, que através do IDAM – Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas, promove o fantasioso programa “Zona Franca Verde”. Dentre outros atos, o comunista Eron já demonstrou desconhecer o conceito de Cultura – caro a qualquer socialismo que se queira engajado, quue dirá ao comunismo -, já aderiu ao “jeito Braga de governar”, e recentemente realizou doação de rabetas pelos interiores economicamente atrofiados, bem ao estilo que seu até então adversário político e governador, Amazonino Mendes, fazia. Naquele tempo, sob pesadas críticas do casal comunista.

Eron, enquanto expressão do governo Braga, exalta pelo marketing aquilo que não existe. Enquanto propagandeia o Zona Franca Verde como a salvação da lavoura, Manaus convive com a inflação da cheia – Tiquinho e Seu Pixa que o digam -, com a ausência de produção de insumos básicos para a alimentação e a produção agrícola, e com a dependência de outros estados. Se você, leitor intempestivo, está comendo um belo jaraqui com molho vinagrete, arroz e farinha, saiba que nem mesmo o jaraqui é daqui. Com todos os componentes desse prato típico da culinária manoniquim vindos de fora – o cheiro-verde é cearense, o arroz, a farinha, vêm de outros estados da região Norte, tomate e cebola vêm de fora – ou encarecidamente atravessado da insuficiente agricultura local, onde o tomate chega mais caro que aquele vindo do sul, não adianta falar em prato amazônico. A “globalização” aqui revela o engôdo.

Como comunista, Eron desconhece que a condição social é resultado do trabalho coletivo, e que, sem um trabalho que efetive um mundo justo, resta como efeito a pobreza, a violência, a discriminação. E nenhum governo de marketing pode modificar esta realidade.

Daí, tanto para o governo Braga quanto para o comunismo do casal Eron/Vanessa, a palavra orgulho se encaixa perfeitamente: acham-se mais e maiores que aquilo que realmente são. Um equívoco epistemológico nocivo à democracia.

Mas o povo, que não come marketing e não vive do orgulho, sabe de onde vem o peixe, a farinha, a banana… E diz: “a minha miséria não foi Deus quem quis / Muito menos eu”.

DEPUTADA VANESSA, 20 ANOS DEFENDENDO O AMAZONAS. DE QUÊ?

A deputada federal Vanessa, do PC do B do Amazonas, estampa em outdoor: “20 anos Defendendo o Amazonas”.

Enunciação que nos leva a outro questionamento: defendendo o Amazonas de quê?

Considerando que uma cidade enquanto corpo político só pode ser ameaçada pelos encontros que diminuem a potência de agir, e que a democracia, enquanto potência ativa não carrega elementos de ameaça que justifique nenhum tipo de defesa, Vanessa não poderia afirmar estar defendendo a democracia ou quaisquer de suas linhas. Houvesse democracia de fato, não haveria necessidade de quem a defendesse.

Em uma cidade onde a democracia não prevalece, os governantes, tiranizados, ocupam-se de preparar armadilhas para o povo, tentando impedir o movimento intensivo de suas potências. Tampouco aí Vanessa poderia afirmar defender a cidade, já que nas composições de afetos tristes que a política profissional amazonense (mas não só ela) realiza, o partido de Vanessa, ela própria e o seu esposo, o comunista Eronildo Bezerra, fazem parte do governo midiático de Eduardo Braga. Adversários durante muito tempo daquilo que chamavam “escola política” ligada a Amazonino, Mestrinho, Braga, Alfredo, atualmente o casal Vanessa/Eron tem participado das armadilhas antidemocráticas empreendidas por estes mesmos governos que antes julgavam combater. Vanessa sequer foi a primeira a evocar o viés “marketing de guerra” em suas enunciações. Até Arthur ‘5,5%’ Neto, representante da direita tradicional, já usou num outdoor a defesa do Amazonas como mote. Sinal de que a esquerda do PC do B anda tocando cognitivamente na direita do PSDB.

Daí o vazio da enunciação propagandística. As ameaças que podem impedir uma cidade como Manaus de se tornar efetivamente cidade, no plano da comunalidade, vêm dos mesmos que sobrevivem profissionalmente de sua “defesa”.

EI, ROSA!, CASSAÇÃO DUPLICADA DE IRAILTON SENA E O DUPLICADO TABOSA

O Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM), tão suspeito nos julgamentos envolvendo o prefeito cassado Amazonino Mendes, dessa vez confirmou posição democrática ao confirmar a cassação dupla do ex-vereador Irailton Sena (PT do B) e do vereador Jander Tabosa (PV).

Ambos já haviam sido cassados pelo Pleno do TRE-AM. O solidaríssimo (em tempos de eleição!) Irailton Sena havia sido cassado no dia 13 de abril deste ano devido ao fato de na véspera das eleições do ano passado terem sido encontradas no seu “centro social” provas de compra de votos, como declarações e cadastros de beneficiários com registro de título de eleitor, zona e seção. Tudo constante da tradição eleitoral fraudulenta amazoniquim/manoniquim.

Jander Tabosa fora cassado pela incrível técnica de falseação marketológica que se utilizou do ilusionismo para realizar a desaparição de sua imagem pela superposição de seu pai, Ronaldo Tabosa, apresentador de programa miserabilista/policialesco e dono de clínicas de saúde, que leva muitos eleitores a pensá-lo médico. Ficha suja, devido à impossibilidade de candidatar-se, Ronaldo Tabosa colocou o filho Jander Tabosa com o mesmo número que seria o seu. Também no modelo de urna eletrônica constante nos santinhos aparecia apenas o número, sem viv’alma da foto do candidato. E ainda nos comícios, era a imagem e a voz do pai que predominavam nos discursos. Mas, como realizar a desaparição de uma imagem é promover uma imagem desrealizada, e realizar a superposição de uma imagem é promover uma imagem hiperrealizada. – nenhuma das duas reais, como consoante a uma eleição democrática -, nem o Tabosa que não teve uma candidatura real nem o Tabosa que a teve hiperreal, uma vez que não era candidato, poderão assumir, segundo confirmação do TRE-AM.

Ambos, Irailton e Tabosa, recorrerão ainda ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Irailton, que já foi substituído anteriormente, por isso ex-vereador, terá a chance de prestar solidariedade no seu “centro social” sem pedir título de eleitor. E Tabosa aguardará na Câmara Municipal de Manaus (CMM Empresarial), mas não levará os badulaques que sua mãe lhe deu de volta ao gabinete.

Enquanto isso, a gente só no aguardo da cassação triplicada do TSE, não é Rosa?!

AS IMPREVISÕES DO TEMPO NOS GOVERNOS CATASTRÓFICOS

As alagações nos diversos estados brasileiros, sobretudo no Amazonas, demonstram a possibilidade de dois crimes impetrados, ano a ano, pelos (des)governos à população: incapacidade de perceber a emergência de fenômenos naturais que afetarão a população e/ou descaso em relação à população, que a faz padecer.

Os fenômenos são naturais, e cheia no Amazonas ocorre todos os anos, como já dissemos aqui nesse bloguinho há dois anos passados, e que também foi observado recentemente pelo deputado federal Francisco Praciano, ao dizer que “cheia na Amazônia não pode ser surpresa”. Por isso, quando vemos nas imagens apresentadas na televisão a situação desesperadora, principalmente dos pequenos agricultores e pecuaristas, sabemos que tais situações podiam ser muito bem evitadas. E por que não o são? Justamente por que a intensificação dos fenômenos naturais é antinatural, como disse a senadora Marina Silva e as ações que poderiam diminuir seus impactos na população são retardados pelos governos vitimais.

DO PADECIMENTO AO COMPADECIMENTO

Na sequencia ao padecimento da população vem logo o compadecimento do governador. As imagens da semana passada demonstraram bem esses governos que fortalecem suas imagens justamente com a população que eles, criminalmente, humilhantemente, violentam e vitimam. A primeira foi do vice-governador Omar “vinde a mim” Aziz distribuindo os cartões do SOS Enchente. A segunda foi do governador Eduardo “guerreiro de sempre” Braga resgatando lixo no igarapé do São Raimundo.

Essa estratégia de marketing, típica dos políticos demagogos, foi muito empregada no passado pelo prefeito cassado Amazonino. Agora que este tenta o truque de fazer desaparecer a si mesmo, como um de seus pupilos, Braga não poderia deixar de fazer uso da estratégia. A imagem emplaca bem com o sentimento cristão e os valores ocidentais de piedade e solidariedade. Uma estratégia tão antiquada e retrógrada que ficaria bem numa cena de romance naturalista do final do século XIX.

A EMERGÊNCIA DO ESTADO DE EMERGÊNCIA

Para garantir os custos da estratégia, os governos, emergentemente, decretam estado de emergência, enviando pedido de verbas para o governo federal, como fez recentemente Amazonino cassado. O que levou o vereador José Ricardo a pedir o acompanhamento e fiscalização desses recursos públicos: “Precisamos saber quanto será gasto com essa ajuda e para quem chegarão esses recursos”. Ele lembrou que foram disponibilizados R$ 9 milhões no estado de emergência lançado no início do ano para as obras de tapa-buracos e que só foram “concluídas somente 18% das obras previstas para serem concluídas em 120 dias”.

E assim, enquanto os fenômenos naturais vão sendo colocados como catástrofe, os políticos vitimais-demagogos vão lucrando com a barganha de recursos públicos e com a imagem salvadora, quando poderiam há muito tempo ter realocado pessoas, distribuído auxílio antes de plantas, animais e pessoas morrerem ou ficarem tão fragilizadas em situação vitimal.

A proporção da enchente pode até ser maior do que a de outros anos, mas mesmo isso já fora previsto até nas previsões de tempo televisivas. O que esses políticos não sabem é que essa imagem já é clichê antigo e se percebe nelas algo como um falso hálibe de criminoso tentando se passar por vítima e herói ao mesmo tempo. Mas desses a população já sabe que não há nada que se possa dizer natural, tudo falseações degeneradas, fraude, simulações.

O BURACO QUE NÃO QUER TAPAR- AS TONELADAS DE ASFALTO DA PREFEITURA DE MANAUS

É sabido da população de Manaus que o prefeito cassado, Amazonino, anda angustiado com a sua possível cassação terminal, já que estar-prefeito, por efeito (para rimar) de uma medida cautelar, e por isso não tem sido visto atuando concretamente de acordo com o afinco que o cargo exige. Diante desta situação, os secretários responsáveis pela administração-cassada recorrem a todo tipo de estratagema de marketing para fazer de conta, diante da população, que tudo ocorre segundo os princípios políticos administrativos de uma cidade.

Neste invólucro do faz de conta, publicidades de todas as formas e matizes são espalhadas nos meios de comunicação e pela cidade. Todavia, uma chamou a atenção do manauara. Um outdoor quase na esquina da Ruas General Glicério com a Leonardo Malcher, trazendo, além do surrado clichê, “Reconstruindo Manaus”, a seguinte mensagem anti-matemática/geográfica: “600 toneladas de asfalto por dia, em 70 dias”. Imaginemos 600 toneladas de asfalto por dia, em 70 dias, quantas Manaus poderiam ser asfaltadas? Que refinaria suportaria tamanha quantidade de produção de asfalto?

Mas que tanta ironia: os buracos continuam dando a ordem do dia em Manaus. Hoje, dia24, foi visto mais um buraco se exibindo no centro da cidade. Ali, na Avenida Getúlio Vargas, como se diz, “confronte o PAM”.

Aproveitando as toneladas, façamos uma sugestão para as crianças que vão participar da Provinha Brasil.

Quantas vezes você asfaltaria a rua em que você mora com 600 toneladas de asfalto por dia?

Os acertadores vão ganhar uma bolsa-estudante da prefeitura-real.

O MARKETING OFICIAL-OFICIOSO DA “NOVA PREFEITURA”

A propaganda é minha melhor arma”, afirmou, eufórico, Mussolini, no olho da expansão fascista no pré-estágio da Segunda Guerra. De acordo com seus propósitos ideológicos, o Duce estava certíssimo, já que o objetivo único da publicidade é persuadir os incautos a acreditarem no valor, e na necessidade, da mercadoria que lhe é oferecida. Ainda mais quando a mercadoria se encontra mistificada, como a mercadoria dos sistemas despóticos, e ainda para facilitar seus signos sedutores, encontram endereços sujeitados pelo medo, a desilusão, desesperados em uma mistificação salvadora.

De qualquer sorte (ou acaso), tanto faz ser marketing ideológico de um sistema ditatorial, ou marketing de mercadorias da sociedade de consumo, todos se encontram enterrados na mesma vala comum. Todos são abstrações, objetos reificados, onde suas notas reais se encontram alienadas pela força da disfunção valor-troca-lucro. Elementos que mantém o mundo fantasioso do capitalismo.

Assim, nesta ordem, muito bem ordenada para a dominação, nenhuma instância escapa do ‘louvor’ do marketing. Seja a instância privada ou a pública, o vender dominando (propagação subjetivadora) é a grande jogada. Para tal, basta o mínimo de inteligência.

O MARKETING DO ALVARÁ

Como não poderia ser o contrário, a gestão Amazonino cassado encontra-se em franca franquia no ‘louvor’ do marketing. Está promovendo desconto no pagamento do alvará. Ardil capitalista: em todo desconto já se encontra inserido o lucro de quem oferece. Uma simulação: “o governo é bonzinho”.

Duas notas humorísticas saltam deste marketing. Uma, como Amazonino ‘está’ prefeito amparado em medida cautelar, o marketing de sua prefeitura insinua ser oficial. Duas, como se encontra cassado, é oficioso.

O balanço do humor marketista não para aí. Ele também atua quando propaga: “Nova prefeitura”. Aqui também dançam duas notas do conceito novo. Uma, não há nada de novo. O organismo político-administrativo municipal não sofreu nenhuma ‘desorganização (mudança do organismo antigo)’. Continua o velho e viciado organismo. Duas, a não ser que o “novo” se refira ao ineditismo da prefeitura ser comandada por um prefeito cassado, e que em função da tragicomédia shakespeareana, “ser ou não ser prefeito, eis a questão”, o “novo” se destaca como encenação, já que Manaus sofre da carência de teatro na praça.

Também, digna de nota é a enunciação ‘louvor’, “Reconstruindo a nossa cidade”. Propaganda direta contra a gestão Serafim. Uma preciosidade tão eloquente que até nos leva a afirmar que não tivemos nenhuma ligação com a gestão do ‘português’, muito pelo contrário , que se todos os representantes da direita que ocuparam o cargo de prefeito em Manaus tivessem administrado com pelo menos 30% de semelhança da forma que o ‘luso’ administrou, Manaus seria parecida com uma cidade. E o mais irônico que salta do “reconstruindo”: a própria população anda se queixando que a cidade se encontra administrativamente parada. Inclusive eleitores do gestor da “nova prefeitura”. Portanto, nada sequer construído, já que não há “mãos em obras”.

PARÁ DÁ UM DRIBLE NO GOVERNO DO AMAZONAS E LANÇA CAMPANHA NACIONAL PELA COPA 2014

Na última terça-feira, aconteceu em Belém, no estádio Mangueirão, o lançamento da campanha Belém Sub-Sede 2014, projeto do governo do Estado para transformar a cidade em uma das capitais do Brasil que receberão jogos da Copa do Mundo de 2014.

O lançamento foi de luxo: uma partida amistosa entre um combinado de jogadores, os “Amigos de Ronaldinho” contra a Seleção Paraense. Em matéria de iniciativa, organização e criatividade, Belém deixou Manaus anos-luz para trás.

A começar pela própria iniciativa, que levou 20 mil torcedores ao belíssimo estádio do Mangueirão, de modernas instalações, beleza arquitetônica e funcionalidade: o estádio tem proporções ideais para a transmissão televisiva dos jogos, pois a câmera central realiza um enquadramento que permite visualizar a maior parte do campo sem perder os detalhes. Enquanto no Amazonas, na fatídica reforma do Vivaldão, o que se havia para o ferecer era o ‘A’ estilizado do ex-governador e agora prefeito cassado, Amazonino Mendes, e o esdrúxulo placar eletrônico, de altíssimo custo e retorno zero.

A governadora Ana Júlia recebeu o craque das madeixas esvoaçantes no meio do campo, e numa amistosa conversa, os dois levantaram o troféu comemorativo da campanha da metrópole do Norte para receber os jogos da Copa. Enquanto Eduardo “Maria da Penha Nele!” Braga trocava carícias com o republicano Schwarzenegger, a Leonor recebia status de estrela na terra da maniçoba.

A seleção paraense encarou os amigos de Ronaldinho (que contava com vários considerados craques do Brasileirão), e esteve sempre à frente no placar, que terminou em 3 a 3. Destaque para os craques paraenses, que mostraram que o futebol do Norte nada fica a dever ao sul maravilha (exceto, é claro, o Amazonas, do eterno Dissica presidente da FAF). É bom lembrar que até o Rio Branco, time acreano, foi melhor na série C do que os times amazonenses.

O grande craque do time paraense foi o nacionalmente conhecido Robson, o RobGol, craque do Payssandu. Robgol, hoje deputado estadual, já era artilheiro quando Túlio despontava para o estrelato. Enquanto Túlio sagrou-se vereador em Goiânia, Robgol é parlamentar estadual no Pará. Se depender de craque fazendo gols nos parlamentos municipais e estaduais, o Amazonas e Manaus estão perdidos. Leguelé para vereador em 2010?

Ronaldinho Gaúcho, sem firulas, afirmou que se sente em casa na cidade do Ver-o-Peso. De Belém sai a maior parte das cartas que o craque recebe de fãs, e lá ele se sentiu em casa, sendo bem tratado como em poucos lugares do mundo.

Ironias à parte (embora a matéria seja o Real), fica evidente que fazer marketing do vazio e propaganda de um produto existente são coisas bem diferentes. Belém, através do governo do Estado, chamou a atenção do país inteiro com a iniciativa, e mostrou senso de organização e competência para eventos deste porte. Basta, como argumento, que um jogo beneficiente e amistoso foi transmitido para todo o país, via Rede Bandeirantes de televisão.

Diferente do marketing do vazio do governo Braga, que acredita ser possível ganhar a indicação apenas desfilando o verde como bandeira-mestra: o verde do gramado é coadjuvante, estrela mesmo é quem rola sobre ela.

ORGULHOSOS AMAZONENSES NO FILÓSOFO SPINOZA

Depois que o escritor George Orwell escreveu em sua obra “Moinhos de Ventos” que “a publicidade é o fruto mais sujo do capitalismo”, os mercadores de todas as estirpes disseram Amém! Caíram de corpo e alma na frutífera árvore do capitalismo que antes de vender uma mercadoria tem que primeiro exibi-la nas vitrines das ilusões para torná-la, aos sentidos do consumidor, mercadoria maravilhosamente necessária à felicidade humana na terra. No céu, a igreja garante. Produzir no consumidor fé de que a mercadoria é talentosa e valiosa.

Eis o objetivo da publicidade do governo do Estado do Amazonas com seu “Eu me Orgulho de ser Amazonense”. Um texto simplista tentando relacionar a realidade da região com suas potências naturais ao governo Eduardo Braga.

O ORGULHO É UM AFETO TRISTE

Quando uma pessoa afirma ser orgulhosa de si, é porque ela se duplicou, se observou, se analisou, e concluiu, tendo como referência um sistema de valores, que é importante para um específico fim. Fraude perceptiva e cognitiva: quando uma pessoa sai de si para se observar, já não é mais a que era ante e quem vê não é mais ela, mas uma outra que não ela. Logo, não pode orgulhar-se de si (Nietzsche). No mínimo comentar outro alguém. Em um caso real, para que uma pessoa orgulhe-se de si, é necessário que alguém de fora, com graus superiores de inteligência, carregando um sistema de valores, a julgue implícita nesse sistema, e afirme que ela é superior. Trata-se de um juízo, e um juízo, nesse caso, é uma prisão. Nada de virtude.

No primeiro caso, esses amazonenses não podem sair de si para se perceberem e entenderem sua “superior” realidade. No segundo, precisaria de uma outro – um paraense morador do Pará, por exemplo – para produzir a enunciação que criasse o fundamento do orgulho. Não há notícia que esse fato-juízo tenha ocorrido. Assim, o que resulta da vã tentativa é a dor. Dor que o senador Arthur Neto presenteou os transeuntes de Manaus. Exibiu uma outdoor com a enunciação: “O Orgulho do Amazonas”. Em seu caso, o orgulho está sustentado em 5% dos eleitores do Amazonas. Graus necessários para um orgulho, já que o orgulho, de acordo com o filósofo Spinoza, é um afeto triste.

SPINOZA PARA NÃO SE SENTIR ORGULHOSO

O orgulho é uma alegria nascida do fato de o homem ter de si mesmo uma opinião mais vantajosa do que é justo; e o orgulhoso esforça-se, quanto puder, por alimentar essa opinião; e, por conseguinte, os orgulhosos amarão a presença dos parasitas e dos aduladores e fugirão da presença dos generosos, que têm deles uma opinião exata”.

Spinoza não só revela simplesmente a face do triste-orgulhoso, mas revela também a face do tirano e de seus humildes-escravos. O convívio que o tirano necessita, pois não ameaça seu orgulho. E como diz Spinoza, “a humildade é uma tristeza que nasce do fato de o um homem contemplar a sua impotência”. O que deveriam considerar os “artistas” que participam da publicidade-personalista do governo Eduardo Braga, talvez deixassem de se orgulhar de ser amazonense, e então criassem obras capazes de transformar o Amazonas para que gerações presentes e futuras não tivessem mais que se orgulhar sob regência de qualquer governante.

A “BONDADE” DA PESQUISA ELEITORAL

O sistema capitalista se toma como a essência da esperteza. Nada lhe impede de lucrar. Onde entra com suas garras, sempre abiscoita uma vantagem monetária, mesmo que seja a mais ínfima. Entretanto, é apenas sapiência exacerbada de si mesmo. Egolatria. Por isso, a todo momento ele vacila e seus pruridos exalam suas fraquezas. É uma brecha que se arreganha e o lucro dança: ele trabalha para o outro, seu maior pavor, e não leva nada.

No momento atual, na campanha eleitoral para prefeito, principalmente, em Manaus, o capitalismo tem mostrado, que em questão do lucro constante, é a maior cascata. Tem trabalhado sem lucrar.

Em tempo de eleições acontece de se manifestarem, no plano da visibilidade, necessárias para que sejam eleitos, dois tipos de candidatos: um, os que já rodaram em outras estradas eleitorais e são mais conhecidos que farinha baguda, e outro, os novos, os que ainda não se tornaram farinha baguda. Daí que em uma pesquisa espontânea de sondagem de opinião eleitoral, quando a empresa pesquisadora pergunta em quem o eleitor vai votar para prefeito, só da os farinhas baguda, os não baguda não aparecem. E se a pesquisa é de amostragem dos nomes dos candidato, dá no mesmo: os bagudas aparecem disparados, e os não bagudas imóveis.

Como a disputa está apenas começando, os bagudas vão ao delírio: já se vêem como Fernando Henrique, sentados no trono um dia antes das eleições para no outro dia perder a prefeitura de São Paulo para o “fi-lo porque qui-lo”, Jânio Quadros. Não percebem que os % não representam a maioria da opinião dos eleitores, mas da memória de alguns. Assim, como as empresas de pesquisas em seus mapas indicadores têm que publicar os nomes de todos os candidatos, aqueles não bagudas passam a ser conhecidos pelos eleitores. É aí que o capitalismo dança: faz propaganda gratuita do não bagudas. No caso específico de Manaus, “bondosamente”, exibem os candidatos não bagudas: Luiz Navarro do PCB, Ricardo Bessa do PSOL e Praciano do PT. E mais ainda, como as pesquisas pretendem ser tomadas como verdadeiras, para serem tidas como necessárias diante da opinião pública, elas são publicadas nos meios de comunicação – quase todos cabos eleitorais dos bagudas. E aí nesse strip-tease marketeiro o capitalismo dança outra vez, agora no ritmo do Can-Can, já que a imagem dos não bagudas são expostas. Significa dizer, que eles passam a ser mais conhecidos. E quem lucra, em cima do prejuízo do capitalismo, é aquele não baguda que tem possibilidade de ser eleito.

No final junta-se o prejuízo do capitalismo – a propaganda gratuita dos não bagudas – com o horário eleitoral nos meios de comunicação e os não bagudas passam a ser a memória dos eleitores que só lembravam dos bagudas. Significar dizer, que os não bagudas podem tornassem memória do eleitor durante quatro anos.

O QUE SERVEM CERTAS ESQUERDAS

O outdoor é um recurso capitalista/comercial de expor em via pública a imagem de uma determinada mercadoria para ser vista, apreciada e consumida. Em sua forma de sedução estratégica, vender um objeto sem crítica é mais perverso que a publicidade nos meios de comunicação jornal, rádio e televisão. Já que, ao contrário destes veículos, que necessitam da vontade do indivíduo para acionar o circuito comunicativo, ele se impõe como realidade no território de visibilidade que é iminentemente social. Local das práxis produtivas e trocas de relações dos homens. As ruas. Espaço da atualização dos desejos. Sem qualquer pejo invasivo, ele se instala nos olhares dos que transitam como imagem/caminhante. Fato que levou o escritor George Orwell afirmar, em sua obra “Moinhos de Vento”, ser a publicidade o fruto mais sujo do capitalismo. Leitura que o outro camarada do PCdoB, Eron Bezerra, não fez. Por isso se mostra nas ruas de Manaus em formulações discursivas mitificadas e mistificadas pelos enunciados capitalísticos: mesa farta – fome<>comida. O filósofo Marcuse chamaria de signo ilusionista da opulência capitalista. A mesma enunciação coletiva que outros politicofastros já usaram, como o ex-outro comunista Amazonino, com seu Terceiro Ciclo. Exposição que o coloca no mesmo grau perceptivo/cognitivo dos que publicamente falharam democraticamente. Ainda mais quando se entende que os termos usados como atrativos “humanísticos”, no outdoor, na chamada quadra natalina, se mostram exacerbadamente reificados. Longínquo da realidade produtiva do homem como autor de sua vida social através de seu trabalho, como afirmou Marx. Publicidade que também vivifica o culto da personalidade tão bem usado por Stalin, e tão bem condenado por Marx.

Além de quê, no plano dos movimentos políticos relativos ao chamado poder, o camarada, secretário do governador direitista Eduardo Braga, não entende, como disse o filósofo Deleuze, que o papel histórico da esquerda ao chegar ao poder é tornar visível o que a direita sempre procurou ocultar do povo. E para isso é preciso falar em outra linguagem, fora da que se manifesta no sistema discursivo da direita. O que não faz o camarada. Sua prática discursiva é o mesmo conjunto de enunciados composto de regras anônimas, históricas, determinadas no tempo e espaço como condições de exercício da função enunciativa capitalista, como desdobrou o filósofo Michel Foucault. Por tal, o camarada Eron fez uso da semiótica do homem alienado, pessimista-reativo, em detrimento da vida no Homem/Cristo.

PREFEITURA: MARKETING EM DETRIMENTO DA URBANIDADE

O prefeito Serafim afirmou em entrevista que 145 ônibus novos entraram em circulação em Manaus, em 2007. Outros 40 estariam por chegar, totalizando em 31 de março os 500 propalados nos vidros traseiros dos coletivos manoniquins. A propaganda oficial, feita em outdoor, diz que serão 500 novos coletivos, com mais de 200 já rodando. O prefeito Serafim é economista.

Mais que uma distorção dos valores, a tentativa do marketing prefeitural só consegue, como diz o jornalista Mino Carta, produzir “furos n’água”. Dos entendimentos que podem ser extraídos do episódio, este Bloguinho Intempestivo destaca dois:

1) A ausência de um pensamento urbanístico para a cidade de Manaus. Situação que vem de praticamente todos os governos e prefeituras anteriores, e que continua na atual gestão municipal. A malha viária urbana de Manaus foi feita sem critério algum, sem um projeto de cidade que pensasse a distribuição das vias em termos do crescimento econômico e social. Manaus, como se diz no senso comum, sem um entendimento real da dimensão do problema, é um enorme inchaço. E não se percebe na atual administração a possibilidade intelectiva e a disposição existencial para fazê-lo.

2) A confirmação de que a linha administrativa da prefeitura tem uma preocupação maior com o marketing do que com as ações. O marketing, como já colocado aqui pelo Bloguinho, é um discurso sobre o vazio, um significante descolado de seu significado. Portanto, não tem força de ação senão numa subjetividade que permita a esses códigos suplantarem o real (ilustração: a moral das igrejas apocalípticas, os valores “nobres” da classe média, tentando em vão imitar as medíocres autoproclamadas elites). Para o povão, que pega ônibus todos os dias, que abre as janelas e encara o projeto Posseidon na sua rua, que vê a propaganda dos dutos que vão acabar com a falta de água mas que continuam pagando por vento nas torneiras, dentre outras manifestações do real que anulam a peça marketista, a propaganda não pega.

VOCÊ TOMOU SEU XAROPE ONTEM? E HOJE?

Outra do outdoor:

Senador Alfredo Nascimento

Mais amazonense impossível!”

Dep. Estadual Sabá Reis

E agora parece até chantagem do amante: eu te amo mais que ele. Mas se ele soubesse que “mais” é onde desaparece a essência do ser (não como essencialismo, mas como ser atual), não repetiria o clichê dos possessivos. “Mais” é sempre uma negação daquilo que afirma. Neste caso, exclui como um tirano de qualquer poder todos os outros que não ele, e com isso nega qualquer poder também a si próprio. Só força. Ou seja, se Alfredo é “mais amazonense”, seus eleitores não o são. Seguindo a lógica, ele não foi eleito senador. Assim, João Pedro (PT Oh! My darling!) também não o é. Para Sabá Reis (PL), nem ministro Alfredo é, pois que o trata ainda por “senador”.

VOCÊ JÁ TOMOU SEU XAROPE HOJE?

Outdoor em Manaus:

Senador Alfredo Nascimento

Tão amazonense quanto o prefeito Serafim.

Joaquim Lucena – Líder do PSB

Depreendem-se dois enunciados:

Princípio lógico da paridade dos termos: Alfredo é tão amazonense quanto Serafim, que é tão amazonense quanto Eduardo ‘guerreiro de sempre’ Braga, que é tão amazonense quanto Omar, que é… quanto Arthur ‘nosso orgulho’ Neto, e o Bisneto, e o Amazonino, e o Gilberto, e a Rebeca, e assim ad infinitum.

Princípio Lógico da Exclusão: o senador João Pedro, que não pode ser senador se Alfredo o for; como Alfredo é ministro, não senador, João Pedro, pela norma, é; mas para Joaquim, não é.

Q.E.D

SERAFINADA MARKETISTA ou O MARKETING DO VAZIO

Está nas ruas, nas praças, em todos os lugares de Manaus! A nova obra da prefeitura chama-se: Serafim Corrêa. O objetivo da campanha publicitária é mostrar as obras que a prefeitura têm feito, e vincular essas obras ao nome do prefeito, numa clara campanha eleitoral antecipada. Outdoors exaltando por antecipação a chegada da água na zona Leste, farta exibição de comerciais em horário nobre falando das obras. Com esta estratégia, o prefeito espera reduzir a grande rejeição que sua administração adquiriu nos pouco mais de dois anos em que está no cargo.

Para reforçar essa estratégia marketista, o prefeito teria ordenado (segundo informações apuradas por este bloguinho) a todas as secretarias que ‘trabalhassem’ o nome dele em suas atividades, exaltando que os benefícios trazidos, os materiais doados, as obras realizadas fossem proporcionadas “pelo nosso prefeito, Serafim Corrêa”. A saída do subsecretário de educação, Sérgio ‘Arca de Noé’ Freire, que recentemente entrou em conflito com os professores ao escrever um texto considerado ofensivo por membros da categoria, e a ameaça ao titular, Cyrino, bem como os rumores na imprensa oficial sobre o secretário de saúde, Jesus Pinheiro, que também não estaria satisfazendo os critérios do prefeito, também são sinais de que Serafim não pretende ter mais a Prefeitura envolvida em situações vexatórias na imprensa.

MARKETING E AÇÃO COMUNITÁRIA

O que o prefeito e sua assessoria não sabem é que estratégias de marketing no eleitorado brasileiro não têm funcionado a contento. Basta perguntar à mídia, que fez mais de um ano de campanha initerrupta contra o governo Lula, e ao final da batalha, ainda que tenham conseguido levar a disputa para o segundo turno, os 61% de votação para o massacrado candidato e atual presidente. A diferença é que, no marketing eleitoral praticado pelo atual prefeito, o objeto não existe. Não há do que falar. As pessoas percebem e sentem no seu cotidiano a ausência de modificações no transporte, na saúde, na educação, nas obras, na infraestrutura.

Como já mostrado diversas vezes aqui neste bloguinho, a prefeitura atual comete os mesmos erros de seus antecessores: não consegue pensar e articular uma política que escape das tramas decadentes da doença do vazio do poder. Não compreende uma cidade como um ‘organismo vivo’, formada pela atuação das pessoas, a partir do talento, experiência e potência criadora, através da Razão e engendrando a comunalidade. Daí a impossibilidade de aproveitar a movimentação e disposição da cidade quando o elegeu, em detrimento de Amazonino, que carrega todos os elementos reacionários das administrações anteriores a ele e as dele próprio.

Carregando o ranço moral da família burguesa, ele é incapaz de olhar para além do si, pratica uma administração familial (voltada para interesses particulares, em detrimento do público), não interroga as questões da cidade a partir de uma investigação de suas causas, e não consegue estabelecer uma linha de entendimento que permita a compreensão dos acontecimentos cotidianos e sua relação com os problemas da cidade. Por isso, compactuou com pessoas cujo entendimento de mundo é parecido, e que saltaram do galho dos governos anteriores para o atual (e que farão de novo, em caso de derrota no ano que vem). Por isso coloca nos seus quadros pessoas que, também não compreendendo o público para além do si, fazem uma administração das secretarias sem a participação e a ingerência populares, como pudemos acompanhar neste bloguinho nos sucessivos casos de negligência na educação, o da casa que andou, as serafinadas, o projeto Poseidon, dentre outros.

Ilustração da ausência de relação entre governo municipal e as pessoas, as vaias a Serafim na cerimônia do casamento coletivo, realizada semanas atrás, no Parque do Idoso, quando os noivos, cansados de esperar mais de duas horas e meia, vaiaram, impedindo o prefeito de falar (sem direito a manipulação de César Vaia), demonstram que, com marketing sem objeto, e com uma administração cada vez mais distante das questões da cidade, dificilmente o projeto de reeleição de Serafim terá êxito.

EDUCAÇÃO, MORAL E AS ESCOLAS

Em Manaus, escolas da iniciativa privada vendem a educação como produto associado a dois aspectos mercadológicos e de forte apelo marketista: o foco nos ditames do mercado de emprego, e a tendência de associar educação e moral.

A educação como produto, seja oferecida pela iniciativa privada ou pelo Estado, é sempre associada com a moral. Considera-se uma boa educação aquela que transmite os valores nobres e faz com que o aluno possa, em sociedade, reproduzir os signos que aprendeu e incorporou.

Processo de apropriação da faculdade cognitiva do ser humano, o conhecimento é confundido com informação e se perde a potência do educar, a fim de produzir corpos hábeis para a produção de capital, e passivos para qualquer outra espécie de criação. Neste aspecto, a moral tem um importante papel.

Diz o filosofante Nietzsche que toda moral é uma moral de classe. Ela carrega valores e dizeres que afixam posições dentro das relações sociais e institucionais, seja qual for a instância (seja ela macroscópica, como nas instituições, seja capilar, atuando diretamente nos corpos e na família). É portanto de se esperar que, numa sociedade hierarquizada, e que vende como ideal de existência o sucesso econômico (através da exploração do outro), que a moral seja identificadora, selecionadora, classificadora. Produz-se assim o consumo incorporal dos valores de classe, que leva algumas pessoas a tomarem para si estes valores e fortalecerem os microfascismos cotidianos (o ódio da classe média aos elementos que carregam dizeres/signos das chamadas classes baixas, como o ódio à prostituta, ao mendigo, a impossibilidade da mídia e da autoproclamada elite de suportar um presidente advindo das classes trabalhadoras e que deu certo, por exemplo).

Vista desta forma, a moral é não apenas um item importante do se dar bem na subjetividade hostil do Capital, mas habilidade e valor necessário e cobiçado para as famílias bem adequadas a este modo de produção de subjetividade.

Do que entende-se facilmente que, aliado a um engodo marketista de futuro promissor através dos signos informacionais que o mercado de empregos segrega, a disseminação disciplinar da moral nas escolas funciona como um chamariz para pais que entendem seus filhos como investimento econômico e vêem, pelo ressentimento do fracasso que foi sua existência, a possibilidade – abortada – de “se dar bem” através do sucesso dos filhos. Com isso, distendem na temporalidade do existir os mesmos elementos laminadores da autonomia, alegria e criatividade das crianças enquanto corpo-singularidade pelos quais foram capturados quando eles mesmos eram crianças. Resultado de quem não conseguiu ler o mundo e compreender o si para além do Si.

Como o marketing não tem compromisso com o conteúdo, e o produto consumido é a própria ilusão que o marketing produz, e não o anunciado, o que estas escolas, sejam públicas ou privadas não podem oferecer é educação. Como não sabem que educação é processual de produção de modos de ser através dos encontros que aumentam a potência de agir, expandem a consciência e engendram a inteligência coletiva, tem que se contentar em apenas vender a quem quiser comprar o falso brilho da ilusão.

COMUNIDADE ESCOLAR vs MARKETING SEDUC *

O marketing é uma invenção do mercado (market) para criar uma adequação de uma forma significante em um rosto numa totalidade que garantirão sua verdade e sua realidade. Por isso, e assim, a Secretaria Estadual de Educação e Qualidade de Ensino (SEDUC) anda a espalhar por escolas de Manaus um cartaz sobre uma atividade realizada na Escola Estadual Cleomenes do Carmo Chaves, onde teve um desfile para escolha do garoto e garota da escola como sendo uma espécie de demonstração do trabalho político-pedagógico realizado pela Secretaria.

Para além da realidade fabricada, alunos e professores, de uma maneira geral, sofrendo com o merchandaising governamental, mas escapando dele com sua indignação e atitude de desmistificação, relatam e tomam posição, apresentando outras realidade e verdade do Cleomenes e do sistema educacional estadual. Colocamos aqui alguns depoimentos dessas pessoas que vivenciam o estado da escola Cleomenes e da educação pública no estado do Amazonas e que demonstram um outro ponto de vista, diferente do ponto de vista da Secretaria, tanto que em uma enquete na escola, a maioria dos alunos, segundo eles mesmos, colocou a escola como estando “péssima”.

A nossa escola é uma escola nova, tem seis anos de idade, você olhando pra ela parece uma escola de 15, 25 anos, vidro quebrado, salas sem ar condicionado, os banheiros são de péssima qualidade, o bebedor é um dos piores que tem na escola, falta de funcionário no turno da noite, não tem zelador, não tem segurança. O desfile que foi feito aqui na escola foi feito na rua, não foi feito dentro da escola, como no Marquesiano, no IEA, onde são feitos na quadra. Aqui, nem quadra nós temos. Não temos um auditório, não temos um espaço fixo e apropriado para receber um evento desses. (Douglas de Souza, estudante)

Estão aí falando as mil maravilhas da escola, mas até agora nós não vimos nada. Não há nenhum projeto que fale sobre cultura, a nível de escola, a nível de educação. O marketing do secretário é falso, ele fala, mas a gente não vê, os alunos não vêem, nem os professores. (Dantos Magalhães, estudante)

Eu estou no Cleomenes há dois meses, no turno da noite, e até agora não vi nenhum trabalho pedagógico que tenha vindo da Secretaria Estadual de Educação para ser aplicado aqui na escola. O que eu tenho visto ao longo desses dois meses são iniciativas individuais dos professores para se fazer algum trabalho diferenciado, mas da Secretaria Estadual, aqui, eu não conheço. Eu estou no Estado desde 2001 e infelizmente eu não tenho visto nenhum tipo de apoio, de incentivo a projetos dentro das escolas, pelo menos pelas que eu passei. A escola se move, se movimenta por conta das atividades dos professores. Aí quando você tem um gestor que está preocupado com isso, aí você tem todo o apoio do gestor, mas dizer que a gente tem material, livro pra trabalhar… As escolas que eu trabalhei desde 2001 não tem biblioteca; tem biblioteca, mas não tem livro suficiente; não tem bibliotecário para auxiliar os alunos, você não tem uma sala de mídia, você quer apresentar um filme, não tem uma sala de mídia pra você dizer eu vou dar aula hoje na sala de mídia. Eu não vi, nas escolas onde eu trabalhei, eu não vi em nenhuma ter material que você possa fazer uma aula diferenciada porque a escola está te fornecendo isso porque a Secretaria forneceu, eu não vi ainda. (Ana Cláudia, professora)

Na verdade esse marketing não é o que acontece, o Cleomenes não tem de maneira alguma isso que ele [o Secretário] está divulgando, não há nenhuma ação desse tipo. Nunca ouvi falar ou mencionar algo a respeito desse grupo que vem auxiliando, dando força para os professores, eu desconheço. O ensino pra eles é de fachada, de botar alunos na escola, tem alguns professores que fingem que ensinam, alguns alunos que fingem que aprendem. Os poucos projetos culturais que aparecem são formados aqui na própria escola, idéias de alguns professores ou de algumas turmas que se ajudam e tentam que da melhor maneira fazer com que nossas aulas sejam mais descontraídas, mas da SEDUC nós não temos nenhum apoio. Se o Estado, o governo está querendo usar o nome de uma instituição, deveria pelo menos fazer um pequeno projeto pra fingir que está acontecendo, que está patrocinando, que está havendo uma ação na escola, mas na verdade estão só pegando o nome da instituição, fazendo de conta por aí que uma instituição séria, e nós estamos sendo prejudicados na maneira que o nome do Cleomenes está sendo usado. Os alunos se perguntam: que projeto? Como é que está sendo realizado? Quem está na frente disso? Nós ficamos a nos questionar e sem ter uma resposta. (Wilson Santos, estudante)

Numa escola com tantos problemas, onde professores dizem que até para fazer uma sessão de cinema é dificultoso, onde falta até o pincel de quadro, é antiético que sua imagem esteja sendo usada pela Secretaria como exemplo de atividades culturais, principalmente quando se tem um Secretário com formação em filosofia. Mas, como se diz, há uma distância muito grande entre um filósofo e um professor de filosofia, e como afirma Nietzsche, há filósofos que trabalham para o Estado, falsos filósofos que ajudam a manter sua estrutura. Entretanto, como diz o outro filósofo, Michel Foucault, as estruturas do poder são muito frágeis, qualquer sopro as faz desmoronar, e é isso que os professores estão tentando realizar quando se organizam para desenvolver atividades pedagógicas-artísticas-culturais, como as que começaram nesta sexta, mais uma vez sem qualquer incentivo da Secretaria.

* O afinado Maurício Colares, que trabalha na Esc. Est. Cleomenes do Carmo Chaves desde 2003, comprova que estas questões colocadas aqui por alunos e professores persistem todos os anos e nenhuma posição pedagógica foi realizada até hoje pela Secretaria para solucionar ou mesmo amenizar todos estes problemas apresentados.

Agamenon e seu porqueiro

A verdade é a verdade,

diga-a Agamenon ou seu porqueiro.

Agamenon: De acordo.

O porqueiro: Não me convence.

 
Juan de Mairena, pseudônimo do poeta
espanhol Antônio Machado, citado em
Pedagogia Profana, de Jorge Larrosa

DO PARASITISMO DE ALGUNS GOVERNOS E DO JORNALISMO-MARKETING

Jornal televisivo anuncia duas novas unidades da farmácia popular em Manaus. Na notícia, fala dos preços mais baixos e das vantagens para a população de baixa renda. Detalhe: a reportagem diz que o mesmo é coordenado pelo CDH (da esposa do governador) e de responsabilidade da SUSAM, tanto que ao final, o secretário fantasma, Alecrim, aparece balbuciando algumas palavras inteligíveis, e que o editor deixou passar provavelmente por falta de opção.

O que Dudu guerreiro de sempre faz há tempos com o farmácia popular (e não funciona), Serafim quer fazer com o bolsa-família.

Duas observações: primeiro, o parasitismo de alguns governos, incluídos aí os de Dudu guerreiro de sempre Braga e Serafim, que como não possuem em seus quadros e em si mesmos elementos que carreguem fluxos comunitários necessários à leitura da realidade como produção social, são incapazes de produzir projetos governamentais que alterem a condição social das pessoas. Destes executivos e seus legislativos, só se esperam projetos esdrúxulos e hilariantes. Daí a necessidade eleitoreira de pegar carona nos projetos federais, estes sim carregando fluxos comunitários, como o Bolsa-Família, Sistema Único de Assistência Social e a Farmácia Popular.

Segundo: o uso marketista do jornalismo dos canais, sejam públicos ou concessões, para distorcer informações e truncar a notícia, tentando fazer a população acreditar que peça publicitária é informação. Como se toda a campanha da mídia branca e cansada não desaguasse numa votação maciça no governo de Lula e suas sucessivas aprovações nas pesquisas de opinião, mesmo as da própria mídia cansada. E no plano estadual e municipal, como se a população não soubesse que os projetos que têm relevância comunitária são todos do governo federal.


USAR O CONTROLE REMOTO É UM ATO DEMOCRÁTICO!

EXPERIMENTE CONTRA A TV GLOBO! Você sabe que um canal de televisão não é uma empresa privada. É uma concessão pública concedida pelo governo federal com tempo determinado de uso. Como meio de comunicação, em uma democracia, tem como compromisso estimular a educação, as artes e o entretenimento como seu conteúdo. O que o torna socialmente um serviço público e eticamente uma disciplina cívica. Sendo assim, é um forte instrumento de realização continua da democracia. Mas nem todo canal de televisão tem esse sentido democrático da comunicação. A TV Globo (TVG), por exemplo. Ela, além de manter um monopólio midiático no Brasil, e abocanhar a maior fatia da publicidade oficial, conspira perigosamente contra a democracia, principalmente, tentando atingir maleficamente os governos populares. Notadamente em seu JN. Isso tudo, amparada por uma grade de programação que é um verdadeiro atentado as faculdades sensorial e cognitiva dos telespectadores. Para quem duvida, basta apenas observar a sua maldição dos três Fs dominical: Futebol, Faustão e Fantástico. Um escravagismo-televisivo- depressivo que só é tratado com o controle remoto transfigurador. Se você conhece essa proposição-comunicacional desdobre-a com outros. Porque mudanças só ocorrem como potência coletiva, como disse o filósofo Spinoza.

Acesse esquizofia.wordpress.com

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CAMPANHA AFINADA CONTRA O

VIRTUALIZAÇÕES DESEJANTES DA AFIN

Este é um espaço virtual (virtus=potência) criado pela Associação Filosofia Itinerante, que atua desde 2001 na cidade de Manaus-Am, e, a partir da Inteligência Coletiva das pessoas e dos dizeres de filósofos como Epicuro, Lucrécio, Spinoza, Marx, Nietzsche, Bergson, Félix Guattari, Gilles Deleuze, Clément Rosset, Michael Hardt, Antônio Negri..., agencia trabalhos filosóficos-políticos- estéticos na tentativa de uma construção prática de cidadania e da realização da potência ativa dos corpos no mundo. Agora, com este blog, lança uma alternativa de encontro para discussões sociais, éticas, educacionais e outros temas que dizem respeito à comunidade de Manaus e outros espaços por onde passa em movimento intensivo o cometa errante da AFIN.

"Um filósofo: é um homem que experimenta, vê, ouve, suspeita, espera e sonha constantemente coisas extraordinárias; que é atingido pelos próprios pensamentos como se eles viessem de fora, de cima e de baixo, como por uma espécie de acontecimentos e de faíscas de que só ele pode ser alvo; que é talvez, ele próprio, uma trovoada prenhe de relâmpagos novos; um homem fatal, em torno do qual sempre ribomba e rola e rebenta e se passam coisas inquietantes” (Friedrich Nietzsche).

Daí que um filósofo não é necessariamente alguém que cursou uma faculdade de filosofia. Pode até ser. Mas um filósofo é alguém que em seus percursos carrega devires alegres que aumentam a potência democrática de agir.

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