Archive for the 'Moral' Category

IVES GRANDA, PRESIDENTE DO TST, PROJETA EM VOCÊ, TRABALHADOR QUE NÃO DEFENDE SEUS DIRETOS

 

O presidente do Superior Tribunal do Trabalho (TST), Ives Granda, não precisa de apresentação quando se trata de defender as ideias mais reacionárias e antitrabalhista do capitalismo. Além de outras ideias ofensivas à democracia.

  Para não deixar o impulso conservador enfraquecer, ele ao participar de uma audiência conjunta das comissões de Assuntos Sociais (CAS) e de Assuntos Econômicos (CAE) no dia 10, no Senado, projetou a assertiva pessoal do que ele entende por trabalhador.

    “Se você começa admitir indenizações muito elevadas, o trabalhador pode acabar provocando um acidente ou deixando que aconteça porque para ele vai ser melhor”.

       Reage, trabalhador! Estão te tratando como crápula que tudo faz para se locupletar.

       Vídeo do site Justificando.

ZÉ MELO, GOVERNADOR DO AMAZONAS, ENVOLVIDO POR SEU ESPÍRITO-HAGIOGRÁFICO AFIRMOU QUE NO MASSACRE NÃO “MORREU NENHUM SANTO”. ORA, ORA, SANTO NÃO PODE SER PRESO, MAS HOMEM SIM.

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Segundo o discurso da hagiografia, que trata da vida dos santos, nenhum santo foi sempre santo antes de ser canonizado. Todo santo, ou santa, antes foram homens e mulheres. As suas santificações são decorrentes de suas existências comprometidas com as causas humanas. Primeiramente, carregam o pathos da essência da indignação, e, depois, passam as tentativas das soluções que possam libertar os homens e mulheres dos sofrimentos. Mesmo que para isso também, em suas práticas, tratem de temas metafísicos.

        Muitos que foram canonizados tiveram existências perseguidas pela brutalidade, irracionalidade e covardia dos tiranos. Sofreram torturas físicas, foram mantidos no cativeiro durante anos. Alguns chegaram a morrer no cativeiro. Embora trabalhassem em nome da dogmática cristã-católica, o que concebe um plano sobrenatural, eles sempre observaram o mundo real e nesse mundo real agiram em benefício dos homens. Porque, afinal de contas, eram homens e mulheres escravizados pelas forças opressoras, detentoras do poder econômico.

     O governador do estado do Amazonas, Zé Melo, em processo de cassação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e que faz parte do grupo reacionário de alcunhados políticos que há mais de trinta anos trabalham pelo atraso no estado, em entrevista, afirmou que entre os presos, 56, do massacre no Sistema Prisional Anísio Jobim, em Manaus, não havia um santo. Com essa afirmação ele apresentou dois tipos de ignorância. Uma hagiográfica. E outra capitalista-jurídica. Porém, as duas sintetizadas em uma moralidade claramente burguesa.

     Em sua ignorância hagiográfica, Zé Melo, mostrou que não sabe nada do mais elementar sentido de ser santo. Ele não sabe que santo não vai preso. Mesmo que fosse não ficaria um segundo preso, visto que tem o dom da imaterialidade. Por isso que pode em plano distante se comunicar com seus crentes. Inclusive presos. O que significar, para a sociedade, que o cristianismo de Zé Melo é apenas da ordem psicológica compensatória. Ou seja, em benefício próprio. Um solipsismo.

    Em sua ignorância capitalista-jurídica, Zé Melo, não sabe que uma grande maioria de detentos que estão confinados nos presídios, cometeram crimes impulsionados por corpos capitalistas. Assaltos a bancos, assaltos à mão armada, tráfico de drogas, latrocínio, arrombamento, furto, corrupção, etc. Crimes que são investigados, julgados e condenados pelo poder judiciário que no seu sentido hierárquico encontra-se abaixo do poder econômico. Logo, os crimes desses detentos estão incluso em todo o corpo do capitalismo, e o que os diferencias de outros crimes, também com sentido capitalista no Estado, como benefícios a estamentos privilegiados, é a moral. Não a moral puramente. Mas a moral aplicada por quem tem, ou se acha, com autoridade para usá-la contra outros. Daí, porque Zé Melo, crente de sua moral, afirmou a sua sentença judicativa: “não morreu nenhum santo”. Zé Melo pode ser cassado por força de acusações que implicam corpos capitalistas.

      As duas ignorâncias de Zé Melo, conjuntamente, podem ser entendidas, sinteticamente, como prova do desconhecimento da política jurídica. Quando ele afirma da inexistência de “santos” entre os mortos, ele tenta buscar apoio dos acusadores (não esquecer que para a psicanálise todo acusador compulsivo tenta esconder suas culpas) que são adeptos e defensores da máxima anticristã que diz que “bandido bom é bandido morto”.

     Só que entre fantasias sobrenaturais e imorais, ele, não sabe que a sociedade civil sabe que o preso encontra-se como custódia do Estado. Tem que ser protegido, mesmo preso, pelas leis do Estado que o condenou em um determinado estrato social-jurídico. E mais, o sentido cristão de presídio é de recuperação. Ou de reeducação para que o preso possa ser reintegrado na sociedade como sujeito-produtivo. Mesmo que seja para ser explorado pelo sistema capitalista como mão de obra barata.

    Zé Melo tentou produzir empatia com a sociedade apelando para a questão santificante e moralizante para eximir seu governo da responsabilidade pelo morticínio-prisional, mas se frustrou: ele não obteve respaldo. Tudo porque Zé Melo não atenta para o mundo ao seu redor com seus signos dominantes que não atendem a questão humana. Se fosse atento teria feito à crítica do sistema dominante e saberia, como diz o filósofo francês Jean Baudrillard, que assim como “existe a Disney para fazer de conta que existe um mundo adulto, existem os presídios para fazer de conta que existe uma sociedade justa”.

      Se soubesse destas obviedades seria um excelente governador. Mas, como mostra que não sabe, fica só como Zé Melo.  

AUTOAFIRMAÇÕES MORAIS DE FIGURAS HONRADAS ACIMA DE QUALQUER SUSPEITA CITADAS NAS DELAÇÕES DA ODEBRECHT

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Com os vazamentos das delações dos executivos da Odebrecht em que aparecem figuras ditas públicas profissionais de partidos políticos, nomes já conhecidos há muito meses passados quando a lista da empresa correu solta pela internet, ocorreu o já esperado: as figuras se pronunciaram em enunciados defensivos.

As figuras representativas dos partidos reacionários que idealizaram, elaboraram e executaram o golpe junto com a mídia acéfala e parte do judiciário, expressaram autoafirmações morais própria de quem é honrada e acima de qualquer suspeita. Como são autoafirmações morais que expressam o que essas figuras, que se dizem democratas, acreditam de si, e querem também que a sociedade acredite em suas autoconsciências, posto que a opinião pública, para elas, é que as mantém no poder legislativo ou executivo, apresentamos aos nossos leitores as autoafirmações de algumas dessas figuras que aparecem nas delações da Odebrecht.

Todas as autoafirmações morais saltam como repúdio veemente de seus autores contra as delações.

Geraldo Alckmin (PSDB/SP), governador do estado de São Paulo, vulgo, Santo.

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“Tenho 40 anos de vida pública pautada pela honestidade”.

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Arthur Neto (PSDB/AM), prefeito de Manaus, vulgo Kimono.

“E a conclusão a que chego é que a direção da Odebrecht, essa capitã do ‘petrolão’ e de toda corrupção daí derivada, bem pode ser a tentativa final de melar a operação Lava Jato”.

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Renan Calheiros (PMDB/AL), senador e presidente do Senado, vulgo Justiça.

“Há mais de uma década sou investigado e não encontraram nada contra mim”.

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Romero Jucá, senador (PMDB/RO), vulgo Caju.

“É um vazamento criminoso. O PMDB condena e repele a irresponsável divulgação de declarações que não refletem a verdade dos fatos”.  

PERGUNTADO, NA ALEMANHA, SOBRE A FOTO COM AÉCIO, MORO, PARA SE DESCULPAR DISSE QUE “FOI UMA FOTO INFELIZ”, MAS TODO HOMEM É RESPONSÁVEL POR SUAS ESCOLHAS, DIZ SARTRE. NÃO DESCULPAS, AINDA MAIS PORQUE A DESCULPA NÃO PASSA PELO SISTEMA NERVOSO.

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 Quem acompanha os desdobramentos da Lava Jato e as atuações de Moro, sabe muito bem quantas vezes ele errou e depois tentou se desculpar. O caso da gravação de Lula e Dilma entregue por ele para a Rede Globo e que depois o relator da Lava Jato, ministro, Teori, pediu que ele se explicasse, mostra como ele trata seus erros cobrados pelas pessoas coerentes com a democracia e que sabem que o papel de um juiz tem que observar as normais legais do Poder Judiciário.

  Moro apareceu muito satisfeito e seguro em regabofe promovido pela suspeitíssima revista reacionária IstoÉ, conhecida como “QuantoÉ”, para receber mais um prêmio por seus desempenhos que agradam as forças mais retrógadas do país como a Rede Globo. Apesar da maioria da população querer o contínuo combate à corrupção no país, que é direito de todo cidadão. E um dever da justiça democrática. Porém, a sociedade quer um combate imparcial, com honestidade e com lisura.

    No rega-bofe, Moro, muito contente, leve e solto, aparece em buchicho com Aécio, várias vezes denunciado em vazamento da Lava Jato. Moro foi fazer uma apresentação na Alemanha, onde foi profundamente repudiado. Entre os que protestavam, alguém perguntou sobre a foto dele com Aécio. E, ele, para se desvencilhar da pergunta, disse que foi “uma foto infeliz”. Claro que infeliz para a democracia, já que Aécio é do PSDB e tem denúncias fortíssimas como o esquema de Furnas.

   Moro foi para o regabofe porque quis. Foi sua escolha, ninguém o carregou através de medidas coercitivos, como os policiais da Lava Jato fizeram com Lula. Não há desculpas, como diz o filósofo Sartre. Moro é responsável por sua escolha de ir ir ao regabofe. Só ele é o responsável. Nem a “QuantoÉ” é responsável por sua ida. Ela o premiou, e ele poderia ter escolhido não ir. O que para um juiz imparcial seria mais justo não ter tirado foto em harmonia com Aécio em um ambiente dominado por figuras suspeitas de corrupção. Porém, Moro escolheu se situar no mesmo ambiente. Agora, é assumir sua escolha. 

    Agora, não adiante ele afirmar “que foi infeliz”. O que se tornou infeliz, como fato, foi muito antes elaborado por ele. E mais, a afirmação do “infeliz” surge como uma desculpa, todavia, como afirma o filósofo Nietzsche, a desculpa, como o perdão, não passa pelo sistema nervoso. Desculpa é da ordem da imaginação supersticiosa. O ato, não. Ele é produto da vivência ou experiência onde implica o sistema nervoso central. Deixa rastros como consciência indelével que a imaginação não apaga.

    Para a maioria dos brasileiros a foto não “foi infeliz”. A Alegria de Moro com Aécio prova. Ninguém se encontra infeliz na maior alegria. Nem sádico.   

COM AS CENAS DE ESTUPIDEZ EXPLÍCITA PRATICADA PELA POLÍCIA CORRENDO MUNDO, TEMER, COM SUA INTELIGÊNCIA RISÍVEL, TACHOU DE “VANDALISMO” AS MANIFESTAÇÕES. TENTATIVA DE DISSIPAR O REAL

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Temer já mostrou várias vezes que não é uma personagem dotada de uma cultura convincente. Sempre que se expressa não pode controlar o incontrolável que é o seu ser risível de tratar assuntos que não tem qualquer intimidade intelectiva. Junte-se a essa realidade de seu caráter de golpista então se tem alguém que causa cócegas. Mesmo em alguém que não tem riso frouxo.

Diante do crescente desejo da sociedade brasileira em vê-lo fora do poder, por ele e sua gangue usurpado do povo brasileiro, quando expulsaram Dilma Vana Rousseff da presidência da República, a compulsão por querer se explicar à sociedade como forma de defesa se tornou praxe. É aí que ele se mostra em sua total realidade: inteligência risível.

 No domingo foi aquele escabroso espetáculo histriônico-midiático que provocou riso coletivo coadjuvado por Renan e Rodrigo Maia. Os três tentaram defender o indefensável: que não queriam o que queriam: anistia para o Caixa 2, e assim, livrar os corruptos na Lava Jato. Sarro geral. Quem viu, como diz o poeta Belchior, “gozou de tanta emoção”.

Agora, sem saber nada sobre os vândalos, a não ser o adjetivo pejorativo usado pelos apedeutas políticos, tachou de “vandalismo” as manifestações promovidas pela consciência política nacional, e que foi reprimida violentamente por sua polícia. Uma forma de deslocar a realidade vista e testemunhada pela sociedade brasileira.

Mas o que ele não afirmou à sociedade, é que o verdadeiro vandalismo, no significado pejorativo usado por ele contra o conceito político-maquínico de vândalos, como afirmam os filósofos Deleuze e Guattari, ocorreu no Senado promovido por seus cúmplices golpistas.

É essa contínua tentativa de dissipar o real que faz Temer uma figura risível e desimportante para o povo brasileiro. Risível no sentido debochado, é claro.  

DILMA VAI AO SENADO DEFENDER GOVERNO POPULAR E A DEMOCRACIA CONTRA AS ABERRAÇÕES SENATORIAIS

Senadora, Ana Amélia do PP quer que Gleisi Hoffmann, parlamentar petista aponte quem “não tem moral” no Senado para julgar o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Com esse propósito vai ao Conselho de Ética do Senado. 

Quem não tem moral, segundo o site Congresso em Foco, e utilizado como fonte pelo Le Monde francês no seu editorial de sábado são pelos menos 26 senadores com ação penal no Supremo Tribunal Federal.

No dia 25, quinta-feira, ao iniciar o julgamento da presidenta Dilma Rousseff,  o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que conduziu a sessão, advertiu na ocasião os senadores: “Os parlamentares congregados nesta Casa de leis transmudam-se, a partir de agora, em verdadeiros juízes”.

O Site Congresso em Foco prossegue. “O novo figurino parece desconfortável a um terço do Senado. Um em cada três senadores que vão julgar a petista responde a investigações ou ações criminais no Supremo Tribunal Federal (STF). Entre as acusações, corrupção, crime eleitoral, lavagem de dinheiro, desvio de verba pública e crime de responsabilidade – denúncia pela qual Dilma também responde.”

Dos 81 integrantes do Senado, 26 são alvos de inquérito ou ação penal no Supremo, a corte presidida por Lewandowski. Ao menos 13 senadores são suspeitos de participar do petrolão, o maior esquema de corrupção descoberto no país. Dos 24 que tinham pendência criminal na sessão que suspendeu o mandato de Dilma, em 12 de março, 18 votaram a favor do afastamento, e seis foram contrários.

As aberrações que desde a vitória da presidenta não assimilaram o nocaute despontam na lista do Site Congresso em Foco. São eles: Aécio Cunha, Aloysio Nunes, Benedito Lira, Cássio Cunha Lima, Ciro Nogueira, Dário Berger, Edison Lobão, Eduardo Amorim, Fernando Bezerra Coelho, Fernando Collor, Gladson Cameli, Ivo Cassol, Jader Barbalho, José Agripino Maia, Omar Aziz, Eduardo Braga, Renan Calheiros, Romário, Romero Jucá, Sérgio Petecão, Simone Tebet, Valdir Raupp.

Do lado da legalidade, aparecem: Gleisi Hoffman, Humberto Costa, Lindbergh Farias, Telmário Mota e Vanessa Grazziotin. As acusações contra estes que já mereceram esclarecimentos faz parte do golpe e não são degenerados.

A presidenta da República na sua fala no Senado  vai ressaltar  a “injustiça de ser condenada mesmo sendo inocente, falará de sua luta “democrática como compromisso desde sua juventude,” o “que lhe rendeu a tortura e a prisão no passado.” Afirmará contundentemente que “o governo usurpador está colocando em risco as conquistas sociais e os direitos do povo”. A presidenta não mencionará o golpista do Jaburu, mas vai ser incisiva que houve uma “conspiração” com o ex-vice papel de parede. Rousseff vai ratificar que a conspiração vem orquestrada pelas elites que foram derrotadas em 2014 e não aceitaram o resultado das urnas. Que o governo legítimo, eleito pelo povo é vítima dos golpistas; A mídia colaborou e inflou o ambiente político para o golpe. Afirmará que se reempossada convocará eleições gerais e citará o Caranguejo Eduardo Cunha como padrinho do golpe. Será um único citado nominalmente.O Diário do Centro do Mundo divulgou que  trinta e três pessoas confirmaram que estarão com ela como convidados. Em ordem alfabética:

1. Aldo Rebelo – ex-ministro da Defesa

2. Aloizio Mercadante – ex-ministro da Educação

3. Antonio Carlos Rodrigues – ex-ministro dos Transportes

4. Carlos Gabas – ex-ministro da Previdência e da Aviação Civil

5. Carlos Lupi – presidente do PDT e ex-ministro do Trabalho

6. Daisy Barretta – assessora especial de Dilma Rousseff

7. Eleonora Menicucci – ex-ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres

8. Eugênio Aragão – ex-ministro da Justiça

9. Giles Azevedo – ex-assessor especial da Presidência

10. Izabella Teixeira – ex-ministra do Meio Ambiente

11. Luiz Inácio Lula da Silva – ex-presidente da República

12. Jaques Wagner – ex-ministro da Casa Civil e do Gabinete da Presidência

13. Jorge Messias – ex-subchefe de Assuntos Jurídicos da Presidência

14. José Eduardo Cardozo – ex-ministro da AGU e da Justiça

15. Juca Ferreira – ex-ministro da Cultura

16. Luciana Santos – presidente do PC do B

17. Maria de Fátima Carneiro de Mendonça – mulher do ex- ministro Jaques Wagner

18. Maurício Muniz – ex-ministro da Secretaria Nacional dos Portos

19. Miguel Rossetto – ex-ministro do Trabalho

20. Miriam Belchior – ex-presidente da Caixa

21. Nelson Barbosa – ex-ministro da Fazenda e do Planejamento

22. Nilma Lino Gomes – ex-secretária de Igualdade Racial

23. Olímpio Antônio Brasil da Cruz – assessor de imprensa de Dilma Rousseff

24. Patrus Ananias – ex-ministro do Desenvolvimento Agrário 25. Paula Zagotta – assessora especial de Dilma Rousseff

26. Renato Rabelo – ex-presidente do PC do B

27. Ricardo Berzoini – ex-ministro da Secretaria de Governo

28. Roberto Stuckert Filho – fotógrafo oficial de Dilma Rousseff 29. Rui Falcão – presidente do PT

30. Sandra Brandão – ex-assessora especial da Presidência

31. Tereza Campello – ex-ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome

32. Tiago Falqueiro – assessor especial de Dilma Rousseff

33. Wagner Caetano – ex-chefe do Gabinete de Crise do Planalto

Chico Buarque também deverá estar presente.

Desde o momento que se gestou esse golpe nunca capitulamos. E não capitularemos. Sempre tivemos um lado. Sempre estivemos do lado do governo popular do presidente Luis Inácio Lula da Silva, Luís Inácio Lula da Silva e da presidenta Dilma Vanna Rousseff, Dilma Vanna Rousseff.

Combatemos sempre os nossos inimigos que são os vendilhões da pátria. Aqueles que foram derrotados nas urnas de 2014 e que agora com o golpista Temer estão entregando as riquezas do Brasil como o pré-sal para o capital internacional. O PSDB que não ganhou a eleição está comandando o desmonte do Brasil. E vai promover o maior ataques às conquistas da classe trabalhadora. Aumento da idade para aposentadorias, ataque à previdência social.

Esse governo golpista que assumiu como construtor de uma ponte para o futuro está levando o país a uma situação muito difícil. Disse que resolveria o problema do desemprego e já são passados mais de cem dias de desgoverno e não conseguiu governar. Saiu onerando a folha de pagamento do funcionalismo federal e depois não vai ter como pagar. É uma forma de inviabilizar o retorno de Dilma.

Como se trata de um governo antipopular vai acabar com vários projetos, benefícios, políticas públicas dos governos populares anteriores. O povo, como o do Piaui, do Amazonas, da Bahia, Ceará, Pernambuco já estão perdendo o Bolsa Família.

Ontem, domingo, foi noticiado o fim do programa Brasil Alfabetizado do Ministério da Educação comandado pelo DEM que possui o maior deputado  corrupto do Brasil Pauderney Avelino, segundo Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro. Esse deputado por aqui embolsou R$ 4,6 para pagamento de prédios particulares que funcionavam como escolas municipais administrada pelo prefeito amante de lutas como MMA e que quis surrar Lula, Artur Neto, prefeito da não cidade que é um só buraco chamada Manaus.

Governos antipopulares não investirão como fez Lula e Dilma. Nesses governos foram criadas 18 universidades, e mais de 417 Institutos Federais de Educação. FHC, social-democrata nunca fez isso. Lula e Dilma perceberam que através da educação o Brasil obteria seu desenvolvimento. Criaram-se as cotas para negros, índios. Foi criada uma das formas mais inteligentes de acesso às universidades. O ENEM. Um estudante pode escolher a universidade que deseja estudar. Através de incentivos veio o FIES e o PROUNI. A fome foi abolida, mas já está de volta. Há famílias com crianças que não possuem leite e nem massa para alimentação.

A partir do governo do presidente Lula, o que não aconteceu com FHC a valorização do salário mínimo. A indústria e o comércio se desenvolveram. Não tínhamos desemprego. A população comprou bens duráveis. O governo federal investiu em moradias, saneamento básico. Só em Manaus há vários condomínios Viver Melhor do Minha Casa Minha Vida. Não há investimento por parte do Estado e nem da prefeitura em Habitação.

Com Lula milhares de famílias viram pela primeira vez a eletricidade chegar às suas casas com o Luz para todos. Isso ocorreu em todo o Brasil. No Amazonas as lamparinas e as porongas são objetos de museus.

Famílias que nunca tinham acesso a médicos com o programa Mais Médico, foram atendidas e milhares de profissionais estrangeiros desbravaram nossos pais de norte a sul. Os médicos escondidinhos reclamaram. 

O SUS, o SAMU muito criticados são forma de prestação de serviços médico-hospitalares que em muitos países ricos não são oferecidos para a população. E no Brasil, mesmo com dificuldades, pois, os degenerados votaram contra a CPMF veio prejudicar esse atendimento.

Os degenerados, deputados e senadores atribuem à presidenta que ela é a responsável pela situação em que vive o país. Desemprego, por exemplo. Só que os degenerados, como arquitetaram o golpe desde 2014 o que eles puderam inviabilizar os projetos da atual presidente na Câmara e no Senado eles fizeram. A presidenta não teve como aprovar seus projetos. Os facínoras, tanto da Câmara como do Senado trabalharam para o quanto pior melhor.

Utilizaram a Lava Jato e a corrupção na Petrobras para atribuir as responsabilidades para a presidenta. A Lava Jato foi uma operação criada para investigar a onda de corrupção, mas que começou a prender grandes empresários e só pessoas ligadas ao Partido dos Trabalhadores. Quando as delações chegaram em Aécio, Renan, Sarney, Jucá, Henrique Alves, Quadrilha aí eles gritaram. Era preciso parar a sangria. Quando as delações de Léo Pinheiro chegaram em Aécio e Serra, Ministro e familiares do STF o psdebista Gilmar Mendes protestou. Nunca protestou quando o maior crime cometido que foi o vazamento do diálogo da presidenta veio a público. As delações da Odebrecht e da OAS estão paradas. Mas sabemos os motivos.

E são esses crápulas que votarão o golpe. São esses degenerados que preparam tudo. O PSDB pagou R$ 45 mil para Janaina Pascoal,  Hélio Bicudo e Miguel Reale Júnior. Que deram entrada na Câmara onde o ressentido Eduardo Cunha aceitou e naquele 17 de abril encaminharam para o Senado o Processo. No Senado depois de diligências, seus técnicos constaram que os decretos não cometeram crimes, o Ministério Público também mandou arquivar porque não havia crime de responsabilidades por parte da presidenta e por último o Senador Randolfe constatou que  “Antônio Carlos D’Ávila, ex-auditor  do Tribunal de Contas da União (TCU), participou da elaboração da representação do documento a pedido do procurador Júlio Marcelo, o ‘informante’ que vem a ser “a principal peça de acusação contra a presidenta Dilma”. O começo da trapaça para a sordidez do golpe.” Luiz Gonzaga Belluzo diz que a presidenta despedalou. 

Para os golpistas não importa as mudanças promovidas pelos governos populares. Não importa a fraude, a falsidade ideológica como está na peça do imprestável relatório de Antônio Anastasia, pois não há crime cometido pela presidenta, mas eles criaram um crime e o que é pior, inaceitável, é que  o Supremo Tribunal Federal, para eles legitima o golpe. Para nós o STF faz parte do conluio com os degenerados, as anomalias senatoriais que falam em ética e moral.

Diante de toda esta explanação já temos motivos para dizer que a imagem dos senadores brasileiros no exterior aparecem como ladrões chargeados no New York Times como ratos atacando a presidenta e no Le monde como golpe ou farsa. E a Senadora golpista Ana Amélia, do PP gaúcho foi eleita, apoiada pela RBS ligada à TV Globo golpista e sonegadora de impostos que deverá pagar o pato da FIESP e que também está envolvida no trambique do CARF. É senadora, a senhora é a pessoa certa para ir ao Conselho de Ética contra Gleisi Hoffmann e colaborar mais ainda para a imprensa internacional elogiá-los como ladrões e corruptos.

 

 

RODRIGO JANOT, PROCURADOR GERAL DA REPÚBLICA E SÉRGIO MORO, JOGAM UM LANCE, MAS TEORI ZAVASKI DO STF MATA NO PEITO E IMPEDE A JOGADA

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Como pode autoridades que investigam crimes, sustentam suas acusações intimam, prendem, soltam criminosos que roubam dinheiro público  propor um lance ao STF de ficar com 20% do  dinheiro roubado por Paulo Roberto Costa da Petrobras para ser repassado aos investigadores, para pagamento de energia e outras cositas “mas”? 

Isto aconteceu no Brasil num momento em que uma presidenta da República, num golpe de estado político-jurídico-parlamentar-midiático foi afastada por suposto crime de responsabilidade nas chamadas pedaladas fiscais que hoje, dia 27 de junho os peritos do senado descaracterizaram como crime; assim como já falaram que Dilma não cometeu crime a Senadora Rose de Freitas e o Ministro do STF Gilmar Mendes, num momento em que uma operação investiga inúmeros crimes envolvendo grandes empresas por pagamento de propinas para políticos; num momento que um presidente da Câmara dos Deputados está preste a ser cassado e preso, e ir bater lá para as bandas da Papuda que quer degustar caranguejo, duas autoridades,  sugerem um  lance de ficar com 20% do dinheiro repatriado do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa.

O lance tem nome: apropriação de dinheiro público, desviado.

As empresas já foram roubadas. O dinheiro foi irrigado para paraísos fiscais, Suíça e quando é repatriado ainda surge o lance sugerindo  desvio. Desvio que vemos muito no Brasil. Um deles. Desvio de finalidade. As autoridades que tanto defendem a lei e são contra desvios de finalidade, quiseram desviar dinheiro da Lava Jato e da Petrobrás para seus órgãos. Só que Teori Zavazki foi lá, matou no peito, rolou na grama e disparou:  “não há justificativa legal para limitar a 80% (oitenta por cento) desse valor a reparação devida à Petrobras”, que foi a empresa lesada. Determinou que 100% dos recursos desviados da Petrobras deveriam ser retornados para a estatal.

Decisão tomada e não se fala mais em lance de ficar com dinheiro alheio. Afinal, as duas autoridades investigam, sustentam a acusação, julgam, prendem, condenam e soltam meliantes.

MODELO DE FAMÍLIA PROPOSTO PELA CÂMARA REVELA O QUANTO HÁ DE INDIGÊNCIA POLÍTICA EM MUITOS PARLAMENTARES

imigracao-libanesaO conceito de família é sexual, econômico, político, social, antropológico, histórico, religioso e moral com a predominância de alguns desses enunciados em algumas sociedades. Há sociedades em que a economia é fator de determinação das relações familiares. Outras é o fator político. Já outras o fator é religioso.

Mas o certo mesmo é que a família tem sua realidade estabelecida através de corpos ligados à necessidade de preservação da vida. O alimento e a água, além da proteção contra as ameaças externas. Marx diz que o homem é um ser padecente porque precisa satisfazer suas necessidades biológicas. Como é fácil entender, o homem da pré-história não procurava seu alimento sozinho, mas sim em bando.

Como um dos elementos caracterizadores do conceito de família é a união em grupo, temos aí a primeira manifestação familiar: trabalhar para encontrar o que é útil ao grupo, ou bando. Aqui não precisa ilustrar que em bando esses homens se defendiam contra as feras que lhes ameaçavam.

Entretanto, costuma-se afirmar que o conceito de família encontra-se sustentado na ligação sexual que é concretiza pela reprodução. Dizem que a família é um grupo social composto de homem e mulher ligado consanguineamente através de seus descendentes, no caso os filhos. Mas historicamente nem sempre foi assim, e nem antropologicamente. Esse conceito de família tem historicamente componentes eminentemente econômico, político e religioso, que ofuscam os elementos sexual estabelecendo uma moral-paranoica. Essa é uma família ideológica que se estruturou através dos corpos do sistema capitalista.

A família da sociedade industrial, que ainda hoje é defendida como modelo, não é nada mais do que um reflexo da abstração política da classe burguesa. Em síntese ela reflete os códigos segmentadores do patriarcalismo-hebreu; a moral-judaica-cristã (nada a ver com Cristo filho de Maria) e a economia capitalista-burguesa. Uma família onde o modelo dominante sai do homem-pai-patrão-pastor. A trinca do patriarcalismo castrador, onde o sentido de ‘verdade’ é apresentado como incontestável. Nela a mulher e a criança são nada mais do que servos a cumprirem ordens. O pai-patrão-pastor seleciona classifica e hierarquiza todos como funções que interessam a manutenção do  modelo constituído.

Como as relações sociais são produtos das relações de produção criadas pelos meios de produção e a força de trabalho do trabalhador em forma de mais-valor, e como essa produção encontra-se impregnada pela moral capitalista, onde o lucro corresponde, na consciência do burguês, sua força, a família é somente o reflexo dessa abstração da máscara da economia burguesa em forma de verdade.

É então, que dominado por esses agenciamentos de enunciação coletiva, que o indivíduo se torna seu defensor como sujeito de enunciado ou sujeito-sujeitado. Um propagador replicante dessas formas de enunciações coletivas de dominação patriarcal- judaica-cristã-burguesa. Verdadeiros buracos negros molares onde dificilmente ocorrem possibilidades de sofrerem disjunções, como dizem os filósofos Deleuze e Guattari.

Nesse quadro, que pode ser considerado esquizoanalicamente como discursividade paranoica, já que o homem continuamente desempenha seu papel de perseguidor-perseguido, aquele que jamais quer ser pego de surpresa, revelar seu grande segredo sujo, se mantém temerosos os homofóbicos. Os que odeiam os homossexuais. Os que querem, por suas defesas-paranoicas, que o conceito de família não inclua a família gay. Um quadro tão perturbador para tais que não percebem que o gay é também expressão do mesmo conceito de família: o gay nasceu de um macho e uma fêmea. O que significa que o gay é macho-homem, e a lésbica é fêmea-mulher.

Desta forma, pode-se entender, embora não aceitar, a indigência política dos parlamentares que pretendem tornar constitucional o modelo de família que exclui a união homoafetiva. Uma indigência que não apenas os abrange, mas também um número grande de indivíduos de impedidos na meta, como diz Freud se referindo ao instinto sexual que buscava realizar um impulso de prazer, mas foi reprimido para o inconsciente e depois se manifesta como sintoma no Eu.  

O que esses fundamentalistas – que têm pavor de Cristo, por isso deliram sobre seu nome divorciado de sua essencialidade -, pretendem é projeção aberrante de seus conflitos que bloquearam suas faculdades sensorial, intelectiva e ética e que os impossibilita de atuarem de forma social pelos princípios de alteridade e tolerância. Princípios sustentadores da democracia real.

“A PROVIDÊNCIA DIVINA NÃO QUIS QUE EU EMBARCASSE NO AVIÃO”, DISSE MARINA. PODE-SE INFERIR QUE DEUS QUIS A MORTE DE EDUARDO PARA ELA SER CANDIDATA À PRESIDÊNCIA

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A POLÍTICA DO TEATRO GREGO

O teatro grego iniciou sua história com temas onde os deuses manipulavam os homens. O que significava que os homens eram meros brinquedos dos deuses que faziam deles o que lhe apetecesse. Um dos grandes trágicos gregos que seguiu essa temática foi Ésquilo. Suas tragédias mostram a luta inglória do homem, simples mortal, diante da força dos deuses que sempre lhe impunham suas vontades. E o homem saia derrotado.

Em seguida apareceu, propondo um teatro com o homem mais liberto, o trágico Sófocles, que apresenta em suas tragédias as lutas do homem contra os desígnios dos deuses. Em seu teatro homem luta por sua identidade e liberdade contra o aprisionamento dele imposto pelos deuses, como ocorre com Édipo, na tragédia do destino, Édipo Rei. Mas os deuses perdem suas interferências sobre o homem exatamente com o trágico Eurípedes. Ele cria uma tragédia em que o homem é seu principal personagem. O homem luta com o que ele mesmo criou. Não há deuses para desculpas. Não é por acaso que Eurípedes é considerado o trágico-existencialista. Seu teatro é o teatro do homem com sua existência. Um teatro ontológico onde o ser é o próprio homem.

CONHECIMENTO E LIBERDADE ONTOLÓGICA

Alcançar essa dimensão existencial de responsabilidade por seu próprio existir requer graduação do conhecimento, como diz o filósofo Spinoza. Sair do mais baixo grau de conhecimento é escapar das superstições, da ditadura da imaginação opressora. É saber que não há desculpas para o homem, visto que ele é responsável pelas próprias escolhas, como diz o filósofo Sartre. Quando alguém se encontra escravizado pela superstição há sempre desculpas, e nunca responsabilidade. Alguém é responsável pelo que me ocorre de bom e de mal. Sou tão desativado que até minha felicidade é outro o é responsável, como observa o filósofo Nietzsche. Nunca sou responsável por mim como humano. O que significa dizer que até minha felicidade não é um produto de minha responsabilidade construído junto com os outros.

DEUS PRETERE EDUARDO EM FAVOR DE MARINA

Diante do corpo, ainda quente, de Eduardo Campos, sua vice, Marina, obreira da igreja Assembleia de Deus, afirmou: “a providência divina não quis que eu embarcasse naquele avião”. Marina, através de seus percursos, já mostrou que é uma mulher ambiciosa. Ela, por ambição, divergiu do Partido Verde e saiu. Por ambição, vem tentando criar um grupo chamado de Rede de Sustentabilidade que para a deputada socialista Erundina, já mostra que não é partido, mas uma rede. Com sua Rede pretendia disputar a eleição para Presidência. Como não conseguiu sua inscrição junto Tribunal Superior Eleitoral (TSE), realizou uma jogada e entrou no PSB, e foi escolhida como vice de Eduardo. Mas o que ela pretendia mesmo era sair como cabeça da chapa. Essa sua continua ambição dissimulada como vice.

Foi então, que Eduardo sofreu o acidente. Aí, como Marina já demostrou que não entende nada de Freud e muito menos de psicanálise, em ato falho-teológico, revelou seu verdadeiro intento: ser a candidata à Presidência. E como é aprisionada na superstição em seu favor, proferiu a sentença-teológica introduzindo a vontade de Deus em sua ambição. Ela é candidata porque Deus quer. Não porque ela decidiu, mas por escolha de Deus. Da forma que os deuses interferiam nas tragédias de Ésquilo eliminado a vontade e responsabilidade do homem.

DEUS DE MARINA SUPERA ZEUS

Uma sentença-teológica que a mostra como uma pessoa singular para Deus. Deus lhe dedica atenção especial. O que Deus não dedicou para Eduardo. Pela sentença-teológica de Marina, infere-se que Deus não queria Eduardo como candidato à Presidência, e sim Marina. Mas esse Deus de Marina se apresenta mais cruel do que Zeus. Ele deixou Eduardo assumir a campanha, viajar, encontrar eleitores, trabalhar por sua eleição, e quando se engajou, otimistamente, em sua campanha, o levou à morte para beneficiar a sua privilegiada Marina. Ele não atentou que Eduardo era também seu filho e que tinha direito de realizar um projeto-existencial que escolheu acreditando na coletividade. Quando Marina, em sua ambição, não conjectura a coletividade. Como Deus, escolheu Marina, deixou que Eduardo “embarcasse no avião”. Esse Deus de Marina se mostra como qualquer pai vulgar, que através de sua moral pessoal de homem frustrado, privilegia alguns filhos em detrimento de outros. Esses filhos são privilegiados porque gratificam os anseios desse pai.

O QUE FOI QUE EDUARDO FEZ CONTRA DEUS?

O que leva a aumentar a inferência com uma interrogativa: O que foi que Eduardo deixou de realizar para Deus? Ou, o que foi que ele fez para Deus querer sua morte? Será por que Eduardo era socialista e Marina não é? Não. Não é essa assertiva, porque, segundo consta no conceito de irmandade, Deus é socialista: quer o bem de todos. Por essa última enunciação, Marina, encontra-se usando o nome de Deus em seu interesse pessoal. Ela blasfema. Comete heresia. Como fazem outros auto-alcunhados religiosos. Marina conclama o filósofo Epicuro quando ele diz: “O ímpio não é aquele que despreza os deuses da multidão, mas sim aquele que adere às ideias que a multidão faz dos deuses”. Em uma lógica rasa, Marina é uma marionete interesseira nas mãos de Deus.

DA CUMPLICIDA FARISAICA DO PSB      

Mas essa posição de Marina não acaba nela. Chega aos parentes de Eduardo Campos e o PSB. Os parentes de Eduardo, com seus motivos, não leram a sentença-teológica de Marina. E, por sua vez, o partido não sabe, como sabe a deputada do próprio partido, Erundina, que Marina não é socialista e muito menos pessoa que se associa às agremiações partidárias. Por essa ignorância, o PSB também compactua com Marina contra Eduardo: Deus não queria Eduardo como candidato, e sim Marina. Assim, se alia, servilmente, a Marina. Não entende que Marina é solipsista-modelo: só acredita em seu ego e jamais nos dos outros. Por isso que ela se toma como escolhida de Deus. 

Só que ela não sabe que antes dela, Deus já era brasileiro.

 

ESTADOS UNIDOS AMEAÇAM A RÚSSIA POR CAUSA DAS TENSÕES NA UCRÂNIA

             Segundo informações, tropas russas ocuparam a fronteira com a Ucrânia causando tensões no território. No fim da semana ativistas pró-russo invadiram e tomaram posse da sede regional do Ministério do Exterior. Diante desses fatos informados, os Estados Unidos, que têm interesse geo/econômico/bélico no território, por isso apoiaram o golpe de Estado dado por grupos neo-nazistas na Ucrânia, resolveram mais uma vez ameaçar a Rússia.

         O comunicado da ameaça foi feito por John Kerry, secretário de Estado norte-americano.

           “Os militantes estavam equipados com armas especializadas russas, com os mesmos uniformes que vestiam as forças russas que invadiram a Crimeia”, disse Kerry

         Segundo comunicado, Kerry disse que está preocupado porque os ataques no Leste da Ucrânia haviam sido orquestrados e sincronizados da mesma forma que ataques anteriores no Leste da Ucrânia e da Crimeia.

MENSALÃO DO PSDB PODE ENTRAR EM PAUTA NO STF NO DIA 31, MAS TAMBÉM AMEAÇA PRESCREVER

      O fato já é conhecido por quem está comprometido com a democracia brasileira. O partido da burguesia-ignara PSDB, no ano de 1998, lançou mão do meio escuso do desvio de verbas e caixa dois para campanha ao governo de Minas Gerais de seu membro Eduardo Azeredo. Entretanto, não foi somente o inimigo da liberdade na internet, quem foi beneficiado, segundo as apurações. Outros membros do partido reacionário também beberam da mesma fonte contaminada da corrupção. O Ministério Público Federal já mostrou que “vários delitos graves foram comprovados”. Assim, como dois processos contra os réus Azeredo e Clésio Andrade (PMDB/MG) correm no Supremo Tribunal Federal (STF).

      Como os personagens são acusados pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro, e como, de acordo com o Código Penal, esses crimes prescrevem em 16 anos, há muita preocupação por parte de quem é comprometido com a democracia brasileira que esses crimes prescrevam e os personagens acusados escapem. A preocupação democrática não é fantasiosa. A Ação Penal 470, que condenou membros do Partido dos Trabalhadores (PT), foi referente aos mesmos crimes que são acusados os membros do partido reacionário e congêneres. Só que o caso dos membros do PT ocorreu no início de 2000, e o caso de Azeredo, em 1998. Mas mesmo assim, o STF decidiu julgar primeiro o caso do PT. Para que isso ocorresse, segundo especialistas, juristas e políticos, houve uma conjuntura formada por advogados, promotores, políticos, magistrados que permitiu essa proteção aos reacionários.

         A ameaça do julgamento não ocorrer em tempo, está levando várias pessoas se manifestarem. Entre elas, o advogado João Pinheiro, que advoga em Brasília e Minas Gerais.

       “Os dois casos envolvem grupos políticos relevantes para o país e os brasileiros querem cobrar do STF, daqui por diante, porque o julgamento do mensalão tucano ainda não teve a mesma celeridade com a qual os ministros se empenharam pela AP-470.

       A Ellen Gracie já anunciou que está filiada ao PSDB e deve disputar algum mandato nestas eleições. Quanto a Gilmar Mendes todos sabem da sua ligação com o partido e sua passagem pelo governo Fernando Henrique como advogado-geral da União. Não podemos dizer que estas ligações interferiram diretamente em manobras protelatórias, mas no mínimo eles fizeram corpo mole para não colocar a ação para andar”, disse João Pinheiro.

       Por isso, para evitar que o “corpo mole” se transforme em uma dura consequência à democracia, manifestantes encontram-se acampados em frente ao prédio do STF, com faixas marcando os dias que faltam para a prescrição do mensalão tucano.

      “Não podemos nos conformar com dois pesos e duas medidas. O julgamento precisa sair de qualquer jeito agora. O Judiciário precisa se manifestar a respeito e evitar uma crise institucional”, observou o advogado Bruno Machado.

       Para não causar desconfiança. Os ministros Ellen Gracie, Gilmar Mendes, Cezar Peluzo e Ayres Brito foram presidentes do STF e nenhum deu andamento a Ação Penal 536 cujo processo tem 48 volumes e 43 apensos. O atual presidente do STF Joaquim Barbosa, também seguiu seus pares: não deu andamento na ação. Foi o ministro Luiz Barroso, que ao assumir a relatoria, começou a fazer o processo andar. Isso ocorreu no mês de junho de 2013.

 

 

CORRUPÇÃO DO PSDB. HÁ “FORTES INDÍCIOS DE EXISTÊNCIA DO ESQUEMA DE PAGAMENTO DE PROPINA”, DISSE RODRIGO JANOT, PGR

De acordo com documentos e declarações de testemunhas, o caso é fácil de entender. De 1998 até 2008, os governos do PSDB, partido reacionário porta-voz da burguesia-ignara paulistana, que corresponde às gestões dos governadores Mário Covas (já falecido), Geraldo Alckmin e José Serra, mantiveram relações com a empresa multinacional Siemens – não esquecer os acordos também com a multinacional Alstom –, para realizar obras no Metrô e na Companhia Paulistana de Trens Metropolitanos (CPTM. Resultado: as tais obras não foram executadas dentro das normas que declaravam os contratos.

Passados alguns anos, começaram a surgir denúncias de corrupção nas licitações privilegiando empresas como a multinacional alemã Siemens em forma de cartel. Das denúncias foram extraídos os fatores produtores da corrupção: pagamento de propina a membros dos três governos. Diante das denúncias, como era esperado, o partido reacionário partiu para sua cândida defesa, visto que para ele e todas às direitas, só quem pratica corrupção é o Partido dos Trabalhadores (PT). Um caso típico freudiano de recalque: a corrupção no PSDB vem muitíssimo antes do PT ir ao poder. Mesmo assim alguns deputados estaduais de São Pulo tentaram articular uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Assembleia Legislativa. Não dava outra: com maioria a turma das licitações propinada barrava.

Mas, com diz Freud, a tendência de toda experiência reprimida ocultada no inconsciente é se manifestar consciente, como retorno do reprimido. Também não deu outra: executivos das empresas passaram a fazer denúncias contra os membros do partido ‘inocente e integro’, como também dos outros partidos, ‘inocentes e íntegros’, DEM e PPS. Foi o que fez o ex-diretor da Siemens, Everton Rheinheimer. Amparado pela delação premiada, ele mandou ver. Em seu depoimento ele acusou nada menos do que deputados, senadores e ex-secretários. Senador do PSDB, José Aníbal – que odeia rolezinho, “coisa de cavalão”, como tachou a manifestação de jovens da periferia -, deputado federal do PPS – partido do ultradireitista, Roberto Freire -, Arnaldo Jardim, Edson Aparecido, do PSDB e Rodrigo Garcia, do DEM. Todos se dizem inocentes.

Inocentes ou não, o certo é que o caso virou o inquérito de número – não esquecer quem gosta de Justiça – 3815, que apura a existência de cartel nos setores de trens e Metrô de São Paulo e que foi enviado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF), e que tem como relator o ministro Marco Aurélio de Mello. O caso encontra-se no STF porque os personagens possuem foro privilegiado.

No dia 7 de janeiro, Rodrigo Janot, procurador-geral da República enviou parecer sobre o caso ao STF.

“Há fortes indícios de existência do esquema do pagamento de propina pela multinacional alemã a agentes públicos vinculados ao Metrô de São Paulo”, escreveu Janot.

 Rodrigo Janot pediu ao ministro Marco Aurélio, o envio do documento a PGR, que consta o depoimento do ex-diretor da Siemens.

O LIVRO “OPERAÇÃO BANQUEIRO”, DO JORNALISTA RUBENS VALENTE, SOFRE AMEAÇA DE CENSURA POR PARTE DE DANIEL DANTAS

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Os livros que têm suas edições esgotadas expressam as faculdades sensível e cognitiva dos leitores que os adquirem. Há livros com variados conteúdos: autoajuda, religioso, esporte, empreendimento financeiro, otimismo em gotas, artes, sociologia, biografia, jurídico, político, etc. De acordo com os conteúdos pode-se inferir o grau de envolvimento social e privado dos seus leitores. Nisso, pode-se, também, aventar a importância da obra, como um todo, para a sociedade. Para a produção da democracia.

Os livros adquiridos por necessidade pessoal apresenta um leitor um tanto distante dos envolvimentos político e social. Já os livros adquiridos por necessidade coletiva, confirmam um leitor preocupado com enunciados além de sua existência individual. Pela ótica do mercado editorial, qualquer conteúdo de um livro pode se transformar em best-seller, desta forma são financeiramente importantes. Mas quando se trata de produção de democracia que exige as potências poièsis e práxis, um livro com conteúdo político tem muito mais importância que um livro escrito por um Paulo Coelho. Como um livro escrito por Leonardo Boff, dado a semiótica que carrega como adequada à produção da democracia, tem muito mais importância que um escrito por um Padre Marcelo. Como se trata de graus de inteligência comprometida com existência democrática de todos, a comparação não contém nenhum signo discriminador.

Foi exatamente o que ocorreu com o livro escrito pelo jornalista Rubens Valente, Operação Banqueiro. Por distribuir em suas páginas conteúdos político, ético e jurídico, o livro esgotou sua primeira edição. O que mostra o interesse que uma boa parte da sociedade brasileira vem tendo quanto ao que ocorreu e ocorre na história do Brasil contemporâneo. Ao pretender conhecer melhor os meandros da história do Brasil contemporâneo, esse leitor mostra o seu grau de preocupação intelectual e política, já que o livro conta, com farta documentação legais e verdadeiras, o início, a desenvoltura, a incriminação e a absolvição – temporária – do maior esquema de corrupção instalado no Brasil. Ele parte do governo Fernando Henrique, com suas relações dom Daniel Dantas, personagem principal da obra política, financeira e jurídica, proprietário do Banco Opportunity, autor de várias tramas envolvendo outros personagens como José Serra, tocando ate no ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal.

Como não poderia ser o contrário, Daniel Dantas, o personagem principal da Operação Satiagraha, da Polícia Federal, comandada pelo delegado Protógenes Queiroz, hoje deputado federal pela sigla PC do B, para investigar um esquema de corrupção, não gostou nada do conteúdo apresentado no livro. Sentiu-se moralmente ofendido, embora notícias sobre suas tramas tenham sido veiculadas por anos inteiros, e mandou seus advogados agirem para tirar a obra de circulação. Porém o editor o Publisher da Geração Editorial, que publicou o livro, já tomou providências para que mais uma vez Daniel Dantas não leve vantagem e seja privilegiado como quando conseguiu dois habeas-corpus de seu amigo, ministro Gilmar Mendes.

“O banqueiro Daniel Dantas fez a primeira ameaça oficial à Geração Editorial, que no último dia 10 lançou a obra “Operação Banqueiro”, do jornalista Rubens Valente, com revelações e provas inéditas sobre as atividades do banqueiro e do Banco Opportunity. A primeira edição da obra esgotou nas livrarias em poucos dias, e Geração trabalha para colocar a segunda edição nas livrarias de todo o país.

Em notificação extraoficial datada do dia 9 de janeiro, subscrita pelos seus advogados, Daniel Dantas ataca a citação, na obra, de dados obtidos pelo jornalista em inúmeros processos judiciais e inquéritos policiais e administrativos de interesse público. O banqueiro afirma que “pode-se concluir que a publicação extrapola – em muito – os limites do exercício da liberdade de expressão, sujeitando V, Sas (Geração Editorial), na qualidade de editores e distribuidores, à responsabilização pela divulgação dos dados sigilosos e pelos danos causados ao notificante (Dantas) e ao Opportunity”.

O banqueiro alega que há dados sob sigilo e, por isso, “o conteúdo divulgado no livro intitulado “Operação Banqueiro” é ilícito.

A notificação extrajudicial é datada de 9 de janeiro, um dia antes da chegada da obra nas livrarias do país. A peça assinada pelos advogados do banqueiro reconhece que houve portanto uma “leitura superficial”. Segundo o banqueiro “a leitura superficial da obra publicada permite constatar a divulgação indevida, ainda que não se reconheça o seu teor, de informações sigilosas constantes de processos judiciais e administrativos, como por exemplo o conteúdo de interceptações telefônicas, a transcrição de e-mails; a reprodução de documentos e relatórios da Polícia Federal.

A Geração Editorial e o autor reafirmam que jamais utilizaram material ilícito e que a divulgação de dados do gênero é reconhecida em várias esferas judiciais e oficias que defendem o direto à liberdade de informação e expressão no Brasil. Caso prosperasse a tese desenvolvida pelo banqueiro e contida na peça ameaçadora de seus advogados, todos os jornais e revistas do país, todas as emissoras de televisão e todas as editoras estariam impedidas de divulgar quaisquer investigação desenvolvida, por exemplo, pela Polícia Federal…”, diz trecho da nota publicada pelo Publisher da Geração Editorial.

O FILÓSOFO NIETZSCHE E O SENTIDO DO CASTIGO PARA OS IMPOTENTES

Para o filósofo alemão Nietzsche a moral é o modo de agir e julgar. Modo de agir e julgar que se formam nas pessoas como costumes que se constituem como hábitos que chegam pela tradição. Nesse modo de agir e julgar o sujeito-moral não sabe de onde surgiram esses princípios. Mas o filósofo nos revela que o sujeito-moral tem esse modo de agir e julgar não porque é um ato bom para ele, mas porque deve obedecer. Em síntese: a moral é um modo de obedecer e fazer obedecer sem saber de onde surge a causa.

Seguindo o pensamento do filósofo alemão compreende-se que a maioria das pessoas julga e age sobre objetos e ideias em forma de consequência. Nunca de causa. Por tradição, porque lhe levaram a agir e julgar. Nisso são atos dos exauridos. Por tal, são atos sem importância por não serem constituídos de partículas racionais. São atos que não podem ser objetos de uma crítica por não possuírem propriedades cognoscíveis. Ou seja, elementos capazes de serem percebidos como reais.

Mas, esse modo de agir e julgar não e uma consequência sintética em si mesma. Ele encontra-se imbricado com elementos irracionais da superstição ou forma sobrenatural. Aí, o sentido que o sujeito-moral tem de acreditar estar realizando um ato lógico e necessário. Quando em verdade apenas projeta sua forma impotente de existência, visto que ela é só consequência. A impotência é a negação da vida. É existir sem nunca tomar parte na produção histórica do mundo. Agora, não é Nietzsche quem diz, mas sim Marx. Ou para fortalecer o tema. “O burguês é uma insuportável consequência”, Sartre. O modo de agir e julgar do burguês é consequência de sua existência capitalizada: estado de morte. 

Dessa forma, é fácil conceber porque tantas pessoas se tomam juízes e carrascos de outras ou de ideias. Imbricadas por estes corpos judicativos elas só perseguem o castigo dos que elas imaginam como réus. Um exemplo, muito convencedor foi – ainda é – a compulsão que tomou conta da mídia sequelada e das direitas em relação ao julgamento da Ação Penal 470. Foi um verdadeiro soerguimento de um patíbulo para execução do castigo, principalmente, o castigo de José Dirceu, que diante desses que encontram-se em estado de impotência representa superioridade histórica em razão de seus atos pela dignidade humana.

A confirmação material do que diz Nietzsche, em sua Segunda Dissertação, de sua obra Genealogia da Moral, de que a necessidade de castigar tem como elementos dos espíritos malogrados – os que pretendem sempre castigar – a culpa, a má consciência e os ideais ascéticos. Foram estes personagens impotentes que criaram um elenco de castigos como forma de vingança por suas existências corrompidas.

Daí que todo aquele que coloca o castigo como ideal primeiro em sua relação com os outros só afirma seu estado impotente diante da vida. A necessidade de castigar é necessidade de ser castigado em função da negação da de sua própria vida.   

NOTA DO DCE LIVRE DA USP REPUDIA DENÚNCIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO CONTRA OS 72 ALUNOS QUE OCUPARAM A REITORIA DA UNIVERSIDADE EM 2011

Em nota publicada na terça-feira (05), o Diretório Central dos Estudantes da USP (DCE- livre da USP) repudiou a denúncia do Ministério Público contra os estudantes que ocuparam a reitoria da USP em ato de protesto, com o objetivo de pressionar a reitoria da universidade a retirar a Polícia Militar do campus.

A Polícia Militar passou a ocupar o campus da USP após a morte de um aluno em 2011, a partir de uma decisão da própria reitoria da instituição de Ensino Superior. Na denuncia, os manifestantes são acusados por danos ao patrimônio, pichação, desobediência judicial e formação de quadrilha.

Na nota do DCE – Livre da USP, é rechaçada, também, a postura da promotora Eliana Passarelli, responsável pela acusação. A promotora, em sua declaração em entrevista à Folha de São Paulo, chamou os estudantes de “bandidos”. Segundo ela, o material encontrado no local – como garrafas, combustível e outros artefatos – poderiam ser usados para fabricar bombas. Os estudantes, na nota, afirmam, como resistência, que “Lutar por democracia e diálogo não é crime”.

Quando tratamos de um Direito fundamentado na moral burguesa, percebemos o quanto este Direito tem por função normativa garantir a individualidade, a propriedade privada e o bom andamento do mercado, seja através do Direito Internacional, seja através da sua forma constitucional. Deste modo, as decisões tomadas por este tipo de direito não procuram dialogar com o processo de produção social, por exemplo, que pode ser encontrado dentro de uma Universidade como a USP, ou em qualquer outra instituição que tenha a educação como seu principal veículo de potencialização de seus atos.

Tais atitudes são separadas do movimento de construção da sociedade. Elas se encontram fechadas na norma.  A norma reconhecida na ação de um juiz, já percebido como receptor e emissor desta mesma norma, e no Estado, que também passa a ter suas ações reconhecidas através de normas. Este Direito não permite uma lógica da imprecisão, não admite um movimento dialético com a sociedade capaz de problematizar a produção social como espaço de constituição das lutas sociais e dos conflitos de onde surgem os acontecimentos singulares que são absorvidos pelas normas.

Quando procuramos situar o Direito como movimento de problematização da constituição da produção social, o que estamos ressaltando é o movimento da diferença, isto é, de uma produção ontológica onde não se determina uma essência para se buscar um fim por meio de regras ou valores morais pré-constituídos. Muito pelo contrário, acreditamos que a produção do saber-Direito pode muito bem se encontrar com a soberania popular, quando não simplifica os conflitos sociais e compreende a produção social como uma imersão nas singularidades e em seus movimentos contínuos de criação.

Falamos, portanto, de um Direito que não seja teleológico e que não tenha como principio somente uma “Teoria do Dever” ou uma Deontologia. Falamos de um Direito ontológico, um Direito que deriva continuamente para uma filosofia da diferença, onde as identidades não constituem os sujeitos históricos, pois estes se tornam sujeitos quando põem em prática o que Foucault chama de ontologia histórica de nós mesmos, de uma genealogia do ser social, da produção de nós mesmos; longe de toda redução do ser à norma e à soberania do Estado.

O evento singular que ocorreu na USP em 2011 podia (e ainda pode) ser uma grande oportunidade de o saber universitário demonstrar o quanto está próximo da sociedade e de sua produção social. Um momento para que a universidade possa demonstrar o quanto a produção do saber é uma problematização do estado constituído das coisas. Uma ocasião para tratar da violência como um evento social.

Walter Benjamin, diz que “Toda violência é, como meio, poder que estabelece ou preserva o direito. Se não almeja nenhum desses dois títulos, renuncia sozinha a toda e qualquer validade”. A violência é o que garante a manutenção e preservação do Direito, pois é a violência que faz com que a lei possa ser fundamentada como norma. A esta violência, Benjamin chama de mítica, atribuindo a ela a estrutura dos mitos capazes de normatizar uma dada situação. Os aparelhos de Estado, como a polícia e o exército, agem de acordo com esta violência, mas quaisquer outros tipos de violência, mesmo aquelas contra o Estado e o Direito, também agem de acordo com a violência mítica, pois procuram determinar a constituição da produção social.

Contudo, Benjamin fala de uma violência divina: “Digna de reprovação é toda violência mítica que estabelece o direito, e que se pode chamar dominante. Digna de reprovação é também a violência que preserva o direito, a violência administrada a serviço dos administradores. A violência divina é emblema e selo, mas nunca um instrumento de execução sacra.” Michel Hardt e Antonio Negri chamam esta violência divina de poder constituinte, pois ela é produção fora da lei e da norma, age dentro da vida à medida que produz vida.

Ora, quando o Direito não problematiza as condições da produção social, ele sempre vai colocar as normas e as leis acima da vida. Ainda assim, a vida se faz presente e resiste, como podemos verificar na forma em que Mireille Delmas-Marty nos diz o que é incriminar:

“Incriminar é definir um crime, no sentido amplo de infração penal. Portanto, ao mesmo tempo nomear e dividir. Nomear uma situação, um comportamento por vezes não nomeado até então. Dividir o espaço social em lícito e ilícito, e, mais precisamente, restringir o espaço de liberdade através de uma nova interdição (ou uma nova obrigação no caso de um delito de ação). Quando uma sociedade decide, assim, separar o que é infração penal do que não é, quando decide nomear o mal, e portanto, dizer o bem, ela entra em território altamente simbólico que modela e transforma ao mesmo tempo. Nesse sentido, toda nova incriminação fatalmente provoca respostas: de integração, de resistência, de revolta ou de invenções de novas transgressões. É o mistério da incriminação.”

Abaixo, a nota do DCE – Livre da USP:

São Paulo, 05 de fevereiro de 2013.

O DCE-Livre da USP vem a público repudiar a denúncia apresentada pelo Ministério Público de São Paulo à Justiça no dia 5 de fevereiro, que acusa os 72 estudantes, que foram detidos durante a violenta reintegração de posse do prédio da reitoria em 2011, de danos ao patrimônio público, pichação, desobediência judicial e formação de quadrilha.

Além disso, também repudia as declarações da promotora Eliana Passarelli, autora da denúncia, à imprensa que chama os estudantes de bandidos e criminosos.

Na nossa opinião, a intenção de criminalizar esses estudantes é um ataque ao movimento estudantil e aos movimentos sociais de conjunto, que possuem o direito democrático de livre expressão e manifestação.

Um dos principais problemas existentes hoje na USP é a falta de democracia na gestão da universidade, expressa hoje pelo atual reitor João Grandino Rodas. O convênio assinado com a polícia militar não foi em nenhum momento debatido junto à comunidade universitária e não solucionou o problema da falta de segurança que até hoje permanece dentro da Cidade Universitária.

Por isso, em setembro de 2011, o DCE-Livre da USP realizou um ato público na Faculdade de Direito da USP contra a criminalização dos estudantes e em defesa da democratização da universidade, que contou com a presença do senador Eduardo Suplicy, do deputado estadual Carlos Gianazzi e do jurista Fábio Konder Comparato, além de diversos movimentos sociais.

Lutar por democracia e diálogo não é crime. O DCE-Livre da USP se posiciona contrário a qualquer tipo de punição a esses estudantes e convoca os demais alunos a seguirem na luta pela democratização da universidade.

DCE-Livre da USPGestão Não Vou Me Adaptar

Ação Penal 470 e Direito sensível: da corrupção a geração

Concluído o julgamento da Ação Penal 470, conhecida pela alcunha de Mensalão, no Supremo Tribunal Federal (STF), após quatro meses e meio (faltando ainda a redação do acórdão do processo e a análise de eventuais recursos), resta um tanto de discussões em torno da ciência do Direito e da ação do Direito em assuntos de interesse de toda sociedade, como é o caso da corrupção.

Ficou para o atual presidente do STF e relator do processo, ministro Joaquim Barbosa, o papel de evidenciar a corrupção como um grande mal capaz de destruir a integridade de todo um país, logo tendo que ser combatida, através de ferramentas jurídicas de que dispõe a maior instância da justiça brasileira. Por esta razão, talvez, ele tenha declarado por ocasião do fim do julgamento: “Vocês nunca mais vão ouvir falar de uma ação tão longa, de um julgamento tão complexo”.

Indubitavelmente complexo. Mas entendamos: não pela complicação jurídica inerente à ação, mas porque reuniu uma série de interesses, próprios da produção da existência, que evidenciaram o jogo de afirmar e negar, de tornar algo absoluto e depois limitá-lo, tão exercitado pela ciência jurídica (Antonio Negri). 

Ao longo do processo, o primado deste jogo pode ser considerado a extenuante preocupação demonstrada por alguns ministros, principalmente por Joaquim Barbosa, e endossada pela mídia maior (representante das regras morais constituídas como fundamento dos vínculos sociais e das grandes representações sociais) de se manter uma luta contra a corrupção no campo político profissional do Brasil. Reivindicação antiga esta, tão antiga quanto o entendimento de que a corrupção é um ato que se fecha no desvio de dinheiro público por pessoas que cumprem mandatos políticos. Com a ação 470, tornou-se comum pensar que o combate a esta corrupção pode ser encontrado na normatividade exercida pelo Direito e que a justiça será cumprida se a decisão tomada sobre um julgamento desta natureza constituir um vínculo entre a decisão tomada e o texto da lei. Deste modo, entende-se que a justiça é realizada quando se é cumprida uma norma.

É óbvio o fato de que o Direito, em sua história e grandes escolas, acolheu a normatividade como forma de objetivar a produção da existência. Pode-se considerar óbvio, também, o fato de o normativismo ter ganhado uma forte identidade com o Estado e a organização de sua estrutura. Contudo, esta aparente obviedade pretende ocultar o lugar do Direito como sendo o das problematizações da existência, da potência e não do poder, da política e da democracia absoluta (Spinoza/Antonio Negri) e não da representação e do Estado. O lugar do direito, portanto, é o lugar da existência, da rua, onde as produções existenciais, constitutivamente, vão engendrando os próprios contratos, as leis, processos e ações responsáveis por compor a realidade, seja ela do poder, do Estado, do Direito e das decisões tomadas segundo o normativismo jurídico.

 

Poder Constituinte e Representação

De modo breve, o Poder Constituinte, na práxis constitutiva de Antonio Negri, é o movimento absoluto da potência criadora da multitudo, ou seja, a produção da existência pelas singularidades que resistem ao autoproduzirem-se, sem ser efeito de uma realidade constituída ou de uma classe, sem ser efeito de uma ideologia; é o trabalho vivo e criador que não é absorvido pelo poder constituído. Este conceito de poder constituinte problematiza uma crise engendrada pelo poder do Estado que tem, por fundamento, a representação.

Sabe-se que esta representação se deu devido à teoria do poder de Thomas Hobbes, na qual a alienação das liberdades individuais da multidão é necessária para impedir que haja a “guerra de todos contra todos”. É por medo que o contrato social se torna o poder do Estado, como organizador e tutor da sociedade, uma necessidade. E é a justiça (entenda-se Direito normativo) a responsável por mediar as relações entre sociedade e Estado. Esta perspectiva do poder do Estado encontra seus ecos nas teorias desenvolvidas por Rousseau e Hegel, citando apenas os mais influentes.

Muitas teorias da ciência do Direito, que trataram do poder constituinte, encerram-no na representação. O poder constituinte como fundamento da Constituição, como movimento livre de falas que vão desdobrando significados e sentidos, vai definindo-se à medida que se reduz à dinâmica orgânica dos poderes constituídos. Deste modo, o poder constituinte é absorvido pela representação e os elementos constitutivos de sua produção livre são regulados pelo poder do Estado e mediado pelo poder jurídico.

Neste caso, para usarmos um exemplo breve, as leis perdem sua característica de produção humana, de efeito de problematizações sociais, políticas e econômicas e passam a existir a partir de suas próprias sentenças. Pior ainda é o fato de surgir o pensamento de que a lei seria uma produção que teria seu inicio, meio e fim no poder legislativo, pois apagado o movimento de produção da lei nos agenciamentos que se encontram na existência material, ela é recolocada como função e ação pura de membros do poder legislativo.

Assim, a Ação Penal 470 imputou, à coerção da lei, a restrita responsabilidade de combater a corrupção. Segundo alguns, até mesmo passando por cima do poder legislativo (aqui). Mas isto pouco importaria, se percebermos o quanto o poder constituinte, enquanto potência criadora da multitudo resiste à sua subsunção ao poder constituído. Esta percepção contribui para que o poder e a ciência jurídica não sejam tratados somente dentro das categorias normativas, mas, pelo contrário, como produções existenciais onde o dever-ser do Direito positivo comece a fazer parte do ser como produção dos desejos. É aí que um direito sensível pode nos interessar.

 

Direito Sensível, Corrupção e Geração

Luís Alberto Warat afirma a necessidade de se elaborar outra concepção do Direito que esteja apartada do normativismo. Para Warat, “O mundo do Direito, suas práticas, discursos, representações simbólicas e circunstâncias institucionais, seguem apresentando um núcleo muito forte de inacessibilidades, quase blindado, a qualquer aproximação interpretativa ou reflexão filosófica.” Seguindo os estudos da vida reflexiva de Warat, pode-se compreender esta afirmação de modo radical: o Direito se afastou da vida, isto é, do movimento material e espiritual (logos/verbo/razão) da produção da existência, que conta com uma política e economia dos afectos, com uma produção das singularidades, da produção da alteridade como aproximação e afirmação das diferenças, da potência que não se reduz ao poder, de um amor político que vai além das instituições prescritivas.

Este direito pode ser chamado de sensível. É sensível, pois não concebe o Direito como algo estranho à produção da existência. O Direito não é concebido de modo arbitrário, mas é compreendido pelos vários modos de ser que compõe percepções novas, isto é, percepções que procuram se afastar dos sentimentos constituídos e desenvolver entendimentos na materialidade da existência de modo radical, indo à raiz do que é produção humana e a problematizando. A verdade do Direito não consistiria no normativismo, mas na produção de saberes e das práticas que fazem com que estes saberes sejam capazes de construir outras vivências. Em uma palavra: estas mudanças jurídicas reivindicam não apenas direitos e deveres, mas acima de tudo, uma práxis constitutiva das singularidades, aonde a produção da existência venha não do universal abstrato, mas de proposições subjetivas capazes de afirmar diferenças e reinventar o campo do real.

Com efeito, do modo em que este texto vem se desenvolvendo, a corrupção não pode ser entendida dentro das modulações do Direito normativo que se identificam com o Estado. A corrupção, segundo esta concepção, encontra seu lugar nos regimes de governo e na contradição de seus atos. Assim, só poderiam ser resolvidos a partir de suas próprias categorias normativas. A corrupção aqui é concebida, segundo Antonio Negri e Michel Hardt, como o rompimento da cadeia de desejos. A corrupção é o que enfraquece e até esvazia a produção ontológica, fazendo da existência apenas a reprodução da perversa realidade capitalista que anula as singularidades.

Deste modo, a corrupção é um alastramento das práticas responsáveis por fazer do bem comum um punhado de pressupostos a serem seguidos como imagens morais impostas. A corrupção está em todo lugar onde o capitalismo estiver, ou seja, em todo lugar onde o individual ocupa o lugar da solidariedade da comunidade e transforma a existência e os objetos e práticas dela resultante em fetichismos para a manutenção do poder do capital.

A Ação Penal 470 trabalhou com o sentido de corrupção reduzido a regimes de governo e não fez com que o Direito se aproximasse da vida. Não tomou o Direito de modo generativo. A geração é o que combate a corrupção, ou seja, os modos de ser moldados pelo capitalismo. A geração é da ordem do desejo, da produção, de uma nova subjetividade que problematize a materialidade da existência. Somos nós, nosso trabalho, nossas ações, a composição de nossos afectos que produzem o mundo.

“Para que a geração ocorra, o político precisa ceder ao amor e ao desejo, isto é, às forças fundamentais da produção biopolítica. A política não é aquilo que nos ensina hoje o cínico maquiavelismo dos políticos; é, antes, como o democrático Maquiavel nos diz, o poder de geração, desejo e amor. A teoria política precisa se reorientar nessa linha e assumir a linguagem da geração” (Antonio Negri e Michel Hardt).

Tornou-se um senso comum dizer o quanto é inelutável a verdade normativa do Direito. Mas podemos sim exercitar a geração como alternativa para um Direito que esteja mais próximo da produção da existência. Não sendo assim, estaremos reduzidos à crença de que somente existimos quando somos representados pelo poder constituído.

AS VÉSPERAS DE SUAS POMPAS, MINISTRO JOAQUIM BARBOSA NÃO JULGA PELAS CIRCUNSTÂNCIAS

Logo mais às 15 horas, o Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa vestira sua toga para no tribunal do Supremo ser nomeado o novo presidente da Corte. Após associações de juízes oferecerão as 20 horas um coquetel num clube de Brasília em honras ao novo ministro da Suprema Corte. Mas e as circunstâncias?

O Supremo aprovou outrora com insistência de Barbosa a aprovação da instalação da Ação Penal 470, alcunhada pela mídia reacionária de Mensalão. Entretanto por este se tratar em um ano eleitoral havia certo interesse em agilizar o processo para ser debatido antes da eleição. Mas o que causa mais debate foram as circunstâncias desta escolha do Supremo. Haviam dois processos envolvendo doação e financiamento de campanhas: um referente a eleição de 1998 que envolveu o a compra de votos para que houvesse a reeleição do Príncipe sem trono Fernando Henrique Cardoso somado com financiamento de campanha do PSDB mineiro (e nacional) encenada por Marcus Valério com atuação do banqueiro orelhudo Daniel Dantas e com milhares de páginas com provas. Este processo teve denúncia recebida no Supremo Tribunal Federal em dezembro de 2009. O segundo processo se refere ao alcunhado Mensalão que (não) ocorreu em 2006, que foi julgado com parcas e infundadas provas através da teoria do domínio do fato. A prioridade da escolha do STF em julgar os processos já é conhecida.

Portanto um dia antes de assumir suas pompas, o presidente interino do Supremo Joaquim Barbosa e os outros ministros continuaram o julgamento da ação penal 470 com diversas condenações, recusas de pedidos de defesa e outras ações que deixaram os mais moralistas cheios de pompas em seus delírios punitivos. Logo depois o presidente da corte determinou que as testemunhas de defesa do chamado Mensalão do PSDB mineiro conhecida como Ação Penal 536. Agora esta segunda escolha do STF finalmente serão julgadas com Barbosa na presidência e com as decisões transmitidas pela mídia , mas em quais circunstâncias?

QUE GRITO É ESTE QUE NÃO SAI DE LUGAR ALGUM E VAI PARA LUGAR NENHUM

O GRITO

O Grito dos Excluídos e Excluídas, historicamente, é um evento promovido por entidades da Igreja Católica mais próximas de causas sociais como as Pastorais, por movimentos sociais, entidades ligadas a sociedade civil e por pessoas que de um modo ou de outro sentem-se excluídas dos processos econômicos, políticos representativos, sociais, civis e culturais promovidos e organizados pelo sistema capitalista.

Com este histórico, o Grito insistiria na perseverança de um modo de ser crítico, ou seja, uma postura humana frente ao real, capaz de analisar as perversidades próprias ao sistema capitalista responsáveis não somente por excluir as pessoas dos processos mencionados acima, mas de privá-los da vida, uma vez que na sociedade capitalista, para se obter o lucro, tudo se torna uma mercadoria, inclusive ideias, comportamentos e até o próprio ser humano, pois uma das exigências da exploração capitalista é o esgotamento das energias do corpo e do espírito humano através de atividades mortas, alienadoras e sem significado, atividades que forçam a ação humana está reduzida à sobrevivência diária, tendo que fazer da luta não uma revolução do atual estado de coisas constituído, mas uma sofrida e exaustiva luta pelo pão de cada dia.

O GRITO EM MANAUS: A PRÁTICA DE UM PECADO

Mas, ao que parece e tudo indica, o Grito ao passar dos anos em Manaus, foi se desviando deste objetivo estético-ético-político. E deste modo passou a viver em pecado. E nem poderíamos dizer que sua coordenação está a cometer equívocos, pois, partindo da premissa que o grito trabalha com uma percepção de Cristo institucionalizado pela Igreja, o que pode haver é desvio do caminho certo, fazendo com que o Grito caia em erro, isto é, em pecado como dissemos. Isto dentro do maniqueísmo do cristianismo oficial.

Este desvio, digo, pecado, ocorre por um fato que vem se repetindo nos últimos Gritos. As últimas versões do evento, abandonando a critica e a vida das ruas e o calor da vida pulsante dos bairros com suas estruturas sociais decadentes e a alegria e criatividade do pobre afastado dos centros de comércio e centros simbólicos da classe alta manauara, começou a realizar suas concentrações em lugares, que no mínimo, desvirtuam o real objetivo de um grito que não reproduz o poder constituído, mas que atravessa a existência como potência de criação nas falas autênticas de todos aqueles que são responsáveis por produzirem suas próprias condições de vida.

Este desvio também veio cada vez mais acompanhado de uma necessidade irracional de aproximar o grito dos políticos profissionais, numa crença mítica e mistificada de que a democracia representativa, quando desvinculada da corrupção e de práticas nefastas como a mentira, por exemplo, pode ser a via de acesso às mudanças desejadas. Mas como poderia acontecer algo assim, se a democracia representativa é justamente uma derivação da primeira forma prática do capitalismo exposta pelo mercantilismo onde o surgimento do Estado moderno se deu justamente para a organização política-econômica da melhor acumulação de riquezas através da exploração nos seus vário0s segmentos?

Ora, a corrupção, a mentira e outras impotências no humano, são próprias do modelo representativo democrático, pois são próprios de um capitalismo que impõe a necessidade do capital ser uma relação entre dominadores e dominados. Deste modo, quem acredita que a democracia representativa é a única via de acesso para as mudanças, acredita em um capitalismo humanizado onde uma minoria toma para si a palavra da maioria e acredita falar por essa maioria.

Eis que seguindo o desvio, o pecado, o Grito, como já vinha ocorrendo antes, vai realizar a versão do evento cristão-social de 2012 em uma avenida de Manaus que carrega consigo todo o simbolismo da moral burguesa e força os excluídos a se sentirem mais excluídos ainda. Este ano a concentração será  nesta sexta-feira, dia 07 de setembro, na  Av. Constantino Neri, em frente ao parque dos bilhares, à partir das 16:00h, passando pela avenida Caco Caminha indo até a ponte da Compensa no Prosamim. Mas não foi apenas isso.

Para a definição dos detalhes ( ao que parece aqueles que importam realmente) do Grito deste ano, no dia 29 de agosto, a coordenação da Igreja reuniu líderes comunitários, representantes da Cáritas Arquidiocesana, movimentos sociais e candidatos à prefeitura de Manaus para pedir uma cidade mais digna. Mas nos perguntamos: como fazer tal pedido para candidatos que do auto da fama de cargos políticos-profissionais como o de senador, prometem uma surra na autoridade constituída maior da nação, fazendo com que nem a hierarquia estabelecida seja respeitada; ou para candidatos que estejam sendo apoiados por um político responsável pelos quase trinta anos de estagnação social, política, cultural, econômica em Manaus que contribuíram para que ela torna-se uma não-cidade.

É claro que a coordenação do grito poderá dizer fazer parte da democracia o diálogo. Mas como usar da razão, ou seja, da produção de argumentos, com pessoas que fizeram da violência seus modos de existência? E, talvez o que seja pior, como se fazer ouvir o grito dos excluídos fazendo acordos com aqueles que proporcionaram a exclusão do povo? Atitude irracional! Que motivo teria o torturado(@)/excluído(@) em fazer acordos com o seu carrasco?, para parafrasear a alegria Brecht na peça A exceção e a regra. Talvez, o motivo seja para deixar claro que a melhor forma de tratar os excluídos no capitalismo é fazendo com que eles se mantenham excluídos, mas contribuindo para a nervura do sistema através de seus votos, da reprodução de discursos constituídos, de perdões, de compaixões…

O QUE É PRÓPRIO DOS REGIMES AUTORITÁRIOS

A circulação política deve ser menosprezada nos sistemas autoritários, seja qual for a bandeira ou ideologia que eles carreguem. Deve-se estagnar o movimento. E este movimento não é apenas o livre andar, mas também o livre gritar. Um grito que não seja eco e ressonância dos aparelhos de Estado. O cuidado maior é o de perceber que o poder político, como nos indica o filósofo Paul Virilio, desenvolve-se, secundariamente, em um poder da classe dominante, fazendo com que seus discursos, seus comportamentos e suas crenças sejam tidos como modelos a serem reproduzidos, no intuito de fazer de nós os pretendentes deste modelo e que para isso teríamos que cortejar os donos do poder.

O Grito, ao contrário disso, poderia esclarecer que o estado não existe se não houver as pessoas com suas atividades diárias, com seus trabalhos, com suas existências, criativamente, inventadas todos os dias. O Estado é tão somente o produto das relações que nascem destes movimentos reais. Não basta criticar o neoliberalismo e a política tomada pela economia especulativa/fictícia, sem fazer com que os reais atores, responsáveis pela produção do que vai do local ao global, que são os pobres, os exclíd@s, a minoria no sentido que Deleuze e Guattari produzem este conceito, não como numeral, mas como práxis constituinte que se afasta dos modelos impostos pelo poder constituído, não forem percebidos como os mais importantes.

Deste modo, não há um grito, mas uma polivocidade de gritos que são produzidos de modo autêntico quando o homem faz da sua existência a luta para transforma sua vida, para sair da condição de sobrevivência a qual lhe foi imposta, sair das privações calculadas, das explorações e fetiches que lhe tiram a condição de humano. Um grito que venha do espírito, um grito que venha de um Cristo da existência (Leonardo Boff) capaz de modificar os menores maus provocados por tudo que é contra o humano no sentido que podemos tirar do alegre Marx.

Assim, o próprio tema do 18º Grito, “Queremos um Estado a serviço da Nação, que garanta direitos a toda população!”, nos parece confuso. Não teríamos que partir daqueles que são excluídos para compreender como a exclusão é ruim e triste e assim, perceber de onde ela provém, sua causa, para depois, conhecendo o problema como verdadeiro, podermos buscar alternativas e outras soluções que sejam autênticas e não cópias disfarçadas do próprio poder que oprime?

 …

 A voz do povo só pode ser a voz do povo. E passar por privações não é condição nem da filosofia nem da existência como diz a suavidade filosófica Antonio Negri. Gritaremos sempre que sentirmos a necessidade de lutar contra o autoritarismo do Estado e de qualquer outra forma de despotismo, mas nossos gritos serão irreconhecíveis, não saberão identificar seu ponto de partida, pois seremos muitos, não o saberão classificar, pois ele será uma mistura, não o poderão capturar, pois ele estará sempre migrando em movimento contínuo. E teremos uma única exigência política-ética para todos que se juntarem a nós: o grito não pode ser de dor.

Neste grito, não há a origem mas o envolvimento com a produção da existência em seus infindáveis começos, repetições e diferenças. Mas o que fazer de um grito que não sai de lugar algum e vai para lugar nenhum?   

JUÍZES APOSENTADOS QUE COMETEREM CRIMES VÃO SER JULGADOS PELA JUSTIÇA COMUM. A DECISÃO FOI DO STF

 A Constituição determina que, em casos de crimes comuns e de responsabilidade, os desembargadores devem ser julgados pelo Superior Tribunal de Justiça (STF). Baseado nessa determinação de foro privilegiado, dois desembargadores, um do Ceará e outro do Distrito Federal, pretendiam que seus crimes fossem julgados pelo STJ. Mas os dois se aposentaram, e não deu outra: o tribunal mandou os dois casos para primeira instância porque eles se aposentaram. A defesa dos dois juízes alegou que a decisão não estava correta, porque eles como juízes tinham a prerrogativa de foro privilegiado, e o cargo de juiz é vitalício, para toda vida.

       Ontem, dia 22 – Dia Mundial da Água -, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por ampla maioria que os magistrados aposentados que cometerem crimes devem ser julgados pela Justiça Comum, perdendo, assim, a prerrogativa de foro de quando estavam na ativa.

         O relator do processo do desembargador do Ceará, que começo a ser analisado no ano de 2007, mas que teve o julgamento adiado várias vezes por falta de quórum e pedido de vistas, ministro, Ricardo Lewandowsky, votou pelo fim da prerrogativa de foro.

      “A prerrogativa é da instituição e não da pessoa do juiz. Vou me aposentra, quero ser um cidadão comum e ter os direitos e deveres do cidadão comum”, sentenciou o ministro Lewandowsky.

     Seguiram a decisão do relator, Lewandowsky, os ministros Ayres Brito, Joaquim Barbosa, Carmen Lúcia, Rosa Weber, Celso Mello e Marco Aurélio Mello.

      Como sempre o insigne ministro, Joaquim Barbosa, mostrou sua indignação com a tentativa da perpetuação dos privilégios classificando de “absurdo” a permanência do privilégio, exemplificando que nem o presidente da República, eleito com 130 milhões de votos, tem prerrogativa vitalícia.

        “Nem a mais legitimada personalidade do país, que é eleita por 130 milhões de votos, continua com prerrogativa quando deixa o cargo”, observou juridicamente o ilustre ministro, Joaquim Barbosa.

      Oposto ao ministro Joaquim Barbosa, o ministro Gilmar Mendes, que defendeu a tese da permanência do foro privilegiado, disse que a prerrogativa de foro não é um privilégio. Ela existe para proteger os juízes investigados de perseguição indevida por colegas da Justiça local.

      “A prerrogativa é a presunção de que órgãos com uma dada estrutura estarão menos suscetíveis às populices e populismos judiciais, e nós sabemos que ocorrem”, entendeu Gilmar.  

RICARDO TEIXEIRA DEIXA A CBF E PÕE FIM NA HISTÓRIA DO SEM FIM

 

             O hoje ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, cometeu um ato por demais atemporal. O eterno presidente em sua eternidade de 23 anos comandando a maior entidade do futebol brasileiro colocou um fim na história do sem fim que já se encontrava nas nuvens mitológicas da inutilidade.

       Ricardo Teixeira depois de vários ensaios para deixar ou não o saboroso cargo resolveu deixá-lo e de forma ressentida como se tivesse sido um pobre homem perseguido, e incompreendido. E de quebra, deixa também à presidência do Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo de 2014.

         Em seu lugar na CBF vai assumir o cartola amigo de Maluf, José Maria Marin, que chegou a ser vereador da Câmara Municipal de São Paulo e governador do Estado substituindo Maluf quanto este se candidatou à Câmara Federal. José Marín é do ramo dos malufes e teixeiras da sociedade brasileira.

      Sob suspeita de corrupção e enriquecimento ilícito, o ex-eterno Ricardo Teixeira, pela primeira vez em sua história envolta com o futebol, marcou um belo tento ao renunciar. Um belo tento que ameaça conceder vitória ao futebol brasileiro. Um tento maravilhoso aplaudido por todas as galeras e não galeras.

     A sabedoria popular diz que “não existe mal que nunca acabe”. É verdade, mas enquanto esse mal perdura como eternidade ele impõe grandes ferimentos aos que estão sob sua força. Durante todo o tempo que Ricardo Teixeira ficou eterno na CBF ele impôs ao futebol brasileiro duros sofrimentos. Tudo porque ele jamais imaginou o futebol como uma manifestação coletiva, mesmo quando empresariado. Só imaginou o futebol a partir de si mesmo. Como possibilidade de lucro privado.

      Agora, se põe como vitima incompreendida.

    “Futebol em nosso país é sempre automaticamente associado a duas imagens: talento e desorganização. Quando ganhamos, despertou o talento. Quando perdemos, imperou a desorganização.

     Fui criticado nas derrotas e subvalorizado nas vitórias. Isso é muito pouco, pois tive a honra de administrar não somente não somente a confederação de futebol mais vencedora do mundo, mas também o que o ser humano tem de mais humano: seus sonhos, seu orgulho, seu sentimento de pertencer a uma grande torcida, que se confunde com o país”.

       Fim da história do sem fim, apesar de todo apoio das Organizações Globo, tendo à frente a TV Globo, sua maior defensora e marqueteira. Não adiantou Teixeira afirmar que enquanto a Globo não falasse mal dele ele não dançaria. Dançaram os dois.

 


USAR O CONTROLE REMOTO É UM ATO DEMOCRÁTICO!

EXPERIMENTE CONTRA A TV GLOBO! Você sabe que um canal de televisão não é uma empresa privada. É uma concessão pública concedida pelo governo federal com tempo determinado de uso. Como meio de comunicação, em uma democracia, tem como compromisso estimular a educação, as artes e o entretenimento como seu conteúdo. O que o torna socialmente um serviço público e eticamente uma disciplina cívica. Sendo assim, é um forte instrumento de realização continua da democracia. Mas nem todo canal de televisão tem esse sentido democrático da comunicação. A TV Globo (TVG), por exemplo. Ela, além de manter um monopólio midiático no Brasil, e abocanhar a maior fatia da publicidade oficial, conspira perigosamente contra a democracia, principalmente, tentando atingir maleficamente os governos populares. Notadamente em seu JN. Isso tudo, amparada por uma grade de programação que é um verdadeiro atentado as faculdades sensorial e cognitiva dos telespectadores. Para quem duvida, basta apenas observar a sua maldição dos três Fs dominical: Futebol, Faustão e Fantástico. Um escravagismo-televisivo- depressivo que só é tratado com o controle remoto transfigurador. Se você conhece essa proposição-comunicacional desdobre-a com outros. Porque mudanças só ocorrem como potência coletiva, como disse o filósofo Spinoza.

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CAMPANHA AFINADA CONTRA O

VIRTUALIZAÇÕES DESEJANTES DA AFIN

Este é um espaço virtual (virtus=potência) criado pela Associação Filosofia Itinerante, que atua desde 2001 na cidade de Manaus-Am, e, a partir da Inteligência Coletiva das pessoas e dos dizeres de filósofos como Epicuro, Lucrécio, Spinoza, Marx, Nietzsche, Bergson, Félix Guattari, Gilles Deleuze, Clément Rosset, Michael Hardt, Antônio Negri..., agencia trabalhos filosóficos-políticos- estéticos na tentativa de uma construção prática de cidadania e da realização da potência ativa dos corpos no mundo. Agora, com este blog, lança uma alternativa de encontro para discussões sociais, éticas, educacionais e outros temas que dizem respeito à comunidade de Manaus e outros espaços por onde passa em movimento intensivo o cometa errante da AFIN.

"Um filósofo: é um homem que experimenta, vê, ouve, suspeita, espera e sonha constantemente coisas extraordinárias; que é atingido pelos próprios pensamentos como se eles viessem de fora, de cima e de baixo, como por uma espécie de acontecimentos e de faíscas de que só ele pode ser alvo; que é talvez, ele próprio, uma trovoada prenhe de relâmpagos novos; um homem fatal, em torno do qual sempre ribomba e rola e rebenta e se passam coisas inquietantes” (Friedrich Nietzsche).

Daí que um filósofo não é necessariamente alguém que cursou uma faculdade de filosofia. Pode até ser. Mas um filósofo é alguém que em seus percursos carrega devires alegres que aumentam a potência democrática de agir.

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